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TOXICOLOGIA AMBIENTAL I: -Toxicologia ambiental → poluentes atmosféricos, poluentes do solo e água, poluentes do ambiente interno/externo solventes, carcinogênese química; -Fatores fisiológicos (adaptativos); -fatores ambientais (regiões quente e úmidas, por exemplo); ● bicarbonatos foram considerados carcinogênicos pois → limpadores de chaminé começaram a ter câncer de região seminal, levando em consideração a região em que acontece -genótipo (inerentes ao indivíduo) → enzimas do metabolismo (somatório dos três fatores acima citados) + natureza química do composto→ toxicidade; ● xenobióticos que atravessam a barreira do organismo → por meio das gorduras (afinidade/lipossolúveis), adentram a derme (sem barreira metabólica na pele, gerando danos focais); ○ pele não tem barreira metabólica ● Alguns se aproveitam de estruturas do epitélio intestinal relacionadas à absorção ● Durante a biotransformação → (torná-las mais polares) → Podem gerar substâncias/espécies químicas mais ativas → “status nobre” (ganha carga) → trapeamento com lipídios, DNA (desencadeia o mecanismo de reparo); -maneiras de controlar → enzimas de segunda fase da biotransformação e mecanismo de reparo (Check-points) → no ciclo de divisão do DNA); ● podem torná-las mais reativas; ● Três vias: ○ Células seguem normalmente; ○ Erros de reparo → funcionamento normal, mas com desordens funcionais; ○ Sobrevivem com transdiferenciação → perfil de proliferação celular desordenada; Poluentes ambientes: -primários (diretamente da fonte emissora → 98 % da poluição do ar); ● Monóxido de carbono (CO) (1,2% de risco) ● Óxidos de enxofre (SOx) (34,3% de risco) ● Material particulado (MP) ● Óxidos de nitrogênio (NOx) ● Hidrocarbonetos (HC) -Secundários (componentes primários interagem entre si ou com constituintes naturais da atmosfera); ● Ozônio (baixas altitudes) ● Ácido sulfúrico ● Nitrato de peroxiacila (PAN) Principais poluentes atmosféricos: 1. Compostos de enxofre (Sox) 2. Compostos de nitrogênio (NO 3. Material particulado (MP) 4. Monóxido de carbono (CO) 5. Hidrocarbonetos (HC) -Fontes: ● naturais: atividade vulcânica e destruição de matéria orgânica. ● Antropogênica: combustão de carvão e derivados de petróleo (carboelétricas e termelétricas),siderúrgica, metalúrgica, veículos automotores (pequena quantidade), etc. Efeitos tóxicos: -Agudo → lacrimejamento, dispnéia e redução da capacidade física; -Crônicos: ● alteração da acuidade visual; ● alteração da ventilação pulmonar → pela composição do ar inalado (danos cumulativos da VR); ● Asma; ● Bronquite; ● Doenças cardiovasculares; ● Enfisema pulmonar → substância fica adsorvido em material particulado, que se depositam no alvéolo, que gera inflamação e leva à formação de tecido fibroso (perda da complacência); ● Câncer → exposição prolongada (inflamação crônica, tentativa de reparação e formação de células malignas pela indução de erros de divisão); *SO2 → gás hidrossolúvel, ficam retidos em VAS, pode causar rinite, laringite e faringite devido ação irritante.; ● mucosa nasal pode ter capacidade detoxificadora (quase semelhante aos hepatócitos) → benéfico a curto prazo (pois pode gerar muitas espécies reativas, induzido o câncer por exemplo); ● Monitoração ambiental: SO2 365 μg/m3 por 24 h ● Prova de função respiratório em indivíduos expostos *H2SO4 → componente secundário (componente irritante) → bronquite crônica; Intoxicação por CO: -afinidade com o ferro→ ligação forte com a hemoglobina (porção HEME, grupo prostético formado por ferro →formando carboxihemoglobina, dificultando depuração de O2) → aumento da oferta de O2 não vai ser suficiente, deve ser feita a transfusão de sangue (substituição das hemácias) ● >30% da hemoglobina saturada com CO → preocupante (deve ser feita transfusão); ○ Hipóxia sistêmica→ 20 a 30% da COHb ● Pode levar a danos neurológicos → depressão do SNC; ● Cardiotoxicidade (diminui perfusão cardíaca de O2), neurotoxicidade, hepatotoxicidade, nefrotoxicidade; ● Inconsciência e morte ocorrem com 60 a 70% de saturação; -CO→ inodoro (não produz estado de alerta) -Determinação de COHb no sangue ( indicador biológico) -O Limite Biológico de exposição (LBE) P/ não fumante: ● Environmental Protection Agency (EPA) - 2% COHb ● Organização Mundial de Saúde (OMS) - 2,5 a 3 % ● Valor de referência é 0,5 % (BRASIL). ● Existem relatórios mensais e anuais em que são mensuradas as concentrações desses gases); ○ Medicina ocupacional → monitoramento diário (inicio, meio e fim da jornada); -Resposta humana a várias concentrações de COHb: Pneumoconioses: (por material particulado lançados na atmosfera) → preocupação ocupacional e ambiental (ambientes de extração); -carvão; -Sílica; -Asbestos; -Berílio; -Precaução → retirar o indivíduo pode retardar o comprometimento pulmonar; ● não consegue retirar ou curar; -Mecanismos: ● Micropartículas que se depositam nos alvéolos e desencadeiam processos inflamatórios ○ fatores fibrogênicos → TNG, PDGF, fibronectina → recrutamento de fibroblastos e produção de colágenos); ○ fatores tóxicos → proteases e EROS → injúria do pulmão→ FIBROSE ○ pró-inflamatórios (IL-6, IL-8, TNF) → recrutamento e ativação de células inflamatórias; ● Reação catalítica → não consegue remover ou parar reação, mas como retardar;; ● Gera antracose pulmonar e desenvolve fibrose massiva progressiva; -Síndrome de Caplan → artrite reumatóide + pneumoconiose; ● Começa com sintomas difusos →baixa saturação, cansaço, dificuldade respiratório; Doença relacionada à sílica cristalina e ao asbesto: -Silicose → 1500 casos diagnosticados anualmente nos EUA;; ● Silicose crônica é a mais comum, após longo tempo do início da exposição, de dez a trinta anos. ○ A chamada “silicose simples” caracteriza-se pela presença de pequenos nódulos difusos que predominam nos terços superiores dos pulmões ● Silicose acelerada ou subaguda → alterações radiológicas mais precoces; ○ normalmente após cinco a dez anos do início da exposição. ○ associada à clínica de dificuldade respiratória; ● Silicose aguda (mais rara) → uma forma rara, associada a exposições maciças a sílica livre cristalina por poucos meses ate quatro ou cinco anos, como ocorre no jateamento de areia ou na moagem de pedra. (proteinose alveolar associada a infiltrado inflamatório intersticial). ○ muito semelhante a peneumonia; ○ Pode levar ao óbito; -Asbestose: ● Doença pleural não maligna: ○ Placas pleurais parietais ○ Derrame pleural: dor pleuritica (desconforto respiratório) , tosse, dispneia e febre (processo inflamatório;;. ○ Evolui (ou não) para espessamento pleural difuso ● Asbestose: dispnéia aos esforços ○ Fibrose