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CARGAS ESPECIAIS E PERIGOSAS Me. Lucimara Acosta GUIA DA DISCIPLINA 1 Cargas Especiais e Perigosas Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 1. CARGAS ESPECIAIS E PERIGOSAS – PRINCIPAIS CONCEITOS E INTRODUÇÃO AOS ASPECTOS LEGAIS Objetivo Apresentar noções básicas e principais conceitos e fundamentos sobre o transporte de cargas especiais e perigosas. Introdução Neste primeiro material você conhecerá a origem, evolução, as variáveis na movimentação de cargas perigosas e a partir desse processo o que é de fundamental importância para o direcionamento de sua ação dentro de nosso competitivo mercado de trabalho. O Brasil foi o primeiro país da América Latina a criar uma regulamentação para o transporte de produtos perigosos. Com a intensificação da movimentação de veículos transportando produtos perigosos, surge um crescente anseio, por parte das instituições, de ter à sua disposição, não só informações que dizem respeito à atividade de transporte, mas também conhecer e ter a disposição, para consultar, normas que, de forma direta ou indireta, encontram-se relacionadas à atividade de transporte rodoviário de produtos perigosos. Assim, esta disciplina propõe apresentar noções básicas, bem como os principais conceitos e fundamentos sobre o transporte, primeiro de cargas perigosas e depois de cargas especiais, não somente os procedimentos operacionais, mas principalmente os aspectos legais que envolvem todas as rotinas independentemente do tipo de modal que venha a ser utilizado. Nesta primeira aula você conhecerá a origem, evolução, as variáveis existentes dentro do transporte de produtos perigosos, e neste processo que é de fundamental importância para o direcionamento de sua ação dentro de nosso competitivo mercado de trabalho. 2 Cargas Especiais e Perigosas Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 1.1. O Transporte de Produtos Perigosos Diariamente acompanhamos noticiário que traz um acidente envolvendo veículos transportadores, normalmente tem-se neste cenário, um caminhão, um carro ou um ônibus. Um caminhão levava uma carga de dezenas de toneladas de produtos químicos, que foi derramada no barranco ao lado da estrada, quase atingindo um córrego. Acidentes como este acontecem com certa frequência no Brasil, país que utiliza principalmente o transporte rodoviário para fazer a conexão entre produtores, distribuidores e consumidores. A frota de caminhões de carga no Brasil contava com 1 milhão e 320 mil veículos em dezembro de 2014, de acordo com o relatório 2014 da Agência Nacional de Transportes Terrestres - ANTT. Uma parcela desses caminhões trafega pelas estradas brasileiras levando produtos perigosos. A ANTT define produtos perigosos como àqueles que representam riscos à segurança pública, à saúde das pessoas ou ao meio ambiente, de acordo com os critérios de classificação da ONU. Para prevenir os acidentes e minimizar os riscos que eles trazem ao meio ambiente, à saúde da população e ao patrimônio público, o Brasil vem adotando, ao longo dos anos, uma legislação específica e rigorosa em relação ao transporte de produtos químicos por via rodoviária. São decretos, leis, resoluções, portarias e normas editadas por órgãos como a ANTT, Conselho Nacional de Trânsito, Denatran, Ministério dos Transportes, Inmetro e ABNT. A legislação detalha como deve ser feita a identificação e o transporte dos produtos perigosos, sua classificação, os tipos de embalagem, a sinalização externa dos veículos de carga, a documentação necessária para o transporte, os equipamentos de segurança e quem são os responsáveis em caso de acidentes, entre outros aspectos. 3 Cargas Especiais e Perigosas Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 1.1.1. Segurança Para poderem trafegar pelas estradas brasileiras, os caminhões que transportam produtos ou resíduos químicos perigosos são obrigados a adotar uma série de medidas de segurança. Primeiramente, o motorista precisa ser treinado para conduzir produtos perigosos. Na viagem ele tem que levar a documentação com dados sobre a classificação da carga, o fabricante ou importador do produto, as autorizações para circulação e informações de segurança para o caso de acontecer um acidente, além de um kit de emergência pronto para ser usado em caso de acidente. O caminhão tem que estar em boas condições de manutenção e externamente precisa estar sinalizado com placas indicativas para mostrar o produto (ou produtos) que carrega e seus riscos. A indicação dos perigos é feita por painéis de segurança e rótulos de risco, que trazem números e símbolos indicando a classificação dos produtos transportados e seu enquadramento em uma das classes ou subclasses especificadas na Resolução da ANTT. Existem cerca de 3.500 números ONU relacionando os produtos perigosos. A ONU possui um comitê específico para legislar sobre o assunto. Os produtos químicos perigosos são divididos em 9 classes: 1- Explosivos, 2- Gases, 3- Líquidos inflamáveis, 4- Sólidos inflamáveis: substâncias sujeitas à combustão espontânea; substâncias que em contato com água emitem gases inflamáveis, 5- Substâncias oxidantes e peróxidos orgânicos, 6- Substâncias tóxicas e substâncias infectantes, 7- Materiais radioativos, 8- Substâncias corrosivas; e 9- Substâncias e artigos perigosos diversos. As classes podem ter subclasses como, por exemplo, os gases, subdivididos em três grupos: gases inflamáveis, gases não inflamáveis e não tóxicos e gases tóxicos. 4 Cargas Especiais e Perigosas Universidade Santa Cecília - Educação a Distância Figura 1 – Classificação Produtos Químicos Fonte: www.sitivesp.org.br Ainda tratando da sinalização externa temos o painel de segurança e o rótulo de risco, que serão amplamente discutidos nos módulos seguintes, mas por enquanto tem-se o conceito geral destes: O painel de segurança é retangular (30x40 cm) com uma borda de 1 cm, tem fundo na cor laranja e duas linhas com números em preto. A linha superior indica o número de risco, com exceção dos explosivos, que não têm número de risco. Os algarismos devem ser lidos separadamente. No exemplo abaixo, a placa deve ser lida como 3-3, que corresponde a líquido altamente inflamável. A linha inferior traz o número ONU, ou seja, o número que identifica o produto de acordo com a listagem de produtos perigosos utilizada internacionalmente. Aqui, 1263 significa que este caminhão está transportando combustível automotor ou gasolina. 5 Cargas Especiais e Perigosas Universidade Santa Cecília - Educação a Distância Figura 2 – Painel de Segurança Fonte: www.crq4.org.br O rótulo de risco informa a classe e a subclasse a que o produto pertence, e indica o risco principal e o risco subsidiário. Traz símbolos, textos (opcionais, exceto para os radioativos), um número e pode ter cores diversas no fundo. Indica se o produto é explosivo, inflamável, corrosivo, oxidante ou radioativo, por exemplo. Os rótulos de risco abaixo indicam produtos variados, por exemplo, da subclasse 5.1, ou seja, uma substância oxidante. Figura 3 - Exemplos de rótulos de risco indicam o que um veículo leva Fonte: arshipping.com.br Figura 4 – Painel versus Rótulo de Risco Fonte: http://200.144.30.103/siipp/public/imprime_identificacao.aspx 6 Cargas Especiais e Perigosas Universidade Santa Cecília - Educação a Distância O Conselho Regional de Química, da 4ª Região, nos apresenta exemplos de como deve ser a sinalização em veículos que transportam cargas a granel, fracionadas e com um ou mais produtos no mesmo veículo: 1º. Rótulos de risco e painéis de segurança no transporte de carga a granel de mais de um produto perigoso de mesmo risco principal, na mesma unidadeproximidade produz acúmulo de radiação que potencializa o seu valor e produz o risco. Para cada produto há um índice chamado TI (Transport Index) que deve ser consultado em tabela de segregação e separação entre os mesmos. Os 'Dangerous Goods' possuem sua classificação / segregação. Não é possível acondicionar em um mesmo porão certas classes, tais como: Gelo seco (ICE) e animais vivos (AVI). Restos mortais (HUM) e alimentos (EAT). 6.5. Critérios básicos para embarque: Gelo seco: até 250 kg para refrigerar perecíveis não perigosos. Cilindro médico: para uso médico e fornecido pela empresa. Munição: até 5 kg/Pax, em caixa reforçada, para fins esportivos. 44 Cargas Especiais e Perigosas Universidade Santa Cecília - Educação a Distância Cadeira de rodas elétrica movida à bateria: em posição vertical, com terminais desligados e isolados. Cilindro de dióxido de carbono: acoplado ao colete salva-vidas. Bebidas alcoólicas: recipientes de menos de 5 litros. Remédios ou artigos de toalete: até 2 litros no máximo. Fósforos e isqueiros: à vista do pax, com recargas em fluidos proibidos. Gases paralisantes para defesa pessoal: proibidos. O Código Brasileiro de Aeronáutica estabelece que o comandante seja responsável pela carga desde que tenha conhecimento da mesma. A NOTOC, Notification to Captain (Notificação ao Capitão/Piloto), é o documento hábil para tal; na Figura 1 abaixo, há um exemplo de NOTOC com cargas perigosas, como o gelo seco – que se apresenta como dry ice. A NOTOC é o mínimo de fiscalização a ser exercido pela tripulação, contudo, em voos cargueiros, é imprescindível verificar o estado geral de seu porão de cargas, com atenção as portas antes de fechá-la. Figura 1 – Exemplo de NOTOC Fonte: http://www.wcadangerousgoods.com/common/images/casestudies/case122/ Link para Vídeo: Simbologia do veículo no transporte de produtos perigosos. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=o2kNLEBXMxc. 45 Cargas Especiais e Perigosas Universidade Santa Cecília - Educação a Distância CHRISTOPHER, Martin. Logística e Gerenciamento da Cadeia de Suprimentos, São Paulo, Editora Cengage Learning, 2ª Edição 2009. CONSELHO REGIONAL DE QUÍMICA DA 4ª REGIÃO. Disponível em: http://www.crq4.org.br/quimicaviva_produtos_perigosos GUIA TRC, Guia do Transportador Rodoviário de Carga. Disponível em: . PORTAL DE PRODUTOS PERIGOSOS. Disponível em: http://www.produtosperigosos.com.br/home.php SOARES, Guido Fernando Silva Soares. Direito Internacional do Meio Ambiente, Emergência, Obrigações e Responsabilidades. São Paulo, Editora Atlas, 2011 VALENTE, Amir Mattar. Qualidade e Produtividade nos Transportes. São Paulo, CENGAGE Learning, 1ª Edição, 2008. WCA DANGEROUS GOODS. Disponível em: http://www.wcadangerousgoods.com/eng/home.asp LEITURA COMPLEMENTAR 2 (recorte de artigo) Novas regras para transporte de produtos perigosos entram em vigor Nova resolução da ANTT atualizou exigências e relação de produtos classificados como perigosos Em julho começam a valer as novas regras para o transporte de produtos perigosos. As normas estão previstas na resolução 5.232/2016 da ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres). Segundo o coordenador substituto de Fiscalização Especial da agência, Andrei Rodrigues, entre as mudanças que se destacam em relação à resolução anterior (420/2004) estão a inclusão de elementos considerados perigosos. “A indústria química criou novos produtos que não constam na resolução mais antiga”, explica Andrei. Ele destaca que o novo texto está de acordo com o Orange Book, que trata das principais recomendações da ONU (Organização das Nações Unidas) para esse tipo de transporte. Andrei ressalta, também, novas exigências sobre embalagens e alterações em nomenclaturas. 46 Cargas Especiais e Perigosas Universidade Santa Cecília - Educação a Distância É considerado produto perigoso todo aquele que representa risco à saúde das pessoas, ao meio ambiente ou à segurança pública, seja ele encontrado na natureza ou produzido por qualquer processo. Por isso o deslocamento desse tipo de carga deve atender a regras específicas, fixadas pela ANTT, que se referem a adequação, marcação e rotulagem de embalagens, sinalização das unidades de transporte e documentação. Principais cuidados Ao realizar esse tipo de transporte, os condutores devem estar atentos a alguns aspectos, como: condições de pneus, freios e iluminação; existência de vazamento; como a carga está posicionada; e se não está transportando produtos perigosos juntamente com outros para consumo humano ou animal, ou que sejam incompatíveis, com risco de gerar reação química. Os veículos também precisam estar adequadamente sinalizados. “Em caso de acidente, cada tipo de produto exige um cuidado diferenciado. A sinalização adequada ajuda na remoção imediata de alguma vítima”, esclarece Andrei. Além da resolução 5.232/2016 (que substitui a 420/2004), o transporte de produtos perigosos também está regulamentado pela 3.665/2011, também da ANTT. O descumprimento das exigências acarreta multas, que variam de R$ 400 a R$ 1.000, mas que podem ser cumulativas, de acordo com a infração identificada. Transporte de Produtos Perigosos - Publicada 20ª Revisão do Orange Book/ONU A Organização das Nações Unidas (ONU) tornou disponível nos últimos dias a versão eletrônica da 20ª revisão do Recommendations on the Transport of Dangerous Goods, também conhecido como Orange Book. Este Regulamento modelo faz parte do esforço da ONU em harmonizar mundialmente o transporte de produtos perigosos nos diferentes modais existentes, aumentando a proteção da saúde e meio ambiente e facilitando o comércio mundial. A revisão publicada em 2017 propõe, dentre outras alterações, novas e atualizadas instruções relativas a artigos que contenham substâncias perigosas; classificação de fertilizantes a base de nitrato de amônio; classificação de misturas corrosivas; unidades de transporte de carga contendo baterias de lítio; instruções de embalagem para baterias de lítio defeituosas ou danificadas; relatórios de teste para baterias de lítio; transporte de substâncias instáveis sob controle de temperatura; transporte de veículos alimentados por líquidos ou gases inflamáveis e células de combustível ou baterias. 47 Cargas Especiais e Perigosas Universidade Santa Cecília - Educação a Distância A versão impressa da 20ª revisão do Orange Book está disponível para a compra nos idiomas inglês e francês pelo seguinte link: http://www.unece.org/index.php?id=46066. A versão em inglês também se encontra disponível para download gratuito pelo link: https://www.unece.org/trans/danger/publi/unrec/rev20/20files_e.html. Compete aos países incorporar as diretrizes do Orange Book, como também as atualizações, em suas legislações nacionais. No Brasil o transporte de produtos perigosos é responsabilidade de diferentes órgãos, conforme o modal abaixo elencado: Modal aéreo: Agência Nacional de Aviação Aérea (ANAC), que em seu Regulamento referência a Organização da Aviação Civil Internacional (OACI - ICAO International Civil Aviation Organization) ou regulamento equivalente vigente reconhecido e utilizado nacional e internacionalmente para embarques de artigos perigosos pelo modal aéreo, podendo ser a Associação Internacional de Transporte Aéreo (IATA - International Air Transport Association). Modal hidroviário: Diretoria de Portos e Costas (DPC), que em suas Normas de Autoridade Marítima (NORMAM) referência a Organização Marítima Internacional (IMO – International Maritime Organization) e o International Maritime Dangerous Goods Code (IMDG Code). Modal terrestre: Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT),que estabelece as diretrizes para o transporte rodoviário e ferroviário por meio de Decretos e Resoluções, sendo a última publicação de maior impacto a Resolução n° 5232, de 14/12/2016. As agências mundiais citadas acima, ICAO, IATA e IMO, atualmente baseiam suas orientações para transporte de produtos perigosos na 19a. Revisão do Orange Book, enquanto a Resolução ANTT nº 5.232/2016 se baseia na 18a. e partes da 19ª Revisão do Orange Book “Compete as empresas brasileiras expedidoras e transportadoras de produtos perigosos estarem atentas as atualizações e impactos que as revisões do Regulamento ONU para transporte (Orange Book) trarão para suas operações, conforme forem sendo incorporadas pelos órgãos responsáveis” relata Tatiane Moretti Gerente de Assuntos Técnicos da Intertox. Consultoria especializada como a Intertox, que possui uma equipe altamente qualificada, pode ajudar nas atualizações das normas e minimizar os impactos das empresas. 48 Cargas Especiais e Perigosas Universidade Santa Cecília - Educação a Distância Referências UNITED NATIONS ECONOMIC COMMISSION FOR EUROPE (UNECE). About Dangerous Goods Disponível em: http://www.unece.org/trans/danger/publi/unrec/rev20/20files_e.html Agência Nacional de Aviação Aérea (ANAC). Disponível em: http://www.anac.gov.br/assuntos/passageiros/artigoperigoso-1 Diretoria de Portos e Costas (DPC). Disponível em: https://www.dpc.mar.mil.br/normas/normam Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT). Disponível em: http://www.antt.gov.br/cargas/Produtos_Perigosos.html Fonte do artigo: http://www.cnt.org.br/Imprensa/noticia/novas-regras-transporte-produtos- periogosos-antt. Sobre a Intertox A Intertox é referência nacional no segmento de segurança química, gerenciamento de riscos químicos, gestão ambiental e tecnologia da informação, com 18 anos de atuação no mercado é certificada pela ISO 9001:2015. A empresa oferece serviços de documentação de segurança química e conformidade legal; softwares voltados à gestão de riscos químicos, toxicológicos e ambientais; programa de gestão segura de produtos químicos; e avaliações toxicológicas e estudos de toxicidade in silico, segmento em que é pioneira no País; gestão regulatória de produtos e gestão ambiental e socioambiental. Possui corpo técnico altamente especializado, próprio e permanente, e amplo portfólio de serviços, que são customizados e adaptados de acordo com a necessidade de cada cliente. A Intertox está presente em todo o Brasil e na América Latina, com representantes na Argentina e no Chile. www.intertox.com.br 49 Cargas Especiais e Perigosas Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 7. CARGAS ESPECIAIS OU INDIVISÍVEIS Objetivo Entender as características principais para a realização do transporte de cargas especiais ou indivisíveis. Introdução Até aqui estivemos focados em compreender como se dá o transporte de cargas perigosas. Agora, chegamos num outro momento. Compreender como se dá o transporte de cargas especiais e indivisíveis. O mercado logístico é um segmento no qual a precisão é exigida e a legislação é igualmente precisa e irredutível. Há limites claros para tamanho e capacidade de carga em caminhões e carretas e, para tudo aquilo que não se enquadra nas operações costumeiras, usa-se o apelido de cargas especiais, ou “heavy lift”, como são conhecidas no setor. Contudo, mesmo para essas cargas gigantescas e ditas “indivisíveis”, há limites claros de dimensões e peso, e também de circulação, já que não é uma missão simples passar com esses volumes por muitas de nossas estradas. Alguns tipos de equipamentos e cargas extrapolam os limites do razoável para embarque em caminhões de cargas especiais. Principalmente no ramo de infraestrutura, algumas peças e itens de obras monumentais têm de chegar em canteiros de obras, ou ser entregues em portos, usando estradas e rodovias. Prevendo isso, a categoria de especiais foi criada, dando alguma flexibilidade para empresas que transportam essas peças. Porém, uma resolução de 2005 regulamenta também os limites para caminhões com esse tipo de carga: eles podem ter largura de até 4,5 m, altura de 5,5 m e comprimento de 25 m. O peso bruto total máximo também varia de acordo com a estrada – para rodovias estaduais, um máximo de 45 toneladas, enquanto que para federais o peso pode chegar a 70 toneladas. Essas peças não podem ser transportadas em contêineres, o que faz com que além de seu peso extremo, haja a necessidade de caminhões especiais para o transporte, com semirreboques diferenciados, além de aparatos específicos no intercâmbio de modais, ocorra ele em pátios de ferrovias ou áreas portuárias. 50 Cargas Especiais e Perigosas Universidade Santa Cecília - Educação a Distância Dentre essas cargas especiais, podemos citar turbinas e reatores, grandes peças pré-fabricadas de concreto, segmentos de pontes e viadutos, transformadores, caldeiras e outros. 7.1. Definição – Cargas Especiais ou Indivisíveis Para começar temos uma dúvida importante para esclarecer: O que é carga de projeto, ou indivisível, ou especial, ou excepcional, ou excedente? Cargas indivisíveis, ou cargas especiais, são cargas com elevado peso específico, que podem ter grandes dimensões e, portanto, necessitam de meios de transportes com uma Autorização Especial de Tráfego (AET) para poderem ser movimentadas. Essas cargas excedem as medidas, como o peso e a dimensão legal permitida e, por isso, precisam da autorização especial. A carga indivisível, de acordo com a Resolução 11/04 do DNIT, é uma carga unitária, que se configura através de uma peça única estrutural ou ainda, um conjunto de peças que são fixadas de algumas maneiras específicas, como solda, rebitagem ou outro processo. Sua utilização pode ser direta, como peça acabada ou partes estruturais, materiais implementos, máquinas ou parte de máquinas e equipamentos, das quais as dimensões e o peso estão acima dos limites determinados pelo CONTRAN, órgão responsável por fiscalizar o tipo de transporte. Exemplos dessas cargas, bastante comuns no Brasil, são as máquinas industriais de grande porte, como colheitadeiras, transformadores e outros tipos. O transporte de carga indivisível deve ser realizado com planejamento e existem empresas que trabalham especificamente oferecendo esse tipo de serviço, afinal, são necessários veículos grandes e com porte para esse tipo de transporte, como grandes caminhões com plataforma reta e implementos do tipo “pranchas”. 51 Cargas Especiais e Perigosas Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 7.2. Sobre o Transporte de Cargas Indivisíveis Esse tipo de carga necessita de um meio de transporte específico, que suporte as elevadas dimensões e o peso. Assim sendo, para o transporte de cargas indivisíveis é necessário à utilização de veículos especiais, além de uma programação completa e um projeto de transporte de qualidade, baseado na legislação dos órgãos competentes a respeito das vias e que respeite as limitações de infraestrutura. O condutor também precisa estar preparado para o tipo de transporte que realizará. Ele necessita ter o conhecimento das condições especiais do trânsito, contar com uma sinalização especial para o veículo utilizado e da carga a ser transportada, além de ser necessário obter uma formação em um curso especial para condutores de cargas indivisíveis, que pode ser feito em uma Instituição de Ensino credenciada pelo Detran. Outras medidas relevantes de segurança devem ser tomadas no transporte das cargas indivisíveis, como medidas em relação a trafegar na estrada, segurança da propriedade de terceiros e a segurança da própria rodovia. Acompanhem nas fotos abaixo, alguns exemplos dessas cargas especiais:Figura 1 – Transporte Especial de Pá Eólica Fonte: Revista Rodopiro, 2016. 52 Cargas Especiais e Perigosas Universidade Santa Cecília - Educação a Distância Figura 2 – Transporte Especial Carga Pesada Fonte: Revista Rodopiro, 2016. Assim, alguns tipos de cargas não podem ser divididos para facilitar o transporte, e são classificados na modalidade do transporte de cargas indivisíveis, por isso, necessitam de cavalos mecânicos de alta potência, além de reboques e semirreboques adequados, para serem entregues no destino. Cada tipo de carga exige equipamentos diferenciados, como, por exemplo, para transportar uma carga muito alta é utilizada a carreta tipo lagartixa. Já para as cargas muito compridas, o método mais indicado é o uso de uma carreta extensiva, enquanto as cargas muito pesadas exigem a utilização de conjuntos modulares com distribuidor de peso. Além dos equipamentos especiais para a acomodação, o transporte de cargas indivisíveis, com larguras superiores a 3,2 metros, alturas superiores a 5 metros ou peso superior a 74 toneladas exigem o acompanhamento de um batedor. Para que a carga seja transportada com segurança e sem causar muitos transtornos nas rodovias, é necessário fazer um planejamento logístico prévio e ter muito conhecimento do itinerário por onde a carga será transportada para não prejudicar o tráfego e, também, para evitar possíveis danos às vias ou em seu entorno. Dependendo da natureza e das dimensões do equipamento a ser transportado, a operação terá de cumprir os requisitos legais e será preciso solicitar uma autorização 53 Cargas Especiais e Perigosas Universidade Santa Cecília - Educação a Distância especial das autoridades para que seja possível trafegar pelas rodovias, sejam elas estaduais ou federais. 7.3. Legislação do transporte de cargas indivisíveis As regras para o transporte de cargas indivisíveis ou excedentes estão previstas no Código Nacional de Trânsito, que define, ainda, através do Artigo 101, quais os órgãos responsáveis, como o DNIT para as rodovias federais, os DER’s para as estaduais ou diretorias de trânsito dos municípios, pela expedição das autorizações especiais de trânsito. Essas autorizações são concedidas exclusivamente para cada situação, prevendo o prazo, percurso e medidas de logística e segurança previamente acertados. Para facilitar a operação, as transportadoras especializadas, costumam manter equipes específicas que devem ser formadas por profissionais experientes e bem treinados e com amplo conhecimento da infraestrutura da malha rodoviária e da legislação, para acompanhar todo o processo, desde o planejamento e a solicitação da autorização, até a entrega no destino determinado pelo cliente. Voltaremos a detalhar mais sobre Legislação na próxima aula, Aula 8 deste curso, ok? 7.4. Transporte de Cargas Especiais no Brasil A grande maioria das viagens com cargas desse tipo são feitas até portos preparados para recebê-las. Não são muito comuns, por sinal. O Porto de Santos, no Brasil, ainda é o mais bem equipado para lidar com o embarque e desembarque desse tipo de mercadoria, mas portos como o de Vitória e o do Rio de Janeiro são frequentemente utilizados por mineradoras, siderúrgicas e empresas do segmento de geração de energia para desembarcar grandes equipamentos importados, em razão da conexão desses terminais com ramais ferroviários. 