Logo Passei Direto
Buscar
Material
páginas com resultados encontrados.
páginas com resultados encontrados.
left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

Prévia do material em texto

Rede Nacional de Capacitação e Extensão Tecnológica em Saneamento Ambiental - ReCESA
Guia do profissional em treinamento
Re
síd
uo
s S
óli
do
s
Nível 2
Gerenciamento de 
Resíduos de Serviços de 
Saúde
Guia do profissional em treinamento
Gerenciamento de 
Resíduos de Serviços de 
Saúde
Re
síd
uo
s S
óli
do
s
Nível 2
Promoção Rede de Capacitação e Extensão Tecnológica em Saneamento Ambiental - ReCESA
Realização Núcleo Sudeste de Capacitação e Extensão Tecnológica em Saneamento Ambiental - NUCASE
Instituições integrantes do Nucase Universidade Federal de Minas Gerais (líder) | Universidade Federal do Espírito Santo | 
Universidade Federal do Rio de Janeiro | Universidade Estadual de Campinas
Financiamento Financiadora de Estudos e Projetos do Ministério da Ciência e Tecnologia | Fundação Nacional de Saúde do Ministério 
da Saúde | Secretaria Nacional de Saneamento Ambiental do Ministério das Cidades
Apoio organizacional Programa de Modernização do Setor Saneamento-PMSS
Patrocínio FEAM - Fundação Estadual do Meio Ambiente de Minas Gerais
Comitê consultivo da ReCESA
 · Associação Brasileira de Captação e Manejo de Água de Chuva – ABCMAC 
 · Associação Brasileira de Engenharia Sanitária E Ambiental – ABES 
 · Associação Brasileira de Recursos Hídricos – ABRH 
 · Associação Brasileira de Resíduos Sólidos e Limpeza Pública – ABLP 
 · Associação das Empresas de Saneamento Básico Estaduais – AESBE 
 · Associação Nacional dos Serviços Municipais de Saneamento – ASSEMAE 
 · Conselho de Dirigentes dos Centros Federais de Educação Tecnológica – Concefet 
 · Conselho Federal de Engenharia, Arquitetura e Agronomia – CONFEA 
 · Federação de Órgão para a Assistência Social e Educacional – FASE 
 · Federação Nacional dos Urbanitários – FNU
	 ·	 Fórum	Nacional	de	Comitês	de	Bacias	Hidrográficas	–	Fncbhs	
 · Fórum Nacional de Pró-Reitores de Extensão das Universidades Públicas Brasileiras 
– Forproex 
 · Fórum Nacional Lixo e Cidadania – L&C
 · Frente Nacional Pelo Saneamento Ambiental – FNSA 
 · Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM 
 · Organização Pan-Americana de Saúde – OPAS
 · Programa Nacional de Conservação de Energia – Procel 
 · Rede Brasileira de Capacitação Em Recursos Hídricos – Cap-Net Brasil
Comitê gestor da ReCESA
 · Ministério das Cidades;
 · Ministério da Ciência e Tecnologia;
 · Ministério do Meio Ambiente
 · Ministério da Educação;
 · Ministério da Integração Nacional;
 · Ministério da Saúde;
 · Banco Nacional de Desenvolvimento 
Econômico Social (BNDES);
 · Caixa Econômica Federal (CAIXA);
Parceiros do Nucase
 · Cedae/RJ - Companhia Estadual de Águas e Esgotos do Rio de Janeiro
 · Cesan/ES - A Companhia Espírito Santense de Saneamento
 · Comlurb/RJ - Companhia Municipal de Limpeza Urbana
 · Copasa – Companhia de Saneamento de Minas Gerais
 · DAEE - Departamento de Águas e Energia Elétrica do Estado de São Paulo
 · DLU/Campinas - Departamento de Limpeza Urbana da Prefeitura Municipal de Campinas
 · Fundação Rio-Águas
 · Incaper/Es - O Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural
 · IPT/SP - Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo
 · PCJ - Consórcio Intermunicipal das Bacias dos Rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí
 · SAAE/Itabira - Sistema Autônomo de Água e Esgoto de Itabira – MG.
 · SABESP - Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo
 · SANASA/Campinas - Sociedade de Abastecimento de Água e Saneamento S.A.
 · SLU/PBH - Serviço de Limpeza Urbana da prefeitura de Belo Horizonte
 · Sudecap/PBH - Superintendência de desenvolvimento da capital da prefeitura de Belo Horizonte
 · UFOP - Universidade Federal de Ouro Preto
 · UFSCar - Universidade Federal de São Carlos
 · UNIVALE – Universidade Vale do Rio Doce
Gerenciamento de 
Resíduos de Serviços de 
Saúde
Re
síd
uo
s S
óli
do
s
Nível 2Guia do profissional em treinamento
Conselho Editorial Temático
Conselho Editorial Temático do Nucase
Liséte Celina Lange – UFMG
Álvaro Luiz Gonçalves Cantanhede – UFRJ
Eglé Novaes Teixeira – Unicamp
Conselho Editorial Temático do Nucasul
Luciana Paulo Gomes – Unisinos
Armando Borges de Castilhos Júnior – UFSC
Cláudia Teixeira Panarotto – UCS
Profissionais que participaram da elaboração deste guia
Professora Doutora Liséte Celina Lange – UFMG | Doutora Noil Amorim de Menezes Cussiol – CDTN/
CNEN | Professora Doutora Vânia Elisabete Schneider – UCS
Consultores Liséte Celina Lange (conteudista) | Noil Amorim de Menezes Cussiol (conteudista) 
Vânia Elisabete Schneider (conteudista) | Wesley Schettino de Lima (conteudista) 
Izabel Chiodi Freitas (validadora)
Créditos
Consultoria pedagógica cátedra da Unesco de Educação a Distância - FaE/UFMG 
Juliane Correa | Sara Shirley Belo Lança
Projeto Gráfico e Diagramação 
Marco Severo | Rachel Barreto | Romero Ronconi
Impressão Sigma
É permitida a reprodução total ou parcial desta publicação, desde que citada a fonte.
R232 Resíduos sólidos : gerenciamento de resíduos de serviços de 
	 	 saúde	:	guia	do	profissional	em	treinamento	:	nível	2	/	Ministério	das	
 Cidades. Secretaria Nacional de Saneamento Ambiental (org.). – 
 Brasília : Ministério das Cidades, 2008. 98 p.
 Nota: Realização do NUCASE – Núcleo Sudeste de 
 Capacitação e Extensão Tecnológica em Saneamento Ambiental 
 (Coordenadores temáticos: Carlos Augusto de Lemos Chernicharo, 
 Léo Heller; Liséte Celina Lange; Paulo Roberto Diniz Junqueira 
 Barbosa e Valer Lúcio de Pádua).
 1. Resíduos sólidos - tratamento. 2. Hospitais – resíduos. 
 3. Serviços de saúde. 5. Gestão de resíduos. 4. Lixo hospitalar. 
 I. Brasil. Ministério das Cidades. Secretaria Nacional de Saneamento 
 Ambiental. II. Núcleo Sudeste de Capacitação e Extensão 
 Tecnológica em Saneamento Ambiental.
 CDD – 628.4
Catalogação da Fonte : Ricardo Miranda – CRB/6-1598
Apresentação da ReCESA 
A criação do Ministério das Cidades no 
Governo do Presidente Luiz Inácio Lula da Silva, 
em	2003,	permitiu	que	os	imensos	desafios	
urbanos passassem a ser encarados como polí-
tica de Estado. Nesse contexto, a Secretaria 
Nacional de Saneamento Ambiental (SNSA) 
inaugurou um paradigma que inscreve o sane-
amento como política pública, com dimensão 
urbana e ambiental, promotora de desenvolvi-
mento e da redução das desigualdades sociais. 
Uma concepção de saneamento em que a técnica 
e a tecnologia são colocadas a favor da prestação 
de um serviço público e essencial.
A missão da SNSA ganhou maior relevância e 
efetividade com a agenda do saneamento para 
o quadriênio 2007-2010, haja vista a decisão 
do Governo Federal de destinar, dos recur-
sos reservados ao Programa de Aceleração do 
Crescimento – PAC, 40 bilhões de reais para 
investimentos em saneamento.
Nesse novo cenário, a SNSA conduz ações em 
capacitação como um dos instrumentos estra-
tégicos	para	a	modificação	de	paradigmas,	o	
alcance de melhorias de desempenho e da quali-
dade na prestação dos serviços e a integração 
de políticas setoriais. O projeto de estrutu-
ração da Rede de Capacitação e Extensão 
Tecnológica em Saneamento Ambiental 
– ReCESA constitui importante iniciativa 
nesta direção.
A ReCESA tem o propósito de reunir um conjun-
to de instituições e entidades com o objetivo 
de coordenar o desenvolvimento de propostas 
pedagógicas e de material didático, bem como 
promover ações de intercâmbio e de exten-
são tecnológica que levem em consideração as 
peculiaridades regionais e as diferentes políticas, 
técnicas	e	tecnologias	visando	capacitar	profis-
sionais para a operação, manutenção e gestão 
dos sistemas de saneamento. Para a estruturação 
da ReCESA foram formados Núcleos Regionais e 
um Comitê Gestor, em nível nacional.
Por	fim,	cabe	destacar	que	este	projeto	ReCESAtem	sido	bastante	desafiador	para	todos	nós.	Um	
grupo,	predominantemente	formado	por	profis-
sionais da engenharia, mas, que compreendeu a 
necessidade de agregar outros olhares e sabe-
res, ainda que para isso tenha sido necessário 
“contornar todos os meandros do rio, antes de 
chegar ao seu curso principal”.
Comitê gestor da ReCESA ∙
Os Núcleos Sudeste e Sul de Capacitação 
e Extensão Tecnológica em Saneamento 
Ambiental – Nucase e Nucasul – têm por 
objetivo o desenvolvimento de atividades de 
capacitação	de	profissionais	da	área	de	sane-
amento, em seis estados da Região Sudeste 
e Sul do Brasil.
O Nucase é coordenado pela Universidade Federal 
de Minas Gerais – UFMG, tendo como instituições 
co-executoras a Universidade Federal do Espírito 
Santo – UFES –, a Universidade Federal do Rio 
de Janeiro – UFRJ – e a Universidade Estadual de 
Campinas – Unicamp. 
O Nucasul é coordenado pela Universidade 
Federal de Santa Catarina – UFSC –, tendo como 
instituições co-executoras a Universidade de 
Caxias do Sul – USC –, Universidade Federal do 
Rio Grande do Sul – UFRGS – e a Universidade 
do Vale do Rio dos Sinos -Unisinos. 
Atendendo aos requisitos de abrangência 
temática e de capilaridade regional, as univer-
sidades que integram o Nucase e Nucasul têm 
como parceiros, em seus estados, prestado-
res de serviços de saneamento e entidades 
específicas	do	setor.
Coordenadores institucionais do Nucase e Nucasul
Nucase e Nucasul Os guias
A coletânea de materiais didáticos produ-
zidos pelo Nucase é composta de 42 guias 
que	serão	utilizados	em	oficinas	de	capacita-
ção	para	profissionais	que	atuam	na	área	do	
saneamento. São seis guias que versam sobre 
o manejo de águas pluviais urbanas, doze 
relacionados aos sistemas de abastecimento 
de água, doze sobre sistemas de esgotamento 
sanitário, nove que contemplam os resíduos 
sólidos urbanos e três terão por objeto temas 
que perpassam todas as dimensões do sane-
amento, denominados temas transversais.
Dentre as diversas metas estabelecidas pelo 
NUCASE, merece destaque a produção dos 
Guias dos profissionais em treinamento, 
que	servirão	de	apoio	às	oficinas	de	capa-
citação de operadores em saneamento que 
possuem grau de escolaridade variando do 
semi-alfabetizado ao terceiro grau. Os guias 
têm uma identidade visual e uma abordagem 
pedagógica que visa estabelecer um diálogo 
e	a	troca	de	conhecimentos	entre	os	profis-
sionais em treinamento e os instrutores. Para 
isso, foram tomados cuidados especiais com 
a forma de abordagem dos conteúdos, tipos 
de linguagem e recursos de interatividade.
Equipe da central de produção de material didático - CPMD
A série de guias relacionada aos resíduos 
sólidos urbanos resultou do trabalho cole-
tivo que envolveu a participação de dezenas 
de	profissionais.	Os	temas	que	compõem	esta	
série	foram	definidos	por	meio	de	uma	consulta	
aos serviços de limpeza urbana dos municípios, 
prefeituras, instituições de ensino e pesquisa 
e	profissionais	da	área,	com	o	objetivo	de	se	
definir	os	temas	que	a	comunidade	técnica	
e	científica	da	região	Sudeste	considera,	no	
momento, os mais relevantes para o desenvol-
vimento do projeto pelo Nucase.
Os temas abordados nesta série dedicada aos 
resíduos sólidos urbanos incluem: Gestão 
integrada de resíduos sólidos urbanos; 
Processamento de resíduos sólidos orgânicos; 
Saúde e segurança do trabalho aplicada ao 
gerenciamento de resíduos sólidos urbanos; 
Gerenciamento de resíduos da construção 
civil; Gerenciamento dos resíduos de serviços 
de saúde; Projeto, operação e monitoramento 
de aterros sanitários. 
Certamente há muitos outros temas importantes 
a serem abordados, mas considera-se que este 
é um primeiro e importante passo para que se 
tenha material didático, produzido no Brasil, 
destinado	a	profissionais	da	área	de	saneamento	
que raramente têm oportunidade de receber 
treinamento	e	atualização	profissional.
Coordenadores da área temática de resíduos sólidos urbanos
Apresentação da 
área temática: 
Resíduos sólidos urbanos
Sumário
Introdução .................................................................................. 11
Resíduos de Serviços de Saúde – RSS...........................................14
 Conceito de resíduos de serviços 
 de saúde e fontes geradoras ..............................................18
 Impactos negativos do mau gerenciamento 
 dos resíduos de serviços de saúde .....................................25
Gerenciamento de RSS ................................................................33
	 Classificação	dos	RSS .........................................................33
 Etapas do gerenciamento dos grupos 
	 de	classificação	dos	RSS .....................................................41
 Grupo A .............................................................................43
 Grupo B .............................................................................61
 Grupo C .............................................................................71
 Grupo D .............................................................................79
 Grupo E .............................................................................89
Reavaliando os conhecimentos ....................................................93
Referências	bibliográficas ...........................................................93
Guia do profissional em treinamento - ReCESA 11
Introdução
Caro	Profissional,
Em todos os momentos de nossas vidas, a 
geração de resíduos está presente. Essa cons-
tatação não é diferente para a geração de 
resíduos de serviços de saúde. Já ao nascer-
mos, no momento do parto, geramos tais 
resíduos. À medida que crescemos, toma-
mos uma série de vacinas, passamos por 
atendimentos médicos, hospitalares ou nos 
submetemos a tratamentos dentários, ou 
seja, mais resíduos são gerados em serviços 
de saúde. Se continuarmos por esse cami-
nho,	perceberemos	que,	até	o	final	de	nossas	
vidas, a geração de resíduos é uma constante 
que nos acompanha.
Mas o que são resíduos de serviços de saúde? 
Muitos diriam que são aqueles gerados nos 
hospitais e postos de saúde. Outros iriam além, 
listariam também clínicas odontológicas, clíni-
cas veterinárias, farmácias, entre outros locais. 
Como podemos perceber, as fontes gerado-
ras são muitas e variadas. E, se pensarmos um 
pouco adiante, perceberemos, em função das 
diversificadas	 fontes	 geradoras,	 uma	gama	
enorme e variada de substâncias que constituem 
os resíduos gerados na assistência à saúde, seja 
ela humana ou animal.
E é justamente essa enorme gama de substâncias 
e materiais que, quando mal gerenciados, põem 
em risco a saúde da população e do trabalha-
dor que diretamente manuseia os resíduos, 
provocando, por exemplo, ferimentos devi-
do ao mau acondicionamento de bisturis, 
agulhas, entre outros; o meio ambiente, por 
meio do descarte inadequado de rejeitos 
químicos e radioativos; os recursos hídricos, 
quando certos produtos químicos e materiais 
biológicos são descartados na rede coletora 
de esgoto domiciliar sem prévio tratamento; 
entre vários outros riscos e problemas.
Profissional, diante do exposto, inúmeras 
perguntas devem estar aguçando sua mente, tais 
como: para onde encaminhar adequadamente 
os resíduos de serviços de saúde de maneira a 
não causar impactos negativos à saúde cole-
tiva, ao meio ambiente, aos recursos hídricos? 
Será que eles possuem características diferen-
tes dos demais resíduos gerados por nós? Será 
que os medicamentos ou as fraldas descartá-
veis encontradas nas lixeiras de nossas casas 
são também resíduos de serviços de saúde? É 
melhor incinerá-los ou dispô-los em aterros 
sanitários? Qual fração deve ser tratada dentro 
dos estabelecimentos de saúde? Esses e outros 
questionamentosserão discutidos e trabalhados 
ao longo desse guia o qual foi dividido em dois 
conceitos-chave: 
- Resíduos de serviços de saúde – RSS;
- Gerenciamento de RSS.
Esperamos, com essa divisão, facilitar 
nossas atividades e estudos. Porém, antes 
de prosseguirmos, gostaríamos que você, 
coletivamente, realizasse a seguinte ativi-
dade proposta.
12 Resíduos Sólidos - Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde - Nível 2
Atividade
A seguir é apresentada uma planta de um hospital e algumas infor-
mações sobre o gerenciamento de resíduos sólidos no município 
onde ele se localiza. 
Primeiro Andar
Fon
te: C
U
S
S
IO
L, 2
0
0
8
Esse hospital está localizado em um município com as seguintes 
características:
População: 30.000 habitantes.
Distância da capital: 150 km.
Responsável pelos serviços de limpeza urbana: Secretaria 
Municipal de Obras.
Guia do profissional em treinamento - ReCESA 13
Diagnóstico do sistema de limpeza urbana:
Inexistência de aterro sanitário: todo o resíduo coletado é lançado, a ∙
céu aberto, no lixão, situado na localidade vizinha, a 4 km da cidade.
Inexistência de caminhão coletor de qualquer tipo. ∙
Coleta domiciliar onerosa. ∙
Presença de crianças no lixão, separando materiais comerciáveis, ∙
para depois serem vendidos no município.
Não-cobrança da taxa de limpeza pública. ∙
Baixa capacidade gerencial do setor de limpeza urbana. ∙
Inexistência de curso de capacitação de garis. ∙
Frágil organização da população no tocante às questões relativas ∙
à limpeza urbana.
Dados complementares:
O hospital apresenta 60 leitos. ∙
Todo	efluente	gerado	é	lançado	na	rede	de	esgoto	domiciliar. ∙
Possui uma autoclave em estado precário. ∙
Alto índice de acidentes com perfurocortantes entre os ∙
funcionários da limpeza.
Alto índice de embalagens descartadas no lixão. ∙
Grande quantidade de remédios vencidos na ∙
farmácia do hospital.
Há um incinerador somente na capital. ∙
Não possui coleta seletiva. ∙
Quais tipos de resíduos são gerados no hospital como base nas 
plantas	ap	resentadas?	Após	identificar	os	resíduos,	proponha	um	
gerenciamento interno e externo para eles.
Como	foi	o	exercício?	Houve	dificuldades?	Guarde	suas	respostas,	pois,	ao	final	desse	guia,	retor-
naremos	a	essa	primeira	atividade	e	discutiremos	as	dificuldades	encontradas	por	você.
14 Resíduos Sólidos - Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde - Nível 2
Resíduos de Serviços de Saúde - 
RSS- Contextualizar os 
aspectos 
legais referentes 
ao gerenciamento 
de RSS.
- Apresentar um 
conceito de resíduos 
de serviços de 
saúde – RSS.
- Identificar as 
fontes geradoras 
dos RSS e 
quantidades gera-
das de RSS.
- Trabalhar e 
discutir os impactos 
negativos causados 
pelos RSS na 
sociedade, na 
saúde do trabalhador 
e coletiva, no meio 
ambiente e na bacia 
hidrográfica.
OBJETIVOS:
No	final	do	século	XX	e	início	do	século	XXI,	as	sociedades	modernas	vêm	
discutindo e enfrentando várias questões ambientais, como o aqueci-
mento global, esgotamento dos recursos não-renováveis, poluição dos 
recursos hídricos, etc. Dentre os vários problemas, um deles se destaca 
por sua magnitude: os resíduos sólidos. 
Mais comumente chamado de lixo, os resíduos sólidos roubaram a cena 
nesse começo de século, pois seus impactos negativos ultrapassam as 
questões ambientais e atingem as mais diversas áreas. Quando os resíduos 
sólidos são mal gerenciados, eles prejudicam todos os outros compo-
nentes do saneamento básico (esgotamento sanitário, abastecimento de 
água e drenagem de águas pluviais urbanas). Por falar em saneamento 
básico, vamos ler o texto “Saneamento e suas dimensões” e esclarecer 
nossas dúvidas a respeito do referido termo.
Saneamento e suas dimensões
Saneamento básico: conjunto formado pelos 
sistemas de abastecimento de água, sistema 
de esgotamento sanitário, gerenciamento de 
resíduos sólidos, drenagem de água de chu-
vas – drenagem pluvial.
Sistema de abastecimento de água: sistema 
que tem por objetivo captar, transportar, tratar 
e distribuir a água que será utilizada em casas, 
no comércio e na indústria, para os mais di-
versos fins, tais como cozinhar, tomar banho, 
beber, entre outros.
Guia do profissional em treinamento - ReCESA 15
Sistema de esgotamento sanitário: sistema 
que tem por objetivo afastar, coletar, transpor-
tar, tratar e dispor sanitariamente o esgoto ge-
rado em casas, no comércio e nas indústrias.
Gerenciamento de resíduos sólidos: conjunto 
de ações técnico-operacionais que objetivam re-
duzir na fonte, acondicionar, coletar e transportar, 
tratar e dispor corretamente o resíduo gerado.
Sistema de drenagem pluvial: sistema cujo 
objetivo é captar e transportar as águas de 
chuva a um destino correto, minimizando pro-
blemas como inundações. Por exemplo, a mi-
crodrenagem se constitui de meio-fio, sarjeta, 
bocas-de-lobo, tubulações de ligação, galerias 
e poços de visita.
Acesse	o	software	“Bacia	Hidrográfica	Virtual”	e	assista	a	uma	animação	sobre	saneamento	
básico e suas dimensões.
Os resíduos sólidos podem provocar impactos negativos ainda no que tange à saúde do 
trabalhador e à coletiva. Mesmo não sendo os resíduos sólidos diretamente transmissores 
de doenças, eles fornecem abrigo e alimento a vários vetores causadores de moléstias aos 
seres humanos, tais como dengue, amebíase, elefantíase, febre tifóide. Já as atribulações 
sociais	ocasionadas	pelos	resíduos	sólidos	ficam	bem-representadas	na	figura	degradante	
das crianças e catadores em lixões.
Dentro do contexto apresentado até o momento e dentre os vários tipos de resíduos sólidos 
gerados no meio urbano, um ganhou destaque nas últimas duas décadas: os Resíduos de Serviços 
de Saúde (RSS). A preocupação com esse tipo de resíduo, porém, remonta a séculos passados. O 
primeiro incinerador para os RSS foi instalado em um hospital de Nova York, em 1891, e projetos 
para o aproveitamento destes como fonte de energia, via incineração, datam de 1937.
Contudo, quando resíduos de serviços de saúde foram encontrados boiando em algumas praias 
da	Flórida,	durante	o	verão	de	1987	e	1988	(auge	da	AIDS	–	Síndrome	da	Imuno-Deficiência	
Adquirida),	diversos	aparatos	legais	passaram	a	ser	publicados,	a	fim	de	promoverem	a	
segurança e proteção da saúde da população e do meio ambiente com relação aos resí-
duos gerados em estabelecimentos prestadores de serviços de saúde dispostos de forma 
inadequada.
Seguindo as tendências internacionais, no Brasil, os resíduos de serviços de saúde ganharam 
destaque legal no início da década de 90, quando foi aprovada a Resolução Conama (Conselho 
Nacional de Meio Ambiente) n° 006/91 que desobrigou a incineração ou qualquer outro 
tratamento de queima dos resíduos sólidos provenientes dos estabelecimentos de saúde e 
16 Resíduos Sólidos - Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde - Nível 2
de terminais de transporte, e deu competência aos órgãos estaduais de meio ambiente para 
estabelecerem normas e procedimentos ao licenciamento ambiental do sistema de coleta, 
transporte,	acondicionamento	e	disposição	final	dos	resíduos,	nos	estados	e	municípios	que	
optaram pela não-incineração. 