que permeia os septos alveolares e a região peribronquiolar ○ Comprometimento de trocas gasosas, (semelhante ao do monóxido de carbono) proporcional à extensão da área afetada. ○ asbestos → também ativam cânceres pulmonares, podem se espalhar para os intestinos (provável migração de células, devido à proximidade da região basal com TGI); ○ Induz reação inflamatória (de base para ápice) → substituição de tecido (fibrose disseminada) → DPOC (perda da complacência) ■ vai ficar com tórax de pombo; *Relacionados aos fatores de risco (VULNERABILIDADE) → haja vista que as microparticulas carregam espécies químicas (xenobióticos) e microrganismo (principalmente bacilos- diminuição da competência do sistema imunológico) Tuberculose ● Em silicóticos, implica em rápida progressão da fibrose pulmonar (toxicidade macrofágica, além da alteração de drenagem linfática pulmonar) Doenças pulmonares obstrutivas: ● aumento na prevalência de sintomas respiratórios, bronquite crônica, enfisema centrolobular e, muitas vezes, declínio acelerado da função pulmonar Doenças autoimunes: ● Doenças do colágeno, como esclerose sistêmica, artrite reumatóide e lupus ● eritematoso sistêmico. (contínua estimulação imunitária que ocorre nos alvéolos de pacientes suscetíveis de desenvolver doenças autoimunes). Câncer de pulmão → (processo inflamatório crônico + processo oxidativopela sílica/asbesto)→ DPOC Mesotelioma → uma neoplasia que afeta pleura, peritônio, pericárdio e tunica vaginalis testis. TOXICIDADE DOS SOLVENTES: SOLVENTES: 1. Dissolução 2. Extração 3. Desengraxamento 4. Tintas, corantes, pinturas, 5. coberturas 6. Diluição, dispersante 7. Limpeza a seco 8. Combustíveis 9. Alimentos 10. Drogas de abuso 11. Bebidas 12. Anticongelante 13. Explosivos 14. Poluentes ABSORÇÃO RÁPIDA: ● Via inalatória (solventes voláteis - vão para forma de gás em temperatura ambiente- por difusão); ● Via cutânea ● Ingestão (incomum) DISTRIBUIÇÃO: ● De acordo com o teor de lipídeos e vascularidade ● Tecidos: adiposo e os ricos em lipídios (são depósitos para armazenamento); ○ Em si, não causam danos, exceto a depressão do SNC na forma in natura (antes de serem biotransformados); METABOLISMO: ● Geralmente hepático, pelo sistema MFO ● Bioativação (detoxificação) de alguns para metabólitos tóxicos EXCREÇÃO: ● urina, produtos conjugados ● fezes, produtos conjugados ● ar expirado, solventes voláteis VIAS DE EXPOSIÇÃO: -Coeficientes de Partição: ● Influenciam a distribuição dos solventes no organismo e a toxicidade ○ Sangue / Ar (alvéolo) ○ Tecido / Sangue ● Velocidade e Profundidade da Respiração → sensação de sufocamento, pode inalar mais substância ● Frequência e Duração da Exposição -Acostumou com o cheiro → inalação crônica a baixas concentrações (adaptou-se, mas continua sendo afetado); -Toxicidade→ processo dinâmico; Efeitos Agudos Gerais: -Relacionado com a concentração que adentrou o cérebro → resultam da exposição a níveis altos dos solventes; -Depressão do SNC com todos os sintomas decorrentes (narcose, desorientação, euforia, confusão, progressão para inconsciência, paralisia, convulsão); ● primeiro → declínio (atuação gabaérgica); ● depois (exposição prolongada ou concentração elevada) → agitação (hiperexcitabilidade neuronal por ação glutamatérgica); -Asfixia → gases retiram oxigênio do ambiente (reduz a disponibilidade) -Efeitos irritantes locais→ pele, mucosas ● solventes se ligam a proteínas estruturais que, ao perderem a estrutura quaternária e terciária, levam a perda da integridade; Neurotoxicidade Central Crônica: -Efeito depressor → não tem perda neuronal inicialmente, mas sim alteração de função (estímulo de neurônios inibitórios); ● alguns solventes podem inibir a liberação de neurotransmissores na fenda→ pouca transmissão sináptica; -Neurotoxicidade → danos causados no sistema neural (disfunções importantes) ● Síndrome do pintor ● Síndrome do solvente orgânico ● Síndrome psicoorgânica ● Encefalopatia crônica do solvente ● Alteração da personalidade ● Diminuição da memória recente ● Sintomas não específicos (dor de cabeça, fadiga, distúrbios do sono) → Disfunção neurológica reversível ou não ○ exposição crônica, danos irreversíveis; -Bateria de Testes Neurocomportamentais da WHO; Efeitos Crônicos Específicos: -Resultam da exposição repetida a níveis toleráveis dos solventes; -Relacionados ao metabolismo dos solventes -Exemplos: • Toxicidade hematopoiética do benzeno → ao passar pelo fígado forma as quinonas e hepato quinonas, e também o fenol, tendo este distribuição fácil no tecido hematopoiético; ● substitui as células pluripotentes em tecido gorduroso; • Neurotoxicidade do n-hexano; • Neurotoxicidade do bissulfeto de carbono • Toxicidade ocular do metanol • Toxicidade hepática e renal do CCl4 • Toxicidade reprodutiva de éteres do etileno glicol → formulações cosméticas (o problema é para quem produz) Efeitos crônicos Inespecíficos: -Dano neurológico permanente em indivíduos com elevadas exposições a solventes por longos períodos, (inaladores de solventes como droga de abuso; pintores). -Tipo 1 – Somente sintomas: queixas não específicas: cansaço, diminuição da memória, dificuldade de concentração e falta de iniciativa. ● Os sintomas são reversíveis se cessada a exposição e não há evidências objetivas de alterações neuropsiquiátricas; -Tipo 2A – Alterações de personalidade ou humor: labilidade emocional, descontrole de impulsos, mudanças de humor e falta de motivação; ● alterações de regiões cerebrais relacionadas à liberação de catecolaminas;; ● altera liberação de serotonina; -Tipo 2B – Diminuição da função intelectual: dificuldades de concentração, redução da memória e da capacidade de apreender. sinais neurológicos leves. -Tipo 3 – Demência: deterioração global do intelecto e da memória com sinais de alterações neurológicas claras e frequentes alterações de imagens do SNC. Algumas Interações: -Um solvente pode competir com outro por sítios catalíticos nas enzimas ● Exemplo: tolueno é um inibidor competitivo do benzeno; ● Prescrever cachaça (álcool puro) quando ocorrer intoxicação por metanol (pois na metabolização gera ácido fórmico) → compete → reduz formação de substâncias tóxicas; -Indução enzimática ● Exemplo: álcoois, cetonas, HPAs podem aumentar o próprio metabolismo e o de outras substâncias -Inativação enzimática ● Exemplo: trans- e cis-1,2-dicloroetileno destroem CYP450 2E1 Metabolismo e Toxicidade: -Proteínas, lipídios, RNA e DNA→ mais vulneráveis ● peroxidação lipídica é muito comum; -Hidrocarbonetos Halogenados → Hepatotóxicos: acúmulo de gordura, necrose ● Vários são nefrotóxicos: clorofórmio, 1,1,2-tricloroetano, tetrafluoroetileno, clorotrifluoroetileno, 