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📚✨✔ CPC _ MATERIAL DE REVISÃO TJ-CE TJAJ 📘 Item 1 – Lei nº 13.105/2015 – Novo Código de Processo Civil (Base: CPC/2015 + Constituição Federal) 🔹 1. Introdução O CPC/2015 (Lei nº 13.105/2015) entrou em vigor em 18 de março de 2016 e substituiu o CPC de 1973. Ele é chamado de “novo” por comparação ao código antigo, mas hoje já consolidado. O objetivo central: criar um processo civil mais eficiente, célere e justo, sem abrir mão das garantias constitucionais. 📌 Art. 1º do CPC: “O processo civil será ordenado, disciplinado e interpretado conforme os valores e as normas fundamentais estabelecidos na Constituição da República Federativa do Brasil, observando-se as disposições deste Código.” ➡️isso significa que o CPC deve ser lido à luz da Constituição. 🔹 2. Princípios Constitucionais incorporados pelo CPC O CPC “absorveu” vários princípios da Constituição Federal (art. 5º e art. 93), que funcionam como colunas estruturais do processo. a) Devido processo legal (art. 5º, LIV, CF) Ninguém será privado de bens ou liberdade sem o devido processo. Se desdobra em: o Formal/procedimental → respeito às regras processuais. o Material/substantivo → respeito à justiça, proporcionalidade e razoabilidade. b) Contraditório e ampla defesa (art. 5º, LV, CF; CPC arts. 7º, 9º e 10) Contraditório = direito de informação + reação. Ampla defesa = uso de todos os meios de defesa admitidos. No CPC/2015 → reforço do princípio da não-surpresa (art. 10): o juiz não pode decidir sem antes ouvir as partes. c) Juiz natural (art. 5º, XXXVII e LIII, CF) Ninguém será processado senão pela autoridade competente. Veda tribunais de exceção. A competência deve estar definida em lei antes do caso. d) Publicidade e motivação das decisões (art. 5º, LX, CF; art. 93, IX, CF; CPC art. 11) Regra = atos processuais públicos. Exceções: segredo de justiça (interesse social, intimidade, menores). Juiz deve fundamentar todas as decisões → proibição de decisão imotivada. e) Proibição da prova ilícita (art. 5º, LVI, CF) Nenhuma prova obtida por meios ilícitos pode ser admitida. Exemplo: interceptação telefônica sem ordem judicial. f) Acesso à Justiça (art. 5º, XXXV, CF; CPC art. 3º) A lei não pode excluir da apreciação do Judiciário lesão ou ameaça a direito. Inclui tutela jurisdicional efetiva, adequada e tempestiva. g) Razoável duração do processo e celeridade (art. 5º, LXXVIII, CF; CPC arts. 4º e 6º) Direito fundamental de todos. CPC traz instrumentos para agilizar (tutela provisória, calendário processual, cooperação). 🔹 3. Outros princípios processuais (no CPC, mas não expressos na CF) Princípio da inércia (art. 2º, CPC): o processo começa por iniciativa da parte. Princípio da cooperação (art. 6º, CPC): juiz e partes devem cooperar para que o processo alcance decisão justa e efetiva. Princípio da primazia da decisão de mérito (arts. 4º e 6º, CPC): o processo deve buscar a solução do conflito, evitando decisões apenas formais. Princípio da autocomposição (art. 3º, §§ 2º e 3º, CPC): incentivo à conciliação, mediação e solução consensual dos conflitos. 🔹 4. Observação de prova (Cebraspe gosta de cobrar!) Perguntas comuns: o Identificar quais princípios estão expressos na Constituição e quais são apenas do CPC. o Questões sobre o contraditório diferido (quando a parte só é ouvida depois, como em liminares). o Publicidade x segredo de justiça (saber os casos excepcionais). o Vedação à decisão surpresa (art. 10 do CPC). o O CPC/2015 trouxe o modelo de processo cooperativo, em que as partes participam da construção da decisão. ✅ Resumo-chave para decorar: Constituição = coluna do processo. CPC = regulamentação em detalhe. Princípios básicos: devido processo, contraditório, ampla defesa, juiz natural, publicidade, motivação, proibição da prova ilícita, acesso à justiça, razoável duração. Princípios só do CPC: inércia, cooperação, primazia da decisão de mérito, autocomposição. 📘 Item 2 – Normas processuais civis (Base: arts. 1º a 15 do CPC/2015) 🔹 1. O que são normas processuais civis? São as regras jurídicas que disciplinam o processo civil: como ele se inicia, se desenvolve e termina. Estão previstas no CPC/2015 e em outras leis correlatas. Diferem das normas de direito material (como o Código Civil), porque não dizem “quem tem razão”, mas como se discute a razão em juízo. 📌 Exemplo: Direito material (CC): “Quem causa dano a outrem deve reparar” (art. 927 CC). Direito processual (CPC): regula como a vítima vai ingressar em juízo e como o juiz decide. 🔹 2. Princípios orientadores das normas processuais (arts. 1º a 15 do CPC) a) Art. 1º – Subordinação à Constituição O processo civil deve respeitar os valores constitucionais. Significa que o CPC é “instrumento” da CF/88. b) Art. 2º – Inércia da jurisdição O processo só começa quando alguém provoca o juiz (petição inicial). Exceção: algumas hipóteses de jurisdição voluntária e de ofício (ex.: execução fiscal em fase de cobrança administrativa). c) Art. 3º – Acesso à justiça e autocomposição Ninguém pode ser privado do direito de ir a juízo (art. 5º, XXXV, CF). O CPC incentiva fortemente a conciliação e a mediação (art. 3º, §2º e §3º). d) Art. 4º – Razoável duração do processo Direito fundamental (art. 5º, LXXVIII, CF). O processo deve ser resolvido em tempo razoável, com efetividade. e) Art. 5º – Boa-fé processual Todos os sujeitos do processo (juiz, partes, MP, advogados) devem agir de boa-fé. É a ética processual → combate litigância de má-fé. f) Art. 6º – Cooperação Juiz e partes devem cooperar entre si, garantindo decisão justa e efetiva. Modelo cooperativo de processo (rompe com o modelo autoritário do CPC/73). g) Art. 7º – Paridade de armas Igualdade de tratamento às partes (meios de defesa, prazos, ônus processuais). h) Art. 8º – Interpretação conforme valores constitucionais O juiz deve aplicar as normas processuais buscando: o valores sociais, o dignidade da pessoa humana, o proporcionalidade, razoabilidade, legalidade, publicidade e eficiência. i) Art. 9º e 10 – Contraditório e não surpresa Ninguém pode ser condenado sem antes se defender (art. 9º). Juiz não pode decidir com base em argumento sem dar oportunidade de manifestação (art. 10). Exceções: tutela provisória, tutela de evidência (II e III, art. 311), ação monitória. j) Art. 11 – Publicidade e fundamentação Todos os julgamentos devem ser públicos. Decisões devem ser fundamentadas (vedada decisão “copiada” ou “sem explicação”). k) Art. 12 – Ordem cronológica dos julgamentos Juízes devem seguir a ordem cronológica de conclusão para julgamento. Há exceções (ex.: réu preso, causas urgentes, metas do CNJ). Obs.: cai muito em prova! l) Art. 13 – Duração razoável e gestão processual O juiz deve zelar pelo cumprimento da duração razoável. m) Art. 14 – Igualdade entre advogados, defensores, MP e membros da advocacia pública Todos têm os mesmos direitos e prerrogativas processuais. n) Art. 15 – Aplicação subsidiária e supletiva Na falta de norma específica, aplicam-se as regras do CPC: o ao processo eleitoral, o ao processo trabalhista, o ao processo administrativo. 