A	fim	de	definir	normas	mínimas	para	o	tratamento	de	resíduos	sólidos	oriundos	de	servi-
ços de saúde, portos e aeroportos e estender tais exigências aos terminais ferroviários e 
rodoviários, o Conama publicou a Resolução n° 5/1993.
Depois,	o	mesmo	órgão	publicou	a	Resolução	Conama	n°	283/01	que	dispõe	especificamente	
sobre	o	tratamento	e	destinação	final	dos	resíduos	de	serviços	de	saúde,	não	englobando	
mais	os	resíduos	de	terminais	de	transporte;	modifica	o	termo	Plano	de	Gerenciamento	de	
Resíduos da Saúde para Plano de Gerenciamento dos Resíduosde Serviços de Saúde (PGRSS); 
impõe responsabilidade aos estabelecimentos de saúde em operação e àqueles a serem 
implantados,	para	implementarem	o	PGRSS;	define	os	procedimentos	gerais	para	o	manejo	
dos resíduos a serem adotados na ocasião da elaboração do plano, o que, desde então, não 
havia sido contemplado em nenhuma resolução ou norma federal.
Risco à Saúde: é a probabilidade 
da ocorrência de efeitos adversos 
à saúde relacionados com a ex-
posição humana a agentes físicos, 
químicos ou biológicos, em que 
um indivíduo exposto a um deter-
minado agente apresente doença, 
agravo ou até mesmo morte, den-
tro de um período determinado de 
tempo ou idade.
Nessa perspectiva, a Agência Nacional da Vigilância Sanitária 
(Anvisa), cumprindo sua missão de “proteger e promover a 
saúde da população, garantindo a segurança sanitária de 
produtos e serviços, e participando da construção de seu 
acesso”, dentro da competência legal que lhe é atribuída 
pela Lei no 9782/99, chamou para si essa responsabilidade e 
passou a promover um grande debate público para orientar 
a	publicação	de	uma	norma	específica.	Assim,	em	2003,	foi	
promulgada a Resolução de Diretoria Colegiada, RDC Anvisa 
n° 33/03, que dispõe sobre o regulamento técnico para o 
gerenciamento de resíduos de serviços de saúde. A resolução 
passou a considerar os riscos aos trabalhadores, à saúde e 
ao meio ambiente. A adoção dessa metodologia de análise 
de risco da manipulação dos resíduos gerou divergência 
com as orientações estabelecidas pela Resolução Conama 
n° 283/01.
Risco para o Meio Ambiente: 
é a probabilidade da ocorrência de 
efeitos adversos ao meio ambiente, 
decorrentes da ação de agentes 
físicos, químicos ou biológicos, cau-
sadores de condições ambientais 
potencialmente perigosas que favo-
reçam a persistência, disseminação 
e modificação desses agentes 
no ambiente.
Fonte: Série ANVISA – Tecnologia em Serviços de Saúde – Volume 1
Essa situação levou os dois órgãos a buscarem a harmo-
nização das regulamentações. O entendimento foi 
alcançado com a revogação da Resolução Conama n° 
Guia do profissional em treinamento - ReCESA 17
283/01, das disposições que tratam dos resíduos sólidos oriundos dos serviços de saúde na 
Resolução Conama n° 5/93, da RDC Anvisa n° 33/03, e a publicação da RDC Anvisa n° 306/04 e da 
Resolução Conama n° 358, em maio de 2005.
A RDC Anvisa n° 306/04 e a Resolução Conama n° 358/05 versam sobre o gerenciamento dos RSS 
em	todas	as	suas	etapas;	definem	a	conduta	dos	diferentes	agentes	da	cadeia	de	responsabili-
dades	pelos	RSS;	refletem,	portanto,	um	processo	de	mudança	de	paradigma	(modelo)	no	trato	
dos RSS, fundamentada na análise dos riscos envolvidos, em que a prevenção passa a ser eixo 
principal e o tratamento é visto como uma alternativa para dar destinação adequada aos resíduos 
com potencial de contaminação. Com isso, essas resoluções exigem que os resíduos recebam 
manejo	específico,	desde	a	sua	geração	até	a	disposição	final,	definindo	competências	e	respon-
sabilidades para tais procedimentos.
A RDC Anvisa n° 306/04 concentra sua regulação no controle dos processos de segregação, 
acondicionamento,	armazenamento,	transporte,	tratamento	e	disposição	final.	Estabelece	
procedimentos operacionais em função dos riscos envolvidos e concentra seu controle na 
inspeção dos serviços de saúde.
Por outro lado, a Resolução Conama n° 358/05 trata do gerenciamento sob o prisma da 
preservação	dos	recursos	naturais	e	do	meio	ambiente	e	define	a	competência	aos	órgãos	
ambientais estaduais e municipais para estabelecerem critérios para o licenciamento 
ambiental	dos	sistemas	de	tratamento	e	destinação	final	dos	RSS.
Bom,	Profissional,	nós	vimos	então	um	breve	histórico	o	qual	contextualiza	a	situação	
dos resíduos de serviços de saúde no mundo e no Brasil. Agora, coletivamente discuta as 
perguntas propostas na atividade a seguir.
Atividade
Por que os resíduos de serviços de saúde passaram a ser tão preo-
cupantes? Enumere algumas razões que levaram diversos países, 
inclusive o Brasil, a estabelecerem leis, normas e regulamentos para 
esse tipo de resíduo.
18 Resíduos Sólidos - Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde - Nível 2
Do ponto de vista das políticas públicas referentes aos resíduos de 
serviços de saúde, você considera a harmonização das regulamen-
tações	feitas	pela	Anvisa	e	Conama	satisfatória	e	suficiente?	Essa	
harmonização é de fato exercida na prática em seu município? Existe 
uma cooperação entre os agentes da saúde e do meio ambiente? 
Você proporia mudanças nas atuais Anvisa n° 306/04 e Conama n° 
358/05 com o objetivo de melhorar o gerenciamento dos resíduos 
de serviços de saúde? Quais seriam as mudanças e por quê?
Conceito de resíduos de serviços de saúde e fontes 
geradoras
Até o momento, foi apresentado um breve histórico que contextualiza o surgimento de leis e 
normas referentes aos RSS, mas ainda não foi apresentado um conceito para esses resíduos 
e	nem	definidas	as	fontes	geradoras	deles.	
Na RDC Anvisa n° 306/04, Resíduos de Serviços de Saúde ou RSS são os resíduos resultantes 
de atividades exercidas por estabelecimento gerador que, por suas características, neces-
sitam de processos diferenciados em seu manejo, exigindo ou não tratamento prévio à sua 
disposição	final.
As	fontes	geradoras,	por	sua	vez,	são	definidas	pela	RDC	Anvisa	n°	306/04	e	pela	Resolução	
Conama n° 358/05 como sendo
serviços relacionados com o atendimento à saúde humana ou animal, inclusive os serviços ∙
de assistência domiciliar e de trabalhos de campo; 
laboratórios analíticos de produtos para a saúde; ∙
necrotérios, funerárias e serviços onde se realizem atividades de embalsamamento; ∙
serviços de medicina legal; ∙
drogarias e farmácias inclusive as de manipulação; ∙
estabelecimentos de ensino e pesquisa na área da saúde; ∙
Guia do profissional em treinamento - ReCESA 19
centro de controle de zoonoses; ∙
distribuidores de produtos farmacêuticos, importadores, distribuidores e produtores de ∙
materiais e controles para diagnóstico in vitro;
unidades móveis de atendimento à saúde; ∙
serviços de acupuntura; ∙
serviços de tatuagem, entre outros similares. ∙
Entre todas essas fontes geradoras, as mais conhecidas e também as maiores geradoras 
são os hospitais onde são oferecidos serviços diversos e, por isso também, onde encontra-
mos	a	maior	heterogeneidade.	Se	você	pensar	bem,	Profissional,	o	hospital	assemelha-se	a	
um hotel com alguns serviços especiais. Sendo assim, algumas atividades assemelham-se 
àquelas realizadas nas residências, e os resíduos gerados também. 
Logo, a maior parte dos resíduos gerados nos estabelecimentos de assistência à saúde (em 
particular os hospitais), são resíduos comuns, orgânicos ou potencialmente recicláveis (entre 
75	%	a	90	%),	especificamente	quando	considerados	setores	como	almoxarifados,	cozinhas	ou	
Serviço de Nutrição e Dietética – SND –, lanchonetes e farmácias que recebem mercadorias 
e descartam grandes quantidades de embalagens, ou diretamente na geração de frascos de 
soro,	por	exemplo,	que	têm	um	alto	valor	no	mercado	da	reciclagem.	No	gráfico	a	seguir,	
são mostrados a quantidade e tipos de materiais gerados em alguns estabelecimentos de 
serviços de saúde dos municípios de São Carlos e São Paulo; e, no conceito-chave 2, nós 
discutiremos algumas ações que objetivam a minimização desses resíduos.
Composição Gravimétrica dos Resíduos de Serviços de Saúde – São Carlos/SP
Fon
te: A
N
D
R
A
D
E, J. B
. L., 1
9
9
9
. p.1
6
7
1
 apud C
U
S
S
IO
L, 2
0
0
5
.
Papel
31%
Vidro
15%
Plástico Filme
14%
Plástico Duro
10%
Tecido
9%
Outros
8%
Metal
5%
Papelão
5%
Matéria Orgânica
2%
Madeira
1%
Vidro 15%
Papel 31%
Madeira1%
Matéria Orgânica 2%
Papelão 5%
Metal 5%Outros 8%
Tecido 9%
Plástico Duro 10%
Plástico Filme 14%
20 Resíduos Sólidos - Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde - Nível 2
Dessa maneira, a fração de resíduos de serviços de saúde que necessitam de cuidados 
especiais	está	entre	10	a	25	%	do	total	gerado	de	resíduos,	como	apresentado	no	gráfico	e	
na tabela. Mas como estimar a quantidade gerada de resíduos?
A quantidade de RSS gerados depende do tipo de estabelecimento, dos hábitos e procedi-
mentos médico-hospitalares adotados, da época em que são feitas as medições, do tipo de 
alimentação utilizado no hospital, entre outras variáveis. Assim sendo, quando for necessário 
quantificar	os	RSS	gerados	em	um	estabelecimento,	para	qualquer	fim	a	que	se	destine	essa	
quantificação,	o	correto	é	proceder	a	uma	pesagem	por	7	dias	consecutivos,	com	o	objetivo	
de se obter uma média representativa. Para avaliar a geração por paciente, normalmente, 
adota-se uma relação entre a quantidade média gerada por dia com o número de leitos 
ocupados, com a qual se forma um parâmetro comparativo.
Essa relação pode ser aplicada a outros estabelecimentos de serviços de saúde como 
farmácias, ambulatórios, postos de saúde, consultórios, clínicas, etc. Nesse caso, divide-se 
a quantidade de RSS gerada e pesada no dia pelo número de pacientes atendidos.
Na tabela a seguir, são mostradas as quantidades geradas de resíduos sépticos e não-sépticos 
pelo	número	de	leitos	de	um	hospital,	de	acordo	com	a	classificação	da	Resolução	Conama	
5/93 vigente na época em que o trabalho foi desenvolvido.
Taxa de geração de RSS em três hospitais, na cidade de 
Campo Grande, Mato Grosso
Tipo do hospital Quantidade (kg/dia)
RSS total Resíduo séptico Resíduo não séptico 
Menos de 50 leitos 150 38 112
Entre 50 e 100 leitos 220 65 155
Mais de 100 leitos 255 82 173
Fonte: SANTOS et al., 1999 apud CUSSIOL, 2005.
Séptico: que contém germes patogênicos, ou seja, microrganismos 
causadores de doenças.
Guia do profissional em treinamento - ReCESA 21
Na vigência da atual RDC Anvisa n° 306/04 e Conama n° 358/05, as tabelas a seguir apre-
sentam a geração média diária de estabelecimentos de atendimento à saúde do município 
de Caxias do Sul-RS
Média de resíduos por categoria, no hospital SUS, 
no período de 24 meses
Resíduo Geração média 
Diária (kg)
Índice de geração 
kg/leito/dia
Volume 
médio diário 
(litros)
Índice de 
geração 
litros/leito/dia
Taxa de 
geração 
(%)
Comum
Reciclável
Infectante
Especial
297,36
96,87
142,78
23,26
1,36
0,44
0,65
0,11
3.469,73
3.561,33
986,04
144,27
15,75
16,16
4,48
0,65
52,5
17,4
25,9
4,2
Total 560,27 2,56 8 161,36 37,04 100,00
Número de leitos: 267; Ocupação média no período: 249 leitos; Taxa de ocupação = 93,26 
Fonte: SCHNEIDER, 2005
Média de resíduos por categoria, no hospital conveniado, 
no período de 24 meses.
Resíduo Geração média 
Diária (kg)
Índice de geração 
kg/leito/dia
Volume 
médio diário 
(litros)
Índice de 
geração 
litros/leito/dia
Taxa de 
geração 
(%)
Comum
Reciclável
Infectante
Especial
306,21
100,23
94,47
16,39
2,76
0,90
0,85
0,15
3.573,07
3.684,92
652,41
101,63
32,24
33,25
5,89
0,92
59,19
19,38
18,26
3,17
Total 517,30 4,67 8 012,03 72,29 100,00
Número de leitos: 144; ocupação média no período: 109,8; taxa de ocupação: 76,25%
Fonte: SCHNEIDER, 2005
22 Resíduos Sólidos - Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde - Nível 222
Outra fonte geradora de resíduos similares aos de serviços de saúde, que muitas vezes 
passa despercebida por nós, são os domicílios. Esses resíduos gerados nos domicílios são 
provenientes dos serviços de assistência domiciliar ou da geração cotidiana de uma casa 
(papel higiênico, fralda descartável, absorvente feminino, camisinhas, lâminas de barbear, 
remédios vencidos, etc). O texto “Assistência Domiciliar” contextualiza, no Brasil e no mundo, 
esse tipo de serviço e fornece um conceito para ele.
O modelo “Home Care” (ou Assistência Domi-
ciliar) de atendimento à saúde surgiu em Ge-
nebra – Suíça, em 1920, por iniciativa da Cruz 
Vermelha. Nos Estados Unidos, teve seu início 
no final da década de 70, com a finalidade de 
atender a doentes crônicos. 
 No início dos anos 80, o surgimento da epide-
mia de Síndrome da Imunodeficiência Adquiri-
da (aids) e a falta de leitos hospitalares contri-
buíram para o desenvolvimento do modelo de 
cuidado alternativo para os enfermos. Desde 
então, tem havido um grande crescimento no 
setor. De acordo com dados da Associação 
Nacional de Assistência Domiciliar nos Estados 
Unidos, mais de 20 mil empresas prestadoras 
de serviços de Assistência Domiciliar estão ca-
dastradas no país. 
Outros países, como Canadá, Inglaterra, Fran-
ça, Israel e África do Sul têm programas de As-
sistência Domiciliar, em várias esferas de situa-
ções clínicas e doenças crônicas, que atendem 
a pacientes idosos, com doenças terminais, 
como aids, doenças pulmonares, entre outras.
No Brasil, os serviços de Assistência Domiciliar 
tiveram início há duas décadas, em hospitais 
públicos, sendo que a internação domiciliar teve 
seu início marcado pelo Serviço de Assistência 
Domiciliar (SAD) do Hospital Servidor Público 
Estadual de São Paulo (HSPE-SP), em 1968; e, 
desde então, o país oferece atendimento domi-
ciliar com o intuito de prevenir hospitalização ou 
reduzir a permanência hospitalar, ampliando a 
oferta de leitos disponíveis. 
Já os serviços de empresas privadas foram 
criados somente na década de 90. Atual-
mente, são 20 mil profissionais da saúde que 
trabalham na área, atendendo cerca de 5 mil 
pacientes. No Brasil, já existem cerca de 250 
empresas cadastradas investindo nos progra-
mas de Assistência Domiciliar, movimentando 
cerca de R$ 240 milhões por ano.
As enfermidades mais tratadas em Assistência 
Domiciliar são as advindas do progressivo en-
velhecimento da população, as ditas “crônicas”, 
como câncer, seqüelados de acidente vascular 
cerebral (AVC), doentes de Alzheimer e escleroses 
(arteriais, cerebrais, musculares e múltiplas). Pres-
ta, também, atendimento a pacientes terminais, 
aos que precisam de suporte ventilatório, como 
enfisematosos, asmáticos e pacientes com aids 
que não querem ser expostos publicamente.
Assistência Domiciliar
Guia do profissional em treinamento - ReCESA 23
Segundo	a	Anvisa,	os	seguintes	termos	são	assim	definidos:	
Assistência Domiciliar: termo genérico que representa várias modalidades de atenção 
à saúde desenvolvidas no domicílio, entre elas o atendimento e a internação domiciliar.
Atendimento Domiciliar: caracteriza-se pelo conjunto de atividades de caráter 
ambulatorial, programadas e continuadas por meio de ações preventivas e/ou as-
sistenciais com participação da equipe multiprofissional.
Internação Domiciliar: o conjunto de atividades caracterizadas pela atenção em 
tempo integral para pacientes com quadros clínicos mais complexos e com neces-
sidade de tecnologia especializada de recursos humanos, equipamentos, materiais, 
medicamentos, atendimento de urgência/emergência e transporte. 
Edna Gasques Loureiro
Fonte: Disponível em: <http://www.portaldoenvelhecimento.net/pforum/ad.htm>
Nos	gráficos	a	seguir,	é	mostrada	a	quantidade	de	resíduos	potencialmente	infectantes	gerados	
nos domicílios (distritos de coleta da Regional Sul) de Belo Horizonte – Minas Gerais –, quais são 
esses materiais e suas porcentagens.
Preservativo
0,02%
Absorvente Higiênico
4,02%
Curativo
0,16%
Papel Higiênico e Lenço de 
Papel54,78%
Fralda Descartável
40,30%
Luvas Descartáveis
0,18%
Frasco vazio de Soro
0,28%
Saco Branco Leitoso 
Infectante
0,26%
Aparelho de Barbear
48%
Lâminas
3%
Ampolas
37%
Seringas
12%
Fonte: CUSSIOL, 2005 Fonte: CUSSIOL, 2005
Bom,	Profissional,	confirmamos,	pelo	texto	e	gráficos	anteriores,	que	há	uma	geração	de	
resíduos semelhantes aos de serviços de saúde em nossas casas. Responda individualmente 
às perguntas apresentadas a seguir e discuta-as na atividade proposta.
Seringas 12% Lâminas 3%
Aparelho de 
barbear 45%
Ampolas 37%
Luvas Descartávies 
0,18%
Papel Higiênico e Lenço 
de Papel 54,78%
Saco Branco Leitoso 
Infectante 0,26%
Saco vazio de Soro 
0,28% Absorvente Hisiênico 
4,02%
Fralda Descartável 
40,30%
Preservativo 0,02%
Curativo 0,16%
24 Resíduos Sólidos - Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde - Nível 2
Atividade
Há necessidade de se gerenciarem os resíduos gerados nos domicílios 
como se gerenciam os resíduos de outras fontes geradoras especiais 
– por exemplo, de um hospital ou pronto socorro? Por quê? Existe 
algum tipo de gerenciamento para esses resíduos em seu município? 
Quais os benefícios de se gerenciarem esses resíduos para a socie-
dade,	para	a	saúde	coletiva	e	para	a	bacia	hidrográfica?
Bacia hidrográfica: 
é uma área natural 
cujos limites são de-
finidos pelos pontos 
mais altos do relevo 
(divisores de água ou 
espigões dos mon-
tes ou montanhas) 
e dentro da qual a 
água da chuva é 
drenada superficial-
mente por um curso 
de água principal até 
sua saída da bacia, 
no local mais baixo 
do relevo, ou seja, 
na foz do curso de 
água. 
Supondo-se que há necessidade de gerenciar também os resíduos 
gerados nos domicílios, elabore um modelo de gerenciamento para 
esses resíduos.
Como foi a atividade anterior, Profissional? O modelo criado 
por você e seus colegas seria viável de ser implantando em 
seu município? Ele minimizaria os impactos causados pelo mau 
gerenciamento dos resíduos dos domicílios na saúde coletiva, na 
sociedade e na bacia hidrográfica? Por falar em impactos negati-
vos causados pelos RSS, qual(is) você listaria? Em caso de vários, 
faça uma lista deles e discuta-os com seus colegas.
Guia do profissional em treinamento - ReCESA 25
Impactos negativos do mau gerenciamento dos resíduos de 
serviços de saúde
Você listou anteriormente algum(ns) impacto(s) causado(s) pelos RSS. Vamos discuti-lo(s) mais 
detidamente a partir de agora. Apresentamos alguns dos problemas na introdução desse guia, 
tais como possibilidade de poluição dos recursos hídricos pelo lançamento de produtos químicos 
na rede coletora de esgoto doméstico, acidentes e potencial contaminação dos trabalhadores 
que diretamente lidam com os resíduos de serviços de saúde e urbanos, agravos à saúde da 
população pela contaminação química e por rejeitos radioativos, entre outros. 
Como primeiro exemplo dos impactos negativos causados pelo mau gerenciamento de resídu-
os de serviços de saúde e rejeitos radioativos, vamos ler o texto “O acidente em Goiânia”.
O acidente de Goiânia envolveu uma contamina-
ção radioativa, isto é, existência de material radioa-
tivo em lugares onde não deveria estar presente.
Uma fonte radioativa de césio-137 era usada 
em uma clínica da cidade de Goiânia, para tra-
tamento de câncer. Nesse tipo de fonte, o cé-
sio-137 fica encapsulado, na forma de um sal, 
semelhante ao sal de cozinha, e guardado em 
um recipiente de chumbo, usado como uma 
blindagem contra as radiações.
Após vários anos de uso, a fonte foi desa-
tivada, isto é, não foi mais utilizada, embo-
ra sua atividade radioativa ainda fosse muito 
elevada, não sendo permitida a abertura do 
invólucro e o manuseio da fonte sem cuida-
dos especiais.
A clínica foi transferida para novas instalações, 
mas o material radioativo não foi retirado, con-
trariando a Norma da Comissão Nacional de 
Energia Nuclear – CNEN. 
Assim, duas pessoas retiraram sem autoriza-
ção o equipamento do local abandonado, que 
servia de abrigo e dormitório para mendigos.
A blindagem foi destroçada, deixando à mostra 
um pó azul brilhante, muito bonito, principal-
mente no escuro, sendo esse pozinho, pos-
teriormente, , distribuído para várias pessoas, 
inclusive crianças.
Com isso, o material radioativo foi sendo espa-
lhando pela vizinhança e várias pessoas foram 
contaminadas. A CNEN foi chamada a intervir 
e iniciou um processo de descontaminação de 
ruas, casas, utensílios e pessoas.
O acidente radioativo de Goiânia resultou na 
morte de quatro pessoas, entre 249 contami-
nadas. As demais vítimas foram descontamina-
das e continuaram em observação, não tendo 
sido registrados, até o momento, efeitos tardios 
provenientes do acidente.
O acidente em Goiânia
Eliezer de Moura Cardoso e colaboradores
Fonte: Adaptado de: Apostila educativa Radioatividade, CNEN. Disponível em: <http://www.cnen.gov.br/ensino/apostilas/radio.pdf> Acesso em: ago. 2008 
26 Resíduos Sólidos - Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde - Nível 2
Você sabia?
Qualquer instalação que utilize fontes radioativas, na indústria, centros de pesquisa, 
medicina	nuclear	ou	radioterapia,	deve	ter	pessoas	qualificadas	em	Radioproteção,	para	
que o manuseio seja realizado de forma adequada. Locais destinados ao armazenamento 
provisório de fontes ou rejeitos devem conter tais fontes ou rejeitos com segurança, 
nos aspectos físico e radiológico, até que possam ser removidos para outro local, com 
aprovação da CNEN.
Toda	firma	que	usa	material	radioativo,	ao	encerrar	suas	atividades	em	um	local,	deve	
solicitar o cancelamento da autorização para funcionamento (operação), informando o 
destino a ser dado a esse material. A simples comunicação do encerramento das ativi-
dades não exime a empresa da responsabilidade e dos cuidados correspondentes, até 
a conclusão do processo na CNEN.