54 Cargas Especiais e Perigosas Universidade Santa Cecília - Educação a Distância Não há “jeitinho” para transportar cargas especiais – no ato de encomenda de uma máquina que precise desse tipo de serviço, empresas costumam realizar estudos de viabilidade que analisam a fundo as capacidades de chegada do equipamento até seu destino, estudando aspectos como a largura das estradas, número de curvas, grau de inclinação, entre outros. Todo o caminho até o destino tem de ser roteirizado. Em uma segunda etapa, a carga e o veículo de transporte são dimensionados, para permitir o transporte do equipamento dentro dos limites estabelecidos por lei. Embora essas cargas sejam tecnicamente indivisíveis, é muito comum a retirada de componentes mais pesados em reatores ou máquinas, para permitir que os mesmos sejam transportados com folga. Para prevenir problemas em balanças rodoviárias, carga e veículos são geralmente pesados antecipadamente. Quando tudo está “pronto”, ainda é preciso contratar batedores e empresas de acompanhamento da carga, bem como agendar todas as travessias necessárias – alguns trechos ou locais exigem o fechamento de pistas ou passagem em canteiros e acostamentos, que serão liberados e controlados pela polícia rodoviária e concessionárias. Link para Vídeo: Para melhor compreensão sobre a movimentação de cargas especiais, assista ao vídeo que traz a experiência de uma empresa brasileira no transporte de cargas indivisíveis através do link: https://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=rBf0AAzSh7 0 CHRISTOPHER, Martin. Logística e Gerenciamento da Cadeia de Suprimentos, São Paulo, Editora Cengage Learning, 2ª Edição 2009. GUIA TRC, Guia do Transportador Rodoviário de Carga. Disponível em: . REVISTA RODOPIRO. Disponível em: http://www.transportepesado.com.br/ VALENTE, Amir Mattar. Qualidade e Produtividade nos Transportes. São Paulo, CENGAGE Learning, 1ª Edição, 2008. 55 Cargas Especiais e Perigosas Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 8. CARGAS ESPECIAIS OU INDIVISÍVEIS: DOCUMENTAÇÃO Objetivo Apresentar a importância da documentação para o manuseio das cargas indivisíveis, assim um bom conhecimento deste assunto e tendo em mãos as documentações necessárias para o seu transporte como contratos com o motorista, solicitação de batedores para a escolta do transporte; e por fim, ter conhecimento da legislação aplicada a este tipo de transporte. Introdução Ao se ouvir o termo “carga especial” vem à ideia de problemas, dificuldade. Quando nos aprofundamos nesse assunto vemos que existem normas específicas a serem seguidas de acordo com o CONTRAN, a Secretaria dos Transportes – DER e o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes, DNIT; a fim de utilizar as rodovias para transportar essas cargas e evitar tais problemas; documentação da carga, do veículo, do transportador; certas limitações relacionadas a peso, altura, tipos de veículos específicos para o transporte das cargas são alguns dos principais itens que podem auxiliar a na redução de possíveis problemas e danos, não só a carga, ou ainda, ao transportador, mas, também, ao meio ambiente e os seres vivos que possam ser prejudicados por alguns problemas que venham a ocorrer. 8.1. Definições Importantes para o Conhecimento de Cargas Especiais ou Indivisíveis De acordo com o DER existem algumas definições que devem ser consideradas em relação às cargas indivisíveis. São normas para concessão de autorização especial de trânsito para veículos ou combinação de veículos utilizados no transporte de carga indivisível e veículos especiais que não se enquadrem nos limites de peso ou de dimensões estabelecidos pelo CONTRAN: Carga nas Partes Externas é a carga que ultrapassa os limites físicos da carroceria do veículo, de acordo com a sua largura ou ao seu comprimento; exceto os equipamentos integrados a veículo especial; Escolta Credenciada é o veículo destinado ao acompanhamento de transportes especiais em peso e/ou dimensões. Veículos de empresas especializadas prestadoras desses serviços ou da própria empresa 56 Cargas Especiais e Perigosas Universidade Santa Cecília - Educação a Distância transportadora, cumprindo as exigências quanto ao credenciamento do veículo, da empresa e do condutor, previstos na Portaria SUP/DER-026 – 23/05/1985e suas alterações, ou a que vier a sucedê-la; Estudo de Viabilidade (E.V.) é o estudo prévio da capacidade de transporte das obras de arte especiais (OAE’s) existentes ao longo de determinado roteiro/itinerário, para fins de viabilização ou não da passagem de Conjunto Transportador acima de determinados limites; Excesso de Dimensões é a parcela das dimensões do conjunto (comprimento, largura, altura e balanço traseiro) que ultrapassa os limites regulamentares fixados pela legislação de trânsito; Excesso de Peso é a parcela do peso de um eixo e/ou de conjunto de eixos que ultrapassa os limites regulamentares fixados pela legislação de trânsito; Guindaste autopropelido ou sobre Caminhão constituindo veículo especial projetado para elevar, movimentar e baixar materiais; Veículo para acompanhamento de Operações Especiais é um veículo próprio do DER ou de concessionária de rodovia destinado ao acompanhamento das operações especiais para o transporte de cargas especiais; Veículo Especial é aquele constituído com características de construção especial, destinado ao transporte de carga indivisível e excedente em peso e/ou dimensão, incluindo-se entre esses os reboques e semirreboques dotados de mais de três eixos com qualquer tipo de suspensão, assim como aquele dotado de equipamentos para prestação de serviços especializados, que se configurem como carga permanente, tais como: guindastes ou assemelhados; Veículo Transportador Modular Autopropelido é o veículo modular com plataforma de carga própria, tendo suspensão e direção hidráulica e conjunto de eixos direcionais com força motora que propicie circular pelos seus próprios meios. 8.2. Legislação De acordo com a ANTT (2014) o transporte rodoviário de cargas no Brasil é regulamentado pela Lei nº 6.813, de 10 de julho de 1980, observadas as disposições contidas no Código de Transito Brasileiro. 57 Cargas Especiais e Perigosas Universidade Santa Cecília - Educação a Distância A lei que dispõe sobre cargas especiais é a nº 10.233 de 5 de junho de 2001, onde constitui o âmbito da ANTT para que possam ser estabelecidos padrões e técnicas complementares relativos às operações de transporte terrestre de cargas especiais. Por exemplo: A Portaria Nº 23/1996 do DER-SP prevê as normas do Auto Ban e Via Oeste. A Resolução Nº 11/2005 do DNIT refere-se à NovaDutra e Rodo Norte. As Normas ABNT, com ênfase na NBR 8681/2003. 8.3. Documentação Documentação necessária para a solicitação de transporte de carga indivisível deve conter: 1º. Declaração do fabricante informando o peso do equipamento transportado de acordo com o item 1.02.01 da Portaria Nº 23/1996, informando ainda a impossibilidade de fracionar a carga transportada. 2º. Croquis do conjunto transportador carregado, atendendo ao disposto na respectiva legislação, devidamente assinado por engenheiro responsável pela montagem do equipamento, contendo: CMT de cada cavalo; Número de eixos; Distância entre eixos; Peso de cada eixo; Quantidade de pneumáticos de cada eixo; Dimensões da peça transportada; Dimensões do conjunto transportador; Indicação de pescoço hidráulico e demais dispositivos relevantes; Variação de altura permitida pelo equipamento utilizado; Raio de curvatura mínimo do conjunto transportador. 3º. Descrição do percurso a ser vencido, contendo: Rodovia; Km inicial e Km final e respectiva pista de cada trecho; Eventuais manobras a serem realizadas. 4º. Declaração do Departamento de Estradas de Rodagem de São Paulo (DER-SP) de que a configuração se enquadra em seus critérios quando houver excessos de peso nos casos previstos na portaria. A Portaria 23/1996 do DER- 58 Cargas Especiais e Perigosas Universidade Santa Cecília - Educação a Distância SP dispõe: “Os limites do item 3.02 somente poderão ser excedidos nos casos previstos no item 3.03 devendo-se neste caso apresentar ainda declaração do DER-SP afirmando que os excessos se enquadram em seus critérios”. As demais legislações não permitem tais excessos, portanto deverão ser seguidos os limites previstos em cada legislação. 8.4. Autorização Especial de Trânsito (AET) O Código de Trânsito Brasileiro (CTB) prevê a necessidade da Autorização Especial de Trânsito (AET), para os veículos que transportam cargas indivisíveis, com pesos e ou dimensões excedentes (Art.101 e Resolução N.º210 do CONTRAN). A AET é um documento que autoriza o trânsito nas rodovias sob sua jurisdição, a partir da análise e aprovação de documentos encaminhados pelo interessado na realização do transporte de cargas, regida pelas características do transporte requerido, conforme o CTB e as Resoluções do Conselho Nacional de Trânsito (CONTRAN). A documentação exigida para obtenção da AET (Autorização Especial de Trânsito) varia de órgão para órgão, mas de um modo geral tem se a necessidade de verificar a capacidade técnica dos veículos especificados para o transporte, como os Certificados de Licenciamento, assim como Declarações do Fabricante ou Embarcador para comprovação de peso e dimensões da carga. 8.5. Documentos necessários para obter Autorizações Especiais de Trânsito Cargas indivisíveis com peso e/ou dimensões excedentes: Cópia dos Certificados de Registro e Licenciamentos dos Veículos – CRLV (Cavalo + Semi Reboques); Combinação de Veículos de Carga – CVC: Cópia dos Certificados de Registro e Licenciamentos dos Veículos – CRLV (Cavalo + Semi Reboques); Laudo Técnico e Projeto Técnico; Anotação de Responsabilidade Técnica – ART; Guindastes: Cópia dos Certificados de Registro e Licenciamentos dos Veículos – CRLV (Cavalo + Semi Reboques); 59 Cargas Especiais e Perigosas Universidade Santa Cecília - Educação a Distância Combinação para Transporte de Veículo - CTV e Combinações de Transporte de Veículos e Cargas Paletizadas – CTVP: Cópia dos Certificados de Registro e Licenciamentos dos Veículos – CRLV (Cavalo + Semi Reboques); Laudo Técnico e Projeto Técnico; 8.6. Artigo 101 Ao veículo ou combinação de veículos utilizado no transporte de carga indivisível, que não se enquadre nos limites de peso e dimensões estabelecidos pelo CONTRAN, poderá ser concedida, pela autoridade com circunscrição sobre a via, Autorização Especial de Trânsito - AET, com prazo certo, válida para cada viagem, atendidas as medidas de segurança consideradas necessárias. §1º - A autorização será concedida mediante requerimento que especificará as características do veículo ou combinação de veículos e de carga, o percurso, a data e o horário do deslocamento inicial. §2º - A autorização não exime o beneficiário da responsabilidade por eventuais danos que o veículo ou a combinação de veículos causarem à via ou a terceiros. §3º - Aos guindastes auto-propelidos ou sobre caminhões poderá ser concedida, pela autoridade com circunscrição sobre a via, Autorização Especial de Trânsito - AET, com prazo de seis meses, atendidas as medidas de segurança consideradas necessárias. 8.7. Sinalização Dos Veículos em Geral Os veículos, combinações de veículos ou veículos especiais, cujas dimensões com ou sem carga, que excedam os limites estabelecidos para trânsito normal, serão sinalizados com placas especiais de advertência. As placas serão metálicas e revestidas com película refletiva, com faixas na largura de 15 cm medidas na horizontal, inclinadas de 45 graus da direita para a esquerda e de cima para baixo, nas cores pretas e laranja, tendo ao centro retângulo de 2 m por 25 cm, ou 1 m por 50 cm, na cor branca com inscrições em letras e números na cor preta, de 10 m e 15 cm de altura. 60 Cargas Especiais e Perigosas Universidade Santa Cecília - Educação a Distância As placas de sinalização traseira serão colocadas a cerca de 140 cm do solo epoderão ser, conforme o caso, de três modelos diferentes: Placa de Sinalização para o Caso de Largura Excedente terá a altura de 50 a 80 cm e comprimento igual à largura do veículo ou conjunto até o máximo de 320 cm e, no retângulo central, terá indicada em metros, a dimensão da largura do veículo ou conjunto. Placa de Sinalização Traseira para o Caso de Comprimento Excedente: terá as dimensões de altura 80 cm e comprimento de 260 cm e no retângulo central terá indicada em metros, a dimensão do comprimento do conjunto. Placa de Sinalização Traseira para os Casos de Largura e Comprimento Excedente terá as dimensões de altura 80 cm e comprimento igual à largura do veículo até o máximo de 320 cm e nos retângulos terá as indicações, em metros, das dimensões de comprimento e largura do conjunto. 61 Cargas Especiais e Perigosas Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 9. CONTRATAÇÃO DE BATEDORES O processo de contratação de empresas credenciadas para a realização do serviço de escolta deve levar em consideração, principalmente, se a empresa atende todos os requisitos legais em relação aos veículos, equipamentos obrigatórios e pessoal devidamente, treinado e capacitado e é normalmente exigida para cargas com dimensões e peso acima de 3,20m largura; 25,00m comprimento; 5,00m de altura e 60,00 t (DER/SP) e 74,00t (DNIT), nesse caso serão necessários à utilização de veículos de escolta, tipo batedores, seja de empresa credenciada pelos órgãos regulamentadores ou Policia Rodoviária. Devido à crescente demanda no seguimento de transporte de cargas especiais conclui-se que se torna fundamental ter conhecimento do processo logístico incluindo ainda conhecimento da legislação vigente relacionado a está categoria de transporte. Como é um assunto pouco abordado atualmente, os responsáveis por esse tipo de transporte não dão a devida importância para as documentações necessárias e obrigatórias desse tipo de carga a ser transportada, colocando em risco sua própria vida e de outros que transitarem ao redor do trajeto deste veículo transportando a carga indivisível. Outro ponto importante a ser observado, além dos perigos crescentes que possam ocorrer, vem à parte legal do transporte desse tipo de carga, ou seja, ter em mãos todas as documentações necessárias para um transporte legal, de acordo com as normas e leis de transito responsáveis por esse tipo de transporte, cargas indivisíveis. CHRISTOPHER, Martin. Logística e Gerenciamento da Cadeia de Suprimentos, São Paulo, Editora Cengage Learning, 2ª Edição 2009. GUIA TRC, Guia do Transportador Rodoviário de Carga. Disponível em: . REVISTA RODOPIRO. Disponível em: http://www.transportepesado.com.br/ VALENTE, Amir Mattar. Qualidade e Produtividade nos Transportes. São Paulo, CENGAGE Learning, 1ª Edição, 2008. 62 Cargas Especiais e Perigosas Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 10. REVISÃO Objetivo Revisar conceitos fundamentais para o entendimento das cargas Perigosas e Cargas Especiais, avaliando o posicionamento competitivo e as tendências para esse tema. Introdução A finalidade dos transportes perigosos e especiais é fazer a locomoção de cargas de um determinado ponto de origem a um determinado ponto destino, sendo que no trajeto de locomoção das devidas cargas existe alto grau de risco, que necessitam cuidados especiais desde o carregamento, no trajeto até ao descarregamento. O transporte desses tipos específicos de cargas requer uma série de procedimentos, também específicos para que ocorra um transporte com segurança com a carga, o motorista e os demais envolvidos na evolução da operação, inclusive a população. As empresas de transportes devem buscar sempre em seu transporte alta qualidade com menor custo, menor desperdício de tempo, e satisfação ao cliente, realizando o serviço com alta produtividade de sua equipe. 10.1. Carga Perigosa PRODUTO PERIGOSO é toda e qualquer substância encontrada na natureza ou produzida por qualquer processo que coloque em risco a segurança pública, saúde, das pessoas e o meio ambiente, conforme os critérios de classificação da ONU e a resolução 420 da ANTT. As principais legislações brasileiras que tratam do manuseio e transporte de produtos perigosos são: O decreto n° 96.044/88 do Ministério dos transportes e a resolução n°420/04, que são baseadas no "Orange Book" o manual americano para o transporte de cargas perigosas. O transporte, independente do Modal utilizado, é um ponto vulnerável a ocorrência de acidentes envolvendo produtos perigosos. As principais causas relacionadas à ocorrência de acidentes no transporte de produtos perigosos são: 63 Cargas Especiais e Perigosas Universidade Santa Cecília - Educação a Distância a) A falta de treinamento ou profissionalismo do motorista. b) A má conservação das vias. c) A falta de fiscalização - problemas no veículo ou irregularidades na carga. d) A legislação inadequada e em alguns casos desatualizada. Conforme visto em aulas anteriores, os produtos perigosos são classificados em 9 classes de acordo com a ONU, cada classe possui um número específico e um nome: Explosivos: São todas as substâncias que oferecem risco de explosão. Além da resolução 420, o Ministério da Defesa e Comando do Exército são responsáveis por legislar sobre esse tipo de produto. Os veículos que realizam o transporte de explosivos não recebem um rótulo de risco, apenas um painel de segurança com o número ONU (que é um número aleatório distinto daqueles 9 relacionados a classificação) do produto. Nessa classe encontram-se materiais como granadas, TNT, artigos pirotécnicos, explosivos de demolição e dispositivos de sinalização. Gases: Nessa classe encontram- se os gases inflamáveis, asfixiantes, corrosivos ou que ofereçam qualquer outro tipo de risco à saúde. Exemplo: Amônia, Cloro, GLP (gás de cozinha) e Nitrogênio. Líquidos Inflamáveis: São líquidos, misturas de líquidos, ou líquidos contendo sólidos em solução ou em suspensão (como tintas e vernizes) que produzem vapores inflamáveis a temperaturas de até 60,5°C. Exemplo: gasolina, óleo diesel e combustíveis em geral. Sólidos Inflamáveis: São substâncias que sujeitas ao aquecimento e combustão espontâneas mesmo em condições normais de transporte. Constituem essa classe os sólidos inflamáveis como o enxofre, as Substâncias sujeitas à combustão espontânea como o Sulfeto de Sódio e as Substâncias que, em contato com água emitem gases inflamáveis. Substâncias Oxidantes ou Peróxidos Orgânicos: São substâncias oxidantes as que podem causar ou contribuir para a combustão de outros materiais. Peróxidos orgânicos são substâncias que reagem com metais podendo causar combustão. 64 Cargas Especiais e Perigosas Universidade Santa Cecília - Educação a Distância Substâncias Tóxicas e Substâncias Infectantes: São classificadas como tóxicas as substâncias que podem provocar risco de morte e lesões se ingeridas, inaladas ou entrem em contato com a pele mesmo em pequenas quantidades. As substâncias infectantes são aquelas que podem causar doenças infecciosas em humanos e animais. Material Radioativo: Qualquer substância que emite radiação, exemplo: Urânio 235, Césio 137, Cobalto 60. Substâncias Corrosivas: Causam severos danos quando em contato com tecidos vivos e ao meio ambiente em caso de vazamentos e acidentes. Exemplo: soda caustica, ácido sulfúrico. Substâncias e Artigos Diversos: Incluem-se nesta classe as substâncias e artigos que durante o transporte apresentam um risco não abrangido por quaisquer das outras classes. São 3, as principais vias de intoxicação por produtos químicos, são: 1) Inação - Muito comum com produtos que tendem a evaporar, ao respirá-los oindivíduo pode sofrer de irritações a perda de consciência e morte. 2) Absorção Cutânea - Quando o produto entra em contato com a pele do indivíduo causando contaminação, irritação ou destruição do tecido. 3) Ingestão - Quando o indivíduo ingere acidentalmente pequenas quantidades da substância química ao fumar ou alimentar - se. 10.1.1. Cargas Perigosas em Resumo: O transporte de produtos perigosos requer tratamento especial, principalmente em relação à segurança durante o manuseio, embalagem e transporte desse tipo de material. Diante disso, tem-se que viabilizar a logística de artigos restritos/perigosos de qualquer origem para qualquer destino, sempre de acordo com normas nacionais e internacionais em transporte aéreo, rodoviário e marítimo. Para tanto, deve-se transportar em total conformidade com a Resolução nº 420/04 da ANTT para o transporte terrestre e para o transporte aéreo, conforme normas IATA / ICAO. 65 Cargas Especiais e Perigosas Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 10.1.2. Segurança no transporte Para transportar cargas perigosas com segurança, deve-se adotar as seguintes medidas: 1. CLASSIFICAÇÃO DO MATERIAL ANTES DO TRANSPORTE: Conhecer o material a ser transportado é crucial. Saber quais são as suas propriedades físicas, vulnerabilidades e riscos associados ao seu transporte também é importante, garantindo assim o envio do produto sem qualquer tipo de risco. 2. AMBIENTE DE DISTRIBUIÇÃO: As circunstâncias e a zona por onde o transporte será realizado envolvem cuidados e prevenção de riscos adicionais, que devem ser tomados em conta na preparação do transporte. 3. REGULAMENTAÇÃO: O transporte de produtos perigosos pode envolver a necessidade de requerimentos especiais. Conhecer e cumprir a regulamentação não só ajuda na prevenção de riscos, como também evita a aplicação de multas. 4. EMBALAGEM: Uma embalagem apropriada é essencial para o transporte seguro de uma mercadoria perigosa. Se ela estiver rachada ou danificada, ficam em risco não só quem trabalha no transporte do material, como também o próprio meio-ambiente. Sendo assim, a utilização de recipientes apropriados, material de amortecimento e absorvente e trancas seguras evitam riscos durante o transporte. 5. DOCUMENTAÇÃO: Para o transporte de materiais perigosos, deve-se ter tudo registrado. Documentos com os detalhes do conteúdo e características do material a ser transportado facilitam todo o processo na cadeia logística. 6. MARCAÇÃO E IDENTIFICAÇÃO: Todos os embarques devem ser marcados e identificados. Os envolvidos no transporte e movimentação dos materiais perigosos devem ter condições de identificar com clareza o tipo de produto com que trabalham e os riscos aos quais estão expostos. 7. TREINAMENTO: Antes do manuseamento de cargas perigosas, é importante investir no treinamento das atividades específicas de cada operador. Essa preparação pode ser obtida por meio de seminários sobre as regras de manuseio de cargas perigosas. 8. ALTERAÇÕES: Mudanças nas leis, propriedades dos materiais ou condições ambientais são inevitáveis. Somando-se as alterações de operação e fornecimento por parte de transportadoras e fornecedores, é fundamental que 66 Cargas Especiais e Perigosas Universidade Santa Cecília - Educação a Distância se monitore permanentemente todo o trajeto do produto e que se tomem ações preventivas e corretivas caso seja necessário. 9. TRANSPORTADORA: Algumas transportadoras possuem requerimentos específicos e/ou limitações quanto ao transporte de materiais perigosos. Sendo assim, é preciso estar familiarizado com a transportadora e o método como esta atua, assim como com as capacidades tecnológicas da mesma. 10. CONEXÃO: A ligação entre os diferentes elos da cadeia de abastecimento deve ser clara e eficiente. Situações imprevistas, variações e problemas, fora do planejado devem sofrer intervenção de imediato. Alterações nos produtos ou condições climáticas imprevistas devem ser comunicadas a todos os envolvidos no transporte. 