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ACIDENTE DO TRABALHO 
Conforme dispõe o art. 19 da Lei nº 8.213/91, É o que ocorre pelo exercício do 
trabalho a serviço da empresa ou instituição ou pelo exercício do trabalho, 
provocando lesão corporal, perturbação funcional que cause a morte, a perda ou a 
redução permanente ou temporária da capacidade para o trabalho. 
DANOS CAUSADOS AO TRABALHADOR 
Dano Moral: 
Visa reparar o sofrimento, angústia, dor e abalo emocional que o trabalhador 
experimenta devido ao acidente. 
Dano Material: 
Inclui todos os gastos com tratamento médico (consultas, cirurgias, medicamentos 
etc.) e a eventual perda de renda ou incapacidade para o trabalho. 
Dano Estético: 
Compensação pela alteração estética causada pelo acidente, como deformidades, 
cicatrizes ou perda de membros. 
 
CAUSAS DOS ACIDENTES 
Em resumo, as principais causas de acidentes de trabalho são: 
Falta de atenção: 
Desatenção no desenvolvimento das atividades pode levar a acidentes com máquinas, 
ferramentas e outros riscos. 
Não utilização de EPIs: 
A falta de uso ou uso incorreto de equipamentos de proteção individual, como 
capacetes, luvas e óculos, pode aumentar significativamente o risco de acidentes. 
Atos inseguros: 
Praticar atos de trabalho perigosos, como não seguir procedimentos de segurança ou 
utilizar equipamentos de forma inadequada, pode gerar acidentes. 
Condições de trabalho inseguras: 
Um ambiente de trabalho com riscos não identificados, desorganizado, com máquinas 
ou equipamentos em mau estado, pode aumentar o risco de acidentes. 
Negligência: 
A falta de cuidado e atenção, a falta de treinamento adequado, e a falta de fiscalização 
dos riscos no ambiente de trabalho podem levar a acidentes graves. 
 
Cansaço e estresse: 
A fadiga física e mental, assim como o estresse no ambiente de trabalho, pode levar à 
falta de atenção e a atos inseguros, aumentando o risco de acidentes. 
Descuido e pressa: 
O descuido e a pressa no trabalho podem levar à falta de atenção e ao uso incorreto 
de equipamentos, aumentando o risco de acidentes. 
Falta de comunicação: 
A falta de comunicação clara entre os trabalhadores e a falta de informação sobre os 
riscos no ambiente de trabalho podem levar a acidentes. 
Problemas de saúde mental: 
Ansiedade, estresse e depressão podem afetar a capacidade de concentração e o 
julgamento dos trabalhadores, aumentando o risco de acidentes. 
 
ATOS INSEGUROS 
 
Atos inseguros são ações ou comportamentos de trabalhadores que, consciente ou 
inconscientemente, os expõem a riscos de acidentes de trabalho. Estes atos são 
responsáveis por grande parte dos acidentes de trabalho e podem ter sérias 
consequências. 
Exemplos de atos inseguros: 
• Não utilizar Equipamentos de Proteção Individual (EPI): Como capacete, óculos 
de segurança, luvas etc. 
• Usar máquinas ou equipamentos sem a devida habilitação ou permissão: Como 
operar uma máquina sem ter o treinamento adequado. 
• Não seguir as instruções de segurança: Como não desligar a máquina antes de 
limpar ou lubrificar. 
• Manipular produtos químicos de forma incorreta: Como misturar produtos 
químicos sem o conhecimento adequado. 
• Expor partes do corpo a partes móveis de máquinas ou equipamentos: Como 
colocar a mão dentro de uma máquina em funcionamento. 
• Tentar ganhar tempo ou fazer algo rápido: Como correr com uma escada ou 
trabalhar sem descanso. 
• Consumir bebidas alcoólicas ou drogas durante a jornada de trabalho: Como 
dirigir ou operar máquinas sob efeito de álcool. 
• Não manter o ambiente de trabalho limpo e organizado: Como deixar 
ferramentas ou materiais espalhados pelo chão. 
COMO PREVENIR OU ELIMINAR OS ATOS INSEGUROS 
 
Prevenção de acidentes: Ao identificar e evitar atos inseguros, é possível reduzir a 
ocorrência de acidentes de trabalho e seus efeitos. 
Melhora da segurança: A conscientização sobre atos inseguros contribui para a 
criação de uma cultura de segurança no trabalho. 
Redução de custos: A prevenção de acidentes reduz os custos com afastamentos, 
tratamentos médicos e indenizações. 
 