Caro	Profissional,	frente	ao	que	foi	exposto	no	texto	lido	anteriormente,	seria	válido	continuar-
mos a utilizar recursos que, de alguma forma, possam causar contaminação radioativa? Discuta 
a pergunta com os demais colegas na perspectiva das gerações presentes e futuras.
Dando continuidade aos impactos, o trabalhador que lida direta e diariamente com os resí-
duos de serviços de saúde e os gerados nas nossas casas é submetido ao risco biológico, 
devido à possível presença de microrganismos como bactérias, vírus e fungos.
No quadro a seguir, são apresentadas algumas doenças infecciosas, assim como o seu modo 
de transmissão:
Doença Infecciosa Modo de transmissão
Hepatite B, Hepatite C e AIDS 
(imunodeficiência humana 
pelo HIV)
Praticar sexo sem proteção, compartilhamento de 
drogas injetáveis, transfusões de sangue e acidentes 
profissionais	com	perfurocortantes	contendo	sangue	
ou secreção de pessoa contaminada.
Tuberculose Via aérea, a partir de espirro, tosse e aerossóis (a 
contaminação pode ocorrer durante a trituração de 
resíduo contaminado, por exemplo).
Guia do profissional em treinamento - ReCESA 27
O texto “Prefeitura terá de indenizar gari que pegou HIV em Santa Catarina” é um bom exemplo 
dos impactos negativos do mau gerenciamento de resíduos de serviços de saúde.
Prefeitura terá de indenizar gari que pegou HIV 
em Santa Catarina
A prefeitura de Brusque - SC, foi condenada 
ao pagamento de indenização ao gari L.C.M, 
33 anos, contaminado com o vírus HIV quando 
recolhia lixo hospitalar do Hospital e Maternida-
de Cônsul Carlos Renaux. Ao pegar um saco 
de lixo, o gari teve o dedo espetado por uma 
seringa com restos de sangue. O ferimento foi 
profundo, e o trabalhador foi levado ao hospital 
para que a agulha fosse retirada, pois estava 
presa debaixoda unha. O fato aconteceu em 
1995. Mesmo com o dedo machucado e mos-
trando sinais de infecção, L. C. M. continuou 
coletando lixo. Um ano depois, o gari mostrava 
os primeiros sintomas de Aids.
Condenada ao pagamento de uma indenização 
cujo valor atualizado chega a R$ 140 mil, a pre-
feitura recorreu, alegando que a contaminação 
não se teria dado durante o trabalho. O recurso 
foi julgado improcedente pelo Superior Tribunal 
de Justiça (STJ), em Brasília. Em estado termi-
nal, L. C. M. comemorou o resultado, alertan-
do as autoridades e seus próprios colegas de 
profissão sobre os riscos da manipulação de 
lixo hospitalar. Segundo a advogada de L. C. 
M., Albanesa Tonet, é o primeiro caso no Brasil 
em que uma prefeitura é responsabilizada por 
um caso de contaminação em coleta de lixo. O 
gari trabalhava sem nenhum equipamento de 
proteção individual, nem sequer luvas.
Fonte: Disponível em: http://g1.globo.com/Noticias/Brasil/0,,AA1454412-5598,00.html Acesso em: jun 2008
Você sabia?
Para que se desenvolva uma doença infecciosa, é necessária a inter-relação concomi-
tante entre os seguintes fatores: a) presença do agente (vírus, bactérias, etc); b) dose 
de infectividade (capaz de infectar, contaminar); c) resistência do hospedeiro; d) porta 
de entrada; e) via de transmissão.
Fonte: Adaptado da Série Anvisa – Tecnologia em Serviços de Saúde – Volume 1
28 Resíduos Sólidos - Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde - Nível 2
Para que outros casos, como o descrito no texto, sejam evitados, os trabalhadores que lidam 
com os resíduos de serviços de saúde devem estar usando adequadamente os equipamentos 
de proteção individual (EPIs) durante a execução do trabalho. A seguir, são apresentados 
alguns dos EPIs utilizados pelos garis que coletam o RSS. 
Acesse	o	software	“Bacia	Hidrográfica	Virtual”	e	veja	quais	outros	equipamentos	são	utili-
zados nos serviços de limpeza urbana.
Contudo, não somente os garis estão em risco de contrair uma doença relacionada aos resíduos 
de serviços de saúde e urbanos, mas também a própria população pode vir a se contaminar com 
esse tipo de resíduo, se ele for disposto de forma inadequada. Na tabela a seguir, é mostrado o 
tempo de sobrevivência de algumas bactérias e vírus presentes nos resíduos sólidos.
Organismo Doença Tempo de sobrevivência (dias)
Salmonella typhi Febre tifóide 29 - 70
Entamoeba histolytica Amebíase 8 -12
Ascaris lumbricoides Ascaridíase ou ascaríase 2.000 – 2.500
Leptospira interrogans Leptospirose 15 - 43
Poliovírus Poliomielite 20 -170
Mycobacterium tuberculosis 
(ou bacilo de Koch)
Tuberculose 150 - 180
Larvas de vermes Condição insalubre 25 - 40
Fonte: SUBERKROPP, K. F. ; KLUG, M. J., 1974, apud LIMA L. M. Q., 1991.
O problema de potenciais contaminações torna-se mais grave uma vez que a maioria dos 
resíduos sólidos, inclusive os resíduos de serviços de saúde, é depositada em lixões, como 
mostrado na tabela a seguir. 
Guia do profissional em treinamento - ReCESA 29
Disposição final, tratamento e coleta de resíduos de serviços de saúde no Brasil
Serviço N° de Municípios
Coleta 3.466
Disposição	final
Lixão 1.696
Aterro 873
Tratamento
Incinerador 589
Microondas 21
Forno 147
Autoclave 22
Queima a céu aberto 1.086
Outros 471
Sem tratamento 1.193
Fonte: Adaptado de Série Temáticas Anvisa – Tecnologias em Serviço de Saúde – Volume 1 - 2006
Nesses depósitos a céu aberto, são encontrados milhares de catadores que sobrevivem da 
coleta	e	venda	de	materiais	recicláveis	(ver	gráfico	de	composição	gravimétrica	apresenta-
do anteriormente), bem como utilizam restos para a alimentação deles como retratado na 
reportagem “Pessoas que se alimentam de lixo”.
 
Já as conseqüências do mau gerenciamento de resíduos de serviços de saúde ao meio ambiente, 
ao	saneamento	básico,	e	à	bacia	hidrográfica	ficam	exemplificadas	pelos	despejos	de	efluentes	de	
unidades de saúde, sem qualquer tratamento prévio, na rede domiciliar de esgoto doméstico.
As	características	desses	efluentes	são	muito	parecidas	com	a	dos	esgotos	domiciliares,	
pois apresentam, entre seus componentes, patógenos como vírus, bactérias, protozoários, 
entre	outros.	Porém,	como	agravante,	os	efluentes	de	unidades	de	saúde	apresentam	ainda	
uma variedade de substâncias, tais como fármacos, antibióticos, desinfetantes, anestésicos, 
metais pesados e drogas não metabolizadas por pacientes, de difícil decomposição.
30 Resíduos Sólidos - Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde - Nível 2
Fármaco: medica-
mento, remédio;
Metabolizada: aquilo 
que é absorvido pelo 
organismo.
Uma vez lançadas nas redes coletoras, quando estas existem, algumas 
dessas substâncias citadas passam pelos sistemas de tratamento de 
esgotos sem sofrerem qualquer mudança, pois essas unidades, na 
maioria	das	vezes,	não	são	apropriadas	para	tratar	os	efluentes	que	
contêm esses tipos de contaminantes. Contudo, a maior parte desses 
efluentes	é	lançada	diretamente	nos	cursos	de	água,	colocando	em	
risco	toda	a	bacia	hidrográfica.
Além	dos	efluentes	de	unidades	de	saúde,	os	medicamentos	ingeridos	pelos	seres	humanos	
e de uso veterinário e os remédios vencidos descartados inadequadamente no lixo e no 
esgoto contribuem consideravelmente para a poluição do meio ambiente como mostrado 
no texto “Medicamentos contaminam a água”.
Pesquisas feitas na Europa revelam que 
princípios ativos de remédios ameaçam 
ecossistemas e fluem das torneiras domés-
ticas. No Brasil, o problema pode ser ainda 
mais grave. Tomar um comprimido de antibi-
ótico, antidepressivo, anticoncepcional, etc. 
é a coisa mais comum no dia-a-dia. Esses 
remédios essenciais para resolver proble-
mas de saúde graves agem no corpo du-
rante horas ou dias. Mas, e depois? O que 
acontece com eles? Essas substâncias que 
ingerimos e que fazem tanto bem, comba-
tendo as mais diversas doenças, que des-
tino têm dentro do nosso corpo? Quando e 
como saem do nosso organismo? 
De acordo com os cientistas, de um terço a 
90% de todas as doses ministradas de alguns 
remédios, como os antibióticos, são excre-
tados na urina. As drogas e os medicamen-
tos que ingerimos ou recebemos por injeção 
são eliminados do nosso corpo na sua for-
ma original através da urina e das fezes ou, 
depois de transformados em nosso próprio 
organismo, podem ser eliminados na forma 
de metabólito (o fragmento químico dessa 
substância). Esse metabólito pode ser ati-
vo ou totalmente inerte. Sua eliminação, na 
maior parte das vezes, também ocorre na 
urina ou nas fezes.
Medicamentos contaminam a água
Guia do profissional em treinamento - ReCESA 31
Alguns dos metabólitos são bem mais ativos 
e mais tóxicos do que a droga original e, ge-
ralmente, mais solúveis em água. Além disso, 
alguns desses metabólitos inativos, quando li-
berados no meio ambiente, podem voltar à sua 
forma ativa pela ação de bactérias presentes em 
água ou terra. Isso não é uma mera curiosidade 
da biologia humana, mas tem a ver com a biolo-
gia de todos os animais. 
Recentemente, pesquisadores ligados ao governo 
suíço iniciaram um estudo sistemático de poluen-
tes em águas de várias regiões daquele país. En-
quanto procuravam por pesticidas, por acaso de-
tectaram na água de um lago traços de um remé-
dio utilizado para diminuir o colesterol, o clofibrato. 
Investigaram-se as águas dos rios e dos lagos na 
região rural da Suíça, além dos grandes centros 
urbanos. Havia clofibrato em todo canto. 
A reação imediata foi sugerir a prisão dos respon-
sáveis pela indústria fabricante do medicamento, 
pois certamente estavam poluindo as águas dos 
rios. Depois de procurar, descobriram, curiosa-
mente, que essemedicamento não é fabricado na 
Suíça. Portanto, não era possível atribuir a presen-
ça do clofibrato a acidentes industriais.
Ao analisar os esgotos urbanos, os mesmos cien-
tistas observaram que a droga vinha diretamente 
dos dejetos humanos. As pessoas comuns que, 
na tentativa de controlar o colesterol, tomam o seu 
clofibrato diariamente, vão ao banheiro e despe-
jam gramas e mais gramas dessa substância no 
ecossistema. 
Outros pesquisadores, na Alemanha, encontraram 
traços desse mesmo medicamento na água de 
torneira dos moradores de Berlim. Esses estudos 
repetiram-se ao redor do mundo. Mais e mais me-
dicamentos são identificados no solo e nas águas. 
Em concentrações mínimas, bilionésimos de mili-
gramas (nanogramas), mas detectáveis. 
No fim da década de 90, pesquisas detectaram 
traços de remédios antiinflamatórios, estrógenos e 
antilipêmicos (contra o colesterol) em águas de rios 
e em afluentes de estações de tratamento de es-
gotos, no estado do Rio de Janeiro. Diferentemente 
do que foi observado na Europa, a concentração 
dessas substâncias foi considerada relativamente 
elevada (mais de mil vezes a concentração dessas 
substâncias encontrada na Suíça).
Não há dúvida de que toneladas e toneladas de 
drogas são excretadas todos os dias em todo o 
planeta. Cientistas ao redor do mundo, mas princi-
palmente na Europa, têm observado que números 
cada vez maiores de drogas complexas – incluindo 
hormônios, medicamentos para o coração, vitami-
nas, antiinflamatórios, etc. – passam pelo sistema 
digestivo sem serem metabolizadas e são elimina-
das por meio das fezes e da urina. Muitas delas 
conseguem “driblar” os sistemas de saneamento 
básico e de tratamento de esgotos e água. Caem 
nos rios e nos lagos e voltam através de nossas 
torneiras.
Riad Younes - Fonte: Disponível em: <http://www.portaldoenvelhecimento.net/artigos/artigo437.htm> (Adaptação)
32 Resíduos Sólidos - Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde - Nível 2
Não somente a água é contaminada, mas também o solo, pois, os medicamentos possuem 
compostos	químicos	que	podem	influenciar	a	biota	(conjunto	de	todos	os	seres	vivos	de	uma	
região) daqueles, alterando seus componentes e, conseqüentemente, seus usos e ocupações.
Você sabia?
O termo “uso e ocupação do solo” descreve as mais diversas formas de utilização e ocupação 
do	meio	físico,	compreendendo	tanto	as	situações	naturais	(lagos,	cursos	d’água,	florestas,	
campos, etc.) como também as decorrentes das inúmeras intervenções humanas (urbanização, 
agricultura, mineração, etc.). Porém, quando alguns tipos de uso e ocupação do solo alte-
ram as condições naturais do meio ambiente, principalmente quando realizados de maneira 
inadequada,	eles	trazem	impactos	negativos.	Vamos	sobrevoar	a	Bacia	Hidrográfica	Virtual	e	
ver alguns dos diferentes usos e ocupações do solo.
Diante da realidade referente aos fármacos apresentada no último texto, como conciliar 
duas situações aparentemente antagônicas: salvar vidas com a utilização de medicamen-
tos e preservar o meio ambiente e a própria saúde dos seres humanos contra os mesmos 
medicamentos excretados diariamente por bilhões de humanos? 
Atividade 
Bom,	Profissional,	esses	são	alguns	dos	problemas	entre	vários	outros	
causados pelo mau gerenciamento de resíduos, inclusive os resíduos 
de serviços de saúde. Na sua listagem de problemas, quais outros 
poderiam ser mencionados? Esses problemas são observados em seu 
município? Quais ações são implementadas em sua cidade para mini-
mizar tais problemas? Discuta essas perguntas com seus colegas e 
anote as boas ações que possam ser utilizadas em sua localidade.
Guia do profissional em treinamento - ReCESA 33
Chegamos,	então,	ao	final	do	primeiro	conceito-chave	no	qual	nós	contextualizamos	e	
discutimos o surgimento e importância de políticas públicas referentes aos resíduos de 
serviços saúde. Apresentamos um conceito para eles, bem como as fontes geradoras e 
quantidades	geradas	e,	por	fim,	elaboramos	e	discutimos	um	modelo	de	gerenciamento	
para os resíduos semelhantes aos de serviços de saúde gerados nos domicílios. Na última 
parte do conceito-chave, levantamos alguns impactos negativos gerados pelo RSS em diver-
sos segmentos: sociedade, saúde coletiva, meio ambiente. Relembramos alguns conceitos, 
tais	como	saneamento	básico,	bacia	hidrográfica	e	uso	e	ocupação	do	solo,	os	quais	serão	
importantes para o desenvolvimento do próximo conceito-chave.
Gerenciamento de RSS
- Apresentar e traba-
lhar a classificação 
vigente para os 
resíduos de serviços 
de saúde;
- Apresentar, discutir 
e trabalhar as etapas 
do gerenciamento 
(cuidados no manu-
seio, minimização da 
geração, segregação 
dos RSS, acondicio-
namento e identifica-
ção, armazenamento 
temporário, coleta e 
transporte interno, 
tratamento interno 
e externo, armaze-
namento externo, 
coleta e transporte 
externo, disposição 
final) para cada gru-
po dos resíduos de 
serviços de saúde.
OBJETIVOS:
No conceito-chave anterior, foram apresentados diversos impactos 
negativos causados pelos resíduos de serviços de saúde. Se vocês, 
profissionais,	analisarem	esses	impactos,	perceberão	que	existem	
diversas substâncias que fazem parte desse tipo de resíduo, um 
problema a ser gerenciado. Algumas são radioativas, outras apre-
sentam risco químico ou biológico. Mas, como saber qual substância 
apresenta risco biológico, químico ou de acidente com perfuração ou 
cortes? Como segregar e acondicionar corretamente as substâncias 
químicas para que não haja, por exemplo, risco de ocorrência de 
uma explosão? A resposta a estas e outras perguntas constituem o 
nosso próximo assunto.
Classificação dos RSS
Como	você,	Profissional,	já	deve	saber,	existe	uma	classificação	cujo	
objetivo principal é auxiliar no gerenciamento dos resíduos gerados 
nas unidades de serviços de saúde. minimizando os impactos nega-
tivos	já	por	nós	discutidos.	Para	relembrarmos	essa	classificação,	
propõe-se que seja realizada individualmente a seguinte atividade:
34 Resíduos Sólidos - Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde - Nível 2
Caso tenha dúvidas referentes a termos encontrados ao longo dessa 
seção, consulte o glossário em anexo ao final desta seção.
Atividade
A	atividade	tem	por	objetivo	classificar	os	resíduos	de	serviços	de	
saúde. Para isso, utilize o quadro a seguir. Na primeira coluna da 
esquerda, estão os diferentes tipos de resíduos e, na primeira linha, 
está	a	possível	classificação	desses	resíduos.	Marque	com	um	“x”	a	
classificação	que	você	considera	correta	para	cada	resíduo.	
Resíduo
Grupo A Grupo 
B
Grupo 
C
Grupo 
D
Grupo 
EA1 A2 A3 A4 A5
Caixas vazias de 
medicamentos
Tecnécio-99m
Bolsa de sangue 
contaminada
Restos de alimentos 
da cantina.
Bisturi
Cadáver animal 
contaminado com 
vírus da febre aftosa
Perna amputada 
Fármacos 
antineoplásicos
Vacinas
Flores
Guia do profissional em treinamento - ReCESA 35
Resíduo
Grupo A Grupo 
B
Grupo 
C
Grupo 
D
Grupo 
EA1 A2 A3 A4 A5
Frasco de soro 
misturado com 
citostático 
Bandagens com 
sangue contaminado 
com príons
Seringa com agulha
Cartelas de 
comprimidos
Filtros de ar e de 
gases aspirados de 
áreas contaminadas
Flúor-18
Bolsa de sangue 
com volume residual 
pós-transfusão
Reveladores e 
fixadores
Fralda descartável
Pipeta quebrada
Gesso retirado de 
uma perna sem 
evidências de 
sangue ou secreções
Iodo-131
Lata aberta
Frasco de soro 
glicosado parcial-
mente usado
Abaixadores de 
língua
Luvas usadas em 
exame ginecológico
36 Resíduos Sólidos - Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde - Nível2
Essa	mesma	atividade	se	encontra	no	software	“Bacia	Hidrográfica	Virtual”.	
E	aí,	Profissional,	como	você	avalia	o	seu	desempenho	na	atividade	de	classificação	dos	
resíduos?	Para	dirimir	quaisquer	outras	dúvidas,	vamos	relembrar	a	classificação	vigente	
para os resíduos de serviços de saúde. 
Os	resíduos	de	serviços	de	saúde	são	classificados	em	cinco	grupos,	conforme	as	caracterís-
ticas principais e seu potencial de risco. Os grupos e correspondentes resíduos encontram-se 
nos quadros, adaptados do Apêndice I da RCD Anvisa nº 306/04, a seguir.
Grupo A – Resíduos potencialmente infectantes
Resíduos com a possível presença de agentes biológicos que, por suas características, podem apresentar risco de infecção.
A1
Culturas e estoques de microrganismos; resíduos de fabricação de produtos 
biológicos, exceto os hemoderivados; descarte de vacinas de microrganis-
mos vivos ou atenuados; meios de cultura e instrumentais utilizados para 
transferência, inoculação ou mistura de culturas; resíduos de laboratórios de 
manipulação genética.
Resíduos resultantes da atenção à saúde de indivíduos ou animais, com suspeita 
ou certeza de contaminação biológica por agentes da classe de risco 4, micror-
ganismos com relevância epidemiológica e risco de disseminação ou causadores 
de doença emergente que se torne epidemiologicamente importante ou cujo 
mecanismo de transmissão seja desconhecido.
Bolsas transfusionais contendo sangue ou hemocomponentes rejeitadas por 
contaminação ou por má conservação, ou com prazo de validade vencido, e 
aquelas oriundas de coleta incompleta.
Sobras de amostras de laboratório contendo sangue ou líquidos corpóreos, 
recipientes e materiais resultantes do processo de assistência à saúde, contendo 
sangue ou líquidos corpóreos na forma livre.
Resíduos com a possível presença de agentes biológicos que, por suas carac-
terísticas, podem apresentar risco de infecção.
A2
Carcaças, peças anatômicas, vísceras e outros resíduos provenientes de animais 
submetidos a processos de experimentação com inoculação de microrganis-
mos, bem como suas forrações, e os cadáveres de animais suspeitos de serem 
portadores de microrganismos de relevância epidemiológica e com risco de 
disseminação que foram submetidos ou não a estudo anátomo-patológico ou 
confirmação	diagnóstica.
Guia do profissional em treinamento - ReCESA 37
Grupo A – Resíduos potencialmente infectantes
Resíduos com a possível presença de agentes biológicos que, por suas características, podem apresentar risco de infecção.
A3
Peças anatômicas (membros) do ser humano; produto de fecundação sem sinais 
vitais, com peso menor que 500 gramas ou estatura menor que 25 centímetros ou 
idade	gestacional	menor	que	20	semanas,	que	não	tenham	valor	científico	ou	legal	
e não tenha havido requisição pelo paciente ou pelos familiares.
A4
Filtros	de	ar	e	gases	aspirados	de	área	contaminada;	membrana	filtrante	de	
equipamento médico hospitalar e de pesquisa, entre outros similares.
Sobras de amostras de laboratório e seus recipientes contendo fezes, urina e secre-
ções, provenientes de pacientes que não contenham e nem sejam suspeitos de 
conter agentes classe de risco 4 e nem apresentem relevância epidemiológica e 
risco de disseminação, ou microorganismo causador de doença emergente que se 
torne epidemiologicamente importante ou cujo mecanismo de transmissão seja 
desconhecido ou com suspeita de contaminação com príons.
Resíduos de tecido adiposo proveniente de lipoaspiração, lipoescultura ou outro 
procedimento de cirurgia plástica que gere este tipo de resíduo.
Recipientes e materiais resultantes do processo de assistência à saúde, que não 
contenham sangue ou líquidos corpóreos na forma livre.
Peças anatômicas (órgãos e tecidos) e outros resíduos provenientes de proce-
dimentos	cirúrgicos	ou	de	estudos	anátomo-patológicos	ou	de	confirmação	
diagnóstica. 
Carcaças, peças anatômicas, vísceras e outros resíduos provenientes de animais 
não submetidos a processos de experimentação com inoculação de microor-
ganismos, bem como suas forrações. 
A5
Órgãos,	tecidos,	fluidos	orgânicos,	materiais	perfurocortantes	ou	escarificantes	
e demais materiais resultantes da atenção à saúde de indivíduos ou animais, 
com suspeita ou certeza de contaminação com príons.
38 Resíduos Sólidos - Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde - Nível 2
Grupo B – Resíduos químicos
Resíduos contendo substâncias químicas que podem apresentar risco à saúde pública ou ao meio ambiente, 
dependendo de suas características de inflamabilidade, corrosividade, reatividade e toxicidade.
 Produtos hormonais e produtos antimicrobianos; citostáticos; antineoplásicos; 
imunossupressores; digitálicos; imunomoduladores; anti-retrovirais, quando 
descartados por serviços de saúde, farmácias, drogarias e distribuidores de 
medicamentos ou apreendidos e os resíduos e insumos farmacêuticos dos 
medicamentos controlados pela Portaria MS 344/98 e suas atualizações.
 Resíduos de saneantes, desinfetantes, desinfestantes; resíduos contendo metais 
pesados;
 Reagentes para laboratório, inclusive os recipientes contaminados por estes.
				Demais	produtos	considerados	perigosos,	conforme	classificação	da	NBR	10004	
da	ABNT	(tóxicos,	corrosivos,	inflamáveis	e	reativos).
				Efluentes	de	processadores	de	imagem	(reveladores	e	fixadores).
