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VERSÃO REVISADA 2016 = "IDEOLOGIA DE GÊNERO"? Explicando as CONFUSÕES TEÓRICAS presentes na CARTILHA / Profª Jimena Furlani 1/9
"IDEOLOGIA DE GÊNERO"?
Explicando as
CONFUSÕES TEÓRICAS
presentes na CARTILHA
NOTA sobre autoria: Na versão publicada no dia 08 de julho de 2015, em meu facebook, mencionei ser
"desconhecida" a autoria, data e local de publicação. No entanto, dando continuidade aos meus estudos e
pesquisas sobre o tema, localizei num vídeo, tal informação. Assume a autoria, Felipe Nery (Presidente do
Observatório Interamericano de Biopolítica), aos 57min12s no vídeo intitulado "Prof. Felipe Neri - Ideologia
de Gênero e Plano Municipal de Educação", publicado no youtube no dia 18 de abril de 2015.
(https://www.youtube.com/watch?v=7pSUXG-URyw ).
Comentários: Profº Drª Jimena Furlani
Universidade do Estado de Santa Catarina
Centro de Ciências Humanas e da Educação
Laboratório de Estudos de Gênero e Família
Primeira versão: Florianópolis, 08 de julho de 2015
Versão Revisada (ATUAL): Florianópolis, 31 de janeiro de 2016
Contatos: jimena.udesc@gmail.com Facebook: Jimena Furlani
Como citar: FURLANI, Jimena. "Ideologia de Gênero"? Explicando as confusões teóricas presentes
na cartilha. Versão Revisada 2016. Florianópolis: FAED, UDESC. Laboratório de Estudos de Gênero e
Família, 09pp, 2016. Disponível em: <https://www.facebook.com/jimena.furlani>. Acesso em:
31janeiro2016.
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O termo "ideologia de gênero" NÃO ESTÁ
PRESENTE, não é de uso no contexto das
Teorias de Gênero. Esse termo, essa
expressão, foi criada/inventada, recentemente,
no interior de alguns discursos religiosos. Trata-
se de uma INTERPRETAÇÃO, EQUIVOCADA
e CONFUSA, que não reflete o entendimento
de "Gênero" presente na Educação e na
escolarização brasileiras, nas práticas docentes
e/ou nos cursos de formação inicial e
continuada de professoras/as.
Esse termo ("ideologia de gênero") não nos diz muita coisa, ou seja,
não é possível saber, inicialmente, o que ele significa, pois os Estudos
de Gênero são desenvolvidos por muitos campos do conhecimento
cientifico como: a história, a antropologia, a sociologia, a pedagogia, a
filosofia, a política, a linguística, a biologia, a mídia, etc. Da mesma
forma, a palavra IDEOLOGIA, também pode adquirir muitos e diferente
significados e usos. Portanto, o CONTEÚDO dessa CARTILHA reflete
uma INTERPRETAÇÃO, de conceitos dos Estudos de Gênero, feita por
aqueles que a produziram.,
IDEOLOGIA
"[...] conjunto de IDEIAS,
PRINCÍPIOS, e VALORES que
refletem uma determinada
VISÃO DE MUNDO, orientando
uma forma de ação, sobretudo
uma prática política. P.ex.:
ideologia fascista, ideologia de
esquerda, a ideologia dos
românticos, etc.". (Dicionário
Básico de Filosofia, Japiassu &
Marcondes, 1990, p.127).
Essas interpretações e conclusões são
CONFUSAS e tem servido para deixar as
pessoas alarmadas e contrárias à
inserção do tema (gênero) nos Planos
Municipais e Estaduais de Educação.
Isso é lamentável! O termo "ideologia de
gênero" tem sido disseminado como se
os Estudos de Gênero fossem uma
ameaça à sociedade brasileira.
Os Estudos de Gênero são propostas teóricas e reflexões que buscam
combater a violência contra a mulher e as crianças, defendem o respeito
às diferenças, à diversidade e entendem que a sociedade é plural e a
Escola deve discutir a exclusão a as formas muitas de preconceito.
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"... destruição da família" ?