10.2. Cargas especiais ou indivisíveis São considerados transportes especiais, todos os veículos de carga que ultrapassem as dimensões e/ou pesos máximos fixados por lei ou que tenham características físico/operacionais que prejudiquem a segurança e a fluidez do tráfego. O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) conceitua carga indivisível como: Carga indivisível é carga unitária, representada por uma única peça estrutural ou por um conjunto de peças fixadas por rebitagem, solda ou outro processo, para fins de utilização direta como peça acabada ou ainda, como parte integrante de conjuntos estruturais de montagem ou de máquinas ou equipamentos e que pela sua complexidade, só possa ser montada em instalações apropriadas. (DNIT, 2004) Segundo a Resolução 11 do DNIT, publicada em 25 de outubro de 2004, retificada em 04 de janeiro de 2005 e 16 de junho de 2005, são consideradas cargas indivisíveis e que necessitam de autorização ao ultrapassar as seguintes dimensões evidenciadas no Quadro um. 67 Cargas Especiais e Perigosas Universidade Santa Cecília - Educação a Distância Quadro 01 - Dimensões de Cargas Especiais Parâmetro Grandeza Largura 2,60 m Comprimento 8,60 m Altura 4,40 m Peso Bruto Total 45 t Fonte: DNIT, 2004 10.3. Elaboração do Planejamento de Transporte O planejamento para uma operação de cargas especiais requer um trabalho minucioso em avaliar os possíveis itinerários, onde deverá ser considerada a infraestrutura viária, de modo a identificar rotas possíveis e econômicas, assim como localizar os prováveis pontos críticos e de risco, esse tipo de planejamento pode ser realizado em programas voltados para calcular as melhores rotas. O transporte de cargas especiais requer que os profissionais envolvidos no processo, tenham profundo conhecimento sobre a infraestrutura rodoviária, da frota adequada e ter capacidade em obter autorização especial de trânsito. Com esse planejamento há possibilidade de envolver na operação, empresas de telefonia, companhia de eletricidade, dentre outras, que irão dar suporte a operação, de modo a garantir o sucesso do transporte, dentro do roteiro estabelecido sem que ocorram problemas inesperados. A identificação dos riscos contribui para a medição da complexidade do projeto: quanto maior a complexidade do empreendimento, maior são suas variáveis e, consequentemente, são maiores os riscos a serem gerenciados. Outro fator significativo para o transporte das cargas indivisíveis é o acompanhamento realizado por veículos adequados e com a finalidade de efetuarem sua segurança, a escolta, auxilia nos casos em que o carregamento exceda as dimensões em largura, comprimento, altura e peso. 68 Cargas Especiais e Perigosas Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 10.4. Veículos e Equipamentos Especiais As cargas consideradas especiais devem ser transportadas em veículos e equipamentos adequados, que apresentem estruturas, estado de conservação e potência motora compatíveis com a força de tração a ser desenvolvida, assim como uma configuração de eixo, atendendo a distribuição de peso pró-eixo de tal modo que fique o mais próximo possível dos limites estabelecidos e as larguras sejam compatíveis com a segurança de trânsito. Os veículos constituídos de características especiais e destinados ao transporte de cargas excedentes e indivisíveis, incluindo-se reboques e semirreboques, não poderão transitar sem sinalização necessária para a identificação do produto transportado, e devem ser equipados de acordo com as normas de trânsito nacional. Para a efetivação de um serviço de carga especial indivisível, é necessário que a empresa indicada realize alguns procedimentos extremamente importantespara a prestação dos serviços (Guia do Transporte Rodoviário de Cargas, 2004): Vistoria da peça a ser transportada ou desenho da mesma; Verificação dos principais e possíveis pontos de apoio e amarração; Especificar o tipo de veículo e/ou equipamento mais adequado para efetuar o transporte da carga especial; Estudo de viabilização do trajeto-análise do gabarito horizontal e vertical. Em alguns casos, avaliação das obras por meio de laudo estrutural a ser confeccionada por uma empresa de engenharia especializada; Apoio das concessionárias de serviços públicos que acompanham as travessias nas rodovias, como: trólebus, energia elétrica, telefonia, televisão a cabo, via férrea, rede semafórico, etc. Consulta aos órgãos – Departamento Estadual de Rodagem (DER), Companhia de Engenharia de Trânsito (CET), Departamento Nacional de Infra- Estrutura e Transporte (DNIT). 10.5. Legislação Utilizada Toda e qualquer movimentação de cargas pesadas ou especiais, além de utilizar equipamentos especiais, requer um conhecimento da legislação pertinente seja ela nacional ou internacional e da infraestrutura disponível. 69 Cargas Especiais e Perigosas Universidade Santa Cecília - Educação a Distância No planejamento do transporte para cargas especiais, a empresa deverá ter uma certificação especial (AET – Autorização Especial de Transito), que costuma ser vista como uma etapa crítica no gerenciamento do transporte desse tipo de carga. O enquadramento de transportes nesta condição estará sujeito à análise e discussão entre o DER, Concessionárias, e Prefeituras Municipais, sobre as necessidades e operacionalidade dos transportes. E além da obtenção do AET, conforme o Artigo 101 do Código de Trânsito Brasileiro (CTB), a autorização para o transporte dessas cargas, é de responsabilidade da autoridade com jurisdição sobre a rodovia. Segundo a Revista SB-50 (2009), esse procedimento é necessário para identificar a jurisdição e quem é o órgão responsável, antes de programar a operação de qualquer carga, principalmente se forem cargas especiais, pois necessita de integração entre os órgãos para facilitar sua movimentação. No caso de rodovias federais a autoridade é o DNIT (Departamento Nacional de Infraestrutura), em vias estaduais a autorização é dada pelo Departamento de Estrada de Rodagem e nas vias municipais o envolvimento deverá ser com os órgãos municipais (Ex.: CET em São Paulo). As normas que regulamentam o transporte de cargas indivisíveis, excedentes em peso e/ou dimensões, estão baseadas no Código de Trânsito Brasileiro, em especial o Artigo 101, que por sua vez, garante a circulação por vias concedendo autorização especial de trânsito, desde que se tenha prazo certo, sendo validada para cada viagem. Bem como, em conformidade com as medidas de seguranças necessárias para a operação. Isso possibilita que cada órgão determine suas regras para esse tipo de transporte, em suas respectivas jurisdições (REVISTA SB-50, 2009). O transporte de cargas perigosas e de cargas especiais indivisíveis requer um grau elevado de planejamento e estudo. Toda a operação deve ser planejada de modo a garantir a integridade da carga, segurança da operação e que todos os aspectos legais sejam cumpridos. Além de adequar especificações técnicas, pesos e dimensões dos equipamentos aos conjuntos transportados, é necessário atuar com equipes especializadas e respeitar os horários 70 Cargas Especiais e Perigosas Universidade Santa Cecília - Educação a Distância determinados de tráfego, que limitam o trânsito deste tipo de carga. Também existe o acompanhamento de órgãos competentes de tráfego, estaduais e federais, concessionárias, companhia de energia e telefonia durante todo o processo. Título: O que todo caminhoneiro deve saber sobre cargas perigosas. Disponível em: http://blog.marcon.net.br/2018/07/27/o-que-todo- caminhoneiro-deve-saber-sobre-cargas-perigosas/. CHRISTOPHER, Martin. Logística e Gerenciamento da Cadeia de Suprimentos, São Paulo, Editora Cengage Learning, 2ª Edição 2009. GUIA TRC, Guia do Transportador Rodoviário de Carga. Disponível em: . REVISTA RODOPIRO. Disponível em: http://www.transportepesado.com.br/ VALENTE, Amir Mattar. Qualidade e Produtividade nos Transportes. São Paulo, CENGAGE Learning, 1ª Edição, 2008. LEITURA COMPLEMENTAR 3 (recorte de artigo) ATUALIZAÇÃO DA LEGISLAÇÃO Agência Nacional de Transportes Terrestres publicou em Diário Oficial da União nº 241de 16 de dezembro de 2016 a Resolução ANTT nº 5232 de 14 de dezembro de 2016 que aprova as Instruções Complementares ao Regulamento Terrestre (rodoviário e ferroviário) do Transporte de Produtos Perigosos e que irá substituir a Resolução ANTT nº 420/04 e resoluções que a atualizavam. A Resolução ANTT nº 5232/16 estabelece o prazo de 12 (doze) meses, contados a partir da vigência desta Resolução, para exigência de cumprimento das disposições estabelecidas em seus anexos, também estabelecendo que os produtos perigosos embalados e identificados conforme os critérios estabelecidos no anexo à Resolução ANTT nº 420, de 12 de fevereiro de 2004 serão aceitos para transporte até o seu 71 Cargas Especiais e Perigosas Universidade Santa Cecília - Educação a Distância prazo de validade, desde que comprovado que foram embalados antes do término do prazo. Os transportadores e expedidores terão até o dia 14 de Dezembro de 2017 (prazo limite) para se adequarem aos critérios estabelecidos na Resolução ANTT nº 5232/16. TRANSPORTE DE PRODUTOS DE HIGIENE PESSOAL, COSMÉTICOS E PERFUMARIA Quando se tratar do transporte de produtos de higiene pessoal, cosméticos e perfumaria, classificados como produtos perigosos (conforme Capítulo 2 desta Resolução), não serão consideradas as proibições de carregamento comum, podendo ser transportados juntamente com os demais cosméticos, medicamentos, produtos de higiene pessoal e perfumaria ou objetos destinados ao uso/consumo humano ou animal, sem a necessidade de segregação, desde que o expedidor garanta que os produtos não apresentam riscos de contaminação. 5.4.1.7.1.1 Para expedições de produtos perigosos que atendam ao disposto no item 3.4.5 (Transporte de produtos de higiene pessoal, cosméticos e perfumaria), a declaração do expedidor deve ser complementada com informação adicional de que não há risco de contaminação entre os produtos perigosos e os não perigosos. 5.2.3.2 SETAS DE ORIENTAÇÃO 5.2.3.2.1 Embalagens combinadas com embalagens internas contendo produtos perigosos líquidos, embalagens simples equipadas com dispositivos de ventilação e recipientes criogênicos projetados para o transporte de gases liquefeitos refrigerados devem ser identificados com setas de orientação. 5.2.3.2.1.1 As setas de orientação devem ser colocadas em dois lados verticais opostos do volume e apontar corretamente para cima. Devem figurar dentro de um retângulo e terem dimensões proporcionais ao tamanho do volume, de forma que fiquem claramente visíveis. Opcionalmente, pode ser exibida uma borda retangular de linha contínua. 5.4.1.3 INFORMAÇÃO EXIGIDA NO DOCUMENTO FISCAL PARA O TRANSPORTE DE PRODUTOS PERIGOSOS O Documento Fiscal para o transporte de produtos perigosos deve conter, para cada substância, produto ou artigo a ser transportado, as informações a seguir: a) O número ONU, precedido das letras “UN” ou “ONU”; b) O nome apropriado para embarque, conforme disposto no item 3.1.2; c) O número da Classe de Risco principal ou, quando aplicável, da Subclasse de Risco do produto; 72 Cargas Especiais e Perigosas Universidade Santa Cecília - Educação a Distância d) Quando aplicável, o número da Classe ou da Suclasse dos riscos subsidiários correspondentes, figuradoentre parênteses, depois do número da Classe ou da Subclasse de Risco principal; e) O Grupo de Embalagem correspondente à substância ou artigo, podendo ser precedido das letras “GE”; f) A quantidade total por produto perigoso abrangido pela descrição (em volume, massa, ou conteúdo líquido de explosivos, conforme apropriado). Quando se tratar de embarque com quantidade limitada por veículo, o documento fiscal deve informar o peso bruto do produto expresso em quilograma. 5.4.1.7 DECLARAÇÃO DO EXPEDIDOR “Declaro que os produtos perigosos estão adequadamente classificados, embalados, identificados, e estivados para suportar os riscos das operações de transporte e que atendem às exigências da regulamentação”. 5.4.1.7.2 A Declaração deve ser assinada e datada pelo expedidor, e deve conter informação que possibilite a identificação do responsável pela sua emissão (por exemplo, número do RG, do CPF ou do CNPJ), exceto quando apresentada impressa no Documento Fiscal. Fonte do artigo: https://www.twtransportes.com.br/wp-content/uploads/Atualiza%C3%A7%C3%A3o-da- Legisla%C3%A7%C3%A3o-Resolu%C3%A7%C3%A3o-ANTT-5232.pdf. 1 Plano de Ensino – Cargas Especiais e Perigosas Universidade Santa Cecília - Educação a Distância PLANO DE ENSINO Disciplina: Cargas Especiais e Perigosas Professor(a): Me Lucimara Acosta Carga Horária: 60 horas Ano Letivo: 2025/2 OBJETIVOS OBJETIVO GERAL: Propiciar aos alunos conhecimentos sobre o transporte de cargas perigosas e cargas especiais. OBJETIVOS ESPECÍFICOS: A disciplina visa à capacitação de alunos sobre legislação, documentação e resguardo/sinalização de produtos perigosos e cargas especiais ou indivisíveis. EMENTA Capacitar o aluno visando observar as técnicas e métodos quantitativos para otimização dos problemas considerando-se Cargas Especiais e Perigosas, bem como os principais recursos e características voltadas para este processo. PLANO DETALHADO DE ENSINO 1. PRINCIPAIS CONCEITOS E INTRODUÇÃO AOS ASPECTOS LEGAIS 1.1 Introdução aos Aspectos Legais 1.2 O Transporte de Produtos Perigosos 1.2.1 Segurança 2. MEIOS, RISCOS E ÓRGÃOS REGULADORES DO TRANSPORTE DE CARGAS ESPECIAIS E PERIGOSAS. 2.1 Os Meios de Transporte para Produtos Perigosos 2.2 Os Riscos do Transporte 2.3 Órgãos Reguladores 2.4 Responsabilidades Legais nos Acidentes de Transporte Rodoviário de Produtos Perigosos 3. DOCUMENTAÇÃO 3.1 Introdução 3.2 A Embalagem 3.3 Os Documentos 3.4 Informações sobre os produtos 3.5 Painel de Segurança 3.6 Rótulo de Risco 3.7 Ficha de Emergência 4. LEGISLAÇÃO 4.1 Introdução às Proibições 4.2 Meio Ambiente e o Transporte terrestre de Cargas Perigosas 5. TRANSPORTE DE CARGAS PERIGOSAS POR VIA MARÍTIMA 5.1 Introdução 5.2 Definições Gerais 5.3 Normas e Requisitos para o Transporte de Cargas Perigosas por Via Marítima 5.4 Substâncias a Granel: Sólidas, Líquidas e Gases Liquefeitos 2 Plano de Ensino – Cargas Especiais e Perigosas Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 5.5 Requisitos Operacionais para Embalar Cargas Perigosas 5.6 Homologação para o Transporte de Mercadorias Perigosas 6. TRANSPORTE DE CARGAS PERIGOSAS POR VIA AÉREA 6.1 Orientações Gerais para o Transporte de Carga Perigosa pelo Modal Aéreo 6.2 Check List para Incidentes com Produtos Perigosos no Modal Aéreo – ANTES E APÓS A DECOLAGEM 6.3 Check List para Incidentes com Produtos Perigosos no Modal Aéreo – APÓS O POUSO 6.4 Classificação de Produtos Perigosos – AÉREO: 7. CARGAS ESPECIAIS OU INDIVISÍVEIS 7.1 Introdução 7.2 Definição – Cargas Especiais ou Indivisíveis 7.3 Sobre o Transporte de Cargas Indivisíveis 7.4 Legislação do transporte de cargas indivisíveis 7.5 Transporte de Cargas Especiais no Brasil 8. DOCUMENTAÇÃO 8.1 Definições Importantes para o Conhecimento de Cargas Especiais ou Indivisíveis. 8.2 Documentos necessários para obter Autorizações Especiais de Trânsito 8.3 Artigo 101 8.4 Sinalização dos Veículos em Geral 8.5 Batedores – Contratação 9. REVISÃO 9.1 Introdução 9.2 Carga Perigosa: Segurança no transporte 9.3 Cargas Especiais ou Indivisíveis: Segurança no transporte 9.4 Elaboração do Planejamento de Transporte Especial 9.5 Veículos e Equipamentos especiais 9.6 Legislação Utilizada METODOLOGIA A metodologia utilizada pela Universidade é composta por videoaulas, leituras, exercícios e fóruns, dessa forma, as disciplinas são estruturadas pedagogicamente de acordo com os cronogramas dos cursos para garantir um aprendizado efetivo dos alunos. A consulta frequente ao ambiente virtual de aprendizagem é uma premissa para um aprendizado de qualidade, com novas aulas e tarefas postadas a cada semana. Existe ainda um suporte técnico para utilização do ambiente virtual de aprendizagem, através do e- mail da Diretoria de Educação a Distância (EAD) - ead@unisanta.br FORMA DE AVALIAÇÃO O sistema de avaliação dos cursos tecnólogos ofertados pela Universidade Santa Cecília na modalidade à distância, compreende: a. Provas por disciplina, aplicadas presencialmente, para avaliar o conjunto de competências e habilidades, com valor de 55% da nota final; mailto:ead@unisanta.br 3 Plano de Ensino – Cargas Especiais e Perigosas Universidade Santa Cecília - Educação a Distância b. Avaliação das atividades disciplinares realizadas no decorrer da disciplina via Web no ambiente virtual de aprendizagem, com valor de 45% da nota final; O aluno que não realizar a prova presencial prevista fará o exame. O aluno que não fizer o exame é automaticamente reprovado na disciplina, devendo cumpri-la novamente e integralmente, nos termos da legislação vigente. Provas presenciais e exames estão previstos no cronograma do curso. Veja no AVA. BIBLIOGRAFIA BÁSICA LUMARE JUNIOR, G. Valor Econômico do cliente no transporte: uma teoria das encomendas. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2007. (BV) NYEGREY, João Alfredo Lopes. Legislação aduaneira, comércio exterior e negócios internacionais. Curitiba: Intersaberes, 2016. (BV) SCHLÜTER, Mauro Roberto. Sistemas logísticos de transportes. São Paulo, Intersaberes, 2012. (BV) BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR CAMPOS, L.F.R. Logística: teia de relações. Curitiba: Intersaberes, 2013. (BV) CHOPRA, S.; MEINDL, P. Gestão da Cadeia de Suprimentos: estratégia, planejamento e operações. 4.ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2011. (BV) RAZOLLINI FILHO, E. Logística Empresarial no Brasil: tópicos especiais. Curitiba: Intersaberes, 2012. (BV) TAYLOR, David A. Logística na Cadeia de Suprimentos. 1.ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2005. (BV) VITORINO, C.M. Logística. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2012. (BV) 1 Planejamento Semanal Universidade Santa Cecília - Educação a Distância Cara(o) aluna(o), a modalidade de educação a distância exige um perfil diferenciado para seu aluno, pois ele deve ter disciplina e organização, bem como, boa leitura e escrita. O Planejamento Semanal é pensado nessas características. Procure se organizar dividindo o seu tempo buscando realizar as leituras, assistir as videoaulas e realizar as atividades dentro do prazo, visando um melhor aproveitamento da disciplina. IMPORTANTE! Em caso de dúvidas acione os professores tutores, o próprio professor da disciplina ou a coordenação, pois nós todos estamos a sua disposição para esclarecimentos de dúvidas. CARGAS ESPECIAIS E PERIGOSAS Planejamento Semanal 1 IDENTIFICAÇÃO DOCENTE Professor(a): Me. Lucimara Acosta Objetivos: Capacitar o aluno visando observar as técnicas e métodos quantitativos para otimização dos problemas. Considerar Cargas Especiais e Perigosas como um transporte diferenciado. Principais recursos e características voltadas para o processo de locomoção e escolha de modais adequados. Entendera importância da escolha do tipo de transporte e os aspectos legais envolvidos. ATIVIDADES 1 Ambientação Duração: 01 hora Não é necessário envio de arquivo Caro aluno, estamos iniciando mais uma disciplina. Você já deve ter notado que há agora um ambiente específico para seu curso. Nesse ambiente estão todas as informações importantes para o andamento do semestre. Nele estão as Regras do Semestre\disciplina com os detalhes de como será o semestre, o cronograma das aulas, provas, etc. Enfim, tudo aquilo que você precisa saber para ter um semestre tranquilo e poder se dedicar aos estudos. Atente para a dinâmica da disciplina, que trabalhará um conteúdo de cada vez. Com isso você tem um ganho pedagógico importante e poderá concentrar seu aprendizado num único assunto o que permitirá um maior acúmulo de conhecimento. Desenvolva todas as suas atividades e leia atentamente o guia da disciplina e os planejamentos semanais. 2 Videoaula 1 Duração: 01 hora Não é necessário envio de arquivo Atividade: Assista à videoaula 1 dessa semana sobre o tema: “Cargas Especiais e Perigosas: Principais conceitos e introdução aos aspectos legais”, o objetivo desta aula é apresentar para você as noções básicas e principais conceitos e fundamentos sobre o transporte de cargas especiais e perigosas. Esse conteúdo integra aos demais conteúdos da semana e vai permitir a você uma visão maior sobre o que a área trata e onde podemos aplicar os conhecimentos. Durante nosso curso faremos algumas sugestões que auxiliará para as atividades de avaliação. 2 Planejamento Semanal Universidade Santa Cecília - Educação a Distância Objetivo da Atividade: Auxiliar nos estudos. Ação: Faça uma análise do que vem a ser carga perigosa e o papel do transporte e sua função no transporte das mesmas. Essa ação é fundamental para o seu entendimento sobre a disciplina e será importante no decorrer da avaliação final. 3 Leitura do texto 1 Duração: 01 hora Não é necessário envio de arquivo Atividade: Após ter assistido à videoaula 1, você deve agora fazer a leitura do texto “Cargas Especiais e Perigosas: Principais conceitos e introdução aos aspectos legais” correspondente no Guia da Disciplina. Esse texto complementa seu aprendizado e reforça os principais conceitos apresentados. Objetivo da Atividade: Auxiliar nos estudos Ação: Após a leitura, faça um resumo dos principais pontos discutidos no texto, alinhando com o que você compreende sobre transporte de carga perigosa. NÃO é necessário o envio de arquivo. 4 Videoaula 2 Duração: 01 hora Não é necessário envio de arquivo Atividade: Assista à videoaula 2 dessa semana sobre o tema “Meios, Riscos e Órgãos Reguladores do Transporte de Cargas Especiais e Perigosas”. Nesta videoaula objetivo é esclarecer quais os meios, os principais riscos e as entidades que regulamentam os transportes de cargas perigosas e especiais. Esse conteúdo integra aos demais conteúdos da semana e vai permitir a você uma visão maior sobre as tratativas dos modais. Durante nosso curso faremos algumas sugestões que auxiliará para as atividades de avaliação. Objetivo da atividade: Auxiliar nos estudos Ação: Faça uma análise sobre o que vem a ser riscos e órgãos reguladores e a importância do mesmo na gestão eficiente de uma empresa. Essa ação é fundamental para o seu entendimento sobre a disciplina e será importante no decorrer da avaliação final. 5 Leitura do texto 2 Duração: 01 hora Não é necessário envio de arquivo Atividade: Após ter assistido a videoaula 2 faça a leitura do texto Meios, Riscos e Órgãos Reguladores do Transporte de Cargas Especiais e Perigosas” encontrado no guia da disciplina. Esse texto complementa seu aprendizado e reforça os principais conceitos apresentados. Objetivo da Atividade: Auxiliar nos estudos Proposta: Após ver a videoaula 2 e ler o texto 2, faça um resumo dos principais pontos discutidos no texto, alinhando com o que já vimos na videoaula. Esse texto complementa seu aprendizado e reforça os principais contextos apresentados. 3 Planejamento Semanal Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 6 Videoaula 3 Duração: 01 hora Não é necessário envio de arquivo Atividade: Assista a videoaula 3 dessa semana sobre o seguinte tema: Cargas especiais e perigosas: Documentação. Essa videoaula irá tratar dos documentos necessários ao transporte de cargas perigosas. Esse conteúdo integra aos demais conteúdos da semana e vai permitir a você uma visão maior sobre o que a nossa área trata e onde podemos aplicar nossos conhecimentos Objetivo da atividade: Auxiliar nos estudos Ação: Faça uma análise sobre a importância da documentação no transporte de cargas perigosas. Essa ação é fundamental para o seu entendimento sobre a disciplina e será importante no decorrer da avaliação final. 7 Leitura do texto 3 Duração: 02 horas Não é necessário envio de arquivo Atividade: Leia o texto 3 “Cargas especiais e perigosas: Documentação”, que poderá ser encontrado no guia da disciplina, trata sobre a importância do uso correto e legal dos documentos referentes ao transporte de carga perigosa. Esse texto complementa seu aprendizado e reforça os principais conceitos apresentados. Objetivo da atividade: Auxiliar nos estudos Ação: Faça uma análise da importância do gestor logístico na escolha e análise dos documentos a serem utilizados durante o transporte de carga perigosa. Esse texto complementa seu aprendizado e reforça os principais contextos apresentados. 8 Fórum de discussão Duração: 02 horas Encerramento disponível na atividade Atividade: O fórum é uma ferramenta altamente importante para o andamento da disciplina, uma vez que permite ao aluno expressar sua opinião sobre o tema proposto, bem como interagir com os demais colegas. A produção de conhecimento realizada num fórum, além de transformadora, é extremamente útil para a disciplina. Não deixe de participar! Postagem: Fórum Semanal 1 Ação 1: Aqui iremos instituir um fórum de discussão que deverá ter os questionamentos e procedimentos que deverão servir de parâmetros para sua avaliação final. As respostas devem ser realizadas em até 50 palavras. OBS.: CASO O ALUNO USE A INTERNET COMO FONTE DE PESQUISA É OBRIGATÓRIA A APRESENTAÇÃO DA REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA, SE NÃO OCORRER A QUESTÃO PERDERÁ O VALOR. Em relação a afirmação abaixo identifique e explique o papel do gestor logístico no processo de transporte de cargas perigosas. https://jovempan.com.br/programas/jornal-da-manha/cresce-o-numero-de-acidentes-com-cargas- perigosas-nas-estradas-no-brasil.html (acesso em 23/05/2025) 4 Planejamento Semanal Universidade Santa Cecília - Educação a Distância Número de acidentes com cargas perigosas aumentam no Brasil. Setor de transporte e logística ressalta despreparo de motoristas e estradas sem infraestrutura para as atuais carretas com grande capacidade de transporte. No ano passado, houve 1.095 ocorrências no país, uma média mensal de 91 registros, contra 939 em 2020, 78 por mês. O vice-presidente da Associação Brasileira de Transporte e Logística, Sérgio Sukadolnick, ressalta que a entidade realiza a análise dos pontos de maior incidência e sinistros, veículos e causas como forma de redução dos acidentes. “Os motoristas, de forma geral, desse tipo de composição não foram treinados para isso. Embora eles estejam habilitados com a categoria E, para esse tipo de equipamento, mas eles não têm as noções que são necessárias para dirigir um equipamento desse, principalmente com relação as alças de acesso das rodovias e, aí, entra um outro programa, as rodovias não foram criadas para esse tipo de transporte”, afirma. Segundo a Associação Brasileira de Transporte e Logística de Produtos Perigosos (ABTLP), os líquidos inflamáveis concentram as ocorrências, com 640 casos, e em 40% dos sinistrosforam originados avaria mecânica. Em 488 não tiveram nenhuma contaminação ao meio ambiente. “Envolver também o contratante de transportes nessas responsabilidades, isso é, eu sempre digo que quem detém o poder econômico é quem realmente teria que ter um controle maior sobre o que ele está contratando, uma gestão sobre os treinamentos dos motoristas, sobre a manutenção, enfim, diversas ferramentas que devem ser obrigadas pelo contratante no momento em que realiza o contrato de transporte para essas empresas”, defende Sukadolnick. Ação 2: Você pode consultar livros se quiser para escrever, mas aqui deverá comentar a resposta de algum colega seu completando-a. Quando se referir a algum colega deverá citar seu nome e dizer se concorda ou discorda da resposta dada e justificar. 9 Teste 1 Duração: 02 horas Encerramento disponível na atividade Neste questionário você terá as questões que contemplam o conteúdo da disciplina dada até aqui. Faça uma leitura dos textos anexados e responda com calma. Preste atenção: Esta atividade irá compor a nota de participação do aluno. Objetivo do Questionário: Este questionário tem como objetivo incentivá-lo a revisar o conteúdo estudado nas videoaulas e atividades propostas desta semana e prepará-lo para futuras avaliações. É extremamente importante que você responda estas questões, pois além de fixar o conteúdo, o resultado deste questionário irá compor a sua nota de planejamento semanal do módulo correspondente. Observação: Esta atividade é individual. O link deste questionário está disponível no AVA. 10 Leitura de fixação Duração: 02 horas Não é necessário envio de arquivo Atividade: A proposta dessa atividade é mostrar a você que um profissional que atuará na área de logística precisa também conhecer sobre o tema que estamos abordando nessa semana. Objetivo da atividade: Auxiliar nos estudos e fixação de conteúdo. Leia no link: https://dclogisticsbrasil.com/logistica-de-cargas-perigosas-5-questoes-que-voce-deve-ficar- atento/. Descubra o que caracteriza uma carga perigosa, quais são os principais cuidados que devem ser adotados durante o seu transporte e o que pode ocorrer caso eles sejam negligenciados. Acesso em: 23/05/2025. 