				Efluentes	dos	equipamentos	automatizados	utilizados	em	análises	clínicas.
Grupo C – Rejeitos radioativos
Quaisquer materiais resultantes de atividades humanas que contenham radionuclídeos em quantidades 
superiores aos limites de isenção especificados nas normas do CNEN e para os quais a reutilização é 
imprópria ou não prevista.
 Enquadram-se neste grupo quaisquer materiais resultantes de laboratórios de 
pesquisa e ensino na área de saúde, laboratórios de análises clínicas e serviços 
de medicina nuclear e radioterapia que contenham radionuclídeos em quanti-
dade superior aos limites de eliminação.
Grupo D – Resíduos equiparados aos resíduos domiciliares
Resíduos que não apresentem risco biológico, químico ou radiológico à saúde ou ao meio ambiente, podendo 
ser equiparados aos resíduos domiciliares.
 Papel de uso sanitário e fralda, absorventes higiênicos, peças descartáveis 
de vestuário, resto alimentar de pacientes, material utilizado em anti-sepsia e 
hemostasia de venóclises, equipamento de soro e outros similares não clas-
sificados	como	A1.
 Sobras de alimentos e do preparo de alimentos.
 Resto alimentar de refeitório.
 Resíduos provenientes das áreas administrativas.
				Resíduos	de	varrição,	flores,	podas	e	jardins.
 Resíduos de gesso provenientes de assistência à saúde.
Guia do profissional em treinamento - ReCESA 39
Grupo E – Resíduos perfurocortantes
			Materiais	perfurocortantes	ou	escarificantes,	tais	como:	lâminas	de	barbear,	
agulhas, escalpes, ampolas de vidro, brocas, limas endodônticas, pontas 
diamantadas, lâminas de bisturi, lancetas; tubos capilares; micropipetas; lâminas 
e lamínulas; espátulas; e todos os utensílios de vidro quebrados no laboratório 
(pipetas, tubos de coleta sanguínea e placas de Petri) e outros similares.
Você sabia?
Anátomo-patológico: estudos de doenças por métodos morfológicos (forma).
Antimicrobianos: drogas que têm a capacidade de inibir o crescimento de microrganismos.
Antineoplásicos: medicamentos químicos utilizados no tratamento de câncer.
Anti-retrovirais: drogas que inibem a reprodução de vírus no sangue. Muito utilizados 
no tratamento da AIDS.
Anti-sepsia: prevenção do desenvolvimento de agentes infecciosos por meio de procedimen-
tos físicos ou químicos destinados a destruir todo microrganismo. Exemplo de anti-sepsia é 
a lavagem das mãos.
Citostáticos: fármaco que evita a multiplicação e o crescimento das células;
Desinfestantes: são produtospara o controle de insetos, roedores e outros vetores incômodos 
ou nocivos à saúde.
Dialisadores:	equipamentos	que	filtram	o	sangue	no	processo	de	
hemodiálise;
Digitálicos: constituem um grupo de fármacos usados no tratamento de doenças do coração, 
nomeadamente	de	arritmias	e	insuficiência	cardíacas.
Escalpes: conjunto de agulha com dispositivo em forma de asas usado para a infusão 
de	medicamentos	na	veia.	É	também	chamado	de	Butterfly	(borboleta);
Limas endodônticas: instrumento utilizado em tratamento de canal, para o esvazia-
mento deste. 
Escarificante: instrumento cirúrgico, munido de lâminas, que serve para fazer incisões 
superficiais	e	simultâneas	na	pele.
Fixadores: líquido contendo combinação de substâncias químicas que torna a imagem obtida 
no	filme	radiográfico	estável	quando	exposta	à	luz	branca.	O	agente	fixador	é	uma	solução	
composta basicamente por água, tiossulfato de sódio ou tiossulfato de amônio.
Hemocomponentes: componentes do sangue.
40 Resíduos Sólidos - Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde - Nível 2
Hemoderivados: produtos derivados do sangue.
Hemostasia de venóclises: algodão ou outro material que estanca o sangue após a injeção.
Imunomoduladores:	medicamentos	modificadores	da	doença,	os	quais	alteram	o	curso	da	
doença.
Imunossupressores: medicamentos que agem suprimindo as ações imunológicas do 
corpo. São muito utilizados para prevenir rejeições em pacientes transplantados. 
Inoculação: transmissão artificial ao organismo de um agente que tem capacidade 
de se multiplicar.
Microrganismos de relevância epidemiológica: microrganismos dotados de grande 
capacidade de difusão e propagação de doenças infecto-contagiosas.
Príons: estrutura protéica alterada relacionada como agente etiológico das diversas 
formas de encefalite espongiforme.
Placas de Petri: recipiente cilíndrico, achatado, de vidro ou plástico que os biológos 
utilizam para a cultura de microrganismos. A placa é parcialmente cheia com um caldo 
líquido ágar onde estão misturados alguns nutrientes, sais e aminoácidos, de acordo 
com	as	necessidades	específicas	do	metabolismo	do	microrganismo	a	ser	estudado.
Placa de Petri com bactérias
Radionuclídeo: átomo de um elemento químico que se caracteriza por apresentar um núcleo 
atômico instável que emite energia quando se transforma num isótopo mais estável.
Reveladores: solução contendo agente redutor capaz de transformar os halogenetos 
de	prata,	contidos	no	filme	radiográfico,	em	prata,	quando	afetados	pela	luz,	mais	
rapidamente do que os halogenetos não expostos à luz. Os agentes hidroquinona e 
felidona são os mais comuns.
Transfusionais: dotado de capacidade de ser transfundida, ou seja, de possibilitar a 
transfusão de substâncias como o sangue.
Vísceras: coração, útero, pâncreas, intestinos, etc.
Bom,	Profissional,	agora	que	você	já	relembrou	os	cinco	grupos	que	os	resíduos	de	serviços	de	
saúde	podem	ser	classificados,	volte	à	atividade	que	abre	essa	seção	e	reveja	suas	respostas,	
esclarecendo	suas	dúvidas	e	corrigindo	alguma	classificação	incorreta.	
Placa de Petri
Guia do profissional em treinamento - ReCESA 41
Etapas do gerenciamento dos grupos de classificação dos RSS
A partir de agora, nós vamos abordar as etapas do gerenciamento de cada um dos grupos 
de	classificação	dos	RSS.	Porém,	vamos	realizar	coletivamente	a	seguinte	atividade	proposta,	
cujo objetivo é exercitar os conhecimentos referentes ao gerenciamento de RSS.
Atividade 
Recorda-se	dos	resíduos	presentes	na	atividade	de	classificação?	Pois	
bem!	Um	dos	objetivos	da	classificação	é	orientar	as	demais	etapas	
do	gerenciamento	de	resíduos.	Ela	define	quais	tipos	de	acondicio-
namento,	coleta,	transporte,	disposição	final	são	os	recomendáveis	e	
exigíveis para determinado resíduo. Assim, a sua tarefa e dos demais 
colegas é descrever as etapas do gerenciamento para alguns resíduos. 
Para auxiliá-los, uma sugestão é estruturar o gerenciamento desses 
resíduos, descrevendo as seguintes etapas: 
Etapas intra-estabelecimento de saúde
Classificação ∙
Cuidados no manuseio (equipamentos de proteção individual ∙
e coletivo)
Minimização da geração (boas práticas de minimização de ∙
resíduos)
Segregação dos RSS ∙
Acondicionamento	e	identificação ∙
Armazenamento temporário (Sala de Resíduos) ∙
Coleta e transporte internos ∙
Tratamento interno e externo ∙
Armazenamento externo (Abrigo de Resíduos); ∙
Etapas extra-estabelecimento de saúde
Coleta e transporte externo ∙
Disposição	final ∙
42 Resíduos Sólidos - Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde - Nível 2
Caixas vazias de medicamentos
Tecnécio-90m
Bolsa de sangue contaminada
Seringa com agulha
Frasco de soro misturado com citostático
Bandagens com sangue contaminado 
com príons
Perna amputada
Restos de alimentos da cantina
Pipeta quebrada 
Frasco de soro glicosado parcialmente 
usado
Guia do profissional em treinamento - ReCESA 43
Perna amputada
E	aí,	Profissional?	Como	foi	a	atividade?	Relembrou	as	etapas	do	gerenciamento	dos	resíduos	
de	serviços	de	saúde?	Quais	foram	as	dificuldades	e/ou	dúvidas?	Guarde	suas	respostas,	
pois,	ao	final	dessa	seção,	nós	voltaremos	e	reavaliaremos	essa	atividade.	Dando	seqüência	
aos nossos estudos, vamos ver como é o gerenciamento na teoria e na prática para cada 
um dos grupos que compõem os resíduos de serviços de saúde.
Grupo A
- Apresentar, 
discutir e trabalhar 
as etapas do 
gerenciamento 
interno e externo 
dos resíduos do 
grupo A.
OBJETIVOS:
Os resíduos do grupo A são os resíduos que possivelmente têm 
agentes biológicos que, por suas características de maior virulência 
(capacidade de um vírus ou bactéria de se multiplicar dentro de um 
organismo, provocando doença) ou concentração, podem apresentar 
risco de infecção. Tudo o que entre em contato com esse tipo de resí-
duo, como recipientes de acondicionamento (sacos plásticos, caixas 
de materiais perfurantes e cortantes, etc), carro de coleta interna, 
contêineres e abrigo de resíduos dos grupos A e E, entre outros, deve 
ser	identificado	com	etiqueta	em	rótulo	de	fundo	branco,	desenho	
e contornos pretos, contendo o símbolo de presença de substância 
infectante e a inscrição de Resíduo Infectante.
Resíduo 
Infectante
Atividade 
Antes de prosseguirmos, liste os impactos negativos que o mau 
gerenciamento dos resíduos do grupo A pode trazer à saúde cole-
tiva,	ao	meio	ambiente	e	à	bacia	hidrográfica	e	às	demais	áreas	do	
saneamento. Em seguida, nós trabalharemos e discutiremos como 
as etapas do gerenciamento, bem-estruturadas, podem evitar ou 
minimizar os impactos listados. 
44 Resíduos Sólidos - Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde - Nível 2
Cuidados no manuseio
Para minimizar os riscos de ocorrência de acidentes ao se manusearem esses resíduos, 
adotam-se os seguintes procedimentos: 
uso de Equipamentos de Proteção Individual – EPI; ∙
lavagem das mãos; ∙
segregação adequada dos resíduos nos diferentes subgrupos; ∙
acondicionamento seguro (barreira de contenção); ∙
imunização	dos	profissionais	envolvidos	no	manuseio	de	resíduos. ∙
Além desses procedimentos, existem outros utilizados em seu município ou no local de seu 
trabalho,	Profissional?	Discuta	com	os	demais	colegas	esses	outros	procedimentos.
No	quadro	a	seguir,	sugerem-se	alguns	tipos	de	EPIs	para	os	profissionais	que	lidam	com	os	
resíduos do grupo A, como o pessoal da limpeza e higienização e os que fazem a coleta.
EPI Importância
Uniforme
De algodão, calça comprida 
e camisa de manga 
comprida ou pelo menos ¾.
Evitar a disseminação de agente biológico para fora do serviço de saúde.
Luvas de látex ou PVC, com palma 
antiderrapante
Barreira física para evitar o contato com agente biológico ou quími-
co. Há luvas para proteção das mãos contra agentescortantes e 
perfurantes.
Touca descartável Barreira física para os cabelos, o que evita o transporte de agentes biológicos para fora do serviço
Máscara de proteção respiratória
- Tipo N95 ou PFF-2: recomendada 
para o controle da exposição ao 
bacilo da tuberculose e de outros 
agentes biológicos potencialmente 
infecciosos, de veiculação aérea.
Barreira física contra a inalação de gotículas e aerossóis provenientes 
de tosse e espirro de pacientes infectados por microrganismos de 
veiculação aérea, diminuindo orisco de contaminação ocupacional.
Guia do profissional em treinamento - ReCESA 45
EPI Importância
Avental impermeável
Proteção física contra sujidade e respingos durante coleta externa dos 
resíduos e a higienização dos recipientes (lixeiras e contêineres) e do 
local de armazenamento dos resíduos.
Calçado impermeável
- Cano alto: pessoal que 
faz a higienização dos 
recipientes e abrigos e a 
coleta externa de resíduos.
- Cano curto: pessoal que 
faz a limpeza e higienização 
de ambientes. 
Proteção dos pés contra a umidade proveniente de operações com uso 
de água e de agente perfurocortante que por ventura esteja disperso 
no chão.
Protetor facial
Proteção da face e olhos contra respingos de água contaminada durante 
a higienização dos recipientes (lixeiras e contêineres) e do local de 
armazenamento dos resíduos.
Outra medida de proteção ocupacional até garantida por 
lei aos trabalhadores é a vacina. De acordo com a NR32, 
a todo trabalhador dos serviços de saúde deve ser forne-
cido, gratuitamente, programa de imunização ativa contra 
tétano, difteria, hepatite B e os estabelecidos no Programa 
de Controle Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO) previsto 
na	NR-07	específico	para	o	estabelecimento.	
NR32 - Norma regulamenta-
dora publicada pela Portaria 
do Ministério do Trabalho 
e Emprego (MTE) - nº 485, 
de 11 de novembro de 2005 
(DOU de 16/11/05 – Seção 1), 
que trata especificamente de 
segurança e saúde no traba-
lho em serviços de saúde.
Você sabia?
Pela RDC Anvisa no 306/2004, o pessoal envolvido diretamente com os processos de 
higienização, coleta, transporte, tratamento e armazenamento de resíduos deve ser 
submetido a exame médico admissional, periódico, de retorno ao trabalho, de mudança de 
função e demissional, conforme estabelecido no PCMSO da Portaria n° 3214 do Ministério 
do	Trabalho	e	Emprego	(MTE)	ou	em	legislação	específica	para	o	serviço	público.
46 Resíduos Sólidos - Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde - Nível 2
Segregação
A	segregação	dos	resíduos	do	grupo	A	segue	a	classificação	já	apresentada	anteriormente:	A1,	
A2, A3, A4 e A5. Cada subgrupo apresenta riscos peculiares que determinam procedimentos 
diferenciados no manuseio. Uma possibilidade de segregação para esse grupo seria em função da 
destinação	que	deve	ser	dada	aos	mesmos.	Para	ficar	claro	como	proceder	à	correta	destinação	
dos resíduos do grupo A, faça individualmente a seguinte atividade proposta.
Atividade
No	quadro	a	seguir,	verificam-se,	na	coluna	da	esquerda,	as	possibi-
lidades de destinação e, na coluna da direita, os subgrupos do grupo 
A. Porém, alguém embaralhou os subgrupos de maneira que eles não 
mais correspondem às possibilidades corretas de destinação. A tarefa 
consiste em arrumar de novo o quadro, restabelecendo corretamente 
as relações entre as possibilidades de destinação e os subgrupos. 
Depois de arrumarem o quadro, socializem as respostas. 
Guia do profissional em treinamento - ReCESA 47
Possibilidade de Destinação Subgrupos do grupo A
Tratamento obrigatório no Serviço de 
Saúde, dentro da unidade geradora
(1)
A1 - Vacinas de microrganismos vivos ou atenuados, e frascos vencidos, 
com conteúdo inutilizado, vazios ou com restos do produto;
 - Bolsas de sangue rejeitadas ou com coleta incompleta.
A2 - Carcaças, peças e cadáveres de animais inoculados ou suspeitos de 
contaminação com microrganismos sem risco (não seja da Classe de 
Risco 4, desconhecido ou relevante epidemiologicamente).
Tratamento obrigatório no Serviço 
de Saúde, dentro ou fora da unidade 
geradora 
(2)
A3
Tratamento pode ser fora do Serviço 
de Saúde, em sistemas licenciados
(3)
A4
Incineração obrigatória
(4)
A1 - Resíduos resultantes da atenção à saúde de indivíduos ou 
animais, com suspeita ou certeza de contaminação biológica por 
agentes Classe de Risco 4 (Apêndice II), microrganismos com rele-
vância epidemiológica e risco de disseminação ou causador de 
doença emergente que se torne epidemiologicamente importante 
ou cujo mecanismo de transmissão seja desconhecido;
 - Vacinas e resíduos provenientes de campanha de vacinação e 
atividade de vacinação em serviço público de saúde, quando 
não puderem ser submetidos ao tratamento em seu local de 
geração.
 - Bolsas de sangue rejeitadas ou com coleta incompleta.
Sem exigência de qualquer tipo de 
tratamento
(5)
A5
Sem exigência de tratamento, mas 
com destinação especial
(6)
A1: - Culturas e estoques de microrganismos; resíduos da fabricação 
de produtos biológicos; instrumentais de transferência, inoculação 
ou mistura de culturas; resíduos de laboratório de manipulação 
genética.
A2: - Carcaças, vísceras peças anatômicas, cadáveres e forrações, 
de animais inoculados ou suspeitos de contaminação com micror-
ganismos com alto risco de transmissibilidade e alto potencial de 
letalidade (Classe de Risco 4). Após pré-tratamento, esse resíduo 
deve ainda ser incinerado.
.
Como	foi	a	atividade	profissional?	O	quadro	esclarece	as	possibilidades	de	destinação	dos	resíduos?	
Esse procedimento é adotado em seu município e nas unidades de saúde de sua cidade? 
48 Resíduos Sólidos - Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde - Nível 2
Acondicionamento e identificação
Os sacos plásticos para acondicionamento dos resíduos do grupo A devem ser imperme-
áveis e estar contidos em recipientes de material lavável, resistente à punctura, ruptura e 
vazamento, com tampa provida de sistema de abertura sem contato manual, com cantos 
arredondados. Devem ser resistentes a tombamento e devem ser respeitados os limites de 
peso	de	cada	invólucro.	Os	sacos	devem	estar	identificados	com	o	símbolo	de	substância	
infectante. É proibido o esvaziamento dos sacos ou seu reaproveitamento. Os recipientes 
de acondicionamento existentes nas salas de cirurgia e nas salas de parto não necessitam 
de tampa para vedação.
Punctura: picada ou perfuração resultante de algum objeto 
perfurocortante.
Os sacos mencionados anteriormente podem ser nas cores: vermelha 
ou branca. Mas, quando usar um ou outro? Para saber qual dos dois 
sacos usar, vamos realizar a atividade a seguir que descreve um dia 
de trabalho dentro de um hospital. Nesse dia, foram gerados alguns 
resíduos do grupo A, e estes precisam ser acondicionados correta-
mente. Assim, ao lado de cada tipo de resíduo gerado, há um saco 
ou mais que deve(m) ser pintado(s) de vermelho ou deixado(s) em 
branco, sinalizando qual a cor do(s) saco(s) a ser(em) utilizado(s). 
Atividade
Em uma terça-feira por volta das 
9 h da manhã, dona Marcelina 
deu entrada no hospital ReCE-
SA. Queixou-se de súbito ataque 
de febre, dores de cabeça e nos 
músculos entre outros sintomas, 
além de hemorragia. Relatou que 
havia voltado recentemente de fé-
rias que tirou em Angola. O diag-
nóstico médico foi que ela estava 
infectada com o vírus de Marburg 
(agente biológico: Classe de Ris-
co 4 - apêndice II da RCD Anvisa 
n° 306/2004) – subgrupo A1 –, 
agente causador de febre hemor-
rágica. Os resíduos resultantes da 
atenção à sua saúde foram devi-
damente encaminhados para tra-
tamento .
Ao mesmo tempo, na sala de ci-
rurgia, Antônio se submetia a uma 
Guia do profissional emtreinamento - ReCESA 49
lipoaspiração. Durante o procedi-
mento cirúrgico, tecido adiposo foi 
retirado – subgrupo A4 , sen-
do posteriormente encaminhado 
a uma correta destinação. Já no 
início da tarde, Carlos, paciente 
de 70 anos e com diabetes, teve 
sua perna amputada, sendo esta 
encaminhada para sepultamento 
– subgrupo A3 .
No mesmo dia por volta das 15h, 
Josiane Teresinha, grávida de 3 
meses, também deu entrada no 
hospital, queixando-se de sangra-
mento e dores abdominais. Infeliz-
mente, a paciente sofreu um abor-
to espontâneo. A paciente foi sub-
metida ao procedimento de cure-
tagem. O produto de concepção, 
que não apresentava sinais vitais, 
foi corretamente acondicionado e 
seria encaminhado à cremação 
– subgrupo A3 . A paciente 
precisou de transfusão de sangue, 
e a bolsa transfundida vazia – sub-
grupo A4 – foi descartada. .
No final da tarde, no centro de pes-
quisa da Faculdade de Medicina 
Veterinária, uma cobaia foi inocu-
lada com um agente biológico de 
baixo risco de transmissibilidade e 
baixo potencial de letalidade, para 
fins de experimentação. Na manhã 
seguinte a cobaia teve que ser sa-
crificada para análise. Sua carcaça 
e vísceras – subgrupo – A2 foram 
encaminhados para tratamento in-
terno no primeiro andar. . 
No laboratório ao lado do primei-
ro, outra cobaia foi inoculada com 
agente biológico de alto risco de 
transmissibilidade e alto potencial 
de letalidade. A cobaia não resistiu 
e morreu de infecção generaliza-
da. Sua carcaça teve que ser tra-
tada no local e depois encaminha-
da para incineração. .
Ao final do dia, no laboratório de 
bacteriologia do hospital, José 
teve que providenciar o descarte 
de 20 placas de Petri descartá-
veis, contendo meios de cultura e 
microrganismos inoculados – sub-
grupo A1. .
50 Resíduos Sólidos - Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde - Nível 2
Você sabia?
O saco branco deve ser usado também para o reacondicionamento dos resíduos que já 
foram tratados, mas cujas características físicas não sofreram desestruturação. Quando 
há desestruturação das características físicas após o tratamento, os resíduos podem ser 
reacondicionados	em	saco	para	resíduo	do	grupo	D,	para	fins	de	descarte.
Na RDC no 306/2004 da Anvisa há apêndices importantes que devem ser consultados:
Apêndice	 II	 (Classificação	de	Agentes	Etiológicos	Humanos	e	Animais):	contém	a	 ∙
lista de microrganismos Classe de Risco 4. Os microrganismos emergentes que 
venham	a	ser	identificados	deverão	ser	classificados	nesse	nível	até	que	os	estudos	
estejam concluídos. Exemplos de Classe Risco 4: varíola caprina, vírus ebola, varíola 
do camelo, vírus da febre aftosa, etc;
Apêndice III: mostra um quadro resumo das Normas de Biossegurança para o Nível ∙
Classe de Risco 4.
Por	fim,	os	sacos	brancos	leitosos	e	vermelhos	utilizados	para	o	acondicionamento	dos	resídu-
os sólidos do grupo A devem ser substituídos quando atingirem 2/3 de sua capacidade ou pelo 
menos 1 vez, a cada 24 horas, sendo proibido o seu esvaziamento ou reaproveitamento.
Para os resíduos do subgrupo A2 (caso das cobaias que foram inoculadas), deve ser utilizado 
saco apropriado para o tratamento no local de geração e saco vermelho como barreira de 
proteção, quando transportados para outro local de tratamento, diferente de onde o resí-
duo foi gerado. Em ambos os casos, o tratamento deve ser, obrigatoriamente, dentro do 
estabelecimento gerador. 
Coleta e transporte internos
Após o correto acondicionamento, os resíduos são coletados e transportados ou para a 
sala ou para o abrigo de resíduos. Os sacos que contêm os resíduos do grupo A podem ser 
coletados no mesmo carro que faz a coleta dos resíduos do grupo E. Os carros de coleta, 
quando necessários, devem ser constituídos de material rígido, lavável, impermeável e provi-
dos de tampa articulada ao próprio corpo do equipamento, cantos e bordas arredondados, 
rodas revestidas de material que reduza o ruído. Também devem ser identificados com 
o símbolo correspondente ao risco do resíduo nele contido. Os recipientes com mais 
de 400 litros de capacidade devem possuir válvula de dreno no fundo.
Guia do profissional em treinamento - ReCESA 51
O armazenamento temporário é feito na sala de resíduos, quando necessária. Essa sala deve 
ter pisos e paredes lisas e laváveis, sendo o piso, além disso, resistente ao tráfego dos recipientes 
coletores.	Deve	possuir	iluminação	artificial	e	área	suficiente	para	armazenar,	no	mínimo,	dois	
recipientes coletores, para o posterior traslado até a área de armazenamento externo. 