COMO IDENTIFICAR E EVITAR ATOS INSEGUROS: 
 
Treinamentos e capacitações: É importante que os trabalhadores recebam 
treinamentos e capacitações sobre os riscos de acidentes e como evitá-los. 
Diálogo Diário de Segurança (DDS): O DDS é uma ferramenta importante para 
conscientizar os trabalhadores sobre os riscos e procedimentos de segurança. 
Ordens de Serviço: As Ordens de Serviço devem detalhar os procedimentos de 
segurança para cada atividade específica. 
Auditoria Comportamental: A Auditoria Comportamental permite identificar atos 
inseguros e tomar medidas corretivas. 
CIPA: A Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA) tem um papel 
fundamental na prevenção de acidentes e na identificação e eliminação de atos 
inseguros. 
 
Ao identificar e evitar atos inseguros, é possível criar um ambiente de trabalho mais 
seguro e saudável para todos os trabalhadores. 
 
CONDIÇÕES INSEGURAS 
 
Condições inseguras em um ambiente de trabalho referem-se a falhas ou aspectos do 
ambiente que representam riscos à saúde e segurança dos trabalhadores, 
independentemente da sua conduta. Exemplos incluem máquinas sem proteção, 
iluminação deficiente, ambientes desorganizados, falta de manutenção, entre outros. 
 
DEFINIÇÃO: 
As condições inseguras são falhas no ambiente de trabalho que podem levar a 
acidentes, lesões ou doenças ocupacionais. Elas são distintas dos atos inseguros, que 
são as ações ou omissões dos trabalhadores que também podem causar riscos. 
 
Exemplos: 
Físicos: Máquinas e equipamentos sem proteção, instalações precárias, iluminação 
inadequada, excesso de ruído, agentes perigosos. 
Químicos: Presença de substâncias tóxicas ou inflamáveis, falta de ventilação 
adequada. 
Biológicos: Ausência de controle de vetores de doenças ou de agentes infecciosos. 
Ergonômicos: Ambientes de trabalho desorganizados, falta de mobiliário adequado, 
má postura. 
De acidentes: Falta de sinalização, equipamentos de segurança inadequados, falta 
de manutenção. 
 
IMPORTÂNCIA 
Identificar e corrigir as condições inseguras é fundamental para garantir a segurança 
e saúde dos trabalhadores, reduzindo o risco de acidentes e promovendo um 
ambiente de trabalho mais seguro e produtivo. 
PREVENÇÃO 
A prevenção de condições inseguras envolve diversas ações, como: 
• Projetar ambientes e postos de trabalho de acordo com as atividades: 
Considerar a ergonomia e os riscos envolvidos. 
• Manutenção preventiva e corretiva: Garantir que máquinas e equipamentos 
estejam em boas condições de uso. 
• Sinalização e equipamentos de proteção: Utilizar sinalização adequada e 
equipamentos de proteção coletiva (EPCs). 
• Capacitação e treinamento: Formar os trabalhadores sobre os riscos e 
procedimentos de segurança. 
• Inspeções e auditorias: Avaliar o ambiente de trabalho periodicamente para 
identificar e corrigir falhas. 
 
PERCEPÇÃO DE RISCO 
 
A percepção de risco é a capacidade individual de identificar, avaliar e reagir a 
situações que podem causar perigo ou dano, tanto no ambiente de trabalho quanto 
em outros contextos. É a forma como alguém interpreta e se relaciona com as 
ameaças potenciais, influenciada por fatores pessoais, sociais e culturais. 
 
Identificação e avaliação 
A percepção de risco envolve a identificação de potenciais perigos (situações que 
podem causar um acidente ou dano) e a avaliação da probabilidade e gravidade de 
ocorrência de um evento adverso. 
Fatores Influentes 
A percepção de risco é subjetiva e pode ser afetada por diversos fatores, incluindo: 
• Fatores Pessoais: Experiências anteriores, crenças, valores, nível de 
conhecimento e personalidade. 
• Fatores Sociais: Cultura, normas e expectativas sociais, além do contexto em 
que a situação se encontra. 
• Fatores Ambientais: Características físicas do ambiente de trabalho,equipamentos, processos e procedimentos. 
 