5 Planejamento Semanal Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 11 Filme 1 Duração: 01 hora Não é necessário envio de arquivo Atividade: Assista ao filme “Nova regra para produtos perigosos | BRC ” disponível no link abaixo e procure prestar atenção nas situações que são apresentadas. Entendendo a importância do planejamento e a preocupação em conhecer o produto que sendo transportado. “O filme retrata a importância de um planejamento de transporte bem elaborado levando em consideração o tempo, prazo, distância e modais escolhidos para a realização do transporte de carga assim como a importância da sinalização correta dos produtos. ” Objetivo da atividade: Auxiliar nos estudos Ação: Após assistir o filme faça uma resenha contendo os principais tópicos abordados e verifique a importância das novas regras utilizadas. A resenha deve conter 15 linhas. Essa resenha não precisa ser entregue, mas será fundamental para a resposta da avaliação final da disciplina. Link: https://www.youtube.com/watch?v=B_fvdU7iK5U – Acesso em 23/05/2025. 12 Atividade – Leitura complementar 1 Duração: 02 horas Não é necessário envio de arquivo Atividade: A leitura “Risco químico” (Recorte de artigo) permite fazermos uma análise um pouco mais profunda dos riscos apresentados pelos produtos químicos. E que não é possível estabelecer uma regra geral que garanta a segurança no manuseio de todas as substâncias químicas. Objetivo da atividade: Auxiliar nos estudos Ação: Leia a Leitura complementar 1 disponível e faça crítica sobre o transporte e as mudanças que estão ocorrendo no mercado competitivo. O conteúdo deverá ser usado como suporte de conhecimento para atividades posteriores. (Leitura complementar 1 encontra-se na 1ª semana do guia da disciplina após o texto número 3) 13 Artigo Duração: 01 hora Não é necessário envio de arquivo Atividade: Leia o artigo “Irregularidade no transporte de cargas perigosas é ameaça na estrada”, disponível no link abaixo e procure prestar atenção nas situações que são apresentadas. Em especial, o caso apresentado sobre a manutenção dos transportes. Objetivo da atividade: Auxiliar nos estudos Ação: Você deverá analisar a importância do transporte para o transporte de cargas perigosas e na redução de custos, não há necessidade de envio de arquivo. Link: https://ocarreteiro.com.br/ultimas-noticias/irregularidade-no-transporte-de-cargas-perigosas-e-uma- ameaca-na-estrada/ – Acesso em 23/05/2025. 6 Planejamento Semanal Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 14 Esquema Duração: 01 hora Não é necessário envio de arquivo Atividade: O esquema é de suma importância para que possamos analisar o processo de análise sobre um acidente que poderá ser trabalhado de acordo com o grau de complexidade do problema apresentado. Não é necessário entregar as respostas. Objetivo da atividade: Auxiliar nos estudos. Ação: Observe o esquema apresentado e faça uma análise do papel do gestor logístico em caso de um acidente com carga perigosa e a função do gestor na redução dos custos apresentados. Não há necessidade do envio de arquivo. 15 Filme 2 Duração: 01 hora Não é necessário envio de arquivo Atividade: Assista ao filme “Licenças para Transporte de Produtos Perigosos e Controlados Resumido” disponível no link abaixo e procure prestar atenção nas situações que são apresentadas. Entendendo a importância do uso adequado de documentação. “O filme retrata a importância e preocupação de produtos com suas respectivas documentações e informações que devem seguir à risca a exigência legal. Apresentando as diferenças entre produtos controlados e perigosos”. Objetivo da atividade: Auxiliar nos estudos Ação: Após assistir o filme faça uma resenha contendo os principais tópicos abordados e verifique a importância do gestor logístico entender o tipo de produto a ser transportado e a importância do documento legal. A resenha deve conter 15 linhas. Essa resenha não precisa ser entregue, mas será fundamental para a resposta da avaliação final da disciplina. Link: https://www.youtube.com/watch?v=rtIpHKRJnms - Acesso em 23/05/2025. 1 Planejamento Semanal Universidade Santa Cecília - Educação a Distância CARGAS ESPECIAIS E PERIGOSAS Planejamento Semanal 2 IDENTIFICAÇÃO DOCENTE Professor(a): Me. Lucimara Acosta Objetivos: Estudar a legislação brasileira, leis e normas, para o transporte de cargas especiais e perigosas. Entender as características principais para a realização do transporte de cargas perigosas. Características específicas por via marítima e por via aérea. Importância do meio ambiente em relação ao transporte de carga perigosa. ATIVIDADES 1 Ambientação Duração: 02 horas Não é necessário envio de arquivo Caro aluno, estamos iniciando mais uma disciplina. Você já deve ter notado que há agora um ambiente específico para seu curso. Nesse ambiente estão todas as informações importantes para o andamento do semestre. Nele estão as Regras do Semestre\disciplina com os detalhes de como será o semestre, o cronograma das aulas, provas, etc. Enfim, tudo aquilo que você precisa saber para ter um semestre tranquilo e poder se dedicar aos estudos. Atente para a dinâmica da disciplina, que trabalhará um conteúdo de cada vez. Com isso você tem um ganho pedagógico importante e poderá concentrar seu aprendizado num único assunto o que permitirá um maior acumulo de conhecimento. Desenvolva todas as suas atividades e leia atentamente o guia da disciplina e os planejamentos semanais. 2 Videoaula 4 Duração: 01 hora Não é necessário enviode transporte. 2º. Transporte de carga a granel de substância perigosa ao meio ambiente (número ONU 3082) 7 Cargas Especiais e Perigosas Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 3º. Transporte de carga fracionada de produtos perigosos iguais (número ONU) e riscos iguais (número de risco) na mesma unidade de transporte. Para melhor compreensão sobre o transporte de cargas perigosas assista ao vídeo do Canal Aquaviário do Settaport de Santos/SP: https://www.youtube.com/watch?v=E9vBpL07oWQ. 8 Cargas Especiais e Perigosas Universidade Santa Cecília - Educação a Distância CHRISTOPHER, Martin. Logística e Gerenciamento da Cadeia de Suprimentos, São Paulo, Editora Cengage Learning, 2ª Edição 2009. CONSELHO REGIONAL DE QUÍMICA DA 4ª REGIÃO. Disponível em: http://www.crq4.org.br/quimicaviva_produtos_perigosos SOARES, Guido Fernando Silva Soares. Direito Internacional do Meio Ambiente, Emergência, Obrigações e Responsabilidades. São Paulo, Editora Atlas, 2011. VALENTE, Amir Mattar. Qualidade e Produtividade nos Transportes. São Paulo, CENGAGE Learning, 1ª Edição, 2008. 9 Cargas Especiais e Perigosas Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 2. MEIOS, RISCOS E ÓRGÃOS REGULADORES DO TRANSPORTE DE CARGAS PERIGOSAS Objetivo O objetivo desta aula é esclarecer quais os meios, os principais riscos e as entidades que regulamentam os transportes de cargas perigosas e especiais. Introdução São legalmente considerados como meios de transporte para produtos perigosos: Caminhões fechados ou carretas de carroceria de madeira ou tipo baú. Caminhões ou carretas-tanque de líquidos inflamáveis. Carretas pressurizadas para o transporte de gases. Tanques instalados em caminhões, barcas, vagões ferroviários ou navios. Navios-tanque. Vagões-tanque. Containers especiais para o transporte de graneis sólidos ou inflamáveis. Cilindros para gases. Transporte aéreo. 2.1. Os Riscos do Transporte A intensidade do risco de acidentes está associada a um produto perigoso e dependerá de alguns fatores relacionados com a sua manipulação, transporte, identificação, comunicação e estocagem que podemos estabelecer da seguinte forma: Técnicas de transferência Quantidades transportadas Técnicas de embalagem, identificação e rotulagem Compatibilidade com outros produtos transportados em conjunto. Sem dúvida nenhuma, o maior risco de acidente e suas consequências é o de explosão, cujos efeitos são sempre imprevisíveis e, na maioria das vezes, provocam grandes danos ao meio ambiente. 10 Cargas Especiais e Perigosas Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 2.1.1. Órgãos Reguladores Órgãos reguladores são aqueles que intervêm, interagem, legislam e normatizam as operações e atividades de uma determinada indústria e/ou área de atuação. No caso do transporte de produtos perigosos a regência do processo é determinada pelas regras internacionais estabelecidas pela ONU, mas também pelo tipo do modal, por exemplo – no transporte rodoviário, o mais frequente no Brasil, temos: CONTRAN - Conselho Nacional de Trânsito Estabelece as normas regulamentares e as diretrizes da Política Nacional de Trânsito; além de coordenar os órgãos do Sistema Nacional de Trânsito, objetivando a integração de suas atividades. DENATRAN - Departamento Nacional de Trânsito Segundo o disposto no art. 19 do Código de Trânsito Brasileiro, competem ao órgão máximo executivo de trânsito da União: Cumprir e fazer cumprir a legislação de trânsito e a execução das normas e diretrizes estabelecidas pelo CONTRAN, no âmbito de suas atribuições; além de proceder à supervisão, à coordenação, à correição dos órgãos delegados, ao controle e à fiscalização da execução da Política Nacional de Trânsito e do Programa Nacional de Trânsito. ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas Fundada em 1940, a ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas é o órgão responsável pela normalização técnica no país, fornecendo a base necessária ao desenvolvimento tecnológico brasileiro. É uma entidade privada, sem fins lucrativos, reconhecida como Fórum Nacional de Normalização – ÚNICO – e é membro fundador da ISO - International Organization for Standardization, da COPANT - Comissão Pan-americana de Normas Técnicas e da AMN – Associação Mercosul de Normalização. Entre as Normas ABNT relativas ao transporte, manuseio e armazenamento de produtos perigosos relacionamos apenas as que trazem as diretrizes básicas do assunto, portanto a listagem de normas abaixo apresentadas não é taxativa sobre o tema: 11 Cargas Especiais e Perigosas Universidade Santa Cecília - Educação a Distância NBR 7500 – Identificação para o Transporte Terrestre, Manuseio, Movimentação e Armazenamento de Produtos (2005); NBR 7501 – Transporte Terrestre de Produtos Perigosos – Terminologia (2005); NBR 7503 – Ficha de Emergência e Envelope para o Transporte Terrestre de Produtos Perigosos – Características, Dimensões e Preenchimento (2005); NBR 9735 – Conjunto de Equipamentos para Emergências no Transporte Terrestre de Produtos Perigosos (2005); NBR 10271 – Conjunto de Equipamentos para Emergências no Transporte Rodoviário de Ácido Fluorídrico (2005); NBR 12982 – Desvaporização de Tanque para Transporte Terrestre de Produtos Perigosos – Classe de Risco 3 – Líquidos Inflamáveis (2003); NBR 13221 – Transporte Terrestre de Resíduos (2005); NBR 14064 – Atendimento a Emergência no Transporte Terrestre de Produtos Perigosos (2003); NBR 14095 – Área de Estacionamento para Veículos Rodoviários de Transporte de Produtos Perigosos (2003); NBR 14619 – Transporte Terrestre de Produtos Perigosos - Incompatibilidade Química (2005); INMETRO - Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial O Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial - Inmetro - é uma autarquia federal, vinculada ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, que atua como Secretaria Executiva do Conselho Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (Conmetro), colegiado interministerial, que é o órgão normativo do Sistema Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (Sinmetro). O Sinmetro, o Conmetro e o Inmetro foram criados pela Lei 5.966, de 11 de dezembro de 1973, cabendo a este último substituir o então Instituto Nacional de Pesos e Medidas (INPM) e ampliar significativamente o seu raio de atuação a serviço da sociedade brasileira. 12 Cargas Especiais e Perigosas Universidade Santa Cecília - Educação a Distância No âmbito de sua ampla missão institucional, o Inmetro tem por objetivo fortalecer as empresas nacionais, aumentando sua produtividade por meio da adoção de mecanismos destinados à melhoria da qualidade de produtos e serviços. Seu papel principal é executar as políticas nacionais de metrologia e da qualidade; verificando a observância das normas técnicas e legais, no que se refere às unidades de medida, métodos de medição, medidas materializadas, instrumentos de medição e produtos pré-medidos. Entre os principais documentos emitidos pelo Inmetro, relacionados com o Transporte Rodoviário de Produtos Perigosos, pode-se destacar: RTQ-1i – Inspeção Periódica de Equipamentos para o Transporte Rodoviário de Produtos Perigosos a Granel – Grupo 1; RTQ-1c – Inspeção na Construção de Equipamentos para o Transporte Rodoviário de Produtos Perigosos a Granel – Grupo 1; RTQ-3i – Inspeção Periódica de Equipamentos para o Transporte Rodoviário de Produtos Perigosos a Granel – Grupos 3 e 27E; RTQ-3c – Inspeção na Construção de Equipamentosde arquivo Atividade: Assista à videoaula 4 dessa semana sobre o tema: “Transporte de cargas perigosas: Legislação”, o objetivo desta aula é apresentar para você as noções sobre o transporte de cargas perigosas e a legislação aplicada aos diferentes tipos de cargas. Esse conteúdo integra aos demais conteúdos da semana e vai permitir a você uma visão maior sobre o que a área trata e onde podemos aplicar os conhecimentos. Durante nosso curso faremos algumas sugestões que auxiliará para as atividades de avaliação. Objetivo da Atividade: Auxiliar nos estudos. Ação: Faça uma análise sobre a importância da legislação para o transporte de cargas perigosas e a função do gestor logístico no processo. Essa ação é fundamental para o seu entendimento sobre a disciplina e será importante no decorrer da avaliação final. 2 Planejamento Semanal Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 3 Leitura do texto 4 Duração: 02 horas Não é necessário envio de arquivo Atividade: Após ter assistido à videoaula 4, você deve agora fazer a leitura do texto “Transporte de cargas perigosas: Legislação” correspondente no Guia da Disciplina. Esse texto complementa seu aprendizado e reforça os principais conceitos apresentados. Objetivo da Atividade: Auxiliar nos estudos. Ação: Após a leitura, faça uma pesquisa na internet a respeito dos principais pontos discutidos no texto, assim você estará enriquecendo seu conhecimento fazendo uso de pesquisas. NÃO é necessário o envio de arquivo. 4 Videoaula 5 Duração: 01 hora Não é necessário envio de arquivo Atividade: Assista à videoaula 5 dessa semana sobre o tema “Transporte de cargas perigosas via marítima”. Nesta videoaula objetivo você conhecerá a origem, evolução, as variáveis existentes dentro deste processo que é de fundamental importância para o direcionamento de sua ação no que tange ao transporte via marítima. Esse conteúdo integra aos demais conteúdos da semana e vai permitir a você uma visão maior sobre as tratativas dos modais. Durante nosso curso faremos algumas sugestões que auxiliará para as atividades de avaliação. Objetivo da atividade – Auxiliar nos estudos. Ação – Faça uma análise sobre o que vem a ser transporte marítimo e quais são suas principais características quando envolvem o transporte de carga perigosa. Essa ação é fundamental para o seu entendimento sobre a disciplina e será importante no decorrer da avaliação final. 5 Leitura do texto 5 Duração: 02 horas Não é necessário envio de arquivo Atividade: Após ter assistido a videoaula 5 faça a leitura do texto Transporte de cargas perigosas via marítima” encontrado no guia da disciplina. Esse texto complementa seu aprendizado e reforça os principais conceitos apresentados. Objetivo da Atividade: Auxiliar nos estudos Ação: Faça um resumo das principais leis que envolvem o transporte marítimo e a função do gestor logístico na tomada de decisão para efetivar o transporte. Esse texto complementa seu aprendizado e reforça os principais contextos apresentados. 6 Videoaula 6 Duração: 01 hora Não é necessário envio de arquivo Atividade: Assista a videoaula 6 dessa semana sobre o seguinte tema: “Transporte de cargas perigosas via aérea”. Essa videoaula irá tratar sobre o entendimento e as características principais para a realização do transporte de cargas perigosas via aérea e dos documentos necessários ao transporte de cargas perigosas. 3 Planejamento Semanal Universidade Santa Cecília - Educação a Distância Esse conteúdo integra aos demais conteúdos da semana e vai permitir a você uma visão maior sobre o que a nossa área trata e onde podemos aplicar nossos conhecimentos. Objetivo da atividade – Auxiliar nos estudos Ação – Faça uma análise sobre a importância da documentação no transporte aéreo de cargas perigosas. Essa ação é fundamental para o seu entendimento sobre a disciplina e será importante no decorrer da avaliação final. 7 Leitura do texto 6 Duração: 02 horas Não é necessário envio de arquivo Atividade: Leia o texto 6 “Transporte de cargas perigosas via aérea”, que poderá ser encontrado no guia da disciplina, trata sobre a importância do uso correto e legal dos documentos referentes ao transporte aéreo de carga perigosa. Esse texto complementa seu aprendizado e reforça os principais conceitos apresentados. Objetivo da atividade – Auxiliar nos estudos Ação: Faça uma análise do que vem a ser transporte de carga perigosa aérea e a importância do gestor logístico na escolha do modal. 8 Fórum de discussão Duração: 01 hora Encerramento disponível na atividade Atividade: O fórum é uma ferramenta altamente importante para o andamento da disciplina, uma vez que permite ao aluno expressar sua opinião sobre o tema proposto, bem como interagir com os demais colegas. A produção de conhecimento realizada num fórum, além de transformadora, é extremamente útil para a disciplina. Não deixe de participar! Postagem: Fórum Semanal 2 Ação 1 - Aqui iremos instituir um fórum de discussão que deverá ter os questionamentos e procedimentos que deverão servir de parâmetros para sua avaliação final. As respostas devem ser realizadas em até 50 palavras. OBS.: CASO O ALUNO USE A INTERNET COMO FONTE DE PESQUISA É OBRIGATÓRIA A APRESENTAÇÃO DA REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA, SE NÃO OCORRER A QUESTÃO PERDERÁ O VALOR. Em relação a afirmação abaixo, explique o papel do gestor logístico no processo de escolha do transporte de cargas dependendo da necessidade da embalagem. (RECORTE DE TEXTO) https://www.mecalux.com.br/blog/tipos-embalagens - Embalagem primária, de venda ou unidade de consumo. A embalagem primária contém, armazena e protege o produto. ... - Embalagem secundária ou coletiva. A embalagem secundária é um agrupamento de embalagens primárias. ... 4 Planejamento Semanal Universidade Santa Cecília - Educação a Distância - Embalagem terciária. reúne embalagens primárias e secundárias para criar uma unidade de carga maior, cuja as formas mais difundidas são os paletes ou contêineres e as caixas de papelão modulares que os compõem. Ação 2 – Você pode consultar livros se quiser para escrever, mas aqui deverá comentar a resposta de algum colega seu completando-a. Quando se referir a algum colega deverá citar seu nome e dizer se concorda ou discorda da resposta dada e justificar. 9 Teste 2 Duração: 01 hora Encerramento disponível na atividade Neste teste você terá as questões que contemplam o conteúdo da disciplina dada até aqui. Faça uma leitura dos textos anexados e responda com calma. Preste atenção: Esta atividade irá compor a nota de participação do aluno. Objetivo do Questionário: Este questionário tem como objetivo incentivá-lo a revisar o conteúdo estudado nas videoaulas e atividades propostas desta semana e prepará-lo para futuras avaliações. É extremamente importante que você responda estas questões, pois além de fixar o conteúdo, o resultado deste questionário irá compor a sua nota de planejamento semanal do módulo correspondente. Observação: Esta atividade é individual. O link deste questionário está disponível no AVA. 10 Leitura de fixação: Principais Acidentes com Petróleo e Derivados no Brasil. Duração: 02 horas Não é necessário envio de arquivo Atividade - A proposta dessa atividade é mostrar á você o transporte marítimo de petróleo e seus riscos ao meio ambiente e a necessidade de um transporte de qualidade e eficiente. Levar o aluno a conhecer sobre o tema que estamos abordando nessa semana de forma diversificada. Objetivo da atividade – Auxiliar nos estudos e fixação de conteúdo Ação: Leia o texto e faça uma resenha dos principais tópicos abordados e explique os problemas que podem ocorrer para o gestor logístico. Essa leitura é indicada para enriquecimento de seus estudos e complementação de informações. https://ambientes.ambientebrasil.com.br/energia/acidentes_ambientais/principais_acidentes_com_petroleo_e_derivados_no_brasil.html#google_vignette Acesso em 23/05/2025. 11 Filme 1: Transporte de Produtos Perigosos. Duração: 01 hora Não é necessário envio de arquivo Atividade - Assista ao filme “TRANSPORTE DE PRODUTOS PERIGOSOS: Conceito, sinalização, documentações e cuidados! ”. Entendendo a importância do planejamento e a preocupação em conhecer o produto que sendo transportado. Objetivo da atividade: Auxiliar nos estudos 5 Planejamento Semanal Universidade Santa Cecília - Educação a Distância Ação: Após assistir o filme faça uma resenha contendo os principais tópicos abordados e verifique a importância da segurança no transporte de cargas perigosas/especiais. Essa resenha não precisa ser entregue, mas será fundamental para a resposta da avaliação final da disciplina. https://www.youtube.com/watch?v=hV7NYQSVlIc Acesso em 23/05/2025. 12 Atividade – Leitura complementar 2 Duração: 01 hora Não é necessário envio de arquivo Atividade: A leitura “Nova resolução da ANTT atualizou exigências e relação de produtos classificados como perigosos” permite fazermos uma análise um pouco mais profunda em relação as classificações de produtos perigosas. Objetivo da atividade: Auxiliar nos estudos Ação – Leia a Leitura complementar 2 disponível e faça uma análise sobre as novas exigências e aplicações da legislação. O conteúdo deverá ser usado como suporte de conhecimento para atividades posteriores. (Leitura complementar 2 encontra-se na 2ª semana do guia da disciplina após o texto número 6) 13 Filme 2 Duração: 01 hora Não é necessário envio de arquivo Atividade: Assista ao filme “Navio afundou com 1400 carros dentro” disponível no link abaixo e procure prestar atenção nas situações que são apresentadas. Conteúdo que auxiliará a entender o transporte de caras especiais em relação ao meio ambiente e os impactos que podem resultar em prejuízos ambientais e financeiros. Objetivo da atividade: Auxiliar nos estudos Ação: Você deverá analisar a importância do transporte para o transporte de cargas perigosas e na redução de custos, não há necessidade de envio de arquivo. Link: https://www.youtube.com/watch?v=TTuNxbqplUQ – Acesso em 23/05/2025. 14 Esquema Duração: 01 hora Não é necessário envio de arquivo Atividade: O esquema é de suma importância para que possamos analisar o processo de análise sobre um acidente ambiental ou o próprio impacto causado pela mão do homem na natureza, aliado a movimentação de cargas diversas. Não é necessário entregar as respostas. Objetivo da atividade - Auxiliar nos estudos. 6 Planejamento Semanal Universidade Santa Cecília - Educação a Distância Ação – Observe o esquema apresentado e faça uma análise sobre a importância da consciência ambiental por parte dos gestores logísticos e as movimentações de cargas. Não há necessidade do envio de arquivo. 15 Filme 3 Duração: 01 hora Não é necessário envio de arquivo Atividade: Assista ao filme “NR-29 Operações com Cargas Perigosas” disponível no link abaixo e procure prestar atenção nas situações que são apresentadas. Entendendo a importância do uso adequado de documentação. “O filme retrata sobre a importância da capacitação da mão de obra no manuseio de cargas perigosas e as normas de segurança de trabalho, aborda procedimentos técnicos e humanos a serem seguidos e aplicados em caso de vazamentos ou qualquer outro tipo de problemas”. Objetivo da atividade: Auxiliar nos estudos Ação: Após assistir o filme faça uma resenha contendo os principais tópicos abordados sobre normas de segurança de trabalho e manuseio de cargas perigosas. A resenha deve conter 15 linhas. Essa resenha não precisa ser entregue, mas será fundamental para a resposta da avaliação final da disciplina. Link: https://www.youtube.com/watch?v=-UnYXwuk6PI&t=1s acesso em 23/05/2025. 1 Planejamento Semanal Universidade Santa Cecília - Educação a Distância CARGAS ESPECIAIS E PERIGOSAS Planejamento Semanal 3 IDENTIFICAÇÃO DOCENTE Professor(a): Me. Lucimara Acosta Objetivos: Entender as características principais para a realização do transporte de cargas especiais ou indivisíveis. Apresentar a importância da documentação para o manuseio das cargas indivisíveis. Conhecimento do assunto e conhecimento sobre as documentações necessárias para o seu transporte. Contratos com motorista, solicitação de batedores para a escolta do transporte. Ter conhecimento da legislação aplicada a este tipo de transporte. ATIVIDADES 1 Atividade Duração: 01 hora Não é necessário envio de arquivo Caro aluno, estamos iniciando a 3ª semana desta disciplina. Você já deve ter notado que há agora um ambiente específico para seu curso. Nesse ambiente estão todas as informações importantes para o andamento do semestre. Nele estão as Regras do Semestre\disciplina com os detalhes de como será o semestre, o cronograma das aulas, provas, etc. Enfim, tudo aquilo que você precisa saber para ter um semestre tranquilo e poder se dedicar aos estudos. Atente para a dinâmica da disciplina, que trabalhará um conteúdo de cada vez. Com isso você tem um ganho pedagógico importante e poderá concentrar seu aprendizado num único assunto o que permitirá um maior acumulo de conhecimento. Desenvolva todas as suas atividades e leia atentamente o guia da disciplina e os planejamentos semanais. 