Dependendo do volume de geração e da funcionalidade do estabelecimento, poderá ser utili-
zada a “sala de utilidades” de forma compartilhada. Nesse caso, além da área mínima de 6 m2 
destinados à sala de utilidades, o local deverá dispor, no mínimo, de mais 2 m2 para armazenar 
dois recipientes coletores para posterior traslado até a área de armazenamento externo.
Você sabia?
Os resíduos de fácil putrefação (apodrecimento) que venham a ser coletados por período 
superior a 24 horas de seu armazenamento devem ser conservados sob refrigeração e, 
quando isso não for possível, ser submetidos a outro método de conservação.
Já o armazenamento externo dos resíduos do grupo A é feito no abrigo de resíduos. Nesse mesmo 
abrigo, são mantidos também os resíduos do grupo E (junto com os do grupo A) e podem ser 
mantidos os do grupo D, desde que em área separada dos outros dois.
Esse abrigo deve atender às seguintes recomendações:
Ser construído em alvenaria, fechado, dotado apenas de aberturas para ventilação, teladas, ∙
que possibilitem uma área mínima de ventilação correspondente a 1/20 da área do piso e não 
inferior a 0,20 m2.
Ser revestido internamente (piso e paredes) com material liso, lavável, impermeável, resistente ∙
ao tráfego e impacto.
Armazenamentos temporário e externo
52 Resíduos Sólidos - Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde - Nível 2
Ter porta provida de tela de proteção contra roedores e vetores, de largura compatível ∙
com as dimensões dos recipientes de coleta externa.
Possuir	símbolo	de	identificação,	em	local	de	fácil	visualização,	de	acordo	com	a	natu- ∙
reza do resíduo.
Possuir	área	específica	de	higienização	para	 limpeza	e	desinfecção	simultânea	dos	 ∙
recipientes coletores e demais equipamentos utilizados no manejo de RSS. A área deve 
possuir cobertura, dimensões compatíveis com os equipamentos que serão submetidos 
à limpeza e higienização, piso e paredes lisos, laváveis e impermeáveis, ser provida de 
pontos de iluminação e tomada elétrica, ponto de água, canaletas de escoamento de 
águas servidas direcionadas para a rede de esgotos do estabelecimento e ralo sifonado 
provido de tampa que permita a sua vedação.
O estabelecimento gerador de resíduos de serviços de saúde cuja geração semanal não 
exceda 700 litros e cuja geração diária não exceda 150 litros pode optar pela instalação de 
um abrigo reduzido. Este deve possuir as seguintes características:
Ser exclusivo para guarda temporária de RSS, devidamente acondicionados em ∙
recipientes.
Ter piso, paredes, porta e teto de material liso, impermeável, lavável, resistente ao ∙
impacto.
Ter ventilação mínima de duas aberturas de 10 cm x 20 cm cada (localizadas uma a 20 ∙
cm do piso e outra a 20 cm do teto), abrindo para a área externa. A critério da autoridade 
sanitária, essas aberturas podem dar para áreas internas do estabelecimento.
Ter piso com caimento mínimo de 2 % para o lado oposto à entrada, sendo recomendada ∙
a instalação de ralo sifonado ligado a rede de esgoto sanitário;
Ter identificação na porta com o símbolo de acordo com o tipo de resíduo ∙
armazenado.
Ter localização tal que não abra diretamente para áreas de permanênciade pessoas, ∙
dando-se preferência a local de fácil acesso pela coleta externa.
Guia do profissional em treinamento - ReCESA 53
Tanto no armazenamento temporário como no armazenamento externo, não é permitida a dispo-
sição direta dos sacos sobre o piso, sendo obrigatória a conservação dos sacos em recipientes de 
acondicionamento.
Autoclavagem: essa tecnologia pode tanto ser aplicada dentro 
do estabelecimento gerador de resíduos A1 e A2, em equipa-
mentos de menor porte que não precisam ser licenciados, como 
fora do estabelecimento (para bolsas transfusionais rejeitadas, 
vacinas de campanha e resíduos de atenção à saúde de indiví-
duos ou animais com suspeita ou certeza de contaminação com 
microrganismos Classe de Risco 4, com relevância epidemio-
lógica e risco importante), em equipamentos de grande porte 
cujo empreendimento obrigatoriamente deve ser licenciado. 
O tratamento consiste em manter o resíduo contaminado em 
contato com vapor de água, a uma temperatura elevada, durante 
período	de	tempo	suficiente	para	destruir	potenciais	agentes	
patogênicos ou reduzi-los a um nível que não constitua risco. 
O processo de autoclavagem inclui ciclos de compressão e de 
descompressão, de forma a facilitar o contato entre o vapor e 
Tratamento
Se voltarmos ao quadro na atividade da página 36, constataremos que somente os resíduos 
dos subgrupos A1, A2 e A5 necessitam ser tratados:
Os resíduos A1 e A2 devem obrigatoriamente ser tratados dentro do estabelecimento gerador. ∙
As bolsas transfusionais contendo sangue ou hemocomponentes rejeitadas (por contamina-
ção ou por má conservação, ou com prazo de validade vencido e aquelas oriundas de coleta 
incompleta), os resíduos provenientes de campanha de vacinação e atividade de vacinação 
em serviço público de saúde, e os resíduos de atenção à saúde de indivíduos ou animais com 
suspeita ou certeza de contaminação com microrganismos Classe de Risco 4, com relevância 
epidemiológica e risco importante, podem ser tratados
Os resíduos A5 devem ser incinerados em equipamentos devidamente licenciados. ∙
Pela legislação, o tratamento escolhido para esses subgrupos tem que garantir Nível III de 
Inativação Microbiana. Esses níveis de inativação podem ser consultados na RDC Anvisa 
no 306/2004 – Apêndice IV: Níveis de Inativação Microbiana.
Entre as tecnologias utilizadas, no tratamento dos resíduos do grupo A, as mais conhecidas estão 
descritas a seguir:
54 Resíduos Sólidos - Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde - Nível 2
Após processados, esses resíduos sólidos tratados devem ser encami-
nhados	para	disposição	final,	em	local	licenciado	pelo	órgão	ambiental	
competente.	Os	efluentes	líquidos	gerados	pelo	sistema	de	autocla-
vagem devem ser tratados, se necessário, e atender aos limites de 
emissão dos poluentes estabelecidos na legislação ambiental vigente, 
antes de seu lançamento em corpo de água ou rede de esgoto
Se quiser saber mais sobre 
o processo de tratamento 
de efluentes, faça as ofi-
cinas da área temática de 
Sistema de Esgotamento 
Sanitário. 
Microondas de baixa e alta freqüência: tecnologia relativamente recente de tratamento 
de resíduos de serviços de saúde e consiste na descontaminação dos resíduos com emissão 
de ondas de alta ou de baixa freqüência, a uma temperatura elevada (entre 95 e 105º C). 
Os	resíduos	devem	ser	submetidos	previamente	a	processo	de	trituração	e	umidificação.	O	
empreendimento obrigatoriamente deve ser licenciado.
Incineração: processo físico-químico de oxidação dos resíduos a temperaturas elevadas 
que resulta na transformação de materiais com redução de volume dos resíduos, destruição 
de matéria orgânica, em especial de organismos patogênicos. A concepção de incineração 
em dois estágios segue os princípios de temperatura, teor de oxigênio, tempo de residência 
e turbulência. No primeiro estágio, os resíduos na câmara de incineração são submetidos à 
temperatura mínima de 800º C, resultando na formação de gases que são processados na 
câmara de combustão. No segundo estágio, as temperaturas chegam a 1.000º C-1.200º C. 
O empreendimento obrigatoriamente deve ser licenciado.
Apesar das vantagens, como diminuição do volume de resíduos e total destruição de pató-
genos, há correntes que defendem a não-utilização de incineradores, como apresentado 
no texto a seguir:
os resíduos. Os valores usuais de pressão são da ordem dos 3 a 3,5 bar, e a temperatura atinge 
os 135º C. Esse processo tem a vantagem de ser familiar aos técnicos de saúde, que o utilizam 
para processar diversos tipos de materiais hospitalares. 
Guia do profissional em treinamento - ReCESA 55
Incineração e saúde humana
O manejo de resíduos urbanos e industriais é um 
problema crescente no mundo inteiro. Na União 
Européia, ao mesmo tempo em que a geração de 
resíduos aumenta continuamente, são elaboradas 
normas mais rigorosas sobre a quantidade de re-
síduos que podem ir a aterros sanitários. Muitos 
incineradores vêm sendo fechados em função de 
um maior controle sobre emissões atmosféricas. 
Na Europa, todos os incineradores em breve terão 
que se adequar a uma nova diretiva.
Felizmente, há soluções de longo prazo para a 
crise do lixo, destacando-se a implementação 
de estratégias que visem prevenir a geração de 
resíduos, e, ao mesmo tempo, de reutilização 
e reciclagem. Há, porém, uma tendência cada 
vez maior de se construir e planejar novos inci-
neradores, numa tentativa de fornecer uma so-
lução rápida para a crise do lixo. Nesse sentido, 
os incineradores são vistos com bons olhos, 
pois se tem a falsa idéia de que reduzem o lixo 
a um décimo do volume original, reduzindo, as-
sim, o volume de resíduos destinados a aterros 
sanitários.
Os incineradores, no entanto, são um tema con-
troverso, tendo em vista os potenciais impactos no 
meio ambiente e na saúde humana e as conside-
rações econômicas que não favorecem essa tec-
nologia. Sabe-se que eles emitem inúmeros com-
postos tóxicos na atmosfera e produzem cinzas e 
outros resíduos. O governo das Filipinas já tomou 
real consciência das muitas questões preocupan-
tes ligadas à incineração. Após forte pressão pú-
blica, a regulamentação de 1999 Philippine Clean 
Air Ac (Ação de limpeza do Ar das Filipinas) baniu a 
incineração de resíduos urbanos, médicos e peri-
gosos. Em troca, está-se promovendo a redução, 
reutilização e reciclagem do lixo, ao mesmo tem-
po em que tecnologias não incineradoras estão 
sendo recomendadas para resíduos que reque-
rem alguma forma de tratamento. Enquanto isso, 
no entanto, países europeus estão defendendo a 
construção de ainda mais incineradores.
Uma ampla gama de efeitos na saúde foi asso-
ciada às residências próximas a incineradores, as-
sim como ao trabalho neles. Esses efeitos incluem 
câncer, impactos adversos no sistema respiratório, 
doença cardíaca, efeitos no sistema imunológico, 
aumento na incidência de alergias e anormalida-
des congênitas. 
Alguns estudos, especialmente os sobre cân-
cer, estão relacionados a incineradores mais 
antigos, e não aos modernos. No entanto, os 
incineradores modernos em operação nos últi-
mos anos também foram associados a efeitos 
adversos na saúde.
Apesar da redução de alguns compostos nas 
emissões de chaminés, os incineradores mo-
dernos também emitem inúmeras substâncias 
tóxicas lançadas na atmosfera ou misturadas 
com outros resíduos como a cinza volante e 
a cinza de fundo. Além disso, a redução dos 
níveis de dioxinas e de outros compostos nos 
gases de chaminé está levando ao aumento 
das emissões desses mesmos compostos 
nos outros resíduos dos incineradores.
56 Resíduos Sólidos - Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde - Nível 2
Na maioria dos casos, os efeitosna saúde 
associados aos incineradores não podem ser 
atribuídos a um poluente específico. Devido à 
limitação de dados disponíveis, é impossível 
predizer os efeitos na saúde causados pelos 
incineradores, incluindo as plantas novas ou 
aquelas que sofreram reformas. Em face disso, 
esse relatório demonstra a urgência de se eli-
minar por completo a incineração e implemen-
tar políticas adequadas para o gerenciamento 
de resíduos. Essas políticas devem ter como 
base a prevenção da geração, reutilização e 
reciclagem do lixo.
Fonte: Disponível em <http://www.greenpeace.org.br/toxicos/pdf/sumario_exec_health.pdf>
E	aí,	Profissional?	É	possível	prescindir	da	utilização	de	incineradores	em	favor	da	preservação	da	
saúde humana e do meio ambiente? Qual é a sua opinião a respeito do assunto? Socialize e discuta 
a problemática da utilização de incineradores como alternativa de tratamento de resíduos. 
Coleta e transporte externos
Para os resíduos do grupo A, tratados e com descaracterização física das estruturas, a coleta 
e o transporte podem ser realizados pelo serviço de coleta urbana. Já os resíduos tratados, 
porém sem descaracterização física, e os que não precisam ser tratados, tais como peças 
anatômicas e produtos de concepção sem sinais vitais e o dos subgrupo A4, devem ter coleta 
e	transporte	especiais.	Por	fim,	os	resíduos	do	subgrupo	A5	devem	ter	também	coleta	e	
transporte especiais, devido à alta periculosidade que apresentam. Os melhores resultados 
de coleta e transporte são conseguidos quando esses serviços são do município, porém o 
gerador pode também assumi-los.
Os veículos de coleta dos resíduos do grupo A devem atender aos seguintes requisitos:
Ter superfícies internas lisas, de cantos arredondados e de forma a facilitar a higienização. ∙
Não permitir vazamentos de líquidos e ser provido de ventilação adequada. ∙
Sempre que a forma de carregamento for manual, a altura de carga deve ser inferior a 1,20 m. ∙
Quando possuir sistema de carga e descarga, este deve operar de forma a não permitir o ∙
rompimento dos recipientes.
Quando forem utilizados contêineres, o veículo deve ser dotado de equipamento hidráulico ∙
de basculamento.
Para veículo com capacidade superior a 1 tonelada, a descarga pode ser mecânica; para veículo ∙
com capacidade inferior a 1 tonelada, a descarga pode ser mecânica ou manual.
Guia do profissional em treinamento - ReCESA 57
O veículo coletor deve contar com os seguintes equipamentos auxiliares: pá, rodo, saco ∙
plástico de reserva, solução desinfetante.
Devem constar, em local visível, o nome da municipalidade, o nome da empresa coleto- ∙
ra	(endereço	e	telefone),	a	especificação	dos	resíduos	transportáveis.	O	veículo	coletor	
deve	portar	o	número	e	rótulos	de	risco	e	painéis	de	segurança	específicos,	de	acordo	
com	a	NBR-7500,;	ter	documentação	que	identifique	a	conformidade	para	a	execução	
da coleta pelo órgão competente.
Ter	ficha	de	emergência	com	instruções	e	procedimentos	para	o	caso	de	acidentes. ∙
Você sabia?
Ao	final	de	cada	turno	de	trabalho,	o	veículo	coletor	deve	ser	submetido	à	limpeza	e	
desinfecção simultânea, mediante o uso de jato de água, preferencialmente quente e sob 
pressão. Esses veículos não podem ser lavados em postos de abastecimento comuns. 
O método de desinfecção do veículo deve ser alvo de avaliação por parte do órgão que 
licencia o veículo coletor; e as águas provenientes da lavagem devem ser encaminhadas 
a um processo de tratamento antes de serem devolvidas ao meio ambiente.
Os cadáveres de animais podem ter acondicionamento e transporte diferenciados, de 
acordo com o porte do animal, desde que submetidos à aprovação pelo órgão de limpeza 
urbana,	responsável	pela	coleta,	transporte	e	disposição	final	deste	tipo	de	resíduo.	Sua	
disposição	final	é	feita	em	valas	separadas	dos	demais	resíduos,	quando	encaminhados	
aos aterros sanitários.
58 Resíduos Sólidos - Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde - Nível 2
Disposição final
Se quiser saber mais sobre 
aterros sanitários, faça as 
oficinas da área temática de 
Resíduos Sólidos Urbanos. 
Nos municípios de até 30.000 habitantes, uma opção viável é a utilização de células especiais 
exclusivas para os resíduos de serviços de saúde. Esse método consiste no preenchimento de 
valas escavadas impermeabilizadas, com largura e profundidade proporcionais à quantidade de 
resíduo a ser aterrada. Deve ter sistema de drenagem de lixiviado e de gases. A terra é retirada 
com	retroescavadeira	ou	trator	que	deve	ficar	próxima	às	valas	e,	posteriormente,	ser	usada	na	
cobertura diária dos resíduos. Os veículos de coleta depositam os resíduos sem compactação 
diretamente	no	interior	da	vala	e,	no	final	do	dia,	é	efetuada	sua	cobertura	com	terra,	podendo	ser	
feita manualmente ou por meio de máquina. Sendo de responsabilidade do município, a disposição 
final	desses	resíduos	é	feita	mediante	pagamento	de	preço	público	pelo	serviço.
Essa forma de disposição no solo exclusiva dos RSS deve atender aos critérios estabelecidos 
na Resolução Conama 358/05, a saber:
Parâmetro Critérios exigidos
I) Quanto à seleção de área
a) Não possuir restrições quanto ao zoneamento ambiental (afastamento 
de unidades de conservação ou áreas correlatas).
b) Respeitar as distâncias mínimas estabelecidas pelos órgãos ambientais 
competentes	de	ecossistemas	frágeis,	recursos	hídricos	superficiais	
e subterrâneos.
II)Quanto à segurança e sinalização a) Sistemas de drenagem de águas pluviais. b) Coleta e disposição adequada dos percolados. 
III) Quanto aos aspectos técnicos
a) Sistemas de drenagem de águas pluviais. 
b) Coleta e disposição adequada dos percolados. 
c) Coleta de gases. 
d) Impermeabilização da base e taludes. 
e) Monitoramento ambiental.
IV)Quanto ao processo de disposição 
final	de	resíduos	de	serviços	de	saúde
a) Disposição dos resíduos diretamente sobre o fundo do local. 
b) Acomodação dos resíduos sem compactação direta. 
c) Cobertura diária com solo, admitindo-se disposição em camadas
d)	Cobertura	final.
e) Plano de encerramento.
A	disposição	final	dos	resíduos	que	obrigatoriamente	precisam	ser	
tratados (A1 e A2) e o que não precisa de tratamento (A4) e as cinzas 
de incineração de resíduos, inclusive as do subgrupo A5 pode ser 
feita em aterros sanitários ou em local exclusivo, desde que ambos 
tenham licença de operação.
Guia do profissional em treinamento - ReCESA 59
Boa	parte	dos	critérios	exigidos	para	disposição	final	de	RSS	em	células	especiais	se	assemelha	
aos critérios para implantação de um aterro sanitário. Visto que as células especiais de RSS aten-
deriam a apenas 1 % dos resíduos gerados em uma cidade, não seria melhor implantar um aterro 
sanitário? Pense e discuta com seus colegas a respeito.
Atividade
Bom,	Profissional,	nós	chegamos	ao	final	do	gerenciamento	de	resí-
duos do grupo A. Agora que você relembrou ou passou a conhecer 
um pouco mais sobre esse tipo de resíduo e listou, no início dessa 
seção, alguns impactos negativos desses resíduos, avalie a situação 
do gerenciamento desse grupo e aponte melhoramentos para o 
seu município, levando em conta as limitações econômicas e técni-
cas presentes em sua realidade. Essa atividade será realizada ao 
final	de	cada	um	dos	grupos	de	RSS.	Assim,	como	conclusão,	você	
terá um diagnóstico da situação atual dos resíduos de serviços de 
saúde na sua cidade e possíveis melhoramentos para eventuais falhas 
no gerenciamento. Leve as sugestões feitas para sua localidade e 
implemente-as. 
60 Resíduos Sólidos - Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde - Nível 2
Como é? O que poderia ser feito para melhorar o gerenciamento em um curto prazo?
Cuidados no manuseio
Segregação
Acondicionamento e 
identificação
Coleta e transporte 
internos
Armazenamentos tempo-rário e externo
Tratamento
Disposição	final	
Guia do profissional em treinamento - ReCESA 61
- Apresentar, 
discutir e trabalhar 
as etapas do 
gerenciamento 
interno e externo 
dos resíduos 
do grupo B.
OBJETIVOS:
Os resíduos do grupo B apresentam, como comentado anterior-
mente, substâncias químicas que podem apresentar risco à saúde 
pública ou ao meio ambiente, dependendo de suas características 
de inflamabilidade, corrosividade, reatividade e toxicidade. 
Tudo o que entre em contato com esse tipo de resíduo tem de estar 
perfeitamente	identificado	através	do	símbolo	de	risco	associado	e	
com a discriminação da substância química e frases de riscos. Inflamabilidade: qualidade ou 
estado do que é inflamável (capaz 
de pegar fogo).
Corrosividade: qualidade, ca-
racterística, atributo do que causa 
corrosão.
Reatividade: que tem proprieda-
de de reagir.
Toxicidade: qualidade ou caráter 
do que é tóxico.
Atividade 
Como na seção anterior referente ao grupo A, liste os impactos 
negativos que o mau gerenciamento dos resíduos do grupo B pode 
trazer	à	saúde	coletiva,	ao	meio	ambiente	e	à	bacia	hidrográfica	e	
às demais áreas do saneamento. Em seguida, veremos como o bom 
gerenciamento evita ou minimiza os vários impactos listados.
Cuidados no manuseio
Os	profissionais	que	exercem	suas	atividades	em	laboratórios	analíticos	da	área	de	saúde	
estão sob risco de acidente por exposição a produtos químicos, tais como os tóxicos, 
reativos,	corrosivos	e	inflamáveis.	Já	aqueles	que	manipulam	fármacos	perigosos	como	os	
citostáticos e antineoplásicos, e biocidas, como o glutaraldeído, podem desenvolver doença 
profissional,	caso	não	se	tenham	os	devidos	cuidados	durante	o	manuseio	e	descarte	dessas	
substâncias, entre outros fatores.
Grupo B
62 Resíduos Sólidos - Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde - Nível 2
Portanto, é importante conhecer os produtos químicos perigosos utilizados e seus efeitos 
à segurança e à saúde humana. As medidas a serem adotadas para se manusearem corre-
tamente os resíduos do grupo B são:
Pesquisar a Ficha de Informações de Segurança de Produtos Químicos (FISPQ), conforme ∙
NBR 14725 da ABNT e o Decreto/PR no 2657/98 – Segurança na Utilização de Produtos 
Químicos no Trabalho –, antes de se iniciar qualquer trabalho com produtos químicos, 
além de manuais de biossegurança com produtos químicos.
Utilizar corretamente os EPIs e EPCs (equipamentos de proteção coletiva). ∙
Os equipamentos de proteção individual (EPIs) são objetos cuja função é prevenir ou limitar o 
contato	entre	o	Profissional	e	o	agente	que	pode	causar	dano.	Desta	forma,	oferecem	segurança	
ao funcionário desde objetos simples como as luvas descartáveis, máscaras respiratórias, aventais, 
visores,	óculos	de	proteção	(EPIs),	até	equipamentos	mais	sofisticados,	como	as	capelas	de	fluxos	
laminar (EPCs), exigidas para o preparo de drogas citostáticas e antineoplásicas, por exemplo.
É fundamental, porém, que o funcionário tenha consciência de que os EPIs não substituem 
a prática das técnicas seguras, podendo-se citar o conhecimento preciso do tipo e mode-
lo mais adequado, do funcionamento e o uso correto e apropriado dos equipamentos de 
proteção.
Minimização da geração de resíduos químicos
Para se minimizar a geração de resíduos químicos, incluindo os fármacos, podem-se adotar 
a seguintes medidas:
Para evitar sobras e desperdício: centralizar e otimizar os pedidos de compra de ∙
produtos químicos; implantar sistema de prescrição eletrônica e dose unitária de 
medicamentos.
Para evitar a expiração do prazo de validade: controlar o inventário por meio da compra ∙
de quantidades mínimas e quando necessária; centralizar o setor de dispensação de 
medicamentos e produtos químicos diversos, incluindo os de higienização e limpeza.
Para evitar ter que mandar tratar o que não precisa ser tratado: segregar os resíduos ∙
químicos perigosos dos não perigosos, por estado físico e forma química.
Há	outras	medidas	de	minimização	adotadas	em	seu	local	de	trabalho,	Profissional?	Socialize	
com os demais colegas essas outras medidas.
Guia do profissional em treinamento - ReCESA 63
Segregação
A segregação dos resíduos do grupo B deve ser planejada a partir das informações das 
propriedades químicas, obtidas em:
Ficha de Informações de Segurança de Produtos Químicos (FISPQ). Em alguns países, ∙
essa	ficha	é	chamada	Material	Safety	Data	Sheet	(MSDS).	Não	se	aplica	aos	produtos	
farmacêuticos e cosméticos.