1,1-dicloro-2,2-difluoroetileno, hexafluoropropeno, tricloroetileno, percloroetileno, hexacloro-1,3-butadieno Hidrocarbonetos Clorados: -Acúmulo de gordura no fígado e necrose; -Diclorometano (H2CCl2)→ carboxiemoglobina; ● vias que formam CO endógeno → na tentaiva de biotransformá-lo; Diclorometano (H2CCl2) - Metabolismo - 3 vias: -Toxicidade (hepatotoxicidade e nefrotoxicidade): ● potenciada por álcoois alifáticos, cetonas, ácido dicloroacético, ácido tricloroacético (indutores de CYP450); ● reduzida por GSH e inibidores de CYP450; -Clorometilglutationa→ carcinogênese Clorofórmio (HCCl3) Metabolismo: -Metabólito → Órgãos alvos (rim e fígado) necrose do fígado e rim e proliferação celular -CYP450 2E1 → respponsável também pelo metabolismo do álcool; Tricloroetileno Metabolismo: -cloral → depressor do SNC → medicação pediátrica utilizada, em pequena quantidade, para intubação; ● Sedação de bebês (até 1 ano); ● As crianças não têm as enzimas envolvidas na metabolização; -Carcinógeno humano → Rim, Fígado, Linfoma não-Hodgkin, Mieloma múltiplo, Doença de Hodgkin, Próstata, Câncer cervical Hidrocarbonetos Aromáticos: -BENZENOS: ● toxicidade hematopoietica; ○ fígado e medula óssea (afasia medular, alteração nas trÊs linhagens, policitopenia); ● fígado → oxidação microssomal (CYP450 2E1) → Conjugação com GSH (conjugados), muconáldeido, fenol, catecol, hidroquinona, trihidroxibenzeno ○ exceto na conjugação com GSH → ligação a proteína, DNA, RNA, estresse oxidativo; ● tolueno→ neurotóxico; METANOL: -Envenenamento por metanol → período latente (12 a 24 horas) → Acidose metabólica, Toxicidade ocular (alvo: retina), Coma, Morte -Hidrossolúvel distribuição para os tecidos que apresentam elevado conteúdo hídrico Mutagênese Carcinogênese Química e física: EXPOSIÇÃO HUMANA A AGENTES MUTAGÊNICOS: -gordura-trans, atividade física intensa→ carcinogênica Toxicologia Genética: -Ciência que reúne princípios da genética, microbiologia, biologia celular, biologia molecular, bioquímica e toxicologia para desenvolver e utilizar testes preditivos de mutagênese e carcinogênese; -Identificação de agentes que interagem com o DNA → agentes genotóxicos -EXPOSIÇÃO A UM AGENTE TÓXICO → Eventos Moleculares e Celulares → Objetos de estudo do braço Bioquímico/Molecular da Toxicologia→ EFEITO TÓXICO; -METABOLISMO: Toxicologia Genética: -CADA REGIÃO DE LIGAÇÃO DUPLA → local de ligação para agentes reativos; ● dentre as bases → a guanina é mais vulnerável ● Qualquer composto que se ligar (alteração genômica) → impede pareamento correto→ alteração de locus gênico; ● modificações são importantes, mas podem desencadear o CA (alteram transdiferenciação - PERDE TODAFUNÇÃO); -Toxicidade crônica envolvendo a interação de xenobióticos ou seus metabólitos com ácidos nucleicos, levando à carcinogênese ou efeitos reprodutivos, é alvo de grande atenção na pesquisa toxicológica -MODIFICAÇÃO ESPONTÂNEAS: ● 1-10/100 000 000 ● 1-10/100 000 000 000 ● Fidelidade das DNA polimerases e proteínas acessórias juntamente com a atividade corretora. ● Mutação alteração da sequência de bases do DNA que é transmitida para as células filhas. -Alterações tautoméricas das bases: Erro no pareamento durante a replicação ● Adulteração→ vulnerabiliza a quebra; ● Distorção impede a replicação e a transcrição Depurinação e Despirimidinação: -Sinal de deterioração de DNA→ fragmentos na urina; -Perda de purinas e pirimidinas do DNA ● Aproximadamente 10.000 purinas são perdidas por geração celular em mamíferos. ● Organismo consegue para o ciclo e tentar eliminar; ● Compostos eletrofílicos com afinidade por centros nucleofílicos em macromoléculas (agentes alquilantes) Fragmentação do DNA: -Exposição a radiação ionizante, raios-X, radicais livres -Deficiência no reparo por recombinação homóloga predispõe ao câncer -Condições clínicas que envolvem a geração de ROS/RNS DIOXINA: -Resíduos da queima de matéria orgânica na presença de produtos contendo cloro. -Grande parte da exposição humana é atribuída aos alimentos ingeridos (carne, peixe, laticíneos). -Hepatocarcinogênico em ratos -Possível mecanismo para carcinogênese: ● indução de estresse oxidativo, tendo sido verificado, aumento da produção de O2, peroxidação lipídica, fragmentação de DNA e 8-oxodGuo em fígado de camundongos e ratos. vias de reparo de DNA: -Agentes NÃO genotóxicos podem levar a alteração da expressão de genes que participam da regulação do ciclo celular. ● Reversão da lesão (fotorreativação, alquil transferência, reparo direto oxidativo) ● Reparo de bases mal emparelhadas (mismatch repair) ● Reparo recombinacional (reparo de quebras de dupla fita) – deficiência na proteínacBRCA2 está associada à predisposição a câncer de mama ● Reparo SOS e síntese translesão (processo sujeito a erro) TOXICOLOGIA AMBIENTAL II: -Limite biológico → BEI (Índice Biológico de Exposição - ACGIH): ● representa o valor do biomarcador que é possível encontrar em amostras colhidas de indivíduos saudáveis, expostos aos níveis de concentração do ar da ordem de grandeza do TLV-TWA ○ TLV-TWA (Valor limite “limiar” - média ponderada no tempo) → parâmetro dos estados unidos; ■ Quantificação periódica; ■ O quanto o indivíduo pode ficar exposto sem apresentar sintomas (mesmo utilizando os mecanismo de proteção, como a parede no raio-x) → BAT (Nível Biológico Tolerado): ● representa a quantidade máxima da substância química ou de seu metabólito presente nas amostras colhidas dos trabalhadores expostos num período de 8 horas diárias ou 40 horas semanais. ○ Antes do indivíduo trabalhar, ele já faz um exame/avaliação do estado geral (analisar se já outro processo acontecendo desde o trabalho anterior) *Servem para investigar a relação entre a concentração da substância carcinogênica na atmosfera do ambiente de trabalho e a dos metabólitos presentes no material biológico. *Quem regula em São Paulo é a CETESB (codificando legislação)→ pesquisas científicas; *Seguimos parâmetros levantados pelo Brasil → SINITOX (Bahia) *Resoluções que regulam a medicina ocupacional → NR-2 à NR-12 Toxicologia Ambiental II DOENÇA DÉRMICA POR POLUENTE EXTERNO E INTERNO: -lesões comuns em atividades ocupacionais →contato direto ou ambiente extremamente contaminado (domicílio); ● Queratoses (Arsênio) → fator adentra a epiderme, acontece reação inflamatória (macrófagos tentam fagocitar, formação de tec. fibroso - tec.enrigecido); ● Dermatite do pedreiro (depósito de compostos na mão, por ex., por via da penetração do material, há deposição no subcutânea; Dermatite do padeiro, sapateiro, cabelereiro; ● Dermatites provocadas por alcatrão de hulha, cromatos, mercúrio; ● Fendas (cromo), urticária (níquel, fibra de vidro - desenvolve reação imune), inchaço, rachaduras, verrugas; ● Câncer→ hidrocarbonetos poliaromáticos; Fatores que afetam a absorção de substâncias através da pele -Acontece por contato direto com o componente; -Material particulado (devido a tentativa de destruição pela reação imune-inflamação) depositado na pele; -Perfil de lesão depende: ● Propriedades físicas/físico-química (quanto menor, maior penetração) da substância (peso molecular, solubilidade no estrato córneo, solubilidade em água); ● concentração → quando É substância pura (sabemos a massa molecular); ● dose (compostos→ mistura de substância); ○ DOSE AMBIENTE (no sistema) e BIOLOGICAMENTE EFETIVA (a que realmente chega na situação sistêmica); ● Área exposta → manuseio somente com a mão (tec atingido da respectiva região); ● Duração de Exposição → pequenas doses/ lesões, mas com longa duração gera acúmulo de lesão;; ● Presença de barreiras e oclusões→ utilização de ferramentas podem romper essas barreiras pelo atrito, facilitando a penetração do material; ● Velocidade de difusão através da epiderme e derme → HPAs gostam de lugares úmidos, pois penetram mais facilmente; ● Existência de danos na pele; ● FLuxo sanguíneo→ maior disseminação; PRINCIPAIS DERMATITES TÓXICOS - DERMATITES OCUPACIONAIS E NÃO-OCUPACIONAIS: -Dermatite de contato: ● irritante → interação do xenobiótico com fatores da pele que geram reação química; ● alérgica → neuromediada (anticorpo mediada- reação do organismo aos fatores exógenos); -Queimaduras; ● existem compostos que causam desnaturação proteica - desestabilização das proteínas da derme (existe a química e mecânica-fogo); ● xenobióticos químicos →queimadura por interação química (perda de estrutura quaternária e terciária); ● Reação térmica→ ação mecânica (fogo) -Desordens pigmentares (hiperpigmentação- estímulo da atv. dos melanócitos, não porque foi depositada; vitiligo; alteração da cor - por meio da deposição, o que gera alteração de cor); -Desordens acneiformes (acne, cloracne-não possui material biológico em seu interior) → produz pequenas erupções -Câncer (UV, radiação ionizante, HPAs, Arsênio); RESÍDUOS DE MEDICAMENTO VETERINÁRIO EM ALIMENTOS: -RESISTÊNCIA AOS ANTIMICROBIANOS; -Leite e carne → ração contém fatores de crescimento que produzem alterações orgânicas no ser humano; ● utilização de hormônios (como ocitocina) utilizados para aumentar a produção de leite pela vaca; -Adsorção de componentes que são passados da embalagem; CONTAMINANTES DE ALIMENTOS: -Metais (dependem da ração e do ambiente de criação-regiões que têm maiores concentrações de metais no solo); -Praguicidas (animais e agriculturas); -micotoxinas (substâncias oriundas de fungos) → muito presentes no amendoim; -migrantes de embalagens; -nitrosaminas; -dioxinas, benzofuranos; -resíduos de medicamentos veterinários ASPECTOS TOXICOLÓGICOS DO CHUMBO (Pb): -Exposição ambiental, ocupacional, alimentos; ● fábricas de baterias, mineradoras;; ● contaminação de água, solo e alimentos; -Ingestão de alimentos contaminados: -Fatores de risco: ● Condições ambientais (presença de outras substâncias que poderiam competir, apresentar sinergismo); ● Dieta (baixa ingestão de elementos essenciais; composto orgânicos com capacidade quelante); -Ocupacional: ● baterias; ● Corantes; ● Ligas metálicas; -Extra-ocupacional: ● Presença em tintas a base de chumbo; ● Descargas industriais; ● Alimentos contaminados; -Dimensões das partículas desempenham um papel muito importante na absorção (1μm) através do trato respiratório (micrômetro); -CHUMBO: ● Meia-vida no sangue→ 26 dias (se liga a 95% dos eritrócitos); ○ controle biológico com matriz líquida (sangue); ● // nos tec. moles→ 40 dias; ● // nos ossos → 27 anos (94% da carga corpórea nos ossos); ○ Grandes problemas crônicos → relacionados ao saturnismo (interferem na matriz óssea e alterações nas síntese de neurotransmissores-efeito semelhante ao parkinsonismo); ● Toxicidade: ○ Pb2+ → forma produtos estáveis com biomoléculastiólicas + substitui o Ca e Zn em várias ptns e enzimas (perda da atividade biológica); ● Na exposição→ 40% é excretado; ○ São disparados eventos bioquímicos importantes que comprometem a vida celular; ○ Exposição crônica → disfunções acontecem a medida que o organismo vai tenatndo se ajustar; ○ exposição aguda → desajuste orgânico muito grande → sintomas fortes e abruptos; -Síntese de HEME: ● Pb liga-se ao grupo prostético (HEME); ● ALA → primeiro precursor da biossíntese do grupo HEME acumulado e excretado na urina de indivíduos expostos ○ Ácido 5–aminolevulínico (ALA), Protoporfirina IX E Coproporfirinogênio III → MOLÉCULAS AUMENTADAS (biomarcadores de danos); ○ Monitorização sérica do Pb, quantificação urinária (40% excretado na urina) e se causou dano ao grupo HEME; ● MAnifestações neuropsiquiátricas do saturnismo→ atribuídos à competição reversível entre ALA e GABA por sítios de ligação do GABA na membrana dos tecidos nervosos → compromete função inibitória (função excitatória predomina) -Autoxidação do ALA: ● Espécies reativas de oxigênio ● àcido 4,5-dioxovalérico → genotoxicidade e citotóxico → Danos à proteínas, membranas, mitocondrias, DNA, receptores proteícos de GABA; ○ Existe associação da exposição ao metal e distúrbios no metabolismo de carboidratos e neurotransmissores ○ Há desmielinização e degeneração axonal no sistema nervoso periférico, prejudicando as funções psicomotoras e neuromusculares. ■ vai oscilar entre hipoatividade e hiperatividade → por fim , fica apático; ● Efeitos bioquímicos e clínicos da exposição ao chumbo ○ Mais importantes → ACIDO a-Aminolevulínico desidratase (ALA-D) + ferro quelatase; -Toxicidade do Pb: ● Intoxicação aguda: ○ via oral → desconforto abdominal (náuseas, vômitos e colicas intestinais); ○ não é observada na indústria; ○ Ingestão acidental; ● Intoxicação crônica (Saturnismo) ○ GAstrointestinais; ○ SNC; ○ Rins → alteração de fenestras (porção férrica e iônica do chumbo → destebalizando fenestras → disfunção renal; ○ tec. muscular; ○ Anemia normocítica → alteração no número de hemácias (retirada precoce de hemácias circulantes, medula-sistema hematopoiético libera células imaturas para compensar); ○ Encefalopatia ○ Aminoacidúria ○ Coproporfirinúria; -Saturnismo marcante: ● clínica polimorfia; ○ Comprometimento neurológico; ○ Discretas alterações gástricas e intestinais → constipação, cólica intestinal; ○ Sintomas renais → nefroesclerose com IR de grau variável; ○ Anemia normocrômica; ● Efeitos sistêmicos: ○ Disfunções do sistema nervoso central e periférico; ○ Elevação da PA; ○ Cólica (dor abdominal, constipação, câimbras, náusea, vômito, anorexia, perda