2 Videoaula 7 Duração: 01 hora Não é necessário envio de arquivo Atividade: Assista à videoaula 7 sobre o tema: “Cargas especiais ou indivisíveis”, referente ao entendimento das características principais para a realização do transporte de cargas especiais ou indivisíveis. Ao assistir a videoaula, procure marcar as principais informações, uma vez que elas serão importantes nas respostas das atividades da semana. Esse conteúdo integra aos demais conteúdos da semana anterior. Durante nosso curso faremos algumas sugestões que auxiliará para as atividades de avaliação. Objetivo da Atividade: Auxiliar nos estudos Ação: Faça uma pesquisa sobre o que vem a ser carga indivisível e a função do gestor logístico no processo de administração de resultados. Essa ação é fundamental para o seu entendimento sobre a disciplina e será importante no decorrer da avaliação final. 2 Planejamento Semanal Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 3 Leitura do texto 07 Duração: 02 horas Não é necessário envio de arquivo Atividade: Após ter assistido à videoaula 7, você deve agora fazer a leitura do texto “Cargas especiais ou indivisíveis” correspondente no Guia da Disciplina. Esse texto complementa seu aprendizado e reforça os principais conceitos apresentados. Objetivo da Atividade: Auxiliar nos estudos Ação: Após a leitura, faça um resumo do que você compreendeu como se dá o transporte de cargas especiais e indivisíveis. NÃO é necessário o envio de arquivo. 4 Videoaula 08 Duração: 01 hora Não é necessário envio de arquivo Atividade: Assista à videoaula 8 dessa semana sobre o tema “Cargas especiais ou indivisíveis: documentação”. Essa videoaula irá apresentar a importância da documentação para o manuseio das cargas indivisíveis, assim um bom conhecimento deste assunto e tendo em mãos as documentações necessárias para o seu transporte. Durante nosso curso faremos algumas sugestões que auxiliará para as atividades de avaliação. Objetivo da atividade: Auxiliar nos estudos Ação: Faça uma pesquisa dos principais documentos usados para o transporte de cargas especiais ou indivisíveis. Essa ação é fundamental para o seu entendimento sobre a disciplina e será importante no decorrer da avaliação final. 5 Leitura do texto 08 Duração: 02 horas Não é necessário envio de arquivo Atividade: Após ter assistido a videoaula 08 faça a leitura do texto “Cargas especiais ou indivisíveis: documentação”encontrado no guia da disciplina. Esse texto complementa seu aprendizado e reforça os principais conceitos apresentados. Objetivo da Atividade: Auxiliar nos estudos Ação: Faça um resumo dos principais pontos discutidos no texto e analise o papel do gestor no processo de separação de documentação de cargas. Esse texto complementa seu aprendizado e reforça os principais contextos apresentados. 6 Videoaula 09 Duração: 01 hora Não é necessário envio de arquivo Atividade: Assista a videoaula 09 dessa semana sobre o seguinte tema: “Revisão”. Essa videoaula irá tratar dos principais tópicos verificados nos transcorrer da disciplina fazendo uma revisão geral do conteúdo. Esse conteúdo integra aos demais conteúdos da semana e vai permitir a você uma visão maior sobre o que a nossa área trata e onde podemos aplicar nossos conhecimentos Objetivo da atividade: Auxiliar nos estudos 3 Planejamento Semanal Universidade Santa Cecília - Educação a Distância Ação: Faça uma análise sobre os principais tópicos abordados e suas importâncias dentro de uma gestão eficiente. Essa ação é fundamental para o seu entendimento sobre a disciplina e será importante no decorrer da avaliação final. 7 Leitura do texto 09 Duração: 03 horas Não é necessário envio de arquivo Atividade: Leia o texto 09 “Revisão”, que poderá ser encontrado no guia da disciplina, trata sobre a revisão dos conceitos fundamentais para o entendimento dos documentos e movimentações de cargas perigosas, avaliando o posicionamento competitivo e as tendências para esse tema. Esse texto complementa seu aprendizado e reforça os principais conceitos apresentados. Objetivo da atividade: Auxiliar nos estudos. Ação: Faça uma análise sobre os principais tópicos abordados e suas importâncias dentro de uma gestão eficiente. Essa ação é fundamental para o seu entendimento sobre a disciplina e será importante no decorrer da avaliação final. Esse texto complementa seu aprendizado e reforça os principais contextos apresentados. 8 Fórum de discussão Duração: 01 hora Encerramento disponível na atividade Atividade: O fórum é uma ferramenta altamente importante para o andamento da disciplina, uma vez que permite ao aluno expressar sua opinião sobre o tema proposto, bem como interagir com os demais colegas. A produção de conhecimento realizada num fórum, além de transformadora, é extremamente útil para a disciplina. Não deixe de participar! Postagem: Fórum Semanal 3 Ação 1: Aqui iremos instituir um fórum de discussão que deverá ter os questionamentos e procedimentos que deverão servir de parâmetros para sua avaliação final. As respostas devem ser realizadas em até 50 palavras. OBS.: CASO O ALUNO USE A INTERNET COMO FONTE DE PESQUISA É OBRIGATÓRIA A APRESENTAÇÃO DA REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA, SE NÃO OCORRER A QUESTÃO PERDERÁ O VALOR. Levando em consideração a afirmação abaixo explique o papel do gestor logístico em relação ao transporte de carga perigosa. https://www.totvs.com/blog/gestao-logistica/tipos-de-cargas/ Carga perigosa (recorte de texto) Podem ser consideradas como cargas perigosas aquelas que apresentam riscos à saúde humana, à segurança pública ou ao meio ambiente, devido às suas propriedades físicas, químicas ou biológicas. São exemplos de materiais dessa natureza os explosivos, inflamáveis, corrosivos, tóxicos, radioativos, etc. Eles demandam veículos apropriados para as características do material e devem estar corretamente sinalizados. Os profissionais envolvidos devem possuir os EPIs (Equipamento de proteção Individual) e possuir treinamento técnico especializado com ênfase no cumprimento das normas regulamentares. Para esse tipo de carga, além do veículo adequado, tem toda uma legislação específica, por isso é uma atividade 4 Planejamento Semanal Universidade Santa Cecília - Educação a Distância muito burocrática. Afinal, um eventual acidente com esse tipo de carga pode gerar prejuízo não apenas financeiros, mas também de caráter ambiental e social. Ação 2: Você pode consultar livros se quiser para escrever, mas aqui deverá comentar a resposta de algum colega seu completando-a. Quando se referir a algum colega deverá citar seu nome e dizer se concorda ou discorda da resposta dada e justificar. 9 Questionário – Semana 3 Duração: 01 hora Encerramento disponível na atividade Neste questionário você terá as questões que contemplam o conteúdo da disciplina dada até aqui. Faça uma leitura dos textos anexados e responda com calma. Preste atenção: Esta atividade irá compor a nota de participação do aluno. Objetivo do Questionário: Este questionário tem como objetivo incentivá-lo a revisar o conteúdo estudado nas videoaulas e atividades propostas desta semana e prepará-lo para futuras avaliações. É extremamente importante que você responda estas questões, pois além de fixar o conteúdo, o resultado deste questionário irá compor a sua nota de planejamento semanal do módulo correspondente. Observação: Esta atividade é individual. O link deste questionário está disponível no AVA. 10 Leitura: Transporte de cargas perigosas: conheça a legislação Duração: 01 hora Não é necessário envio de arquivo Atividade: A proposta dessa atividade é mostrar a você a importância da legislação quando se refere ao transporte de cargas especiais e a importância da gestão no processo. Objetivo da atividade: Auxiliar nos estudos Ação: Ler o artigo e fazer uma análise da importância da Regulamentação de Cargas Perigosas. Não há necessidade de envio de arquivo, mas será fundamental para a resposta da avaliação final da disciplina. https://www.totvs.com/blog/gestao-para-rotas/transporte-de-cargas-perigosas/ Acesso: 23/05/2025. 11 Filme 01 Duração: 02 horas Não é necessário envio de arquivo Atividade: assista ao filme “Transporte de cargas especiais” disponível no link abaixo e procure prestar atenção nas situações que são apresentadas, entendendo a importância do planejamento multimodal em relação ao tempo, custo e qualidade do processo de transporte. “O filme retrata sobre o transporte de cargas especiais e a necessidade do cumprimento das regras e normas que a lei determina para que haja segurança e qualidade em relação ao transporte. ” Objetivo da atividade: Auxiliar nos estudos Ação: Após assistir o filme faça uma resenha contendo os principais tópicos abordados e verifique a importância do transporte de cargas especiais e da mão de obra qualificada no transporte. A resenha deve conter 15 linhas. Essa resenha não precisa ser entregue, mas será fundamental para a resposta da avaliação final da disciplina. 5 Planejamento Semanal Universidade Santa Cecília - Educação a Distância Link: https://www.youtube.com/watch?v=kXyMqJeeSpc – acesso em 23/05/2025. 12 Atividade 01 – Leitura complementar 3 Duração: 01 hora Não é necessário envio de arquivo Atividade: A leitura “ATUALIZAÇÃO DA LEGISLAÇÃO • Agência Nacional de Transportes Terrestres” (Recorte de artigo), permite fazermos uma análise em relação as mudanças que estão ocorrendo nas leis. Objetivo da atividade: Auxiliar nos estudos Ação: Leia a Leitura complementar 3 disponível e faça uma resenha em relação as mudanças que estão ocorrendo dando maior atenção as consequências das mudanças. O conteúdo deverá ser usado como suporte de conhecimento para atividades posteriores. (Leitura complementar 3 encontra-se na 3ª semana do guia da disciplina após o texto número 9) 13 Filme 02 Duração: 01 hora Não é necessário envio de arquivo Atividade: Assista ao filme “Transporte de carga excedente: pá eólica” disponível no link abaixo e procure prestar atenção nas situações que são apresentadas. “ O filme retrata toda a movimentação referente a carga excedente abordando a legislação, movimentação e cuidados a serem trabalhados. Faz uma abordagem a respeito de parcerias que devemhaver no transcorrer da condução das pás eólicas. ” Objetivo da atividade: Auxiliar nos estudos Ação: Você deverá analisar a importância do transporte de carga excedente e qual a função do gestor no procedimento, não há necessidade de envio de arquivo. Link: https://www.youtube.com/watch?v=qvKHwHx9scc - acesso em 23/05/2025. 14 Filme 03 Duração: 01 hora Não é necessário envio de arquivo Atividade: Assista ao filme “Ciência sem limites/ Gestão de resíduos químicos” disponível no link abaixo e procure prestar atenção nas situações que são apresentadas. Entendendo a importância do planejamento no ato de gerenciar os resíduos químicos. “O filme retrata a importância do gerenciamento e controle dos resíduos químicos, controles, legislação e a importância da logística reversa no gerenciamento dos processos de controle”. Objetivo da atividade: Auxiliar nos estudos. Ação: Faça uma análise da importância do gestor logístico no gerenciamento de resíduos químicos dentro da empresa. Não há necessidade do envio de arquivo. Link: https://www.youtube.com/watch?v=Zz4pQkv-FUk – acesso em 23/05/2025. 6 Planejamento Semanal Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 15 Figura Duração: 01 hora Não é necessário envio de arquivo Atividade: Interprete a figura abaixo realizada para melhor fixação de conteúdo e análise da importância do aparato de segurança quando tratamos de movimentação de cargas ou produtos perigosos. Objetivo da atividade: Auxiliar nos estudos Ação: Após analisar a figura acima faça uma resenha demonstrando os principais aspectos que a empresa deve dar maior atenção para que não haja problemas em termos de segurança do trabalho ou transportes dos produtos ou cargas perigosas. A resenha deve conter 15 linhas. Essa resenha não precisa ser entregue, mas será fundamental para a resposta da avaliação final da disciplina. 1 Transporte de Cargas Especiais e Perigosas Lucimara Acosta 2 AULA 1 Principais Conceitos e Introdução aos Aspectos Legais Introdução • O Brasil foi o primeiro país da América Latina a criar uma regulamentação para o transporte de produtos perigosos. • Com a intensificação da movimentação de veículos transportando produtos perigosos, surge um crescente anseio, por informações que dizem respeito à atividade de transporte, e também conhecer e ter a disposição, para consultar, normas que, de forma direta ou indireta, encontram-se relacionadas à atividade de transporte rodoviário de produtos perigosos. 3 Produtos Perigosos • A ANTT define produtos perigosos como aqueles que representam riscos à segurança pública, à saúde das pessoas ou ao meio ambiente, de acordo com os critérios de classificação da ONU. • Para prevenir os acidentes e minimizar os riscos que eles trazem ao meio ambiente, à saúde da população e ao patrimônio público, o Brasil vem adotando, ao longo dos anos, uma legislação específica e rigorosa em relação ao transporte de produtos químicos por via rodoviária. • São decretos, leis, resoluções, portarias e normas editadas por órgãos como a ANTT, Conselho Nacional de Trânsito, Denatran, Ministério dos Transportes, Inmetro e ABNT. Legislação A legislação detalha como deve ser feita a identificação e o transporte dos produtos perigosos, sua classificação, os tipos de embalagem, a sinalização externa dos veículos de carga, a documentação necessária para o transporte, os equipamentos de segurança e quem são os responsáveis em caso de acidentes, entre outros aspectos. 4 Segurança Os caminhões que transportam produtos ou resíduos químicos perigosos são obrigados a adotar uma série de medidas de segurança: • O motorista precisa ser treinado para conduzir produtos perigosos; • Documentação com dados sobre a classificação da carga, o fabricante ou importador do produto, as autorizações para circulação e informações de segurança para o caso de acontecer um acidente; • Kit de emergência pronto para ser usado em caso de acidente; • Caminhão boas condições de manutenção; • Caminhão externamente precisa estar sinalizado com placas indicativas para mostrar o produto (ou produtos) que carrega e seus riscos. Sinalização Externa – Painel de Segurança O painel de segurança é retangular, tem fundo na cor laranja e duas linhas com números em preto. A linha superior indica o número de risco, com exceção dos explosivos, que não têm número de risco. Os algarismos devem ser lidos separadamente. No exemplo ao lado, a placa deve ser lida como 3-3, que corresponde a líquido altamente inflamável. A linha inferior traz o número ONU, ou seja, o número que identifica o produto de acordo com a listagem de produtos perigosos utilizada internacionalmente. Aqui, 1263 significa que este caminhão está transportando combustível automotor ou gasolina. 5 Sinalização Externa - Rótulo de Risco O rótulo de risco informa a classe e a subclasse a que o produto pertence, e indica o risco principal e o risco subsidiário. Traz símbolos, textos, um número e pode ter cores diversas no fundo. Os rótulos de risco ao lado, indicam produtos variados, por exemplo, da subclasse 5.1, ou seja, uma substância oxidante. Figura - Exemplos de rótulos de risco indicam o que um veículo leva Sinalização Externa - Painel Versus Rótulo de Risco 6 Outros Exemplos de Sinalização Externa Rótulos de risco e painéis de segurança no transporte de carga a granel de mais de um produto perigoso de mesmo risco principal, na mesma unidade de transporte. Transporte de carga a granel de substância perigosa ao meio ambiente (número ONU 3082). Transporte de carga fracionada de produtos perigosos iguais (número ONU) e riscos iguais (número de risco) na mesma unidade de transporte. 1 Transporte de Cargas Especiais e Perigosas Lucimara Acosta 2 AULA 2 Meios, riscos e órgãos reguladores do transporte de cargas especiais e perigosas Introdução Os Meios de Transporte para Produtos Perigosos: São legalmente considerados como meios de transporte para produtos perigosos: • Caminhões fechados ou carretas de carroceria de madeira ou tipo baú. • Caminhões ou carretas-tanque de líquidos inflamáveis. • Carretas pressurizadas para o transporte de gases. • Tanques instalados em caminhões, barcas, vagões ferroviários ou navios. • Navios-tanque. • Vagões-tanque. • Containers especiais para o transporte de graneis sólidos ou inflamáveis. • Cilindros para gases. • Transporte aéreo. 3 Os Riscos do Transporte A intensidade do risco de acidentes está associada a um produto perigoso e dependerá de alguns fatores relacionados com a sua manipulação, transporte, identificação, comunicação e estocagem que podemos estabelecer da seguinte forma: • Técnicas de transferência; • Quantidades transportadas; • Técnicas de embalagem, identificação e rotulagem; • Compatibilidade com outros produtos transportados em conjunto. Órgãos Reguladores Órgãos reguladores são aqueles que intervêm, interagem, legislam e normatizam as operações e atividades de uma determinada indústria e/ou área de atuação. No caso do transporte de produtos perigosos a regência do processo é determinada pelas regras internacionais estabelecidas pela ONU, mas também pelo tipo do modal, por exemplo – no transporte rodoviário, o mais frequente no Brasil, temos: 4 • CONTRAN - Conselho Nacional de Trânsito: Estabelece as normas regulamentares e as diretrizes da Política Nacional de Trânsito; • DENATRAN - Departamento Nacional de Trânsito: é o órgão máximo executivo de Trânsito da União e deve cumprir e fazer cumprir a legislação de trânsito e a execução das normas e diretrizes estabelecidas pelo CONTRAN; • ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas: Associação Brasileira de Normas Técnicas é o órgão responsável pela normalização técnica no país; • É uma entidade privada, sem fins lucrativos, reconhecida como Fórum Nacional de Normalização – ÚNICO; • É membro fundador da ISO - International Organization for Standardization, da COPANT -Comissão Pan-americana de Normas Técnicas e da AMN – Associação Mercosul de Normalização. Responsabilidades Legais nos Acidentes de Transporte Rodoviário de Produtos Perigosos Lei Nº 6.938/81: Política Nacional do Meio Ambiente, passou-se a ter a visão mais protecionista nas questões ambientais. Responsabilidades: direta ou indiretamente, causem degradação ambiental, independentemente de culpa, adota-se a teoria da responsabilidade objetiva, na qual o risco é que determina o dever de responder pelo dano. Princípios da ResponsabilidadeObjetiva: A responsabilidade objetiva está contida no parágrafo único do art. 927 do C.C: “Haverá obrigação de reparar o dano, independentemente de culpa, nos casos especificados em lei, ou quando a atividade normalmente desenvolvida pelo autor do dano implicar, por sua natureza, risco para os direitos de outrem”. 5 Especificamente, num acidente de transporte rodoviário de produtos perigosos, ainda que a empresa transportadora tenha tomado todos os cuidados e não tenha, a princípio, culpa pelo acidente, a responsabilidade pelos danos ambientais causados continua sendo da empresa transportadora, pois a ausência de culpa, neste caso, não é mais excludente da responsabilidade de indenizar e reparar os danos. É dever do Poder Público produzir informações e dados relacionados ao transporte de produtos perigosos; assim como, sobre seus eventos, acidentes, causas e efeitos; e ainda, sobre veículos, unidades de transporte, acondicionamento de cargas, produtos, substâncias, materiais, normas de construção, sinalização, fiscalização etc. 1 Transporte de Cargas Especiais e Perigosas Lucimara Acosta 2 AULA 3 Transporte de Cargas Perigosas: Documentação Introdução A segurança do transporte de produtos perigosos depende de vários fatores: • Embalagem adequada, • Treinamento do motorista, • Documentação em ordem; e • Caminhão em boas condições operacionais. Reforçando: temos que a segurança do transporte de produtos perigosos depende do expedidor providenciar a embalagem adequada, o motorista ser treinado, a documentação estar em ordem e o caminhão em boas condições operacionais e, quando for o caso, devidamente marcado e sinalizado e com os equipamentos de segurança. 3 A embalagem do produto varia de acordo com o grau de risco, numa escala de I a III, dos produtos mais perigosos aos que apresentam menor risco. A embalagem deve trazer dados importantes que serão indispensáveis em caso de acidente, como números de telefones para atendimento de emergência e precauções no manuseio do produto, e outras informações. A Embalagem Os documentos Vários documentos são exigidos para que produtos perigosos possam ser transportados por via terrestre: • O condutor deve apresentar o documento original de que foi aprovado no curso Mopp, Movimentação e Operação de Produtos Perigosos em casos específicos. • O veículo e os equipamentos destinados ao transporte a granel devem ter o CIPP, Certificado de Inspeção para o Transporte de Produtos Perigosos a granel, expedido pelo Inmetro ou entidades credenciadas. • É preciso levar um documento fiscal, acompanhado de uma declaração de que o produto está adequadamente acondicionado para o transporte. • É preciso levar a ficha de emergência e o envelope para o transporte, com instruções sobre como proceder em caso de acidente, também em casos específicos. 4 É necessária licença ambiental emitida pelo órgão de meio ambiente responsável pelo trecho a ser percorrido, normalmente o IBAMA. Dependendo da carga, o condutor deve levar equipamentos de segurança, que serão fundamentais em caso de acidente. Os equipamentos são: fita para isolar a área, suportes ou cavaletes para apoiar a fita, cones para sinalização, calços, extintor de incêndio compatível com a carga, lanterna, placas com suportes com os dizeres - Perigo: Afaste-se. Por fim, é necessário identificar as unidades de transporte com rótulos de risco e painéis de segurança, de acordo com o tipo de carga. Informações Sobre os Produtos Caráter prioritário para o atendimento de um sinistro envolvendo produtos perigosos. Nos eventos com produtos de alto risco, as informações devem satisfazer a um elenco de medidas e atualmente existem os seguintes níveis de informações que, em conjunto, atendem a totalidade das necessidades: • Painel de segurança • Rótulo de risco • Ficha de emergência do produto • Manual de Emergências – ABIQUIM (aconselhável). 5 Rótulos de risco Os rótulos de risco representam o risco na forma de símbolos, que facilitam a identificação do risco do produto. Obedecendo o seguinte código de cores: Vermelho: inflamável/combustível Verde: gás não inflamável Laranja: explosivo Amarelo: oxidante Azul: perigoso quando molhado Branco: veneno/tóxico Preto-branco: Corrosivo Lembrete: Critérios de Segurança 1 Transporte de Cargas Especiais e Perigosas Lucimara Acosta 2 AULA 4 Transporte de Cargas Perigosas: Legislação Introdução A legislação brasileira é ampla em relação ao transporte de produtos perigosos e se aplica também aos resíduos no caso de estarem classificados como perigosos para transporte. Esta mesma legislação, já comentada na Aula 2, proíbe uma série de procedimentos tais como: • Conduzir pessoas em veículos transportando produtos perigosos além dos auxiliares. • Transportar, simultaneamente, no mesmo veículo ou equipamento de transporte, diferentes produtos perigosos, salvo se houver compatibilidade. 3 Transportar produtos perigosos juntamente com alimentos, medicamentos ou quaisquer objetos destinados a uso ou consumo humano ou animal ou, ainda, com embalagens de mercadorias destinadas a alimentos, medicamentos ou para consumo humano ou animal. Transportar alimentos, medicamentos ou quaisquer objetos destinados ao uso ou consumo humano ou animal em embalagens já utilizadas para produtos perigosos. Transportar, simultaneamente, animais e produtos perigosos em veículos ou equipamentos de transporte. Meio Ambiente e o Transporte Terrestre de Cargas Perigosas A empresa que produz e expede produtos químicos perigosos e a que transporta DEVE, a cada embarque, verificar se o motorista possui o treinamento de Especialização no Transporte de Produtos Perigosos, se o veículo e carga estão devidamente identificados e se há no veículo, os equipamentos para emergência e proteção individual. No que se refere à legislação ambiental, deve-se especial atenção as licenças ambientais, pois em alguns estados e municípios, como no município de São Paulo, há licenças estabelecidas por legislações ambientais, as quais afetam diretamente o transporte de produtos perigosos. 4 O Transporte de Produtos Perigosos está diretamente ligado aos impactos ao meio ambiente, principalmente quando ocorrem vazamentos em áreas protegidas, rios ou mesmo no mar, por isso que o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis (IBAMA) também apresenta papel fundamental na liberação de licenças para o Transporte de Produtos Perigosos, mas a empresa que busca tais licenças deve estar bem informada para não confundir os órgãos e esquecer alguma autorização. No âmbito federal, o IBAMA estabeleceu a Autorização para o Transporte Interestadual de Produtos Perigosos, a qual não deve ser confundida com as Licenças Ambientais exigidas para empresas que realizam atividades potencialmente poluidoras. IBAMA IBAMA é a sigla do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis, que é um órgão federal responsável pelas políticas de proteção do meio ambiente no Brasil. Com o poder de polícia ambiental, o IBAMA auxilia na preservação, controle, fiscalização e conservação da fauna e flora nacional, além de realizar estudos sobre o ambiente e conceder licenças ambientais para empreendimentos que possam impactar na natureza.