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Doenças Orificiais Subturma 10: Beatriz Cardoso Caio Liuzzi Geisly Schwatey João Leonardo Lucas Fretes Pedro Henrique Anatomia https://www.palatab.pro/wp-content/uploads/2017/4/painless-hemorrhoid-removal_1.jpeg HEMORROIDA Hemorróida • Conceito: “São coxins arteriovenosos presente na submucosa do canal anal, sustentados por estrutura fibromuscular” • Hemorróidas externas • Hemorróidas internas HEMORROIDA Hemorróidas Internas https://www.palatab.pro/wp-content/uploads/2017/4/painless-hemorrhoid-removal_1.jpeg HEMORROIDA Hemorroida Externa https://www.palatab.pro/wp-content/uploads/2017/4/painless-hemorrhoid-removal_1.jpeg HEMORROIDA Quadro Clínico • Sangramento • Dor* • Prurido • Nódulo ou tumor anal HEMORROIDA Tratamento não cirúrgico Sintomas aliviados/ minimizados por: → Melhor higiene local; → Evitar esforços excessivos; → Alterações dos hábitos alimentares e suplementação; - Sangramentos → suplementação (30 - 45 dias); → Supositórios e pomadas (não prescritos) (?); HEMORROIDA Tratamento não cirúrgico ● Hemorróidas de primeiro e segundo grau → Procedimentos em consultório (fixação de mucosa) - Escleroterapia; - Coagulação com infravermelho; - Sonda de calor; - Eletrocoagulação bipolar; - LIGADURA COM ELÁSTICO (Sintomas ⬇ 79%); HEMORROIDA Tratamento não cirúrgico Ligadura com elástico - conceito - Sangramento e prolapso redutíveis ( até grau III ); - Não recomendado para Trombose hemorroidária externa; Vantagens x Desvantagens - Menor desconforto; - Não necessita de sedação ; - Volta às atividades em curto tempo; - Menos efetiva à longo prazo; - Complicações: dor, bacteremia, queda de banda com sangramento; HEMORROIDA Fonte:http://ornellacassol.com.br/blog/ver/3/Ligadura-el%C3%A1stica-para-hemorr%C3%B3idas HEMORROIDA Caso Clínico (Hemorroidas) Paciente de 62 anos, sexo feminino, hipertensa controlada, com história de sangramento e prolapso hemorroidário há mais de 5 anos com piora no ultimo mês. Refere que o prolapso hemorroidário é redutível com manobras manuais. Ao exame físico observa-se prolapso hemorroidário importante porém redutível, e com sinais de sangramento recente. Paciente recusa o tratamento cirúrgico! HEMORROIDA Foi indicado então a realização de colonoscopia, já que a paciente nunca tinha sido submetida a uma anteriormente para prevenção do câncer colorretal, e ao final do exame programado a realização das ligaduras elásticas. Neste caso, optou-se pela ligadura em toda a circunferência no intuito de realizar uma pexia do prolapso. A paciente evoluiu bem, com dor de moderada intensidade durante os primeiros 2 dias, que foi controlada com analgésicos. Apresentou sangramento em pequena quantidade no sétimo após o procedimento (período em que as bandas caem), e na avaliação após 1 mês referiu não apresentar mais sangramento às evacuações e nem prolapso. Ao exame, presença de alguns plicomas sem prolapso e sem sinais de sangramento. À anuscopia, mantém alguns vasos hemorroidários dilatados (hemorroidas grau I). HEMORROIDA Tratamento Cirúrgico • Indicações de Hemorroidectomia: • Tratamento conservador ineficiente • Hemorróidas prolapsadas • Estrangulamento ou doenças associadas HEMORROIDA Tratamento Cirúrgico • Complicações: • Impactação fecal • Infecção • Retenção urinária • Sangramento arterial HEMORROIDA Apresentação clínica - Fissuras ● Conceito: → “Fissura retal”: errado; → Fissura anal: tecidos anais + sulco anal com separação da fenda glútea. ● Localização: → Pode variar: - Linha média posterior – em homens e mulheres; - Linha média anterior – maior frequência em mulheres; - Fissuras fora destas duas localizações suspeitar: Doença de