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GESTÃO PÚBLICA - PACOTE AGENTE ESTADUAL DE TRÂNSITO (DETRAN-SP) PROFESSOR: VINICIUS OLIVEIRA RIBEIRO Prof. Vinicius Ribeiro www.pontodosconcursos.com.br 1 Aula 5 – Controles internos e externos; Responsabilização e prestação de contas; Transparência; Ouvidoria nas organizações públicas. Orçamento (Complemento); Vale a Pena Estudar de Novo. Olá pessoal, vamos seguindo? Hoje vamos ver os temas acima listados. Os itens abaixo serão ministrados em aula extra, que será disponibilizada em 22/8. • “Lei de Responsabilidade Fiscal” • Questões Vunesp • Gerenciamento de programas e projetos Orçamento (Complemento) Quando falamos sobre orçamento, faltou falar sobre os seus tipos. Vejamos Orçamento Clássico ou Tradicional Pelas características acima, percebe-se o caráter tradicionalista desse tipo de Orçamento. Vejam que não há nenhuma ênfase em planejamento, nem sequer existe preocupação com a coletividade, ou seja, com o atendimento das necessidades dos cidadãos. Não são considerados os objetivos econômicos e sociais. O que eu quis dizer com a simples listagem de receitas e despesas? O orçamento clássico caracteriza-se por ser um simples documento de previsão de receitas e autorização de despesas. Nos anos seguintes, há uma simples correção daquilo que havia sido gasto no exercício anterior. Essa, inclusive, é a característica principal do orçamento incremental, que veremos logo mais. GESTÃO PÚBLICA - PACOTE AGENTE ESTADUAL DE TRÂNSITO (DETRAN-SP) PROFESSOR: VINICIUS OLIVEIRA RIBEIRO Prof. Vinicius Ribeiro www.pontodosconcursos.com.br 2 Nesse tipo de orçamento, são alocados recursos visando às aquisições para suprir as necessidades dos órgãos públicos. O que isso quer dizer? Imaginemos o ministério da saúde. Ao invés de o orçamento preocupar-se com a saúde dos cidadãos, o foco é, por exemplo, a compra de material de expediente para a repartição. Os problemas do orçamento tradicional confundem-se com uma importante disfunção da burocracia: a auto-referência. O foco, ao invés de ser na população, passa a ser na própria estrutura pública. Outro ponto importante quando falamos em orçamento diz respeito aos critérios de classificação. Não estou me referindo, aqui, das espécies de orçamento que estamos vendo, mas da maneira como podemos enxergá-lo. No caso do orçamento tradicional, os critérios são os seguintes: unidades administrativas e elementos. Veja que esses critérios mostram a auto- referência (unidades administrativas) e a preocupação exclusiva com gastos (elementos) – não existe acompanhamento da execução para avaliar os resultados gerados. A classificação do orçamento se dá por elementos e por instituição (institucional – quem é o responsável por fazer). Essa classificação se importa com o órgão e a unidade orçamentária. O controle restringe-se a verificar a honestidade dos agentes e a legalidade no cumprimento do orçamento. Trata-se de um controle político, pois possibilita um controle sobre o Poder Executivo (responsável pelo orçamento) por parte dos órgãos de representação. Orçamento de Desempenho ou de Realizações Esse orçamento é uma evolução do orçamento tradicional. Mas ainda não é orçamento mais evoluído, é um intermediário. Vejamos as principais características. GESTÃO PÚBLICA - PACOTE AGENTE ESTADUAL DE TRÂNSITO (DETRAN-SP) PROFESSOR: VINICIUS OLIVEIRA RIBEIRO Prof. Vinicius Ribeiro www.pontodosconcursos.com.br 3 Agora sim, o foco não é o que o governo adquire, e sim o que o governo realiza. Os créditos liberados são relacionados às realizações governamentais nos diferentes programas. Veremos, no Orçamento-Programa, que a palavra programa não é o que o torna diferente dos demais, e sim o link com o planejamento. Orçamento-Programa O grande diferencial do orçamento-programa, em contraposição aos demais já vistos, é a vinculação ao planejamento. O documento é expresso por um conjunto de ações que serão realizadas e, logicamente, pela identificação dos recursos necessários à execução. O orçamento-programa aproveita a ideia do orçamento vinculado com objetivos, trazida pelo Orçamento de Desempenho. Assim, o Governo deve mostrar o que pretende alcançar num determinado período, deixando de ser o orçamento um simples documento financeiro. O orçamento-programa separa seus objetivos em dois: • Derivados: “apenas” contribuem para o alcance dos objetivos finais. Esses objetivos demonstram quantitativamente os propósitos específicos (mecanismos) de governo. • Finais ou básicos: representam as finalidades da ação governamental. Esses objetivos demonstram uma avaliação qualitativa dos propósitos de governo. A classificação que vigora é a funcional (em que áreas da despesa a ação do governo é realizada) e a estrutura programática (qual é o tema da política pública). Na classificação funcional, temos: • Função: maior nível de agregação das diversas áreas de atuação do setor público. Exemplos: cultura, educação, saúde. • Subfunção: deve evidenciar a natureza da atuação governamental. Exemplos: educação infantil, comunicação social. Na estrutura programática, temos: • Programa: estruturação da ação governamental. Essas ações podem ser de três tipos: • Projeto: envolve um conjunto de operações, limitadas no tempo, das quais resulta um produto que concorre para a expansão ou o aperfeiçoamento da ação de Governo. GESTÃO PÚBLICA - PACOTE AGENTE ESTADUAL DE TRÂNSITO (DETRAN-SP) PROFESSOR: VINICIUS OLIVEIRA RIBEIRO Prof. Vinicius Ribeiro www.pontodosconcursos.com.br 4 • Atividade: envolve um conjunto de operações que se realizam de modo contínuo e permanente, das quais resulta um produto ou serviço necessário à manutenção da ação de Governo. • Operações Especiais: não contribuem para a manutenção, expansão ou aperfeiçoamento das ações de governo, das quais não resulta um produto e não geram contraprestação direta sob a forma de bens ou serviços. Os marcos legais do Orçamento-Programa foram a Lei nº 4.320/64 e o Decreto-Lei nº 200/67. Vejamos o que esses normativos enunciam. Lei nº 4.320/67 Nessa Lei, a expressão orçamento-programa não foi utilizada. Entretanto, o normativo, que dispõe sobre a elaboração dos orçamentos públicos, preconiza que a lei do orçamento deverá, ao arrolar as despesas e receitas, evidenciar a política econômica financeira e o programa de trabalho do Governo. Ainda, consta na Lei a necessidade de correlacionar, sempre que possível, os programas com as metas objetivas em termos de realização de obras e de prestação de serviços. Decreto-Lei nº 200/67 Em seu capítulo I – Do Planejamento, preconiza o orçamento-programa anual como um dos instrumentos básicos que deverão ser elaborados e atualizados pela ação governamental. Essa ação será baseada num planejamento que objetive o desenvolvimento econômico-social do País, além da segurança nacional, sendo norteada segundo planos e programas. Mais à frente, o assunto novamente é abordado, no Título III, Do Planejamento, Do Orçamento Programa e Da Programação Financeira. Hoje chamado de Plano Plurianual, o então programa plurianual deveria ser pormenorizado pelo orçamento-programa. Vejamos as vantagens do Orçamento-Programa: A lei nº 4.320 define metas como sendo os resultados que se pretendem obter com a realização de cada programa. GESTÃO PÚBLICA - PACOTE AGENTE ESTADUAL DE TRÂNSITO (DETRAN-SP) PROFESSOR: VINICIUS OLIVEIRA RIBEIRO Prof. Vinicius Ribeirowww.pontodosconcursos.com.br 5 Orçamento Participativo A população é contemplada no processo decisório, por meio de lideranças ou audiências públicas. Nesse tipo de orçamento, os Poderes Executivo e Legislativo são co-participantes na elaboração dos orçamentos. Um ponto fundamental é a transparência dos critérios e informações que nortearão as decisões. Isso é claro, já que, ao envolver a população, a transparência é fundamental para garantir a lisura do processo orçamentário. O poder público deve estar disposto a descentralizar e repartir o Poder. O orçamento participativo requer mobilização social. Além disso, o governo deve ter discricionariedade para alocar os recursos e atender aos anseios da sociedade. O que isso quer dizer? Se o governo tiver vinculações orçamentárias, ele não poderia adequar os gastos para resolver problemas da população. Orçamento Incremental Quando falamos do orçamento tradicional mencionamos esse orçamento, já que aquele orçamento faz uma revisão anual de gastos. Podemos considerar esse caráter incremental um tipo de orçamento. Melhor planejamento das ações Maior oportunidade para redução dos gastos Melhor controle da execução do programa Identificação dos gastos e realizações por programa Inter-relacionamento entres custos e programação Ênfase no que a instituição realizar e não no que ela gasta GESTÃO PÚBLICA - PACOTE AGENTE ESTADUAL DE TRÂNSITO (DETRAN-SP) PROFESSOR: VINICIUS OLIVEIRA RIBEIRO Prof. Vinicius Ribeiro www.pontodosconcursos.com.br 6 O orçamento incremental funciona assim: num determinado ano, são arroladas as despesas e as receitas. No próximo exercício o que é feito? Apenas a correção/atualização dos valores, mantendo-se a base do ano anterior. Podemos dizer que todo ano são feitos ajustes marginais, nada mais do que isso. Orçamento Base Zero (OBZ) Nesse tipo de orçamento, é necessário justificar tudo aquilo que será colocado no orçamento. Todo ano é a mesma coisa. Mesmo que o responsável da área faça um relatório brilhante no ano, mostrando a necessidade de realizar determinado gasto, no exercício seguinte, será necessário justificar novamente. Por isso, o nome Base Zero, ou seja, todo ano começa-se do zero. Uma empresa que utiliza bastante o OBZ é a AMBEV, uma empresa bastante “agressiva” no mercado. Importante notar que o Orçamento Base Zero é o oposto do Orçamento Incremental. Questões. 1) (FCC SEFAZ-SP 2010) Uma das características do orçamento- programa é a utilização sistemática de indicadores e padrões de medição do trabalho e dos resultados. Para isso, é feita uma diferenciação entre os produtos finais dos programas e os produtos intermediários necessários para alcançar os seus objetivos. É produto final de um programa da área de saúde: a) o percentual da população atendida pelo programa de vacinação. b) o número de postos de saúde construídos. c) o número de medicamentos distribuídos. d) o total de consultas médicas realizadas. e) a redução da mortalidade infantil. O importante no orçamento-programa são os resultados. Apenas a letra “e” evidencia isso. Assim, não bastam número de postos construídos, percentual da população vacinada, número de medicamentos distribuídos ou consultas realizadas. Mais importante do que isso são as boas consequências da realização de um programa do Estado. Gabarito: E 2) (FCC PGE-RJ 2009) Sobre os modelos de Orçamento Público: GESTÃO PÚBLICA - PACOTE AGENTE ESTADUAL DE TRÂNSITO (DETRAN-SP) PROFESSOR: VINICIUS OLIVEIRA RIBEIRO Prof. Vinicius Ribeiro www.pontodosconcursos.com.br 7 I. O orçamento de base zero é uma técnica utilizada para a confecção do orçamento-programa, consistindo basicamente em uma análise crítica de todos os recursos solicitados pelos órgãos governamentais e no questionamento acerca das reais necessidades de cada área, não havendo compromisso com qualquer montante inicial de dotação. II. O orçamento tradicional ou clássico é aquele em que constam apenas a fixação da despesa e a previsão da receita, sem nenhuma espécie de planejamento das ações do governo. III. O orçamento de desempenho ou por realizações pode ser entendido como um plano de trabalho, um instrumento de planejamento da ação do governo, por meio da identificação dos seus programas de trabalho, projetos e atividades, além do estabelecimento de objetivos e metas a serem implementados, bem como a previsão dos custos relacionados. IV. Apesar de ser um passo importante, o orçamento-programa ainda se encontra desvinculado de um planejamento central das ações do governo. V. No orçamento de desempenho ou por realizações o gestor se preocupa com o