(https://www.significados.com.br/ibama/) 5 Qual o papel do gestor? 1 Transporte de Cargas Especiais e Perigosas Lucimara Acosta 2 AULA 5 Transporte de Cargas Perigosas: Vias Marítimas IntroduçãoCargas Perigosas: São cargas que, em virtude de serem explosivos, gases comprimidos ou liquefeitos, inflamáveis, oxidantes, venenosas, infectantes, radioativas, corrosivas ou substâncias contaminantes, podem apresentar riscos à tripulação, ao navio, às instalações portuárias ou ao ambiente aquático. Essas mercadorias, de acordo com a sua natureza, poderão ser transportadas embaladas ou a granel. As mercadorias perigosas aqui definidas, encontram-se relacionadas nos códigos e convenções internacionais publicados pela IMO. Cargas Especiais ou Indivisíveis: A carga unitária representada por uma única peça estrutural ou conjunto de peças fixadas por rebitagem, solda ou qualquer outro processo, para o fim de ser utilizada diretamente, como peça acabada ou parte integrante de conjuntos de montagem, máquinas ou equipamentos e que pela sua complexidade, somente possa ser montada em instalações apropriadas. (GUIA TRC, 2009). 3 Cargas Sólidas Perigosas a Granel: São aquelas que possuem riscos de natureza química, compreendidas no apêndice B do Código de Práticas de Segurança Relativas às Cargas Sólidas a Granel (BC Code em inglês ou CCGr em espanhol) da IMO. Contentores Intermediários para Granéis Intermediate Bulk Container – IBC: São embalagens portáteis rígidas, semirrígidas ou flexíveis e que têm capacidade igual ou inferior a 3.000 litros. São projetadas para serem manuseadas mecanicamente e resistirem aos esforços provocados pelo manuseio e pelo transporte, requisito este comprovado por meio de ensaios específicos (homologação). Embalagens: São invólucros ou recipientes destinados a conter mercadorias perigosas, tratadas pelo anexo I do IMDG Code. Explosão Maciça: É aquela que afeta quase toda a carga instantaneamente. Navio Petroleiro: Navio construído e adaptado principalmente para o transporte de óleo a granel nos seus compartimentos de carga ou navio tanque químico, quando estiver transportando uma carga total ou parcial de óleo a granel. Navio Tanque Químico: Navio construído ou adaptado principalmente para transportar substâncias nocivas líquidas a granel ou navio tanque quando estiver transportando uma carga total ou parcial de substâncias nocivas a granel. 4 Normas e Requisitos para o Transporte de Cargas Perigosas: Via Marítima O transporte, embalagem, segregação, marcação, etiquetagem e rotulação de mercadorias perigosas embaladas são regidos pelo Código IMDG da IMO. • Homologação das Embalagens • Declaração de Mercadorias Perigosas • Notificação Antecipada • Concessão de Licença para o Transporte de Mercadorias Perigosas • Relação de Mercadorias Perigosas (Manifesto de Carga) Normas e Requisitos para o Transporte de Cargas Perigosas Via Marítima: Concessão de Licença para o Transporte de Mercadorias Perigosas ITENS PARA INSPEÇÃO DA CP Documentação completa e devidamente preenchida; Arrumação e fixação da carga; Marcação, etiquetagem e rotulagem de acordo com cada mercadoria perigosa transportada; Correta segregação; Amarração; Correta sinalização dos locais onde estiverem armazenadas as cargas perigosas; Disponibilidade de instruções sobre procedimentos de emergência para o caso de acidentes (para cada classe/tipo de mercadoria perigosa a bordo). 5 Normas e Requisitos para o Transporte de Cargas Perigosas Via Marítima Substâncias à Granel: sólidas, líquidas e gases liquefeitos Será exigido que toda embarcação que transporte cargas perigosas a granel mantenha a bordo o competente Certificado de Conformidade de acordo com o respectivo código, emitido por Organização reconhecida pelo Governo Brasileiro, que ateste que a embarcação se encontra apta para carregar os produtos os quais se propõe a transportar. Eventuais abrandamentos ou isenções poderão ser autorizados, a critério da DPC – Diretoria de Portos e Costas da Marinha do Brasil, mediante consulta prévia. Normas e Requisitos para o Transporte de Cargas Perigosas: Via Marítima - Marcação das Embalagens As embalagens contendo mercadorias perigosas deverão estar marcadas de modo duradouro, o qual permaneça por no mínimo 3 meses quando imerso em água. Deverão estar com o nome técnico correto, nº "UN" e os caracteres que retratem a homologação da embalagem de acordo com o IMDG. "Trata-se de um tambor de papelão (1G) destinado ao transporte de mercadorias perigosas dos grupos de embalagem II e III (Y), testada com massa bruta de 145 kg (145), destinada a conter sólidos (S) e fabricada em 1996 (96). Homologada no Brasil (BR), fabricada pela VAN LEER (VL) e foi homologada pela DPC, possuindo o Certificado de Homologação nº 038/95 (DPC - 038/95)". A marcação deverá ser feita em pelo menos duas faces ou lados das embalagens ou unidades de carga. Marcação das Embalagens - EXEMPLO 6 O Transporte de Cargas Perigosas via Marítima possui uma série de peculiaridades, as quais definirão de uma forma geral e com definições especificar por item. 1 Transporte de Cargas Especiais e Perigosas Lucimara Acosta 2 AULA 6 Transportes de Cargas Perigosas Vias Aéreas Introdução Já sabemos que as cargas perigosas são definidas como artigos ou substâncias com capacidade de transmitir risco à saúde, à segurança e/ou ao meio ambiente, no modal aéreo elas são conhecidas como Dangerous Goods. Cada produto e/ou substância oferecidos para transporte deverão ser declarados pela sua denominação, Proper Shipper Name, informando, detalhadamente, todos os dados pertinentes à carga (nome do produto, classe, embalagem, quantidade, principalmente o nº. da UN). Este preenchimento deverá estar de acordo com os regulamentos da IATA. 3 ONU (Organização das nações Unidas) - Elaborou a classificação padrão para produtos perigosos e as recomendações para o transporte desse tipo de mercadoria. IAEA- (Agencia Internacional de Energia Atômica) Regulamenta o transporte de produtos radioativos. ICAO (Organização Internacional da Aviação Civil) – O anexo B da ICAO trata das regras para transporte sem riscos de produtos perigosos. O DOC 9284-NA/905 traz instruções técnicas para o transporte seguro de artigos perigosos. E o DOC – 9481 AN/928 – é um gui de emergência para o transporte seguro de artigos perigosos. IATA (Associação Internacional de transporte aéreo) - Elagorou 3 documentos para o transporte de produtos perigosos. Estes são o Danger Goods Regulations – DGR o Danger Goods Regulations – Infections e o Substance affecting Humans. ANAC (Agencia Nacional de Aviação civil) - É o órgão do governo brasileiro responsável pela regulação e fiscalização do transporte é aéreo de cargas e passageiros, que através de suas legislação, o RBCA (Regulamentação Brasileira De Aviação Civil) no artigo 175 estabelece os requisitos e atividades aplicáveis ao transporte aéreo doméstico e internacional de produtos perigosos em aeronaves civis. (http://fateclogaero.blogspot.com/2015/06/transporte-de- cargas-especiais-e.html) Check List para Incidentes com Produtos Perigosos no Modal Aéreo: Antes e após a decolagem • Seguir o procedimento apropriado para remoção de fogo ou fumaça; • Acionar os avisos de "Não Fumar"; • Considerar um possível pouso; • Minimizar a utilização do sistema elétrico desnecessário; • Identificar origem da fumaça / fogo / vapor; • Incidentes com produtos perigosos na cabine de passageiros verificar check list apropriado; • Determinar os procedimentos de emergência conforme código do manual da ICAO; • Utilizar a tabela do manual da ICAO que orienta a ação correspondente ao tipo de produto; e • Havendo tempo, notificar ATC pelo menos do número UN de um dos produtos transportados. 4 Check List para Incidentes com Produtos Perigosos no Modal Aéreo: Antes e após o pouso • Desembarcar passageiros e tripulantes antes da abertura de qualquer compartimento de carga; • Informar o pessoal de serviço de emergência da natureza do item e onde está colocado; • Efetuar os registros apropriados no diário de manutenção da aeronave; • Lista de Verificação para Produtos Perigosos – Ações. Possíveis Carregamentos deMercadorias Perigosas: Alguns Exemplos Aparelhos elétricos: Cadeiras de roda, cortadores de grama, carrinhos de golf etc., podem conter baterias; Brinquedos: Material inflamável; Produtos farmacêuticos; Suprimento fotográfico: Produtos químicos perigosos; Em nenhuma circunstância um produto perigoso poderá ser aceito como bagagem; porém, poderá ser transportado como carga, desde que cumpra com os requisitos da regulamentação IATA. 5 Critérios Básicos para Embarque: Exemplos • Munição: até 5 kg/Pax, em caixa reforçada, para fins esportivos. • Cadeira de rodas elétrica movida à bateria: em posição vertical, com terminais desligados e isolados. • Bebidas alcoólicas: recipientes de menos de 5 litros. • Remédios ou artigos de toalete: até 2 litros no máximo. • Fósforos e isqueiros: à vista do pax, com recargas em fluidos proibidos. • Gases paralisantes para defesa pessoal: proibidos. O Código Brasileiro de Aeronáutica estabelece que o comandante seja responsável pela carga desde que tenha conhecimento da mesma. A NOTOC, Notification to Captain (Notificação ao Capitão/Piloto), é o documento hábil para tal: é o mínimo de fiscalização a ser exercido pela tripulação. Exemplo NOTOC: gelo seco/dry ice Critérios Básicos para Embarque 6 As responsabilidades do expedidor, ou seja quem envia a carga aéreas de natureza perigosa é: • Cerificar-se de que o produto não está proibido para o transporte aéreo. • Garantir que o produto esteja devidamente identificado, classificado, embalado, marcado, etiquetado e documentado. • Providenciar o transporte terrestre de artigo perigoso em conformidade com a ANTT. (http://fateclogaero.blogspot.com/2015/06/transporte- de-cargas-especiais-e.html) Lembrete 1 Transportes de Cargas Especiais e Perigosas Lucimara Acosta 2 AULA 7 Cargas especiais ou indivisíveis Introdução O mercado logístico é um segmento no qual a precisão é exigida e a legislação é igualmente precisa e irredutível. Há limites claros para tamanho e capacidade de carga em caminhões e carretas e, para tudo aquilo que não se enquadra nas operações costumeiras, usa-se o apelido de cargas especiais, ou “heavy lift”, como são conhecidas no setor. A categoria de cargas especiais foi criada, dando alguma flexibilidade para empresas que transportam essas peças e uma resolução de 2005 regulamenta também os limites para caminhões com esse tipo de carga. 3 Definição de Cargas Especiais ou Indivisíveis Cargas indivisíveis, ou cargas especiais, são cargas com elevado peso específico, que podem ter grandes dimensões e, portanto, necessitam de meios de transportes com uma Autorização Especial de Tráfego (AET) para poderem ser movimentadas. A carga indivisível, de acordo com a Resolução 11/04 do DNIT, é uma carga unitária, que se configura através de uma peça única estrutural ou ainda, um conjunto de peças que são fixadas de algumas maneiras específicas, como solda, rebitagem ou outro processo. O Transporte de Cargas Indivisíveis - Veículo Transportador Para o transporte de cargas indivisíveis é necessário à utilização de veículos especiais, além de uma programação completa e um projeto de transporte de qualidade, baseado na legislação dos órgãos competentes a respeito das vias e que respeite as limitações de infraestrutura. 4 O Transporte de Cargas Indivisíveis - Condutor • Conhecimento das condições especiais do trânsito, • Contar com uma sinalização especial para o veículo utilizado e da carga a ser transportada, • Formação em um curso especial para condutores de cargas indivisíveis. Medidas relevantes de segurança devem ser tomadas no transporte das cargas indivisíveis: trafegar na estrada, segurança da propriedade de terceiros e a segurança da própria rodovia. Carga Cada tipo de carga exige equipamentos diferenciados, como, por exemplo, para transportar uma carga muito alta é utilizada a carreta tipo lagartixa. Já para as cargas muito compridas, o método mais indicado é o uso de uma carreta extensiva, enquanto as cargas muito pesadas exigem a utilização de conjuntos modulares com distribuidor de peso. Para que a carga seja transportada com segurança e sem causar muitos transtornos nas rodovias, é necessário fazer um planejamento logístico prévio e ter muito conhecimento do itinerário por onde a carga será transportada para não prejudicar o tráfego e, também, para evitar possíveis danos às vias ou em seu entorno. 5 O Transporte de Cargas Indivisíveis - Legislação As regras: Código Nacional de Trânsito, que define, ainda, através do Artigo 101; Órgãos responsáveis: DNIT para as rodovias federais, os DER’s para as estaduais; Diretorias de Trânsito dos municípios, pela expedição das autorizações especiais de trânsito. Autorizações são concedidas exclusivamente para cada situação, prevendo o prazo, percurso e medidas de logística e segurança previamente acertados. A grande maioria das viagens com cargas desse tipo são feitas até portos preparados para recebê-las, principalmente em razão da conexão desses terminais com ramais ferroviários. Não importa o tipo de transporte, toda e qualquer carga perigosa deverá seguir a legislação referente ao seu produto e tipo de modal utilizado. 1 Transporte de Cargas Especiais e Perigosas Lucimara Acosta 2 AULA 8 Cargas especiais ou indivisíveis: documentação Introdução Ao se ouvir o termo “carga especial” vem à ideia de problemas, dificuldade: quando nos aprofundamos nesse assunto vemos que existem normas específicas a serem seguidas de acordo com o CONTRAN, a Secretaria dos Transportes – DER e o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes, DNIT. 3 Definições Importantes para o Conhecimento de Cargas Especiais/Indivisíveis. Carga nas Partes Externas é a carga que ultrapassa os limites físicos da carroceria do veículo, de acordo com a sua largura ou ao seu comprimento; exceto os equipamentos integrados a veículo especial; Escolta Credenciada é o veículo destinado ao acompanhamento de transportes excepcionais em peso e/ou dimensões. Estudo de Viabilidade (E.V.) é o estudo prévio da capacidade de transporte das obras de arte especiais (OAE’s) existentes ao longo de determinado roteiro/itinerário, para fins de viabilização ou não da passagem de Conjunto Transportador acima de determinados limites; Excesso de Dimensões é a parcela das dimensões do conjunto (comprimento, largura, altura e balanço traseiro) que ultrapassa os limites regulamentares fixados pela legislação de trânsito; Excesso de Peso é a parcela do peso de um eixo e/ou de conjunto de eixos que ultrapassa os limites regulamentares fixados pela legislação de trânsito; Guindaste Autopropelido ou sobre Caminhão constituindo veículo especial projetado para elevar, movimentar e baixar materiais; Veículo para acompanhamento de Operações Especiais é um veículo próprio do DER ou de concessionária de rodovia; Veículo Especial é aquele constituído com características de construção especial, destinado ao transporte de carga indivisível e excedente em peso e/ou dimensão; Veículo Transportador Modular Autopropelido é o veículo modular com plataforma de carga própria, tendo suspensão e direção hidráulica e conjunto de eixos direcionais com força motora que propicie circular pelos seus próprios meio 4 Documentação de Cargas Especiais/Indivisíveis. • Declaração do fabricante informando o peso do equipamento transportado; • Croquis do conjunto transportador carregado; • Descrição do percurso a ser vencido; • Declaração do Departamento de Estradas de Rodagem de São Paulo (DER-SP) O Código de Trânsito Brasileiro (CTB) prevê a necessidade da Autorização Especial de Trânsito (AET), para os veículos que transportam cargas indivisíveis, com pesos e ou dimensões excedentes (Art.101 e Resolução N.º210 do CONTRAN). A AET é um documento que autoriza o trânsito nas rodovias sob sua jurisdição, a partir da análise e aprovação de documentos encaminhados pelo interessado na realização do transporte de cargas, regida pelas características do transporterequerido, conforme o CTB e as Resoluções do Conselho Nacional de Trânsito (CONTRAN). A documentação exigida para obtenção da AET (Autorização Especial de Trânsito) varia de órgão para órgão, mas de um modo geral tem-se a necessidade de verificar a capacidade técnica dos veículos especificados para o transporte, como os Certificados de Licenciamento, assim como Declarações do Fabricante ou Embarcador para comprovação de peso e dimensões da carga. 5 Documentação de Cargas Especiais/Indivisíveis AUTORIZAÇÃO ESPECIAL DE TRÂNSITO (AET) Documentos necessários para obter Autorizações Especiais de Trânsito Cargas indivisíveis com peso e/ou dimensões excedentes: Cópia dos Certificados de Registro e Licenciamentos dos Veículos – CRLV (Cavalo + Semi Reboques); Combinação de Veículos de Carga – CVC: Cópia dos Certificados de Registro e Licenciamentos dos Veículos – CRLV (Cavalo + Semi Reboques); Laudo Técnico e Projeto Técnico; Anotação de Responsabilidade Técnica – ART; Guindastes: Cópia dos Certificados de Registro e Licenciamentos dos Veículos – CRLV (Cavalo + Semi Reboques); Combinação para Transporte de Veículo - CTV e Combinações de Transporte de Veículos e Cargas Paletizadas – CTVP: Cópia dos Certificados de Registro e Licenciamentos dos Veículos – CRLV (Cavalo + Semi Reboques); Laudo Técnico e Projeto Técnico; Documentação de Cargas Especiais/Indivisíveis – Sinalização dos veículos em geral Os veículos, combinações de veículos ou veículos especiais, cujas dimensões com ou sem carga, que excedam os limites estabelecidos para trânsito normal, serão sinalizados com placas especiais de advertência. CONTRATAÇÃO DE BATEDORES: São veículos de escolta, tipo batedores, seja de empresa credenciada pelos órgãos regulamentadores ou Policia Rodoviária. 6 Além dos perigos crescentes que podem ocorrer neste tipo de transporte, vem à parte legal, ou seja, ter em mãos todas as documentações necessárias para um transporte legal, de acordo com as normas e leis de transito responsáveis por esse tipo de transporte, cargas indivisíveis. Dentro do sistema brasileiro de transporte nota-se cada vez mais a necessidade de uma análise ampla dos modais a serem usados e o estudo da legislação vigente, novas leis sendo colocadas em vigor para uma melhoria contínua do processo do transporte de cargas especiais e perigosas, cabe ao gestor indicar como fazer e quando fazer a escolha certa do modal a ser usado. 1 Trasporte de Cargas Especiais e Perigosas Lucimara Acosta 2 AULA 9 Leitura Complementar Introdução A leitura complementar pelo próprio nome diz, complementa os conteúdos abordados e demonstra pensamentos diferenciados de autores também diferenciados, para tanto serão realizadas a revisão dos seguintes textos: 1. Risco Químico (Recorte de artigo) 2. Nova resolução da ANTT atualizou exigências e relação de produtos classificados como perigosos 3. Atualização da Legislação (Recorte de artigo) 3 1. Risco Químico (Recorte de artigo) Os riscos apresentados pelos produtos químicos dependem de sua reatividade. Não é possível estabelecer uma regra geral que garanta a segurança no manuseio de todas as substâncias químicas. É necessária uma avaliação, considerando não só as características físico-químicas, a reatividade e a toxicidade, como também as condições de manipulação, as possibilidades de exposição do trabalhador e as vias de penetração no organismo. Além disso, tem-se que considerar a disposição final do produto químico, sob a forma de resíduo, e os impactos que pode causar no meio ambiente. Riscos de natureza físico-química Os produtos químicos podem reagir de forma violenta com outra substância química, inclusive com o oxigênio do ar ou com a água, produzindo fenômenos físicos tais como calor, combustão ou explosão, ou então produzindo uma substância tóxica. Riscos tóxicos A toxicidade é a capacidade inerente de uma substância em produzir efeitos nocivos num organismo vivo ou ecossistema. O risco tóxico é a probabilidade que o efeito nocivo, ou efeito tóxico, ocorra em função das condições de utilização da substância. O risco tóxico associado a uma substância química depende de algumas variáveis: propriedades físico-químicas, vias de penetração no organismo, dose, alvos biológicos, capacidade metabólica de eliminação e efeitos sinergísticos com outros agressores de natureza diversa (física, química ou psíquica). 4 Cuidados na utilização de produtos químicos A primeira regra é básica para qualquer trabalho em laboratório: nunca comer, beber, fumar ou aplicar cosméticos durante a manipulação de substâncias químicas. Nunca se deve pipetá-las substâncias químicas com a boca, nem tentar identificá-las através do olfato. Ao se trabalhar pela primeira vez com uma substância, devemos nos familiarizar com as suas características através de leitura da literatura a respeito. Para tanto, devemos exigir do fornecedor a ficha de segurança do produto Gerenciamento de resíduos químicos Um dos grandes problemas ambientais no mundo do hoje é o lançamento ao meio ambiente de produtos químicos perigosos de forma inadequada. No Brasil, a Constituição estabelece responsabilidades às três esferas de governo: municipal, estadual e federal. 2. Nova resolução da ANTT atualizou exigências e relação de produtos classificados como perigosos Segundo o coordenador substituto de Fiscalização Especial da agência, Andrei Rodrigues, entre as mudanças que se destacam em relação à resolução anterior (420/2004) estão a inclusão de elementos considerados perigosos. “A indústria química criou novos produtos que não constam na resolução mais antiga”, explica Andrei. Ele destaca que o novo texto está de acordo com o Orange Book, que trata das principais recomendações da ONU (Organização das Nações Unidas) para esse tipo de transporte. Andrei ressalta, também, novas exigências sobre embalagens e alterações em nomenclaturas. É considerado produto perigoso todo aquele que representa risco à saúde das pessoas, ao meio ambiente ou à segurança pública, seja ele encontrado na natureza ou produzido por qualquer processo. 5 Principais cuidados Ao realizar esse tipo de transporte, os condutores devem estar atentos a alguns aspectos, como: condições de pneus, freios e iluminação; existência de vazamento; como a carga está posicionada; e se não está transportando produtos perigosos juntamente com outros para consumo humano ou animal, ou que sejam incompatíveis, com risco de gerar reação química. Os veículos também precisam estar adequadamente sinalizados. “Em caso de acidente, cada tipo de produto exige um cuidado diferenciado. A sinalização adequada ajuda na remoção imediata de alguma vítima”, esclarece Andrei. A Organização das Nações Unidas (ONU) tornou disponível nos últimos dias a versão eletrônica da 20ª revisão do Recommendations on the Transport of Dangerous Goods, também conhecido como Orange Book. Este Regulamento modelo faz parte do esforço da ONU em harmonizar mundialmente o transporte de produtos perigosos nos diferentes modais existentes, aumentando a proteção da saúde e meio ambiente e facilitando o comércio mundial. A revisão publicada em 2017 propõe, dentre outras alterações, novas e atualizadas instruções relativas a artigos que contenham substâncias perigosas; classificação de fertilizantes a base de nitrato de amônio; classificação de misturas corrosivas; unidades de transporte de carga contendo baterias de lítio; instruções de embalagem para baterias de lítio defeituosas ou danificadas; relatórios de teste para baterias de lítio; transporte de substâncias instáveis sob controle de temperatura; transporte de veículos alimentados por líquidos ou gases inflamáveis e células de combustível ou baterias. 6 3. Atualização da legislação Atualização da Legislação Agência Nacional de Transportes Terrestres publicou em Diário Oficial da União nº 241de 16 de dezembro de 2016 a Resolução ANTT nº 5232 de 14 de dezembro de 2016 que aprova as Instruções Complementares ao Regulamento Terrestre (rodoviário eferroviário) do Transporte de Produtos Perigosos e que irá substituir a Resolução ANTT nº 420/04 e resoluções que a atualizavam. Declaração do Expedidor “Declaro que os produtos perigosos estão adequadamente classificados, embalados, identificados, e estivados para suportar os riscos das operações de transporte e que atendem às exigências da regulamentação”. A Declaração deve ser assinada e datada pelo expedidor, e deve conter informação que possibilite a identificação do responsável pela sua emissão (por exemplo, número do RG, do CPF ou do CNPJ), exceto quando apresentada impressa no Documento Fiscal. PLANO DE ENSINO OBJETIVOSpara o Transporte Rodoviário e Produtos Perigosos a Granel – Grupos 3 e 27E; RTQ-05 – Inspeção de Veículos Rodoviários para o Transporte de Produtos Perigosos; RTQ-6i – Inspeção Periódica de Equipamentos para o Transporte Rodoviário de Produtos Perigosos a Granel – Grupos 6 e 27D; RTQ-6c – Inspeção na Construção de Equipamentos para o Transporte Rodoviário de Produtos Perigosos a Granel – Grupos 6 e 27D; RTQ-7i – Inspeção periódica de Equipamentos para o Transporte Rodoviário de Produtos Perigosos a Granel – Líquidos com Pressão de Vapor até 175 kPa; RTQ-7c – Inspeção na Construção de Equipamentos para o Transporte Rodoviário de Produtos Perigosos a Granel – Líquidos com pressão de vapor até 175 kPa; RTQ-32 – Para choque traseiro de veículos rodoviários para o transporte de Produtos Perigosos – Construção, Ensaio e Instalação; 13 Cargas Especiais e Perigosas Universidade Santa Cecília - Educação a Distância RTQ-36 – Inspeção de Revestimento Interno de Equipamento para o Transporte Rodoviário de Produtos Perigosos a Granel – Aplicação e Periódica; RTQ-CAR – Inspeção Periódica de Carroçarias de Veículos Rodoviários e Caçambas Intercambiáveis para o Transporte de Produtos Perigosos. 