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Logística_ Cargas Especiais e Perigosas - Ensino

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CARGAS ESPECIAIS E PERIGOSAS 
Me. Lucimara Acosta 
GUIA DA 
DISCIPLINA 
 
 
 
1 Cargas Especiais e Perigosas 
Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 
 
1. CARGAS ESPECIAIS E PERIGOSAS – PRINCIPAIS CONCEITOS E 
INTRODUÇÃO AOS ASPECTOS LEGAIS 
 
Objetivo 
Apresentar noções básicas e principais conceitos e fundamentos sobre o transporte 
de cargas especiais e perigosas. 
 
Introdução 
Neste primeiro material você conhecerá a origem, evolução, as variáveis na 
movimentação de cargas perigosas e a partir desse processo o que é de fundamental 
importância para o direcionamento de sua ação dentro de nosso competitivo mercado de 
trabalho. 
 
O Brasil foi o primeiro país da América Latina a criar uma regulamentação para o 
transporte de produtos perigosos. Com a intensificação da movimentação de veículos 
transportando produtos perigosos, surge um crescente anseio, por parte das instituições, 
de ter à sua disposição, não só informações que dizem respeito à atividade de transporte, 
mas também conhecer e ter a disposição, para consultar, normas que, de forma direta ou 
indireta, encontram-se relacionadas à atividade de transporte rodoviário de produtos 
perigosos. 
 
Assim, esta disciplina propõe apresentar noções básicas, bem como os principais 
conceitos e fundamentos sobre o transporte, primeiro de cargas perigosas e depois de 
cargas especiais, não somente os procedimentos operacionais, mas principalmente os 
aspectos legais que envolvem todas as rotinas independentemente do tipo de modal que 
venha a ser utilizado. 
 
Nesta primeira aula você conhecerá a origem, evolução, as variáveis existentes 
dentro do transporte de produtos perigosos, e neste processo que é de fundamental 
importância para o direcionamento de sua ação dentro de nosso competitivo mercado de 
trabalho. 
 
 
 
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Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 
1.1. O Transporte de Produtos Perigosos 
Diariamente acompanhamos noticiário que traz um acidente envolvendo veículos 
transportadores, normalmente tem-se neste cenário, um caminhão, um carro ou um 
ônibus. Um caminhão levava uma carga de dezenas de toneladas de produtos químicos, 
que foi derramada no barranco ao lado da estrada, quase atingindo um córrego. 
 
Acidentes como este acontecem com certa frequência no Brasil, país que utiliza 
principalmente o transporte rodoviário para fazer a conexão entre produtores, 
distribuidores e consumidores. A frota de caminhões de carga no Brasil contava com 1 
milhão e 320 mil veículos em dezembro de 2014, de acordo com o relatório 2014 da 
Agência Nacional de Transportes Terrestres - ANTT. Uma parcela desses caminhões 
trafega pelas estradas brasileiras levando produtos perigosos. 
 
 
 
A ANTT define produtos perigosos como àqueles que representam riscos à 
segurança pública, à saúde das pessoas ou ao meio ambiente, de acordo com 
os critérios de classificação da ONU. 
 
 
 
Para prevenir os acidentes e minimizar os riscos que eles trazem ao meio 
ambiente, à saúde da população e ao patrimônio público, o Brasil vem adotando, ao longo 
dos anos, uma legislação específica e rigorosa em relação ao transporte de produtos 
químicos por via rodoviária. São decretos, leis, resoluções, portarias e normas editadas 
por órgãos como a ANTT, Conselho Nacional de Trânsito, Denatran, Ministério dos 
Transportes, Inmetro e ABNT. 
 
A legislação detalha como deve ser feita a identificação e o transporte dos produtos 
perigosos, sua classificação, os tipos de embalagem, a sinalização externa dos veículos 
de carga, a documentação necessária para o transporte, os equipamentos de segurança 
e quem são os responsáveis em caso de acidentes, entre outros aspectos. 
 
 
 
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Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 
1.1.1. Segurança 
Para poderem trafegar pelas estradas brasileiras, os caminhões que transportam 
produtos ou resíduos químicos perigosos são obrigados a adotar uma série de medidas 
de segurança. 
 
Primeiramente, o motorista precisa ser treinado para conduzir produtos perigosos. 
Na viagem ele tem que levar a documentação com dados sobre a classificação da carga, 
o fabricante ou importador do produto, as autorizações para circulação e informações de 
segurança para o caso de acontecer um acidente, além de um kit de emergência pronto 
para ser usado em caso de acidente. 
 
O caminhão tem que estar em boas condições de manutenção e externamente 
precisa estar sinalizado com placas indicativas para mostrar o produto (ou produtos) que 
carrega e seus riscos. A indicação dos perigos é feita por painéis de segurança e rótulos 
de risco, que trazem números e símbolos indicando a classificação dos produtos 
transportados e seu enquadramento em uma das classes ou subclasses especificadas na 
Resolução da ANTT. Existem cerca de 3.500 números ONU relacionando os produtos 
perigosos. A ONU possui um comitê específico para legislar sobre o assunto. 
 
Os produtos químicos perigosos são divididos em 9 classes: 
1- Explosivos, 
2- Gases, 
3- Líquidos inflamáveis, 
4- Sólidos inflamáveis: substâncias sujeitas à combustão espontânea; 
substâncias que em contato com água emitem gases inflamáveis, 
5- Substâncias oxidantes e peróxidos orgânicos, 
6- Substâncias tóxicas e substâncias infectantes, 
7- Materiais radioativos, 
8- Substâncias corrosivas; e 
9- Substâncias e artigos perigosos diversos. 
 
As classes podem ter subclasses como, por exemplo, os gases, subdivididos em 
três grupos: gases inflamáveis, gases não inflamáveis e não tóxicos e gases tóxicos. 
 
 
 
 
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Figura 1 – Classificação Produtos Químicos 
 
Fonte: www.sitivesp.org.br 
 
Ainda tratando da sinalização externa temos o painel de segurança e o rótulo 
de risco, que serão amplamente discutidos nos módulos seguintes, mas por enquanto 
tem-se o conceito geral destes: 
 O painel de segurança é retangular (30x40 cm) com uma borda de 1 cm, tem 
fundo na cor laranja e duas linhas com números em preto. A linha superior 
indica o número de risco, com exceção dos explosivos, que não têm número de 
risco. Os algarismos devem ser lidos separadamente. No exemplo abaixo, a 
placa deve ser lida como 3-3, que corresponde a líquido altamente inflamável. 
A linha inferior traz o número ONU, ou seja, o número que identifica o produto 
de acordo com a listagem de produtos perigosos utilizada internacionalmente. 
Aqui, 1263 significa que este caminhão está transportando combustível 
automotor ou gasolina. 
 
 
 
 
 
5 Cargas Especiais e Perigosas 
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Figura 2 – Painel de Segurança 
 
Fonte: www.crq4.org.br 
 
 O rótulo de risco informa a classe e a subclasse a que o produto pertence, e 
indica o risco principal e o risco subsidiário. Traz símbolos, textos (opcionais, 
exceto para os radioativos), um número e pode ter cores diversas no fundo. 
Indica se o produto é explosivo, inflamável, corrosivo, oxidante ou radioativo, 
por exemplo. Os rótulos de risco abaixo indicam produtos variados, por 
exemplo, da subclasse 5.1, ou seja, uma substância oxidante. 
 
Figura 3 - Exemplos de rótulos de risco indicam o que um veículo leva 
 
Fonte: arshipping.com.br 
 
Figura 4 – Painel versus Rótulo de Risco 
 
Fonte: http://200.144.30.103/siipp/public/imprime_identificacao.aspx 
 
 
 
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O Conselho Regional de Química, da 4ª Região, nos apresenta exemplos de como 
deve ser a sinalização em veículos que transportam cargas a granel, fracionadas e com 
um ou mais produtos no mesmo veículo: 
1º. Rótulos de risco e painéis de segurança no transporte de carga a granel 
de mais de um produto perigoso de mesmo risco principal, na mesma 
unidadeproximidade produz acúmulo de radiação que potencializa o seu valor e 
produz o risco. Para cada produto há um índice chamado TI (Transport Index) que deve 
ser consultado em tabela de segregação e separação entre os mesmos. 
 
Os 'Dangerous Goods' possuem sua classificação / segregação. Não é possível 
acondicionar em um mesmo porão certas classes, tais como: 
 Gelo seco (ICE) e animais vivos (AVI). 
 Restos mortais (HUM) e alimentos (EAT). 
 
6.5. Critérios básicos para embarque: 
 Gelo seco: até 250 kg para refrigerar perecíveis não perigosos. 
 Cilindro médico: para uso médico e fornecido pela empresa. 
 Munição: até 5 kg/Pax, em caixa reforçada, para fins esportivos. 
 
 
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 Cadeira de rodas elétrica movida à bateria: em posição vertical, com terminais 
desligados e isolados. 
 Cilindro de dióxido de carbono: acoplado ao colete salva-vidas. 
 Bebidas alcoólicas: recipientes de menos de 5 litros. 
 Remédios ou artigos de toalete: até 2 litros no máximo. 
 Fósforos e isqueiros: à vista do pax, com recargas em fluidos proibidos. 
 Gases paralisantes para defesa pessoal: proibidos. 
 
O Código Brasileiro de Aeronáutica estabelece que o comandante seja 
responsável pela carga desde que tenha conhecimento da mesma. A NOTOC, 
Notification to Captain (Notificação ao Capitão/Piloto), é o documento hábil para tal; na 
Figura 1 abaixo, há um exemplo de NOTOC com cargas perigosas, como o gelo seco – 
que se apresenta como dry ice. 
 
A NOTOC é o mínimo de fiscalização a ser exercido pela tripulação, contudo, em 
voos cargueiros, é imprescindível verificar o estado geral de seu porão de cargas, com 
atenção as portas antes de fechá-la. 
 
Figura 1 – Exemplo de NOTOC 
 
Fonte: http://www.wcadangerousgoods.com/common/images/casestudies/case122/ 
 
 
 
Link para Vídeo: Simbologia do veículo no transporte de produtos perigosos. 
Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=o2kNLEBXMxc. 
 
 
 
 
 
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CHRISTOPHER, Martin. Logística e Gerenciamento da Cadeia de 
Suprimentos, São Paulo, Editora Cengage Learning, 2ª Edição 2009. 
 
CONSELHO REGIONAL DE QUÍMICA DA 4ª REGIÃO. Disponível em: 
http://www.crq4.org.br/quimicaviva_produtos_perigosos 
 
GUIA TRC, Guia do Transportador Rodoviário de Carga. Disponível em: 
. 
 
PORTAL DE PRODUTOS PERIGOSOS. Disponível em: 
http://www.produtosperigosos.com.br/home.php 
 
SOARES, Guido Fernando Silva Soares. Direito Internacional do Meio 
Ambiente, Emergência, Obrigações e Responsabilidades. São Paulo, Editora 
Atlas, 2011 
 
VALENTE, Amir Mattar. Qualidade e Produtividade nos Transportes. São 
Paulo, CENGAGE Learning, 1ª Edição, 2008. 
 
WCA DANGEROUS GOODS. Disponível em: 
http://www.wcadangerousgoods.com/eng/home.asp 
 
 
LEITURA COMPLEMENTAR 2 (recorte de artigo) 
 
Novas regras para transporte de produtos perigosos entram em vigor 
 
Nova resolução da ANTT atualizou exigências e relação de produtos classificados 
como perigosos 
 
Em julho começam a valer as novas regras para o transporte de produtos perigosos. As 
normas estão previstas na resolução 5.232/2016 da ANTT (Agência Nacional de Transportes 
Terrestres). 
 
Segundo o coordenador substituto de Fiscalização Especial da agência, Andrei Rodrigues, 
entre as mudanças que se destacam em relação à resolução anterior (420/2004) estão a inclusão 
de elementos considerados perigosos. “A indústria química criou novos produtos que não constam 
na resolução mais antiga”, explica Andrei. Ele destaca que o novo texto está de acordo com 
o Orange Book, que trata das principais recomendações da ONU (Organização das Nações 
Unidas) para esse tipo de transporte. Andrei ressalta, também, novas exigências 
sobre embalagens e alterações em nomenclaturas. 
 
 
 
46 Cargas Especiais e Perigosas 
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É considerado produto perigoso todo aquele que representa risco à saúde das pessoas, ao 
meio ambiente ou à segurança pública, seja ele encontrado na natureza ou produzido por 
qualquer processo. Por isso o deslocamento desse tipo de carga deve atender a regras 
específicas, fixadas pela ANTT, que se referem a adequação, marcação e rotulagem de 
embalagens, sinalização das unidades de transporte e documentação. 
 