resultado dos gastos e não apenas com o gasto em si, ou seja, preocupa-se em saber o que o governo faz e não o que governo compra. a) Estão corretas APENAS as afirmativas III, IV e V. b) Estão corretas APENAS as afirmativas I e II. c) Estão corretas APENAS as afirmativas I, II e V. d) Estão corretas APENAS as afirmativas II, III e IV. e) Estão corretas APENAS as afirmativas III e IV. Questão antiga, mas bem completa. Item por item. I) De fato, no OBZ, há um questionamento total daquilo que será executado/despendido. Item certo. II) No orçamento tradicional é isso aí: um simples documento contábil. Item certo. III) No orçamento de desempenho, não há vínculo com o planejamento. Vínculo esse que ocorre com orçamento-programa. Item errado. IV) O diferencial do orçamento-programa é o vínculo com o planejamento. Item errado. GESTÃO PÚBLICA - PACOTE AGENTE ESTADUAL DE TRÂNSITO (DETRAN-SP) PROFESSOR: VINICIUS OLIVEIRA RIBEIRO Prof. Vinicius Ribeiro www.pontodosconcursos.com.br 8 V) Apesar de não ter vínculo com o planejamento, o orçamento de desempenho possui preocupação com os resultados/objetivos. Item certo. Gabarito: C Transparência; Ouvidoria nas organizações públicas. Transparência A Administração Pública tem passado por experiências recentes que vêm permitindo que diferentes órgãos compartilhem informações e que haja um serviço de comunicação de forma a poder repassar à sociedade em geral e aos próprios órgãos do governo o maior número possível de informação. Isso contribui para melhor transparência e eficiência na condução dos negócios do Estado. O responsável para esses acontecimentos é a implementação de rede de comunicação de dados. Existem quatro importantes iniciativas hoje no governo brasileiro que se inserem nesse contexto de compartilhamento de informações, dos mecanismos de rede: • INDE (Infraestrutura Nacional de Dados Espaciais): conforme o Decreto que a institui, trata-se de um “conjunto integrado de tecnologias; políticas; mecanismos e procedimentos de coordenação e monitoramento; padrões e acordos, necessário para facilitar e ordenar a geração, o armazenamento, o acesso, o compartilhamento, a disseminação e o uso dos dados geoespaciais de origem federal, estadual, distrital e municipal”. • VisPublica: modelo de visualização de dados públicos, que objetiva investigar técnicas de visualização de informação e sua aplicação no contexto governamental. • Dadosgov (Portal Brasileiro de Dados Abertos): trata-se de uma ferramenta para que as pessoas possam encontrar e utilizar dados e informações públicas. • Noticias.gov: esse é um integrador de notícias de governo. Os mecanismos de rede funcionam de forma independente, como se fossem células. Entretanto, essas redes devem guardar relações específicas para atingir um objetivo único/global.Vejamos os princípios de uma rede organizacional: • Propósito unificador, que é o espírito da rede, podendo ser expresso como um alvo e um conjunto de valores compartilhados pelos participantes, de forma esclarecedora, democrática e explícita; GESTÃO PÚBLICA - PACOTE AGENTE ESTADUAL DE TRÂNSITO (DETRAN-SP) PROFESSOR: VINICIUS OLIVEIRA RIBEIRO Prof. Vinicius Ribeiro www.pontodosconcursos.com.br 9 • Participantes independentes, automotivados, não limitados por hierarquias, em meio a uma estrutura organizacional inovadora. Busca- se o equilíbrio entre a independência de cada participante e a interdependência cooperativa do grupo que é a força propulsora da rede; • Interligações voluntárias, ou seja, participantes que se relacionam e realizam tarefas pelas suas vontades, escolhendo seus interlocutores e optar pelos melhores projetos que contribuam para o alcance dos objetivos; • Existência de vários líderes, que costuma assumir compromissos, mas também atuam como seguidores; • Interligação e transposição de fronteiras, sejam elas geográficas, hierárquicas, sociais ou políticas. Essas redes, no entanto, possuem características apontadas como limitadoras de sua eficácia ou que geram problemas e dificuldades para sua gestão, tais como: • as redes de políticas podem apresentar novos desafios para garantir a prestação de contas (accountability) em relação ao uso dos recursos públicos, por envolverem numerosos participantes governamentais e privados; • o consenso é difícil de ser atingido e a negociação pode ser bastante lenta, o que gera dificuldades para enfrentar questões que requerem uma ação imediata; • as metas compartilhadas não garantem a eficácia no cumprimentos dos objetivos já que as responsabilidades são muito diluídas. Cada um fazendo uma parte específica; • a flexibilidade pode acabar afastando os participantes dos objetivos iniciais ou comprometer a ação da rede pela saída de alguns atores em momentos cruciais; • os critérios para participação em rede nem sempre são explícitos e universais, podendo provocar marginalização de grupos, instituições, pessoas e mesmo regiões, acarretando a concentração da política nas mão da elite; • as dificuldades de controle e coordenação das interdependências geram problemas gestão das redes. • Gera-se uma indefinição de papéis, de responsabilização para resultados. Nesse sentido, a percepção crescente de que a descentralização (por meio da gestão de redes), como transferência de poder de decisão às autoridades locais ou até aos usuários nem sempre determina a eficácia das políticas sociais. Algumas soluções são propostas nesse sentido: • Introduzir uma gerência social adaptativa para conferir eficácia nas políticas que enfrentam problemas de elevada complexidade e que se desenvolvem em contexto de alta turbulência política e instabilidade institucional. GESTÃO PÚBLICA - PACOTE AGENTE ESTADUAL DE TRÂNSITO (DETRAN-SP) PROFESSOR: VINICIUS OLIVEIRA RIBEIRO Prof. Vinicius Ribeiro www.pontodosconcursos.com.br 10 • A não separação entre formulação e implementação das políticas assim como a introdução de mecanismos de monitoramento das políticas sociais são requisitos para o desenvolvimento da imprescindível aprendizagem institucional. Governança corporativa Segundo Michael Hitt, governança corporativa é “o conjunto de estratégias para administrar a relação entre os acionistas, que é utilizado para determinar e controlar a direção estratégica e o desempenho das organizações.” *Tudo que se relaciona com a boa administração da empresa visando o interesse dos stakeholders (partes interessadas) é considerado governança corporativa. Dentro desse contexto temos a teoria da agência. O que é isso? À medida que as empresas crescem, os donos e acionistas precisam delegar a administração a um terceiro, a um agente. Esse agente irá administra o negócio. O problema é que o agente pode estar interessado em atender os seus interesses, deixando de lado os interesses dos acionistas. Esse é o problema do agency (agência). Para suprir isso, o controle é fundamental. As auditorias podem acompanhar e corrigir problemas na gestão do administrador. Assim, conceitos como responsabilidade, accountability, prestação de contas e transparência são fundamentais no contexto da agência. Outros conceitos: • Compliance: submissão a regras • Disclosure: divulgação de informações • Fairness: justiça/equidade Todos esses significados foram observados quando da edição da Lei Sarbanes- Oxley. Trata-se de uma lei americana que visou promover ampla regulação nas corporações, fundamentada nas boas práticas de governança corporativa. Devemos ter em mente que a mudança do papel do Estado nos últimos anos obriga o Estado a ter esse foco na governança. A velha administração burocrática com características de estrutura rígida e por vezes ineficiente tem dado lugar à administração gerencial. Em 1995, momento em que a Administração Pública Brasileira passava a ser mais gerencial e menos burocrática (ao menos na teoria), essa mudança adveio do Plano Diretor da Reforma do Aparelho do Estado - PDRAE. Por que aparelho está em negrito? Por que eu gosto dessa palavra? Não. É para destacar que a reforma lidou com o aparelho, ou seja, com a melhoria da governança. O problema não era de governabilidade. A governabilidade GESTÃO PÚBLICA - PACOTE AGENTE ESTADUAL DE TRÂNSITO (DETRAN-SP) PROFESSOR: VINICIUS OLIVEIRA RIBEIRO Prof. Vinicius Ribeiro www.pontodosconcursos.com.br 11 relaciona-se com legitimidade e poder: isso já havia na época, devido à Constituição de 88 e ao seu cumprimento. A governabilidade utiliza a governança para atuar. Então, não é errado falarmos que a governança AUXILIA no processo de legitimação dos governos, aumentando a governabilidade. O Estado tem divido várias funções com a iniciativa privada. Privatizações e concessões têm sido a tônica de governos atuais. Assim, a quantidade de atores envolvidos com a máquina pública no sentido amplo é bem grande. Gerir tudo isso não é tarefa fácil. Basta pensarmos nos grandes problemas que o Brasil enfrenta com as Organizações Não Governamentais. Essa inserção de atores múltiplos acaba gerando isso, quando não há governança. É preciso dizer que, apesar de o Estado ter “dividido” suas funções com outros atores, ele continua sendo titular do serviço público. O Estado, mesmo que deixe de ser executor de um serviço, deve regulá-lo. No ponto de vista da governança, o que é mais difícil: executar por si só algo ou controlar o que outro participante executa? Com certeza o controle é mais difícil, pois o Estado depende do bom trabalho do executor, que não é ele. Essa nova administração é voltada para resultados, é flexível, deve ter excelência, envolve vários atores. Mas, para se ter tudo isso, é fundamental ter governança. Para que agentes efetuem um trabalho de excelência, é preciso ter uma estrutura que permita isso. Vejamos alguns problemas gerados pela ausência de governança: • Abuso de poder • Erros estratégicos • Fraudes Uma boa governança deve carregar consigo os seguintes aspectos. GESTÃO PÚBLICA - PACOTE AGENTE ESTADUAL DE TRÂNSITO (DETRAN-SP) PROFESSOR: VINICIUS OLIVEIRA RIBEIRO Prof. Vinicius Ribeiro www.pontodosconcursos.com.br 12 Em um ambiente empresarial, é muito comum, quando se adota a governança corporativa, fazer uso de mecanismos de controle da propriedade sobre a gestão, tendo em vista que o agente “toma” conta do patrimônio do patrão:• Conselho de administração: instrumento de gestão de participação societária, possibilitando a orientação e o acompanhamento dos negócios da organização. • Auditoria independente: atividade que busca a completa independência do auditor pelo auditado, uma vez que aquele é uma pessoa alheia aos acontecimentos da empresa. • Conselho fiscal: órgão fiscalizador dos atos de gestão administrativa, protegendo os interesses da empresa e dos seus acionistas. Quem mora em condomínio sabe muito bem que esses três mecanismos são muito comuns para auxiliar no controle da atuação do síndico. O síndico é um agente que toma conta do patrimônio dos proprietários do condomínio. Ele recebe a “confiança” de todos ou da maioria para poder administrar algo em prol da coletividade. Participação Estado democrático de direito Transparência Orientação formada por consenso Responsabilidade Equidade/Inclusão Efetividade e eficiência Prestação de contas - accountability GESTÃO PÚBLICA - PACOTE AGENTE ESTADUAL DE TRÂNSITO (DETRAN-SP) PROFESSOR: VINICIUS OLIVEIRA RIBEIRO Prof. Vinicius Ribeiro www.pontodosconcursos.com.br 13 Governança Participativa: governança que envolve canais institucionalizados de participação da sociedade civil, como o orçamento participativo. Trata-se de um processo de cogestão, com democracia direta atuando junto com a democracia representativa. Governança Eletrônica (e-governance): envolve o uso de meios eletrônicos que promovem a interação entre governantes e governados. O dadosgov é um exemplo disso. Trata-se de um ambiente com dados abertos para consulta da população. Esse e-governance funciona como um incremento para a governança corporativa. Questões. 