Os Estudos de Gênero nos mostram
que no Brasil, assim como no mundo, a
FAMÍLIA é uma das instituições sociais
mais sólidas, porém, em permanente
transformação. A Escola, vista como um
espaço democrático e de inclusão, sabe
que, além da FAMÍLIA
HETEROSSEXUAL tradicional (compos-
ta de pai, mãe e filhos/as) há outros
modelos familiares, dentro da própria
heterossexualidade, por exemplo: "as
famílias onde a/o “chefe” (ou pessoa de
referência) não é um homem ( mas uma
mulher); famílias com mulheres (e/ou homens) solteiras/os com
filhos/as; famílias com filhas/os agregada/os de diferentes
casamentos; famílias com filhos/as adotados/as; famílias onde os/as
avós moram juntos, ou outros parentes, etc.". Além disso, há
também as FAMÍLIAS constituídas por mulheres ou homens
homossexuais, com filhas/os biológicos ou filhos/as adotados/as, ou
sem filhos/as". (FURLANI, Jimena. Educação Sexual - possibilidades didáticas. In: LOURO,
Guacira Lopes; HECKEL, Jane Felipe; SILVANA. (Org.). Corpo, Gênero e Sexualidade – um debate
contemporâneo em educação. Petrópolis, Rio de Janeiro, 2003).
As muitas FAMÍLIAS hoje,
existentes precisam ser
visibilizadas na Escola, pois
refletem a realidade plural da
sociedade brasileira. Além
disso, culturalmente, são
diferentes, pois podem ser
famílias do campo, indígenas,
urbanas, quilombolas, etc.
Assim como as FAMÍLIAS
acolhem, com respeito e
dignidade, as pessoas que a
sociedade tem excluído,
historicamente (deficientes,
travestis, transgêneros,
transexuais) cabe, também a
ESCOLA ser local de
reconhecimento e de
acolhida de todos e todas.
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ERRADO! A Teoria de
Gênero afirma que nascemos
com um SEXO que nos define
homem ou mulher, menino ou
menina.
O SEXO, portanto, é uma identidade biológica. As crianças, ao
nascerem são identificadas como pertencentes a um, ou outro
SEXO, e assim são criadas na FAMÌLIA e assim são educadas na
ESCOLA. À medida que vão crescendo, demonstram seu SEXO:
uma criança, com 1,5 ano (na Educação Infantil) já sabe se é
menina ou menino e expressa essa compreensão em tudo que faz.
Professoras/es da Educação Básica (Ed.Infantil, Ensino
Fundamental, Ensino Médio e EJA) tratam seus alunos/as conforme
o SEXO que explicitam. É assim que acontece na ESCOLA.
No entanto, nem todas as crianças
nascem com "essa biologia" definida.
Embora, estatisticamente, em número
menor, crianças INTERSSEXUAIS são
aquelas que nascem com ambiguidade
biológica (ausência ou formação
incompleta dos genitais). Isso torna
difícil determinar, ao seu nascimento,
se são meninos ou meninas.
PARA CRIANÇAS INTERSSEXUAIS,
tem se considerado importante, NÃO
IMPOR a elas um SEXO. Mas sim,
observar, a medida que vão crescendo,
como se identificam, ou seja (podemos
dizer aqui), como "CONSTROEM" sua
própria identidade. Essa é uma decisão
da FAMÍLIA. "Na Europa estima-se
que, a cada 5 mil nascimentos, nasce
01 criança intersexual". Sugiro ver:
http://www.brasil.rfi.fr/geral/20130820-alemanha-e-o-primeiro-
pais-permitir-o-registro-de-sexo-indefinido-de-bebes
Outra realidade a se considerar, é a
das pessoas TRANSEXUAIS. São
pessoas que, ao nascimento, NÃO
apresentam nenhuma discordância
biológica do seu SEXO (sua
anatomia), mas NÃO se
IDENTIFICAM com ele. Essas
pessoas buscarão, ao longo da vida,
alterar seus corpos e trocar de sexo.
Sabe-se que, nem todas as pessoas
TRANSEXUAIS, buscam a cirurgia
de REDESIGNAÇÂO SEXUAL. Mas
buscam ser reconhecidas como
pertencentes ao outro sexo.
Essas crianças, na ESCOLA,
geralmente são vítimas de
violência (verbal e física),
bullying e exclusão e,
precisamospensar sobre isso!!
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ERRADO! Gênero é
uma construção social e
cultural.