Principais cuidados 
Ao realizar esse tipo de transporte, os condutores devem estar atentos a alguns aspectos, 
como: condições de pneus, freios e iluminação; existência de vazamento; como a carga está 
posicionada; e se não está transportando produtos perigosos juntamente com outros para 
consumo humano ou animal, ou que sejam incompatíveis, com risco de gerar reação química. 
 
Os veículos também precisam estar adequadamente sinalizados. “Em caso de acidente, 
cada tipo de produto exige um cuidado diferenciado. A sinalização adequada ajuda na remoção 
imediata de alguma vítima”, esclarece Andrei. 
 
Além da resolução 5.232/2016 (que substitui a 420/2004), o transporte de produtos 
perigosos também está regulamentado pela 3.665/2011, também da ANTT. O descumprimento 
das exigências acarreta multas, que variam de R$ 400 a R$ 1.000, mas que podem ser 
cumulativas, de acordo com a infração identificada. 
 
Transporte de Produtos Perigosos - Publicada 20ª Revisão do Orange Book/ONU 
 
A Organização das Nações Unidas (ONU) tornou disponível nos últimos dias a versão 
eletrônica da 20ª revisão do Recommendations on the Transport of Dangerous Goods, 
também conhecido como Orange Book. Este Regulamento modelo faz parte do esforço da ONU 
em harmonizar mundialmente o transporte de produtos perigosos nos diferentes modais 
existentes, aumentando a proteção da saúde e meio ambiente e facilitando o comércio mundial. 
 
A revisão publicada em 2017 propõe, dentre outras alterações, novas e atualizadas 
instruções relativas a artigos que contenham substâncias perigosas; classificação de fertilizantes a 
base de nitrato de amônio; classificação de misturas corrosivas; unidades de transporte de carga 
contendo baterias de lítio; instruções de embalagem para baterias de lítio defeituosas ou 
danificadas; relatórios de teste para baterias de lítio; transporte de substâncias instáveis sob 
controle de temperatura; transporte de veículos alimentados por líquidos ou gases inflamáveis e 
células de combustível ou baterias. 
 
 
 
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A versão impressa da 20ª revisão do Orange Book está disponível para a compra nos 
idiomas inglês e francês pelo seguinte link: http://www.unece.org/index.php?id=46066. 
 
A versão em inglês também se encontra disponível para download gratuito pelo 
link: https://www.unece.org/trans/danger/publi/unrec/rev20/20files_e.html. 
 
Compete aos países incorporar as diretrizes do Orange Book, como também as 
atualizações, em suas legislações nacionais. No Brasil o transporte de produtos perigosos é 
responsabilidade de diferentes órgãos, conforme o modal abaixo elencado: 
 
 Modal aéreo: Agência Nacional de Aviação Aérea (ANAC), que em seu Regulamento 
referência a Organização da Aviação Civil Internacional (OACI - ICAO International 
Civil Aviation Organization) ou regulamento equivalente vigente reconhecido e utilizado 
nacional e internacionalmente para embarques de artigos perigosos pelo modal aéreo, 
podendo ser a Associação Internacional de Transporte Aéreo (IATA - International Air 
Transport Association). 
 Modal hidroviário: Diretoria de Portos e Costas (DPC), que em suas Normas de 
Autoridade Marítima (NORMAM) referência a Organização Marítima Internacional 
(IMO – International Maritime Organization) e o International Maritime Dangerous 
Goods Code (IMDG Code). 
 Modal terrestre: Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT),que estabelece 
as diretrizes para o transporte rodoviário e ferroviário por meio de Decretos e 
Resoluções, sendo a última publicação de maior impacto a Resolução n° 5232, de 
14/12/2016. 
 As agências mundiais citadas acima, ICAO, IATA e IMO, atualmente baseiam suas 
orientações para transporte de produtos perigosos na 19a. Revisão do Orange Book, 
enquanto a Resolução ANTT nº 5.232/2016 se baseia na 18a. e partes da 19ª Revisão 
do Orange Book 
 
“Compete as empresas brasileiras expedidoras e transportadoras de produtos perigosos 
estarem atentas as atualizações e impactos que as revisões do Regulamento ONU para 
transporte (Orange Book) trarão para suas operações, conforme forem sendo incorporadas pelos 
órgãos responsáveis” relata Tatiane Moretti Gerente de Assuntos Técnicos da Intertox. 
 
Consultoria especializada como a Intertox, que possui uma equipe altamente qualificada, 
pode ajudar nas atualizações das normas e minimizar os impactos das empresas. 
 
 
 
 
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Referências 
 UNITED NATIONS ECONOMIC COMMISSION FOR EUROPE (UNECE). About 
Dangerous Goods Disponível 
em: http://www.unece.org/trans/danger/publi/unrec/rev20/20files_e.html 
 Agência Nacional de Aviação Aérea (ANAC). Disponível 
 em: http://www.anac.gov.br/assuntos/passageiros/artigoperigoso-1 
 Diretoria de Portos e Costas (DPC). Disponível 
em: https://www.dpc.mar.mil.br/normas/normam 
 Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT). Disponível 
 em: http://www.antt.gov.br/cargas/Produtos_Perigosos.html 
 
Fonte do artigo: http://www.cnt.org.br/Imprensa/noticia/novas-regras-transporte-produtos-
periogosos-antt. 
 
 
Sobre a Intertox 
A Intertox é referência nacional no segmento de segurança química, gerenciamento de 
riscos químicos, gestão ambiental e tecnologia da informação, com 18 anos de atuação no 
mercado é certificada pela ISO 9001:2015. A empresa oferece serviços de documentação de 
segurança química e conformidade legal; softwares voltados à gestão de riscos químicos, 
toxicológicos e ambientais; programa de gestão segura de produtos químicos; e avaliações 
toxicológicas e estudos de toxicidade in silico, segmento em que é pioneira no País; gestão 
regulatória de produtos e gestão ambiental e socioambiental. Possui corpo técnico altamente 
especializado, próprio e permanente, e amplo portfólio de serviços, que são customizados e 
adaptados de acordo com a necessidade de cada cliente. A Intertox está presente em todo o 
Brasil e na América Latina, com representantes na Argentina e no Chile. www.intertox.com.br 
 
 
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7. CARGAS ESPECIAIS OU INDIVISÍVEIS 
 
Objetivo 
Entender as características principais para a realização do transporte de cargas 
especiais ou indivisíveis. 
 
Introdução 
Até aqui estivemos focados em compreender como se dá o transporte de cargas 
perigosas. Agora, chegamos num outro momento. Compreender como se dá o transporte 
de cargas especiais e indivisíveis. 
 
O mercado logístico é um segmento no qual a precisão é exigida e a legislação é 
igualmente precisa e irredutível. Há limites claros para tamanho e capacidade de carga 
em caminhões e carretas e, para tudo aquilo que não se enquadra nas operações 
costumeiras, usa-se o apelido de cargas especiais, ou “heavy lift”, como são conhecidas 
no setor. Contudo, mesmo para essas cargas gigantescas e ditas “indivisíveis”, há limites 
claros de dimensões e peso, e também de circulação, já que não é uma missão simples 
passar com esses volumes por muitas de nossas estradas. 
 
Alguns tipos de equipamentos e cargas extrapolam os limites do razoável para 
embarque em caminhões de cargas especiais. Principalmente no ramo de infraestrutura, 
algumas peças e itens de obras monumentais têm de chegar em canteiros de obras, ou 
ser entregues em portos, usando estradas e rodovias. 
 
Prevendo isso, a categoria de especiais foi criada, dando alguma flexibilidade para 
empresas que transportam essas peças. Porém, uma resolução de 2005 regulamenta 
também os limites para caminhões com esse tipo de carga: eles podem ter largura de 
até 4,5 m, altura de 5,5 m e comprimento de 25 m. O peso bruto total máximo 
também varia de acordo com a estrada – para rodovias estaduais, um máximo de 45 
toneladas, enquanto que para federais o peso pode chegar a 70 toneladas. 
 
Essas peças não podem ser transportadas em contêineres, o que faz com que 
além de seu peso extremo, haja a necessidade de caminhões especiais para o transporte, 
com semirreboques diferenciados, além de aparatos específicos no intercâmbio de 
modais, ocorra ele em pátios de ferrovias ou áreas portuárias. 
 
 
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Dentre essas cargas especiais, podemos citar turbinas e reatores, grandes peças 
pré-fabricadas de concreto, segmentos de pontes e viadutos, transformadores, caldeiras e 
outros. 
 
7.1. Definição – Cargas Especiais ou Indivisíveis 
Para começar temos uma dúvida importante para esclarecer: O que é carga de 
projeto, ou indivisível, ou especial, ou excepcional, ou excedente? 
 
Cargas indivisíveis, ou cargas especiais, são cargas com elevado peso específico, 
que podem ter grandes dimensões e, portanto, necessitam de meios de transportes com 
uma Autorização Especial de Tráfego (AET) para poderem ser movimentadas. Essas 
cargas excedem as medidas, como o peso e a dimensão legal permitida e, por isso, 
precisam da autorização especial. 
 
A carga indivisível, de acordo com a Resolução 11/04 do DNIT, é uma carga 
unitária, que se configura através de uma peça única estrutural ou ainda, um 
conjunto de peças que são fixadas de algumas maneiras específicas, como solda, 
rebitagem ou outro processo. 
 
Sua utilização pode ser direta, como peça acabada ou partes estruturais, materiais 
implementos, máquinas ou parte de máquinas e equipamentos, das quais as dimensões e 
o peso estão acima dos limites determinados pelo CONTRAN, órgão responsável por 
fiscalizar o tipo de transporte. 
 
Exemplos dessas cargas, bastante comuns no Brasil, são as máquinas industriais 
de grande porte, como colheitadeiras, transformadores e outros tipos. 
 
 
 
O transporte de carga indivisível deve ser realizado com planejamento e 
existem empresas que trabalham especificamente oferecendo esse tipo de 
serviço, afinal, são necessários veículos grandes e com porte para esse tipo 
de transporte, como grandes caminhões com plataforma reta e implementos 
do tipo “pranchas”. 
 
 
 
51 Cargas Especiais e Perigosas 
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7.2. Sobre o Transporte de Cargas Indivisíveis 
Esse tipo de carga necessita de um meio de transporte específico, que suporte as 
elevadas dimensões e o peso. Assim sendo, para o transporte de cargas indivisíveis é 
necessário à utilização de veículos especiais, além de uma programação completa e 
um projeto de transporte de qualidade, baseado na legislação dos órgãos competentes 
a respeito das vias e que respeite as limitações de infraestrutura. 
 
O condutor também precisa estar preparado para o tipo de transporte que 
realizará. Ele necessita ter o conhecimento das condições especiais do trânsito, contar 
com uma sinalização especial para o veículo utilizado e da carga a ser transportada, além 
de ser necessário obter uma formação em um curso especial para condutores de 
cargas indivisíveis, que pode ser feito em uma Instituição de Ensino credenciada pelo 
Detran. 
 
Outras medidas relevantes de segurança devem ser tomadas no transporte das 
cargas indivisíveis, como medidas em relação a trafegar na estrada, segurança da 
propriedade de terceiros e a segurança da própria rodovia. 
 
Acompanhem nas fotos abaixo, alguns exemplos dessas cargas especiais:Figura 1 – Transporte Especial de Pá Eólica 
 
Fonte: Revista Rodopiro, 2016. 
 
 
 
 
52 Cargas Especiais e Perigosas 
Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 
Figura 2 – Transporte Especial Carga Pesada 
 
Fonte: Revista Rodopiro, 2016. 
 
Assim, alguns tipos de cargas não podem ser divididos para facilitar o transporte, e 
são classificados na modalidade do transporte de cargas indivisíveis, por isso, 
necessitam de cavalos mecânicos de alta potência, além de reboques e 
semirreboques adequados, para serem entregues no destino. 
 
Cada tipo de carga exige equipamentos diferenciados, como, por exemplo, para 
transportar uma carga muito alta é utilizada a carreta tipo lagartixa. Já para as cargas 
muito compridas, o método mais indicado é o uso de uma carreta extensiva, enquanto as 
cargas muito pesadas exigem a utilização de conjuntos modulares com distribuidor de 
peso. 
 