Rótulos que contenham frases de Risco e Segurança, ∙ Pictogramas e Códigos, cujas legendas 
e	significados	estão	disponíveis	em	alguns	catálogos	de	produtos	químicos.
Tabelas de incompatibidade química. ∙
Pictograma: desenho figurativo estilizado que representa 
uma determinada idéia ou conceito.
Além disso, na RCD n° 306/2004 da Anvisa, encontra-se uma lista de substâncias químicas 
que devem ser obrigatoriamente segregadas e acondicionadas separadamente, quando 
estas	não	fazem	parte	de	misturas	químicas:	líquidos	inflamáveis;	ácidos;	bases;	oxidantes;	
compostos orgânicos não halogenados; compostos orgânicos halogenados; óleos; materiais 
reativos com o ar; materiais reativos com a água; mercúrio e compostos de mercúrio; brometo 
de	etídio;	formalina	ou	formaldeído;	mistura	sulfocrômica;	resíduos	fotográficos;	soluções	
aquosas; corrosivas; explosivas; venenos; carcinogênicas, mutagênicas e teratogênicas; 
ecotóxicas; sensíveis ao choque; criogênicas;	asfixiantes;	de	combustão	espontânea;	gases	
comprimidos; metais pesados.
Halogenados: substâncias que possuem os elementos químicos bromo, cloro, 
flúor, iodo e astatino.
Carcinogênicas: capazes de gerar de câncer.
Mutagênicas: aquelas que têm capacidade para provocar mutações.
Teratogênicas: capazes de causar anomalias e malformações 
embrionárias.
Ecotóxicas: dotadas de capacidade de intoxicar ecossistemas.
Criogênicas: relativas a temperaturas muito baixas e seus fenômenos.
Acondicionamento e identificação
A compatibilidade química dos componentes entre si, assim como de cada resíduo com os mate-
riais das embalagens, deve ser levada em consideração, de modo a evitar reação química entre 
eles, tanto quanto o enfraquecimento ou deterioração da embalagem, ou a possibilidade de que 
seu material seja permeável aos componentes do resíduo. Quando os recipientes de acondicio-
64 Resíduos Sólidos - Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde - Nível 2
namento forem constituídos de polietileno de alta densidade –PEAD –, deverá ser observada a 
compatibilidade dele com as substâncias que irá acondicionar (Apêndice VII da RCD n° 306/2004 
da Anvisa).
Para os resíduos sólidos, devem ser usados recipientes de material rígido, adequados para 
cada tipo de substância química, respeitadas as suas características físico-químicas e seu estado 
físico. Já os resíduos líquidos devem ser acondicionados em recipientes constituídos de mate-
rial compatível com o líquido armazenado, resistente, rígido e estanque, com tampa rosqueada 
e	vedante,	para	evitar	vazamento.	Todos	os	recipientes	devem	ser	identificados	de	acordo	com	o	
seu conteúdo e rotulados de acordo com o risco da substância que acondiciona.
Em linhas gerais, são indicados os seguintes tipos de acondicionamento para os resíduos 
químicos:
Soluções salinas, os resíduos inorgânicos tóxicos, os sais de metais pesados e suas ∙
soluções podem ser acondicionados em recipientes de plástico ou vidro.
Resíduos sólidos orgânicos podem ser acondicionados em recipientes de ∙ plástico ou 
papelão resistente e os resíduos sólidos inorgânicos em recipientes de plástico.
Vidro, metal e plásticos, colunas e cartuchos para ∙ HPLC podem ser acondicionados em 
caixas de plástico ou papelão resistente.
Mercúrio e restos de amálgamas devem ser acondicionados em frascoplástico com tampa ∙
hermética (provida de batoque e rosca de segurança, especial para produtos químicos), 
preenchido com glicerina ou água para conter a evaporação.
Compostos combustíveis tóxicos e solventes devem ser acondicionados em embalagens ∙
metálicas ou de vidro.
HPLC: cromatografia líquida de alta eficiência.
Você sabia?
As embalagens primárias, secundárias e os materiais contaminados por subs-
tância química perigosa devem ter o mesmo tratamento das substâncias químicas que as 
contaminaram.
As embalagens secundárias, que não entraram em contato com o produto, 
devem	ser	fisicamente	descaracterizadas	e	acondicionadas	como	resíduo	do	grupo	D.	
Guia do profissional em treinamento - ReCESA 65
Devem ser preferencialmente encaminhadas para processo de reciclagem.
Há procedimentos para se evitar a contaminação das embalagens, potencialmente recicláveis, 
em	seu	local	de	trabalho,	Profissional?	Quais?	Socialize	com	os	demais	colegas	os	procedi-
mentos adotados em seu trabalho.
Coleta e transporte internos
As mesmas recomendações quanto aos carros de coleta utilizados no transporte dos resíduos 
do grupo A são empregadas aos resíduos do grupo B. Além disso, caso o transporte seja 
manual, o recipiente que contém o resíduo não deve ultrapassar o volume de 20 litros. No 
caso de ultrapassar, há a obrigatoriedade de usar o carro de coleta interna, identificado 
quanto ao tipo de resíduo que está transportando.
Armazenamento temporário e externo
O local para o armazenamento temporário dos resíduos químicos (caso seja necessário) 
deve	ter	pisos	e	paredes	lisas	e	laváveis,	ponto	de	iluminação	artificial	e	piso	resistente	ao	
tráfego dos recipientes coletores. 
Já o armazenamento externo deve ser feito no abrigo ou depósito de resíduos químicos, 
estando	de	acordo	com	a	NBR	12235	da	ABNT.	A	identificação	“RESÍDUOS QUÍMICOS” deve 
ser	afixada	em	local	de	fácil	visualização	e	conter	sinalização	de	segurança,	com	símbolo	
baseado na norma NBR 7500 da ABNT. As regras de compatibilidade química devem ser segui-
das também no local de armazenamento (Apêndice V da RCD n° 306/2004 da Anvisa). 
A seguir, apresentam-se algumas características do abrigo de resíduos químicos: 
Ser em alvenaria, fechado, dotado apenas de aberturas teladas que possibilitem uma ∙
área de ventilação adequada.
Ser revestido internamente (piso e parede) com material de acabamento liso, resistente ∙
ao tráfego e impacto, lavável e impermeável.
Ter porta dotada de proteção inferior, impedindo o acesso de vetores e roedores. ∙
Ter piso com caimento na direção das canaletas ou ralos. ∙
Prever a blindagem dos pontos internos de energia elétrica, quando houver armazena- ∙
mento	de	grandes	quantidades	de	resíduos	inflamáveis.
Ter dispositivo de forma a evitar incidência direta de luz solar. ∙
Ter sistema de combate a incêndio por meio de extintores de CO ∙ 2 e PQS (pó químico 
seco).
Ter kit de emergência para os casos de derramamento ou vazamento, incluindo produtos ∙
absorventes.
66 Resíduos Sólidos - Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde - Nível 2
Algumas dicas importantes que evitam a ocorrência de acidentes são:
Não	receber	nem	armazenar	resíduos	sem	identificação. ∙
Organizar o local de armazenamento de acordo com critérios de compatibilidade, segre- ∙
gando os resíduos em bandejas; manter registro dos resíduos recebidos.
Armazenar	os	resíduos	constituídos	de	produtos	perigosos	corrosivos	e	 inflamáveis	 ∙
próximos ao piso.
Observar as medidas de segurança recomendadas para produtos químicos que podem ∙
formar peróxidos.
Manter o local trancado, impedindo o acesso de pessoas não autorizadas. ∙
Tratamento
Por ser tratar de resíduos que apresentam uma gama enorme de diferentes substâncias, a 
escolha do processo de tratamento deve ser criteriosa e adequada, pois uma escolha incor-
reta poderá acarretar danos ao meio ambiente, à saúde coletiva, à segurança e saúde dos 
trabalhadores que lidam diariamente com os resíduos químicos, entre outros. É por isso, 
Profissional,	que	o	tratamento	desses	resíduos	só	pode	ser	feito	por	quem	realmente	tem	
conhecimento de como manejá-los e, quando se tratar de serviço exteno, o empreendimento 
sempre deve ter licença de operação.
Em linhas gerais, os resíduos do grupo B podem ser submetidos aos seguintes tipos de 
tratamento:
processos químicos em via úmida (neutralização, oxi-redução, processos oxidativos ∙
avançados, etc.);
processos	físico-químicos	(solidificação,	troca-iônica,	etc.); ∙
termodestruição, como no plasma ou incinerador, sendo que estas nunca serão as opções ∙
mais econômicas.
Guia do profissional em treinamento - ReCESA 67
Mais	especificamente,	na	atividade	a	seguir,	são	mostradas	algumas	alternativas	de	trata-
mento de resíduos de serviços de saúde.
Atividade
No quadro, constam vários tipos de resíduos químicos gerados em 
serviços de saúde e, logo a seguir, formas de tratamento recomen-
dadas e/ou destinação adequada. Usando seu conhecimento e as 
explicações do instrutor referentes aos resíduos listados, indique 
qual o tratamento e/ou destinação recomendados a cada um deles. 
Em seguida, socialize e discuta suas respostas com demais colegas. 
Ao	final	da	atividade,	esta	será	corrigida	coletivamente	por	todos	os	
participantes	da	oficina.
Recipientes pressurizados – Citostáticos e antineoplásicos 
– Resíduos de produtos e insumos farmacêuticos – Resíduos 
químicos dos equipamentos automáticos de laboratórios clíni-
cos	e	seus	reagentes	–	Fixadores	de	filmes	de	raios	X	–	Mercúrio	
(Hg) – Excretas de pacientes tratados com quimioterápicos 
antineoplásicos – Elementos preciosos ou caros – Resíduos de 
produtos cosméticos – Pilhas, baterias e acumuladores de carga 
–	Reveladores	de	filmes	de	raios	X.
-	Nós,	quando	especificados	na	Portaria	MS	no 344/98 e suas atuali-
zações, devemos atender à legislação sanitária em vigor, pois somos 
sujeitos a controle especial. Nós somos os:
- Nós, quando descartados por farmácias, drogarias e distribuidores ou 
quando apreendidos, devemos ser manuseados de acordo com a subs-
tância química de maior risco e concentração existente na composição, 
independentemente da forma farmacêutica. Somos os:
68 Resíduos Sólidos - Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde - Nível 2
- Somos resíduos químicos e, quando misturados, devemos ser 
avaliados pelo maior risco ou conforme as instruções contidas na 
FISPQ,	e	tratados	ou	não	em	função	da	classificação	na	qual	nos	
enquadramos. Nós somos os: 
- Nós contemos chumbo (Pb), cádmio (Cd) e mercúrio (Hg) e seus compos-
tos, e o nosso descarte deve ser feito de acordo com a Resolução Conama 
n° 257/1999: acondicionamento por tipo e devolução aos revendedores 
ou à rede de assistência técnica autorizada para repasse aos fabricantes 
ou importadores. Nós somos as:
- Devo ser encaminhado para a recuperação em empresas especializadas, 
com licença de operação emitida pelo órgão ambiental. Eu sou:
- Ajusta-se o pH da solução para valor entre 7 e 9 e lança-se na rede 
coletora de esgoto ou em corpo receptor, desde que atendamos às 
diretrizes estabelecidas pelos órgãos ambientais, gestores de recursos 
hídricos e de saneamento competentes. Somos os:
- Não podemos ir para aterro. Encaminham-nos para recuperação 
da prata ou tratamento em equipamento instalado na processadora. 
Após	o	tratamento,	o	efluente	pode	ser	descartado	de	acordo	com	
as orientações dos órgãos ambientais, gestores de recursos hídricos 
e de saneamento competentes. Somos os:
- Nós nunca devemos ser diluídos e descartados no esgoto. Podemos 
ser submetidos a tratamento químico, incinerados ou aterrados (fração 
sólida) em aterros industriais Classe I para resíduos sólidos perigo-
Guia do profissional em treinamento - ReCESA 69
sos. Nossa incineração deve ser feita somente em equipamentos que 
operem em temperaturaigual ou superior a 1.200º.C, devido à nossa 
diversidade e periculosidade. Abaixo da temperatura apropriada de 
incineração, alguns de nós não somos destruídos e ainda há o risco 
de propagarmos contaminação química no entorno das instalações, 
caso o equipamento não tenha os aparatos adequados de captação 
e	lavagem	dos	efluentes	gasosos	ou	haja	falha	durante	a	operação,	
como a combustão incompleta. Somos os:
- Podemos ser eliminadas no esgoto, desde que haja Sistema de 
Tratamento de Esgotos na região onde se encontra o serviço. Caso 
não exista tratamento de esgoto, devemos ser submetidas a trata-
mento prévio no próprio estabelecimento. Somos as:
- Somos caros (Pd, Pl, Au, Ag, Os, Ru, etc.) e devemos ser recuperados 
sempre	que	possível,	usando	mão-de-obra	qualificada.	Somos	os:	
- Devemos ser destinados a aterros industriais, porém nunca deve-
mos ser queimados ou destruídos mecanicamente. Sugere-se que 
seja feita uma consulta ao fabricante, quanto à possibilidade deste 
de nos receber de volta, para tratamento. Estamos falando de: 
Essa	atividade	encontra-se	no	software	Bacia	Hidrográfica	Virtual.
Coleta e transporte externos
A coleta e o transporte externos devem ser feitos em sistemas licenciados por município ou estado.
Disposição final
Os resíduos químicos com características de periculosidade – aqueles contendo características de 
inflamabilidade,	corrosividade,	reatividade	e	toxicidade	–	quando	não	forem	submetidos	a	processo	
70 Resíduos Sólidos - Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde - Nível 2
de reutilização, recuperação ou reciclagem, devem ser encaminhados aos aterros industriais Classe 
I (responsabilidade particular), porém somente os resíduos sólidos podem ter essa disposição 
final.	Os	resíduos	líquidos	devem	antes	ser	submetidos	a	processo	de	tratamento	e	não	podem	
ser	encaminhados	para	disposição	final	em	aterros	nessa	forma	física.
Já os resíduos sólidos químicos sem características de periculosidade, e que, conseqüentemente, 
não	necessitam	de	tratamento	prévio,	podem	ter	disposição	final	em	aterro	sanitário	licenciado;	
e os líquidos, nas mesmas condições dos sólidos, podem ser lançados em corpo receptor ou na 
rede pública de esgoto, desde que atendam respectivamente às diretrizes estabelecidas pelos 
órgãos ambientais, gestores de recursos hídricos e de saneamento competentes.
É importante descaracterizar as embalagens, cheias e vazias, e rótulos de medicamentos e subs-
tâncias químicas antes do descarte como lixo comum ou reciclável. Dessa forma, evitam-se o 
desvio para a comercialização irregular (sem condições de uso) e o uso das embalagens verdadeiras 
com	produtos	falsificados.
Atividade
Como é? O que poderia ser feito para melhorar o gerenciamento em um curto prazo?
Cuidados no manuseio
Segregação
Acondicionamento e 
identificação
Coleta e transporte 
internos
Armazenamentos tempo-
rário e externo
Tratamento
Disposição	final	
Guia do profissional em treinamento - ReCESA 71
- Apresentar, 
discutir e trabalhar 
as etapas do 
gerenciamento 
interno e externo 
dos resíduos do 
grupo C
OBJETIVOS:
Os resíduos pertencentes ao grupo C, denominados rejeitos radioati-
vos, são materiais resultantes de atividades humanas que contenham 
radionuclídeos em quantidades superiores aos limites de isenção 
especificados	nas	normas	da	Comissão	Nacional	de	Energia	Nuclear	
(CNEN) e para os quais a reutilização é imprópria ou não prevista. A 
identificação	desse	grupo	é	feita	usando-se	o	símbolo	internacio-
nal de presença de radiação ionizante (trifólio de cor magenta) em 
rótulos de fundo amarelo e contornos pretos, acrescido da expressão 
REJEITO RADIOATIVO.
Atividade
Antes	de	prosseguirmos,	Profissional,	faça	como	nos	grupos	ante-
riores, liste alguns dos impactos negativos causados pelo mau 
gerenciamento dos rejeitos radioativos – grupo C – à saúde cole-
tiva,	ao	meio	ambiente,	à	bacia	hidrográfica	e	às	demais	áreas	do	
saneamento.
Agora que listamos alguns dos problemas causados pelos rejeitos radioativos, nós iremos abordar 
como um bom gerenciamento do grupo C minimizaria ou evitaria os impactos listados.
Grupo C
72 Resíduos Sólidos - Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde - Nível 2
Cuidados no manuseio
Radioisótopos: caracterizam-se por apresen-
tar um núcleo atômico instável que emite energia 
quando se transforma num isótopo mais está-
vel. Os isótopos radioativos têm aplicações em 
medicina, como o isótopo radioativo tálio, que 
pode identificar vasos sangüíneos bloqueados em 
pacientes sem provocar algum tipo de dano.
Meia vida (T1/2) ou período de semidesinte-
gração: é o tempo que um elemento químico 
radioativo leva para ter sua atividade inicial reduzida 
à metade.
Manter a geração em níveis mínimos prati- ∙
cáveis em termos de atividade e volume.
Evitar o uso de ∙ radioisótopos de meia-
vida (T1/2) longa.
Ter cuidado para evitar acidentes e ∙
derramamentos.
Fazer a descontaminação criteriosa, tendo o ∙
cuidado de não espalhar a contaminação.
Segregar e acondicionar de acordo com o ∙
estabelecido no Programa de Gerenciamento 
de Rejeitos Radioativos (PGRR) aprovado 
pela CNEN para a instalação.
Em linhas gerais, o supervisor de radioproteção da instalação deve exigir da equipe:
execução das tarefas conhecendo os riscos e procedimentos de emergência em caso de ∙
acidentes ou derramamentos;
boas práticas de trabalho para se evitarem a contaminação e a irradiação ∙
desnecessárias;
utilização dos equipamentos de proteção individual e dosímetro; ∙
monitoramento e descontaminação das áreas, sempre que necessário; ∙
atendimento aos fatores de redução de doses: a) Tempo de exposição: as doses devidas ∙
às	radiações	ionizantes	são	diretamente	proporcionais	ao	tempo	que	um	indivíduo	fica	
exposto a uma fonte de radiação; b) Distância: a dose recebida por exposição a fontes 
de radiação é inversamente proporcional ao quadrado da distância entre a fonte e o 
indivíduo exposto. Por exemplo, se a distância fonte/pessoa exposta aumentar 2 vezes, 
a dose recebida será 4 vezes menor; c) Blindagem: deve, obrigatoriamente, fazer parte 
do projeto da instalação onde se pretenda manusear, processar ou armazenar material 
radioativo. Em situações que exijam a exposição de pessoas à radiação e não se possa 
contar com uma blindagem, devem-se utilizar os fatores tempo de exposição e distância 
da melhor forma possível.
Essas	boas	práticas	do	manuseio	são	adotadas	em	seu	local	de	trabalho,	Profissional?	Quais	
outras são utilizadas? Socialize suas respostas com os demais colegas.
Minimização da geração de rejeitos radioativos
Para se minimizar a geração desse grupo, adotam-se alguns dos seguintes procedimentos 
operacionais:
Guia do profissional em treinamento - ReCESA 73
Segregação
Para	segregar	os	rejeitos	radioativos,	é	necessário	sempre	observar	a	classificação	presente	
no Plano de Radioproteção. Em linhas gerais, deve-se segregar:
de acordo com a forma química, biológica e física; ∙
na origem; ∙
por radionuclídeo; ∙
de acordo com a meia-vida (T ∙ 1/2).
O conceito de meia-vida (T 1/2) foi apresentado anteriormente, mas como funciona? Quais as 
meias-vidas de alguns radioisótopos utilizados na medicina? Para esclarecer essas dúvidas, 
vamos ler o texto “Meia-Vida”.
Meia-Vida
Cada elemento radioativo, seja natural ou obtido 
artificialmente, se transmuta (se desintegra ou 
decai) a uma velocidade que lhe é característica. 
Para se acompanhar a duração (ou a vida) de um 
elemento radioativo foi preciso estabelecer uma 
forma de comparação. Por exemplo, quanto tem-
po leva para um elemento radioativo ter sua ativi-
dade reduzida à metade da atividade inicial? Esse 
tempo foi denominado meia-vida do elemento.
Isso significa que, para cada meia-vida quepassa, a atividade vai sendo reduzida à meta-
de da anterior, até atingir um valor insignificante, 
que não permite mais distinguir suas radiações 
das do meio ambiente.
Um exemplo caseiro pode apresentar, de for-
ma simples, o conceito de meia-vida: uma fa-
mília de 4 pessoas tinha 4 kg de açúcar para 
seu consumo normal. Logicamente, a função 
do açúcar é adoçar o café, o refresco, bolos 
e sucos. Adoçar é a atividade do açúcar, as-
sim como a emissões de radiação é a atividade 
dos elementos radioativos.
Por haver falta de açúcar no supermercado, foi 
preciso fazer um racionamento, até a situação ser 
normalizada, da seguinte forma: na primeira se-
mana, foram consumidos 2 kg, metade da quan-
tidade inicial, e conseguiram-se fazer dois bolos, 
um pudim, refrescos, sucos, além de adoçar o 
café da manhã. Na segunda semana, foi consu-
mido 1 kg, metade da quantidade anterior e 1/4 
da inicial. Aí, já não deu para fazer os bolos.
Na terceira semana, só foi possível adoçar os 
refrescos, sucos e café, com os 500 g então 
existentes.
Procedendo da mesma forma, na décima se-
mana restaram cerca de 4 g de açúcar, que 
não dariam para adoçar um cafezinho. Essa 
quantidade de açúcar não faria mais o efeito de 
adoçar e nem seria percebida.
No exemplo citado, a meia-vida do açúcar é 
de uma semana e, decorridas 10 semanas, 
praticamente não haveria mais açúcar, ou me-
lhor, a atividade adoçante do açúcar não seria 
74 Resíduos Sólidos - Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde - Nível 2
notada. No entanto, se, ao invés de 4 kg, a fa-
mília tivesse feito um estoque de 200 kg, após 
10 meias-vidas, ainda restaria uma quantidade 
considerável de açúcar.
Se o racionamento fosse de sal, a meia-vida 
do sal seria maior, por que a quantidade de sal 
que se usa na cozinha é muito menor do que 
a de açúcar. De fato, leva-se muito mais tempo 
para gastar 4 kg de sal do que 4 kg de açú-
car, para uma mesma quantidade de pessoas 
(consumidores).
Eliezer de Moura Cardoso e colaboradores
Fonte: Adaptado de: Apostila educativa Radioatividade, CNEN.
Disponível em: <http://www.cnen.gov.br/ensino/apostilas/radio.pdf>
Na tabela, são mostrados alguns radioisótopos, sua utilização na medicina e meias-vidas 
correspondentes. 
Radioisótopo Algumas aplicações Meia-vida
Tecnécio-99m Diagnósticos diversos. 6 horas
Flúor-18
Estudar o metabolismo dos órgãos 
e tecidos.
2 horas
Iodo-131
Diagnóstico e terapia de distúrbios 
da tireóide.
8 dias
Samário-153 Tratamento para câncer ósseo. 47 horas
Por	fim,	os	rejeitos	de	meia-vida	curta	(elementos	de	meia-vida	 inferior	a	60	dias,	por	
exemplo) devem ser coletados separados dos de meia-vida longa (elementos de meia-vida 
superior a 60 dias). É importante anotar a data de geração dos rejeitos de meia-vida curta e 
a concentração de atividade no momento da geração, pois são dados necessários ao cálculo 
do tempo de decaimento radiológico, visando ao descarte seguro.
Acondicionamento e identificação
Os rejeitos radioativos devem ser acondicionados em recipientes com blindagem adequa-
da	ao	tipo	e	ao	nível	de	radiação	emitida,	e	identificados	com	o	símbolo	que	indica	a	
presença de radioatividade.
Para os rejeitos radioativos sólidos, o acondicionamento deve ser em recipientes de material 
rígido,	forrados	internamente	com	saco	plástico	resistente	e	identificados	conforme	o	item	12.2	
da RDC Anvisa no 306/04. Já os rejeitos radioativos líquidos devem ser acondicionados em 
frascos de até dois litros ou em bombonas de material compatível com o líquido armazenado, 
sempre que possível de plástico resistente, rígido e estanque, com tampa rosqueada, vedante. Eles 
Guia do profissional em treinamento - ReCESA 75
devem	ser	acomodados	em	bandejas	de	material	inquebrável	e	com	profundidade	suficiente	
para	conter,	com	a	devida	margem	de	segurança,	o	volume	total	do	rejeito,	e	ser	identificados	
com o símbolo internacional de presença de radiação ionizante.