Crohn, Hidrosadenite supurativa e ISTs. FISSURAS Apresentação clínica - Fissuras • Clínica: → Envolve epitélio escamoso – altamente sensível – doença dolorosa; → Com a defecação – úlcera distende – dor + ligeiro sangramento. ● Características: → Plicoma-sentinela (“pele solta no ânus”), externamente; → Papila anal dilatada, internamente. http://derival.com.br/wp-content/uploads/2017/07/Fissura-Anal- Cr%C3%B4nica.jpg FISSURAS Diagnóstico • Diagnóstico: → História de dor e sangramento com defecação; → + Constipação prévia e inspeção parte posterior do ânus; → = Confirmação do quadro clínico. https://1.bp.blogspot.com/- CBgXrSPE1DA/V8UjSx0QrNI/AAAAAAAAAXA/5O wiOlWzILkNR29fqcX9vQ_KeTCUa07aACEw/s1600 /sembelit.jpg FISSURAS Diagnóstico • Exames: → Digital e Proctoscópio = forte dor + incapacidade de visualizar a úlcera → Realizada analgesia; → Endoscópico – retardado por 4 a 6 semanas - dor resolva com tratamento clínico ou cirúrgico; → Biópsia da lesão atípica – fora das comissuras anterior e posterior ou pelo formato; → Colonoscopia – sempre que suspeitar de doença inflamatória intestinal. FISSURAS Patogênese • A etiopatogenia ainda é incerta. • Traumatismo da passagem de fezes (duras e volumosas) • Constipação,dieta inapropriada, operação anal prévia, • trabalho de parto laborioso e abuso de laxantes. FISSURAS Patogênese • Hipertonia esfincteriana, na dependência do esfíncter parece ter papel central na maioria dos doentes. • Óxido nítrico: principal neurotransmissor inibitório do EAI • Isquemia seletiva do revestimento do canal anal • Pressao anal: maior que nos indivíduos saudáveis. • Pressão elevada e sustentada -> comprime e colapsa as arteríolas, comprometendo a vascularização do epitélio de revestimento do canal anal. FISSURAS Patogênese • Inicialmente: lesão superficial, restrita ao canal anal. • Crônica: forma úlcera que pode se aprofundar até expor a musculatura do esfíncter anal interno. • Formação do plicoma sentinela. • Hipertrofia da papila anal (papilite crônica hipertrófica), também conhecida como pólipo anal. FISSURAS Patogênese • Fissuras primárias ou idiopáticas: Já descritas • Secundarias: após cirurgias anais, doença de crohn, retocolite ulcerativa e tuberculose. . Tríade da FAC: • fissura anal profunda em linha média • papila anal hipertrófica • plicoma sentinela. FISSURAS Fonte:https://pt.slideshare.net/selmiss/fisura-anal-21560080/7?smtNoRedir=1 FISSURAS Fonte: https://www.passeidireto.com/arquivo/17189196/seminario-doencas-anorretais Fonte:http://3.bp.blogspot.com/- dvhmExnj9o4/Vm7_KkRnJwI/AAAAAAAABMM/_75GlV20nc0/s1600/papila%2Banal.jpg FISSURAS Fonte:https://pt.slideshare.net/iluso65/fisura-anal/11?smtNoRedir=1 FISSURAS Tratamento Clínico • Primeira medida à ser tomada no tratamento de fissura anal. • 70% de taxa de sucesso. • Manutenção de uma boa atividade intestinal. • Banhos em assento de água morna. • Medicamentos: diltiazem 2% e nifedipina 0,3%. • Toxina botulínica tambem é uma boa opção porém tem um preço elevado. FISSURAS Tratamento cirúrgico • Realizado em casos de fissuras crônicas ou não responsivas ao tratamento clínico. • Tratamento padrão ouro é a esfincterectomia. • Remoção da fissura com recobrimento da ferida com rotação de um retalho cutâneo- mucoso. FISSURAS Esfincterectomia • Secção do EIA de aproximadamente 2 ou 3cm • Diminuição da pressão na fissura anal. • Impedimento da contração reflexa após a passagem das fezes. • 90% de taxa de sucesso https://www.sbcp.org.br/revista/nbr214/P239_245.htm FISSURAS Bibliografia • Townsend, C.; Sabiston - Tratado de Cirurgia. 19. ed. Elsevier; • Disponível em: http://derival.com.br/doencas/doencas-do-anus/fissura-anal/ Acesso em 09/05/2018.