Além dos equipamentos especiais para a acomodação, o transporte de cargas 
indivisíveis, com larguras superiores a 3,2 metros, alturas superiores a 5 metros ou peso 
superior a 74 toneladas exigem o acompanhamento de um batedor. 
 
Para que a carga seja transportada com segurança e sem causar muitos 
transtornos nas rodovias, é necessário fazer um planejamento logístico prévio e ter muito 
conhecimento do itinerário por onde a carga será transportada para não prejudicar o 
tráfego e, também, para evitar possíveis danos às vias ou em seu entorno. 
 
Dependendo da natureza e das dimensões do equipamento a ser transportado, a 
operação terá de cumprir os requisitos legais e será preciso solicitar uma autorização 
 
 
53 Cargas Especiais e Perigosas 
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especial das autoridades para que seja possível trafegar pelas rodovias, sejam elas 
estaduais ou federais. 
 
7.3. Legislação do transporte de cargas indivisíveis 
As regras para o transporte de cargas indivisíveis ou excedentes estão previstas no 
Código Nacional de Trânsito, que define, ainda, através do Artigo 101, quais os órgãos 
responsáveis, como o DNIT para as rodovias federais, os DER’s para as estaduais ou 
diretorias de trânsito dos municípios, pela expedição das autorizações especiais de 
trânsito. 
 
Essas autorizações são concedidas exclusivamente para cada situação, 
prevendo o prazo, percurso e medidas de logística e segurança previamente 
acertados. 
 
Para facilitar a operação, as transportadoras especializadas, costumam manter 
equipes específicas que devem ser formadas por profissionais experientes e bem 
treinados e com amplo conhecimento da infraestrutura da malha rodoviária e da 
legislação, para acompanhar todo o processo, desde o planejamento e a solicitação da 
autorização, até a entrega no destino determinado pelo cliente. 
 
Voltaremos a detalhar mais sobre Legislação na próxima aula, Aula 8 deste curso, 
ok? 
 
7.4. Transporte de Cargas Especiais no Brasil 
A grande maioria das viagens com cargas desse tipo são feitas até portos 
preparados para recebê-las. Não são muito comuns, por sinal. O Porto de Santos, no 
Brasil, ainda é o mais bem equipado para lidar com o embarque e desembarque desse 
tipo de mercadoria, mas portos como o de Vitória e o do Rio de Janeiro são 
frequentemente utilizados por mineradoras, siderúrgicas e empresas do segmento de 
geração de energia para desembarcar grandes equipamentos importados, em razão da 
conexão desses terminais com ramais ferroviários. 
 
 
 
54 Cargas Especiais e Perigosas 
Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 
Não há “jeitinho” para transportar cargas especiais – no ato de encomenda de uma 
máquina que precise desse tipo de serviço, empresas costumam realizar estudos de 
viabilidade que analisam a fundo as capacidades de chegada do equipamento até seu 
destino, estudando aspectos como a largura das estradas, número de curvas, grau de 
inclinação, entre outros. Todo o caminho até o destino tem de ser roteirizado. 
 
Em uma segunda etapa, a carga e o veículo de transporte são dimensionados, 
para permitir o transporte do equipamento dentro dos limites estabelecidos por lei. 
Embora essas cargas sejam tecnicamente indivisíveis, é muito comum a retirada de 
componentes mais pesados em reatores ou máquinas, para permitir que os mesmos 
sejam transportados com folga. Para prevenir problemas em balanças rodoviárias, carga 
e veículos são geralmente pesados antecipadamente. 
 
Quando tudo está “pronto”, ainda é preciso contratar batedores e empresas de 
acompanhamento da carga, bem como agendar todas as travessias necessárias – alguns 
trechos ou locais exigem o fechamento de pistas ou passagem em canteiros e 
acostamentos, que serão liberados e controlados pela polícia rodoviária e 
concessionárias. 
 
 
Link para Vídeo: Para melhor compreensão sobre a movimentação de cargas 
especiais, assista ao vídeo que traz a experiência de uma empresa brasileira 
no transporte de cargas indivisíveis através do link: 
https://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=rBf0AAzSh7
0 
 
 
 
CHRISTOPHER, Martin. Logística e Gerenciamento da Cadeia de 
Suprimentos, São Paulo, Editora Cengage Learning, 2ª Edição 2009. 
 
GUIA TRC, Guia do Transportador Rodoviário de Carga. Disponível em: 
. 
 
 
REVISTA RODOPIRO. Disponível em: http://www.transportepesado.com.br/ 
 
VALENTE, Amir Mattar. Qualidade e Produtividade nos Transportes. São 
Paulo, CENGAGE Learning, 1ª Edição, 2008. 
 
 
55 Cargas Especiais e Perigosas 
Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 
8. CARGAS ESPECIAIS OU INDIVISÍVEIS: DOCUMENTAÇÃO 
 
Objetivo 
Apresentar a importância da documentação para o manuseio das cargas 
indivisíveis, assim um bom conhecimento deste assunto e tendo em mãos as 
documentações necessárias para o seu transporte como contratos com o motorista, 
solicitação de batedores para a escolta do transporte; e por fim, ter conhecimento da 
legislação aplicada a este tipo de transporte. 
 
Introdução 
Ao se ouvir o termo “carga especial” vem à ideia de problemas, dificuldade. 
Quando nos aprofundamos nesse assunto vemos que existem normas específicas a 
serem seguidas de acordo com o CONTRAN, a Secretaria dos Transportes – DER e o 
Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes, DNIT; a fim de utilizar as 
rodovias para transportar essas cargas e evitar tais problemas; documentação da carga, 
do veículo, do transportador; certas limitações relacionadas a peso, altura, tipos de 
veículos específicos para o transporte das cargas são alguns dos principais itens que 
podem auxiliar a na redução de possíveis problemas e danos, não só a carga, ou ainda, 
ao transportador, mas, também, ao meio ambiente e os seres vivos que possam ser 
prejudicados por alguns problemas que venham a ocorrer. 
 
8.1. Definições Importantes para o Conhecimento de Cargas Especiais ou 
Indivisíveis 
De acordo com o DER existem algumas definições que devem ser consideradas 
em relação às cargas indivisíveis. São normas para concessão de autorização especial de 
trânsito para veículos ou combinação de veículos utilizados no transporte de carga 
indivisível e veículos especiais que não se enquadrem nos limites de peso ou de 
dimensões estabelecidos pelo CONTRAN: 
 Carga nas Partes Externas é a carga que ultrapassa os limites físicos da 
carroceria do veículo, de acordo com a sua largura ou ao seu comprimento; 
exceto os equipamentos integrados a veículo especial; 
 Escolta Credenciada é o veículo destinado ao acompanhamento de 
transportes especiais em peso e/ou dimensões. Veículos de empresas 
especializadas prestadoras desses serviços ou da própria empresa 
 
 
56 Cargas Especiais e Perigosas 
Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 
transportadora, cumprindo as exigências quanto ao credenciamento do veículo, 
da empresa e do condutor, previstos na Portaria SUP/DER-026 – 23/05/1985e 
suas alterações, ou a que vier a sucedê-la; 
 Estudo de Viabilidade (E.V.) é o estudo prévio da capacidade de transporte 
das obras de arte especiais (OAE’s) existentes ao longo de determinado 
roteiro/itinerário, para fins de viabilização ou não da passagem de Conjunto 
Transportador acima de determinados limites; 
 Excesso de Dimensões é a parcela das dimensões do conjunto 
(comprimento, largura, altura e balanço traseiro) que ultrapassa os limites 
regulamentares fixados pela legislação de trânsito; 
 Excesso de Peso é a parcela do peso de um eixo e/ou de conjunto de eixos 
que ultrapassa os limites regulamentares fixados pela legislação de trânsito; 
 Guindaste autopropelido ou sobre Caminhão constituindo veículo especial 
projetado para elevar, movimentar e baixar materiais; 
 Veículo para acompanhamento de Operações Especiais é um veículo 
próprio do DER ou de concessionária de rodovia destinado ao 
acompanhamento das operações especiais para o transporte de cargas 
especiais; 
 Veículo Especial é aquele constituído com características de construção 
especial, destinado ao transporte de carga indivisível e excedente em peso 
e/ou dimensão, incluindo-se entre esses os reboques e semirreboques dotados 
de mais de três eixos com qualquer tipo de suspensão, assim como aquele 
dotado de equipamentos para prestação de serviços especializados, que se 
configurem como carga permanente, tais como: guindastes ou assemelhados; 
 Veículo Transportador Modular Autopropelido é o veículo modular com 
plataforma de carga própria, tendo suspensão e direção hidráulica e conjunto 
de eixos direcionais com força motora que propicie circular pelos seus próprios 
meios. 
 
8.2. Legislação 
De acordo com a ANTT (2014) o transporte rodoviário de cargas no Brasil é 
regulamentado pela Lei nº 6.813, de 10 de julho de 1980, observadas as disposições 
contidas no Código de Transito Brasileiro. 
 
 
 
57 Cargas Especiais e Perigosas 
Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 
A lei que dispõe sobre cargas especiais é a nº 10.233 de 5 de junho de 2001, 
onde constitui o âmbito da ANTT para que possam ser estabelecidos padrões e técnicas 
complementares relativos às operações de transporte terrestre de cargas especiais. Por 
exemplo: 
 A Portaria Nº 23/1996 do DER-SP prevê as normas do Auto Ban e Via Oeste. 
 A Resolução Nº 11/2005 do DNIT refere-se à NovaDutra e Rodo Norte. 
 As Normas ABNT, com ênfase na NBR 8681/2003. 
 
8.3. Documentação 
Documentação necessária para a solicitação de transporte de carga indivisível 
deve conter: 
1º. Declaração do fabricante informando o peso do equipamento 
transportado de acordo com o item 1.02.01 da Portaria Nº 23/1996, 
informando ainda a impossibilidade de fracionar a carga transportada. 
2º. Croquis do conjunto transportador carregado, atendendo ao disposto na 
respectiva legislação, devidamente assinado por engenheiro responsável 
pela montagem do equipamento, contendo: 
 CMT de cada cavalo; 
 Número de eixos; 
 Distância entre eixos; 
 Peso de cada eixo; 
 Quantidade de pneumáticos de cada eixo; 
 Dimensões da peça transportada; 
 Dimensões do conjunto transportador; 
 Indicação de pescoço hidráulico e demais dispositivos relevantes; 
 Variação de altura permitida pelo equipamento utilizado; 
 Raio de curvatura mínimo do conjunto transportador. 
3º. Descrição do percurso a ser vencido, contendo: 
 Rodovia; 
 Km inicial e Km final e respectiva pista de cada trecho; 
 Eventuais manobras a serem realizadas. 
4º. Declaração do Departamento de Estradas de Rodagem de São Paulo 
(DER-SP) de que a configuração se enquadra em seus critérios quando houver 
excessos de peso nos casos previstos na portaria. A Portaria 23/1996 do DER-
 
 
58 Cargas Especiais e Perigosas 
Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 
SP dispõe: “Os limites do item 3.02 somente poderão ser excedidos nos casos 
previstos no item 3.03 devendo-se neste caso apresentar ainda declaração do 
DER-SP afirmando que os excessos se enquadram em seus critérios”. 
 
As demais legislações não permitem tais excessos, portanto deverão ser seguidos 
os limites previstos em cada legislação. 
 
8.4. Autorização Especial de Trânsito (AET) 
O Código de Trânsito Brasileiro (CTB) prevê a necessidade da Autorização 
Especial de Trânsito (AET), para os veículos que transportam cargas indivisíveis, com 
pesos e ou dimensões excedentes (Art.101 e Resolução N.º210 do CONTRAN). 
 
A AET é um documento que autoriza o trânsito nas rodovias sob sua jurisdição, a 
partir da análise e aprovação de documentos encaminhados pelo interessado na 
realização do transporte de cargas, regida pelas características do transporte requerido, 
conforme o CTB e as Resoluções do Conselho Nacional de Trânsito (CONTRAN). 
 
A documentação exigida para obtenção da AET (Autorização Especial de 
Trânsito) varia de órgão para órgão, mas de um modo geral tem se a necessidade de 
verificar a capacidade técnica dos veículos especificados para o transporte, como 
os Certificados de Licenciamento, assim como Declarações do Fabricante ou Embarcador 
para comprovação de peso e dimensões da carga. 
 