3) (CESGRANRIO PETROBRÁS 2010) Lei Sarbanes-Oxley promoveu ampla regulação na vida corporativa, fundamentada nas boas práticas de governança corporativa. Seus focos são quatro valores ou princípios: compliance, accountability, disclosure e fairness. A constituição de um comitê de auditoria para acompanhar a atuação dos auditores e dos números da companhia está vinculada aos princípios de a) compliance e disculosure. b) compliance e fairness. c) apenas accountabilitty. d) apenas compliance. e) disclosure e fairness. O comitê de auditoria refere-se à accountability, já que se relaciona com a prestação de contas. Accountability: é a obrigação que um órgão/entidade possui de prestar contas dos resultados obtidos, em função das responsabilidades que decorrem de uma delegação de poder. • Compliance: submissão a regras • Disclosure: divulgação de informações • Fairness: justiça/equidade Gabarito: C 4) (CESGRANRIO PETROBRÁS 2010) A Governança Corporativa tem como um dos seus pilares a constituição e o funcionamento de um Conselho de Administração. Uma das melhores práticas de Governança Corporativa, vinculada ao Conselho de Administração, é a a) criação de um comitê de auditoria. GESTÃO PÚBLICA - PACOTE AGENTE ESTADUAL DE TRÂNSITO (DETRAN-SP) PROFESSOR: VINICIUS OLIVEIRA RIBEIRO Prof. Vinicius Ribeiro www.pontodosconcursos.com.br 14 b) elaboração de um Manual de Procedimentos Internos. c) aplicação de um sistema de árvore funcional. d) separação das funções de presidente do Conselho e executivo chefe. e) criação de um sistema de avaliação de desempenho justo e transparente. Segundo Michael Hitt, governança corporativa é “o conjunto de estratégias para administrar a relação entre os acionistas, que é utilizado para determinar e controlar a direção estratégica e o desempenho das organizações.” • Conselho de administração: instrumento de gestão de participação societária, possibilitando a orientação e o acompanhamento dos negócios da organização. Assim, a prática é a separação de funções de presidente do Conselho e executivo chefe, para que haja esse acompanhamento imparcial dos negócios da organização. Gabarito: D Um pouco sobre Comunicação Comunicação é um processo de transmissão de informação de um agente emissor para um destinatário, envolvendo o entendimento daquilo que é transmitido. Dado: registro referente a um evento/ocorrência. Informação: conjunto de dados, possuindo um determinado significado. Vejam a figura abaixo: Vamos agora explicar cada um dos agentes do processo: Emissão ou fonte: é a pessoa, coisa ou processo que emite a mensagem. Emissor Transmissor Canal Ruído Receptor Destino Retroação GESTÃO PÚBLICA - PACOTE AGENTE ESTADUAL DE TRÂNSITO (DETRAN-SP) PROFESSOR: VINICIUS OLIVEIRA RIBEIRO Prof. Vinicius Ribeiro www.pontodosconcursos.com.br 15 Transmissão: aparelho utilizado para codificar a mensagem. São símbolos, sinais ou gestos necessários para disponibilizar a informação. Transmitir ou codificar é transportar a mensagem em um código, utilizando o canal, para o receptor no destino. Dentro dessa codificação, temos a escrita e a palavra. A transmissão é apenas a transferência da informação, que ocorre por meio do canal. Com relação aos símbolos: quando estamos nos comunicando, valemo-nos de vários símbolos. Quando estamos falando e o receptor movimenta a cabeça para cima e para baixo, esse símbolo significa que ele parece estar concordando ou entendendo. Nesse sentido, os símbolos são dotados de significados e a compreensão desses é fundamental no processo de comunicação. Canal: meio pelo qual a mensagem é transportada, sendo um espaço, um ambiente, meio escrito ou falado. Uma comunicação pessoal, por exemplo, utiliza o ar como canal. Ruído: distúrbios/interferências enfrentadas pela mensagem, afetando-a. O ruído prejudica o êxito da comunicação. Receptor: aparelho que decodifica a mensagem. Destino: quem recebe a mensagem. Receber ou decodificar é ligar o canal ao destino, tendo como exemplo a audição, a leitura. Já o raciocínio pode estar tanto na codificação quanto na decodificação. A escrita é uma habilidade codificadora. Retroação ou Feedback: é o retorno do entendimento da mensagem. Exemplificando. Em uma conversa de telefone, quem está falando é o emissor. A transmissão é a fala. O canal é o telefone. A recepção é feita pela escuta, que é feita por quem está ouvindo, o destino. Se a pessoa repete o que escutou ou afirma que entendeu a mensagem, isso será a retroação. Ruídos ocorrerão se estiver passando um caminhão de pamonha perto do telefone, por exemplo. Um aspecto importante na comunicação é a empatia, ou seja, a ação de se colocar no lugar do outro para compreender o que se quer passar. Outro conceito importante é a redundância que, por meio da repetição, tenta- se garantir a compreensão da mensagem. Apesar de parecer um conceito negativo, a redundância é fundamental para compensar problemas de ruídos em uma comunicação. Assim, utiliza-se a comunicação pessoal, via e-mail, por telefone, etc. Quando a empresa possui um bom (eficaz) sistema de comunicação, ela consegue o envolvimento dos funcionários com mais facilidade. Assim, quando GESTÃO PÚBLICA - PACOTE AGENTE ESTADUAL DE TRÂNSITO (DETRAN-SP) PROFESSOR: VINICIUS OLIVEIRA RIBEIRO Prof. Vinicius Ribeiro www.pontodosconcursos.com.br 16 a organização precisa implantar um plano, esse sistema contribui para o sucesso da sua implementação, já que ele chega em um número grande de pessoas. Fluxo de Comunicação De acordo com Flores Gortati e Oronzo Gutiérrez, o fluxo de comunicação circular abrange todos os níveis possíveis, não se preocupando com as direções tradicionais, podendo o seuconteúdo ser amplo à medida que aumenta o grau de aproximação das relações interpessoais entre os indivíduos. Outros tipos de comunicação são: ascendente (dos subordinados para o chefe), descendente (dos chefes para os subordinados), lateral (horizontal – entre equipes e grupos) e transversal (presente em organizações mais flexíveis). Comunicação em Rede Há comunicações que podem ser realizadas em pequenos grupos, seja de forma centralizada, seja de forma descentralizada. Na comunicação centralizada, é como se tudo passasse por uma pessoa. Na descentralização, há liberdade de comunicação entre os membros da equipe. Nesse contexto, podemos ter diferentes tipos de comunicação em rede. Vejamos a figura do livro do Vecchio: GESTÃO PÚBLICA - PACOTE AGENTE ESTADUAL DE TRÂNSITO (DETRAN-SP) PROFESSOR: VINICIUS OLIVEIRA RIBEIRO Prof. Vinicius Ribeiro www.pontodosconcursos.com.br 17 O “X” representado em algumas figuras representa a figura do líder ou do chefe. Vamos entender cada tipo: • Em roda: é uma centralização em que tudo depende do líder. As comunicações são centralizadas nele. • Em Y: outra forma centralizada com comunicação nos dois sentidos entre os níveis da hierarquia. • Cadeia: essa centralização respeita a cadeia formal de comando. Os indivíduos só se comunicam com aqueles que os antecedem ou precedem. • Círculo: tipo de descentralização em que o último sempre comunica com o primeiro, sem a figura de uma pessoa central. • Completamente conectada: também conhecida como “todos os canais”, é uma descentralização que permite a comunicação em todos os lados, todos comunicam com todos. Há autores que chamam essa comunicação de “círculo” também. Questões. 5) (FCC PREFEITURA DE SÃO PAULO 2012) A criação e a gestão de redes organizacionais pressupõem a) a formação de capital humano altamente qualificado baseado em conhecimentos técnicos continuamente atualizados. b) a introdução de equipamentos de última geração baseados em tecnologia wi-fi. c) a interação entre seus membros e a habilidade de construção coletiva fundada na confiança mútua, que caracteriza a presença de capital social. d) o aperfeiçoamento de cadeias de comando hierarquizado e distribuído de forma matricial. e) o desenvolvimento de estruturas horizontais de participação e controle social democráticos. Vejamos os itens: a) é mais importante a interação de membros, a construção coletiva do que o conhecimento técnico. b) equipamentos de última geração são importantes, mas não essenciais. c) essa é nossa resposta. A construção deve ser coletiva, apesar da atuação independente. d) a hierarquização não é marca da gestão de redes, ela é marca de estruturas burocráticas. GESTÃO PÚBLICA - PACOTE AGENTE ESTADUAL DE TRÂNSITO (DETRAN-SP) PROFESSOR: VINICIUS OLIVEIRA RIBEIRO Prof. Vinicius Ribeiro www.pontodosconcursos.com.br 18 e) não necessariamente há essa participação e controle social democrático. Eles são importantes, mas não são regras absolutas na gestão de redes. Gabarito: C 6) (FCC TRT 9ª 2013) A estratégia de redes representa um grande potencial de aumento da efetividade da gestão pública. Esta afirmativa é verdadeira, desde que seja evitado o problema típico na gestão de redes organizacionais que é a) a indefinição na responsabilização pela obtenção dos resultados. b) o excesso de atores com influência nas decisões. c) a dificuldade de gerir uma grande quantidade de informação. d) a rigidez formal dos processos de gestão em rede. e) a necessidade de aumentar a cadeia hierárquica burocrática. Vejamos as opções. a) essa é a nossa resposta. Saber que é responsável por cada resultado é essencial. Só com essa boa definição é que será possível obter efetividade na gestão pública no contexto das redes. b) o grande número de atores, por si só, não é um problema. A participação de todos é fundamental. c) na verdade, há um grande número de informações sim. No entanto, elas são bem geridas pelas tecnologias existentes atualmente. d) rigidez é característica da burocracia. Redes são caracterizadas pela flexibilidade. e) hierarquia burocrática não é característica da gestão de redes. As redes são gerenciais, com foco em resultados. Gabarito: A Ouvidoria As ouvidorias, também chamadas de ombudsman, são espaços de diálogo entre órgãos e cidadãos ou empresas e clientes. Por meio de ouvidorias que as empresas conseguem ouvir de fato seus clientes e obter subsídios para melhoria de processos e produtos. O cidadão, por sua vez, utiliza a ouvidoria de um órgão público para obter informações ou fazer reclamações sobre serviços prestados. Assim como na iniciativa privada, esse diálogo deve servir de subsídio para a melhoria do serviço prestado pela Administração Pública. GESTÃO PÚBLICA - PACOTE AGENTE ESTADUAL DE TRÂNSITO (DETRAN-SP) PROFESSOR: VINICIUS OLIVEIRA RIBEIRO Prof. Vinicius Ribeiro www.pontodosconcursos.com.br 19 A ouvidoria tem o importante papel de equilibrar forças. Sem esses canais de comunicação, o cliente ou o cidadão não conseguem fazer valer seus direitos. Hoje em dia, as formas tradicionais de Instituição oriundas do Direito Administrativo (autarquias, fundações, empresas públicas e sociedades de economia mista) não têm sido suficientes para o atendimento dos diversos anseios da sociedade. O Estado acaba sendo inflexível às mudanças da sociedade, não dando, por exemplo, a oportunidade de a sociedade participar das decisões de política pública e controlar a atuação dos agentes públicos. Em um contexto como o nosso – imenso território e grande miscigenação, o Estado acaba sendo pouco efetivo em suas ações, uma vez que as políticas traçadas são generalistas e não conseguem atingir a necessidades de minorias e de populações distantes do eixo central. As políticas públicas acabam se tornando ineficazes. Um ponto importante na questão institucional é o engessamento legal. A rigidez de normas acaba por inibir a experimentação de novas formas de instituição. Novos modelos têm o papel de acompanhar as transformações que possam estão ocorrendo na sociedade. Diante desse cenário (realidade), algumas soluções podem ser citadas: • Arbitragem: criação de instâncias de recurso que possam arbitrar entre os interesses públicos e privados com certa flexibilidade para negociação; • Sociedade Civil: o envolvimento da sociedade é possível, seja na escolha de uma obra a ser executada, seja na participação em conselhos de políticas públicas. O