📌 Observação: O CPC é supletivo (quando a lei prevê mas é incompleta) e subsidiário (quando a lei não prevê nada). 🔹 3. Observações que a Cebraspe adora cobrar Boa-fé processual (art. 5º) → não se confunde com boa-fé contratual do CC. Cooperação (art. 6º) → novidade do CPC/2015. Princípio da primazia da decisão de mérito → implícito nos arts. 4º e 6º (objetivo é evitar decisões que extingam sem resolução de mérito). Art. 12 – ordem cronológica → não é absoluta, há exceções. Art. 15 – aplicação subsidiáriado CPC → Cebraspe adora inverter (ex.: dizer que o processo do trabalho se aplica subsidiariamente ao CPC). ✅ Resumo-chave (memorização rápida): Arts. 1 a 15 do CPC = Normas fundamentais do processo civil. Palavras-chave: o Constituição (art. 1º) o Inércia (art. 2º) o Acesso/Autocomposição (art. 3º) o Celeridade (art. 4º) o Boa-fé (art. 5º) o Cooperação (art. 6º) o Igualdade/Paridade (art. 7º) o Valores constitucionais (art. 8º) o Contraditório/Não surpresa (arts. 9º e 10) o Publicidade/Fundamentação (art. 11) o Ordem cronológica (art. 12) o Duração razoável (art. 13) o Igualdade institucional (art. 14) o Aplicação supletiva/subsidiária (art. 15) 📘 Item 3 – A Jurisdição 🔹 1. Conceito Jurisdição = poder-dever do Estado de dizer o direito no caso concreto, resolvendo conflitos e garantindo a paz social. Etimologia: juris-dictio = “dizer o direito”. Está ligada ao monopólio estatal da justiça → em regra, só o Poder Judiciário exerce jurisdição (art. 5º, XXXV, CF). 📌 Diferença básica: Direito material: regula condutas (quem tem razão). Direito processual (jurisdição): regula como o Estado resolve a lide (quem vai decidir). 🔹 2. Características da Jurisdição A doutrina e a jurisprudência apontam várias, mas as principais (muito cobradas) são: 1. Substitutividade o O Estado substitui a vontade das partes. o Antes, o particular resolvia o conflito pela força; hoje, o Estado decide. 2. Inércia o O juiz só age quando provocado (art. 2º do CPC). o Exceções: matérias de ordem pública (prescrição, por exemplo). 3. Definitividade o A decisão judicial, após trânsito em julgado, é definitiva e imutável (coisa julgada). 4. Imperatividade o A decisão judicial se impõe às partes, independentemente da vontade delas. 5. Indelegabilidade o O juiz não pode transferir sua função jurisdicional a outro que não seja autorizado por lei. 6. Unidade o A jurisdição é una: só existe um Poder Judiciário, apesar de subdividido em ramos e órgãos. 7. Inafastabilidade o Nenhuma lesão ou ameaça a direito pode ser excluída da apreciação do Judiciário (art. 5º, XXXV, CF). 🔹 3. Espécies de jurisdição (quanto à natureza da atuação) 1. Jurisdição contenciosa o Há conflito entre as partes. o Ex.: ação de cobrança, ação de alimentos. 2. Jurisdição voluntária o Não há conflito, mas o Estado intervém para conferir validade/segurança jurídica. o Ex.: homologação de divórcio consensual, alvará judicial. o Atenção: embora não haja litígio, o CPC considera que há jurisdição (arts. 719 a 770). 🔹 4. Espécies de jurisdição (quanto ao ramo) Civil Penal Trabalhista Eleitoral (lembrando: todas pertencem ao mesmo Poder Judiciário, mas com competências diferentes). 🔹 5. Limites da jurisdição A jurisdição é limitada: o pelo território (juiz brasileiro não julga casos da justiça estrangeira, salvo homologação de sentença estrangeira pelo STJ). o pela competência (cada juiz só atua dentro de sua área definida em lei). 🔹 6. Diferença importante (Cebraspe adora!) Jurisdição x Arbitragem: o Jurisdição = só o Estado exerce. o Arbitragem = particulares escolhem árbitro, mas a decisão tem força de sentença judicial (art. 515, VII, CPC). 🔹 7. Pontos que caem muito em prova Jurisdição é una, indelegável, substitutiva e imperativa. O juiz não pode julgar sem ser provocado (inércia). A jurisdição voluntária também é jurisdição (não confundir com ato administrativo). A arbitragem é diferente da jurisdição estatal, mas tem força de decisão judicial. Nenhuma lesão ou ameaça a direito escapa da jurisdição → princípio da inafastabilidade (art. 5º, XXXV, CF). ✅ Resumo-chave (memorização rápida): Conceito: poder-dever estatal de aplicar o direito no caso concreto. Características: substitutiva, una, indelegável, inerte, imperativa, definitiva. Tipos: contenciosa e voluntária. Limites: território e competência. Arbitragem ≠ jurisdição, mas sentença arbitral = título judicial. 📘 Item 4 – A Ação 🔹 1. Conceito Ação = direito subjetivo público de provocar a jurisdição. É o poder de exigir do Estado a prestação jurisdicional, seja para reconhecer um direito, impor uma obrigação ou simplesmente obter uma declaração. Está garantida na CF/88, art. 5º, XXXV: “A lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a direito.” 📌 Resumo: Ação = instrumento que abre a porta do Judiciário. 🔹 2. Natureza jurídica A doutrina diverge, mas prevalece a visão de que a ação é um direito autônomo em relação ao direito material: Você pode ter direito material (ex.: crédito de um contrato) sem ajuizar ação. E pode ajuizar ação mesmo sem ter razão no mérito (ex.: ação improcedente → direito de ação existe, mas o pedido é rejeitado). ➡️ Por isso, ação é um direito abstrato: não depende da existência real do direito material, mas da provocação do Judiciário. 🔹 3. Elementos da ação (a chamada “tríplice identidade”) O CPC/2015 não traz em um só artigo, mas a doutrina resume em três elementos: 1. Partes → quem pede (autor) e contra quem se pede (réu). 2. Causa de pedir → fundamento do pedido: o próxima = fatos; o remota = fundamentos jurídicos. 3. Pedido → aquilo que se quer do juiz: o imediato = provimento jurisdicional (sentença); o mediato = o bem da vida (ex.: receber dívida, guarda de filho). 📌 Identidade de ação (art. 337, §2º, CPC): Duas ações são idênticas quando têm as mesmas partes, causa de pedir e pedido. 