8.5. Documentos necessários para obter Autorizações Especiais de Trânsito 
 Cargas indivisíveis com peso e/ou dimensões excedentes: Cópia dos 
Certificados de Registro e Licenciamentos dos Veículos – CRLV (Cavalo + 
Semi Reboques); 
 Combinação de Veículos de Carga – CVC: Cópia dos Certificados de 
Registro e Licenciamentos dos Veículos – CRLV (Cavalo + Semi Reboques); 
Laudo Técnico e Projeto Técnico; Anotação de Responsabilidade Técnica – 
ART; 
 Guindastes: Cópia dos Certificados de Registro e Licenciamentos dos 
Veículos – CRLV (Cavalo + Semi Reboques); 
 
 
59 Cargas Especiais e Perigosas 
Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 
 Combinação para Transporte de Veículo - CTV e Combinações de 
Transporte de Veículos e Cargas Paletizadas – CTVP: Cópia dos 
Certificados de Registro e Licenciamentos dos Veículos – CRLV (Cavalo + 
Semi Reboques); Laudo Técnico e Projeto Técnico; 
 
8.6. Artigo 101 
Ao veículo ou combinação de veículos utilizado no transporte de carga indivisível, 
que não se enquadre nos limites de peso e dimensões estabelecidos pelo CONTRAN, 
poderá ser concedida, pela autoridade com circunscrição sobre a via, Autorização 
Especial de Trânsito - AET, com prazo certo, válida para cada viagem, atendidas as 
medidas de segurança consideradas necessárias. 
 
§1º - A autorização será concedida mediante requerimento que especificará as 
características do veículo ou combinação de veículos e de carga, o percurso, a 
data e o horário do deslocamento inicial. 
§2º - A autorização não exime o beneficiário da responsabilidade por eventuais 
danos que o veículo ou a combinação de veículos causarem à via ou a terceiros. 
§3º - Aos guindastes auto-propelidos ou sobre caminhões poderá ser concedida, 
pela autoridade com circunscrição sobre a via, Autorização Especial de Trânsito - 
AET, com prazo de seis meses, atendidas as medidas de segurança consideradas 
necessárias. 
 
8.7. Sinalização Dos Veículos em Geral 
Os veículos, combinações de veículos ou veículos especiais, cujas dimensões com 
ou sem carga, que excedam os limites estabelecidos para trânsito normal, serão 
sinalizados com placas especiais de advertência. 
 
As placas serão metálicas e revestidas com película refletiva, com faixas na largura 
de 15 cm medidas na horizontal, inclinadas de 45 graus da direita para a esquerda e de 
cima para baixo, nas cores pretas e laranja, tendo ao centro retângulo de 2 m por 25 cm, 
ou 1 m por 50 cm, na cor branca com inscrições em letras e números na cor preta, de 10 
m e 15 cm de altura. 
 
 
 
60 Cargas Especiais e Perigosas 
Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 
As placas de sinalização traseira serão colocadas a cerca de 140 cm do solo epoderão ser, conforme o caso, de três modelos diferentes: 
 Placa de Sinalização para o Caso de Largura Excedente terá a altura de 50 
a 80 cm e comprimento igual à largura do veículo ou conjunto até o máximo de 
320 cm e, no retângulo central, terá indicada em metros, a dimensão da largura 
do veículo ou conjunto. 
 Placa de Sinalização Traseira para o Caso de Comprimento Excedente: 
terá as dimensões de altura 80 cm e comprimento de 260 cm e no retângulo 
central terá indicada em metros, a dimensão do comprimento do conjunto. 
 Placa de Sinalização Traseira para os Casos de Largura e Comprimento 
Excedente terá as dimensões de altura 80 cm e comprimento igual à largura 
do veículo até o máximo de 320 cm e nos retângulos terá as indicações, em 
metros, das dimensões de comprimento e largura do conjunto. 
 
 
61 Cargas Especiais e Perigosas 
Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 
9. CONTRATAÇÃO DE BATEDORES 
 
O processo de contratação de empresas credenciadas para a realização do serviço 
de escolta deve levar em consideração, principalmente, se a empresa atende todos os 
requisitos legais em relação aos veículos, equipamentos obrigatórios e pessoal 
devidamente, treinado e capacitado e é normalmente exigida para cargas com dimensões 
e peso acima de 3,20m largura; 25,00m comprimento; 5,00m de altura e 60,00 t (DER/SP) 
e 74,00t (DNIT), nesse caso serão necessários à utilização de veículos de escolta, tipo 
batedores, seja de empresa credenciada pelos órgãos regulamentadores ou Policia 
Rodoviária. 
 
 
 
Devido à crescente demanda no seguimento de transporte de cargas 
especiais conclui-se que se torna fundamental ter conhecimento do processo 
logístico incluindo ainda conhecimento da legislação vigente relacionado a 
está categoria de transporte. 
Como é um assunto pouco abordado atualmente, os responsáveis por esse 
tipo de transporte não dão a devida importância para as documentações 
necessárias e obrigatórias desse tipo de carga a ser transportada, colocando 
em risco sua própria vida e de outros que transitarem ao redor do trajeto 
deste veículo transportando a carga indivisível. 
Outro ponto importante a ser observado, além dos perigos crescentes que 
possam ocorrer, vem à parte legal do transporte desse tipo de carga, ou seja, 
ter em mãos todas as documentações necessárias para um transporte legal, 
de acordo com as normas e leis de transito responsáveis por esse tipo de 
transporte, cargas indivisíveis. 
 
 
 
CHRISTOPHER, Martin. Logística e Gerenciamento da Cadeia de 
Suprimentos, São Paulo, Editora Cengage Learning, 2ª Edição 2009. 
 
GUIA TRC, Guia do Transportador Rodoviário de Carga. Disponível em: 
. 
 
REVISTA RODOPIRO. Disponível em: http://www.transportepesado.com.br/ 
 
VALENTE, Amir Mattar. Qualidade e Produtividade nos Transportes. São 
Paulo, CENGAGE Learning, 1ª Edição, 2008. 
 
 
 
62 Cargas Especiais e Perigosas 
Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 
10. REVISÃO 
 
Objetivo 
Revisar conceitos fundamentais para o entendimento das cargas Perigosas e 
Cargas Especiais, avaliando o posicionamento competitivo e as tendências para esse 
tema. 
 
Introdução 
A finalidade dos transportes perigosos e especiais é fazer a locomoção de cargas 
de um determinado ponto de origem a um determinado ponto destino, sendo que no 
trajeto de locomoção das devidas cargas existe alto grau de risco, que necessitam 
cuidados especiais desde o carregamento, no trajeto até ao descarregamento. 
 
O transporte desses tipos específicos de cargas requer uma série de 
procedimentos, também específicos para que ocorra um transporte com segurança com a 
carga, o motorista e os demais envolvidos na evolução da operação, inclusive a 
população. As empresas de transportes devem buscar sempre em seu transporte alta 
qualidade com menor custo, menor desperdício de tempo, e satisfação ao cliente, 
realizando o serviço com alta produtividade de sua equipe. 
 
10.1. Carga Perigosa 
PRODUTO PERIGOSO é toda e qualquer substância encontrada na natureza ou 
produzida por qualquer processo que coloque em risco a segurança pública, saúde, das 
pessoas e o meio ambiente, conforme os critérios de classificação da ONU e a resolução 
420 da ANTT. 
 
As principais legislações brasileiras que tratam do manuseio e transporte de 
produtos perigosos são: O decreto n° 96.044/88 do Ministério dos transportes e a 
resolução n°420/04, que são baseadas no "Orange Book" o manual americano para o 
transporte de cargas perigosas. 
 
O transporte, independente do Modal utilizado, é um ponto vulnerável a ocorrência 
de acidentes envolvendo produtos perigosos. As principais causas relacionadas à 
ocorrência de acidentes no transporte de produtos perigosos são: 
 
 
63 Cargas Especiais e Perigosas 
Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 
a) A falta de treinamento ou profissionalismo do motorista. 
b) A má conservação das vias. 
c) A falta de fiscalização - problemas no veículo ou irregularidades na carga. 
d) A legislação inadequada e em alguns casos desatualizada. 
 
Conforme visto em aulas anteriores, os produtos perigosos são classificados em 9 
classes de acordo com a ONU, cada classe possui um número específico e um nome: 
 
Explosivos: São todas as substâncias que oferecem risco de explosão. Além da 
resolução 420, o Ministério da Defesa e Comando do Exército são responsáveis por 
legislar sobre esse tipo de produto. Os veículos que realizam o transporte de explosivos 
não recebem um rótulo de risco, apenas um painel de segurança com o número ONU 
(que é um número aleatório distinto daqueles 9 relacionados a classificação) do produto. 
Nessa classe encontram-se materiais como granadas, TNT, artigos pirotécnicos, 
explosivos de demolição e dispositivos de sinalização. 
 
Gases: Nessa classe encontram- se os gases inflamáveis, asfixiantes, corrosivos 
ou que ofereçam qualquer outro tipo de risco à saúde. Exemplo: Amônia, Cloro, GLP (gás 
de cozinha) e Nitrogênio. 
 
Líquidos Inflamáveis: São líquidos, misturas de líquidos, ou líquidos contendo 
sólidos em solução ou em suspensão (como tintas e vernizes) que produzem vapores 
inflamáveis a temperaturas de até 60,5°C. Exemplo: gasolina, óleo diesel e combustíveis 
em geral. 
 
Sólidos Inflamáveis: São substâncias que sujeitas ao aquecimento e combustão 
espontâneas mesmo em condições normais de transporte. Constituem essa classe os 
sólidos inflamáveis como o enxofre, as Substâncias sujeitas à combustão espontânea 
como o Sulfeto de Sódio e as Substâncias que, em contato com água emitem gases 
inflamáveis. 
 
Substâncias Oxidantes ou Peróxidos Orgânicos: São substâncias oxidantes as 
que podem causar ou contribuir para a combustão de outros materiais. Peróxidos 
orgânicos são substâncias que reagem com metais podendo causar combustão. 
 
 
 
64 Cargas Especiais e Perigosas 
Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 
Substâncias Tóxicas e Substâncias Infectantes: São classificadas como tóxicas 
as substâncias que podem provocar risco de morte e lesões se ingeridas, inaladas ou 
entrem em contato com a pele mesmo em pequenas quantidades. As substâncias 
infectantes são aquelas que podem causar doenças infecciosas em humanos e animais. 
 
Material Radioativo: Qualquer substância que emite radiação, exemplo: Urânio 
235, Césio 137, Cobalto 60. 
 
Substâncias Corrosivas: Causam severos danos quando em contato com tecidos 
vivos e ao meio ambiente em caso de vazamentos e acidentes. Exemplo: soda caustica, 
ácido sulfúrico. 
 
Substâncias e Artigos Diversos: Incluem-se nesta classe as substâncias e 
artigos que durante o transporte apresentam um risco não abrangido por quaisquer das 
outras classes. 
 
São 3, as principais vias de intoxicação por produtos químicos, são: 
1) Inação - Muito comum com produtos que tendem a evaporar, ao respirá-los oindivíduo pode sofrer de irritações a perda de consciência e morte. 
2) Absorção Cutânea - Quando o produto entra em contato com a pele do 
indivíduo causando contaminação, irritação ou destruição do tecido. 
3) Ingestão - Quando o indivíduo ingere acidentalmente pequenas quantidades 
da substância química ao fumar ou alimentar - se. 
 
10.1.1. Cargas Perigosas em Resumo: 
O transporte de produtos perigosos requer tratamento especial, principalmente em 
relação à segurança durante o manuseio, embalagem e transporte desse tipo de material. 
Diante disso, tem-se que viabilizar a logística de artigos restritos/perigosos de qualquer 
origem para qualquer destino, sempre de acordo com normas nacionais e internacionais 
em transporte aéreo, rodoviário e marítimo. 
 
Para tanto, deve-se transportar em total conformidade com a Resolução nº 420/04 
da ANTT para o transporte terrestre e para o transporte aéreo, conforme normas IATA / 
ICAO. 
 