Estado deve sempre monitorar e financiar essa participação; • Pactuação de Resultados: aqui está a figura do contrato de gestão; • Sobreposição: definição clara de papéis para evitar o retrabalho ou a sobreposição de atribuições; • Organizações privadas com finalidade pública: é preciso definir um ambiente jurídico que dê suporte a instalação de instituições privadas com finalidade pública; Vejam que tem sido uma tendência a necessidade de ampliação dos canais de participação da sociedade no Governo. É nesse contexto que se inserem também as ouvidorias. As ouvidorias são canais presentes nos órgãos. O trabalho dessas áreas é receber demandas, dúvidas, reclamações e sugestões de cidadãos. Após o recebimento, a dúvida, por exemplo, é encaminhada ao setor competente. A partir daí o trabalho da ouvidoria é acompanhar a solução do problema que surgiu a partir da ligação do cidadão. GESTÃO PÚBLICA - PACOTE AGENTE ESTADUAL DE TRÂNSITO (DETRAN-SP) PROFESSOR: VINICIUS OLIVEIRA RIBEIRO Prof. Vinicius Ribeirowww.pontodosconcursos.com.br 20 Direitos do público à informação Esse é um tema bastante atual, tendo em vista a recente publicação da Lei de Acesso à Informação. A regra passa a ser a divulgação dos documentos produzidos pela Administração Pública. Aquilo que for sigiloso deverá possui justificativas que demonstrem a não publicação do documento. A partir de agora, os órgãos públicos estão disponibilizando estruturas internas que processem as informações requeridas pelo público para que os dados sejam fornecidos de forma pertinente. O tratamento da informação é fundamental. Esses setores especializados devem analisar a pertinência da solicitação, verificar a possibilidade de resposta imediata e saber identificar os responsáveis pelo fornecimento das informações mais complexas. Identificando o setor responsável, esse departamento centralizador das requisições repassa o pedido de informação e acompanha a solução tempestiva da solicitação. Além das solicitações, a Administração Pública vem disponibilizando em seus sites informações básicas sobre serviços prestados. Como exemplos, temos o dados.gov, o Portal Brasileiro de Dados Abertos. Nesse portal, o cidadão tem condições de utilizar dados governamentais. Ele também pode reutilizar e redistribuir esses dados desde que a autoria seja creditada. David Eaves enumera três leis de dados abertos, conforme disponível no próprio site dados.gov. Vejamos: 1. Se o dado não pode ser encontrado e indexado na Web, ele não existe; 2. Se não estiver aberto e disponível em formato compreensível por máquina, ele não pode ser reaproveitado; e 3. Se algum dispositivo legal não permitir sua replicação, ele não é útil. Outro exemplo é o Portal da Transparência, onde estão demonstrados os recursos públicos federais. É nesse portal que está disponibilizada uma certa polêmica atual: a divulgação da remunerações dos servidores públicos do Poder Executivo. Muitos questionam que essa medida viola a intimidade dos servidores. O fato é que cada vez mais, os cidadãos vão tendo acesso às informações governamentais, tudo isso de forma mais profissional e em tempo real. A Lei de Acesso à Informação (Lei 12.527/2011), que foi sancionada no final de 2011 representou um marco na cultura de transparência na administração GESTÃO PÚBLICA - PACOTE AGENTE ESTADUAL DE TRÂNSITO (DETRAN-SP) PROFESSOR: VINICIUS OLIVEIRA RIBEIRO Prof. Vinicius Ribeiro www.pontodosconcursos.com.br 21 pública. Trata-se de uma norma que regulamenta alguns dos dispositivos constitucionais citados. Vejamos as diretrizes mencionadas nessa nova Lei: I - observância da publicidade como preceito geral e do sigilo como exceção; II - divulgação de informações de interesse público, independentemente de solicitações; III - utilização de meios de comunicação viabilizados pela tecnologia da informação; IV - fomento ao desenvolvimento da cultura de transparência na administração pública; V - desenvolvimento do controle social da administração pública. Além das diretrizes, alguns conceitos importantes foram trazidos na norma: Art. 4º I - informação: dados, processados ou não, que podem ser utilizados para produção e transmissão de conhecimento, contidos em qualquer meio, suporte ou formato; II - documento: unidade de registro de informações, qualquer que seja o suporte ou formato; III - informação sigilosa: aquela submetida temporariamente à restrição de acesso público em razão de sua imprescindibilidade para a segurança da sociedade e do Estado; IV - informação pessoal: aquela relacionada à pessoa natural identificada ou identificável; V - tratamento da informação: conjunto de ações referentes à produção, recepção, classificação, utilização, acesso, reprodução, transporte, transmissão, distribuição, arquivamento, armazenamento, eliminação, avaliação, destinação ou controle da informação; VI - disponibilidade: qualidade da informação que pode ser conhecida e utilizada por indivíduos, equipamentos ou sistemas autorizados; VII - autenticidade: qualidade da informação que tenha sido produzida, expedida, recebida ou modificada por determinado indivíduo, equipamento ou sistema; VIII - integridade: qualidade da informação não modificada, inclusive quanto à origem, trânsito e destino; IX - primariedade: qualidade da informação coletada na fonte, com o máximo de detalhamento possível, sem modificações. GESTÃO PÚBLICA - PACOTE AGENTE ESTADUAL DE TRÂNSITO (DETRAN-SP) PROFESSOR: VINICIUS OLIVEIRA RIBEIRO Prof. Vinicius Ribeiro www.pontodosconcursos.com.br 22 Atendimento ao Público Atender ao público é fundamental tanto nas organizações públicas quanto privadas. Essa fase de atendimento representa o espelho da entidade perante o público. Se o atendimento for bom, a imagem que o cliente/cidadão construirá sobre o órgão será boa. Caso contrário, o cliente não terá uma boa imagem do órgão. O atendimento envolve a racionalização dos serviços em relação ao pessoal de trabalho, ao material/equipamento utilizado, às instalações/edifícios e aos métodos de trabalho. Vejamos algumas técnicas que objetivam melhorar o atendimento ao público: � Possuir informação visível, possuir linguagem simples, que esclareça: quais os serviços prestados pelo órgão (evitando a citação de siglas entendidas somente internamente), quais os documentos exigidos, o horário de atendimento, o endereço e o telefone para futuras informações ou eventuais reclamações; � Sinalização adequada, encaminhamento bem orientado, bom leiaute de guichês, fila de espera com todos sentados, presença (com indicação) de sanitários e bebedouros; � Horário ininterrupto no momento do almoço, estendendo-se além do expediente caso necessário; � Maior utilização do telefone para fornecimento de informações, com informações de destaque nos catálogos telefônicos; � Maior utilização da internet para divulgação de informações; � Tolerância quanto à forma dos requerimentos; � Fila com cobertura para evitar chuva, atendimento preferencial a idosos, gestantes e deficientes; � Ampla campanha de estímulo e esclarecimento sobre os diversos procedimentos adotados, novos ou velhos; � Destinação de recursos para treinamento periódico e remuneração adequada para os profissionais de atendimento; � Melhoria nas instalações. Relações Públicas As relações públicas são fundamentais no contexto organizacional. Essa atividade tem como grande objetivo a manutenção da compreensão mútua entre as empresas e os seus respectivos públicos. Vejamos algumas definições dessa atividade: • Silva: “relações públicas, como função administrativa, é o procedimento mediante o qual determinada empresa procura deliberadamente criar em seu favor um crédito de confiança e de estima na respectiva clientela, GESTÃO PÚBLICA - PACOTE AGENTE ESTADUAL DE TRÂNSITO (DETRAN-SP) PROFESSOR: VINICIUS OLIVEIRA RIBEIRO Prof. Vinicius Ribeiro www.pontodosconcursos.com.br 23 contra a qual pode sacar em proveito, tanto de seu programa como de seus interesses institucionais.”; • International Public Relations Association (Ipra): “relações públicas constituem uma função de direção, de caráter permanente e organizado, mediante a qual uma empresa pública ou privada procura obter e conservar a compreensão, a simpatia e o concurso de todas as pessoas a que se aplica. Com esse propósito, a empresa deverá fazer uma pesquisa na área de opinião que lhe convém adaptando-se, tanto quanto possível, à sua linha de conduta e seu comportamento,e, pela prática sistemática de uma ampla política de informação, obter uma eficaz cooperação em vista da maior satisfação possível dos interesses comuns.” • Cleuza Cesca: “Relações Públicas é uma profissão que trabalha com comunicação, utilizando todos os seus instrumentos para administrar a relação empresa-públicos, visando ao bom relacionamento entre as partes.” • Canfield: esse autor sugere uma visão em 4 dimensões acerca das relações públicas: o Trata-se de uma filosofia da administração; o As relações públicas são uma função administrativa; o São uma técnica de comunicação; o Implicam uma boa impressão que o público tenha de pessoas ligadas a determinada empresa. Tanto o conceito quanto o papel do profissional de relações públicas vêm mudando ao longo do tempo. Atualmente, em meio a um ambiente completamente informatizado e globalizado, o profissional da área pode ser visto como elemento estratégico nas empresas, devendo utilizar com eficácia as várias ferramentas disponíveis. Esse colaborador precisa ser capaz de elaborar um plano de comunicação muito eficiente, que possa interferir no negócio da organização. O alinhamento com a estratégia da empresa é fundamental. É preciso que esse profissional saiba atuar em todas as áreas de relações públicas (comunicação interna e externa, mídia, governo e comunidade). Fundamental também é que esse funcionário tenha boas noções de outras áreas do conhecimento. Em resumo, esse profissional deve ter uma visão holística (visão do todo, da integração) da comunicação. Questões. 7) (CESGRANRIO BACEN 2010) Fóruns internos de discussão, intranet e canais de diálogo com a diretoria são ferramentas recentes de comunicação que, junto com as antigas caixas de sugestões, são GESTÃO PÚBLICA - PACOTE AGENTE ESTADUAL DE TRÂNSITO (DETRAN-SP) PROFESSOR: VINICIUS OLIVEIRA RIBEIRO Prof. Vinicius Ribeiro www.pontodosconcursos.com.br 24 transformadas em ouvidorias e serviços de atendimento ao cliente interno das organizações. Tais ferramentas a) ampliam o processo de controle sobre as ações e o comportamento das pessoas. b) aumentam o sentimento de pertencimento às redes de contato dos funcionários. c) modificam as normas éticas de conduta entre os colaboradores e fornecedores. d) reforçam o compromisso do funcionário em relação ao desempenho organizacional. e) transformam a cultura organizacional e os processos técnico- administrativos. Esses novos espaços de comunicação que foram criados ampliam e modernizam antigas intenções das empresas. Essas ferramentas têm a função de estabelecer um elo mais forte entre o funcionário e a empresa. O funcionário, além de seus objetivos pessoais, passa a se preocupar também com o desempenho da organização. Gabarito: D 8) (FCC TCM-CE 2010) O pressuposto central da excelência no serviço público é a a) garantia de um atendimento impessoal e padronizado a todos os cidadãos. b) obrigação de participação direta dos cidadãos nas decisões em todos os âmbitos da administração pública. c) atenção prioritária ao cidadão e à sociedade na condição de usuários de serviços públicos. d) publicação de toda a legislação e dos procedimentos que envolvem os atos da administração pública. e) redução dos gastos e a racionalização dos serviços em todos os âmbitos da administração pública. Os serviços da gestão pública podem ser ótimos, extremamente tecnológicos e avançados. Porém, se o foco não for o cidadão, se a sociedade não estiver sendo atendida de maneira satisfatória, de nada adiantou. Gabarito: C GESTÃO PÚBLICA - PACOTE AGENTE ESTADUAL DE