A percepção de risco é fundamental para a prevenção de acidentes e a promoção de 
um ambiente de trabalho seguro. Ao desenvolver uma boa percepção de risco, as 
pessoas conseguem identificar situações perigosas antes que elas causem problemas 
e tomar medidas preventivas. 
Desenvolvimento 
A percepção de risco pode ser desenvolvida através de: 
• Conscientização: Educação, treinamento e campanhas de segurança. 
• Experiência: Observação e análise de situações de risco. 
• Capacitação: Desenvolvimento de habilidades e conhecimentos para identificar 
e avaliar riscos. 
Exemplo 
Reconhecer que dirigir sob efeito de álcool aumenta o risco de acidente é um exemplo 
de boa percepção de risco. 
Inimigos da Percepção de Risco 
Alguns fatores podem prejudicar a percepção de risco, como a desatenção, a falta de 
planejamento, o excesso de confiança e a familiaridade com a situação. 
 
SERVIÇOS DE SEGURANÇA 
 
SESMT 
SESMT significa Serviço Especializado em Engenharia e Medicina do Trabalho, é uma 
equipe especializada em segurança e saúde no trabalho que as empresas são 
obrigadas a ter, dependendo do número de funcionários e do risco da atividade. A 
finalidade do SESMT é promover a saúde e integridade dos trabalhadores, prevenir 
acidentes e doenças ocupacionais. 
O QUE É: 
O SESMT é um conjunto de profissionais especializados (engenheiros de segurança, 
médicos do trabalho, técnicos em segurança etc.) que atuam na empresa para garantir 
um ambiente de trabalho seguro e saudável. 
Regulamentação 
A existência e funcionamento do SESMT são regulamentados pela Norma 
Regulamentadora (NR) 4, que define as condições e requisitos para a sua constituição. 
Importância 
O SESMT é importante porque contribui para a prevenção de acidentes e doenças 
ocupacionais, melhorando a qualidade de vida e a produtividade dos trabalhadores. 
Objetivos 
• Os objetivos do SESMT incluem: 
• Promover a segurança e saúde dos trabalhadores. 
• Prevenir acidentes e doenças ocupacionais. 
• Identificar e analisar riscos no ambiente de trabalho. 
• Elaborar e implementar planos de prevenção. 
• Promover a conscientização dos trabalhadores sobre questões de segurança e 
saúde. 
Composição 
A composição do SESMT varia de acordo com o número de trabalhadores e o grau de 
risco da empresa, conforme definido na NR 4. 
Regulamentação para SESMT (NR 4) 
A Norma Regulamentadora nº 4 (NR 4), estabelecida pela Portaria SIT nº 787 de 28 de 
novembro de 2018, define a obrigatoriedade de contratação de profissionais de 
segurança e saúde do trabalho, conforme o número de empregados e o grau de risco 
da atividade econômica da empresa. 
Registro do SESMT 
As empresas obrigadas a ter SESMT devem registrar o serviço junto ao Ministério do 
Trabalho e Previdência. 
Registro do SESMT (como fazer) 
A empresa deve acessar o portal GOV.BR e, no campo de busca, digitar "registrar 
SESMT" ou acessar o serviço diretamente. 
 
 
 
 
 
 
CIPA 
A CIPA (comissão interna de prevenção de acidentes e de assédio) é um órgão interno 
de uma empresa que tem como objetivo prevenir acidentes e doenças ocupacionais, 
promovendo um ambiente de trabalho mais seguro e saudável para os trabalhadores. 
A CIPA é composta por representantes do empregador e dos empregados, eleitos 
democraticamente, e tem como função identificar riscos, discutir acidentes, sugerir 
medidas de prevenção e conscientizar os trabalhadores sobre segurança e saúde. 
 
Funções e Atribuições 
 
Identificação de Riscos: 
A CIPA analisa o ambiente de trabalho e identifica os riscos presentes nas atividades, 
elaborando mapas de riscos e propondo medidas de prevenção. 
Análise de Acidentes: 
A comissão investiga acidentes de trabalho ocorridos na empresa, buscando as causas 
e propondo soluções para evitar reincidências. 
Sugerir Medidas Preventivas: 
A CIPA elabora um plano de trabalho com ações para reduzir ou eliminar os riscos 
identificados, como treinamento dos trabalhadores, melhoria das instalações e 
adequação dos equipamentos. 
Conscientização e Capacitação: 
A CIPA promove ações de conscientização e capacitação dos trabalhadores sobre 
segurança e saúde, como palestras, treinamentos e campanhas. 
Divulgação de Informações: 
A CIPA divulga as decisões e os resultados de suas atividades aos trabalhadores, 
garantindo a transparência e o acesso à informação. 
 