No Século XIX, mais intensamente, grupos de
mulheres começaram a se organizar e refletir
sobre a sua CONDIÇÂO DESIGUAL em
relação aos homens. Essas mulheres
reivindicaram direito ao voto, à Educação
Superior, igualdade nos salários e
dignidade no trabalho, fim dos
"casamentos arranjados" e tratamento
social de cidadãs. O Movimento Feminista
se institui no século XX e intelectuais e
pesquisadoras começam a questionar a
DESIGUALDADE das MULHERES
JUSTIFICADA pela sua biologia. Ou seja, as
diferenças biológicas (do SEXO) estavam
produzindo os SIGNIFICADOS SOCIAIS que
levavam as mulheres à condição social
inferior. São esses SIGNIFICADOS SOCIAIS
E CULTURAIS que irão constituir o conceito
de GÊNERO.
Por exemplo, para o SEXO =
MULHER, o Determinismo
Biológico afirma:
No Reino Animal as fêmeas
dos mamíferos, engravidam;
Gerar novos indivíduos é vital
para as espécies;
As mulheres geram bebês
Assim, a sociedade CONSTRUIU
os SIGNIFICADOS de
GÊNERO:
As mulheres são mais frágeis,
sensíveis e indefesas;
Devem ocupar o espaço
doméstico / lar;
A maternidade (ser mãe) é o
grande sonho de toda mulher.
Uma mulher que não é mãe
não pode “ser realizada”.
Toda FAMÍLIA deve ser
constituída de filhos/as.
Os Estudos de Gênero não negam a BIOLOGIA (as diferenças
biológicas entre homens e mulheres). Mas se opõem aos
SIGNIFICADOS SOCIAIS e CULTURAIS construídos que durante toda a
história da humanidade, oprimiram a mulher e/ou limitaram seu
desenvolvimento social.
Os Estudos de Gênero não dizem que a MATERNIDADE não é
legítima... Nem nega que muitas mulheres se realizam como mães. Mas,
dizem que este não é o único modelo de realização pessoal para uma
mulher. A MATERNIDADE (e a PATERNIDADE) é um direito de escolha
dos casais. Se há mulheres que querem viver "no lar", outras querem
estudo, profissão, trabalho, autonomia financeira, etc., etc., etc..
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No início, a palavra "GÊNERO" passou a
ser considerada sinônimo de SEXO. Isso
ainda é comum, especialmente quando se
analisa apenas as questões relacionadas
aos homens e mulheres. P.ex. quando se
discute a violência de gênero. No entanto,
as palavras "MASCULINO" e "FEMININO"
refletem melhor, o caráter social construído
do GÊNERO. Hoje quando falamos em "violência de gênero" essa violência
pode também estar presente em sujeitos travestis, transexuais, p.ex, que
possuem identidade feminina.
Os Estudos de Gênero
mostraram que:
O "masculino" e o "feminino"
foram construídos como
OPOSIÇÔES BINÁRIAS, ou
seja, o "feminino" é o "oposto
do "masculino" e vice-versa.
Essa DIFERENÇA não seria
problema se ela não fosse
HIERARQUIZADA.
Como, essa construção social e cultural definiu, que a MULHER
e o FEMININO são INFERIORES (quando comparados aos
significados atribuídos aos HOMENS e ao MASCULINO), o conceito de
GÊNERO explicitou / explicita as DESIGUALDADEs SOCIAis.
O FEMINISMO e o conceito de GENERO, portanto, surgem
causando IMPACTO SOCIAL e POLÍTICO ENORMES para
humanidade, pois vão questionar o status subjulgado e inferior
da mulher e do feminino...Vão questionar os processos de
dominação e as instituições sociais, como o Estado, as Leis, a
Família, as religiões, a Escola, as mídias, os currículos, etc. ...
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Aqui eu vou CONCORDAR!!!
De certa forma SIM: Cada pessoa
escolhe como deve se comportar
na sociedade, não é?
Os Estudos de Gênero vão mostrar,
por exemplo, embora a BIOLOGIA (o
sexo) nos diga que o homem produz
testosterona (e esse hormônio
determina o desejo sexual e a
agressividade) os homens podem
escolher se vão usar isso (o
determinismo biológico) "como
DESCULPA" para serem INFIEIS e
VIOLENTOS.
A biologia definiu o SEXO
que a gente descobre ao
nascimento.
A sociedade define o
GÊNERO como "ser
homem" e "como ser mulher",
como "ser masculino" e como
"ser feminino". Isso tanto
podemos ESCOLHER como
MUDAR. Ex.
Uma mulher pode decidir
deixar de ser submissa... que
não suportará mais a violência
doméstica...
Um homem pode decidir
deixar os cabelos compridos...
Um casal pode decidir não
ter filhos...