de peso)→ principalmente grande doses;; ○ Anemia ○ Insuficiência renal, gota; ○ infertilidade masculina, aumento de abortos e natimortos; ○ distúrbios neurológicos na progênie; ● Controle biológico: BRASIL ○ Chumbo em sangue : 60 g/dL ○ Ácido a-aminolevulínico na urina (ALA U): 10 mg/g creatinina ■ normatização pela creatinina → comprometimento de função, aumento de creatinina pode estar relacionada à função renal ○ Zincoprotoporfirina no sangue (ZPP): 100 g/dL ○ Chumbo na urina no caso de chumbo tetraetila: 100 g/g creatinina MERCÚRIO: Aspectos toxicológicos Mercúrio metálico e seus sais inorgânicos: -Ocupacional: ● Preparações de amalgamas dentários; ● lâmpadas; ● produção de aparelhos científicos de precisão (termômetros, barômetros, manômetros); ● Plantas de produção de cloro-soda. ● Na natureza: mercúrio elementar (Hg0), mercúrio inorgânico (Hg2+) e mercúrio orgânico. ● UTI → cachimbinho (dispositivo de vidraria colocavam mercúrio, em temperatura ambiente, e soro, conectando na artéria do paciente, para analisar PAN em tempo real); -Extra-ocupacional: ● água potável; ● peixe; ○ Metilmercúrio pela flora bacteriana e sucessivamente concentrado em peixes, que representam a principal fonte de exposição para os indivíduos não expostos ocupacionalmente. -Esquema de intoxicação: ● Absorvido principalmente por inalação ou através da pele; ○ Tensão de vapor que aumenta significativamente com pequenas elevações de temperatura ● Via oral → alimentos contaminados (principalmente); ● ar→ sangue ○ Pressão de vapor de Hg no sangue é menor do que no ar; -Entra facilmente no sangue → diferença de pressão de vapor entre o sangue e o alvéolo (pressão no sangue é menor, sendo difundido para este local); ● em ambientes que não tem exposição → ele vai expelir; TOXICIDADE DO MERCÚRIO: -Desnatura proteínas do trato gastrointestinal com efeitos corrosivos; -Mercúrio orgânico, em particular do metilmercúrio, é distribuído ao SNC, fígado, e ao rim→ pode causar necrose do túbulo renal; -Nas mulheres grávidas atravessa a placenta produzindo um efeito teratogênico. Limites de exposição: BIOMARCADORES: ● Exposição ao Hg elementar e inorgânico; ● Mercúrio total inorgânico urinário; ● Mercúrio total inorgânico ao sangue; ● ACGIH - TLV ○ Formas inorgânicas ○ incluindo o Hg0 ○ TWA = 0,025mg/m3 ● Efeitos críticos (base para o TLV): SNC; rins; sistema reprodutivo Valores de referência; ● Mercúrio urinário:sistema nervoso: -Antídoto→ pralidoxima (Contrathion); ● Doses variam de acordo com o grau de intoxicação; ● Reativa colinesterase (indicado SOMENTE para organofosforados); ○ ligação covalente precisa de mais energia para romper a ligação → mais econômico para o organismo depletar a enzima (jogada fora por envelhecimento); ○ ocorre o contrário na ligação simples; -Tratamento complementar: ● Atropina (anticolinérgico); ● Diazepam → redução da hiperexcitabilidade neuronal;; ● Intubação traqueal→ devido a hipersecretividade; ○ normalmente no crônico, as manifestações de hipersecretividade são menos comuns, mas sim neurológicos; ● Ventilação artificial -Índice Biológico Máximo Permitido (IBMP) ➢ Diminuição da atividade da acetilcolinesterase em 30% ➢ Diminuição da atividade da pseudocolinesterase em 50% ➢ Diminuição das colinesterases totais em 25% ➢ Comparadas com as atividades INICIAIS da enzima PIRETRÓIDES E PIRETRINAS: -Tipo 1 → I (estrutura de ciclopropano, como é caso da aletrina, da resmetrina, da D-fenotrina e da permetrina); -Tipo 2→ (com um grupo ciano); -preocupantes devido ao uso doméstico; -Antes vinham acompanhadas de solventes orgânicos (odor forte) → atualmente, não se sente o cheiro (reduz o alerta em caso de contato); -extraídos de flores de crisântemo (Chrysanthemum cinerariaefolium, Chrysanthemum coccineum) -Sintéticos: maior estabilidade à luz e ar, maior persistência, maior seletividade pelas espécies alvos; -Usos: agricultura, sprays utilizados em casa, sprays para plantas utilizados em casa e jardins, pulgicidas -análogos de uma classe de inseticidas naturais (piretrinas); -Extraídos de flores de crisântemo; -Sintéticos→ maior estabilidade na luz -MEcanismo de toxicidade; ● Alteram canais de sódio voltagem dependente (retardam ativação e inativação); ○ Alteram sua permeabilidade → aumentando o tempo da fase excitatória do potencial de ação. ○ Canais de sódio abrem após menores alterações despolarizantes do potencial de membrana e são mantidos abertos por mais tempo, favorecendo maior despolarização da membrana; ○ HIPEREXCITABILIDADE NEURONAL E MIOCARDICA; ● Compostos tipo I → canais são mantidos abertos tempo suficiente para provocar potenciais de ação repetidos→ TREMORES; ● Compostos tipo II → canais são mantidos abertos por tempo tão longo que novos potenciais de ação não são gerados → COREOTETOSE E SALIVAÇÃO (“SINDROME CS”) -Intoxicação aguda: ● Exposição oral (dissemina mais rápida) ○ Sialorreia ○ Dor de garganta, ○ Desconforto e dor epigástrica, náuseas, vômito, dor ○ abdominal ○ Bradicardia ou taquicardia, ○ Hipotensão arterial, turgência jugular, ○ parada sinusal; ○ Extra-sístole ventricular ○ Cefaleia, midríase ○ Bradipneia, dispneia, broncorreia, crepitações ○ Cianose ○ Cãibras musculares, fasciculação, astenia,adinamia ● exposição dérmica (ação mais local, porém característica); ○ Parestesia das áreas de contato ○ Eritema multiforme ○ Dermatite de contato ○ Prurido, ○ Sensação de picada, ○ Dormência, ○ Ardor na pele ● Exposição respiratório (dissemina mais rápido → compartimentalização em órgãos vitais) ○ Anosmia ○ Irritação de vias aéreas superiores, tosse, dispneia ○ Zumbido ○ Cefaleia, tontura ○ Naúseas ○ Dormência de membros superiores e inferiores ○ Pneumonia eosinofílica aguda ○ Convulsões tônico-clônicas ○ Anafilaxia ● exposição ocular; ○ Ardor e irritação local ○ Edema periorbital ● Tratamento→ inespecífico (sintomático); ○ Reações de hipersensibilidade (rinite asma) → adrenalina, inibidores de H! e H2, corticoides; ○ Caso paradas cardiorrespiratórias e arritmias (principalmente no tipo II) → preciso fazer atropina ○ Casos de inflamação→corticóide ○ Agonistas de canais de cloreto (ivermectina, pentobarbitona) em caso de intoxicações agudas mais graves; ■ Para o tipo II; ○ Cremes com vitamina E (antioxidante) para dermatite de contato. HERBICIDAS: -Toxicidade do Paraquat: ● capazes de matar ou danificar serveramenre as plantas → produz grande quantidade de espécies reativas; ● Mecanismo: ○ Degeneração e vacuolização de pneumócitos→ pneumonia química;; ■ acometimento pulmonar severo (exposição inalatória é grave); ■ crônica → perda da expansibilidade; ○ Danos a células epiteliais alveolares; ○ Destruição de membranas epiteliais → esfoliação;; ○ proliferação de células fibrocísticas ○ Inibe a redução de NADP a NADPH → superprodução de EROS (produz rachaduras e dermatites) que destroem lipídeos das membranas; ■ Muito O2 aumenta estresse oxidativo; ● consequências → alveolite + perda de elasticidade pulmonar + deficiência respiratória; ● Exposição crônica→ efeito na respiração; ○ Além da toxicidade pulmonar, se ingerido leva à irritação de mucosas, necrose de fígado, rins, miocárdio e hemorragias -Tratamento: deve ser iniciado rapidamente ● lavagem gástrica, seguida por administração de adsorventes minerais (ex.carvão ativado) ● hemodiálise ● diminuição da concentração de oxigênio no ar respirado para um nível suficiente para manter uma tensão arterial aceitável (40 a 50 mmHg); RAPHAEL - Antiparasitários: -Fármacos abordados ● Benzoimidazólicos (Albendazol; Mebendazol; Tiabendazol; Cambendazol). ● Ivermectina. ● Benzamidas (Nitazoxanida) BENZOIMIDAZÓLICOS: INTRODUÇÃO: -As parasitoses estão relacionadas com países emergentes→ doenças negligenciadas. -As drogas Benzoimidazólicas disponíveis para o tratamento de doenças parasitárias são: ● 1. Albendazol (+comum)*; ● 2. Mebendazol (+comum)*; ● 3. Tiabendazol; ● 4. Cambendazol; ● 5. Triclabendazol. ● *Os 2 primeiros são os nomes mais comuns → possuem uso profilático anualmente e para o próprio tratamento de parasitose. ○ distribuídos no SUS e possuem um espectro de ação muito amplo. ● As 4 primeiras drogas estão disponíveis no Brasil. MECANISMO DE AÇÃO: -Ação primária → inibição da polimerização tubular → liga-se à beta tubulina. ● Se não tem polimerização da célula, especialmente do citoesqueleto, existem várias implicações para o movimento e a divisão. ● A célula não consegue formar microtúbulo. -Outros mecanismos (em decorrência dessa inibição da polimerização): ● transportadores de glicose que estão presentes no citoplasma para serem transportados para membrana precisam que haja essa polimerização do citoesqueleto. ○ 1. Inibição da captação de glicose pelo parasito. ○ 2. Depleção dos estoques de ATP e glicogênio. ○ 3. Comprometimento reprodutivo e morte do parasito. -Ação secundária → inibição da enzima mitocondrial fumarato-redutase. ● A fumarato-redutase faz parte do Ciclo de Krebs, → inibem o Ciclo de Krebs. ● Comprometimento do metabolismo da glicose. ● Depleção energética→ redução de NADH ALBENDAZOL: -Comprimidos 200 e 400 mg. -Suspensão oral 40 mg/mL → principalmente para crianças. -Espectro de ação e usos clínicos: ● Ação Ovicida, Larvicida e Helminticida. ● Ação sobre helmintos: Platelmintos e Nematelmintos. -Eficaz no tratamento para Giardia duodenale.; -Dose Usual (Adultos e Crianças > 2 anos): ● *400mg DOSE ÚNICA; ● *Suspeita ou confirmação de estrongiloidíase e/ou teníase: 400 mg por 3 dias consecutivos; ● *Giardíase: 400 mg por 5 dias consecutivos. ● Assim impede tanto os parasitas na forma cística e forma de vida livre. -Alguns inibidores não apresentam cura logo no 1° tratamento→ depois de 3 semanas é preciso testar. ● Confirmação de processo de cura → exame parasitológico de fezes (confirmar a presença do parasita) → Caso o parasita ainda esteja presente deve-se repetir o tratamento. ● diagnóstico clínico e laboratorial → identificação do parasita. ● manifestações clínicas das parasitoses são similares. ● A identificação do parasita pelo parasitológico é de extrema importância → método de sedimentação espontânea, Hoffman. DESTAQUES: (1)Hidatidose: Echinococcus granulosus: -Importante na região sul do Brasil → hospedeiro intermediário é a ovelha. -cistos hidáticos principalmente no fígado, cérebro, coração, nos tecidos moles; -400 mg 2x/dia por 1 mês ou mais + cirurgia. ● cirurgia deve ser realizada com cautela, poisdentro do cisto há várias larvas→ retirado intacto (Caso contrário haverá infestação); -Cistos do tamanho de uma bola de golfe dentro do órgão, logo traz comprometimento importante. (2)Cisticercose e Neurocisticercose: -Albendazol 15 mg/kg/dia por 21 dias + corticoides + anticonvulsivantes. -Associado com o indivíduo que consome carne de porco mal cozida contaminada com tênia. -Então, já existe um histórico prévio em relação a alimentação e onde mora esse indivíduo. (3) Larva Migrans cutânea → A. braziliensis ou A.canium → bicho geográfico -Albendazol 400 mg por 3 dias. ● Albendazol → infecções de tecidos moles, pele, devido a boa penetração; ● escolhido em relação ao mebendazol por causa da sua posologia. ○ Já que é utilizado em dose única, ou em menos vezes ao dia do que o mebendazol; (4)Larva Migrans Visceral: -Albendazol 400 mg por 5 dias; FARMACOCINÉTICA: -Absorção intestinal de forma irregular. ● A maior parte da sua ação anti-helmíntica é na luz intestinal. -Absorção aumentada com alimentos gordurosos → administrados com o almoço;. -Dexametasona aumenta os níveis plasmáticos de albendazol em torno de 50%; ● Interessante para tratamento de Parasitoses teciduais… ● A dexametasona é um corticoide lipofílico e, assim, aumenta a liberação de lipases, ácidos biliares e outros → favorece a penetração do albendazol. ● Além disso, por ser um corticoide diminui o processo inflamatório. FARMACOCINÉTICA: -Sofre metabolismo de primeira passagem hepático → forma ativa: Sulfóxido de Albendazol -Se distribuem bem pelos tecidos. -Penetra bile, LCR, cistos hidáticos e pulmões. -½ vida→ 8-12 h e excreção urinária. SEGURANÇA: -Segurança não estabelecida para gestantes, lactantes e crianças com 1 ano (risco de convulsões). -Maior segurança: > 2 anos. TIABENDAZOL: APRESENTAÇÃO: -MAIS NOVO -Comprimidos 500 mg. -Suspensão oral 250 mg/mL -Possui formulações tópicas, como pomada, loção e sabonete ● particularmente importantes para infecções dermatológicas causadas por parasitas.; ESPECTRO DE AÇÃO E USOS CLÍNICOS: -Destaca-se seu uso como alternativa a Ivermectina e Albendazil para tratamento de Estrongiloidíase. -Alternativa aos demais benzimidazólicos no tratamento de larvas migrans cutânea e visceral (Toxocara canis; T. catis. Ancylostoma braziliensis; A. caninum) -Enterobíase; -Menor eficácia contra outros helmintos, como ascaris lumbricoides, tetanias e trichiura trichuris.; -Maior toxicidade em comparação a outros benzimidazólicos e à ivermectina. -Então, é um medicamento que vai depender do parasita, (varia de 2 a 7 dias) em especial do diagnóstico clínico e laboratorial; -DOSE PADRÃO: 50mg/kg/dia para adultos e crianças 12/12h, estando a duração do tratamento dependente da parasitose. ● Estrongiloidíase não disseminada = 2 dias (cura = 93%). ● Estrongiloidíase disseminada = 5-7 dias. ● Larva Migrans cutânea = 2 dias. EFEITO DE AÇÃO E USO CLÍNICO - USO TÓPICO -Larva Migrans Cutânea (por 5 