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PLANTAS HEPATOTÓXICAS MICOTOXINAS Educandos: Giovana Pivotto Júlio Cezar Garroso Lucas Bartoski Tiago José Casarim INTRODUÇÃO A intoxicação por plantas em bovinos provoca perdas econômicas importantes pela queda na produtividade dos animais ou mesmo por sua morte; Para o controle das intoxicações por plantas é importante conhecer os fatores que determinam à ocorrência e frequência das mesmas no meio ambiente. PLANTAS HEPATOTÓXICAS E MICOTOXINAS Plantas hepatotóxicas acometem o fígado, desencadeando, dois tipos de lesão: NECROSE AGUDA FIBROSE PLANTAS HEPATOTÓXICAS E MICOTOXINAS Das plantas que causam necrose hepática aguda, estão presentes Cestrum parqui e Xanthium Cavanillesi. Xanthium Cavanillesi Cestrum parqui Sinais clínicos necrose hepática Aguda 12 – 72h Agressividade, anorexia, paresia do trem posterior Incordenação, tremores musculares Atonia ruminal, dor abdominal, fezes ressequidas com muco e sangue Dificuldade para defecar e gemidos Cabeça na cerca ou movimentos laterais Aumento da Aspartato aminotransferase (AST) patologia Fígado aumentado, congesto e aspecto de noz moscada Edema da parede da vesícula biliar, IG e abomaso Hemorragias no endocárdio, pericárdio... Fezes endurecidas com muco sanguinolento Líquido amarelo na cav. abdominal Rins pálidos com edema na pelve diagnóstico necrose hepática Presença da planta Sinais clínicos Lesões macro e microscópicas no fígado Controle e profilaxia Eliminação da planta ou evitar pastoreio em áreas com plantas tóxicas; Não introduzir animais em áreas com brotação de Xanthium e não administrar ração contaminada. PLANTAS HEPATOTÓXICAS E MICOTOXINAS Das plantas que causam fibrose hepática, estão presentes em Senecio brasiliensis, Echium plantagineum e Crotalaria spp ECHIUM PLANTAGINEUM SENECIO BRASILIENSIS CROTALARIA Sinais clínicos fibrose Agressividade, incoordenação, tenesmo, prolapso retal, diarreia 24-72h Emagrecimento progressivo, período prolongado, diarreia ou não....decúbito até a morte Ascite, fotossensibilização, icterícia e edema nos membros e barbela Patologia fibrose Edema de mesentério, abomaso e intestino; Hemorragias peri e endocárdicas; Fígado esbranquiçado ou amarelado...aumento de consistência, áreas esbranquiçadas intercaladas com áreas avermelhadas; DIAGNÓSTICO Sinais clínicos Epidemiologia Lesões macroscópicas Confirmação através da histologia do fígado.........alcaloides pirrolidizínicos Morte vários meses após deixarem de ingerir a planta Controle e profilaxia Senecio spp....utilizar ovinos no pastoreio com bovinos; Não deixar animais em potreiros infestados; Crotalaria spp....eliminação com o uso de herbicidas ou manual, principalmente em pastagens contaminadas oferecidas para os confinados; Fotossensibilização hepátogena Lantana spp Brachiaria spp Fotossensibilização hepátogena Enterolobium spp Stryphnodendron spp Panicum spp Myoporum laetum MECANISMO DE AÇÃO Obstrução biliar Filoeritrina acumula Fotossensibilização FILOERITRINA + SOL Sinais clínicos Anorexia, depressão, atonia ruminal, fezes ressequidas Decúbito por longos períodos, gemidos 1 – 2 dias Icterícia, edema de membros, sialorreia, urina marrom-escura e fotossensibilização Dermatite localizada Focinho Úbere Pele branca Edema Exsudato amarelo Pele ressecada Grossa e com rachaduras Miíase 4 -5 dias Diagnóstico Epidemiologia Sinais clínicos Patologia Controle e profilaxia Ruminotomia para remoção e substituição do conteúdo....Lantana; Retirar os animais da área; Animais transportados ou durante tempestades e com fome evitar pastagens com estas plantas. micotoxinas Introdução Principais toxinas Ocratoxina AFLATOXINA Zearalenona Patulina Gliotoxina Desoxinivalenol FUMONISINAS Principais fungos Aspergillus Penicillium Fusarium Epidemiologia Fator clima Armazenamento Grãos quebrado Tempo de consumo Concentração sInais clínicos Complicações Aborto; Efeito cumulativo; Lesões renais; Diminuição no ganho de peso; São imussupresoras; Perdas econômicas. DIAGNÓSTICO Diagnóstico Presuntivo: * Observação dos sinais clínicos; * Análise de dados ambientais referentes à colheita e armazenamento dos cereais utilizados na alimentação; * História de introdução de novos alimentos, com características físicas alteradas. DIAGNÓSTICO Diagnóstico Definitivo: * Análise da presença da micotoxina no alimento dos animais intoxicados; * Cromatografia em Camada Delgada; * Cromatografia Líquida de Alta Eficiência; * Utilização de métodos diagnósticos de espectrometria de massas. TRATAMENTO O tratamento representa um dos maiores desafios na clínica veterinária: * A retirada do alimento contaminado é a primeira medida a ser adotada e o tratamento de suporte parece melhorar um pouco o prognóstico; * A adição de maiores níveis de aminoácidos sulfurados aos alimentos é adotada por clínicos, porém sua eficácia carece de maiores estudos científicos. CONCLUSÃO !!! Referências Bibliográficas Nogueira, Rosa Maria Barilli / Manual de Toxicologia Veterinária / Rosa Maria Barilli Nogueira, Silvia Franco Andrade – São Paulo, SP : Roca, 2011; Barbosa, Raquel Ribeiro/Plantas Tóxicas de Interesse Pecuário: Importância e Formas de Estudo – Mossoró, RN MUITO OBRIGADO “Sem a curiosidade que me move, que me inquieta, que me insere na busca, não aprendo nem ensino”. (Paulo Freire)