Como a CIPA Funciona: 
 
1. Constituição: A CIPA é constituída em empresas com mais de 20 funcionários, de 
acordo com as Normas Regulamentadoras (NRs), especificamente a NR-5. 
2. Eleição/Indicação: A CIPA é composta por representantes do empregador e dos 
empregados, eleitos democraticamente ou indicados pelo empregador. 
3. Planejamento: A CIPA elabora um plano de trabalho anual com as ações que serão 
realizadas para prevenir acidentes e doenças ocupacionais. 
4. Execução: A CIPA executa as ações planejadas, como treinamentos, visitas de 
inspeção, análise de acidentes e divulgação de informações. 
5. Monitoramento e Avaliação: A CIPA monitora as ações realizadas e avalia os 
resultados, ajustando o plano de trabalho conforme necessário. 
Benefícios da CIPA: 
• Reduz acidentes e doenças ocupacionais, melhorando a qualidade de vida dos 
trabalhadores. 
• Reduz custos com tratamento de acidentes e doenças, aumentando a 
produtividade da empresa. 
• Melhora o clima organizacional e as relações de trabalho, fortalecendo o 
ambiente de trabalho. 
• Atrai e retém talentos, mostrando que a empresa se preocupa com a saúde e 
segurança dos trabalhadores. 
 
RISCOS OCUPACIONAIS 
 
Os riscos no ambiente laboral podem ser classificados em cinco tipos, de acordo com 
a Portaria n0 3.214, do Ministério do Trabalho do Brasil, de 1978. Os riscos 
ocupacionais são situações ou condições presentes no ambiente de trabalho que 
podem causar danos à saúde ou integridade física dos trabalhadores. São classificados 
em cinco tipos: físicos, químicos, biológicos, ergonômicos e de acidentes. Identificar e 
controlar esses riscos é essencial para garantir um ambiente de trabalho seguro e 
saudável. 
 
Tipos de Riscos Ocupacionais: 
 
Físicos: Incluem ruído, vibração, radiação, temperaturas extremas, iluminação 
inadequada, entre outros. 
Químicos: Resultam da exposição a substâncias químicas, como produtos de limpeza, 
solventes, gases e poeiras. 
Biológicos: São causados por agentes biológicos, como bactérias, vírus, fungos e 
parasitas. 
Ergonômicos: Relacionados à postura inadequada, esforços repetitivos, carga de 
trabalho excessiva, fatores psicossociais e outros fatores que podem causar 
problemas musculoesqueléticos. 
De Acidentes: Incluem riscos de queda, choque, explosão, incêndio, entre outros. 
 
Gerenciamento de Riscos Ocupacionais 
O gerenciamento de riscos ocupacionais (GRO) envolve a identificação, avaliação e 
controle dos riscos, com o objetivo de prevenir acidentes e doenças ocupacionais. A 
norma regulamentadora NR-01 estabelece os procedimentos para o GRO, incluindo a 
elaboração do Programa de Gerenciamento de Riscos (PGR). O PGR é um documento 
que detalha as medidas de prevenção e controle dos riscos identificados na empresa. 
Importância da Prevenção 
A prevenção dos riscos ocupacionais é fundamental para proteger a saúde e a 
segurança dos trabalhadores, além de garantir a produtividade e a qualidade do 
trabalho. A adoção de medidas preventivas, como o uso de equipamentos de proteção 
individual (EPIs), a adequação do ambiente de trabalho e a capacitação dos 
trabalhadores, é essencial para reduzir ou eliminar os riscos. 
 
Exemplos de Riscos Ocupacionais em Diferentes Ambientes: 
 
Indústria: Ruído, vibração, exposição a produtos químicos, riscos de acidentes com 
máquinas. 
Saúde: Exposição a agentes biológicos, riscos químicos (desinfetantes etc.), riscos 
ergonômicos (postura inadequada). 
Construção:Riscos de queda, eletrocussão, exposição a produtos químicos, riscos de 
acidentes com máquinas. 
Escritório: Riscos ergonômicos (postura inadequada, excesso de horas), estresse, 
riscos de acidentes com equipamentos. 
 