🔹 4. Condições da ação (teoria e evolução) a) Teoria clássica (Chiovenda) Condições da ação eram requisitos para o juiz analisar o mérito: 1. Legitimidade ad causam 2. Interesse de agir 3. Possibilidade jurídica do pedido b) Teoria eclética (Liebman, adotada no CPC/73) A ação existe, mas só pode ser apreciada se presentes as condições. c) CPC/2015 – posição atual As “condições da ação” não aparecem mais com esse nome. O CPC trata de pressupostos processuais e condições para julgamento do mérito. Hoje se fala em legitimidade e interesse processual como questões de mérito (art. 17 e art. 485, VI, CPC). A “possibilidade jurídica do pedido” deixou de ser condição da ação → é analisada como improcedência (mérito). 📌 Resumo para prova: CPC/2015 não fala em “condições da ação”. Mas a doutrina e a jurisprudência ainda usam os termos “legitimidade” e “interesse”. 🔹 5. Classificação das ações a) Quanto à tutela jurisdicional: 1. Ação de conhecimento (ou cognitiva): busca sentença que declare, constitua, condene ou reconheça um direito. 2. Ação de execução: busca satisfação de um direito já reconhecido (título executivo). 3. Ação cautelar/tutela provisória: busca assegurar a utilidade de um processo principal. b) Quanto ao pedido do autor: 1. Declaratória → obter simples declaração (ex.: declarar inexistência de débito). 2. Constitutiva → criar, modificar ou extinguir relação jurídica (ex.: divórcio). 3. Condenatória → impor ao réu uma obrigação (ex.: pagar dívida). 4. Executiva lato sensu → autor pede cumprimento de título executivo (ex.: execução fiscal). 5. Mandamental → juiz ordena comportamento do réu sob ameaça de sanção (ex.: mandado de segurança). 6. Ação de execução stricto sensu → cobrança direta de título executivo. c) Quanto ao objeto: Individual → protege interesse individual. Coletiva → protege interesse difuso, coletivo ou individual homogêneo (ex.: ação civil pública, ação popular). 🔹 6. Pontos de prova (Cebraspe gosta de cobrar) Ação = direito público subjetivo, autônomo e abstrato. Ação não depende do direito material existir → se não existir, o processo termina com improcedência, não com falta de ação. Elementos da ação = partes, pedido e causa de pedir. Tríplice identidade → usada para verificar litispendência e coisa julgada. Condições da ação mudaram no CPC/2015 → não se fala mais em “possibilidade jurídica do pedido”. Classificação das ações (principalmente declaratória, constitutiva, condenatória). ✅ Resumo rápido (flash): Conceito: direito de provocar a jurisdição. Natureza: direito autônomo e abstrato. Elementos: partes + pedido + causa de pedir. Condições: hoje vistas como pressupostos processuais/mérito. Classificação: declaratória, constitutiva, condenatória, executiva, mandamental, cautelar. 📘 Item 4 – A AÇÃO 🔹 1. Conceito (visão doutrinária e jurisprudencial) 🔹 Doutrina: Para Chiovenda, ação é “o direito de obter do Estado uma providência jurisdicional”. Para Carnelutti, ação e jurisdição formam dois lados da mesma moeda: uma é o direito (ação), outra é o dever (jurisdição). Para Liebman, é “direito público subjetivo, autônomo e abstrato de provocar a atividade jurisdicional”. Fredie Didier Jr. (CPC comentado, 2023): “A ação é o direito de pedir a tutela jurisdicional, independentemente de o autor ter ou não razão no mérito.” 📌 Síntese doutrinária dominante: A ação é autônoma (não depende do direito material), abstrata (existe mesmo se o pedido for improcedente) e pública (só o Estado pode exercer jurisdição). 🔹 Jurisprudência (STJ): “O direito de ação é autônomo e não se confunde com o direito material invocado; seu exercício independe do acolhimento do pedido.” (STJ, AgRg no AREsp 1.249.362/SC, rel. Min. Marco Buzzi, j. 25/09/2018) 🔹 2. Natureza jurídica 🔹 Doutrina: É direito público subjetivo, pois se exerce perante o Estado-juiz. É autônomo, porque não depende da existência do direito material. É abstrato, pois basta a provocação legítima do Judiciário (ainda que o pedido seja infundado). 🔹 Jurisprudência (STF): “O direito de ação é o direito de provocar a jurisdição e não se confunde com o direito subjetivo material cuja tutela se pretende.” (STF, RE 1057298 AgR, Rel. Min. Alexandre de Moraes, j. 18/09/2020) 🔹 3. Elementos da ação 🔹 Doutrina (Liebman e Humberto Theodoro Júnior): Tríplice identidade: o Partes: autor e réu; o Causa de pedir: fatos e fundamentos jurídicos; o Pedido: imediato (tipo de provimento) e mediato (bem da vida). 🔹 Jurisprudência (STJ): “A identidade de partes, causa de pedir e pedido configura a tríplice identidade, caracterizando a litispendência ou coisa julgada.” (STJ, AgInt no AREsp 1.741.843/SP, Rel. Min. Marco Aurélio Bellizze, j. 22/03/2021) 🔹 4. Condições da ação (interpretação atual) 🔹 Doutrina: O CPC/2015 não traz mais o termo “condições da ação”. Hoje, os antigos requisitos (legitimidade e interesse processual) são tratados como requisitos para julgamento de mérito (arts. 17 e 485, VI, CPC). A “possibilidade jurídica do pedido” caiu em desuso: hoje, se o pedido for impossível, o juiz julga improcedente (mérito). 📖 Fredie Didier Jr. e Leonardo Carneiro da Cunha: “O CPC de 2015 absorveu as condições da ação dentro do mérito, mantendo, porém, a utilidade prática da análise da legitimidade e do interesse processual.” 🔹 Jurisprudência (STJ): “A ausência de interesse processual enseja extinção sem resolução de mérito, nos termos do art. 485, VI, do CPC/2015.” (STJ, AgInt no AREsp 1.526.517/GO, Rel. Min. Nancy Andrighi, j. 11/02/2020) “A impossibilidade jurídica do pedido deixou de ser causa de extinção sem julgamento do mérito no CPC/2015, devendo o magistrado julgar improcedente o pedido.” (STJ, REsp 1.250.849/RS, Rel. Min. Luis Felipe Salomão, j. 26/06/2018) 🔹 5. Classificação das ações a) Quanto ao tipo de tutela jurisdicional Doutrina (Didier, Marinoni, Mitidiero): 1. Ações de conhecimento (ou cognitivas) → produzem sentença de mérito (declaratória, constitutiva, condenatória). 2. Ações de execução → visam satisfação do direito já reconhecido (título executivo judicial ou extrajudicial). 3. Ações cautelares ou de tutela provisória → servem para assegurar a eficácia da decisão final. Jurisprudência (STJ): “A execução de título extrajudicial é ação autônoma que visa à satisfação do direito já reconhecido, sendo desnecessário prévio processo de conhecimento.” (STJ, AgInt no AREsp 1.572.860/DF, Rel. Min. Ricardo Villas Bôas Cueva, j. 23/06/2020) b) Quanto à natureza do pedido 1. Declaratória → busca simples declaração de direito. o Ex.: ação declaratória de inexistência de débito. o STJ: “O interesse processual na ação declaratória exige demonstração de utilidade e necessidade da tutela jurisdicional.” (AgInt no AREsp 1.666.703/SP, j. 2021). 