TRÂNSITO (DETRAN-SP) PROFESSOR: VINICIUS OLIVEIRA RIBEIRO Prof. Vinicius Ribeiro www.pontodosconcursos.com.br 25 9) (CESPE DPU 2010) Conscientes de que resultados positivos só serão alcançados na medida em que o usuário esteja cada vez mais satisfeito, os órgãos públicos que realizam atividades de atendimento vêm investindo na busca da excelência do serviço. Acerca do atendimento à população em órgãos públicos, assinale a opção correta. A O atendimento ao usuário no serviço público deve ser customizado, pois o cliente deve ser compreendido como alguém com necessidades únicas. B A satisfação de todas as necessidades do cliente é requisito básico ao atendimento de qualidade. C A padronização e a uniformização dos procedimentos de atendimento ao público contribuem para a eficiência e a qualidade da prestação de serviços. D A prestação de informações fidedignas causa morosidade no atendimento e, consequentemente, sobrecarga de trabalho, o que, muitas vezes, justifica atendimento desinteressado. E As normas institucionais são preponderantes no atendimento ao público e ignorá-las constitui conduta antiética. Vejamos item por item. a) o atendimento ao usuário deve ser padronizado. A customização (personalização) é prática habitual na iniciativa privada, em que cada cliente possui uma especificidade que requer um tratamento diferenciado. No setor público, mesmo que as necessidades sejam diferentes, não pode haver customização. Customização vem de Customer, que significa cliente. b) Nem todas as necessidades do cliente são passíveis de atendimento. Às vezes, é possível que o usuário tenha uma necessidade insólita, uma necessidade que não diz respeito ao atendimento em si. c) Esse é o nosso gabarito. d) O atendimento desinteressado nunca é justificado. Mesmo que a prestação de informações seja morosa (lenta), é imprescindível que elas sejam fidedignas. e) Não se trata de uma conduta antiética. Trata-se de uma conduta ilegal. Gabarito: C GESTÃO PÚBLICA - PACOTE AGENTE ESTADUAL DE TRÂNSITO (DETRAN-SP) PROFESSOR: VINICIUS OLIVEIRA RIBEIRO Prof. Vinicius Ribeiro www.pontodosconcursos.com.br 26 10) (CESPE DPU 2010) São muitas as variáveis que interferem na execução do serviço de atendimento ao público. Considerando essas variáveis e a influência que elas exercem na qualidade do atendimento, assinale a opção correta. A A prestação de serviço nas organizações públicas, que está diretamente relacionada ao próprio negócio, configura-se como missão dessas organizações. B Ética no atendimento ao cliente é definida como o que é correto ou bom na conduta do atendimento, e a preocupação com o que deve ser feito limita-se ao que determinam as leis que regem o serviço realizado. C O conhecimento do atendente acerca do serviço a ser prestado é condição suficiente para um atendimento de qualidade. D O êxito da opção por uma forma diferenciada de prestação de serviços públicos pressupõe um atendimento que considere apenas padrões de excelência oriundos da organização do trabalho. E A satisfação dos usuários não possui relação com as condições de trabalho do atendente. Item por item. a) Esse é o nosso gabarito. É missão dos órgãos públicos prestar serviço ao cidadão. b) A preocupação com o que deve ser feito não se limita ao que determinam as leis. Ele deve se preocupar com o atendimento em si, ou seja, com o atendimento ao cidadão. Ele deve ser criativo para lidar com situações adversas. De qualquer forma, o atendente nunca pode agir de forma contrária às leis. c) A palavra “suficiente” deixa a assertiva errada. d) A organização do trabalho não é suficiente para a efetividade do atendimento. O atendente precisa estar preparado e ser criativo. e) Possui total relação. Com boas condições de trabalho, o atendente tende a atender bem o cliente. Com um bom atendimento, as chances de satisfação do usuário são maiores. Gabarito: A GESTÃOPÚBLICA - PACOTE AGENTE ESTADUAL DE TRÂNSITO (DETRAN-SP) PROFESSOR: VINICIUS OLIVEIRA RIBEIRO Prof. Vinicius Ribeiro www.pontodosconcursos.com.br 27 Controles internos e externos; Responsabilização e prestação de contas. O controle na administração pública é tido como interno quando o agente que está controlando integra o próprio órgão objeto do controle. Chamamos de controle externo aquele feito de fora e de forma independente, realizado por outro Poder. Assim, o controle é feito por pessoa/órgão diferente daquele que de fato executou determinada atividade. Um exemplo é o Poder Legislativo avaliando as ações do Executivo. Podemos encontrar três hipóteses de controle: Jurisdicional: exercido pelo Poder Judiciário, legítimo em virtude do inciso XXXV, do art. 5º da Constituição Federal/88: “a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça de direito”. Como instrumentos para exercer esse direito, temos a ações popular e civil pública, os mandados de segurança e de injunção, além do habeas corpus e o habeas data, também previstos no art 5º da Carta Magna, além do inciso III do art. 129. Político: de competência do Poder Legislativo, consequência do regime democrático de direito. Como instrumentos desse controle, temos as comissões parlamentares de inquérito – CPIs, as convocações das autoridades, os requerimentos de informações e a sustação de determinados atos do Poder Executivo. Técnico: exercido pelos órgãos de controle externo, sempre em auxílio aos órgãos legislativos. O controle interno é também considerado um controle técnico. Vejamos um quadro que separa os controles dentro de cada Poder. Executivo Legislativo Judiciário Interno Externo Jurisdicional Administrativo Gerencial Político Técnico sobre atos da entidade pela própria entidade sobre atos da entidade por outra entidade Sobre decisões políticas do Executivo Sobre atos de gestão dos recursos públicos Habeas corpus e data, mandado de injunção e de segurança, ação civil pública e popular Funções administrativas Controladorias, Auditorias- Gerais, Legislativo Cortes de Contas e Comissões Tribunais e Juízes GESTÃO PÚBLICA - PACOTE AGENTE ESTADUAL DE TRÂNSITO (DETRAN-SP) PROFESSOR: VINICIUS OLIVEIRA RIBEIRO Prof. Vinicius Ribeiro www.pontodosconcursos.com.br 28 sistemas de controle interno Orçamentárias de Fiscalização Outra modalidade que devemos considerar é o controle social, exercido pela sociedade civil, de forma organizada, ou pelo próprio cidadão. Os Controles Externo e Interno e a Carta Magna A Constituição Federal de 1988 consignou, nos artigos 70 a 75, o assunto “fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial”. Nesse sentido, sendo a Carta Magna a base de todo o normativo no país, é fundamental destrincharmos essa parte da CF/88, naquilo que for pertinente aos nossos estudos. Quem é o responsável por essa fiscalização (no tocante ao controle externo) de todas as entidades (administração pública direta ou indireta)? Alguns poderiam pensar que é o Tribunal de Contas da União – TCU. Entretanto, gravem isso, o órgão competente para efetuar o controle externo é o Congresso Nacional - CN. Mas e o TCU, onde entra nessa história? A Corte de Contas auxilia o CN no controle externo. Contudo, apesar de auxiliá-lo, o Tribunal não é um órgão subordinado ao Poder Legislativo. Aliás, o TCU não se subordina a nenhum dos Poderes. Ele é um órgão a parte, assim como é o Ministério Público. Alguns falam em 4º e 5º Poder, ou seja, são órgãos autônomos e independentes. Vejamos as competências do TCU elencadas na Constituição Cidadã: 1. Apreciar as contas (anualmente) do Presidente da República. No caso do Presidente, há só uma apreciação, por meio de parecer prévio, devendo ser elaborado em 60 dias do recebimento das contas. Quem julga, de fato, é o CN (vide inciso IX do art. 49 da CF/88); 2. Julgar as contas dos responsáveis (incluindo administradores) por qualquer tipo de valor da administração direta e indireta; 3. Apreciar a legalidades dos atos de admissão de pessoal, excetuadas as nomeações para cargo de provimento em comissão. Apreciação também das concessões de aposentadorias, reformas e pensões, ressalvadas as melhorias posteriores sem alteração de fundamento legal; 4. Realizar inspeções e auditoria nas unidades administrativas dos três Poderes, podendo as inspeções serem por iniciativa: a. Própria; GESTÃO PÚBLICA - PACOTE AGENTE ESTADUAL DE TRÂNSITO (DETRAN-SP) PROFESSOR: VINICIUS OLIVEIRA RIBEIRO Prof. Vinicius Ribeiro www.pontodosconcursos.com.br 29 b. Da Câmara dos Deputados – CD ou do Senado Federal - SF; c. De Comissão técnica ou de inquérito. 5. Fiscalizar somente as contas nacionais de empresas supranacionais de cujo capital a União participe; 6. Prestar as informações solicitadas pelo (a): a. CN; � O TCU deve encaminhar ao CN relatório de suas atividades, trimestral e anualmente. b. Qualquer de suas Casas (CD ou SF); c. Qualquer Comissão das Casas ou do CN. 7. Aplicar sanções, podendo ser multa proporcional ao dano causado ao erário (dinheiro público); o A imputação de débito ou multa terá eficácia de título executivo. 8. Assinar prazo para que sejam adotadas providências necessárias ao cumprimento da lei, no caso de ilegalidade. Caso não atendido, sustar a execução do ato, comunicando à CD e ao SF; o Caso seja contrato (e não ato), compete ao CN a sustação, solicitando, de imediato, o cumprimento pelo Poder Executivo; o Se, em 90 dias, o CN ou o Executivo não efetivarem as medidas, o TCU decidirá a respeito. 9. Representar ao Poder competente sobre irregularidades; Como sabemos, a fiscalização não se restringe ao controle externo. O sistema de controle interno de cada Poder também efetuará essa fiscalização. Mas o que é esse sistema de controle interno? São órgãos mantidos por cada um dos Poderes, que, de forma integrada, formam o sistema de controle interno. Vejamos as competências desse sistema: 1. Avaliar o cumprimento das metas do plano plurianual, a execução dos programas e dos orçamentos; 2. Comprovar a legalidade e avaliar os resultados, quanto à eficácia e eficiência, da gestão orçamentária, financeira e patrimonial, e da aplicação dos recursos públicos por entidades privadas; 3. Controlar as operações de crédito, avais e garantias, além dos direitos e haveres; 4. Apoiar o controle externo no exercício de sua missão institucional GESTÃO PÚBLICA - PACOTE AGENTE ESTADUAL DE TRÂNSITO (DETRAN-SP) PROFESSOR: VINICIUS OLIVEIRA RIBEIRO Prof. Vinicius Ribeiro www.pontodosconcursos.com.br 30 Poderá ser considerada a responsabilidade solidária dos responsáveis pelo controle interno, caso tomem conhecimento de irregularidades e não der ciência ao TCU. Pessoal, tudo que estamos falando aqui se relaciona com a Administração Federal, com a União. Os Estados e o Distrito Federal também terão os seus Tribunais de Contas, com funções análogas às do TCU. No caso dos Municípios, há uma peculiaridade. Estão previstos, na Carta Magna, os Tribunais de Contas dos Municípios (órgão estadual), Tribunal de Contas do Município (veja que não estou repetindo, é diferente) e os Conselhos de Contas dos Municípios (órgão estadual). Entretanto, a própria Constituição vedou a criação de qualquer órgão de contas pelos Municípios, ou seja, só vale o que já tinha. No caso do Tribunal de Contas do Município, sóas cidades do Rio de Janeiro e de São Paulo possuem esse órgão. Reparem que a vedação só atinge o Tribunal de Contas do Município. Os Tribunais de Contas dos Municípios e os Conselhos de Contas dos Municípios são órgãos que podem ser criados pelos Estados. Assim, a fiscalização de municípios pode ser feita por essas Cortes ou diretamente pelo Estado que não criar os órgãos. A Lei nº 8.443/92 Pessoal, quando falamos em controle externo, é fundamental comentarmos um pouco sobre a Lei nº 8.443/92, que é a Lei Orgânica do TCU, ou seja, a Lei que dispõe sobre a sua organização. No seu artigo 4º, temos que o TCU tem jurisdição própria e privativa. Isso corrobora o que já falamos: o Tribunal não se subordina ao Congresso Nacional. Vejamos o arrolamento de responsáveis que estão sob jurisdição do TCU: • Qualquer pessoa ou órgão que administre valores públicos ou pelos quais a União responda; • Aqueles que causarem a perda, extravio ou qualquer irregularidade de que resulte dano ao Erário; • Dirigentes ou liquidantes das empresas cujo patrimônio venha a integrar o patrimônio de uma entidade pública; • Responsáveis pelas contas nacionais das supranacionais; • Responsáveis por entidades com PJ de direito privado que recebam contribuições parafiscais e prestem serviço de interesse público ou social; GESTÃO PÚBLICA - PACOTE AGENTE ESTADUAL DE TRÂNSITO (DETRAN-SP) PROFESSOR: VINICIUS OLIVEIRA RIBEIRO Prof. Vinicius Ribeiro www.pontodosconcursos.com.br 31 • Aqueles que lhe devam prestar contas por determinação legal; • Responsáveis pela aplicação de recursos repassados pela União; • Os sucessores dos responsáveis até o limite do valor transferido; Tomada de Contas Especial O que vem a ser Tomada de Contas Especial – TCE? Eu explico em uma palavra: problema. Se tudo correr bem na execução de recursos públicos (execução de convênio) e na prestação de contas, não haverá TCE. Vejamos a definição legal: TCE é um processo instaurado que tem por objetivo apurar fatos (O QUE), identificar responsáveis (QUEM) e quantificar o dano (QUANTO). Em que situações ocorre a Tomada de Contas Especial? • Omissão no dever de prestar contas; • Não comprovação da aplicação dos recursos repassados pela União; • Ocorrência de desfalque ou desvio de valores públicos; • Prática de ato ilegal, ilegítimo ou antieconômico de que resulte dano ao Erário Nos casos elencados acima, a autoridade competente deverá adotar as providências com vistas à instauração da TCE. Vejamos um caso prático para facilitar o entendimento. O Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação - FNDE (autarquia federal onde eu trabalhei) tem entre suas funções a de repassar recursos da educação via convênio para os municípios, estados e entidades privadas, sendo recursos da União. Quando os setores de prestação de contas detectam problemas, o responsável é diligenciado para sanar o problema (já começam as providências para resolver uma das quatro situações elencadas acima). Caso nada seja feito por parte do Município, o FNDE deverá instaurar o Processo de TCE. Se o valor do dano for igual ou superior ao limite fixado anualmente pelo TCU (princípio da economicidade), esse processo, após tramitação interna, irá para o Sistema de Controle Interno do Poder Executivo, no caso a Controladoria-Geral da União - CGU. Depois da CGU, o processo é encaminhado para o TCU julgar as contas de quem causou dano ao Erário. Caso o FNDE não tenha tomado as providências necessárias, o próprio TCU irá determinar a instauração do processo. GESTÃO PÚBLICA - PACOTE AGENTE ESTADUAL DE TRÂNSITO (DETRAN-SP) PROFESSOR: VINICIUS OLIVEIRA RIBEIRO Prof. Vinicius Ribeiro www.pontodosconcursos.com.br 32 Vejamos agora a parte de decisões em processo de tomada ou prestação de contas. Essas decisões nos julgamentos que profere o TCU podem ser preliminares, definitivas ou terminativas. Preliminar: antes da pronuncia quanto ao mérito, o julgamento é sobrestado (suspenso), sendo ordenada a citação ou a audiência dos responsáveis. Definitivas: o TCU julga as contas regulares, regulares com ressalva ou irregulares. Terminativas: o TCU determina o trancamento das contas que forem consideradas iliquidáveis – caso fortuito ou força maior torna impossível o julgamento do mérito. Vejamos as decisões definitivas. Regulares: quando expressarem a exatidão dos demonstrativos e a economicidade dos atos de gestão. Regulares com ressalva: quando evidenciarem impropriedades ou qualquer outra falta de natureza formal que não resulte dano ao Erário. Irregulares: nas 4 situações elencadas acima para instauração de TCE. O TCU poderá também julgar irregulares as contas de reincidentes que descumprirem determinação do Tribunal. Questões. 11) (FCC TCE-RO 2010) A quitação plena será dada pelo Tribunal de Contas quando a) julgar as contas regulares ou regulares com ressalvas. b) registrar os atos de aposentadoria, pensão ou admissão de pessoal. c) julgar as contas regulares. d) julgar as contas regulares com ressalvas. e) arquivar processo de apuração de denúncia. Pessoal, um administrador está “quite” com o TCU se suas contas estiverem regulares. As regulares com ressalva mostram pendências que o administrador deve resolver. Gabarito: C 12) (FCC TCE-SE 2011) Considerando sua natureza jurídica, o Tribunal de Contas é órgão que a) integra o Poder Executivo e exerce o controle externo. GESTÃO PÚBLICA - PACOTE AGENTE ESTADUAL DE TRÂNSITO (DETRAN-SP) PROFESSOR: VINICIUS OLIVEIRA RIBEIRO Prof. Vinicius Ribeiro www.pontodosconcursos.com.br 33 b) integra o Poder Legislativo e exerce o controle externo. c) integra o Poder Judiciário e exerce o controle externo. d) auxilia o Poder Executivo quando este exerce o controle externo. e) auxilia o Poder Legislativo quando este exerce o controle externo. O TCU, apesar de fazer parte do Poder Legislativo, auxilia-o na função de controle externo. Gabarito: E 13) (FCC TCE-SE 2011) Compete ao Tribunal de Contas do Estado de Sergipe apreciar, para fins de registro, a legalidade dos atos de a) admissão de pessoal, inclusive as nomeações para cargo de natureza especial. b) concessão de pensão, inclusive as melhorias posteriores que não alterem o fundamento legal do ato concessório. c) admissão de pessoal, inclusive os das empresas públicas municipais. d) concessão de pensão, ressalvadas as melhorias posteriores que alterem o fundamento legal do ato concessório. e) admissão de pessoal, inclusive as nomeações para cargo de provimento em comissão. Vejamos os itens: a) as nomeações para cargo de provimento em comissão ou de natureza especial não estão abarcadas. b) se não altera o fundamento legal, a apreciação não é necessária. c) essa é a nossa resposta. Essas empresas estão na jurisdição do TCE-SE. d) se altera o fundamento legal, deve haver a apreciação. e) as nomeações para cargo de provimento em comissão não estão abarcadas. Gabarito: C 14) (FCC TCE-SE 2011) Na hipótese de caso fortuito ou de força maior, comprovadamente alheio à vontade do responsável, tornar materialmente impossível o julgamento de mérito, as contas devem ser consideradas a) regulares. GESTÃO PÚBLICA - PACOTE AGENTE ESTADUAL DE TRÂNSITO (DETRAN-SP) PROFESSOR: VINICIUS OLIVEIRA RIBEIRO Prof. Vinicius Ribeiro www.pontodosconcursos.com.br 34 b) regulares com ressalva. c) suspensas. d) iliquidáveis. e) extraordinárias.Terminativas: o TCU determina o trancamento das contas que forem consideradas iliquidáveis – caso fortuito ou força maior torna impossível o julgamento do mérito. Gabarito: D 15) (FCC TCE-AM 2012) O Tribunal de Contas do Estado do Amazonas tem a missão constitucional de fiscalização a) instrumental. b) social. c) gerencial. d) institucional. e) operacional. A Constituição Federal de 1988 consignou, nos artigos 70 a 75, o assunto “fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial”. Gabarito: E Vale a Pena Estudar de Novo 16) (CESGRANRIO PETROBRÁS DISTRIBUIDORA 2012) Uma rede de postos de gasolina atua em cinco estados brasileiros, comercializando apenas combustíveis. Percebendo que as receitas haviam estagnado, o gerente de marketing da rede decidiu colocar à venda nos postos acessórios para automóveis, alimentos, bebidas, revistas e jornais. Levando em conta a matriz de expansão produto-mercado de Ansoff, classifica-se a estratégia dessa rede como (A) penetração de mercado (B) desenvolvimento de mercados (C) desenvolvimento de produtos GESTÃO PÚBLICA - PACOTE AGENTE ESTADUAL DE TRÂNSITO (DETRAN-SP) PROFESSOR: VINICIUS OLIVEIRA RIBEIRO Prof. Vinicius Ribeiro www.pontodosconcursos.com.br 35 (D) diversificação (E) diferenciação Repare que estamos falando de um produto novo para a empresa em um mercado já existente, tradicional. Sendo assim, temos o desenvolvimento de produtos. Gabarito: C 17) (CESGRANRIO PETROBRÁS 2010) Em função da crise financeira mundial, o conselho diretor de um conglomerado industrial decidiu pelo desinvestimento em uma unidade estratégica de negócios cuja participação relativa de mercado é baixa, apesar da taxa de crescimento do mercado ser alta. Segundo a matriz BCG, eles classificaram a unidade como um(a) a) abacaxi b) cão c) ponto de interrogação d) estrela e) vaca leiteira Nessa questão, de cara, podemos eliminar duas assertivas: a) e b). Abacaxi e cão são a mesma coisa na matriz BCG. Vejam que o texto fala em alta taxa de crescimento em uma participação no mercado pequena. Ninguém sabe o que vai ocorrer. Esse mercado é mesmo promissor ou é “fogo de palha” para a empresa? Ponto de interrogação é a resposta Gabarito: C 18) (CESGRANRIO ELETROBRÁS 2010) O modelo das cinco forças de Michael Porter é uma ferramenta bastante utilizada para análise da indústria de uma organização. As cinco forças de Porter são: a) Poder de negociação de fornecedores, Poder de negociação de compradores, Penetração de mercado dos concorrentes, Ameaça de substitutos e Rivalidade de concorrentes. b) Poder de negociação de fornecedores, Poder de negociação de compradores, Cultura de uso de mercado, Ameaça de substitutos e Rivalidade de concorrentes. c) Poder de negociação de fornecedores, Poder de negociação de compradores, Penetração de mercado dos concorrentes, Cultura de uso de mercado e Rivalidade de concorrentes. GESTÃO PÚBLICA - PACOTE AGENTE ESTADUAL DE TRÂNSITO (DETRAN-SP) PROFESSOR: VINICIUS OLIVEIRA RIBEIRO Prof. Vinicius Ribeiro www.pontodosconcursos.com.br 36 d) Ameaça de novos entrantes, Poder de negociação de fornecedores, Poder de negociação de compradores, Ameaça de substitutos e Rivalidade de concorrentes. e) Ameaça de novos entrantes, Poder de negociação de fornecedores, Poder de negociação de compradores, Cultura de uso de mercado e Rivalidade de concorrentes. Como falamos, as cinco forças de Porter são: novos concorrentes (entrantes), poder de barganha dos fornecedores e dos clientes, ameaça de produtos e serviços substitutos e a rivalidade entre os concorrentes da indústria em voga. Gabarito: D 19) (CESGRANRIO BACEN 2010) O modelo das cinco forças da concorrência, proposto por Michael Porter, permite ampliar a arena para a análise competitiva e reconhecer novas condições, que podem alterar a forma como ocorre a competição em dado setor e os efeitos sobre a atratividade da indústria. São fatores que aumentam a atratividade de uma indústria, tornando os retornos das empresas instaladas superiores àqueles de outros setores: a) existência de ativos especializados e retaliação esperada das empresas da indústria. b) elevados requisitos de capital e economias de escala. c) facilidade de acesso a canais de distribuição e baixos custos de mudanças aos clientes. d) poder de barganha das empresas frente a consumidores e fornecedores. e) crescimento lento da indústria e elevada diferenciação de produtos. Vejamos item por item. A questão pede elementos que aumentam a atratividade de uma indústria, evidenciando empresas lucrativas e instigando novos entrantes a se aventurarem no mercado. a) A especialização sempre ocorre com o tempo. Assim, novos entrantes partem de um nível inferior àqueles que já estão especializados. Além disso, se há retaliação de concorrentes, não há atratividade para novas empresas. b) Como já falamos, necessidade de capital e economia de escala representam barreiras de entrada para novas empresas. c) Se os clientes possuem baixo custo para mudar, a indústria passa a não ser tão atrativa, já que o fim dos negócios com um cliente pode representar sérios prejuízos às empresas. GESTÃO PÚBLICA - PACOTE AGENTE ESTADUAL DE TRÂNSITO (DETRAN-SP) PROFESSOR: VINICIUS OLIVEIRA RIBEIRO Prof. Vinicius Ribeiro www.pontodosconcursos.com.br 37 d) Se as empresas da indústria possuem poder de negociação perante os fornecedores e clientes, elas conseguem excelentes contratos, gerando lucratividade para as empresas e atratividade da indústria. e) Se