2.2. Responsabilidades Legais nos Acidentes de Transporte Rodoviário de Produtos Perigosos Até o início dos anos oitenta haviam poucas e dispersas legislações de proteção ao meio ambiente. Com o advento da Lei Nº 6.938/81, que criou a Política Nacional do Meio Ambiente, passou-se a ter a visão mais protecionista nas questões ambientais. Institui-se, a partir de então, as responsabilidades de pessoas físicas ou jurídicas, de direito público ou privado, que, direta ou indiretamente, causem degradação ambiental, independentemente de culpa, adotando-se para o caso a teoria da responsabilidade objetiva, na qual o risco é que determina o dever de responder pelo dano. A responsabilidade objetiva está contida no parágrafo único do art. 927 do C.C: “Haverá obrigação de reparar o dano, independentemente de culpa, nos casos especificados em lei, ou quando a atividade normalmente desenvolvida pelo autor do dano implicar, por sua natureza, risco para os direitos de outrem”. Dessa forma, com o advento da lei em referência, desnecessária se tornou provar a culpa do causador de dano ambiental, de tal forma que a prova de culpa se tornou irrelevante, restando somente num caso concreto, estabelecer o nexo causal. Especificamente, num acidente de transporte rodoviário de produtos perigosos, ainda que a empresa transportadora tenha tomado todos os cuidados e não tenha, a princípio, culpa pelo acidente, a responsabilidade pelos danos ambientais causados continua sendo da empresa transportadora, pois a ausência de culpa, neste caso, não é mais excludente da responsabilidade de indenizar e reparar os danos. A demanda por transportes tem evoluído e por via de consequência acompanha o desenvolvimento econômico do país; tal fato requer do segmento de transportes adequações para atender a demanda. 14 Cargas Especiais e Perigosas Universidade Santa Cecília - Educação a Distância O histórico de acidentes envolvendo o transporte de produtos perigosos no Brasil e no mundo tem demonstrado por provas claras que a falta de conhecimentos com relação aos cuidados inerentes a atividade tem sido a causa principal de muitas ocorrências com mortes e danos ambientais. É dever do Poder Público produzir informações e dados relacionados ao transporte de produtos perigosos; assim como, sobre seus eventos, acidentes, causas e efeitos; e ainda, sobre veículos, unidades de transporte, acondicionamento de cargas, produtos, substâncias, materiais, normas de construção, sinalização, fiscalização etc., dando ampla publicidade, disponibilizando-as e divulgando-as à coletividade, com vistas principalmente aos aspectos preventivos e inclusive buscando por meio da promoção da educação ambiental em todos os níveis, a conscientização pública para a preservação da segurança viária e do meio ambiente. A Abiquim, Associação Brasileira da Indústria Química mantém o Pró- Química, um serviço de informações via telefone para auxiliar as autoridades rodoviárias, o corpo de bombeiros, os produtores e os transportadores a lidar com as ocorrências envolvendo substâncias químicas nas estradas brasileiras. No âmbito do Estado de São Paulo, o DER mantém o Sistema de Informações de Produtos Perigosos (SIIPP). A Cetesb, Companhia Ambiental do Estado de São Paulo, também mantém equipes em plantão permanente todos os dias do ano em um Centro de Controle de Desastres e Emergências Químicas. HRISTOPHER, Martin. Logística e Gerenciamento da Cadeia de Suprimentos, São Paulo, Editora Cengage Learning, 2ª Edição 2009. CONSELHO REGIONAL DE QUÍMICA DA 4ª REGIÃO. Disponível em: http://www.crq4.org.br/quimicaviva_produtos_perigosos SOARES, Guido Fernando Silva Soares. Direito Internacional do Meio Ambiente, Emergência, Obrigações e Responsabilidades. São Paulo, Editora Atlas, 2011 VALENTE, Amir Mattar. Qualidade e Produtividade nos Transportes. São Paulo, CENGAGE Learning, 1ª Edição, 2008. 15 Cargas Especiais e Perigosas Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 3. TRANSPORTE DE CARGAS PERIGOSAS: DOCUMENTAÇÃO Objetivo Apresentar documentos necessários ao transporte de cargas especiais e perigosas. Introdução A segurança do transporte de produtos perigosos depende de vários fatores: da embalagem adequada, do treinamento do motorista e da documentação em ordem. Além disso, o caminhão deve estar em boas condições operacionais. Reforçando: temos que a segurança do transporte de produtos perigosos depende do expedidor providenciar a embalagem adequada, o motorista ser treinado, a documentação estar em ordem e o caminhão em boas condições operacionais e, quando for o caso, devidamente marcado e sinalizado e com os equipamentos de segurança. 3.1. A embalagem A embalagem do produto varia de acordo com o grau de risco, numa escala de I a III, dos produtos mais perigosos aos que apresentam menor risco. A embalagem deve trazer dados importantes que serão indispensáveis em caso de acidente, como números de telefones para atendimento de emergência e precauções no manuseio do produto, e outras informações. 3.2. Os documentos Vários documentos são exigidos para que produtos perigosos possam ser transportados por via terrestre: 1. O condutor deve apresentar o documento original de que foi aprovado no curso Mopp, Movimentação e Operação de Produtos Perigosos em casos específicos. 2. O veículo e os equipamentos destinados ao transporte a granel devem ter o CIPP, Certificado de Inspeção para o Transporte de Produtos Perigosos a granel, expedido pelo Inmetro ou entidades credenciadas. 16 Cargas Especiais e Perigosas Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 3. É preciso levar um documento fiscal, acompanhado de uma declaração de que o produto está adequadamente acondicionado para o transporte. 4. É preciso levar a ficha de emergência e o envelope para o transporte, com instruções sobre como proceder em caso de acidente, também em casos específicos. Figura 1 – Ficha de Emergência e Envelope de Transporte 1. É necessária licença ambiental emitida pelo órgão de meio ambiente responsável pelo trecho a ser percorrido, normalmente o IBAMA. 2. Dependendo da carga, o condutor deve levar equipamentos de segurança, que serão fundamentais em caso de acidente. Os equipamentos são: fita para isolar a área, suportes ou cavaletes para apoiar a fita, cones para sinalização, calços, extintor de incêndio compatível com a carga, lanterna, placas com suportes com os dizeres Perigo: Afaste-se. 3. Por fim, é necessário identificaras unidades de transporte com rótulos de risco e painéis de segurança, de acordo com o tipo de carga. 3.3. Informações sobre os produtos A informação sobre os produtos passa a ter um caráter prioritário para o atendimento de um sinistro envolvendo produtos perigosos. Nos eventos com produtos de alto risco ela deve satisfazer a um elenco de medidas que abrange desde a proteção ao transeunte (e curiosos) até os procedimentos de segurança para manter os vazamentos 17 Cargas Especiais e Perigosas Universidade Santa Cecília - Educação a Distância confinados e sob controle. Atualmente existem os seguintes níveis de informações que, em conjunto, atendem a totalidade das necessidades: Painel de segurança Rótulo de risco Ficha de emergência do produto Manual de Emergências – ABIQUIM (aconselhável). Acompanhe abaixo cada um dos níveis de informações: a) PAINEL DE SEGURANÇA Todos os veículos definidos na aula 2, no item Meios de Transporte, que estiverem carregando os produtos descritos nesse trabalho, deverão possuir um painel pintado na cor laranja, com números de identificação. Este painel possui 30 x 40 cm. Nº do Risco Nº da ONU, onde: Nº do Risco - Número formado por 2 ou 3 algarismos. Nº da ONU: Cada produto possui uma identificação numérica, internacional, composta de 4 algarismos de acordo com codificação adotada na ONU, conforme visto na Aula 1. A relação completa dos produtos cadastrados encontra-se no Livro de Emergências – ABIQUIM e normalmente, as empresas transportadoras e produtoras de itens desta natureza, também possuem seus respectivos Manuais de Operação e/ou Guias de Operações. Este painel deverá estar afixado nos para-choques dianteiros e traseiros do veículo transportador, no lado do motorista e nas laterais do caminhão. Figura 2 – Painel de Segurança Fonte: http://www.solucoesindustriais.com.br/empresa/seguranca/az-seg-equipamentos-de- seguranca/produtos/seguranca-e-protecao/placas-paineis-de-seguranca 18 Cargas Especiais e Perigosas Universidade Santa Cecília - Educação a Distância b) RÓTULOS DE RISCO Os rótulos de risco representam o risco na forma de símbolos, que facilitam a identificação do risco do produto. Obedecendo o seguinte código de cores: Vermelho: inflamável/combustível; Verde: gás não inflamável; Laranja: explosivo; Amarelo: oxidante; Azul: perigoso quando molhado; Branco: veneno/tóxico; e Preto-branco: Corrosivo. Deverão ser afixados em todos os veículos que estiverem carregando os produtos descritos, rótulos que consistem num losango com dimensões mínimas de 30 x 30 cm, afixados nos dois lados do veículo e na traseira, em local visível conforme, já visto na Aula: Figura 3 – Rótulo de Risco Fonte: http://vipartvisual.com.br/loja2/index.php?id_product=145&controller=product Os Rótulos de Risco têm prioridade sobre outros símbolos. Eles contêm figuras que identificam pictoricamente o perigo que cada produto representa, fazendo constar no ângulo inferior do losango a numeração da classe (ou subclasse) que pertence o produto, conforme tabela a ser apresentada nos próximos módulos. c) FICHA DE EMERGÊNCIA A ficha de emergência deverá constar, obrigatoriamente da documentação do veículo transportador de cargas perigosas, dento de um Envelope para Transporte. A ficha constitui-se num conjunto de informações sobre o produto para o case de manuseio, vazamentos, primeiros socorros, atendimento a sinistro, etc. 19 Cargas Especiais e Perigosas Universidade Santa Cecília - Educação a Distância Figura 4 – Ficha de Segurança ; Fonte: http://www.abtlp.org.br/index.php/policia-rodoviaria-estadual-realiza-mais-uma-blitz-em-suzano/ d) MANUAL DE EMERGÊNCIAS - ABIQUIM. Concebido pelo DOT, Department of Transport dos EUA e preparado e distribuído pela ABIQUIM, este Manual foi desenvolvido para ser usado pelo Corpo de Bombeiros, Polícia Rodoviária e Equipes de Resgate em sistemas de prevenção e atendimento de acidentes envolvendo cargas perigosas. É recomendável que todos os profissionais da área de segurança possuam um exemplar, que é fornecido gratuitamente pela ABIQUIM. Para melhor compreensão sobre os pré-requisitos ao transporte rodoviário de cargas perigosas leia reportagem da Polícia Rodoviária do Estado de São Paulo, disponível pelo Link: http://www.abtlp.org.br/index.php/policia-rodoviaria- estadual-realiza-mais-uma-blitz-em-suzano/. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE TRANSPORTE E LOGÍSTICA DE PRODUTOS PERIGOSOS. Disponível em: http://www.abtlp.org.br/ CHRISTOPHER, Martin. Logística e Gerenciamento da Cadeia de Suprimentos, São Paulo, Editora Cengage Learning, 2ª Edição 2009. 20 Cargas Especiais e Perigosas Universidade Santa Cecília - Educação a Distância CONSELHO REGIONAL DE QUÍMICA DA 4ª REGIÃO. Disponível em: http://www.crq4.org.br/ SOARES, Guido Fernando Silva Soares. Direito Internacional do Meio Ambiente, Emergência, Obrigações e Responsabilidades. São Paulo, Editora Atlas, 2011. SOLUÇÕES INDUSTRIAIS. Disponível em: http://www.solucoesindustriais.com.br VALENTE, Amir Mattar. Qualidade e Produtividade nos Transportes. São Paulo, CENGAGE Learning, 1ª Edição, 2008. VIP ART VISUAL. Disponível em: http://vipartvisual.com.br/ LEITURA COMPLEMENTAR 1 (recorte de artigo) Risco Químico Os riscos apresentados pelos produtos químicos dependem de sua reatividade. Não é possível estabelecer uma regra geral que garanta a segurança no manuseio de todas as substâncias químicas. É necessária uma avaliação, considerando não só as características físico-químicas, a reatividade e a toxicidade, como também as condições de manipulação, as possibilidades de exposição do trabalhador e as vias de penetração no organismo. Além disso, tem-se que considerar a disposição final do produto químico, sob a forma de resíduo, e os impactos que pode causar no meio ambiente. Riscos de natureza físico-química Os produtos químicos podem reagir de forma violenta com outra substância química, inclusive com o oxigênio do ar ou com a água, produzindo fenômenos físicos tais como calor, combustão ou explosão, ou então produzindo uma substância tóxica. Na avaliação dos riscos devidos à natureza física, devemos considerar os parâmetros de difusão (pressão saturada de vapor e densidade de vapor) e os parâmetros de inflamabilidade (limites de explosividade, ponto de fulgor e ponto de auto-ignição). As reações químicas perigosas tanto podem ocorrer de forma exotérmica quanto podem provocar a liberação de produtos perigosos, fenômenos que muitas vezes ocorrem simultaneamente. Para prevenir os riscos devido à natureza química dos produtos, devemos conhecer a lista de substâncias químicas incompatíveis de uso corrente em laboratórios a fim de observar cuidados na estocagem, manipulação e descarte. 21 Cargas Especiais e Perigosas Universidade Santa Cecília - Educação a Distância Exemplos de substâncias químicas incompatíveis Substância Incompatibilidade Reação Ácidos minerais fortes Bases fortes Cianetos Hipoclorito de sódio Neutralização exotérmica Liberação de gás cianídrico Liberação de cloro Ácido nítrico Matéria orgânica Oxidação violenta Oxidação violenta Matéria orgânica Metais Oxidação Decomposição Riscos tóxicos A toxicidade é a capacidade inerente de uma substância em produzir efeitos nocivos num organismo vivo ou ecossistema. O risco tóxico é a probabilidade que o efeito nocivo, ou efeito tóxico, ocorra em função das condições de utilização da substância. O risco tóxico associado a uma substância química depende de algumas variáveis: propriedades físico-químicas, vias de penetração no organismo, dose, alvos biológicos, capacidade metabólica de eliminação e efeitos sinergísticos com outros agressoresde natureza diversa (física, química ou psíquica). Não há uma classificação única dos riscos tóxicos que contemple e esgote todos os produtos químicos. Podemos classificá-los, em função do alvo, como produtos de toxicidade específica ou não específica: relativa ao nível do alvo molecular (por exemplo, uma ligação reversível ou não com uma molécula de ADN) ou relativa à grande reatividade, deteriorando indistintamente as estruturas vivas com as quais entre em contato (por exemplo, os corrosivos). Também podem ser classificados, em função do mecanismo de ação, como tóxicos diretos ou indiretos. No primeiro grupo estão aquelas substâncias que agem sobre os alvos biológicos sem ativação metabólica, como os corrosivos ou os agentes alquilantes. E, no segundo, os compostos que afetam as estruturas ou as funções celulares somente após a ativação metabólica pelos sistemas enzimático ou hospedeiro. Algumas substâncias podem ser agrupadas pela sua natureza, como os solventes orgânicos, que devido às suas características físico-químicas, facilidade de difusão, baixo ponto de fulgor, etc., são facilmente penetráveis no organismo pela via respiratória. Ou então os metais, como o cromo hexavalente, comprovadamente cancerígeno, e o mercúrio, neurotóxico importante. 22 Cargas Especiais e Perigosas Universidade Santa Cecília - Educação a Distância A classificação também pode ser feita pelo efeito nocivo que o produto acarreta no organismo: anestésico, irritante, asfixiante, mutagênico, teratogênico etc. Sinalização de segurança No Brasil, a simbologia de risco está normatizada pela ABNT, NBR 7.500, e é a mesma adotada pela ONU em convenção internacional da qual o país é signatário. Cuidados na utilização de produtos químicos A primeira regra é básica para qualquer trabalho em laboratório: nunca comer, beber, fumar ou aplicar cosméticos durante a manipulação de substâncias químicas. Nunca se deve pipetá-las substâncias químicas com a boca, nem tentar identificá-las através do olfato. Ao se trabalhar pela primeira vez com uma substância, devemos nos familiarizar com as suas características através de leitura da literatura a respeito. Para tanto, devemos exigir do fornecedor a ficha de segurança do produto contendo dados sobre: identificação do produto e da empresa fornecedora ou fabricante; identificação de danos à saúde e ao ambiente; medidas de primeiros socorros; medidas de combate a incêndios; medidas a serem tomadas em caso de derramamento acidental ou vazamento; manuseio e armazenagem; propriedades físico-químicas; informações toxicológicas; informações ambientais; etc. Esta exigência encontra respaldo legal no Código de Defesa do Consumidor, que assegura no seu artigo sexto os direitos básicos do consumidor, dentre eles a proteção da vida, saúde e segurança contra os riscos provocados por práticas no fornecimento de produtos considerados perigosos ou nocivos, e a informação adequada e clara sobre os diferentes produtos com especificação correta de quantidade, características, composição e qualidade, bem como sobre os riscos que apresentem. Determina, no artigo oitavo, que os produtos colocados no mercado de consumo não acarretarão riscos à saúde ou segurança dos consumidores, exceto os considerados normais e previsíveis em decorrência de sua natureza e fruição, obrigando-se os fornecedores, em qualquer hipótese, a dar informações necessárias e adequadas a seu respeito, e o fabricante a prestar as informações que devam acompanhar o produto. Os locais de armazenagem devem ser adequadamente ventilados. Todas as substâncias devem ser rotuladas, inclusive os resíduos segregados para descarte apropriado. As substâncias 23 Cargas Especiais e Perigosas Universidade Santa Cecília - Educação a Distância incompatíveis não devem ser armazenadas juntas. Os produtos muito tóxicos devem ser guardados em armários fechados ou em locais que sejam de acesso restrito. Para prevenir reações entre produtos químicos, devemos observar para que não ocorram misturas entre substâncias incompatíveis na lavagem de vidrarias ou durante a segregação de resíduos para descarte. Gerenciamento de resíduos químicos Um dos grandes problemas ambientais no mundo do hoje é o lançamento ao meio ambiente de produtos químicos perigosos de forma inadequada. No Brasil, a Constituição estabelece responsabilidades às três esferas de governo: municipal, estadual e federal. Um dos órgãos nacionais com competência para regular o assunto é o Conselho Nacional de Meio Ambiente - CONAMA, que em 1993, através da Resolução 05/93, definiu procedimentos mínimos para o gerenciamento de resíduos sólidos dos serviços de saúde, dividindo-os em quatro grandes grupos: Grupo A - resíduos biológicos; Grupo B - resíduos que apresentam risco potencial à saúde pública e ao meio ambiente devido às suas características químicas, aí se incluindo as drogas quimioterápicas e os produtos por elas contaminados; os resíduos farmacêuticos (medicamentos vencidos, contaminados, interditados ou não utilizados); e demais produtos considerados perigosos de acordo com a NBR 10.004. Grupo C - rejeitos radioativos; e Grupo D - resíduos comuns. A NBR 10.004 classifica como perigosos os resíduos químicos que pelas suas características de inflamabilidade, reatividade, corrosividade ou toxicidade podem apresentar risco à saúde pública, provocando ou contribuindo para um aumento de mortalidade ou incidência de doenças e/ou efeitos adversos ao meio ambiente, quando manuseados ou dispostos de forma perigosa. Assim, todo o estabelecimento de saúde, deve estabelecer um sistema de gerenciamento de resíduos para, entre outros, submeter os resíduos do tipo B da instrução do CONAMA a tratamento e disposição final específicos, segundo exigências do órgão ambiental competente. Um sistema de gerenciamento de resíduos deve abordar, no mínimo, os seguintes itens: Identificação dos resíduos produzidos e seus efeitos na saúde e no ambiente; Levantamento sobre o sistema e disposição final para os resíduos; 24 Cargas Especiais e Perigosas Universidade Santa Cecília - Educação a Distância Estabelecimento de uma classificação dos resíduos segundo uma tipologia clara, que seja conhecida por todos; Estabelecimento de normas e responsabilidades na gestão e eliminação dos resíduos; Estudo de formas de redução dos resíduos produzidos; Utilização, de forma efetiva, dos meios de tratamento disponíveis. Fonte do artigo: http://www.produtosperigosos.com.br/materias.php?cd_secao=63&codant=&friurl=_-Informacoes- de-Produtos-Perigosos-_. 25 Cargas Especiais e Perigosas Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 4. TRANSPORTE DE CARGAS PERIGOSAS: LEGISLAÇÃO Objetivo Estudar a legislação brasileira, leis e normas, para o transporte de cargas especiais e perigosas. Introdução A legislação brasileira é ampla em relação ao transporte de produtos perigosos e se aplica também aos resíduos no caso de estarem classificados como perigosos para transporte. Esta mesma legislação, já comentada na Aula 2, proíbe uma série de procedimentos tais como: Conduzir pessoas em veículos transportando produtos perigosos além dos auxiliares. Transportar, simultaneamente, no mesmo veículo ou equipamento de transporte, diferentes produtos perigosos, salvo se houver compatibilidade. Transportar produtos perigosos juntamente com alimentos, medicamentos ou quaisquer objetos destinados a uso ou consumo humano ou animal ou, ainda, com embalagens de mercadorias destinadas a alimentos, medicamentos ou para consumo humano ou animal. Transportar alimentos, medicamentos ou quaisquer objetos destinados ao uso ou consumo humano ou animal em embalagens já utilizadas para produtos perigosos. Transportar, simultaneamente,animais e produtos perigosos em veículos ou equipamentos de transporte. 4.1. Meio Ambiente e o Transporte terrestre de Cargas Perigosas Para realizar a expedição e o transporte de produtos perigosos no Brasil algumas regras devem ser cumpridas. A empresa que produz e expede produtos químicos perigosos e a que transporta DEVE, a cada embarque, verificar se o motorista possui o treinamento de Especialização no Transporte de Produtos Perigosos, se o veículo e carga estão devidamente identificados e se há no veículo, os equipamentos para emergência e proteção individual. 26 Cargas Especiais e Perigosas Universidade Santa Cecília - Educação a Distância No que se refere à legislação ambiental, existem algumas exigências de acordo com cada estado brasileiro ou município, a serem cumpridas. Assim, deve-se especial atenção as licenças ambientais, pois em alguns estados e municípios, como no município de São Paulo, há licenças estabelecidas por legislações ambientais, as quais afetam diretamente o transporte de produtos perigosos. Algumas licenças são anuais, outras semestrais, algumas são gratuitas, outras exigem o pagamento de taxas, algumas dependem de cadastro de veículos outras de produtos e outras ainda, do cadastro de veículo e produto. Além da Agência Nacional de Transporte Terrestre (ANTT), órgãos municipais estão aptos a emitir as licenças de Transporte de Produtos Perigosos como a Secretaria do Verde e do Meio Ambiente. Exemplo disso, no município de São Paulo, para obter a Licença Especial de Transporte de Produtos Perigosos (LETPP), é necessário elaborar e submeter à aprovação da Secretaria do Verde e Meio Ambiente, um Plano de Emergência e possuir equipe de atendimento emergencial própria ou terceirizada. Uma vez aprovado o Plano de Emergência, é necessário solicitar a emissão da LETPP pelo Departamento do Sistema Viários de São Paulo (DSV), A falta da Licença impõe ao embarcador e ao transportador, multas significativas para as empresas. O Transporte de Produtos Perigosos está diretamente ligado aos impactos ao meio ambiente, principalmente quando ocorrem vazamentos em áreas protegidas, rios ou mesmo no mar, por isso que o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis (IBAMA) também apresenta papel fundamental na liberação de licenças para o Transporte de Produtos Perigosos, mas a empresa que busca tais licenças deve estar bem-informada para não confundir os órgãos e esquecer alguma autorização. No âmbito federal, o IBAMA estabeleceu a Autorização para o Transporte Interestadual de Produtos Perigosos, a qual não deve ser confundida com as Licenças Ambientais exigidas para empresas que realizam atividades potencialmente poluidoras. No que se refere à segurança das estradas e rodovias do Brasil, vale lembrar que transportar produtos químicos já é uma situação de risco ainda mais se a estrada ou mesmo o veículo não estão em boas condições. 