 
65 Cargas Especiais e Perigosas 
Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 
10.1.2. Segurança no transporte 
Para transportar cargas perigosas com segurança, deve-se adotar as seguintes 
medidas: 
1. CLASSIFICAÇÃO DO MATERIAL ANTES DO TRANSPORTE: Conhecer o 
material a ser transportado é crucial. Saber quais são as suas propriedades 
físicas, vulnerabilidades e riscos associados ao seu transporte também é 
importante, garantindo assim o envio do produto sem qualquer tipo de risco. 
2. AMBIENTE DE DISTRIBUIÇÃO: As circunstâncias e a zona por onde o 
transporte será realizado envolvem cuidados e prevenção de riscos adicionais, 
que devem ser tomados em conta na preparação do transporte. 
3. REGULAMENTAÇÃO: O transporte de produtos perigosos pode envolver a 
necessidade de requerimentos especiais. Conhecer e cumprir a 
regulamentação não só ajuda na prevenção de riscos, como também evita a 
aplicação de multas. 
4. EMBALAGEM: Uma embalagem apropriada é essencial para o transporte 
seguro de uma mercadoria perigosa. Se ela estiver rachada ou danificada, 
ficam em risco não só quem trabalha no transporte do material, como também 
o próprio meio-ambiente. Sendo assim, a utilização de recipientes apropriados, 
material de amortecimento e absorvente e trancas seguras evitam riscos 
durante o transporte. 
5. DOCUMENTAÇÃO: Para o transporte de materiais perigosos, deve-se ter tudo 
registrado. Documentos com os detalhes do conteúdo e características do 
material a ser transportado facilitam todo o processo na cadeia logística. 
6. MARCAÇÃO E IDENTIFICAÇÃO: Todos os embarques devem ser marcados 
e identificados. Os envolvidos no transporte e movimentação dos materiais 
perigosos devem ter condições de identificar com clareza o tipo de produto com 
que trabalham e os riscos aos quais estão expostos. 
7. TREINAMENTO: Antes do manuseamento de cargas perigosas, é importante 
investir no treinamento das atividades específicas de cada operador. Essa 
preparação pode ser obtida por meio de seminários sobre as regras de 
manuseio de cargas perigosas. 
8. ALTERAÇÕES: Mudanças nas leis, propriedades dos materiais ou condições 
ambientais são inevitáveis. Somando-se as alterações de operação e 
fornecimento por parte de transportadoras e fornecedores, é fundamental que 
 
 
66 Cargas Especiais e Perigosas 
Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 
se monitore permanentemente todo o trajeto do produto e que se tomem ações 
preventivas e corretivas caso seja necessário. 
 
9. TRANSPORTADORA: Algumas transportadoras possuem requerimentos 
específicos e/ou limitações quanto ao transporte de materiais perigosos. Sendo 
assim, é preciso estar familiarizado com a transportadora e o método como 
esta atua, assim como com as capacidades tecnológicas da mesma. 
 
10. CONEXÃO: A ligação entre os diferentes elos da cadeia de abastecimento 
deve ser clara e eficiente. Situações imprevistas, variações e problemas, fora 
do planejado devem sofrer intervenção de imediato. Alterações nos produtos 
ou condições climáticas imprevistas devem ser comunicadas a todos os 
envolvidos no transporte. 
 
10.2. Cargas especiais ou indivisíveis 
São considerados transportes especiais, todos os veículos de carga que 
ultrapassem as dimensões e/ou pesos máximos fixados por lei ou que tenham 
características físico/operacionais que prejudiquem a segurança e a fluidez do tráfego. 
 
O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) conceitua carga 
indivisível como: 
 
Carga indivisível é carga unitária, representada por uma única peça estrutural ou 
por um conjunto de peças fixadas por rebitagem, solda ou outro processo, para 
fins de utilização direta como peça acabada ou ainda, como parte integrante de 
conjuntos estruturais de montagem ou de máquinas ou equipamentos e que pela 
sua complexidade, só possa ser montada em instalações apropriadas. (DNIT, 
2004) 
 
Segundo a Resolução 11 do DNIT, publicada em 25 de outubro de 2004, retificada 
em 04 de janeiro de 2005 e 16 de junho de 2005, são consideradas cargas indivisíveis e 
que necessitam de autorização ao ultrapassar as seguintes dimensões evidenciadas no 
Quadro um. 
 
 
 
 
 
 
67 Cargas Especiais e Perigosas 
Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 
Quadro 01 - Dimensões de Cargas Especiais 
Parâmetro Grandeza 
Largura 2,60 m 
Comprimento 8,60 m 
Altura 4,40 m 
Peso Bruto Total 45 t 
Fonte: DNIT, 2004 
 
10.3. Elaboração do Planejamento de Transporte 
O planejamento para uma operação de cargas especiais requer um trabalho 
minucioso em avaliar os possíveis itinerários, onde deverá ser considerada a 
infraestrutura viária, de modo a identificar rotas possíveis e econômicas, assim como 
localizar os prováveis pontos críticos e de risco, esse tipo de planejamento pode ser 
realizado em programas voltados para calcular as melhores rotas. 
 
O transporte de cargas especiais requer que os profissionais envolvidos no 
processo, tenham profundo conhecimento sobre a infraestrutura rodoviária, da frota 
adequada e ter capacidade em obter autorização especial de trânsito. 
 
Com esse planejamento há possibilidade de envolver na operação, empresas de 
telefonia, companhia de eletricidade, dentre outras, que irão dar suporte a operação, de 
modo a garantir o sucesso do transporte, dentro do roteiro estabelecido sem que ocorram 
problemas inesperados. 
 
 A identificação dos riscos contribui para a medição da complexidade do 
projeto: quanto maior a complexidade do empreendimento, maior são suas 
variáveis e, consequentemente, são maiores os riscos a serem gerenciados. 
 
 Outro fator significativo para o transporte das cargas indivisíveis é o 
acompanhamento realizado por veículos adequados e com a finalidade de efetuarem sua 
segurança, a escolta, auxilia nos casos em que o carregamento exceda as dimensões em 
largura, comprimento, altura e peso. 
 
 
 
68 Cargas Especiais e Perigosas 
Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 
10.4. Veículos e Equipamentos Especiais 
As cargas consideradas especiais devem ser transportadas em veículos e 
equipamentos adequados, que apresentem estruturas, estado de conservação e potência 
motora compatíveis com a força de tração a ser desenvolvida, assim como uma 
configuração de eixo, atendendo a distribuição de peso pró-eixo de tal modo que fique o 
mais próximo possível dos limites estabelecidos e as larguras sejam compatíveis com a 
segurança de trânsito. 
 
Os veículos constituídos de características especiais e destinados ao transporte de 
cargas excedentes e indivisíveis, incluindo-se reboques e semirreboques, não poderão 
transitar sem sinalização necessária para a identificação do produto transportado, e 
devem ser equipados de acordo com as normas de trânsito nacional. 
 
Para a efetivação de um serviço de carga especial indivisível, é necessário que a 
empresa indicada realize alguns procedimentos extremamente importantespara a 
prestação dos serviços (Guia do Transporte Rodoviário de Cargas, 2004): 
 Vistoria da peça a ser transportada ou desenho da mesma; 
 Verificação dos principais e possíveis pontos de apoio e amarração; 
 Especificar o tipo de veículo e/ou equipamento mais adequado para efetuar o 
transporte da carga especial; 
 Estudo de viabilização do trajeto-análise do gabarito horizontal e vertical. Em 
alguns casos, avaliação das obras por meio de laudo estrutural a ser 
confeccionada por uma empresa de engenharia especializada; 
 Apoio das concessionárias de serviços públicos que acompanham as 
travessias nas rodovias, como: trólebus, energia elétrica, telefonia, televisão a 
cabo, via férrea, rede semafórico, etc. 
 Consulta aos órgãos – Departamento Estadual de Rodagem (DER), 
Companhia de Engenharia de Trânsito (CET), Departamento Nacional de Infra-
Estrutura e Transporte (DNIT). 
 
10.5. Legislação Utilizada 
Toda e qualquer movimentação de cargas pesadas ou especiais, além de utilizar 
equipamentos especiais, requer um conhecimento da legislação pertinente seja ela 
nacional ou internacional e da infraestrutura disponível. 
 
 
69 Cargas Especiais e Perigosas 
Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 
No planejamento do transporte para cargas especiais, a empresa deverá ter uma 
certificação especial (AET – Autorização Especial de Transito), que costuma ser vista 
como uma etapa crítica no gerenciamento do transporte desse tipo de carga. 
 
O enquadramento de transportes nesta condição estará sujeito à análise e 
discussão entre o DER, Concessionárias, e Prefeituras Municipais, sobre as 
necessidades e operacionalidade dos transportes. 
 
E além da obtenção do AET, conforme o Artigo 101 do Código de Trânsito 
Brasileiro (CTB), a autorização para o transporte dessas cargas, é de responsabilidade da 
autoridade com jurisdição sobre a rodovia. Segundo a Revista SB-50 (2009), esse 
procedimento é necessário para identificar a jurisdição e quem é o órgão responsável, 
antes de programar a operação de qualquer carga, principalmente se forem cargas 
especiais, pois necessita de integração entre os órgãos para facilitar sua movimentação. 
 
No caso de rodovias federais a autoridade é o DNIT (Departamento Nacional de 
Infraestrutura), em vias estaduais a autorização é dada pelo Departamento de Estrada de 
Rodagem e nas vias municipais o envolvimento deverá ser com os órgãos municipais 
(Ex.: CET em São Paulo). 
 
As normas que regulamentam o transporte de cargas indivisíveis, excedentes em 
peso e/ou dimensões, estão baseadas no Código de Trânsito Brasileiro, em especial o 
Artigo 101, que por sua vez, garante a circulação por vias concedendo autorização 
especial de trânsito, desde que se tenha prazo certo, sendo validada para cada viagem. 
Bem como, em conformidade com as medidas de seguranças necessárias para a 
operação. Isso possibilita que cada órgão determine suas regras para esse tipo de 
transporte, em suas respectivas jurisdições (REVISTA SB-50, 2009). 
 
 
 
O transporte de cargas perigosas e de cargas especiais indivisíveis requer um 
grau elevado de planejamento e estudo. Toda a operação deve ser planejada 
de modo a garantir a integridade da carga, segurança da operação e que 
todos os aspectos legais sejam cumpridos. Além de adequar especificações 
técnicas, pesos e dimensões dos equipamentos aos conjuntos transportados, 
é necessário atuar com equipes especializadas e respeitar os horários 
 
 
70 Cargas Especiais e Perigosas 
Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 
determinados de tráfego, que limitam o trânsito deste tipo de carga. 
Também existe o acompanhamento de órgãos competentes de tráfego, 
estaduais e federais, concessionárias, companhia de energia e telefonia 
durante todo o processo. 
 
 
 
Título: O que todo caminhoneiro deve saber sobre cargas perigosas. 
Disponível em: http://blog.marcon.net.br/2018/07/27/o-que-todo-
caminhoneiro-deve-saber-sobre-cargas-perigosas/. 
 
 
 
 
 
CHRISTOPHER, Martin. Logística e Gerenciamento da Cadeia de 
Suprimentos, São Paulo, Editora Cengage Learning, 2ª Edição 2009. 
 
GUIA TRC, Guia do Transportador Rodoviário de Carga. Disponível em: 
. 
 
REVISTA RODOPIRO. Disponível em: http://www.transportepesado.com.br/ 
 
VALENTE, Amir Mattar. Qualidade e Produtividade nos Transportes. São 
Paulo, CENGAGE Learning, 1ª Edição, 2008. 
 
 
 
LEITURA COMPLEMENTAR 3 (recorte de artigo) 
 
ATUALIZAÇÃO DA LEGISLAÇÃO 
 Agência Nacional de Transportes Terrestres publicou em Diário Oficial da União nº 
241de 16 de dezembro de 2016 a Resolução ANTT nº 5232 de 14 de dezembro de 
2016 que aprova as Instruções Complementares ao Regulamento Terrestre (rodoviário 
e ferroviário) do Transporte de Produtos Perigosos e que irá substituir a Resolução 
ANTT nº 420/04 e resoluções que a atualizavam. 
 A Resolução ANTT nº 5232/16 estabelece o prazo de 12 (doze) meses, contados a 
partir da vigência desta Resolução, para exigência de cumprimento das disposições 
estabelecidas em seus anexos, também estabelecendo que os produtos perigosos 
embalados e identificados conforme os critérios estabelecidos no anexo à Resolução 
ANTT nº 420, de 12 de fevereiro de 2004 serão aceitos para transporte até o seu 
 
 
71 Cargas Especiais e Perigosas 
Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 
prazo de validade, desde que comprovado que foram embalados antes do término do 
prazo. 
 Os transportadores e expedidores terão até o dia 14 de Dezembro de 2017 (prazo 
limite) para se adequarem aos critérios estabelecidos na Resolução ANTT nº 5232/16. 
 