2. Constitutiva → cria, modifica ou extingue relação jurídica (ex.: divórcio). 3. Condenatória → impõe obrigação (ex.: pagar, fazer, não fazer). 4. Mandamental → impõe comportamento mediante ordem (ex.: mandado de segurança). 5. Executiva lato sensu → permite satisfação direta (ex.: busca e apreensão). c) Quanto ao interesse protegido Individual → quando o autor busca direito próprio. Coletiva → quando há direitos difusos, coletivos ou individuais homogêneos. Jurisprudência (STF): “Ação civil pública é meio idôneo para defesa de direitos difusos e coletivos, inclusive de consumidores, desde que haja relevância social.” (STF, RE 576.155/DF, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, j. 16/04/2009) 🔹 6. Ação e direito de defesa (visão moderna) A ação é vista hoje como expressão do contraditório: o autor exerce o direito de ação; o réu exerce o direito de defesa. Ambos estão dentro do mesmo “direito de participação no processo justo” (art. 5º, LIV e LV, CF). Doutrina (Nelson Nery Jr.): “O direito de ação e o direito de defesa são manifestações do mesmo direito ao processo justo, garantido pela Constituição.” 🔹 7. Conclusão prática (como o Cebraspe costuma cobrar) A ação é autônoma e abstrata (direito de provocar o Estado). Condições da ação não são mais um “filtro” do direito de ação, mas uma análise processual ou de mérito. A tríplice identidade (partes, causa de pedir, pedido) é usada para verificar litispendência e coisa julgada. A “possibilidade jurídica do pedido” não extingue mais o processo — gera improcedência. O interesse de agir exige utilidade e necessidade da tutela jurisdicional. ✅ Resumo doutrina + jurisprudência (quadro final): Tema Doutrina Jurisprudência Conceito Direito público, autônomo e abstrato (Liebman, Didier) STJ: ação ≠ direito material (AREsp 1.249.362/SC) Natureza Direito público subjetivo STF: direito de provocar jurisdição (RE 1057298 AgR) Elementos Partes, causa de pedir, pedido STJ: tríplice identidade → litispendência/coisa julgada Condições da ação Interesse e legitimidade subsistem; possibilidade jurídica caiu STJ: art. 485, VI, CPC – ausência de interesse extingue sem mérito Classificação Declaratória, constitutiva, condenatória, executiva, mandamental STJ: execução de título é ação autônoma (AREsp 1.572.860/DF) Interesse de agir Utilidade e necessidade da tutela jurisdicional STJ: AgInt no AREsp 1.666.703/SP 📌 Resumo de Bolso – AÇÃO (Item 4 do edital TJ-CE/2023) 🔹 Conceito Direito público subjetivo, autônomo e abstrato de provocar a jurisdição. Art. 5º, XXXV, CF: “a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a direito”. 🔹 Natureza jurídica Autônoma: não depende do direito material. Abstrata: existe mesmo que o pedido seja improcedente. 📌 Jurisprudência: STJ → direito de ação ≠ direito material. 🔹 Elementos (tríplice identidade – art. 337, §2º, CPC) 1. Partes (autor x réu). 2. Causa de pedir (fatos + fundamentos jurídicos). 3. Pedido: o imediato (provimento jurisdicional); o mediato (bem da vida). 🔹 Condições da ação (CPC/2015) Nãousa mais o termo, mas ainda se fala em: o Legitimidade; o Interesse de agir (utilidade + necessidade). Possibilidade jurídica do pedido → hoje é questão de mérito (improcedência). 📌 Jurisprudência: STJ → ausência de interesse = extinção sem mérito (art. 485, VI, CPC). 🔹 Classificação das ações Quanto à tutela jurisdicional: Conhecimento → sentença (declaratória, constitutiva, condenatória). Execução → satisfação de direito já reconhecido. Cautelar/tutela provisória → assegurar eficácia do processo. Quanto ao pedido: Declaratória, Constitutiva, Condenatória, Executiva lato sensu, Mandamental. Quanto ao interesse protegido: Individual ou Coletiva (ex.: ACP, Ação Popular). 📌 STF → ACP é meio idôneo p/ defesa de direitos difusos e coletivos. 🔹 Dicas de prova (Cebraspe gosta de cobrar) Ação ≠ direito material. Elementos = partes + causa de pedir + pedido. Tríplice identidade → litispendência e coisa julgada. Condições da ação mudaram no CPC/2015. Interesse = utilidade + necessidade da tutela. Possibilidade jurídica do pedido não extingue mais o processo → julga improcedente. ✅ Palavras-chave para memorização rápida: Ação = direito autônomo e abstrato. Elementos = partes + causa + pedido. Condições = legitimidade + interesse. Classificação = declaratória, constitutiva, condenatória, executiva, mandamental. 📘 Item 5 – PRESSUPOSTOS PROCESSUAIS 🔹 1. Conceito São os requisitos necessários para que o processo exista e seja válido. Sem eles, não há processo válido ou o processo não pode prosseguir. Estão ligados à existência, validade e regularidade processual. 🔹 2. Classificação (doutrina) 1. Pressupostos de existência o Petição inicial; o Órgão jurisdicional investido de jurisdição; o Partes. 2. Pressupostos de validade o Capacidade processual das partes; o Competência do juiz; o Citação válida; o Observância do contraditório. 3. Pressupostos de desenvolvimento regular o Inexistência de fatos impeditivos/extintivos (ex.: coisa julgada, litispendência). 📌 STJ: ausência de pressuposto processual = extinção sem resolução do mérito (art. 485, IV do CPC). 🔹 3. Pontos cobrados em prova (Cebraspe) Diferença entre condições da ação (interesse/legitimidade) e pressupostos processuais. Nulidade absoluta (pressuposto de validade) pode ser reconhecida de ofício pelo juiz. Nulidade de citação é vício transrescisório → pode ser alegado a qualquer tempo. 📘 Item 6 – PRECLUSÃO 🔹 1. Conceito Perda do direito de praticar um ato processual, em razão de: o tempo (não fez no prazo), o comportamento (fez de forma incompatível), o consumação (já exerceu uma vez, não pode de novo). 🔹 2. Espécies 1. Temporal → não praticou o ato no prazo (ex.: não apresentou contestação em 15 dias). 2. Lógica → praticou ato incompatível com outro (ex.: recorrer e depois aceitar a decisão). 3. Consumativa → já praticou o ato e não pode repetir (ex.: já apresentou contestação, não pode apresentar outra). 📌 STJ: a preclusão não atinge matérias de ordem pública (como competência absoluta e coisa julgada). 📘 Item 7 – SUJEITOS DO PROCESSO 🔹 7.1 Capacidade processual e postulatória Capacidade processual: poder de estar em juízo (ex.: menor só com representante). Capacidade postulatória: poder de postular em juízo → exige advogado. o Exceções: habeas corpus (dispensa advogado), Juizado Especial até 20 salários-mínimos. 🔹 7.2 Deveres das partes e procuradores (art. 77, CPC) Expor os fatos conforme a verdade; Não formular pretensão/defesa infundada; Não praticar ato inútil ou meramente protelatório; Cumprir decisões judiciais. 