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Modelo Biopsicossocial O modelo biopsicossocial propõe uma abordagem ampliada do processo saúde–doença, considerando a interação entre fatores biológicos, psicológicos e sociais na compreensão e no tratamento das condições de saúde. Diferentemente do modelo biomédico tradicional, que se limita à explicação fisiopatológica da doença, o modelo biopsicossocial reconhece o indivíduo de forma integral, levando em conta aspectos físicos, emocionais, cognitivos e contextuais que influenciam diretamente o adoecimento e a recuperação (ENGEL, 1977). No contexto da dor, especialmente da dor crônica, esse modelo destaca que a experiência dolorosa não pode ser explicada apenas por alterações estruturais ou teciduais. Fatores biológicos, como inflamação e sensibilização central, interagem com fatores psicológicos, incluindo crenças, emoções, medo do movimento e estresse, bem como com fatores sociais, como suporte familiar, ambiente ocupacional e condições socioeconômicas. Essa interação influencia a percepção da dor, o comportamento e a funcionalidade do indivíduo (GATCHEL et al., 2007). A aplicação do modelo biopsicossocial na prática clínica tem demonstrado melhores resultados terapêuticos, sobretudo no manejo da dor crônica. Na fisioterapia, essa abordagem favorece intervenções centradas no paciente, combinando tratamento físico, educação em dor, estratégias cognitivo-comportamentais e incentivo à participação ativa no processo de reabilitação. Evidências indicam que abordagens multidimensionais promovem melhora funcional, redução da dor e maior qualidade de vida quando comparadas a intervenções exclusivamente biomédicas (LINTON; SHAW, 2011). Dessa forma, o modelo biopsicossocial representa um avanço conceitual e prático na área da saúde, ao ampliar a compreensão da dor e fundamentar estratégias terapêuticas mais eficazes, humanizadas e baseadas em evidências. Referências ENGEL, George L. The need for a new medical model: a challenge for biomedicine. Science, New York, v. 196, n. 4286, p. 129–136, 1977. GATCHEL, Robert J. et al. The biopsychosocial approach to chronic pain: scientific advances and future directions. Psychological Bulletin, Washington, v. 133, n. 4, p. 581–624, 2007. LINTON, Steven J.; SHAW, William S. Impact of psychological factors in the experience of pain. Physical Therapy, Alexandria, v. 91, n. 5, p. 700–711, 2011. Se quiser, posso: · 📌 resumir para um único parágrafo · 📌 adaptar especificamente para fisioterapia · 📌 ajustar às normas da sua faculdade · 📌 integrar esse texto com o das vias da dor É só avisar 😊