TRANSPORTE DE PRODUTOS DE HIGIENE PESSOAL, COSMÉTICOS E 
PERFUMARIA 
 Quando se tratar do transporte de produtos de higiene pessoal, cosméticos e 
perfumaria, classificados como produtos perigosos (conforme Capítulo 2 desta 
Resolução), não serão consideradas as proibições de carregamento comum, podendo 
ser transportados juntamente com os demais cosméticos, medicamentos, produtos de 
higiene pessoal e perfumaria ou objetos destinados ao uso/consumo humano ou 
animal, sem a necessidade de segregação, desde que o expedidor garanta que os 
produtos não apresentam riscos de contaminação. 
 5.4.1.7.1.1 Para expedições de produtos perigosos que atendam ao disposto no item 
3.4.5 (Transporte de produtos de higiene pessoal, cosméticos e perfumaria), a 
declaração do expedidor deve ser complementada com informação adicional de que 
não há risco de contaminação entre os produtos perigosos e os não perigosos. 
 
5.2.3.2 SETAS DE ORIENTAÇÃO 
 5.2.3.2.1 Embalagens combinadas com embalagens internas contendo produtos 
perigosos líquidos, embalagens simples equipadas com dispositivos de ventilação e 
recipientes criogênicos projetados para o transporte de gases liquefeitos refrigerados 
devem ser identificados com setas de orientação. 
 5.2.3.2.1.1 As setas de orientação devem ser colocadas em dois lados verticais 
opostos do volume e apontar corretamente para cima. Devem figurar dentro de um 
retângulo e terem dimensões proporcionais ao tamanho do volume, de forma que 
fiquem claramente visíveis. Opcionalmente, pode ser exibida uma borda retangular de 
linha contínua. 
 
5.4.1.3 INFORMAÇÃO EXIGIDA NO DOCUMENTO FISCAL PARA O TRANSPORTE DE 
PRODUTOS PERIGOSOS 
O Documento Fiscal para o transporte de produtos perigosos deve conter, para cada 
substância, produto ou artigo a ser transportado, as informações a seguir: 
a) O número ONU, precedido das letras “UN” ou “ONU”; 
b) O nome apropriado para embarque, conforme disposto no item 3.1.2; 
c) O número da Classe de Risco principal ou, quando aplicável, da Subclasse de Risco 
do produto; 
 
 
72 Cargas Especiais e Perigosas 
Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 
d) Quando aplicável, o número da Classe ou da Suclasse dos riscos subsidiários 
correspondentes, figuradoentre parênteses, depois do número da Classe ou da 
Subclasse de Risco principal; 
e) O Grupo de Embalagem correspondente à substância ou artigo, podendo ser 
precedido das letras “GE”; 
f) A quantidade total por produto perigoso abrangido pela descrição (em volume, massa, 
ou conteúdo líquido de explosivos, conforme apropriado). Quando se tratar de 
embarque com quantidade limitada por veículo, o documento fiscal deve informar o 
peso bruto do produto expresso em quilograma. 
 
5.4.1.7 DECLARAÇÃO DO EXPEDIDOR 
 “Declaro que os produtos perigosos estão adequadamente classificados, embalados, 
identificados, e estivados para suportar os riscos das operações de transporte e que 
atendem às exigências da regulamentação”. 
 5.4.1.7.2 A Declaração deve ser assinada e datada pelo expedidor, e deve conter 
informação que possibilite a identificação do responsável pela sua emissão (por 
exemplo, número do RG, do CPF ou do CNPJ), exceto quando apresentada 
impressa no Documento Fiscal. 
 
Fonte do artigo: https://www.twtransportes.com.br/wp-content/uploads/Atualiza%C3%A7%C3%A3o-da-
Legisla%C3%A7%C3%A3o-Resolu%C3%A7%C3%A3o-ANTT-5232.pdf. 
 
 
 
1 Plano de Ensino – Cargas Especiais e Perigosas 
Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 
 
PLANO DE ENSINO 
 
Disciplina: Cargas Especiais e Perigosas 
Professor(a): Me Lucimara Acosta 
Carga Horária: 60 horas Ano Letivo: 2025/2 
 
OBJETIVOS 
 
OBJETIVO GERAL: 
Propiciar aos alunos conhecimentos sobre o transporte de cargas perigosas e cargas especiais. 
 
OBJETIVOS ESPECÍFICOS: 
A disciplina visa à capacitação de alunos sobre legislação, documentação e resguardo/sinalização de 
produtos perigosos e cargas especiais ou indivisíveis. 
 
EMENTA 
 
Capacitar o aluno visando observar as técnicas e métodos quantitativos para otimização dos problemas 
considerando-se Cargas Especiais e Perigosas, bem como os principais recursos e características voltadas 
para este processo. 
 
PLANO DETALHADO DE ENSINO 
 
1. PRINCIPAIS CONCEITOS E INTRODUÇÃO AOS ASPECTOS LEGAIS 
1.1 Introdução aos Aspectos Legais 
1.2 O Transporte de Produtos Perigosos 
1.2.1 Segurança 
 
2. MEIOS, RISCOS E ÓRGÃOS REGULADORES DO TRANSPORTE DE CARGAS ESPECIAIS E 
PERIGOSAS. 
2.1 Os Meios de Transporte para Produtos Perigosos 
2.2 Os Riscos do Transporte 
2.3 Órgãos Reguladores 
2.4 Responsabilidades Legais nos Acidentes de Transporte Rodoviário de Produtos Perigosos 
 
3. DOCUMENTAÇÃO 
3.1 Introdução 
3.2 A Embalagem 
3.3 Os Documentos 
3.4 Informações sobre os produtos 
3.5 Painel de Segurança 
3.6 Rótulo de Risco 
3.7 Ficha de Emergência 
 
4. LEGISLAÇÃO 
4.1 Introdução às Proibições 
4.2 Meio Ambiente e o Transporte terrestre de Cargas Perigosas 
 
5. TRANSPORTE DE CARGAS PERIGOSAS POR VIA MARÍTIMA 
5.1 Introdução 
5.2 Definições Gerais 
5.3 Normas e Requisitos para o Transporte de Cargas Perigosas por Via Marítima 
5.4 Substâncias a Granel: Sólidas, Líquidas e Gases Liquefeitos 
 
 
 
2 Plano de Ensino – Cargas Especiais e Perigosas 
Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 
 
5.5 Requisitos Operacionais para Embalar Cargas Perigosas 
5.6 Homologação para o Transporte de Mercadorias Perigosas 
 
6. TRANSPORTE DE CARGAS PERIGOSAS POR VIA AÉREA 
6.1 Orientações Gerais para o Transporte de Carga Perigosa pelo Modal Aéreo 
6.2 Check List para Incidentes com Produtos Perigosos no Modal Aéreo – ANTES E APÓS A 
DECOLAGEM 
6.3 Check List para Incidentes com Produtos Perigosos no Modal Aéreo – APÓS O POUSO 
6.4 Classificação de Produtos Perigosos – AÉREO: 
 
7. CARGAS ESPECIAIS OU INDIVISÍVEIS 
7.1 Introdução 
7.2 Definição – Cargas Especiais ou Indivisíveis 
7.3 Sobre o Transporte de Cargas Indivisíveis 
7.4 Legislação do transporte de cargas indivisíveis 
7.5 Transporte de Cargas Especiais no Brasil 
 
8. DOCUMENTAÇÃO 
8.1 Definições Importantes para o Conhecimento de Cargas Especiais ou Indivisíveis. 
8.2 Documentos necessários para obter Autorizações Especiais de Trânsito 
8.3 Artigo 101 
8.4 Sinalização dos Veículos em Geral 
8.5 Batedores – Contratação 
 
9. REVISÃO 
9.1 Introdução 
9.2 Carga Perigosa: Segurança no transporte 
9.3 Cargas Especiais ou Indivisíveis: Segurança no transporte 
9.4 Elaboração do Planejamento de Transporte Especial 
9.5 Veículos e Equipamentos especiais 
9.6 Legislação Utilizada 
 
METODOLOGIA 
 
A metodologia utilizada pela Universidade é composta por videoaulas, leituras, exercícios e fóruns, 
dessa forma, as disciplinas são estruturadas pedagogicamente de acordo com os cronogramas dos 
cursos para garantir um aprendizado efetivo dos alunos. 
 
A consulta frequente ao ambiente virtual de aprendizagem é uma premissa para um aprendizado de 
qualidade, com novas aulas e tarefas postadas a cada semana. 
 
Existe ainda um suporte técnico para utilização do ambiente virtual de aprendizagem, através do e-
mail da Diretoria de Educação a Distância (EAD) - ead@unisanta.br 
 
FORMA DE AVALIAÇÃO 
 
O sistema de avaliação dos cursos tecnólogos ofertados pela Universidade Santa Cecília na modalidade 
à distância, compreende: 
 
a. Provas por disciplina, aplicadas presencialmente, para avaliar o conjunto de competências e 
habilidades, com valor de 55% da nota final; 
mailto:ead@unisanta.br
 
 
 
3 Plano de Ensino – Cargas Especiais e Perigosas 
Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 
 
b. Avaliação das atividades disciplinares realizadas no decorrer da disciplina via Web no ambiente 
virtual de aprendizagem, com valor de 45% da nota final; 
 
O aluno que não realizar a prova presencial prevista fará o exame. O aluno que não fizer o exame é 
automaticamente reprovado na disciplina, devendo cumpri-la novamente e integralmente, nos termos 
da legislação vigente. Provas presenciais e exames estão previstos no cronograma do curso. Veja no 
AVA. 
 
BIBLIOGRAFIA BÁSICA 
 
LUMARE JUNIOR, G. Valor Econômico do cliente no transporte: uma teoria das encomendas. São 
Paulo: Pearson Prentice Hall, 2007. (BV) 
 
NYEGREY, João Alfredo Lopes. Legislação aduaneira, comércio exterior e negócios internacionais. 
Curitiba: Intersaberes, 2016. (BV) 
SCHLÜTER, Mauro Roberto. Sistemas logísticos de transportes. São Paulo, Intersaberes, 2012. (BV) 
 
BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR 
 
CAMPOS, L.F.R. Logística: teia de relações. Curitiba: Intersaberes, 2013. (BV) 
 
CHOPRA, S.; MEINDL, P. Gestão da Cadeia de Suprimentos: estratégia, planejamento e operações. 4.ed. 
São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2011. (BV) 
 
RAZOLLINI FILHO, E. Logística Empresarial no Brasil: tópicos especiais. Curitiba: Intersaberes, 2012. (BV) 
 
TAYLOR, David A. Logística na Cadeia de Suprimentos. 1.ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2005. (BV) 
 
VITORINO, C.M. Logística. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2012. (BV) 
 
 
 
 
1 Planejamento Semanal 
Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 
 
Cara(o) aluna(o), a modalidade de educação a distância exige um perfil diferenciado para seu aluno, 
pois ele deve ter disciplina e organização, bem como, boa leitura e escrita. O Planejamento Semanal é 
pensado nessas características. Procure se organizar dividindo o seu tempo buscando realizar as 
leituras, assistir as videoaulas e realizar as atividades dentro do prazo, visando um melhor 
aproveitamento da disciplina. 
 
IMPORTANTE! Em caso de dúvidas acione os professores tutores, o próprio professor da disciplina ou a 
coordenação, pois nós todos estamos a sua disposição para esclarecimentos de dúvidas. 
 
CARGAS ESPECIAIS E PERIGOSAS 
Planejamento Semanal 1 
 
IDENTIFICAÇÃO DOCENTE 
 
Professor(a): Me. Lucimara Acosta 
Objetivos: 
 Capacitar o aluno visando observar as técnicas e métodos quantitativos para otimização dos problemas. 
 Considerar Cargas Especiais e Perigosas como um transporte diferenciado. 
 Principais recursos e características voltadas para o processo de locomoção e escolha de modais 
adequados. 
 Entendera importância da escolha do tipo de transporte e os aspectos legais envolvidos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ATIVIDADES 
 
1 Ambientação 
Duração: 01 hora Não é necessário envio de arquivo 
 
Caro aluno, estamos iniciando mais uma disciplina. Você já deve ter notado que há agora um ambiente 
específico para seu curso. Nesse ambiente estão todas as informações importantes para o andamento do 
semestre. Nele estão as Regras do Semestre\disciplina com os detalhes de como será o semestre, o 
cronograma das aulas, provas, etc. 
 
Enfim, tudo aquilo que você precisa saber para ter um semestre tranquilo e poder se dedicar aos estudos. 
 
Atente para a dinâmica da disciplina, que trabalhará um conteúdo de cada vez. Com isso você tem um ganho 
pedagógico importante e poderá concentrar seu aprendizado num único assunto o que permitirá um maior 
acúmulo de conhecimento. 
 