Os riscos ocupacionais são classificados por cores em mapas de risco para facilitar a 
identificação e prevenção de acidentes e doenças no trabalho. A cor verde indica 
riscos físicos, a vermelha indica riscos químicos, a marrom indica riscos biológicos, a 
amarela indica riscos ergonômicos e a azul indica riscos de acidentes. 
 
Classificação das cores: 
 
Verde: Riscos físicos (ruído, vibração, calor, frio etc.). 
Vermelho: Riscos químicos (poeira, gases, vapores etc.). 
Marrom: Riscos biológicos (bactérias, vírus, fungos etc.). 
Amarelo: Riscos ergonômicos (esforço físico, postura inadequada etc.). 
Azul: Riscos de acidentes (máquinas sem proteção, risco de choque etc.). 
 
Essa classificação por cores é importante porque permite que os trabalhadores e os 
responsáveis pela segurança identifiquem rapidamente os perigos presentes no 
ambiente de trabalho. Além disso, a utilização de cores em mapas de risco facilita a 
comunicação e o entendimento sobre os riscos, promovendo a conscientização e a 
adoção de medidas de prevenção. 
 
 
MAPA DE RISCOS OCUPACIONAIS 
 
O que é mapa de riscos na segurança do trabalho ? 
Um mapa de riscos é feito a partir de um mapeamento de toda a empresa, 
identificando perigos que podem apresentar alguma ameaça à saúde ou segurança 
dos trabalhadores naquele ambiente. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Desse modo, todos os potenciais riscos, como acidentes ou exposição a agentes 
químicos, são exibidos de maneira visual, com cores e tamanhos que identificam 
eventuais ameaças e sua gravidade. 
O objetivo é alertar colaboradores e público geral para elementos nocivos. Para a 
empresa, o mapa facilita a elaboração dos procedimentos de segurança e relatórios 
de segurança do trabalho. 
Qual NR fala sobre mapa de riscos ? 
O mapa de riscos passou a ser uma exigência do Ministério do Trabalho e Previdência 
em 1992, conforme a Portaria nº 05, que alterava a Norma Regulamentadora nº 09 
(NR-9) para incluir a obrigatoriedade do mapa de riscos. Veja o que diz: 
Cabe ao empregador: […] realizar o mapeamento de riscos ambientais, afixando-o em 
local visível, para informação aos trabalhadores […]”. 
Porém, em 2022, uma nova decisão, a Portaria MTP nº 422, estabeleceu que os mapas 
de riscos deixam de ser obrigatórios. Ainda cabe à CIPA identificar potenciais riscos no 
ambiente de trabalho, mas o mapa de riscos passa a ser uma opção para cumprir essa 
função, e não um requisito. 
Além disso, a Norma Regulamentadora nº 05 regulamenta a constituição da CIPA. 
Sobre o mapa de riscos, a NR-5 diz: 
“5.3.1 A CIPA tem por atribuição: 
a) acompanhar o processo de identificação de perigos e avaliação de riscos bem como 
a adoção de medidas de prevenção implementadas pela organização; 
b) registrar a percepção dos riscos dos trabalhadores […] por meio do mapa de risco 
ou outra técnica ou ferramenta apropriada à sua escolha, sem ordem de preferência, 
com assessoria do Serviço Especializado em Segurança e em Medicina do Trabalho – 
SESMT, onde houver […]”. 
Porém, como a portaria 422 derrubou a obrigatoriedade do mapa, abre-se a 
possibilidade de uso de outra ferramenta para análise de riscos, a critério da comissão. 
 
 
 
 
EPI - EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL 
 
EPI, ou Equipamento de Proteção Individual, são dispositivos utilizados por 
trabalhadores para se protegerem de riscos no trabalho. São obrigatórios em 
ambientes onde os riscos não são eliminados por outros meios, como equipamentos 
de proteção coletiva. A NR 6 regulamenta o uso de EPIs, que devem ser fornecidos 
gratuitamente pela empresa. 
O que são EPIs? 
Definição: 
EPIs são dispositivos ou produtos de uso individual, como óculos, capacetes, luvas, 
máscaras etc., que protegem o trabalhador contra riscos à sua segurança e saúde. 
 