📌 Violação = litigância de má-fé (art. 79 a 81, CPC). 🔹 7.3 Procuradores Regra: partes devem ser representadas por advogado (capacidade postulatória). Procuração é feita por instrumento de mandato (art. 105, CPC). Substabelecimento: transferência de poderes para outro advogado. 🔹 7.4 Sucessão das partes e dos procuradores Das partes: quando há morte, sucessão empresarial ou cessão de direito → processo continua com sucessor (art. 108, CPC). Dos procuradores: renúncia ou revogação de mandato → nova procuração deve ser juntada (arts. 112 a 117, CPC). 🔹 7.5 Litisconsórcio (arts. 113 a 118, CPC) Conceito: quando duas ou mais pessoas litigam no mesmo processo, como autoras ou rés. Tipos: o Facultativo ou necessário; o Unitário ou simples; o Inicial ou ulterior. STJ: litisconsórcio unitário = decisão deve ser uniforme para todos (ex.: concurso público). ✅ Resumo prático dos itens 5, 6 e 7: Pressupostos processuais: requisitos de existência, validade e regularidade do processo. Preclusão: perda da faculdade de agir → temporal, lógica, consumativa. Sujeitos do processo: partes, procuradores, juiz, MP, adv. público, defensoria. Capacidade processual ≠ postulatória. Deveres processuais: boa-fé, verdade, cooperação. Litisconsórcio: pluralidade de partes, podendo ser simples ou unitário. 📘 Item 8 – INTERVENÇÃO DE TERCEIROS (arts. 119 a 138, CPC) 🔹 1. Conceito É a entrada de pessoa estranha à relação processual originária em processo já existente. Função: proteger direitos de terceiros e evitar decisões contraditórias. 🔹 2. Modalidades no CPC/2015 1. Assistência (arts. 119 a 124) o Terceiro intervém para ajudar uma das partes. o Simples: interesse jurídico reflexo (ex.: seguradora auxilia segurado). o Litisconsorcial: terceiro tem a mesma posição do assistido (decisão o afeta diretamente). 2. Denunciação da lide (arts. 125 a 129) o Parte chama ao processo aquele que deve lhe garantir direito de regresso. o Ex.: comprador denuncia o vendedor em ação de evicção. 3. Chamamento ao processo (arts. 130 a 132) o Réu chama outro coobrigado para responder junto. o Ex.: ação de cobrança → réu chama demais fiadores. 4. Incidente de desconsideração da personalidade jurídica (arts. 133 a 137) o Terceiro passa a responder pelas obrigações da pessoa jurídica (sócios). o Pode ser instaurado em qualquer fase processual. 5. Amicus curiae (art. 138) o “Amigo da corte”: terceiro com representatividade adequada é admitido para auxiliar o juiz/tribunal. o Muito comum em ações coletivas e julgamentos no STF/STJ. 🔹 3. Jurisprudência STJ: intervenção de terceiro visa evitar decisões contraditórias e proteger direitos reflexos (REsp 1.812.636/SP, j. 2020). STF: amicus curiae não é parte, mas pode recorrer em hipóteses excepcionais (ADI 4.071, j. 2019). 🔹 4. Pontos de prova (Cebraspe) Amicus curiae não tem direito subjetivo de ingresso (depende de decisão do juiz). Denunciação da lide → obrigatória em alguns casos (evicção e responsabilidade civil indireta). Chamamento ao processo só cabe nas hipóteses taxativas do art. 130. Incidente de desconsideração é instrumento de defesa patrimonial → garante contraditório aos sócios. 📘 Item 9 – PODERES, DEVERES E RESPONSABILIDADE DO JUIZ (arts. 139 a 143, CPC) 🔹 1. Poderes do juiz Dirigir o processo conforme princípios constitucionais. Determinar produção de provas, indeferir diligências inúteis. Conceder tutela provisória. Adotar medidas coercitivas, mandamentais e sub-rogatórias para efetivar ordens. 🔹 2. Deveres do juiz (art. 139, CPC) Assegurar igualdade de tratamento. Zelar pelo contraditório e pela duração razoável. Prevenir ou reprimir atos de má-fé. Tentar conciliação a qualquer tempo. 🔹 3. Responsabilidade do juiz Civil: somente em casos de dolo, fraude ou recusa/omissão injustificada no exercício do cargo (art. 143, CPC). Penal: crimes de responsabilidade. Administrativa: responsabilidade disciplinar perante o CNJ. 📌 STF: responsabilidade civil do magistradoé subjetiva, não objetiva (RE 228.977/SP). 📘 Item 10 – MINISTÉRIO PÚBLICO (arts. 176 a 181, CPC) 🔹 1. Funções processuais Intervém quando houver interesse público ou de incapaz. Atua como fiscal da ordem jurídica (custos legis). Pode propor ações em defesa de interesses difusos e coletivos (ex.: ação civil pública). 🔹 2. Atuação Deve ser intimado para todos os atos do processo em que atue. Se não for intimado, o processo pode ser anulado. 📌 STJ: nulidade relativa → deve ser arguida pela parte prejudicada (REsp 1.544.041/PR). 📘 Item 11 – ADVOCACIA PÚBLICA (art. 182, CPC) Representa judicialmente a União, Estados, DF e Municípios. Defende o interesse público em juízo. Prazo em dobro para manifestações processuais (art. 183, CPC). 📌 STJ: prazo em dobro não se aplica quando há procuradores distintos com representação autônoma (REsp 1.885.097/PR). 📘 Item 12 – DEFENSORIA PÚBLICA (arts. 185 a 186, CPC) Instituição essencial à justiça (art. 134, CF). Presta assistência jurídica gratuita aos necessitados. Tem prazo em dobro (art. 186, CPC). Intimação deve ser pessoal (art. 186, §1º, CPC). 📌 STF: prazo em dobro é garantia institucional da Defensoria (ADI 3.943/DF). 📘 Item 13 – Atos Processuais (arts. 188 a 293 do CPC) 🔹 Forma dos atos (arts. 188-192) Regra: atos processuais são livres na forma, salvo se a lei exigir forma específica. Atos podem ser praticados por meio eletrônico (Lei 11.419/2006). Idioma: português; moeda: real. 📌 STJ: petição em língua estrangeira é ato inexistente (REsp 1.188.435/SP). 🔹 Tempo dos atos (arts. 212-216) Regra: atos processuais em dias úteis, das 6h às 20h. Prazos processuais = dias úteis (art. 219). Suspensão de prazos: recesso forense (20/12 a 20/01). 📌 Súmula 428, STJ: prazo começa no 1º dia útil seguinte à intimação. 🔹 Lugar dos atos (arts. 217-224) Regra: fórum do processo. Exceção: atos podem ocorrer em outro local se o juiz entender necessário (ex.: inspeção judicial). 🔹 Prazos (arts. 218-235) Contagem: dias úteis, exclui o dia do começo, inclui o do vencimento. Prazos em dobro: Fazenda Pública, Ministério Público, Defensoria (arts. 180-186). Preclusão: perda do direito de praticar ato fora do prazo. 🔹 Comunicação dos atos (arts. 236-275) Citação: chama o réu para integrar a relação processual. Intimação: dá ciência dos atos do processo. Notificação: usada em procedimentos especiais. Preferência: meios eletrônicos. 📌 STJ: nulidade de citação é vício transrescisório (pode ser alegado a qualquer tempo). 🔹 Nulidades (arts. 276-283) Princípio da instrumentalidade → só gera nulidade se houver prejuízo (art. 282). Nulidade absoluta = pode ser reconhecida de ofício. Nulidade relativa = deve ser arguida pela parte prejudicada. 