a indústria cresce lentamente, cada ganho de um concorrente representa a perda de outro, o que de fato não é atrativo. Gabarito: D 20) (CESGRANRIO PETROBRÁS 2010) Um empresário possui uma rede de postos de combustível, localizados em um bairro de classe média baixa. Ao perceber o acirramento da concorrência, resolveu criar a sua própria distribuidora. Para tal, comprou alguns caminhões-tanque. Isso permitiu incorporar a margem de lucro referente à atividade de transporte e praticar preços ligeiramente mais baixos, quando necessário. Nesse caso, trata-se de uma estratégia genérica de a) liderança em custo. b) liderança em diferenciação. c) diferenciação. d) foco em diferenciação. e) foco em custo. Uma vez que a empresa adotou medidas visando a prática de preços mais baixos para vencer a concorrência, trata-se de uma estratégia de custos. Gabarito: E 21) (CESGRANRIO PETROBRÁS DISTRIBUIDORA 2012) Com o fim de alguns mecanismos de proteção do setor petroquímico em um determinado país, uma empresa local produtora de polietileno viu-se inevitavelmente obrigada a competir com poderosas empresas multinacionais. Os dirigentes perceberam que os modelos de produção e gestão estavam ultrapassados e, além disso, os seus clientes passavam a poder acessar produtos importados com qualidade superior. As opções colocadas ao conselho de administração da empresa eram duas: venda total da empresa para um competidor ou tornar-se parte de uma aliança com alguns dos competidores. Dada a situação apresentada, a companhia local pode ser classificada como (A) contendora (B) extensora GESTÃO PÚBLICA - PACOTE AGENTE ESTADUAL DE TRÂNSITO (DETRAN-SP) PROFESSOR: VINICIUS OLIVEIRA RIBEIRO Prof. Vinicius Ribeiro www.pontodosconcursos.com.br 38 (C) defensora (D) investidora (E) dodger Tendo em vista o que foi colocado ao conselho de administração,podemos classificar como dodger. Gabarito: E 22) (CESGRANRIO PETROBRÁS 2010) A formulação estratégica abrange uma série de atividades que a alta administração deve realizar no sentido de alcançar resultados consistentes. O conjunto de atividades pode ser dividido em alguns passos, como os apresentados a seguir. I - Analisar oportunidades e ameaças do ambiente interno. II - Analisar os pontos fortes e fracos do ambiente externo. III - Estabelecer a missão organizacional e seus objetivos gerais. IV - Formular estratégias a partir da análise dos ambientes interno e externo. Estão corretos APENAS os passos a) I e II. b) I e III. c) I e IV. d) II e III. e) III e IV. Vejamos item por item. I) As oportunidades e ameaças, fatores não controláveis, estão no ambiente externo. Item errado. II) Os pontos fortes e fracos, fatores controláveis, estão no ambiente interno. Item errado. III) Além disso, são definidos os valores e a visão. Item certo. IV) As estratégias são formuladas após os objetivos, delineando a maneira de cumpri-los. Item certo. Gabarito: E GESTÃO PÚBLICA - PACOTE AGENTE ESTADUAL DE TRÂNSITO (DETRAN-SP) PROFESSOR: VINICIUS OLIVEIRA RIBEIRO Prof. Vinicius Ribeiro www.pontodosconcursos.com.br 39 23) (CESGRANRIO PETROBRÁS 2010) O ambiente de uma organização que atua na indústria petrolífera é dado por todas as condições e influências externas que afetam seu desenvolvimento, sendo relevantes à tomada de decisão, por exemplo, a construção de uma nova refinaria. Muitas podem ser as influências externas, EXCETO a a) competência, porque a experiência de refinar e distribuir um produto pode servir como base para explorar uma descoberta e conviver com seu sucesso. b) tecnologia, porque os avanços tecnológicos trazem mudanças aos processos produtivos, à concepção de novos produtos e ao nível de automação. c) ecologia, porque a escolha da localização deve considerar a disponibilidade e o acesso a recursos, assim como impactos em água, ar, trânsito e qualidade de vida. d) economia, porque o monitoramento de tendências econômicas evita que a empresa seja pega de surpresa para que seus investimentos alcancem o retorno esperado. e) sociedade, porque os desenvolvimentos sociais são importantes devido a mudanças nos padrões de trabalho, na noção de diversidade e igualdade de grupos minoritários e de mulheres. A tecnologia, a ecologia, a economia e a sociedade são fatores não controláveis da empresa, estão externos, fora da organização. A competência é um aspecto interno da empresa, sendo a exceção na questão. Gabarito: A 24) (CESGRANRIO BACEN 2010) O conceito de estratégia tem sido usado de maneira indiscriminada no campo da gestão, associado a práticas diversas ou como forma de qualificar e aumentar a importância de uma ideia ou conceito. Tendo sua origem geralmente associada ao grego strategos, ou à arte dos generais, a estratégia mostra-se como um conceito multidimensional e situacional. Há, contudo, ideias que são consensualmente aceitas pelas diversas correntes do pensamento organizacional e por principais autores contemporâneos como ligadas à estratégia. A esse respeito, considere as afirmativas abaixo. I - Estratégia pressupõe uma inseparabilidade entre a organização e seu ambiente. II - A estratégia exige a construção de planos detalhados. GESTÃO PÚBLICA - PACOTE AGENTE ESTADUAL DE TRÂNSITO (DETRAN-SP) PROFESSOR: VINICIUS OLIVEIRA RIBEIRO Prof. Vinicius Ribeiro www.pontodosconcursos.com.br 40 III - Todas as organizações têm, subjacentes ao seu comportamento, uma estratégia implícita ou explícita. IV - A formulação da estratégia envolve um processo de construção racional e formal. Estão corretas APENAS as afirmativas a) I e II. b) I e III. c) II e III. d) III e IV. e) I, II e IV. Vejamos item por item. I) Correto. No campo estratégico, o ambiente externo deve estar completamente relacionado com a organização. II) Errado. Detalhamento está no plano tático e operacional. III) Certo. Mesmo sem saber, todos possuem uma estratégia. IV) Errado. Não necessariamente o processo é racional/formal. Gabarito: B Exercícios Trabalhados 1) (FCC SEFAZ-SP 2010) Uma das características do orçamento-programa é a utilização sistemática de indicadores e padrões de medição do trabalho e dos resultados. Para isso, é feita uma diferenciação entre os produtos finais dos programas e os produtos intermediários necessários para alcançar os seus objetivos. É produto final de um programa da área de saúde: a) o percentual da população atendida pelo programa de vacinação. b) o número de postos de saúde construídos. c) o número de medicamentos distribuídos. d) o total de consultas médicas realizadas. e) a redução da mortalidade infantil. 2) (FCC PGE-RJ 2009) Sobre os modelos de Orçamento Público: GESTÃO PÚBLICA - PACOTE AGENTE ESTADUAL DE TRÂNSITO (DETRAN-SP) PROFESSOR: VINICIUS OLIVEIRA RIBEIRO Prof. Vinicius Ribeiro www.pontodosconcursos.com.br 41 I. O orçamento de base zero é uma técnica utilizada para a confecção do orçamento-programa, consistindo basicamente em uma análise crítica de todos os recursos solicitados pelos órgãos governamentais e no questionamento acerca das reais necessidades de cada área, não havendo compromisso com qualquer montante inicial de dotação. II. O orçamento tradicional ou clássico é aquele em que constam apenas a fixação da despesa e a previsão da receita, sem nenhuma espécie de planejamento das ações do governo. III. O orçamento de desempenho ou por realizações pode ser entendido como um plano de trabalho, um instrumento de planejamento da ação do governo, por meio da identificação dos seus programas de trabalho, projetos e atividades, além do estabelecimento de objetivos e metas a serem implementados, bem como a previsão dos custos relacionados. IV. Apesar de ser um passo importante, o orçamento-programa ainda se encontra desvinculado de um planejamento central das ações do governo. V. No orçamento de desempenho ou por realizações o gestor se preocupa com o resultado dos gastos e não apenas com o gasto em si, ou seja, preocupa-se em saber o que o governo faz e não o que governo compra. a) Estão corretas APENAS as afirmativas III, IV e V. b) Estão corretas APENAS as afirmativas I e II. c) Estão corretas APENAS as afirmativas I, II e V. d) Estão corretas APENAS as afirmativas II, III e IV. e) Estão corretas APENAS as afirmativas III e IV. 3) (CESGRANRIO PETROBRÁS 2010) Lei Sarbanes-Oxley promoveu ampla regulação na vida corporativa, fundamentada nas boas práticas de governança corporativa. Seus focos são quatro valores ou princípios: compliance, accountability, disclosure e fairness. A constituição de um comitê de auditoria para acompanhar a atuação dos auditores e dos números da companhia está vinculada aos princípios de a) compliance e disculosure. b) compliance e fairness. c) apenas accountabilitty. d) apenas compliance. e) disclosure e fairness. GESTÃO PÚBLICA - PACOTE AGENTE ESTADUAL DE TRÂNSITO (DETRAN-SP) PROFESSOR: VINICIUS OLIVEIRA RIBEIRO Prof. Vinicius Ribeiro www.pontodosconcursos.com.br 42 4) (CESGRANRIO PETROBRÁS 2010) A Governança Corporativa tem como um dos seus pilares a constituição e o funcionamento de um Conselho de Administração. Uma das melhores práticas de Governança Corporativa, vinculada ao Conselho de Administração, é a a) criação de um comitê de auditoria.b) elaboração de um Manual de Procedimentos Internos. c) aplicação de um sistema de árvore funcional. d) separação das funções de presidente do Conselho e executivo chefe. e) criação de um sistema de avaliação de desempenho justo e transparente. 5) (FCC PREFEITURA DE SÃO PAULO 2012) A criação e a gestão de redes organizacionais pressupõem a) a formação de capital humano altamente qualificado baseado em conhecimentos técnicos continuamente atualizados. b) a introdução de equipamentos de última geração baseados em tecnologia wi-fi. c) a interação entre seus membros e a habilidade de construção coletiva fundada na confiança mútua, que caracteriza a presença de capital social. d) o aperfeiçoamento de cadeias de comando hierarquizado e distribuído de forma matricial. e) o desenvolvimento de estruturas horizontais de participação e controle social democráticos. 6) (FCC TRT 9ª 2013) A estratégia de redes representa um grande potencial de aumento da efetividade da gestão pública. Esta afirmativa é verdadeira, desde que seja evitado o problema típico na gestão de redes organizacionais que é a) a indefinição na responsabilização pela obtenção dos resultados. b) o excesso de atores com influência nas decisões. c) a dificuldade de gerir uma grande quantidade de informação. d) a rigidez formal dos processos de gestão em rede. e) a necessidade de aumentar a cadeia hierárquica burocrática. 7) (CESGRANRIO BACEN 2010) Fóruns internos de discussão, intranet e canais de diálogo com a diretoria são ferramentas recentes de comunicação que, junto com as antigas caixas de sugestões, são transformadas em ouvidorias e serviços de atendimento ao cliente interno das organizações. Tais ferramentas GESTÃO PÚBLICA - PACOTE AGENTE ESTADUAL DE TRÂNSITO (DETRAN-SP) PROFESSOR: VINICIUS OLIVEIRA RIBEIRO Prof. Vinicius Ribeiro www.pontodosconcursos.com.br 43 a) ampliam o processo de controle sobre as ações e o comportamento das pessoas. b) aumentam o sentimento de pertencimento às redes de contato dos funcionários. c) modificam as normas éticas de conduta entre os colaboradores e fornecedores. d) reforçam o compromisso do funcionário em relação ao desempenho organizacional. e) transformam a cultura organizacional e os processos técnico- administrativos. 8) (FCC TCM-CE 2010) O pressuposto central da excelência no serviço público é a a) garantia de um atendimento impessoal e padronizado a todos os cidadãos. b) obrigação de participação direta dos cidadãos nas decisões em todos os âmbitos da administração pública. c) atenção prioritária ao cidadão e à sociedade na condição de usuários de serviços públicos. d) publicação de toda a legislação e dos procedimentos que envolvem os atos da administração pública. e) redução dos gastos e a racionalização dos serviços em todos os âmbitos da administração pública. 