Objetivo: 
Reduzir ou eliminar os riscos de acidentes de trabalho e doenças ocupacionais. 
Legislação: 
A NR 6 (Norma Regulamentadora nº 6) do Ministério do Trabalho e Emprego define e 
regulamenta o uso de EPIs. 
Importância: 
O uso correto dos EPIs é crucial para proteger a saúde e a integridade física dos 
trabalhadores. 
Tipos de EPIs: 
• Proteção da cabeça: Capacetes, capuzes, balaclavas. 
• Proteção dos olhos: Óculos de segurança, viseiras. 
• Proteção das vias aéreas: Máscaras respiratórias, respiradores. 
• Proteção das mãos: Luvas de segurança. 
• Proteção dos pés: Calçados de segurança. 
• Proteção do corpo: Vestimentas de proteção. 
• Outros: Protetores auriculares, cintos de segurança etc. 
Legislação e responsabilidades: 
Fornecimento: A empresa é obrigada a fornecer os EPIs adequados e gratuitos aos 
trabalhadores. 
Utilização: O trabalhador é responsável por usar os EPIs corretamente e denunciar 
qualquer defeito. 
Certificado de Aprovação (CA): 
Todos os EPIs devem ter um CA, que comprova a sua segurança e eficácia. 
e-Social: 
A empresa deve informar no e-Social se os EPIs fornecidos são eficazes na 
neutralização dos riscos. 
Onde e quando usar EPIs: 
• Ambientes de risco: Locais onde os riscos não são eliminados por outros 
meios, como equipamentos de proteção coletiva. 
• Tipos de atividades: Em diversas áreas, como construção civil, indústria, saúde 
etc. 
• Normas específicas: Algumas normas, como a NR 32 para serviços de saúde, 
também regulamentam o uso de EPIs. 
Conclusão: 
Os EPIs são ferramentas essenciais para garantir a segurança e a saúde dos 
trabalhadores. O uso correto e a manutenção adequada são fundamentais para que 
os equipamentos cumpram a sua função de proteção. 
 
EPC - EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO COLETIVA 
 
O que é EPC? 
EPC é a sigla para Equipamento de Proteção Coletiva, que são equipamentos que 
devem ser fornecidos pela empresa com o objetivo de proteger os trabalhadores dos 
riscos fornecidos pelo ambiente de trabalho, de maneira coletiva. Em outras palavras, 
são equipamentos instalados para garantir a segurança do trabalho enquanto um 
grupo de pessoas (trabalhadores) executam uma determinada atividade ou tarefa. 
Os Equipamentos de Proteção Coletiva têm como objetivo: 
• Prevenir os trabalhadores ou qualquer terceiro que esteja transitando pelo 
ambiente de qualquer acidente que possivelmente possa ocorrer; 
• Reduzir ou até mesmo anular qualquer risco comum à todos os colaboradores 
que o ambiente de trabalho possa fornecer; 
• Por fim, minimizar perdas e aumentar a produtividade, ao fornecer aos 
trabalhadores um local de trabalho mais seguro. 
Os equipamentos são instalados nos postos de trabalho, podendo ser fixos ou móveis 
e, diferentemente dos Equipamentos de Proteção Individual (EPI’s), fornecem 
proteção à mais de um trabalhador ao mesmo tempo, por exemplo um guarda-corpo 
na beirada de um edifício em construção. 
Em grande parte dos casos, os EPC’s se mostram mais eficientes que os EPI’s, pelo fato 
de agir de maneira coletiva, reduzir os riscos do ambiente de trabalho, os custos 
relacionados com acidentes de trabalho e não haver a necessidade de uso direto do 
funcionário, no entanto em diversos casos o uso dos dois tipos de equipamentos em 
conjunto é a maneira mais eficiente de se proteger os trabalhadores. 
Qual a responsabilidade da empresa quanto ao uso do EPC? 
“Cabe ao empregador: a minimização e controle dos fatores de risco, com a adoção 
de medidas de proteção coletiva…” 
Sobre direitos e deveres do empregador segundo a NR 01 
Além do que está disposto na NR 01, existem outras duas Normas Regulamentadoras 
que abordam sobre a obrigatoriedade destes equipamentos, que são a NR 04 e a NR 
09. 
Em algumas situações a empresa é responsável por fornecer um equipamento de uso 
coletivo, como, por exemplo, umcinto de segurança para trabalho em alturas, uma 
máscara de solda ou outros itens que são utilizados por um grupo de trabalhadores 
esporadicamente. Em outras situações, a frequência de uso obriga a transformar tais 
itens como de uso individual. 
Norma Regulamentadora – NR 04 
Esta norma é a que trata sobre os Serviços Especializados em Engenharia de Segurança 
e em Medicina do Trabalho (SESMT), o SESMT é composto por profissionais da área 
de SST, que, por obrigatoriedade devem ser mantidos por todas as empresas. 
Os profissionais da área de Segurança e Saúde do Trabalho que, após as inspeções, 
serão os responsáveis por avaliar e reduzir ou eliminar os riscos presentes no 
ambiente de trabalho, adotando medidas de prevenção, portanto podendo indicar o 
uso de Equipamentos de Proteção Coletiva como medida preventiva. 
Norma Regulamentadora – NR 09 
A NR 09 é a que estabelece como obrigatória a aplicação do Programa de Prevenção 
de Riscos Ambientais (PPRA), cujos objetivos são desenvolver, avaliar e planejar ações 
para prevenir qualquer risco que um ambiente de trabalho possa fornecer. Entre as 
diversas medidas ou ações preventivas que devemos buscar implantar no ambiente 
de trabalho é o uso de EPC’s. 
É importante frisar que no item 9.3.5.4 da NR 09, está disposto que as empresas 
devem priorizar o uso de proteção coletiva, tornando a adoção de EPI’s necessária 
apenas se os EPC’s forem inviáveis ou não forneçam proteção completa ao 
empregado. 
E se a empresa não usar ? 
As empresas que não cumprem o que é estabelecido pelas Normas Regulamentadoras 
estão sujeitas a multas e penalidades, fora que em caso de acidente de trabalho, a 
empresa é responsabilizada. 
No caso de uma empresa não fornecer medidas de proteção coletivas, o trabalhador 
pode fazer uma denúncia junto ao Ministério do Trabalho, ou internamente com a 
CIPA ou com o próprio SESMT da empresa. 
 