📌 STJ: ausência de intimação do MP em caso de incapaz = nulidade absoluta (REsp 1.804.606/RS). 🔹 Distribuição e registro (arts. 284-290) Petição inicial deve ser registrada e distribuída. Regra: distribuição por sorteio (garantia do juiz natural). 🔹 Valor da causa (arts. 291-293) Deve constar na inicial. Critérios no art. 292 (ações de cobrança, alimentos, divisão, inventário etc.). Serve para fixar competência e custas. 📌 STJ: ausência de valor da causa pode ser emendada pelo juiz (REsp 1.147.595/RS). 📘 Item 14 – Tutela Provisória (arts. 294 a 311, CPC) 🔹 Conceito Medidas de urgência/antecipação tomadas antes da sentença definitiva. Visa evitar dano irreparável ou assegurar eficácia do processo. 🔹 Espécies 1. Tutela de urgência (art. 300) o Requisitos: probabilidade do direito + perigo de dano. o Pode ser cautelar (assegura o resultado útil) ou antecipada (antecipa os efeitos do pedido). 2. Tutela de evidência (art. 311) o Concedida mesmo sem perigo de dano, quando há prova robusta e direito evidente. o Ex.: abuso do direito de defesa; prova documental incontestável. 🔹 Características Pode ser concedida liminarmente (sem ouvir a parte contrária). Contraditório diferido = parte ré se manifesta depois. Revogável/modificável a qualquer tempo. 📌 STJ: tutela provisória exige fundamentação clara; decisão sem motivação é nula (AgInt no AREsp 1.465.971/SP). 📘 Item 15 – Formação, Suspensão e Extinção do Processo (arts. 312 a 317, CPC) 🔹 Formação O processo se forma com o protocolo da petição inicial. Mas só se estabiliza com a citação válida do réu (art. 240). 🔹 Suspensão (arts. 313-315) O processo pode ser suspenso por: o morte ou perda da capacidade processual da parte; o convenção das partes (até 6 meses); o dependência de outra causa; o arguição de impedimento ou suspeição do juiz. 🔹 Extinção (arts. 316-317, 485, 487) Sem resolução de mérito (art. 485): falta de pressuposto processual, ilegitimidade, ausência de interesse, desistência, perempção, litispendência, coisa julgada. Com resolução de mérito (art. 487): quando o juiz julga procedente ou improcedente o pedido. 📌 STJ: desistência da ação após contestação depende de anuência do réu (REsp 1.267.785/PR). 📘 Item 16 – Processo de Conhecimento e Cumprimento de Sentença 🔹 16.1 – Procedimento Comum (arts. 318 a 512) Regra geral → aplica-se quando não houver rito especial. Subdivide-se em fases: 1. Postulatória (petição inicial, contestação, réplica). 2. Saneamento e organização. 3. Instrução. 4. Decisão. 📌 Cebraspe: se não houver rito especial, aplica-se o procedimento comum. 🔹 16.2 – Disposições Gerais Processo inicia-se com a petição inicial. O juiz deve estimular a autocomposição em qualquer fase (art. 3º, §§2º e 3º). O contraditório deve ser efetivo: direito de ser ouvido e influenciar na decisão. 📌 STF: contraditório não é só formal, é participação real das partes (ADI 3.367). 🔹 16.3 – Petição Inicial (arts. 319-321) Requisitos: endereçamento, qualificação das partes, fatos e fundamentos, pedido, valor da causa, provas, opção por audiência de conciliação. Indeferimento: quando faltar requisito essencial, pedido for juridicamente impossível ou carecer de interesse/legitimidade. Juiz deve conceder prazo de 15 dias para emenda antes de indeferir (art. 321). 📌 STJ: ausência de valor da causa → juiz deve intimar para emenda, não extinguir direto (REsp 1.147.595/RS). 🔹 16.4 – Improcedência Liminar do Pedido (art. 332) O juiz pode julgar improcedente de imediato quando: o houver súmula do STF/STJ; o houver entendimento firmado em IRDR ou repetitivo; o questão já decidida em repercussão geral; o prescrição ou decadência evidente. Não precisa citar o réu antes. 📌 Cebraspe adora: improcedência liminar → sem citação prévia do réu. 🔹 16.5 – Audiência de Conciliação ou Mediação (arts. 334-342) Designada após o recebimento da petição inicial. Réu é citado para audiência. Pode haver mais de uma sessão de conciliação, se necessário. Não ocorre se: o ambas as partes manifestarem desinteresse; o matéria não admitir autocomposição (ex.: estado da pessoa). 📌 STJ: ausência de advogado do réu na audiência de conciliação não gera nulidade, se não houver prejuízo (REsp 1.717.142/DF). 📘 Item 16 – Processo de Conhecimento e Cumprimento de Sentença 🔹 16.6 – Contestação, Reconvenção e Revelia (arts. 335-343, CPC) Contestação Prazo: 15 dias úteis (conta da audiência de conciliação frustrada ou da data da citação, se não houver audiência). Deve conter todas as defesas do réu → princípio da concentração da defesa. Defesas possíveis: o Preliminares (art. 337): incompetência, litispendência, coisa julgada, perempção, ausência de legitimidade, ausência de interesse, convenção de arbitragem etc. o Defesa de mérito: negar fatos ou direito. 📌 STJ:convenção de arbitragem deve ser alegada na contestação, sob pena de preclusão (REsp 1.861.769/DF). Reconvenção Meio pelo qual o réu formula pedido contra o autor dentro da contestação (art. 343). Pode ser proposta contra o autor e contra terceiros, desde que haja conexão com a ação principal. Julgada na mesma sentença que o processo principal. 📌 STJ: reconvenção não exige identidade absoluta de partes, basta a conexão (REsp 1.197.929/DF). Revelia Ocorre quando o réu não contesta no prazo. Efeitos (art. 344): o presumem-se verdadeiros os fatos alegados pelo autor; o processo segue sem a participação do réu. Não produz efeitos se: o a matéria for de ordem pública; o ação envolver incapaz; o litígio versar sobre direitos indisponíveis. 📌 Súmula 231, STJ: revelia não induz, por si só, procedência do pedido. 🔹 16.7 – Audiência de Instrução e Julgamento (arts. 358-368, CPC) Objetivo: produção de provas orais (oitiva de testemunhas, depoimento pessoal, esclarecimento de peritos). Juiz pode indeferir provas irrelevantes ou protelatórias. Ordem da oitiva: autor → réu → testemunhas → peritos. Encerrada a instrução, abrem-se os debates orais ou apresentação de memoriais. 📌 STJ: ausência de intimação para audiência de instrução gera nulidade absoluta (REsp 1.492.556/RS). 🔹 16.8 – Providências Preliminares e de Saneamento (arts. 347-357, CPC) Providências preliminares: análise da contestação, eventual réplica do autor, saneamento de irregularidades. Saneamento (art. 357): juiz organiza o processo → define questões de fato e de direito, delimita provas, designa audiência. Possibilidade de saneamento compartilhado com as partes (planejamento conjunto do processo). 📌 Cebraspe: saneamento é a fase em que o juiz define pontos controvertidos e organiza instrução. 