Os rejeitos biológicos, tais como carcaças de animais e peças anatômicas, devem ser embru-
lhados	um	a	um	em	papel	absorvente,	enrolados	em	plástico	e	firmemente	presos	com	fita	
forte e resistente à umidade, colocados dentro de caixas de papelão e conservados em 
freezer, até a data do descarte.
Coleta e transporte internos
A coleta e o transporte internos devem ser realizados em carros providos de recipiente com 
sistema de blindagem e tampa para acomodação de sacos de rejeitos radioativos, devendo 
ser monitorados a cada operação de transporte e submetidos à descontaminação, quan-
do necessário. Independentemente de seu volume, o carro não poderá possuir válvula de 
drenagem	no	fundo.	Deve	conter	 identificação	com	inscrição,	símbolo	e	cor	compatíveis	
com o resíduo do Grupo C.
Armazenamento temporário 
O armazenamento temporário é realizado com o objetivo de permitir que ocorra o processo 
de decaimento do elemento radioativo. O local de armazenamento deve ser exclusivo e longe 
de	materiais	não-radioativos	especialmente	materiais	explosivos,	 inflamáveis	ou	tóxicos.	
Dependendo da quantidade de rejeito a ser armazenado, pode-se depositar o rejeito radioativo 
previamente embalado dentro de recipiente de chumbo situado no próprio laboratório ou 
ter uma sala exclusiva (sala de decaimento) para o armazenamento de rejeitos radioativos.
O acesso à sala de decaimento de rejeitos radioativos deve ser controlado. Deve estar sina-
lizada com o símbolo internacional de presença de radiação ionizante e de área de acesso 
restrito, dispondo de meios para garantir condições de segurança contra ação de eventos 
induzidos por fenômenos naturais e estar de acordo com o Plano de Radioproteção aprovado 
pela CNEN para a instalação. Além disso, seguem outras informações:
O	rejeito	radioativo	deverá	estar	devidamente	acondicionado	e	identificado	quanto	ao	 ∙
radionuclídeo, atividade, taxa de exposição e data da monitoração. 
Caso o rejeito seja armazenado para decaimento, deverá constar, na etiqueta, a data ∙
prevista em que ocorrerá a isenção ou eliminação controlada.
76 Resíduos Sólidos - Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde - Nível 2
A taxa de exposição em qualquer ponto acessível fora do depósito não deve exceder os ∙
limites de dose para indivíduos do público estabelecidos na norma CNEN-NN-3.01. Caso 
necessário, deve-se providenciar blindagem do depósito de rejeitos.
Os resíduos de fácil putrefação devem ser mantidos sob refrigeração. ∙
Não se deve autoclavar material radioativo, pois isso poderá contaminar a autoclave e ∙
o ambiente do entorno.
Fon
te: S
ILVA
, E. M
. P., C
U
S
S
IO
L, N
. A
. M
. G
erência de rejeitos radioa
tivos de 
serviços de saúde. B
elo H
orizon
te: C
en
tro de D
esen
volvim
en
to da Tecnologia 
N
uclear, 1
9
9
9
 (C
D
T
N
 - 8
5
7/
9
9
).
Você sabia?
Após o decaimento do radionuclídeo, os rejeitos radioativos passam a ser resíduos e 
são	classificados	de	acordo	com	o	material	a	que	o	radionuclídeo	estiver	associado.	Por	
isso, após o decaimento do elemento radioativo, o rótulo de REJEITO RADIOATIVO deve 
ser retirado e substituído por outro rótulo, de acordo com o grupo do resíduo em que 
se enquadrar.
Tratamento
O tratamento dispensado aos rejeitos do Grupo C é o armazenamento temporário, em 
condições adequadas, para o decaimento do elemento radioativo. Uma vez que o rejeito 
atinja os limites estipulados por normas, eles se enquadrarão em um dos outros grupos de 
resíduos	de	serviço	de	saúde,	devendo	ser	tratados	de	acordo	com	a	nova	classificação	a	que	
pertence ou poderão ser eliminados pelas vias convencionais (coleta de resíduos urbanos, 
atmosfera, esgoto doméstico), desde que se observe o seguinte:
Guia do profissional em treinamento- ReCESA 77
O limite de eliminação para rejeitos sólidos em sistema ∙
de coleta de resíduo urbano é de 75 Bq/g (2 nCi/g), 
para qualquer radionuclídeo.
Os limites de eliminação, diário e mensal, de rejeitos ∙
líquidos na rede de esgotos sanitários dependem do 
radionuclídeo e devem atender aos critérios estabelecidos 
na Norma CNEN-NE-6.05, que deve ser consultada.
Bq (Becquerel): é a unidade de 
atividade no Sistema Internacional 
(SI), sendo que 1 Bq corresponde 
a uma desintegração por segundo 
(1 s-1); o valor de 1 Bq é igual a 1 / 
3,7 x 1010 Curie (Ci).
Coleta e transporte externos
Quando necessários, os critérios de escolha da embalagem para o transporte externo estão 
definidos	na	norma	CNEN-NE-5.01,	que	se	baseia	nas	recomendações	de	transporte	da	
Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) – Safety Series no 06.
Já o transporte dos rejeitos radioativos deverá ser feito de acordo com a Norma CNEN-NE-5.01, 
com as diretrizes do DNER, da Resolução no 420 da ANTT, e da norma NBR 7500/2005 da ABNT. 
Cabe ressaltar que o expedidor é responsável pela segurança do transporte.
Disposição final 
Após	o	decaimento	e	sendo	classificados	como	resíduos	sólidos	pertencentes	a	outros	grupos	de	
resíduos	de	serviços	de	saúde,	as	seguintes	alternativas	de	disposição	final	podem	ser	usadas:
Aterro sanitário licenciado: ∙ a fração tratada e a que não precisa ser tratada do grupo 
A; resíduo químico não perigoso do grupo B; resíduos semelhantes aos domiciliares do 
grupo D; e resíduos perfurocortantes e abrasivos do grupo E.
Cemitério, cremação ou incineração: ∙ peças anatômicas e animais.
Aterro industrial classe I: ∙ resíduos químicos perigosos do grupo B.
Já os resíduos líquidos, desde que atendam aos critérios estabelecidos na Norma 
CNEN-NE-6.05, podem ser liberados em rede coletora de esgoto. Os que têm características 
de periculosidade, de acordo com a NBR 10004 da ABNT, não podem ser descartados na 
rede de esgoto e devem ser tratados.
A eliminação de excretas de pacientes submetidos à terapia radioisotópica deve ser feita ∙
de	acordo	com	instruções	específicas	estabelecidas	pela	norma	CNEN-NN-3.05.
78 Resíduos Sólidos - Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde - Nível 2
Atividade
Como é? O que poderia ser feito para melhorar o gerenciamento em um curto prazo?
Cuidados no manuseio
Segregação
Acondicionamento e 
identificação
Coleta e transporte 
internos
Armazenamentos tempo-
rário e externo
Tratamento
Disposição	final	
Guia do profissional em treinamento - ReCESA 79
- Apresentar, 
discutir e trabalhar 
as etapas do 
gerenciamento 
interno e externo 
dos resíduos do 
grupo D.
OBJETIVOS:
Os resíduos do grupo D são aqueles que se assemelham aos resí-
duos gerados em uma residência, tais como papel, garrafas de água 
mineral e refrigerantes, peças descartáveis de vestuário, material 
utilizado em antissepsia e hemostasia de venóclises, equipo de soro 
e	outros	similares	não	classificados	como	A1;	sobras	de	alimentos	
e do preparo de alimentos; resto alimentar de refeitório; resíduos 
provenientes	das	áreas	administrativas;	resíduos	de	varrição,	flores,	
podas e jardins; resíduos de gesso, papel de uso sanitário e fralda, 
absorventes higiênicos, entre outros.
Parte desses resíduos, quando devidamente segregada, pode ser 
destinada à reciclagem ou à reutilização. Quando adotada a coleta 
seletiva	para	reciclagem,	sua	identificação	deve	ser	feita	nos	reci-
pientes e nos abrigos de guarda de recipientes, usando-se código 
de cores e suas correspondentes nomeações, baseadas na Resolução 
Conama n° 275/01, e símbolo referente ao tipo de material reciclável. 
As cores indicadas na Resolução Conama são: vidro = verde, plástico 
= vermelho, papel = azul, metal = amarelo, orgânico = marrom, 
preto = madeira, cinza = rejeito.
Caso não se sigam as determinações da Resolução, podem ser utili-
zadas as cores determinadas pela Prefeitura. Se não existir processo 
de segregação para a coleta seletiva, visando à reciclagem, não há 
exigência para a padronização de cor desses recipientes.
Grupo D
80 Resíduos Sólidos - Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde - Nível 2
Listados alguns dos problemas causados pelos resíduos do grupo D, veremos como as etapas do 
gerenciamento, quando bem-estruturadas e funcionando, evitariam os problemas levantados.
Cuidados no manuseio
Os resíduos do grupo D, rejeitos e recicláveis, também apresentam riscos mecânicos ou 
que propiciam acidentes devido à presença de galhos de podas, latas de alumínio e de aço, 
garrafas de vidro, embalagens diversas de plástico duro, entre outros, assim como riscos 
biológicos advindos do papel e absorvente higiênico, das fraldas descartáveis e de fezes 
de animais domésticos. O texto a seguir retrata essa problemática de ferimentos devido ao 
mau gerenciamento de alguns resíduos como o vidro.
Atividade
Como	nos	demais	grupos,	Profissional,	 liste	alguns	dos	impactos	
negativos causados pelo mau gerenciamento de resíduos do grupo D 
à	saúde	coletiva,	ao	meio	ambiente,	à	bacia	hidrográfica	e	às	demais	
áreas do saneamento.
Acidentes e riscos ocupacionais
Cortes com vidros: caracterizam o acidente 
mais comum entre trabalhadores da coleta do-
miciliar e das esteiras de catação de usinas de 
reciclagem e compostagem, e também entre 
os catadores dos vazadouros de lixo. As es-
tatísticas deste tipo de acidente são subnoti-
ficadas, uma vez que os cortes de pequena 
gravidade não são, na maioria das vezes, infor-
mados pelos trabalhadores, que não os consi-
deram acidentes de trabalho.
A principal causa destes acidentes é a falta 
de informação e de conscientização da po-
pulação em geral, que não se preocupa em 
isolar ou separar vidros quebrados dos re-
síduos apresentados à coleta domiciliar. A 
adoção obrigatória de sacos plásticos para o 
acondicionamento dos resíduos sólidos muni-
cipais, com efeitos positivos na qualidade dos 
serviços de limpeza urbana, infelizmente am-
plia os riscos pela opacidade dos mesmos e 
ausência de qualquer rigidez que possa pro-
teger o trabalhador. A utilização de luvas pelo 
trabalhador atenua, mas não impede a maior 
parte dos acidentes, que não atingem apenas 
as mãos, mas também braços e pernas.
João Alberto Ferreira e Luiz Antonio dos Anjos, 
Fonte: Disponível em: <http://www.scielosp.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-311X2001000300023>
Guia do profissional em treinamento - ReCESA 81
Atividade 
Bom,	Profissional,	ao	lermos	o	texto,	nós	constatamos	que	há	riscos	ao	
lidarmos com os resíduos do grupo D. Sendo assim, proponha coleti-
vamente	uma	campanha	cujo	objetivo	é	conscientizar	os	profissionais	
que geram e trabalham com esses resíduos diariamente. Avalie a possi-
bilidade de implementar a campanha em seu local de trabalho.
Minimização
A minimização dos resíduos do grupo D baseia-se na redução da geração e na reutilização 
de alguns materiais. Citamos algumas alternativas para se reduzirem e reutilizarem alguns 
dos materiais que seriam descartados como resíduos: comprar somente a quantidade 
necessária de material de escritório, reutilizar as caixas de medicamentos para acondicio-
nar outros resíduos, como papel e plástico, aproveitar sobras do preparo de alimentos em 
receitas nutritivas, como:
Uma das grandes conseqüências dos ferimentos com vidro nos serviços de limpeza urbana é o 
risco de contrair doenças como o tétano. Assim, para se prevenir dessa doença, independente-
mente de o esquema vacinal estar completo ou não, a limpeza do ferimento com água e sabão e 
a retirada de corpos estranhos (terra, fragmentos de madeira) é essencial, até para evitar infecção 
secundária com outras bactérias. Para as pessoas não vacinadas, é fundamental completar a 
vacinação antitetânicano posto de saúde mais próximo de suas residências.
Para saber quais os EPIs exigidos para os diversos trabalhos com os resíduos sólidos, acesse 
o	software	Bacia	Hidrográfica	Virtual.
82 Resíduos Sólidos - Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde - Nível 2
Ingredientes 
24 g de farinha de semente de ∙
abóbora; 
01 ovo; ∙
21 g de margarina; ∙
13 g de açúcar mascavo; ∙
14,40	g	de	açúcar	refinado;	 ∙
10 g de baunilha; ∙
20 g de bicarbonato; ∙
30 g de sal; ∙
23 g de farinha de trigo. ∙
Modo de preparar 
Selecionar sementes de abóbora, lavar em ∙
água corrente e secar ao natural. 
Torrar as sementes por 20 minutos em fogo ∙
brando (em panela) ou no forno (em assa-
deira) até dourar. Deixar esfriar, triturar (em 
liquidificador),	peneirar	e	reservar.	
Bater o ovo com a margarina até formar ∙
um creme. 
Acrescentar a farinha de semente de ∙
abóbora e os demais ingredientes. 
Misturar até obter uma massa homogê- ∙
nea. Moldar os biscoitos e colocá-los em 
assadeira previamente untada. 
Assar, por 15-20 minutos, a 120º C. Servir. ∙
Suflê de Folhas
Ingredientes 
1 xícara de chá de talos, folhas ∙
ou cascas bem lavados e picados; 
2 ovos; ∙
5 colheres de sopa de ∙
farinha de trigo; 
½ cebola picada; ∙
2 colheres de sopa de água; ∙
sal a gosto; ∙
óleo para fritar. ∙
Modo de preparar 
Bater bem o ovo e misturar o restante ∙
dos ingredientes. Fritar os bolinhos, às 
colheradas, em óleo quente. Escorra em 
papel absorvente. 
Podem ser utilizados talos de acelga, ∙
couve,	agrião,	brócolis,	couve-flor,	folhas	
de cenoura, beterraba, nabo, rabanete, 
etc, ou cascas de chuchu.
Essas	e	outras	receitas	encontram-se	no	software	Bacia	Hidrográfica	Virtual.	Acesse-o	e	
experimente outras delícias.
Biscoitos de Semente de Abóboras
Guia do profissional em treinamento - ReCESA 83
Atividade
Na primeira coluna, encontram-se alguns tipos de resíduos, destacados 
pelas cores utilizadas na Resolução Conama n° 275/01, e nas duas próxi-
mas colunas a possibilidade de esses resíduos serem ou não recicláveis. 
Com	base	no	seu	conhecimento,	classifique	individualmente	os	resíduos	
como recicláveis ou não recicláveis. Socialize e discuta suas respostas com 
os	demais	colegas	e,	ao	final,	acompanhe	a	correção	da	atividade.
Resíduos Recicláveis Não recicláveis
 Folhas de formulários
 Cadernos
 Papéis metalizados
 Papéis carbono
 Listas telefônicas 
			Fotografias
 Brinquedos
 Fraldas descartáveis 
 Tomadas e cabos de panela
 Garrafas
 Espumas 
 Latas de alumínio
E	aí,	Profissional,	quais	outras	ações	de	minimização	são	praticadas	em	seu	local	de	trabalho?	
Socialize com os demais colegas essas outras ações.
Segregação
Os resíduos do grupo D devem ser segregados no momento de sua geração dos demais grupos 
de resíduos e também entre eles, ou seja, resíduos recicláveis (papel, papelão, vidro, resto 
de alimentos, por exemplo) dos não recicláveis (solventes químicos, cristais e tubos de TV, 
etc). Mas como saber o que é reciclável e não reciclável dentro da unidade de atendimento 
a saúde? A atividade a seguir nos dará uma orientação quanto à dúvida levantada:
84 Resíduos Sólidos - Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde - Nível 2
Acondicionamento e identificação
O acondicionamento pode ser feito utilizando-se recipientes diferenciados por cor, sendo 
essa forma de acondicionamento estabelecida na Resolução Conama n° 275/01. Outra opção 
de acondicionamento é utilizar sacos plásticos impermeáveis de cor clara nas lixeiras devi-
damente	identificadas	como	RESÍDUO	COMUM	e	RESÍDUO	RECICLÁVEL.	Os	papéis	devem	
ser acondicionados em recipientes exclusivos para evitar que molhem ou sujem. Também 
as orientações dos serviços locais de limpeza urbana devem ser conhecidas e consideradas. 
Caso não se adote a segregação/coleta seletiva para encaminhar os resíduos para reciclagem, 
não existe exigência para a padronização de cor desses recipientes.
Coleta e transporte internos
Os recipientes contendo os resíduos do grupo D devem ser coletados e transportados separada-
mente dos resíduos dos demais grupos. Dependendo do volume a ser coletado, é aconselhável 
que o carro utilizado para transportar internamente os resíduos tenha dois compartimentos: um 
para os resíduos recicláveis e outro para os não recicláveis. Os resíduos úmidos, tais como restos 
de	alimentos	e	flores	não	devem	entrar	em	contato	com	papel,	papelão,	vidro,	etc.
Resíduos Recicláveis Não recicláveis
 Panelas
 Latas de tinta e vernizes
 Esponjas de aço
 Clipes
 Garrafas e frascos vazios sem 
contaminação
 Ampolas de injeção
 Vidros aramados
 Óculos
 Resíduos orgânicos que tiveram 
contato com secreções, excreções 
ou	outro	fluido	corpóreo
 Flores 
 Restos do preparo de alimentos
Essa	atividade	encontra-se	no	software	Bacia	Hidrográfica	Virtual.
Guia do profissional em treinamento - ReCESA 85
Armazenamento temporário e externo
O armazenamento temporário dos resíduos do grupo D pode ser feito na Sala de Resíduos, 
desde	que	em	recipientes	separados	e	identificados,	para	que	não	ocorra	contaminação	por	
parte dos demais resíduos que, por ventura, estejam presentes.
Já o armazenamento externo pode ser feito no abrigo de resíduos dos grupos A e E, sendo 
que	os	resíduos	do	grupo	D	devem	ser	mantidos	em	local	separado	e	identificado.	As	normas	
locais devem ser consultadas, para ver se não há restrições quanto ao armazenamento dos 
resíduos do grupo D no mesmo abrigo do grupo A e E.
Tratamento
O tratamento dos resíduos do grupo D se resume na compostagem dos resíduos orgânicos 
e na reciclagem dos materiais passíveis de serem reintroduzidos no processo industrial.
Você sabia?
De acordo com o Instituto Brasileiro de Administração Municipal (IBAM), a compostagem é 
vista como o processo natural de decomposição biológica de materiais orgânicos (aqueles 
que possuem carbono em sua estrutura, tais como folhas secas, jornal, palha de cereais, entre 
outros), de origem animal e vegetal, pela ação de microrganismos. Para que ela ocorra, não 
é necessário adicionar qualquer componente físico ou químico à massa de resíduo.
Fonte: Disponível em: <http://www.ibam.org.br> Acesso em: jun. 2007 (Adaptação)
Vamos	assistir	a	um	filme	sobre	o	processo	de	compostagem	e	avaliar	a	possibilidade	de	imple-
mentar	essa	opção	de	tratamento	em	seu	local	de	trabalho,	Profissional.	Posteriormente, se 
quiser saber mais sobre o assunto, faça a oficina de Processamento de Resíduos 
Sólidos Orgânicos.
Outra opção para os resíduos orgânicos (restos e sobras de alimentos) é a utilização deles como 
ração para animal, desde que sejam previamente submetidos a processo de tratamento que 
garanta a inocuidade (ausência de organismos patogênicos) do composto, devidamente avaliado 
e comprovado por órgão competente da Agricultura e de Vigilância Sanitária do município, estado 
ou do governo federal.
Para os resíduos como vidro, papel, metal e plástico, o tratamento recomendável é a reci-
clagem. Para se ter uma noção de quanto se economiza em termos de recursos naturais, 
energia e água com o processo de reciclagem, vamos ler o texto a seguir.
86 Resíduos Sólidos - Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde - Nível 2
Metal
Na produção de 1.000 toneladas de barra de 
aço, a utilização de sucata consumiria 74% me-
nos de energia e 41% menos água do que o 
processo de transformação da matéria bruta 
em produto final. Além disso, a quantidade de 
poluentes atmosféricos seria reduzida em 86%, 
e a de poluentes minerais em 97%. 
A reciclagem de 75 latas de aço poderia pou-
par uma árvore que seria utilizada como carvão 
em sua produção, assim como 100 latas de 
aço poderiam poupar o equivalente a um lâm-
pada de 60 W acesadurante 1 hora.
Na produção de 1 tonelada de alumínio a partir 
da bauxita, consome-se cerca de 16 MWh de 
energia, enquanto que, se for produzido a partir 
de alumínio reciclado, seriam necessários ape-
nas 0,8 MWh de energia. Assim, a produção 
de uma lata de alumínio nova a partir de uma 
recuperada economiza 95% de energia.
Vidro
A cada tonelada de vidro reciclado economizam-
se 290 kg de petróleo gastos na fundição. Além 
disso, como o vidro é 100% reciclável podendo-
se introduzir o caco de vidro em proporções que 
variam de 15 a 80% do total da composição, de-
pendendo do tipo de produto fabricado e da colo-
ração, a reciclagem deixa de utilizar areia, calcário, 
dolomita, feldspato, bórax e carbonato de sódio, 
matérias-primas que também utilizam energia para 
sua extração ou produção.
Papel
A economia de energia com a reciclagem de 
papel é da ordem de 70%. Com relação à con-
servação de água, a produção de cada tone-
lada de papel consome cerca de 100 mil litros 
de água, enquanto a reutilização do papel gasta 
apenas 37 mil litros de água por tonelada. Ou-
tro fato interessante é que, na produção de pa-
pel reciclado, é necessário adicionar uma parte 
de matéria-prima virgem (celulose), mas mesmo 
assim a reciclagem poupa o corte de cerca de 10 
a 20 árvores adultas por tonelada produzida.
Plástico
O plástico que é produzido a partir de maté-
rias-primas como petróleo, gás-natural, carvão 
mineral e vegetal, apresenta uma economia em 
torno de 90% com a reciclagem, sendo que 
alguns desses energéticos não são renováveis, 
além de o plástico ser um dos piores resíduos 
para os aterros, pois demora mais de 200 anos 
para se degradar.
Paulo Hélio Kanayama, Em: “Minimização de resíduos sólidos urbanos e conservação de energia”
Guia do profissional em treinamento - ReCESA 87
E	aí,	Profissional,	é	possível	implantar	a	coleta	seletiva	em	seu	local	de	trabalho	e	em	seu	município?	
Há recicladoras em sua região que poderiam auxiliar no gerenciamento dos resíduos potencial-
mente recicláveis? Avalie as possibilidades de reciclagem em sua localidade.
Coleta e transporte externos
A coleta e o transporte externo devem ser feitos em sistemas licenciados ou através de 
associações ou cooperativas de catadores. Porém, deve-se manter registro de operação de 
venda ou de doação dos resíduos destinados à reciclagem, compostagem e alimentação de 
animais para posterior inspeção.
Você sabia?
Para incorporar a participação dos catadores no sistema de gestão de resíduos sólidos 
urbanos, é necessário:
1) Promoção pelo poder público, em parceria com diversos setores da sociedade, do reco-
nhecimento	legal	e	fortalecimento	do	catador	como	categoria	profissional	autônoma.
2) Acesso ao processo licitatório e às condições de infra-estrutura pelas organi-
zações de catadores.
3)	Criação	da	figura	de	“cessão”	de	áreas	para	utilização	pelos	catadores.
4) Estabelecimento de parcerias entre catadores e poder público na execução de serviço 
de limpeza de forma descentralizada.
5) Autorização legal para apropriação dos resíduos secos pelos catadores.