Tipos de EPC’s 
A lista de riscos que existem em um ambiente de trabalho é longa e cada ambiente de 
trabalho ou diferentes atividades industriais tem suas exigência quanto ao tipo de 
EPC’s que é necessário ou indicado para reduzir os impactos nos trabalhadores. A 
seguir, destacamos os Tipos de EPC’s comumente instalados em diferentes indústrias 
ou ambientes de trabalho: 
• Kit de primeiros socorros: Tendo que possuir todos os itens básicos necessários 
em caso de acidente; 
• Kit para limpeza em caso de derramamento biológico, químico ou radiativo; 
• Chuveiros de emergência, lava-olhos etc.; 
• Capela Química: Deve ser usada em locais que se manuseiam produtos 
químicos, protegendo o operador de possível inalação da substância ou de 
algum contaminação no ambiente; 
• Exaustores, sistemas de ventilação e de controle de temperatura: Devem ser 
utilizados em locais que o trabalhador é exposto á temperaturas elevadas em 
ambientes fechados; 
• Redes de proteção, guarda corpo e corrimão: Usados geralmente em 
construções, evitam quedas, dos trabalhadores e de objetos que possam atingir 
os mesmos; 
• Detectores de fumaça e Sprinklers: Usados em qualquer local comercial, 
industrial, esportivo etc., para as situações de prevenção em caso de incêndio; 
• Isolação acústica: Deve ser usada em caso de exposição dos trabalhadores á 
ruídos constantes que podem ser danosos à audição; 
• Sinalização (Cones, placas etc.): Usadas para sinalizar qualquer possível risco no 
ambiente, como um buraco, um piso escorregadio etc. 
 