O que pode significar essa interpretação da CARTILHA:
"Cada um representa como quiser"?
"Cada um deve inventar sua personalidade"?
Não sei, exatamente, o que quiseram dizer (as pessoas que
INVENTARAM ESSA CARTILHA), mas:
Como SEXO e GÊNERO são duas identidades DISTINTAS e
INDEPENDENTES entre si, é possível, na sociedade, existir
pessoas que possuem um corpo biológico (homem ou mulher),
mas tenham uma identidade pelo gênero OPOSTO ao
socialmente esperado. Ou seja, homens femininos e
mulheres masculinas. Esse pertencimento é o que chamamos
de IDENTIDADE de GÊNERO.
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TODAS as PESSOAS possuem IDENTIDADE de GÊNERO!
Qual é a identidade de gênero das pessoas HETERO?
Normalmente, as pessoas HETEROSSEXUAIS são homens com a
aparência masculina e mulheres com a aparência feminina. Como
esse modo de "ser homem" e esse modo de "ser mulher"
correspondem ao esperado socialmente, a IDENTIDADE de
GÊNERO dessas pessoas heterossexuais passa despercebida em
suas vidas. Não é uma identidade pelas quais elas lutem ou
reivindiquem respeito e reconhecimento. Isso já está posto!
No entanto, para as pessoas
TRAVESTIS, TRANSEXUAIS e
TRANSGÊROS a
IDENTIDADE de GÊNERO é o
principal aspecto de suas vidas
à ser reconhecido e respeitado
na família, na Escola, no
trabalho, em todo lugar.
São pessoas que, embora
tenham um SEXO, se identificam
com o GÊNERO OPOSTO, ao
esperado. Nesse sentido, ao
longo da vida, elas sim,
constroem o seu gênero sobre
seus corpos biológicos (atitudes,
aparência, roupas, nome social...).
A negação social da IDENTIDADE DE GENERO dessas
pessoas é uma afronta existencial. A discriminação que essas
pessoas sofrem vai desde a exclusão, a intolerância, a violência
e a perda da própria vida. Isso precisa acabar na Brasil!!!
A ESCOLA BRASILEIRA, como INSTITUIÇÃO PÚBLICA e
DEMOCRÁTICA precisa acolher a todos/as, sem distinção de sexo,
gênero, orientação sexual, raça-etnia, religião, classe social,
condição física, origem, estado civil, crença, etc.
Constituição Federal de 1988, Art. 1º = A República Federativa do Brasil, formada
pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em
Estado Democrático de Direito e tem como fundamentos: IV - promover o bem de todos,
sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de
discriminação.
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Em 2006 o Ministério da Educação
(MEC) e a Secretaria de
Educação Continuada
Alfabetização e Diversidade
(SECAD) publicaram uma
Pesquisa Nacional chama
DIVERSIDADE na ESCOLA.
Realizada pelo Instituto Nacional
de Estudos e Pesquisas
Educacionais(INEP) essa
pesquisa mostrou como nosso
país precisa QUE A
EDUCAÇÂO promova a
erradicação de PRECONCEITOS
como o MACHISMO, a MISOGINIA, o
SEXISMO, o RACISMO, a
HOMOFOBIA, a LESBOFOBIA, a
TRANSFOBIA e a XENOFOBIA.
Como mencionei, no início, a expressão "ideologia de gênero" não é de
uso comum entre nós pesquisadoras/es e estudiosas/os.
No entanto, se você possui interesse
em conhecer uma proposta de
Educação e de Formação de
Educadoras/es que:
1. Entende que somos todos sujeitos
de múltiplas identidades e que
TODAS precisam ser respeitadas;
2. Que vê a FAMÍLIA e a ESCOLA
como igualmente importantes na
educação das nossas crianças e
jovens;
3. Que entende os Estudos de
Gênero como um importante
instrumento teórico para análise
social;
4. Que acredita na Educação Formal
e na Escola como local de
enfrentamento do racismo, do
machismo e da homofobia.
Então... te convido a conhecer
OUTRA "Ideologia de
Gênero"... aquela que está
presente neste livro:
Um abraço.
Profª Jimena
FURLANI, Jimena. Educação Sexual na Sala de Aula – relações de gênero, orientação sexual e igualdade étnico-racial
numa proposta de respeito as diferenças. 1ª Ed. Belo Horizonte: Autêntica, ISBN:978-85-7526541-3, 2011.