dias). -Escabiose (por 5 dias). ● Importante para o tratamento de piolho ou escabiose. ● Ao utilizar em torno de 5 dias o indivíduo normalmente cursa com a cura. -Dermatofitoses: Microsporum, Trichophyton e Epidermophyton. -Tiabendazol também tem ação antifúngica, sendo usado para dermatose. - fármaco ganho em relação aos outros em relação ao espectro de ação FARMACOCINÉTICA: -Rapidamente absorvido pelo TGI; -½ vida: 70 minutos, que é curta, embora se transforme em fármaco em um metabolismo com metabólito ativo. ● Ampla biotransformação hepática -Excreção urinária; -Boa absorção pela pele. SEGURANÇA:: -Toxicidade mais significativa em comparação a outros antiparasitários.; ● Efeitos adversos mais frequentes → náuseas, anorexia, vertigem e vômitos; -Com amorte do parasita tem se a liberação do conteúdo do parasita para o lúmen intestinal, o que pode causar manifestações; -Outros efeitos adversos: Sonolência, cefaleia, prurido, dor abdominal; -Atenção aos hepatopatas e DRC por causa do metabolismo desse fármaco pelo fígado, e devido a sua excreção renal; -Segurança não estabelecida para gestantes e lactantes / usar em crianças > 15kg. CAMBENDAZOL: APRESENTAÇÃO: -Fármaco bem menos comum em meio brasileiro. Também é um dos mais novos dos Benzoimindazólicos. -Comprimidos - 180mg. -Suspensão oral - 6 mg/mL. ESPECTRO E USOS CLÍNICOS: -Grande atividade contra o verme adulto e as formas larvares de Strongyloides stercoralis. -Ação na larva migrans cutânea e larva migrans visceral. -Maior atividade anti-helmíntica do que o tiabendazol; ● resgata ação anti-helmíntica; -Menos efeitos colaterais do que o tiabendazol. -Efeitos adversos mais frequentes: náuseas, vômitos, dor abdominal, diarreia, sonolência, cefaléia e astenia (leves e transitórios). ASPECTOS GERAIS: -Pouco citado na literatura médica. -Segurança não estabelecida na gestação e em lactantes. -Uso em crianças > 2 anos -Rápida absorção pelo TGI /½ vida = 8h. -Biotransformação hepática. -Excreção urinária: 95% / Fezes: 5%. -sofre metabolismo hepático; ● Devido ao metabolismo hepático e a excreção renal, deve-se ter preocupação com pacientes hepatopatas e nefropatas. BENZAMIDAS; -Classe: Benzamidas – Representante: Nitazoxanida (Annita®). ; -Identificação em 1984 de sua atividade antiparasitária → Uso mais intenso a partir da década de 90. -Tornou-se popular o uso pelo seu espectro de ação amplo no tratamento de parasitoses intestinais. ● Uso é bem facilitado desse medicamento (posologia),normalmente o indivíduo toma de 3 a 5 dias, sendo 1 vez ao ano. MECANISMO DE AÇÃO: ANTI-PROTOZOÁRIOS:: -Nitazoxanida (hidrólise) → metabolito ativo (tizoxanida) → inibe a enzima redutase (diminui o transporte de elétrons) → impede a geração de energia dentro do parasita, o que levará a morte; -Anti-helmínticos→ inibe polimerização da tubulina; -Anti-vírus → inibição da síntese da estrutura viral, bloqueio de replicação viral, age inibindo a proteína sete viral. ; ● Usado durante a COVID-19 → De fato, o fármaco possui efeitos in vitro, porém em doses altíssimas. ○ Prospecção para dose que deveria ser usada em humanos, assim como para a ivermectina, a dose seria em quilos. -usados para nematelmintos, platelmintos, protozoários e vírus (rotavírus e Norovírus); ESPECTRO DE AÇÃO E USO CLÍNICO: -Espectro de ação bastante amplo. -O que se sabe sobre o uso de Nitazoxanida em gastroenterites virais? ● De acordo com a ANVISA está confirmado o uso desse fármaco desde de 2015 para o tratamento de gastroenterites virais tanto por rotavírus quanto norovírus. ● Rossignol et al avaliaram que o uso de 7,5 mg/kg de nitazoxanida 2x/dia por 3 dias promoveu REDUÇÃO DA DURAÇÃO DA DIARREIA (31h vs 75h com o placebo). -Uso indiscriminado → Há relatos de desenvolvimento de resistência dos parasitas em relação aos anteriores. ● mecanismo de ação peculiares dificultam desenvolvimento de resistência; APRESENTAÇÃO: -Comprimidos 500mg. -Suspensão oral 20mg/mL. ESPECTRO DE AÇÃO E USO CLÍNICO: -DOSES HABITUAIS – Helmintíases, giardíase, amebíase, isosporíase, balantidíase, blastocistose e criptosporidíase sem imunossupressão. 1. Crianças 1-3 anos: 100mg 12/12h por 3 dias. 2. Crianças 4-11 anos: 200mg 12/12h por 3 dias. 3. > 12 anos e adultos: 500mg 12/12h por 3 dias. -Gastroenterites virais: 1. > 12 anos: 500mg 12/12h por 3 dias 2. > 1 ano e 50: 500- 1000mg 12/12 por 14 dias. ● Sem CD4associar com albendazol ● Tratamento antiparasitário indicado apenas na presença de parasitemia. -Escabiose (sarna-acaros) ● 200mcg/kg/dia - Dose única; ● Repetir a dose 7 dias depois ● Alternativa ou em associação à Permetrina 5% creme por 6 noites. -Pediculose ● mesmo esquema da escabiose; APRESENTAÇÃO: -Comprimidos de 6mg – Embalagens contendo 2 e 4 comprimidos. POSOLOGIA: -Para Estrongiloidíase, Ascaridíase, Escabiose e Pediculose: 200mcg/kg/dia. -Para Oncocercose: 150 mcg/kg/dia. -Sendo que deve-se tomar uma dose única a cada 6 meses, sendo até 2 doses no ano durante os 10 anos. FARMACOCINÉTICA: -Boa absorção pelo TGI e boa distribuição tecidual; -½ vida: 16h. -Não penetra no SNC; ● Embora tenha se canais de cloreto controlados por GABA e, teoricamente, esse fármaco teria uma afinidade com esses receptores localizados no SNC. -Excreção, quase que exclusivamente, pelas fezes. Não sofre metabolismo. SEGURANÇA: -Segurança não estabelecida em gestantes, lactantes e criançasanimais domésticos. -Período de incubação - Entre 1 a 4 semanas, média de 7-10 dias. ● Sintomas e sinais clínicos são muito semelhantes ao paciente com amebíase. ● A diferenciação se dá com o exame coproparasitológico. -Período de transmissibilidade – Enquanto persistir a infecção; CICLO DE VIDA: 1. Cistos presentes no alimento ou água contaminada. O indivíduo ingere esses cistos. 2. Na região intestinal os cistos vão eclodir liberando trofozoítos. 3. Os trofozoítos começam a se replicar, inicialmente, de forma assexuada sofrendo fissão binária. 