A importância da adoção de EPC 
Independente do ambiente de trabalho é fundamental que no EPC seja regularmente 
verificada a manutenção, a efetividade, capacidade, economia e impactos gerados na 
saúde e segurança dos trabalhadores. É um serviço que deve ser realizado por 
profissionais especializados no EPC’s. Um checklist bastante simples que o profissional 
da SST pode adotar para avaliar os procedimentos ou cuidados adotados com os EPC’s 
é: 
• Existem procedimentos de manutenção, operacionalização e uso do EPC no 
ambiente de trabalho? 
• Qual é a frequência que o EPC é avaliado? 
• Quais são as limitações ou defeito do equipamento de proteção coletiva no 
ambiente de trabalho e atividades realizadas pelas pessoas ou trabalhadores? 
Por que esse cuidados do EPC são importantes na minha indústria? O Brasil é um dos 
países onde mais se registram Acidentes de Trabalho e Doenças Ocupacionais no 
mundo, e os Equipamentos de Proteção Coletiva desempenham um papel 
fundamental para a redução destes números. Como qualquer outra medida 
preventiva, o uso de EPC reduz o número de afastamentos, evita multas, aumenta a 
produtividade e traz qualidade de vida ao trabalhador. Neste sentido, destacamos as 
principais vantagens que podem ser alcançadas com a sua implantação: 
• O custo dos EPC’s é mais baixo e suas medidas preventivas são de longo prazo, 
pelo fato de serem instalados no local e ali permanecerem; 
• Além de proteger os trabalhadores, protege também qualquer outra pessoa 
que, por algum motivo, esteja no ambiente em questão; 
• Não há o risco do trabalhador não o usar, já que ele está disposto no ambiente 
de trabalho e não diretamente no trabalhador 
E além de tudo isso, temos a obrigação legal, pois em caso de algum acidente, se for 
constatado que a empresa não fornecia as medidas de proteção coletiva adequadas, 
ela será responsabilizada pelo ocorrido. A proteção dos trabalhadores deve ser uma 
das prioridades de qualquer empresa, portanto, atente-se a isso, o bem estar e a 
qualidade de vida dos seus trabalhadores é essencial para um bom desempenho da 
empresa ! 
SINALIZAÇÃO DE SEGURANÇA NR 26 
 
A NR 26 é uma norma regulamentadora que estabelece a sinalização de segurança em 
locais de trabalho, indicando os riscos existentes por meio de cores. As cores utilizadas 
devem atender às normas técnicas oficiais e ser usadas de forma coerente para não 
causar distração ao trabalhador. 
As cores podem ser utilizadas para identificar equipamentos de segurança, delimitar 
áreas, indicar tubulações e advertir contra possíveis riscos, entre outros. As principais 
cores são vermelhas, laranja, amarelo, verde, azul, branco e preto, cada uma 
indicando um tipo de ameaça ou risco existente. 
A sinalização é uma ótima ferramenta para prevenir acidentes e vem se provando de 
grande auxílio para que os programas de segurança atinjam os objetivos de diminuir 
os acidentes e ocorrências. 
 
 
Saiba o que cada cor indica: 
 
 
• Vermelho: Identificação de equipamentos de proteção contra incêndios ou 
proibição. 
• Laranja: Indicação de perigo em partes móveis de máquinas e equipamentos, 
canalizações de ácidos e dispositivos elétricos. 
• Amarelo: Indicação de cuidado em situações de risco. 
• Verde: Configura segurança. São avisos, guias de localização, entradas de sala 
de emergência entre outros. (Aliás, o verde é facilmente encontrado em caixas 
contendo os equipamentos de proteção individual (EPI), itens de primeiros 
socorros, emblemas de segurança, chuveiros de emergência e sinalização de 
portas. Em situações de urgência, a cor é essencial na tomada de decisões.) 
• Azul: Indicação de ações obrigatórias e informações, aviso contra uso e 
movimentação de equipamentos. 
• Branco: Indicação de localização e circulação, faixas de localização e direção. 
• Preto: Indicação de presença de combustíveis viscosos, canalização de 
inflamáveis e combustíveis de alta viscosidade. 
 
 
Quer ver um exemplo de uma cor sinalizadora em uso ? 
 
 
 
 
 
 
 
 
Os famosos cavaletes, bastante usados em ambientes em que há possibilidades de 
chãos escorregadios ou molhados, como mercados, açougues, frigoríficos e tantos 
outros. 
Para conhecer melhor a NR 26, abaixo alguns tópicos introdutório dela: 
NR 26 – Sinalização de Segurança 
“26.3 Sinalização por cor 
26.3.1 Devem ser adotadas cores para comunicação de segurança em 
estabelecimentos ou locais de trabalho, a fim de indicar e advertir acercados perigos 
e riscos existentes. 
26.3.2 As cores utilizadas para identificar os equipamentos de segurança, delimitar 
áreas, identificar tubulações empregadas para a condução de líquidos e gases e 
advertir contra riscos devem atender ao disposto nas normas técnicas oficiais. 
26.3.3 A utilização de cores não dispensa o emprego de outras formas de prevenção 
de acidentes. 
26.3.4 O uso de cores deve ser o mais reduzido possível a fim de não ocasionar 
distração, confusão e fadiga ao trabalhador.” 
 
 
ATTE 
LUIZ NAFILHO 
TST PORTUÁRIO 
PROFESSOR DE SEGURANÇA DO TRABALHO

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