9) (CESPE DPU 2010) Conscientes de que resultados positivos só serão alcançados na medida em que o usuário esteja cada vez mais satisfeito, os órgãos públicos que realizam atividades de atendimento vêm investindo na busca da excelência do serviço. Acerca do atendimento à população em órgãos públicos, assinale a opção correta. A O atendimento ao usuário no serviço público deve ser customizado, pois o cliente deve ser compreendido como alguém com necessidades únicas. B A satisfação de todas as necessidades do cliente é requisito básico ao atendimento de qualidade. C A padronização e a uniformização dos procedimentos de atendimento ao público contribuem para a eficiência e a qualidade da prestação de serviços. D A prestação de informações fidedignas causa morosidade no atendimento e, consequentemente, sobrecarga de trabalho, o que, muitas vezes, justifica atendimento desinteressado. GESTÃO PÚBLICA - PACOTE AGENTE ESTADUAL DE TRÂNSITO (DETRAN-SP) PROFESSOR: VINICIUS OLIVEIRA RIBEIRO Prof. Vinicius Ribeiro www.pontodosconcursos.com.br 44 E As normas institucionais são preponderantes no atendimento ao público e ignorá-las constitui conduta antiética. 10) (CESPE DPU 2010) São muitas as variáveis que interferem na execução do serviço de atendimento ao público. Considerando essas variáveis e a influência que elas exercem na qualidade do atendimento, assinale a opção correta. A A prestação de serviço nas organizações públicas, que está diretamente relacionada ao próprio negócio, configura-se como missão dessas organizações. B Ética no atendimento ao cliente é definida como o que é correto ou bom na conduta do atendimento, e a preocupação com o que deve ser feito limita-se ao que determinam as leis que regem o serviço realizado. C O conhecimento do atendente acerca do serviço a ser prestado é condição suficiente para um atendimento de qualidade. D O êxito da opção por uma forma diferenciada de prestação de serviços públicos pressupõe um atendimento que considere apenas padrões de excelência oriundos da organização do trabalho. E A satisfação dos usuários não possui relação com as condições de trabalho do atendente. 11) (FCC TCE-RO 2010) A quitação plena será dada pelo Tribunal de Contas quando a) julgar as contas regulares ou regulares com ressalvas. b) registrar os atos de aposentadoria, pensão ou admissão de pessoal. c) julgar as contas regulares. d) julgar as contas regulares com ressalvas. e) arquivar processo de apuração de denúncia. 12) (FCC TCE-SE 2011) Considerando sua natureza jurídica, o Tribunal de Contas é órgão que a) integra o Poder Executivo e exerce o controle externo. b) integra o Poder Legislativo e exerce o controle externo. c) integra o Poder Judiciário e exerce o controle externo. d) auxilia o Poder Executivo quando este exerce o controle externo. e) auxilia o Poder Legislativo quando este exerce o controle externo. GESTÃO PÚBLICA - PACOTE AGENTE ESTADUAL DE TRÂNSITO (DETRAN-SP) PROFESSOR: VINICIUS OLIVEIRA RIBEIRO Prof. Vinicius Ribeiro www.pontodosconcursos.com.br 45 13) (FCC TCE-SE 2011) Compete ao Tribunal de Contas do Estado de Sergipe apreciar, para fins de registro, a legalidade dos atos de a) admissão de pessoal, inclusive as nomeações para cargo de natureza especial. b) concessão de pensão, inclusive as melhorias posteriores que não alterem o fundamento legal do ato concessório. c) admissão de pessoal, inclusive os das empresas públicas municipais. d) concessão de pensão, ressalvadas as melhorias posteriores que alterem o fundamento legal do ato concessório. e) admissão de pessoal, inclusive as nomeações para cargo de provimento em comissão. 14) (FCC TCE-SE 2011) Na hipótese de caso fortuito ou de força maior, comprovadamente alheio à vontade do responsável, tornar materialmente impossível o julgamento de mérito, as contas devem ser consideradas a) regulares. b) regulares com ressalva. c) suspensas. d) iliquidáveis. e) extraordinárias. 15) (FCC TCE-AM 2012) O Tribunal de Contas do Estado do Amazonas tem a missão constitucional de fiscalização a) instrumental. b) social. c) gerencial. d) institucional. e) operacional. 16) (CESGRANRIO PETROBRÁS DISTRIBUIDORA 2012) Uma rede de postos de gasolina atua em cinco estados brasileiros, comercializando apenas combustíveis. Percebendo que as receitas haviam estagnado, o gerente de marketing da rede decidiu colocar à venda nos postos acessórios para automóveis, alimentos, bebidas, revistas e jornais. Levando em conta a matriz de expansão produto-mercado de Ansoff, classifica-se a estratégia dessa rede como GESTÃO PÚBLICA - PACOTE AGENTE ESTADUALDE TRÂNSITO (DETRAN-SP) PROFESSOR: VINICIUS OLIVEIRA RIBEIRO Prof. Vinicius Ribeiro www.pontodosconcursos.com.br 46 (A) penetração de mercado (B) desenvolvimento de mercados (C) desenvolvimento de produtos (D) diversificação (E) diferenciação 17) (CESGRANRIO PETROBRÁS 2010) Em função da crise financeira mundial, o conselho diretor de um conglomerado industrial decidiu pelo desinvestimento em uma unidade estratégica de negócios cuja participação relativa de mercado é baixa, apesar da taxa de crescimento do mercado ser alta. Segundo a matriz BCG, eles classificaram a unidade como um(a) a) abacaxi b) cão c) ponto de interrogação d) estrela e) vaca leiteira 18) (CESGRANRIO ELETROBRÁS 2010) O modelo das cinco forças de Michael Porter é uma ferramenta bastante utilizada para análise da indústria de uma organização. As cinco forças de Porter são: a) Poder de negociação de fornecedores, Poder de negociação de compradores, Penetração de mercado dos concorrentes, Ameaça de substitutos e Rivalidade de concorrentes. b) Poder de negociação de fornecedores, Poder de negociação de compradores, Cultura de uso de mercado, Ameaça de substitutos e Rivalidade de concorrentes. c) Poder de negociação de fornecedores, Poder de negociação de compradores, Penetração de mercado dos concorrentes, Cultura de uso de mercado e Rivalidade de concorrentes. d) Ameaça de novos entrantes, Poder de negociação de fornecedores, Poder de negociação de compradores, Ameaça de substitutos e Rivalidade de concorrentes. e) Ameaça de novos entrantes, Poder de negociação de fornecedores, Poder de negociação de compradores, Cultura de uso de mercado e Rivalidade de concorrentes. GESTÃO PÚBLICA - PACOTE AGENTE ESTADUAL DE TRÂNSITO (DETRAN-SP) PROFESSOR: VINICIUS OLIVEIRA RIBEIRO Prof. Vinicius Ribeiro www.pontodosconcursos.com.br 47 19) (CESGRANRIO BACEN 2010) O modelo das cinco forças da concorrência, proposto por Michael Porter, permite ampliar a arena para a análise competitiva e reconhecer novas condições, que podem alterar a forma como ocorre a competição em dado setor e os efeitos sobre a atratividade da indústria. São fatores que aumentam a atratividade de uma indústria, tornando os retornos das empresas instaladas superiores àqueles de outros setores: a) existência de ativos especializados e retaliação esperada das empresas da indústria. b) elevados requisitos de capital e economias de escala. c) facilidade de acesso a canais de distribuição e baixos custos de mudanças aos clientes. d) poder de barganha das empresas frente a consumidores e fornecedores. e) crescimento lento da indústria e elevada diferenciação de produtos. 20) (CESGRANRIO PETROBRÁS 2010) Um empresário possui uma rede de postos de combustível, localizados em um bairro de classe média baixa. Ao perceber o acirramento da concorrência, resolveu criar a sua própria distribuidora. Para tal, comprou alguns caminhões-tanque. Isso permitiu incorporar a margem de lucro referente à atividade de transporte e praticar preços ligeiramente mais baixos, quando necessário. Nesse caso, trata-se de uma estratégia genérica de a) liderança em custo. b) liderança em diferenciação. c) diferenciação. d) foco em diferenciação. e) foco em custo. 21) (CESGRANRIO PETROBRÁS DISTRIBUIDORA 2012) Com o fim de alguns mecanismos de proteção do setor petroquímico em um determinado país, uma empresa local produtora de polietileno viu-se inevitavelmente obrigada a competir com poderosas empresas multinacionais. Os dirigentes perceberam que os modelos de produção e gestão estavam ultrapassados e, além disso, os seus clientes passavam a poder acessar produtos importados com qualidade superior. As opções colocadas ao conselho de administração da empresa eram duas: venda total da empresa para um competidor ou tornar-se parte de uma aliança com alguns dos competidores. Dada a situação apresentada, a companhia local pode ser classificada como (A) contendora GESTÃO PÚBLICA - PACOTE AGENTE ESTADUAL DE TRÂNSITO (DETRAN-SP) PROFESSOR: VINICIUS OLIVEIRA RIBEIRO Prof. Vinicius Ribeiro www.pontodosconcursos.com.br 48 (B) extensora (C) defensora (D) investidora (E) dodger 22) (CESGRANRIO PETROBRÁS 2010) A formulação estratégica abrange uma série de atividades que a alta administração deve realizar no sentido de alcançar resultados consistentes. O conjunto de atividades pode ser dividido em alguns passos, como os apresentados a seguir. I - Analisar oportunidades e ameaças do ambiente interno. II - Analisar os pontos fortes e fracos do ambiente externo. III - Estabelecer a missão organizacional e seus objetivos gerais. IV - Formular estratégias a partir da análise dos ambientes interno e externo. Estão corretos APENAS os passos a) I e II. b) I e III. c) I e IV. d) II e III. e) III e IV. 23) (CESGRANRIO PETROBRÁS 2010) O ambiente de uma organização que atua na indústria petrolífera é dado por todas as condições e influências externas que afetam seu desenvolvimento, sendo relevantes à tomada de decisão, por exemplo, a construção de uma nova refinaria. Muitas podem ser as influências externas, EXCETO a a) competência, porque a experiência de refinar e distribuir um produto pode servir como base para explorar uma descoberta e conviver com seu sucesso. b) tecnologia, porque os avanços tecnológicos trazem mudanças aos processos produtivos, à concepção de novos produtos e ao nível de automação. c) ecologia, porque a escolha da localização deve considerar a disponibilidade e o acesso a recursos, assim como impactos em água, ar, trânsito e qualidade de vida. GESTÃO PÚBLICA - PACOTE AGENTE ESTADUAL DE TRÂNSITO (DETRAN-SP) PROFESSOR: VINICIUS OLIVEIRA RIBEIRO Prof. Vinicius Ribeiro www.pontodosconcursos.com.br 49 d) economia, porque o monitoramento de tendências econômicas evita que a empresa seja pega de surpresa para que seus investimentos alcancem o retorno esperado. e) sociedade, porque os desenvolvimentos sociais são importantes devido a mudanças nos padrões de trabalho, na noção de diversidade e igualdade de grupos minoritários e de mulheres. 24) (CESGRANRIO BACEN 2010) O conceito de estratégia tem sido usado de maneira indiscriminada no campo da gestão, associado a práticas diversas ou como forma de qualificar e aumentar a importância de uma ideia ou conceito. Tendo sua origem geralmente associada ao grego strategos, ou à arte dos generais, a estratégia mostra-se como um conceito multidimensional e situacional. Há, contudo, ideias que são consensualmente aceitas pelas diversas correntes do pensamento organizacional e por principais autores contemporâneos como ligadas à estratégia. A esse respeito, considere as afirmativas abaixo. I - Estratégia pressupõe uma inseparabilidade entre a organização e seu ambiente. II - A estratégia exige a construção de planos detalhados. III - Todas as organizações têm, subjacentes ao seu comportamento, uma estratégia implícita ou explícita. IV - A formulação da estratégia envolve um processo de construção racional e formal. Estão corretas APENAS as afirmativas a) I e II. b) I e III. c) II e III. d) III e IV. e) I, II e IV. GESTÃO PÚBLICA - PACOTE AGENTE ESTADUAL DE TRÂNSITO (DETRAN-SP) PROFESSOR: VINICIUS OLIVEIRA RIBEIRO Prof. Vinicius Ribeiro www.pontodosconcursos.com.br 50 Gabarito: 1)E 2) C 3) C 4) D 5) C 6) A 7) D 8) C 9) C 10) A 11) C 12) E 13) C 14) D 15) E 16) C 17) C 18) D 19) D 20) E 21) E 22) E 23) A 24) B Abração e bons estudos!!!