4. Em seguida, os trofozoítos vão se transformar na forma cística quiescente, sobrevivente, da giárdia para que possa sofrer um novo ciclo de vida quando ingerido por um 2° indivíduo. -Nem todos os indivíduos portadores da giardíase vão desenvolver os sintomas. ● Apenas 30% das pessoas apresentam os sintomas. -Pode encontrar nas fezes dos pacientes tanto os trofozoítos quanto os cistos. ● Ao realizar a análise coparasitológica encontra-se esse organismo na forma de pêra com esses flagelos, e os núcleos localizados pericelularmente. -Esse organismo é de fácil detecção, além disso, possui capacidade de movimentação. -Apenas os cistos que quando eliminados são capazes de sobreviver fora do organismo, uma vez que é a forma de resistência para infecções. TRATAMENTO: -Esses fármacos não podem ser usados com álcool, pois todos podem inibir a enzima aldeído-desidrogenase que é responsável pela degradação do aldeído. ● O aldeído é a molécula que causa os efeitos tóxicos do álcool, como cefaleia, rubor, taquicardia e euforia. ● Dessa forma, os fármacos ao inibir essa enzima desencadeiam ao efeito antabuse que leva ao acúmulo de aldeído. Tricomoníase: -Agente etiológico – Trichomonas vaginalis. ● Formato piriforme e o seu flagelo está em uma região mais final da estrutura. ● possível observar o parasito presente no raspado citológico de Papanicolau; -Reservatório - O homem. -Período de incubação - Entre 5 a 28 dias. -Período de transmissibilidade – Enquanto persistir a infecção. -Clínica: cérvice com aspecto de morango é observado somente em 2% das pacientes; ● O corrimento espumoso, em somente 20% das mulheres infectadas. ● Exames são necessários. TRANSMISSÃO: -Exclusivamente transmitido por relação sexual, logo é uma IST. -Então, esses trofozoítos ficam instalados na mucosa da vagina e na uretra peniana. -Semultiplicam através de divisão binária, e colonizam as regiões da vaginal e uretra peniana. Dessa forma, estes podem contaminar o parceiro (a) durante o ato sexual. -Em caso de suspeita de infecção por Trichomonas vaginalis, ambos os parceiros precisam ser tratados por se referir de uma IST. -Trata-se não apenas o indivíduo sintomático, mas também o assintomático. ● Muita das vezes o homem cursa com a infecção de maneira assintomática, normalmente a mulher apresenta os sintomas da tricomoníase. TRATAMENTO: -Metronidazol. -Tinidazol. -Usar 2 g em dose única, tratar parceiros Nitroimidazóis: -Formas reduzidas nos grupos nitro. MECANISMO DE AÇÃO: -São metabolizados pelo microrganismo, e o grupamento nitro se transforma em um grupo reativo, ou seja, radical livre. -Lesa a estrutura helicoidal do DNA. -Ruptura e falha na síntese dos ácidos nucleicos. -Observações: ● Atravessam placenta. ● São secretados no leite → Devem ser evitados no 1° trimestre da gravidez e lactantes. -São fármacos que vão agir somente em situações anaeróbicas, pois o oxigênio impede o metabolismo dos nitromidazois para a formação dos radicais que são os intermediários reativos capazes de lesionar e interagir com DNA do microrganismo; METRONIDAZOL: MECANISMO DE AÇÃO: -Os microrganismos possuem esse sistema enzimático responsável pelo transporte de elétrons nesses organismos anaeróbicos. ● Essa enzima vai reduzir o grupamento nitro do metronidazol a uma molécula reativa. -Grupamento bastante reativo é capaz de interagir com DNA. Assim, levando dano ao DNA e RNA desses organismos anaeróbicos. -Na presença de oxigênio, o O2 vai reagir com esse intermediário reativo restaurando o anel nitroimidazólico. ● O oxigênio neutraliza o radical intermediário reativo que é formado durante o metabolismo do fármaco imidazólico pelas ferredoxinas. -Os organismos aeróbios não sofrem ação dos imidazólicos pois o oxigênio detoxifica esse intermediário radicalar. ● Oxigênio detoxifica esse fragmento radicalar; -Os T.vaginalis podem, em alguns casos de resistência ao tratamento farmacológico, acumular oxigênio impedindo a formação do intermediário reativo (formado apenas na ausência de O2), ou seja, a ação do metronidazol USOS TERAPÊUTICOS: - Agente de escolha para tratar amebíase. -Usado também para giardíase e tricomoníase. -Cocos gram negativos anaeróbios. -Bacilos gram positivos (também são anaeróbios) – colite pseudomembranosa por C. difficile. ● Esse agente patológico leva a lesão e formação de cistos da região do colo, e também diarreia. FARMACOCINÉTICA: -Por via oral: pico de plasmático 1-3 horas. -Meia vida de 8 horas. -Difunde-se rapidamente nos tecidos e líquidos corporais. -A maior parte é de excreção urinária. -Age sobre os trofozoítos e não tem atividade sobre os cistos. -É metabolizado por microrganismos anaeróbios do TGI formando o intermediário reativo que se ligará ao DNA e, assim, provoca apoptose do microrganismo. EFEITOS ADVERSOS: -A sensação do gosto metálico na boca se deve ao grupamento nitro. -Pode se ter o desenvolvimento da candidíase bucal pois esses fármacos vão matar as bactérias do gênero Streptococcus que estão presentes na cavidade oral. ● Essas bactérias também são anaeróbias, consequentemente, favorecem o crescimento de microrganismos oportunistas, como a cândida. NOMES COMERCIAIS: -Metronidazol – Flagyl, Flazol. -Existe um pró-fármaco comercial – Benzoilmetronidazol (Neometrodazol). -O pró-fármaco aumenta a meia-vida. -O próprio metronidazol é um pró-fármaco pois para possuir atividade precisa ser transformado pelas ferredoxinas em um intermediário reativo. -O benzoilmetronidazol aumenta o tempo de meia vida pois 1° o fígado precisa retirar o grupamento benzoil para em seguida o metronidazol ser metabolizado pelo protozoário. -Secnidazol –Unigyn, Secnix, Secni plus. -Tinidazol -Gynopac. -Além das formas orais, esses fármacos estão disponíveis na forma de cremes vaginais. Paromomicina: -Possui exclusivamente ação sobre as formas intestinais dos protozoários. -Aminoglicosídeo, opção para gestantes. -Por possuir uma estrutura grande não será absorvido pela luz intestinal através dos enterócitos, age apenas na luz intestinal → agindo sobre os cistos; -Ação: Inibição da síntese proteica das bactérias, por ligação ao fragmento 30S dos ribossomos. -Isolado de Streptomyces krez; MECANISMO DE AÇÃO: -A paromomicina vai se ligar a subunidade 30s do ribossomo impedindo o reconhecimento do códon pelo RNA transportador. ● Assim, pode se ter a inclusão de aminoácido errado. -O aminoglicosídeo faz com que haja um pareamento errado durante a síntese proteica, dessa maneira, pode se formar proteínas truncadas que são defeituosas e tóxicas para o protozoário. Furoato de diloxanida: -V.O. (não disponível no Brasil). -Metabolizado em furoato e diloxanida. -A porção não absorvida, que fica somente na luz intestinal, tem ação amebicida. -Dessa forma, são fármacos interessantes para tratar amebíases na forma assintomática. -Mecanismo: Semelhante ao cloranfenicol e inibe síntese proteica. USO: -Amebíase intestinal assintomática. -500 mg, 3x ao dia, 10 dias. EFEITOS ADVERSOS: -Flatulência. FURAZOLIDONA: -Inibe formação de acetil-CoA. ● Acetil-CoA é importante para o ciclo de Krebs e geração de energia. ● Dessa forma, sem esse intermediário não se forma NADH e nem FADH2, consequentemente, não tem a geração de energia pelo protozoário. -Usar 200 mg – 2 vezes ao dia por 7 dias. -Crianças podem 8 mg/ kg/dia por 7 dias. -GIARLAN;. FURAZOLIDONA. RENAME (disponível no SUS): → Comprimidos de 100 e 200 mg.→ Suspensão oral 50mg/5mL.