27 Cargas Especiais e Perigosas Universidade Santa Cecília - Educação a Distância A qualidade do trajeto pode ser definida de acordo com o Estado e os investimentos que o mesmo faz em suas rodovias, mas onde há melhores condições das rodovias e estradas também há valores maiores na cobrança de pedágios. Nos estados mais desenvolvidos e onde houve programa de concessões de rodovias, existem melhores condições de conservação e segurança, porém há a cobrança de valores altos para os pedágios. Infelizmente, nas rodovias e estradas que com pouca ou até sem pavimentação, a situação é inversa. Os estados não investem o necessário e é comum encontrar pavimentos danificados, rodovias sem acostamento, sem sinalização vertical e horizontal, tais como pontes e viadutos, sem condições de segurança e sem serviço de auxílio ao usuário. Independente do órgão que fiscaliza o transporte de produtos perigosos no país, cabe à empresa ter consciência do cumprimento das regras, visto que não é possível simplesmente deixar de transportar tais produtos, que apesar de serem químicos são de uso essencial em hospitais, postos de gasolina, indústrias e até residências. O que se espera das empresas que expedem e transportam produtos perigosos é que a mesma cumpra as exigências dos órgãos reguladores e fiscalizadores, e do governo que ofereça condições de rodovias transitáveis para que os motoristas realizem o trabalho de transporte da melhor forma possível e com segurança para pessoas e meio ambiente. Legislação Federal Leis, decretos-lei e decretos no âmbito federal Deliberações do Conselho Nacional de Trânsito – CONTRAN Instruções normativas do IBAMA e Resoluções do CONAMA Normas brasileiras aplicáveis ao transporte rodoviário de produtos perigosos (aplicação obrigatória) – ABNT Normas regulamentadoras do trabalho – NR Portarias do Departamento Nacional de Trânsito – DENATRAN Portaria do Ministério do Trabalho e Emprego – MTE Portaria Interministerial Regulamentos Técnicos da Qualidade – RTQ’s emitidos pelo INMETRO (inspeção obrigatória na fabricação e periódica de equipamentos aplicados no transporte de produtos perigosos) Regulamentos Técnicos Metrológicos – RTM’s emitidos pelo INMETRO 28 Cargas Especiais e Perigosas Universidade Santa Cecília - Educação a Distância Regulamentos de Avaliação da Conformidade – RAC’s emitidos pelo INMETRO Resolução da Agência Nacional de Transportes Aquaviários – ANTAQ Resolução da Comissão Nacional de Energia Nuclear – CNEN Resoluções da Agência Nacional de Transportes Terrestres – ANTT Resoluções da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis – ANP Resoluções do Conselho Nacional de Trânsito – CONTRAN MERCOSUL Portaria nº 22, de 19/01/01 (PP) Aprova as Instruções para a Fiscalização do Transporte Rodoviário de Produtos Perigosos no MERCOSUL Decreto nº 2866, de 07/12/98 (PP) Estabelece Protocolo Adicional ao Acordo de Alcance Parcial para Facilitação do Transporte de Produtos Perigosos no MERCOSUL Decreto nº 1797, de 25/01/96 (PP) Execução do Acordo de Alcance Parcial para Facilitação do Transporte de Produtos Perigosos entre os Paises Membros do MERCOSUL Decreto nº 1563, de 19/06/95 (G) Facilitação do Transporte Multimodal entre os Paises do MERCOSUL Internacional Convenção OIT – 174 (PP) Prevenção de Acidentes Industriais Maiores. Internalizada pelo DECRETO Nº 4085, de 15/01/02 Convenção OIT - 170 (PP) Produtos Químicos. Internalizada pelo DECRETO Nº 2657, de 03/07/98 Convenção da Basiléia (PP) Controle de movimentos transfronteiriços de resíduos perigosos e seu depósito. Internalizada pela RESOLUÇÃO CONAMA Nº 23, de 12/12/96 SIGLAS ADOTADAS NAS REFERÊNCIAS G: Legislação ou Norma aplicada no Transporte em Geral IBC: Recipiente Intermediário para Granel PP: Legislação ou Norma aplicada especificamente no Transporte de Produtos Perigosos RAC: Regulamento de Avaliação da Conformidade RTQ: Regulamento Técnico da Qualidade. 29 Cargas Especiais e Perigosas Universidade Santa Cecília - Educação a Distância CHRISTOPHER, Martin. Logística e Gerenciamento da Cadeia de Suprimentos, São Paulo, Editora Cengage Learning, 2ª Edição 2009. CONSELHO REGIONAL DE QUÍMICA DA 4ª REGIÃO. Disponível em: http://www.crq4.org.br/quimicaviva_produtos_perigosos PORTAL DE PRODUTOS PERIGOSOS. Disponível em: http://www.produtosperigosos.com.br/home.php SOARES, Guido Fernando Silva Soares. Direito Internacional do Meio Ambiente, Emergência, Obrigações e Responsabilidades. São Paulo, Editora Atlas, 2011. VALENTE, Amir Mattar. Qualidade e Produtividade nos Transportes. São Paulo, CENGAGE Learning, 1ª Edição, 2008. 30 Cargas Especiais e Perigosas Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 5. TRANSPORTE DE CARGAS PERIGOSAS VIA MARITIMA ObjetivoEste módulo levará ao entendimento das características principais para a realização do transporte de cargas perigosas via marítima. Introdução Nesta aula você conhecerá a origem, evolução, as variáveis existentes dentro deste processo que é de fundamental importância para o direcionamento de sua ação no que tange ao transporte via marítima. O Transporte de Cargas Perigosas via Marítima possui uma série de peculiaridades, as quais definirão de uma forma geral e com definições especificar por item. 5.1. Definições Gerais Cargas Perigosas - são cargas que, em virtude de serem explosivos, gases comprimidos ou liquefeitos, inflamáveis, oxidantes, venenosas, infectantes, radioativas, corrosivas ou substâncias contaminantes, possam apresentar riscos à tripulação, ao navio, às instalações portuárias ou ao ambiente aquático. Essas mercadorias, de acordo com a sua natureza, poderão ser transportadas embaladas ou a granel. As mercadorias perigosas aqui definidas, encontram-se relacionadas nos códigos e convenções internacionais publicados pela IMO. Cargas Especiais – a carga unitária representada por uma única peça estrutural ou conjunto de peças fixadas por rebitagem, solda ou qualquer outro processo, para o fim de ser utilizada diretamente, como peça acabada ou parte integrante de conjuntos de montagem, máquinas ou equipamentos e que pela sua complexidade, somente possa ser montada em instalações apropriadas. (GUIA TRC, 2009). Cargas Sólidas Perigosas a Granel - são aquelas que possuem riscos de natureza química, compreendidas no apêndice B do Código de Práticas de Segurança Relativas às Cargas Sólidas a Granel (BC Code em inglês ou CCGr em espanhol) da IMO. 31 Cargas Especiais e Perigosas Universidade Santa Cecília - Educação a Distância Contentores Intermediários para Granéis (Intermediate Bulk Container - (IBC) - são embalagens portáteis rígidas, semirrígidas ou flexíveis que não se enquadram nas especificações sobre embalagens listadas na alínea d) e que têm capacidade igual ou inferior a 3m3 (3000 litros). São projetadas para serem manuseadas mecanicamente e resistirem aos esforços provocados pelo manuseio e pelo transporte, requisito este comprovado por meio de ensaios específicos (homologação). Embalagens - são invólucros ou recipientes destinados a conter mercadorias perigosas, tratadas pelo anexo I do IMDG Code. Explosão Maciça - é aquela que afeta quase toda a carga instantaneamente; Navio Petroleiro - navio construído e adaptado principalmente para o transporte de óleo a granel nos seus compartimentos de carga ou navio tanque químico, quando estiver transportando uma carga total ou parcial de óleo a granel. Navio Tanque Químico - navio construído ou adaptado principalmente para transportar substâncias nocivas líquidas a granel ou navio tanque quando estiver transportando uma carga total ou parcial de substâncias nocivas a granel. Número ONU (UN) - número atribuído pelo Comitê de Peritos em Transportes de Mercadorias Perigosas das Nações Unidas a cada produto ou substância, visando sua identificação. Unidade de Carga - agrupamento de embalagens formando um bloco único. Por exemplo: uma certa quantidade de caixas de papelão paletizadas e amarradas por cintas. 5.2. Normas e Requisitos para o Transporte de Cargas Perigosas por Via Marítima 5.2.1. Mercadorias Embaladas O transporte, embalagem, segregação, marcação, etiquetagem e rotulação de mercadorias perigosas embaladas são regidos pelo Código IMDG da IMO. 32 Cargas Especiais e Perigosas Universidade Santa Cecília - Educação a Distância a) Homologação das Embalagens As embalagens nacionais deverão estar homologadas pela DPC – Diretoria de Portos e Costas da Marinha do Brasil, que expedirá o competente certificado de homologação. Nesse certificado constará a marcação "UN" a ser feita nas embalagens. Uma cópia desse certificado deverá acompanhar cada carregamento, visando compor a documentação da carga. Quando a embalagem for procedente de outros países, deverá possuir a respectiva marcação "UN" de homologação pelo país de origem. b) Declaração de Mercadorias Perigosas O expedidor de mercadoria perigosa deverá apresentar declaração de mercadorias perigosas de acordo com o modelo específico, que deverá acompanhar o manifesto de carga, sendo ele o responsável pela compatibilidade do produto envasado à embalagem homologada. Quando a carga for transportada em contentor ou em veículos, o responsável por sua arrumação também deverá assinar a declaração constante no campo apropriado de modelo específico. c) Notificação Antecipada As embarcações que transportam mercadorias perigosas embaladas deverão informar antecipadamente a existência desse tipo de carga, a Capitania dos Portos/Delegacia/Agência (CP/DL/AG) de jurisdição do porto, mediante notificação. Esta notificação deverá dar entrada no referido órgão com antecedência mínima de 24 horas da entrada ou saída do porto. d) Concessão de Licença para o Transporte de Mercadorias Perigosas Essa licença é aplicável às embarcações classificadas para o transporte de carga geral e ou passageiros de bandeira brasileira. O comandante da embarcação deverá apresentar a solicitação de licença para o transporte através de um termo de responsabilidade, onde declara que todos os requisitos de embalagem, documentação, marcação, etiquetagem, amarração e segregação referentes às mercadorias perigosas transportadas encontram-se cumpridos. A licença será o próprio termo de responsabilidade depois de emitido pela Capitania dos Portos/Delegacia/Agência (CP/DL/AG). Essa concessão será válida para todos os portos subsequentes, desde que não haja embarque de outras mercadorias 33 Cargas Especiais e Perigosas Universidade Santa Cecília - Educação a Distância perigosas. Caso a CP decida realizar a inspeção naval, serão verificados os seguintes itens, descritos no Quadro1: Quadro 1 – Itens para Verificação na Inspeção Naval Documentação completa e devidamente preenchida; Arrumação e fixação da carga; Marcação, etiquetagem e rotulagem de acordo com cada mercadoria perigosa transportada; Correta segregação; Amarração; Correta sinalização dos locais onde estiverem armazenadas as cargas perigosas; Disponibilidade de instruções sobre procedimentos de emergência para o caso de acidentes (para cada classe/tipo de mercadoria perigosa a bordo). a) Relação de Mercadorias Perigosas (Manifesto de Carga) Deverá ser fornecido à CP/DL/AG por ocasião do despacho da embarcação, uma relação de todas as mercadorias perigosas a bordo com as quantidades, tipo de embalagem, número "UN", classe e localização. Um plano de estiva detalhado, que identifique por classe e indique a localização de todas as mercadorias perigosas a bordo, também será demandado. 5.2.2. Substâncias a Granel: Sólidas, Líquidas e Gases Liquefeitos Será exigido que toda embarcação que transporte cargas perigosas a granel mantenha a bordo o competente certificado de conformidade de acordo com o respectivo código, emitido por organização reconhecida pelo governo brasileiro, que ateste que a embarcação se encontra apta para carregar os produtos os quais se propõe a transportar. Eventuais abrandamentos ou isenções poderão ser autorizados, a critério da DPC – Diretoria de Portos e Costas da Marinha do Brasil, mediante consulta prévia. 34 Cargas Especiais e Perigosas Universidade Santa Cecília - Educação a Distância b) Requisitos Operacionais para Embalar Cargas Perigosas I. Acesso à Embarcação: O acesso à embarcação deverá estar desimpedido, seja na situação de fundeio ou de atracação. II. Facilidade para Reboque: Toda embarcação com carga perigosa a bordo, que se encontre atracada ou fundeada, deverá dispor de cabos de reboque de dimensõesadequadas na proa e na popa, prontos para uso imediato. Deverá também tomar providências para que haja facilidades para soltar as espias rapidamente, sem auxílio do pessoal de terra. III. Sinalização: Toda embarcação que esteja efetuando operações de carga ou descarga de produtos inflamáveis ou explosivos deverá exibir durante a noite, uma luz circular encarnada com alcance de no mínimo 3 milhas para embarcações com AB, arqueação bruta, maior que 50 e 2 milhas para embarcações com AB menor ou igual a 50, e durante o dia, as bandeiras BRAVO e advertência no caso de incêndio a bordo que são os códigos internacional de sinais referente a cargas perigosas. Figura 1 – Bandeira Bravo “Significado: Carrego, descarrego ou transporto carga perigosa”. Fonte: http://www.jgarraio.pt/ I. Condições Meteorológicas Adversas: Não será permitida a movimentação de mercadorias perigosas quando as condições meteorológicas implicarem em aumento dos riscos às respectivas mercadorias, ou à integridade das embalagens, salvo mediante prévia autorização das CP/DL/AG. II. Tripulação: Em cada embarcação que efetue o transporte de cargas perigosas deverá haver tripulação habilitada para efetuar o correto manuseio dessa carga e também atuar nas situações de emergência. A tripulação deverá dispor de equipamentos de proteção individual (EPI) adequados para lidar com vazamentos e incêndios nas cargas perigosas transportadas. 35 Cargas Especiais e Perigosas Universidade Santa Cecília - Educação a Distância c) Requisitos Operacionais para Embalar Cargas Perigosas 1. Acondicionamento As embalagens ou unidades de carga para o acondicionamento de mercadorias perigosas deverão estar com sua integridade garantida, sem sinais de violação do fechamento ou lacre. As embalagens apresentando sinais de vazamento deverão ser rejeitadas. Os arranjos de embalagens ou unidades de carga deverão ser feitos de maneira a preservar a integridade e segurança da carga e do pessoal que trabalhe ou transite nas imediações. A altura de empilhamento de embalagens não deverá ser superior a 3 m, salvo no caso de serem empregados dispositivos que permitam alcançar uma altura superior, sem sobrecarregar as embalagens e que evitem o comprometimento da segurança. A arrumação das embalagens deverá ser feita de modo a permitir que uma face marcada e rotulada fique à vista para facilitar a identificação. O fechamento das embalagens contendo substâncias umedecidas ou diluídas deve ser tal que, não haja vapor e ou vazamento. As embalagens deverão atender os requisitos descritos no IMDG Code, quanto aos tipos e limites, assim como serem compatíveis com o produto embalado. 2. Grupo de Embalagem As mercadorias perigosas, exceto das classes 1, 2, 6.2 e 7 são divididas em três grupos de acordo com a periculosidade do produto envasado: Grupo I: Mercadorias que representam alta periculosidade; Grupo II: Mercadorias que representam média periculosidade; e Grupo III: Mercadorias que representam baixa periculosidade. Isto influencia em todas as disposições relativas à construção e à prova de idoneidade dos diferentes tipos de embalagem/envasamento normalizados e os invólucros que poderão ser aceitos para o transporte. 36 Cargas Especiais e Perigosas Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 3. Homologação para o Transporte de Mercadorias Perigosas As embalagens, contentores intermediários e tanques deverão estar homologados pela Autoridade Marítima do país de origem, caso a carga proceda do exterior. As embalagens brasileiras deverão estar homologadas pela DPC. A CP/DL/AG deverá possuir a relação dos materiais, equipamentos e serviços homologados pela DPC, onde constam todas as embalagens homologadas com os seus respectivos certificados de homologação e a data de validade de cada um. O armador deverá apresentar uma cópia do certificado de homologação da DPC relativo à embalagem ou unidade de transporte, dentro da validade. 4. Marcação das Embalagens As embalagens contendo mercadorias perigosas deverão estar marcadas de modo duradouro, o qual permaneça por no mínimo 3 meses quando imerso em água. Deverão estar com o nome técnico correto (não serão aceitos apenas nomes comerciais), número "UN" correspondente e os caracteres que retratem a homologação da embalagem de acordo com o IMDG. Figura 2 - Exemplo de marcação adotada no Brasil "Trata-se de um tambor de papelão (1G) destinado ao transporte de mercadorias perigosas dos grupos de embalagem II e III (Y), testada com massa bruta de 145 kg (145), destinada a conter sólidos (S) e fabricada em 1996 (96). Homologada no Brasil (BR), fabricada pela VAN LEER (VL) e foi homologada pela DPC, possuindo o Certificado de Homologação nº 038/95 (DPC - 038/95)". A marcação deverá ser feita em pelo menos duas faces ou lados das embalagens ou unidades de carga. 5. Rotulagem A rotulagem deverá ser executada em conformidade com os símbolos padronizados pelas Nações Unidas, de acordo com o IMDG. Seção 8 da introdução geral, destas normas. 37 Cargas Especiais e Perigosas Universidade Santa Cecília - Educação a Distância No caso de emprego de placas (reaproveitáveis) para a identificação de mercadorias perigosas em unidades de carga ou transporte, estas deverão ter a outra face em branco. 6. Sinalização Os locais de armazenamento de mercadorias perigosas inflamáveis deverão estar sinalizados com cartazes determinando a proibição do fumo, informando os cuidados especiais de manuseio da carga e de proteção humana. 7. Ficha de Emergência A ficha de emergência deverá conter o símbolo da classe do produto, o nome técnico correto, o número "UN" e informações sobre as providências a serem tomadas nos casos de vazamento, incêndio e contato do produto com pessoas. 8. Segregação As diversas classes e subclasses de mercadorias perigosas incompatíveis entre si deverão estar devidamente afastadas uma das outras. Tal medida visa evitar a interação dos conteúdos no caso de vazamento em acidente que, reagindo entre si, poderiam causar um dano ainda maior. 38 Cargas Especiais e Perigosas Universidade Santa Cecília - Educação a Distância CHRISTOPHER, Martin. Logística e Gerenciamento da Cadeia de Suprimentos, São Paulo, Editora Cengage Learning, 2ª Edição 2009. CONSELHO REGIONAL DE QUÍMICA DA 4ª REGIÃO. Disponível em: http://www.crq4.org.br/quimicaviva_produtos_perigosos GUIA TRC, Guia do Transportador Rodoviário de Carga. Disponível em: . PORTAL DE PRODUTOS PERIGOSOS. Disponível em: http://www.produtosperigosos.com.br/home.php SOARES, Guido Fernando Silva Soares. Direito Internacional do Meio Ambiente, Emergência, Obrigações e Responsabilidades. São Paulo, Editora Atlas, 2011. VALENTE, Amir Mattar. Qualidade e Produtividade nos Transportes. São Paulo, CENGAGE Learning, 1ª Edição, 2008. 39 Cargas Especiais e Perigosas Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 6. TRANSPORTE DE CARGAS PERIGOSAS VIA AÉREA Objetivo Entender as características principais para a realização do transporte de cargas perigosas via aérea. Introdução Orientações Gerais para o Transporte de Carga Perigosa pelo Modal Aéreo. Já sabemos que as cargas perigosas são definidas como artigos ou substâncias com capacidade de transmitir risco à saúde, à segurança e/ou ao meio ambiente, no modal aéreo elas são conhecidas como Dangerous Goods. O Cliente deverá preencher um documento chamado SHIPPER DECLARATION para o transporte de artigos perigosos, informando sempre, um telefone de emergência para contato que esteja disponível 24 horas/dia, conforme norma JJ03 publicada no manual da IATA. Cadaproduto e/ou substância oferecidos para transporte deverão ser declarados pela sua denominação (Proper Shipper Name), informando, detalhadamente, todos os dados pertinentes à carga (nome do produto, classe, embalagem, quantidade, principalmente o nº. da UN). Este preenchimento deverá estar de acordo com os regulamentos da IATA. Enquanto a ONU, Organização das Nações Unidas regulamenta e padroniza as mercadorias perigosas em todos os modais na forma de seu transporte; a IATA, Internacional Air Transportation Association (Associação do Transporte Aéreo Internacional) é a entidade internacional responsável pela edição dos Manuais do transporte aéreo, anualmente; assim todos os responsáveis devem cumprir as regras estabelecidas pela IATA, e pela ICAO. Por fim, tem-se que carga perigosa pode ser transportada apenas por operadores de transporte aéreo autorizados pela ANAC. 40 Cargas Especiais e Perigosas Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 6.1. Check List para Incidentes com Produtos Perigosos no Modal Aéreo – ANTES E APÓS A DECOLAGEM a) Seguir o procedimento apropriado para remoção de fogo ou fumaça; b) Acionar os avisos de "Não Fumar"; c) Considerar um possível pouso; d) Minimizar a utilização do sistema elétrico desnecessário; e) Identificar origem da fumaça / fogo / vapor; f) Incidentes com produtos perigosos na cabine de passageiros verificar check list apropriado; g) Determinar os procedimentos de emergência conforme código do manual da ICAO; h) Utilizar a tabela do manual da ICAO que orienta a ação correspondente ao tipo de produto; e i) Havendo tempo, notificar ATC pelo menos do número UN de um dos produtos transportados. 6.2. Check List para Incidentes com Produtos Perigosos no Modal Aéreo – APÓS O POUSO a) Desembarcar passageiros e tripulantes antes da abertura de qualquer compartimento de carga: Ainda que não seja necessário para completar uma saída de emergência após o pouso, passageiros e tripulantes deverão desembarcar antes da abertura do compartimento de carga e antes de qualquer ação para eliminação da substancia perigosa. A porta do compartimento de carga deverá ser aberta com os sistemas de emergência ativados. b) Informar o pessoal de serviço de emergência da natureza do item e onde está colocado: Após desembarque informar às autoridades competentes o local onde a substância está acondicionada. Passar através de meios de disponibilizar rapidamente todas as informações a respeito do item, incluindo, quando possível, cópia do NOTOC - Notification to Captain. c) Efetuar os registros apropriados no diário de manutenção da aeronave: Qualquer informação deverá ser feita no diário de registro de manutenção da aeronave, disponível fora da aeronave, para garantir que qualquer vazamento ou respingo de produtos perigosos não tenha danificado estrutura ou sistemas 41 Cargas Especiais e Perigosas Universidade Santa Cecília - Educação a Distância da aeronave, e que alguns equipamentos (ex: extintor de incêndio) podem necessitar de abastecimento ou substituição. d) Lista de Verificação para Produtos Perigosos - Ações: primeiro, avisar ao Piloto e depois, identificar o Item. 6.3. Possíveis Carregamentos de Mercadorias Perigosas: Amostras para diagnóstico: Substâncias infecciosas de toda ordem; Amostras para ensaios: Produtos perigosos de toda ordem; Aparelhos elétricos: Cadeiras de roda, cortadores de grama, carrinhos de golf etc., podem conter baterias; Aparelhos dentais: Produtos químicos tais como resinas ou solventes; Aparelhos respiratórios: Garrafas de oxigênio ou ar comprimido; Brinquedos: Material inflamável; Caixas de ferramentas: Explosivos (rebites mecânicos), gases comprimidos ou aerossóis, gases inflamáveis (garrafas de butano), tintas ou adesivos inflamáveis, líquidos corrosivos; Embriões congelados: Nitrogênio líquido; Equipamento de Camping: Gás inflamável, líquido inflamável, fósforos etc; Equipamento de laboratório: Produtos perigosos de toda ordem; Equipamento de mergulho: Lâmpadas de alta intensidade podem gerar um calor muito forte quando operadas na atmosfera, sendo necessário desconectar pilha ou lâmpada quando transportada; Equipamento de mineração/perfuração: Explosivos e produtos perigosos de toda ordem; Equipamento elétrico: Materiais magnetizados ou mercúrio em interruptores e lâmpadas eletrônicas; Equipamento para expedições: Explosivos (bengalas), líquidos inflamáveis (gasolina), gases inflamáveis (camping gás), e outras mercadorias; Equipamentos de conserto/reparos: Adesivos, tintas à base de celulose, peróxidos orgânicos, solventes etc.; Equipamentos de corrida de automóveis: aerossóis inflamáveis, nitrometano, aditivos de combustível ou baterias úmidas; 42 Cargas Especiais e Perigosas Universidade Santa Cecília - Educação a Distância Equipamentos de passageiros: líquidos inflamáveis para uso doméstico, substâncias limpantes corrosivas para fornos ou limpeza a seco, recargas líquidas ou de gás inflamável para isqueiros ou garrafas de gás para estufas ou cozinhas de acampamento, fósforos, alvejantes em pó, aerossóis etc.; Equipamento de cenografia, filmes /efeitos especiais: Substâncias inflamáveis e produtos perigosos de toda ordem; Frutas e verduras congeladas: Gelo seco (anidrido carbônico); Garrafas de gás: Gás comprimido; Geladeiras: Gases ou líquidos perigosos; Instrumentos: Barômetros, manômetros, interruptores de mercúrio, termômetros, aparelhos em geral que contenham, mercúrio; Peças de reposição: Para automóveis, motores e motocicletas – baterias; Produtos farmacêuticos: Produtos químicos perigosos, inclusos individualmente na relação pelo seu nome, e associados a entradas não especificadas em outra arte; Produtos químicos: Geralmente são perigosos; Produtos químicos piscina: Produtos perigosos de toda ordem; Sêmen de touro: Utilização de gelo seco ou gás líquido ou refrigerado; Suprimento fotográfico: Produtos químicos perigosos; Suprimento médico: Produtos químicos perigosos; Utensílios domésticos: Tintas, aerossóis, alvejantes em pó etc.; Vacinas: Gelo seco como conservante Se houver suspeita, por qualquer razão, deverá ser questionado passageiro a respeito de um conteúdo em particular dentro da bagagem. Um passageiro pode insistir em colocar produtos perigosos como bagagem de mão ou despachada em razão da viagem. Em nenhuma circunstância um produto perigoso poderá ser aceito como bagagem; porém, poderá ser transportado como carga, desde que cumpra com os requisitos da regulamentação IATA. Importante: estas normas são aplacáveis a todos os passageiros, bem como aos tripulantes. 43 Cargas Especiais e Perigosas Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 6.4. Classificação de Produtos Perigosos – AÉREO: Explosivos: munição em geral, TNT, pólvora, fogos de artifício, sinalizadores de emergência e etc. Gases Inflamáveis: butano, meteria, sprays inseticidas, hidrogênio, oxigênio e etc. Líquidos Inflamáveis: álcool, metanol, fluído para isqueiro, querosene e etc. Sólidos Inflamáveis: fósforo, carbureto, cânfora, lítio e etc. Óxidos-Comburentes e Peróxidos Orgânicos: permanganato de potássio, fertilizante à base de nitrato de amônia e etc. Infecciosos e Venenosos: material para exames de laboratório, vacinas, inseticidas e etc. Radioativos: aparelho de raios-X, para-raios, detectores de fumaça e etc. Corrosivos: cargas de extintores de incêndio, mercúrio e etc. Diversos: gelo seco, ímãs, artigos de toalete e etc. Qualquer substância dessas classes deve ser submetida a cuidados especiais para seu transporte em aeronave. O transporte de radioativos tem que obedecer a critérios rígidos de classificação e sua segregação. Sua