🔹 16.9 – Julgamento conforme o estado do processo (arts. 354-356, CPC) Ocorre quando o processo está pronto para decisão sem necessidade de instrução: o Extinção sem mérito (art. 354). o Julgamento antecipado total do mérito (art. 355). o Julgamento antecipado parcial do mérito (art. 356). 📌 STJ: julgamento antecipado parcial do mérito faz coisa julgada material e pode ser executado (REsp 1.698.344/DF). 🔹 16.10 – Provas (arts. 369-484, CPC) Meios de prova: todos os moralmente legítimos. Provas típicas: documental, testemunhal, pericial, inspeção, depoimento pessoal, confissão. Ônus da prova: regra do art. 373 (autor → fatos constitutivos; réu → fatos impeditivos, modificativos e extintivos). Possibilidade de distribuição dinâmica do ônus da prova (art. 373, §1º). 📌 STJ: inversão do ônus da prova no CDC é regra de direito material, não processual (REsp 802.832/SP). 🔹 16.11 – Sentença e Coisa Julgada (arts. 485-508, CPC) Sentença Ato que põe fim à fase de conhecimento. Tipos: o Com resolução do mérito (art. 487): acolhe ou rejeita pedido. o Sem resolução do mérito (art. 485): questões processuais (litispendência, ilegitimidade, desistência etc.). 📌 STJ: sentença sem fundamentação é nula (REsp 1.744.767/SC). Coisa Julgada Autoridade da decisão judicial imutável e indiscutível. Material: impede rediscussão da causa em outro processo (art. 502). Formal: estabiliza decisão dentro do mesmo processo. Limites objetivos: somente o que foi decidido. Limites subjetivos: só atinge as partes do processo (salvo casos coletivos). 📌 STF: coisa julgada não impede execução individual de decisão coletiva (RE 573.232/SC). 📘 Item 16 – Processo de Conhecimento e Cumprimento de Sentença (final) 🔹 16.12 – Cumprimento da Sentença (arts. 513-538, CPC) Fase que busca efetivar o que foi decidido na sentença. Inicia-se após o trânsito em julgado ou decisão provisoriamente executável. Intimação do devedor para pagamento no prazo de 15 dias úteis. Não pagando → multa de 10% + honorários de 10% (art. 523, §1º). 📌 STJ: multa do art. 523 é automática, não depende de requerimento (REsp 1.134.186/RS). 🔹 16.13 – Disposições Gerais Cumprimento pode ser provisório ou definitivo. Cumprimento provisório: exige caução, salvo hipóteses de dispensa (alimentos, natureza trabalhista). Competência: juiz que proferiu a sentença. 📌 STJ: cumprimento provisório não impede expedição de precatório (AgInt no REsp 1.707.611/PR). 🔹 16.14 – Cumprimento (espécies) Obrigação de pagar quantia certa: execução patrimonial. Obrigação de fazer/não fazer: medidas coercitivas, astreintes. Obrigação de entregar coisa: busca e apreensão, imissão na posse. 📌 STJ: astreintes podem ser revistas a qualquer tempo, mesmo após trânsito em julgado (REsp 1.333.988/SP). 🔹 16.15 – Liquidação da Sentença (arts. 509-512, CPC) Necessária quando a sentença é ilíquida (não fixa valor). Modalidades: o por cálculo aritmético; o por arbitramento (perícia); o por artigos (produção de novas provas). Não altera a coisa julgada, apenas torna o título executivo certo e determinado. 📌 STJ: liquidação não rediscute mérito da sentença (REsp 1.127.815/PR). 📘 Item 17 – Procedimentos Especiais (arts. 539-770, CPC) 🔹 Conceito Procedimentos específicos aplicados a certas ações que demandam rito próprio. Ex.: ação de consignação em pagamento, ação monitória, inventário e partilha, usucapião, ações de família, embargos de terceiro. 🔹 Exemplos relevantes Ação Monitória (art. 700): usada quando credor tem prova escrita sem eficácia de título executivo. Embargos de terceiro (art. 674): terceiro busca proteger bem indevidamente atingido por decisão judicial. Usucapião extrajudicial (art. 1.071): via cartório, sem necessidade de processo judicial, se não houver litígio. 📌 STJ: ação monitória admite prova eletrônica (REsp 1.677.941/SP). 📘 Item 18 – Procedimentos de Jurisdição Voluntária (arts. 719-770, CPC) 🔹 Conceito Não há conflito de interesses; juiz atua como administrador público da vontade das partes. Exemplos: homologação de testamento, interdição, tutela e curatela, divórcio consensual, notificação e interpelação. 🔹 Características Juiz decide por conveniência/necessidade, não por lide. Atuação mais administrativa que jurisdicional. 📌 STJ: homologação de testamento em jurisdição voluntária não exige contraditório formal (REsp 1.544.514/SP). 📘 Item 19 – Processos de Execução (arts. 771-925, CPC) 🔹 Conceito Visa satisfação de obrigação constante em título executivo (judicial ou extrajudicial). Natureza: processo autônomo (quando título é extrajudicial) ou fase de cumprimento (quando título é judicial). 🔹 Títulos executivos extrajudiciais (art. 784) Exemplos: cheques, notas promissórias, contratos com assinatura de duas testemunhas, sentença arbitral. 🔹 Características Atos de expropriação: penhora, avaliação, alienação judicial. Ordem de penhora: dinheiro → títulos → veículos → imóveis. Defesa do executado: embargos à execução (art. 914). 📌 STJ: penhora on-line via BacenJud/Sisbajud é plenamente válida (REsp 1.134.186/RS). 📘 Item 20 – Processos nos Tribunais e Meios de Impugnação das Decisões Judiciais 🔹 1. Processos nos tribunais (arts. 926-975, CPC) Recursos e ações de competência originária dos tribunais. Princípios importantes: o Colegiado (decisão por mais de um julgador). o Publicidade e motivação (art. 93, IX, CF). o Uniformização da jurisprudência → súmulas, precedentes obrigatórios (arts. 926-927). 📌 STF: dever de observância dos precedentes decorre da segurança jurídica (RE 988.818/SC – repercussão geral). 🔹 2. Meios de impugnação (recursos) Apelação (art. 1.009): contra sentença. Agravo de instrumento (art. 1.015): contra decisões interlocutórias taxativamente previstas. Embargos de declaração (art. 1.022): para sanaromissão, obscuridade, contradição ou erro material. Recurso especial (art. 1.029): ao STJ por violação de lei federal. Recurso extraordinário (art. 1.029): ao STF por violação constitucional. Embargos de divergência: quando houver decisões divergentes nos tribunais superiores. 📌 STJ: rol do art. 1.015 (agravo de instrumento) é taxativo, mas admite interpretação extensiva (REsp 1.704.520/MT – Tema 988). 🔹 3. Ações autônomas de impugnação Ação rescisória (art. 966): desconstitui coisa julgada em hipóteses específicas. Mandado de segurança: contra ato judicial teratológico quando não há recurso cabível. Reclamação constitucional: preserva competência e autoridade de decisões de tribunal. 📌 STF: reclamação não substitui recurso (Rcl 4.374/PE). 