Desenvolva todas as suas atividades e leia atentamente o guia da disciplina e os planejamentos semanais. 
 
2 Videoaula 1 
Duração: 01 hora Não é necessário envio de arquivo 
 
Atividade: Assista à videoaula 1 dessa semana sobre o tema: “Cargas Especiais e Perigosas: Principais 
conceitos e introdução aos aspectos legais”, o objetivo desta aula é apresentar para você as noções básicas 
e principais conceitos e fundamentos sobre o transporte de cargas especiais e perigosas. 
 
Esse conteúdo integra aos demais conteúdos da semana e vai permitir a você uma visão maior sobre o que a 
área trata e onde podemos aplicar os conhecimentos. Durante nosso curso faremos algumas sugestões que 
auxiliará para as atividades de avaliação. 
 
 
 
 
2 Planejamento Semanal 
Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 
 
Objetivo da Atividade: Auxiliar nos estudos. 
 
Ação: Faça uma análise do que vem a ser carga perigosa e o papel do transporte e sua função no transporte 
das mesmas. Essa ação é fundamental para o seu entendimento sobre a disciplina e será importante no 
decorrer da avaliação final. 
 
3 Leitura do texto 1 
Duração: 01 hora Não é necessário envio de arquivo 
 
Atividade: Após ter assistido à videoaula 1, você deve agora fazer a leitura do texto “Cargas Especiais e 
Perigosas: Principais conceitos e introdução aos aspectos legais” correspondente no Guia da Disciplina. Esse 
texto complementa seu aprendizado e reforça os principais conceitos apresentados. 
 
Objetivo da Atividade: Auxiliar nos estudos 
 
Ação: Após a leitura, faça um resumo dos principais pontos discutidos no texto, alinhando com o que você 
compreende sobre transporte de carga perigosa. NÃO é necessário o envio de arquivo. 
 
4 Videoaula 2 
Duração: 01 hora Não é necessário envio de arquivo 
 
Atividade: Assista à videoaula 2 dessa semana sobre o tema “Meios, Riscos e Órgãos Reguladores do 
Transporte de Cargas Especiais e Perigosas”. Nesta videoaula objetivo é esclarecer quais os meios, os 
principais riscos e as entidades que regulamentam os transportes de cargas perigosas e especiais. 
 
Esse conteúdo integra aos demais conteúdos da semana e vai permitir a você uma visão maior sobre as 
tratativas dos modais. Durante nosso curso faremos algumas sugestões que auxiliará para as atividades de 
avaliação. 
 
Objetivo da atividade: Auxiliar nos estudos 
 
Ação: Faça uma análise sobre o que vem a ser riscos e órgãos reguladores e a importância do mesmo na 
gestão eficiente de uma empresa. Essa ação é fundamental para o seu entendimento sobre a disciplina e será 
importante no decorrer da avaliação final. 
 
5 Leitura do texto 2 
Duração: 01 hora Não é necessário envio de arquivo 
 
Atividade: Após ter assistido a videoaula 2 faça a leitura do texto Meios, Riscos e Órgãos Reguladores do 
Transporte de Cargas Especiais e Perigosas” encontrado no guia da disciplina. Esse texto complementa seu 
aprendizado e reforça os principais conceitos apresentados. 
 
Objetivo da Atividade: Auxiliar nos estudos 
 
Proposta: Após ver a videoaula 2 e ler o texto 2, faça um resumo dos principais pontos discutidos no texto, 
alinhando com o que já vimos na videoaula. Esse texto complementa seu aprendizado e reforça os principais 
contextos apresentados. 
 
 
 
 
3 Planejamento Semanal 
Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 
 
6 Videoaula 3 
Duração: 01 hora Não é necessário envio de arquivo 
 
Atividade: Assista a videoaula 3 dessa semana sobre o seguinte tema: Cargas especiais e perigosas: 
Documentação. Essa videoaula irá tratar dos documentos necessários ao transporte de cargas perigosas. 
Esse conteúdo integra aos demais conteúdos da semana e vai permitir a você uma visão maior sobre o que a 
nossa área trata e onde podemos aplicar nossos conhecimentos 
 
Objetivo da atividade: Auxiliar nos estudos 
 
Ação: Faça uma análise sobre a importância da documentação no transporte de cargas perigosas. Essa ação é 
fundamental para o seu entendimento sobre a disciplina e será importante no decorrer da avaliação final. 
 
7 Leitura do texto 3 
Duração: 02 horas Não é necessário envio de arquivo 
 
Atividade: Leia o texto 3 “Cargas especiais e perigosas: Documentação”, que poderá ser encontrado no guia 
da disciplina, trata sobre a importância do uso correto e legal dos documentos referentes ao transporte de 
carga perigosa. Esse texto complementa seu aprendizado e reforça os principais conceitos apresentados. 
 
Objetivo da atividade: Auxiliar nos estudos 
 
Ação: Faça uma análise da importância do gestor logístico na escolha e análise dos documentos a serem 
utilizados durante o transporte de carga perigosa. Esse texto complementa seu aprendizado e reforça os 
principais contextos apresentados. 
 
8 Fórum de discussão 
Duração: 02 horas Encerramento disponível na atividade 
 
Atividade: O fórum é uma ferramenta altamente importante para o andamento da disciplina, uma vez que 
permite ao aluno expressar sua opinião sobre o tema proposto, bem como interagir com os demais colegas. 
A produção de conhecimento realizada num fórum, além de transformadora, é extremamente útil para a 
disciplina. Não deixe de participar! 
 
Postagem: Fórum Semanal 1 
 
Ação 1: Aqui iremos instituir um fórum de discussão que deverá ter os questionamentos e procedimentos 
que deverão servir de parâmetros para sua avaliação final. As respostas devem ser realizadas em até 50 
palavras. 
 
OBS.: CASO O ALUNO USE A INTERNET COMO FONTE DE PESQUISA É OBRIGATÓRIA A APRESENTAÇÃO DA 
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA, SE NÃO OCORRER A QUESTÃO PERDERÁ O VALOR. 
 
Em relação a afirmação abaixo identifique e explique o papel do gestor logístico no processo de 
transporte de cargas perigosas. 
https://jovempan.com.br/programas/jornal-da-manha/cresce-o-numero-de-acidentes-com-cargas-
perigosas-nas-estradas-no-brasil.html (acesso em 23/05/2025) 
 
 
 
4 Planejamento Semanal 
Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 
 
Número de acidentes com cargas perigosas aumentam no Brasil. Setor de transporte e logística ressalta 
despreparo de motoristas e estradas sem infraestrutura para as atuais carretas com grande capacidade de 
transporte. No ano passado, houve 1.095 ocorrências no país, uma média mensal de 91 registros, contra 
939 em 2020, 78 por mês. O vice-presidente da Associação Brasileira de Transporte e Logística, Sérgio 
Sukadolnick, ressalta que a entidade realiza a análise dos pontos de maior incidência e sinistros, veículos e 
causas como forma de redução dos acidentes. “Os motoristas, de forma geral, desse tipo de composição 
não foram treinados para isso. Embora eles estejam habilitados com a categoria E, para esse tipo de 
equipamento, mas eles não têm as noções que são necessárias para dirigir um equipamento desse, 
principalmente com relação as alças de acesso das rodovias e, aí, entra um outro programa, as rodovias 
não foram criadas para esse tipo de transporte”, afirma. 
Segundo a Associação Brasileira de Transporte e Logística de Produtos Perigosos (ABTLP), os líquidos 
inflamáveis concentram as ocorrências, com 640 casos, e em 40% dos sinistrosforam originados avaria 
mecânica. Em 488 não tiveram nenhuma contaminação ao meio ambiente. “Envolver também o 
contratante de transportes nessas responsabilidades, isso é, eu sempre digo que quem detém o poder 
econômico é quem realmente teria que ter um controle maior sobre o que ele está contratando, uma gestão 
sobre os treinamentos dos motoristas, sobre a manutenção, enfim, diversas ferramentas que devem ser 
obrigadas pelo contratante no momento em que realiza o contrato de transporte para essas empresas”, 
defende Sukadolnick. 
 
Ação 2: Você pode consultar livros se quiser para escrever, mas aqui deverá comentar a resposta de algum 
colega seu completando-a. Quando se referir a algum colega deverá citar seu nome e dizer se concorda ou 
discorda da resposta dada e justificar. 
 
9 Teste 1 
Duração: 02 horas Encerramento disponível na atividade 
 
Neste questionário você terá as questões que contemplam o conteúdo da disciplina dada até aqui. Faça uma 
leitura dos textos anexados e responda com calma. 
 
Preste atenção: Esta atividade irá compor a nota de participação do aluno. 
 
Objetivo do Questionário: Este questionário tem como objetivo incentivá-lo a revisar o conteúdo estudado 
nas videoaulas e atividades propostas desta semana e prepará-lo para futuras avaliações. É extremamente 
importante que você responda estas questões, pois além de fixar o conteúdo, o resultado deste questionário 
irá compor a sua nota de planejamento semanal do módulo correspondente. 
 
Observação: Esta atividade é individual. O link deste questionário está disponível no AVA. 
 
10 Leitura de fixação 
Duração: 02 horas Não é necessário envio de arquivo 
 
Atividade: A proposta dessa atividade é mostrar a você que um profissional que atuará na área de logística 
precisa também conhecer sobre o tema que estamos abordando nessa semana. 
 
Objetivo da atividade: Auxiliar nos estudos e fixação de conteúdo. 
 
Leia no link: https://dclogisticsbrasil.com/logistica-de-cargas-perigosas-5-questoes-que-voce-deve-ficar-
atento/. Descubra o que caracteriza uma carga perigosa, quais são os principais cuidados que devem ser 
adotados durante o seu transporte e o que pode ocorrer caso eles sejam negligenciados. Acesso em: 
23/05/2025. 
 
 
 
5 Planejamento Semanal 
Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 
 
11 Filme 1 
Duração: 01 hora Não é necessário envio de arquivo 
 
Atividade: Assista ao filme “Nova regra para produtos perigosos | BRC ” disponível no link abaixo e procure 
prestar atenção nas situações que são apresentadas. Entendendo a importância do planejamento e a 
preocupação em conhecer o produto que sendo transportado. 
 
“O filme retrata a importância de um planejamento de transporte bem elaborado levando em 
consideração o tempo, prazo, distância e modais escolhidos para a realização do transporte de carga assim 
como a importância da sinalização correta dos produtos. ” 
 
Objetivo da atividade: Auxiliar nos estudos 
 
Ação: Após assistir o filme faça uma resenha contendo os principais tópicos abordados e verifique a 
importância das novas regras utilizadas. A resenha deve conter 15 linhas. Essa resenha não precisa ser 
entregue, mas será fundamental para a resposta da avaliação final da disciplina. 
 
Link: https://www.youtube.com/watch?v=B_fvdU7iK5U – Acesso em 23/05/2025. 
 
12 Atividade – Leitura complementar 1 
Duração: 02 horas Não é necessário envio de arquivo 
 
Atividade: A leitura “Risco químico” (Recorte de artigo) permite fazermos uma análise um pouco mais 
profunda dos riscos apresentados pelos produtos químicos. E que não é possível estabelecer uma regra geral 
que garanta a segurança no manuseio de todas as substâncias químicas. 
 
Objetivo da atividade: Auxiliar nos estudos 
 
Ação: Leia a Leitura complementar 1 disponível e faça crítica sobre o transporte e as mudanças que estão 
ocorrendo no mercado competitivo. O conteúdo deverá ser usado como suporte de conhecimento para 
atividades posteriores. 
 
(Leitura complementar 1 encontra-se na 1ª semana do guia da disciplina após o texto número 3) 
 
13 Artigo 
Duração: 01 hora Não é necessário envio de arquivo 
 
Atividade: Leia o artigo “Irregularidade no transporte de cargas perigosas é ameaça na estrada”, 
disponível no link abaixo e procure prestar atenção nas situações que são apresentadas. Em especial, o caso 
apresentado sobre a manutenção dos transportes. 
 
Objetivo da atividade: Auxiliar nos estudos 
 
Ação: Você deverá analisar a importância do transporte para o transporte de cargas perigosas e na redução 
de custos, não há necessidade de envio de arquivo. 
 
Link: https://ocarreteiro.com.br/ultimas-noticias/irregularidade-no-transporte-de-cargas-perigosas-e-uma-
ameaca-na-estrada/ – Acesso em 23/05/2025. 
 