6) Formalização de contratos com os catadores, organizados sob diversas formas asso-
ciativas, para a coleta seletiva de resíduos urbanos.
Disponível em: <www.polis.org.br> (Adaptação)
Para saber mais sobre como organizar associações, acesse o site: http://www.ibam.org.
br/publique/media/Botelim4.pdf.
88 Resíduos Sólidos - Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde - Nível 2
Disposição final
A fração de resíduos do grupo D não passível de compostagem, reciclagem ou reutilização 
(rejeito) deve ser encaminhada ao aterro sanitário licenciado.
Atividade
Como é? O que poderia ser feito para melhorar o gerenciamento em um curto prazo?
Cuidados no manuseio
Segregação
Acondicionamento e 
identificação
Coleta e transporte 
internos
Armazenamentos tempo-
rário e externo
Tratamento
Disposição	final	
Guia do profissional em treinamento - ReCESA 89
- Apresentar, 
discutir e trabalhar 
as etapas do geren-
ciamento interno e 
externo dos resíduos 
do grupo E.
OBJETIVOS:
Os resíduos do grupo E são aqueles que apresentam materiais perfu-
rantes, cortantes e abrasivos, como lâminas de barbear, agulhas, 
escalpes, ampolas de vidro, brocas, limas endodônticas, pontas 
diamantadas, lâminas de bisturi, lancetas, tubos capilares, micropi-
petas, lâminas e lamínulas, espátulas, entre outros. Esses resíduos 
devem	ser	identificados	pelo	símbolo	de	substância	infectante,	com	
rótulos de fundo branco, desenho e contornos pretos, acrescido da 
inscrição	de	RESÍDUO	PERFUROCORTANTE,	 indicando	o	risco	que	
apresenta o resíduo.
Atividade
Como nos demais grupos, liste alguns dos impactos negativos 
causados pelo mau gerenciamento de resíduos do grupo E à saúde 
coletiva,	ao	meio	ambiente,	à	bacia	hidrográfica	e	às	demais	áreas	do	
saneamento. Em seguida, veremos como as etapas, se bem-geren-
ciadas, minimizam ou evitam os impactos levantados.
Cuidados no manuseio e segregação
Para evitar danos à saúde e à integridade física do trabalhador, os resíduos do grupo E 
devem ser segregados, no momento da geração, dos outros tipos de resíduos, para evita-
rem-se acidentes. Os trabalhadores que lidam com esse tipo de resíduo devem utilizar os 
EPIs mostrados no primeiro conceito-chave.
Grupo E
Resíduos 
Perfurocortantes
90 Resíduos Sólidos - Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde - Nível 2
Acondicionamento e identificação
Para os resíduos cortantes ou perfurantes, o pré-acondicio-
namento deve ser em recipiente rígido, estanque, resistente 
à punctura, à ruptura e ao vazamento, impermeável, com 
tampa, contendo o símbolo de risco de presença de agente 
biológico. Esses recipientes que acondicionam os PC (perfu-
rocortantes)	devem	estar	identificados	e	ser	descartados	
quando o preenchimento atingir 2/3 de sua capacidade 
ou	o	nível	de	preenchimento	ficar	a	5	cm	de	distância	da	
boca do recipiente, sendo proibido o seu esvaziamento 
ou reaproveitamento. Em hipótese alguma, os resíduos 
do grupo E podem ser descartados diretamente em saco 
plástico, de qualquer que seja o tipo.
Coleta e transporte internos
Os recipientes contendo resíduos do grupo E devem ser coletados e transportados afastados do 
corpo. Podem ser transportados no mesmo carro utilizado para a coleta dos resíduos do grupo A.
Armazenamentos temporário e externo
O armazenamento temporário é feito na sala de resíduos, e o externo, no abrigo de resíduos 
dispostos juntos aos do grupo A
Tratamento
O tratamento dos resíduos do grupo E dependerá da substância com a qual esses resíduos tiveram 
contato. Assim, os resíduos do grupo E que estiverem contaminados por agente biológico Classe 
de Risco 4, microrganismos com relevância epidemiológica e risco de disseminação ou causador de 
doença emergente que se torne epidemiologicamente importante ou cujo mecanismo de transmis-
são seja desconhecido, devem ser tratados utilizando processo validado que garanta, no mínimo, 
Nível III de Inativação Microbiana. Caso contrário, deve-se liberá-los para a coleta interna.
Já se esses resíduos apresentarem concentração e volume residual de contaminação por 
substâncias químicas perigosas, eles devem ser submetidos ao mesmo tratamento dado à 
substância contaminante.
Por	fim,	os	resíduos	contaminados	com	radionuclídeos	devem	ser	submetidos	ao	mesmo	
tempo de decaimento do material que o contaminou, conforme orientações constantes no 
PGRR aprovado para a instalação radiativa.
Guia do profissional em treinamento - ReCESA 91
Você sabia?
As seringas e agulhas utilizadas em processos de assistência à saúde, inclusive as usadas 
na coleta laboratorial de amostra de paciente e os demais resíduos perfurocortantesnão 
necessitam	de	tratamento,	devendo	ser	encaminhados	à	disposição	final	adequada.
Coleta e transporte externos
A coleta e o transporte dos resíduos do grupo E seguem as mesmas orientações para a coleta 
e transporte externos dos resíduos do grupo A.
Disposição final
A	disposição	final	é	feita	em	locais	licenciados,	como	aterros	sanitários,	por	exemplo.
Atividade
Como é? O que poderia ser feito para melhorar o gerenciamento em um curto prazo?
Cuidados no manuseio
Segregação
Acondicionamento e 
identificação
Coleta e transporte 
internos
Armazenamentos tempo-
rário e externo
Tratamento
Disposição	final	
92 Resíduos Sólidos - Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde - Nível 2
Bom,	Profissional,	nós	chegamos	ao	final	de	nosso	segundo	conceito-chave	no	qual	traba-
lhamos	a	classificação	dos	resíduos	de	serviços	de	saúde.	Discutimos	e	trabalhamos	com	
as etapas que constituem cada um dos cinco grupos de RSS. Listamos os diversos impactos 
negativos causados por cada um dos grupos na saúde coletiva, na sociedade, no meio ambien-
te,	nas	demais	áreas	do	saneamento	e	na	bacia	hidrográfica.	E	ainda,	ao	final	da	abordagem	
de cada um dos grupos de resíduos de serviços de saúde, você pôde fazer um diagnóstico 
preliminar da situação desses em sua localidade e apontar possíveis melhoramentos.
Antes de encerrarmos, gostaríamos que você e seus colegas voltassem à atividade na qual foi 
proposto o gerenciamento de alguns resíduos de serviços de saúde e a avaliassem novamente à luz 
dos conhecimentos relembrados e/ou agregados por nós até o momento (voltar à página 42)
Por	fim,	vale	lembrar	que	esse	trabalho	de	estruturar	o	gerenciamento	dos	grupos	de	resíduos	de	
serviços de saúde, elaborar diagnósticos, controlar o que entra e sai de uma unidade de saúde 
deve estar contido no Plano de Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde (PGRSS).
O PGRSS é o documento que aponta e descreve as ações relativas ao manejo dos resí-
duos sólidos, observadas suas características e riscos, no âmbito dos estabelecimentos, 
contemplando os aspectos referentes à geração, segregação, acondicionamento, coleta, 
armazenamento,	transporte,	tratamento	e	disposição	final,	bem	como	as	ações	de	proteção	
à saúde e ao meio ambiente. E todo gerador deve elaborar e implantar o Plano, conforme 
estipulam a RDC Anvisa n° 306/04 e a Resolução Conama n° 358/05.
Vamos	assistir	a	um	filme	que	mostra	o	passo-a-passo	sobre	como	elaborar	o	PGRSS	e	
esclarecer dúvidas a respeito do assunto abordado.
Guia do profissional em treinamento - ReCESA 93
Reavaliando os conhecimentos
- Reelaborar o exer-
cício proposto no 
início da atividade 
de capacitação.
- Comparar e ana-
lisar as atividades 
(inicial e final).
OBJETIVOS:
Por	fim,	Profissional,	 esperamos	que	 todo	o	conhecimento	que	
trocamos tenha contribuído para o seu aperfeiçoamento pessoal 
e	profissional.	Assim,	como	nossa	última	atividade,	vamos	refazer	
a atividade proposta no início deste guia e avaliar criticamente as 
mudanças ocorridas no que conhecemos sobre resíduos de serviços 
de	saúde	entre	o	início	e	fim	desta	oficina.
Referências bibliográficas
Legislações, resoluções e normas técnicas
Legislações
- BRASIL. Ministério da Justiça, Portaria nº 1274, de 25/08/2003. Regulamenta o controle e 
fiscalização	sobre	as	operações	de	compra,	venda,	transporte,	utilização,	dentre	outras,	
contidas na Lei no 10.357/2001, quanto aos produtos químicos utilizados na produção, 
fabricação, preparação de entorpecentes e substâncias psicotrópicas, como também 
qualquer transação que envolva estes produtos.
- BRASIL. Ministério da Saúde, Portaria nº 344, de 12/05/1998 (Versão Republicada – 
01/02/1999). Aprova o Regulamento Técnico sobre substâncias e medicamentos sujeitos 
a controle especial.
Resoluções da Anvisa
- Resolução RDC no 56 de 06 de agosto de 2008: Dispõe sobre o Regulamento Técnico 
de Boas Práticas Sanitárias no Gerenciamnto de Resíduos Sólidos nas áreas de Portos, 
Aeroportos,	Passagens	de	Gronteiras	e	Cecintos	Alfandegados.	D.O.U	Diário	Oficial	da	
União; POder Executivo , de 7 de agosto de 2008.
- Resolução RDC no 38, de 04 de junho de 2008: Dispõe sobre a instalação e o funciona-
mento	de	serviços	de	Medicina	Nuclear	“invivo”.	D.O.U.	–	Diário	Oficial	da	União;	Poder	
Executivo, de 05 de junho de 2008.
- Resolução RDC no 302, de 13 de outubro de 2005: Dispõe sobre Regulamento Técnico para 
funcionamento	de	Laboratórios	Clínicos.	D.O.U.	–	Diário	Oficial	da	União;	Poder	Executivo,	
de 14 de outubro de 2005.
94 Resíduos Sólidos - Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde - Nível 2
- RDC no 306 de 07 de dezembro de 2004: Dispõe sobre o Regulamento Técnico para o 
gerenciamento	de	resíduos	de	serviços	de	saúde.	D.O.U.	–		Diário	Oficial	da	União;	Poder	
Executivo, de 10 de dezembro de 2004.
- Resolução RDC no 189, de 18 de julho de 2003: Dispõe sobre a regulamentação dos proce-
dimentos de análise, avaliação e aprovação dos projetos físicos de estabelecimentos de 
saúde no Sistema Nacional de Vigilância Sanitária, altera o Regulamento Técnico aprovado 
pela RDC no 50, de 21 de fevereiro de 2002, e dá outras providências. D.O.U. – Diário 
Oficial	da	União;	Poder	Executivo,	de	21	de	julho	de	2003.
- RDC no 307 de 14 de novembro de 2002: Altera a Resolução – RDC no 50, de 21 de feve-
reiro de 2002, que dispõe sobre o Regulamento Técnico para planejamento, programação, 
elaboração e avaliação de projetos físicos de estabelecimentos assistenciais de saúde. 
D.O.U. Poder Executivo, de 18 de novembro de 2002.
- RDC no 50 de 21 de fevereiro de 2002: Dispõe sobre o Regulamento Técnico para o planejamento, 
programação, elaboração e avaliação de projetos físicos de estabelecimentos assistenciais de 
saúde.	D.O.U.	–	Diário	Oficial	da	União;	Poder	Executivo,	de	20	de	março	de	2002.
Resoluções do Conama
- Resolução no 397/2008: Altera o inciso II do § 4o e a Tabela X do § 5o, ambos do art. 34 
da Resolução do Conselho Nacional do Meio Ambiente – Conama no 357, de 2005, que 
dispõe	sobre	a	classificação	dos	corpos	de	água	e	diretrizes	ambientais	para	o	seu	enqua-
dramento,	bem	como	estabelece	as	condições	e	padrões	de	lançamento	de	efluentes.
- Resolução no	396/2008:	Dispõe	sobre	a	classificação	e	diretrizes	ambientais	para	o	enqua-
dramento das águas subterrâneas e dá outras providências.
- Resolução no	358/2005:	Dispõe	sobre	o	tratamento	e	a	disposição	final	dos	resíduos	dos	
serviços de saúde e dá outras providências.
-	 Resolução	no	357/2005:	Classificação	das	águas.
- Resolução no 348/2004: Altera a Resolução Conama no 307, de 05/007/2002, incluindo o 
amianto na classe de resíduos perigosos.
- Resolução no 316/2002: Dispõe sobre procedimentos e critérios para o funcionamento de 
sistemas de tratamento térmico de resíduos.
- Resolução no 306/2002: Estabelece os requisitos mínimos e o termo de referência para 
realização de auditorias ambientais.
- Resolução no 275/2001: Estabelece código de cores para os diferentes tipos de resíduos, 
a	ser	adotado	na	identificação	de	coletores	e	transportadores,	bem	como	nas	campanhas	
informativas para a coleta seletiva.
- Resolução no 264/1999: Licenciamento de fornos rotativos de produção de clínquer para 
atividades de co-processamento de resíduos.
- Resolução no	258/1999:	Destinação	final	de	pneumáticos.
Guia do profissional em treinamento - ReCESA 95
- Resolução no 257/1999 e no 263/1999: Estabelece que pilhas e baterias que contenham em 
suas composições chumbo, cádmio, mercúrio e seus compostos tenham os procedimentos 
de	reutilização,	reciclagem,	tratamento	ou	disposição	final	ambientalmente	adequados.
- Resolução no 237/1997: Licenciamento ambiental.
- Resolução no	9/1993:	Estabelece	definições	e	torna	obrigatório	o	recolhimento	e	destinação	
adequada	de	todo	o	óleo	lubrificanteusado	ou	contaminado.
Normas regulamentadoras do MTE
- NR 4: Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho (SESMT)
- NR 6: Equipamentos de Proteção Individual (EPIs)
- NR 7: Programa de Controle Médico de saúde Ocupacional (PCMSO
- NR 9: Programa de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA)
- NR 15: Atividades e Operações Insalubres
- NR 17: Ergonomia
- NR 23: Proteção contra Incêndios
- NR 24: Condições Sanitárias e de Conforto nos Locais do Trabalho
- NR 32: Segurança e Saúde no Trabalho em Serviços de Saúde.
Normas da ABNT
- NBR 12810/1993: Resíduos de serviços de saúde – procedimentos na coleta
-	 NBR	13463/1995:	Coleta	de	resíduos	sólidos	–	Classificação
- NBR 13853/1997: Coletores para resíduos de serviços de saúde perfurantes ou cortantes
– Requisitos e método de ensaio
- NBR 9191/2002: Sacos plásticos para acondicionamento de lixo – requisitos e métodos de 
ensaio
- NBR 14652/2002: Coletor-transportador rodoviário de resíduos de serviços de saúde 
– Requisitos de construção e inspeção – Resíduos do grupo A
-	 NBR	7500/2003:	 Identificação	para	o	transporte	terrestre,	manuseio,	movimentação	e	
armazenamento de produtos
-	 NBR	10004/2004:	Resíduos	sólidos	–	Classificação
- NBR 10005/2004: Procedimento para obtenção de extrato lixiviado de resíduos sólidos
- NBR 10006/2004: Procedimento para obtenção de extrato solubilizado de resíduos 
sólidos
- NBR 10007/2004: Amostragem de resíduos sólidos
- NBR 14725/2001: Ficha de Informações de Segurança de Produtos Químicos (FISPQ).
- NBR 12235/1992: Armazenamento de resíduos sólidos perigosos.
96 Resíduos Sólidos - Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde - Nível 2
Normas da CNEN
- CNEN-NN-3.01: Diretrizes Básicas de Radioproteção – aprovada pela Resolução CNEN 
27/2005,	D.O.U.,	de	1º	de	janeiro	de	2005,	com	retificação	em	26	de	janeiro	de	2005
- CNEN-NE-3.02: Serviços de Radioproteção – aprovada pela Resolução CNEN 10/88, de 19 
de julho de 1988
- CNEN-NE-6.02: Licenciamento de Instalações Radiativas – aprovada pela Resolução CNEN 
05/98, D.O.U.,de 08 de junho de 1998
- CNEN-NE-6.05: Gerência de Rejeitos Radioativos em Instalações Radiativas – aprovada 
pela Resolução CNEN 19/85, D.O.U., de 17 de dezembro de 1985.
- CNEN-NE-5.01: Transporte de Materiais Radioativos – aprovada pela Resolução CNEN 
13/88, D.O.U., de 1º de agosto de 1988.
-	 CNEN-NN-3.03:	Certificação	da	Qualificação	de	Supervisores	de	Radioproteção	–aprovada	
pela Resolução CNEN 12/99, D.O.U., de 21 de setembro de 1999.
- CNEN-NN-3.05: Requisitos de Radioproteção e Segurança para Serviços de Medicina 
Nuclear – aprovada pela Resolução CNEN 10/96, D.O.U., de 19 de abril de 1996.
Publicações
ANDRADE, J.B.L. Determinação da composição gravimétrica dos resíduos de serviços de 
saúde de diferentes tipos de estabelecimentos geradores. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE 
ENGENHARIA SANITÁRIA E AMBIENTAL, 20, maio, 1999. Rio de Janeiro. Anais... Rio de Janeiro: 
ABES, 1999. p.1666-1672.
CUSSIOL, N. A. M. Disposição	final	de	resíduos	potencialmente	infectantes	de	serviços	de	
saúde em célula especial e por co-disposição com resíduos sólidos urbanos. 2005. 334p. 
Tese (Doutorado em saneamento e Meio Ambiente). Universidade Federal de Minas Gerais, 
Escola de Engenharia (DESA/DRH), Belo Horizonte, MG.
CUSSIOL, N. A. M. Sistema de gerenciamento interno de resíduos de serviços de saúde: estu-
do para o Centro Geral de Pediatria de Belo Horizonte. 2000. 135p. Dissertação (Mestrado 
em Saneamento, Meio Ambiente e Recursos Hídricos). DESA/DRH, Universidade Federal de 
Minas Gerais, Belo Horizonte.
CUSSIOL, N. A. M.; LANGE, L. C.; FERREIRA, J. A. Resíduos de serviços de saúde. In: COUTO, 
R. C.; PEDROSA, T. M. G.; NOGUEIRA, J. M. (Eds.) Infecção hospitalar e outras complicações 
não-infecciosas da doença: epidemiologia, controle e tratamento. 3.ed. Rio de Janeiro, R.J.: 
MEDSI, 2003. 904p. cap.17, p.369-406.
Guia do profissional em treinamento - ReCESA 97
CUSSIOL,	N.	A.	M.,	ROCHA,	G.	H.	T.,	LANGE,	L.	C.	Quantificação	dos	resíduos	potencialmente	
infectantes presentes nos resíduos sólidos urbanos da regional sul de Belo Horizonte, Minas 
Gerais, Brasil. Cad. Saúde Pública, Rio de Janeiro, 22(6):1183-1191, jun, 2006.
LIMA, L. M. Q. Tratamento de lixo. 2. ed. São Paulo: Hemus, 1991.
Manual sobre Gerenciamento de Resíduos de Serviços da Saúde da ANVISA. Disponível 
em:<http://www.anvisa.gov.br/servicosaude/manuais/manual_gerenciamento_residuos.
pdf.> Acesso em: jun. 2008.
SANTOS, J.F.; IDE, C.N.; GONDA, J.; POLIZER, M. Produção e destino dos resíduos sólidos de 
serviços de saúde em Campo Grande. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE ENGENHARIA SANITÁRIA 
E AMBIENTAL, 20, 1999. Rio de Janeiro. Anais... Rio de Janeiro: ABES, 1999. p.1995-2001.
SCHNEIDER, V. E. STEDILLE, N. L. R. Gerenciamento e manejo de resíduos de serviços de 
saúde: Resíduos Sólidos. Guia	da	Oficina	de	Capacitação. Nível 2. Ministério das Cidades. 
São Leopoldo. Unissinos. Recesa, 2007.
SCHNEIDER, V. E. et al. Manual de gerenciamento de resíduos sólidos de serviço de saúde. 
2. ed. Ver. e ampl. Caxias do Sul: Educs, 2004.
SCHNEIDER, V. E. Sistemas de gerenciamento de resíduos sólidos de serviço de saúde: 
contribuição ao estudo das variáveis que interferem no processo de implantação, monito-
ramento e custos decorrentes. 2004. 242 p. (Doutorado) – Instituto de Pesquisas Hidráulicas 
da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2004.
SILVA, E. M. P., CUSSIOL, N. A. M. Gerência de rejeitos radioativos de serviços de saúde. Belo 
Horizonte: Centro de Desenvolvimento da Tecnologia Nuclear, 1999 (CDTN - 857/99).
SUBERKROPP, K. F.; KLUG, M. J. Microbial ecology, 196-123, 1974, apud LIMA, L. M. Q. 
Tratamento de lixo. 2. ed. São Paulo: Hemus, 1991.
Sites consultados
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-07072006000400013
&lng=pt&nrm=isohttp://www.scielosp.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-
81232005000500024&lng=pt
http://www.biossegurancahospitalar.com.br/pagina1.php?id_informe=8&id_texto=51
http://pdamed.com.br/diciomed/pdamed_0001_an.php
http://www.cipamed.com.br/glossario.html
98 Resíduos Sólidos - Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde - Nível 2
http://www.anvisa.gov.br/reblas/link_desinfestantes.pdf
http://www.fcf.usp.br/Ensino/Graduacao/Disciplinas/LinkAula/My-Files/PDF/Radiofarmacia.pdf
http://www.fis.unb.br/pet-fisica/artigos/Energia_nuclear_e_seus_usos_na_sociedade.htm
www.mma.gov.br
Créditos da Figuras desse guia
http://tbn0.google.com/images?q=tbn:e_h9iBCuirudZM:ht tp://bp1.blogger.
com/_JXK6VhdeQFM
http://tbn0.google.com/images?q=tbn:tsWrXVimzwSLOM:http://bp0.blogger.com/_
JXK6VhdeQFM/SD6yaPAgt4I/AAAAAAAABYg/li7-_ab9pwM/s320/LIXAO%2B3.jpg
http://elementosqf.files.wordpress.com/2007/12/800px-hemodialysismachine.jpg
http://www.msc.univ-paris7.fr/~daerr/bacteries/IMG_0047_detail.jpg
http://www.esteriplas.com/storemaker/images/PLACA_PETRI_90_NOSSA.JPG
http://farm3.static.flickr.com/2241/2192450204_7b04613e25.jpg?v=0
http://www.hospitalarsanti.com.br/imagens/AUTO-CLAVE.jpg
http://tbn0.google.com/images?q=tbn:B8hRHLHAixltDM:http://bp0.blogger.com/_wyEWiP_
MVto/SGFpAxiOCSI/AAAAAAAAAC8/LllJrI0xYE0/s320/coleta%2Bambulatorial.jpg
http://farm1.static.flickr.com/92/242408425_8a0d51e667.jpg?v=0
http://tbn0.google.com/images?q=tbn:6KDF_ts_NYHC4M:http://bp1.blogger.
com/_OTx04RcBjro/SEPdX0R5vyI/AAAAAAAAACU/tqK8M03Z8rg/s400/foto%2Babrigo%2Br
es%C3%ADduos%2BIMG_8560.JPG
http://farm1.static.flickr.com/168/384002347_e29d42ad9a.jpg?v=0
http://yuzuru.files.wordpress.com/2007/02/signo-radiacao.jpg
http://farm1.static.flickr.com/42/246996483_90d0c61f16.jpg?v=0
http://www.realquality.com.br/realnews/055_200806_vocesabia2.jpg
http://tbn0.google.com/images?q=tbn:EWYzNAYbfPRZvM:http://bp0.blogger.com/_d-
PgZSwhZvc/SGqNQRsHHOI/AAAAAAAAAK0/NTCEBVecLAc/s320/descarte1.jpg38
-R
S-
GR
SS
-2
Promoção
Organização
FIN AN CIADO RA DE ESTUDO S E PRO JETO S
M IN IST…RIO DA CI�N CIA E TECN O LO G IA
Realização
UFMS UnB

Mais conteúdos dessa disciplina