📘 Item 21 – Livro Complementar (arts. 1.046-1.072, CPC) 🔹 Disposições gerais Define aplicação do CPC aos processos em andamento: o Art. 1.046: normas aplicam-se imediatamente aos processos pendentes. Revogações: CPC/2015 revogou o CPC/1973 e normas em contrário. Integração com outras leis processuais → Juizados Especiais, execução fiscal, processo do trabalho. 📌 STJ: aplica-se CPC/2015 aos atos processuais praticados a partir de sua vigência (REsp 1.404.532/RS). 📘 Item 22 – Disposições Finais e Transitórias 🔹 Finalidade Garantir transição entre CPC/1973 e CPC/2015. Ajustes para aplicação imediata. 🔹 Destaques Normas sobre honorários advocatícios → aplicam-se às ações ajuizadas após vigência do novo CPC. Processos em curso adaptam-se às novas regras processuais. 📌 STJ (Tema 1.050): fixou que o regime de honorários do CPC/2015 só vale para processos iniciados a partir de 18/03/2016. 📘 Item 23 – Mandado de Segurança (Lei 12.016/2009 + CF, art. 5º, LXIX e LXX) 🔹 Conceito Remédio constitucional para proteger direito líquido e certo, não amparado por habeas corpus ou habeas data, quando houver ilegalidade ou abuso de poder. 🔹 Características Direito líquido e certo = comprovável de plano, por prova pré-constituída. Autoridade coatora = quem pratica ou ordena o ato. Prazo decadencial: 120 dias da ciência do ato. Pode ser individual ou coletivo (partido político, sindicato, entidade de classe, associação). 📌 STF (Súmula 266): não cabe MS contra lei em tese. 📌 STJ: cabe MS contra ato judicial teratológico, quando não há recurso cabível (AgInt no RMS 52.213/PR). 📘 Item 24 – Ação Popular (CF, art. 5º, LXXIII + Lei 4.717/65) 🔹 Conceito Qualquer cidadão pode propor para anular ato lesivo: o ao patrimônio público; o ao meio ambiente; o à moralidade administrativa; o ao patrimônio histórico e cultural. 🔹 Características Legitimidade ativa: só cidadão (eleitor, comprovação com título). Se improcedente por má-fé → autor paga custas e honorários. Gratuita se ajuizada de boa-fé. 📌 STF: moralidade administrativa é bem jurídico autônomo tutelável por ação popular (RE 226.966/SP). 📘 Item 25 – Ação Civil Pública (ACP) (Lei 7.347/85 + CF, art. 129, III) 🔹 Conceito Instrumento processual para defesa de interesses difusos, coletivos e individuais homogêneos. Exemplos: meio ambiente, consumidor, patrimônio histórico, ordem econômica. 🔹 Legitimados ativos (art. 5º, Lei 7.347/85) Ministério Público, Defensoria Pública, União, Estados, Municípios, autarquias, empresas públicas, sociedades de economia mista, fundações, associações civis constituídas há pelo menos 1 ano. 🔹 Características Pode ter efeito erga omnes (atinge toda a coletividade). Não pode ter objeto tributos, FGTS ou contribuições previdenciárias. Possível celebração de TAC (Termo de Ajustamento de Conduta). 📌 STF (RE 573.232/SC): decisão em ACP pode ser usada para execução individual pelos beneficiados. 📌 STJ: legitimidade do MP é ampla, não se restringe ao interesse local (REsp 1.100.781/RS). 📘 Item 26 – Ação de Improbidade Administrativa (Lei 8.429/1992 – atualizada pela Lei 14.230/2021) 🔹 Conceito Visa responsabilizar agentes públicos e terceiros por atos que causem lesão à Administração. 🔹 Tipos de atos (art. 9º ao 11) 1. Enriquecimento ilícito. 2. Prejuízo ao erário. 3. Violação a princípios da Administração Pública. 🔹 Características atuais (pós-2021) Exige dolo para caracterização (culpa não basta). Sanções: perda da função, suspensão dos direitos políticos, multa civil, proibição de contratar com o poder público. Ação pode ser proposta pelo Ministério Público e pela Pessoa Jurídica interessada. 📌 STF (ADI 6.305, 2022): improbidade sem dolo não gera responsabilização. 📌 STJ: ação de improbidade tem natureza civil, mas com sanções políticas. 📘 Item 27 – Reclamação Constitucional (CF, art. 102, I, “l” + CPC, arts. 988-993) 🔹 Conceito Instrumento para: 1. Preservar competência de tribunal. 2. Garantir autoridade das suas decisões. 3. Garantir observância de súmulas vinculantes e decisões em controle concentrado de constitucionalidade. 🔹 Características Pode ser ajuizada no STF, STJ e tribunais locais. Decisão tem efeito vinculante no caso concreto. Não substitui recurso → uso subsidiário. 📌 STF (Súmula 734): não cabe reclamação após trânsito em julgado da decisão reclamada. 📘 Item 28 – Lei nº 8.245/1991 (Locação de Imóveis Urbanos) 🔹 Procedimentos Especiais da Locação Ação de despejo: retomada do imóvel pelo locador (falta de pagamento, término do prazo, infração contratual). Ação de consignação em pagamento: quando o locatário quer pagar mas o locador recusa. Ação revisional: para ajustar o aluguel ao preço de mercado. Ação renovatória: para contratos comerciais com prazo ≥ 5 anos e mesma atividade ≥ 3 anos. 🔹 Características Prazos céleres (locação é área sensível). Juizado Especial Cível pode julgar ações de despejo para uso próprio. 📌 STJ (Súmula 335): é válida a cláusula de eleição de foro em contrato de locação. 📌 STJ: fiador continua responsável mesmo após prorrogação automática do contrato (REsp 1.345.331/RS). 📘 Item 29 – Jurisprudência dos Tribunais Superiores 🔹 Conceito A jurisprudência do STF e STJ é fonte de interpretação obrigatória no processo civil. CPC/2015 reforçou a força vinculante dos precedentes (arts. 926 e 927). 🔹 Precedentes obrigatórios (art. 927, CPC) Decisões do STF em controle concentrado de constitucionalidade. Súmulas vinculantes do STF. Julgamentos em recursos repetitivos (STF/STJ). Decisões em IRDR (Incidente de Resolução de Demandas Repetitivas). Decisões em IAC (Incidente de Assunção de Competência). 📌 STF (RE 988.818/SC – Tema 1.037): tribunais devem seguir precedentes sob pena de violação à segurança jurídica. 🔹 Súmulas importantes para Processo Civil (STJ/STF) STF 266: não cabe mandado de segurança contra lei em tese. STF 734: não cabe reclamação após trânsito em julgado da decisão. STJ 7: recurso especial não reexamina provas. STJ 83: recurso especial não cabe contra jurisprudência pacífica do STJ. STJ 375: fraude à execução exige registro da penhora ou má-fé do terceiro adquirente. STJ 410: prazo da execução fiscal só se interrompe com despacho do juiz que ordena a citação. 🔹 Palavras-chave de prova (Cebraspe gosta) Precedente vinculante ≠ jurisprudência persuasiva. Súmula vinculante = STF; súmula comum = efeito persuasivo. IRDR e recursos repetitivos → efeito vinculante dentro e fora do tribunal. Desrespeito a precedente → pode gerar reclamação constitucional. ✅ Com isso, fechamos os 29 itens do edital de Processo Civil do TJ- CE/2023 em formato resumão de bolso com: Conceito Doutrina Jurisprudência Palavras-chave