 
 
 
 
6 Planejamento Semanal 
Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 
 
14 Esquema 
Duração: 01 hora Não é necessário envio de arquivo 
 
Atividade: O esquema é de suma importância para que possamos analisar o processo de análise sobre um 
acidente que poderá ser trabalhado de acordo com o grau de complexidade do problema apresentado. Não 
é necessário entregar as respostas. 
 
Objetivo da atividade: Auxiliar nos estudos. 
 
Ação: Observe o esquema apresentado e faça uma análise do papel do gestor logístico em caso de um 
acidente com carga perigosa e a função do gestor na redução dos custos apresentados. Não há necessidade 
do envio de arquivo. 
 
15 Filme 2 
Duração: 01 hora Não é necessário envio de arquivo 
 
Atividade: Assista ao filme “Licenças para Transporte de Produtos Perigosos e Controlados Resumido” 
disponível no link abaixo e procure prestar atenção nas situações que são apresentadas. Entendendo a 
importância do uso adequado de documentação. 
 
“O filme retrata a importância e preocupação de produtos com suas respectivas documentações e 
informações que devem seguir à risca a exigência legal. Apresentando as diferenças entre produtos 
controlados e perigosos”. 
 
Objetivo da atividade: Auxiliar nos estudos 
 
Ação: Após assistir o filme faça uma resenha contendo os principais tópicos abordados e verifique a 
importância do gestor logístico entender o tipo de produto a ser transportado e a importância do documento 
legal. A resenha deve conter 15 linhas. Essa resenha não precisa ser entregue, mas será fundamental para a 
resposta da avaliação final da disciplina. 
Link: https://www.youtube.com/watch?v=rtIpHKRJnms - Acesso em 23/05/2025. 
 
 
 
1 Planejamento Semanal 
Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 
 
CARGAS ESPECIAIS E PERIGOSAS 
Planejamento Semanal 2 
 
IDENTIFICAÇÃO DOCENTE 
 
Professor(a): Me. Lucimara Acosta 
Objetivos: 
 Estudar a legislação brasileira, leis e normas, para o transporte de cargas especiais e perigosas. 
 Entender as características principais para a realização do transporte de cargas perigosas. 
 Características específicas por via marítima e por via aérea. 
 Importância do meio ambiente em relação ao transporte de carga perigosa. 
 
ATIVIDADES 
 
1 Ambientação 
Duração: 02 horas Não é necessário envio de arquivo 
 
Caro aluno, estamos iniciando mais uma disciplina. Você já deve ter notado que há agora um ambiente 
específico para seu curso. Nesse ambiente estão todas as informações importantes para o andamento do 
semestre. Nele estão as Regras do Semestre\disciplina com os detalhes de como será o semestre, o 
cronograma das aulas, provas, etc. 
 
Enfim, tudo aquilo que você precisa saber para ter um semestre tranquilo e poder se dedicar aos estudos. 
 
Atente para a dinâmica da disciplina, que trabalhará um conteúdo de cada vez. Com isso você tem um ganho 
pedagógico importante e poderá concentrar seu aprendizado num único assunto o que permitirá um maior 
acumulo de conhecimento. 
 
Desenvolva todas as suas atividades e leia atentamente o guia da disciplina e os planejamentos semanais. 
 
2 Videoaula 4 
Duração: 01 hora Não é necessário enviode transporte. 
 
 
2º. Transporte de carga a granel de substância perigosa ao meio ambiente 
(número ONU 3082) 
 
 
7 Cargas Especiais e Perigosas 
Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 
 
3º. Transporte de carga fracionada de produtos perigosos iguais (número 
ONU) e riscos iguais (número de risco) na mesma unidade de transporte. 
 
 
 
 
Para melhor compreensão sobre o transporte de cargas perigosas assista ao 
vídeo do Canal Aquaviário do Settaport de Santos/SP: 
https://www.youtube.com/watch?v=E9vBpL07oWQ. 
 
 
 
8 Cargas Especiais e Perigosas 
Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 
 
 
CHRISTOPHER, Martin. Logística e Gerenciamento da Cadeia de 
Suprimentos, São Paulo, Editora Cengage Learning, 2ª Edição 2009. 
 
CONSELHO REGIONAL DE QUÍMICA DA 4ª REGIÃO. Disponível em: 
http://www.crq4.org.br/quimicaviva_produtos_perigosos 
 
SOARES, Guido Fernando Silva Soares. Direito Internacional do Meio 
Ambiente, Emergência, Obrigações e Responsabilidades. São Paulo, Editora 
Atlas, 2011. 
 
VALENTE, Amir Mattar. Qualidade e Produtividade nos Transportes. São 
Paulo, CENGAGE Learning, 1ª Edição, 2008. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
9 Cargas Especiais e Perigosas 
Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 
2. MEIOS, RISCOS E ÓRGÃOS REGULADORES DO TRANSPORTE 
DE CARGAS PERIGOSAS 
 
Objetivo 
O objetivo desta aula é esclarecer quais os meios, os principais riscos e as 
entidades que regulamentam os transportes de cargas perigosas e especiais. 
 
Introdução 
São legalmente considerados como meios de transporte para produtos perigosos: 
 Caminhões fechados ou carretas de carroceria de madeira ou tipo baú. 
 Caminhões ou carretas-tanque de líquidos inflamáveis. 
 Carretas pressurizadas para o transporte de gases. 
 Tanques instalados em caminhões, barcas, vagões ferroviários ou navios. 
 Navios-tanque. 
 Vagões-tanque. 
 Containers especiais para o transporte de graneis sólidos ou inflamáveis. 
 Cilindros para gases. 
 Transporte aéreo. 
 
2.1. Os Riscos do Transporte 
A intensidade do risco de acidentes está associada a um produto perigoso e 
dependerá de alguns fatores relacionados com a sua manipulação, transporte, 
identificação, comunicação e estocagem que podemos estabelecer da seguinte forma: 
 Técnicas de transferência 
 Quantidades transportadas 
 Técnicas de embalagem, identificação e rotulagem 
 Compatibilidade com outros produtos transportados em conjunto. 
 
Sem dúvida nenhuma, o maior risco de acidente e suas consequências é o de 
explosão, cujos efeitos são sempre imprevisíveis e, na maioria das vezes, provocam 
grandes danos ao meio ambiente. 
 
 
 
10 Cargas Especiais e Perigosas 
Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 
2.1.1. Órgãos Reguladores 
Órgãos reguladores são aqueles que intervêm, interagem, legislam e normatizam 
as operações e atividades de uma determinada indústria e/ou área de atuação. No caso 
do transporte de produtos perigosos a regência do processo é determinada pelas regras 
internacionais estabelecidas pela ONU, mas também pelo tipo do modal, por exemplo – 
no transporte rodoviário, o mais frequente no Brasil, temos: 
 
CONTRAN - Conselho Nacional de Trânsito 
Estabelece as normas regulamentares e as diretrizes da Política Nacional de 
Trânsito; além de coordenar os órgãos do Sistema Nacional de Trânsito, objetivando a 
integração de suas atividades. 
 
DENATRAN - Departamento Nacional de Trânsito 
Segundo o disposto no art. 19 do Código de Trânsito Brasileiro, competem ao 
órgão máximo executivo de trânsito da União: 
 Cumprir e fazer cumprir a legislação de trânsito e a execução das normas e 
diretrizes estabelecidas pelo CONTRAN, no âmbito de suas atribuições; além 
de proceder à supervisão, à coordenação, à correição dos órgãos delegados, 
ao controle e à fiscalização da execução da Política Nacional de Trânsito e do 
Programa Nacional de Trânsito. 
 
ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas 
Fundada em 1940, a ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas é o órgão 
responsável pela normalização técnica no país, fornecendo a base necessária ao 
desenvolvimento tecnológico brasileiro. 
 
É uma entidade privada, sem fins lucrativos, reconhecida como Fórum Nacional de 
Normalização – ÚNICO – e é membro fundador da ISO - International Organization for 
Standardization, da COPANT - Comissão Pan-americana de Normas Técnicas e da AMN 
– Associação Mercosul de Normalização. 
 
Entre as Normas ABNT relativas ao transporte, manuseio e armazenamento de 
produtos perigosos relacionamos apenas as que trazem as diretrizes básicas do 
assunto, portanto a listagem de normas abaixo apresentadas não é taxativa sobre o 
tema: 
 
 
11 Cargas Especiais e Perigosas 
Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 
 NBR 7500 – Identificação para o Transporte Terrestre, Manuseio, 
Movimentação e Armazenamento de Produtos (2005); 
 NBR 7501 – Transporte Terrestre de Produtos Perigosos – Terminologia 
(2005); 
 NBR 7503 – Ficha de Emergência e Envelope para o Transporte Terrestre de 
Produtos Perigosos – Características, Dimensões e Preenchimento (2005); 
 NBR 9735 – Conjunto de Equipamentos para Emergências no Transporte 
Terrestre de Produtos Perigosos (2005); 
 NBR 10271 – Conjunto de Equipamentos para Emergências no Transporte 
Rodoviário de Ácido Fluorídrico (2005); 
 NBR 12982 – Desvaporização de Tanque para Transporte Terrestre de 
Produtos Perigosos – Classe de Risco 3 – Líquidos Inflamáveis (2003); 
 NBR 13221 – Transporte Terrestre de Resíduos (2005); 
 NBR 14064 – Atendimento a Emergência no Transporte Terrestre de Produtos 
Perigosos (2003); 
 NBR 14095 – Área de Estacionamento para Veículos Rodoviários de 
Transporte de Produtos Perigosos (2003); 
 NBR 14619 – Transporte Terrestre de Produtos Perigosos - Incompatibilidade 
Química (2005); 
 
INMETRO - Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade 
Industrial 
O Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial - Inmetro - 
é uma autarquia federal, vinculada ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria e 
Comércio Exterior, que atua como Secretaria Executiva do Conselho Nacional de 
Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (Conmetro), colegiado interministerial, 
que é o órgão normativo do Sistema Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade 
Industrial (Sinmetro). 
 
O Sinmetro, o Conmetro e o Inmetro foram criados pela Lei 5.966, de 11 de 
dezembro de 1973, cabendo a este último substituir o então Instituto Nacional de Pesos e 
Medidas (INPM) e ampliar significativamente o seu raio de atuação a serviço da 
sociedade brasileira. 
 
 
 
12 Cargas Especiais e Perigosas 
Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 
No âmbito de sua ampla missão institucional, o Inmetro tem por objetivo fortalecer 
as empresas nacionais, aumentando sua produtividade por meio da adoção de 
mecanismos destinados à melhoria da qualidade de produtos e serviços. 
 
Seu papel principal é executar as políticas nacionais de metrologia e da qualidade; 
verificando a observância das normas técnicas e legais, no que se refere às unidades de 
medida, métodos de medição, medidas materializadas, instrumentos de medição e 
produtos pré-medidos. 
 
Entre os principais documentos emitidos pelo Inmetro, relacionados com o 
Transporte Rodoviário de Produtos Perigosos, pode-se destacar: 
 RTQ-1i – Inspeção Periódica de Equipamentos para o Transporte Rodoviário 
de Produtos Perigosos a Granel – Grupo 1; 
 RTQ-1c – Inspeção na Construção de Equipamentos para o Transporte 
Rodoviário de Produtos Perigosos a Granel – Grupo 1; 
 RTQ-3i – Inspeção Periódica de Equipamentos para o Transporte Rodoviário 
de Produtos Perigosos a Granel – Grupos 3 e 27E; 
 RTQ-3c – Inspeção na Construção de Equipamentosde arquivo 
 
Atividade: Assista à videoaula 4 dessa semana sobre o tema: “Transporte de cargas perigosas: Legislação”, 
o objetivo desta aula é apresentar para você as noções sobre o transporte de cargas perigosas e a legislação 
aplicada aos diferentes tipos de cargas. 
Esse conteúdo integra aos demais conteúdos da semana e vai permitir a você uma visão maior sobre o que a 
área trata e onde podemos aplicar os conhecimentos. Durante nosso curso faremos algumas sugestões que 
auxiliará para as atividades de avaliação. 
 
Objetivo da Atividade: Auxiliar nos estudos. 
 
Ação: Faça uma análise sobre a importância da legislação para o transporte de cargas perigosas e a função 
do gestor logístico no processo. Essa ação é fundamental para o seu entendimento sobre a disciplina e será 
importante no decorrer da avaliação final. 
 
 
 
 
2 Planejamento Semanal 
Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 
 
3 Leitura do texto 4 
Duração: 02 horas Não é necessário envio de arquivo 
 
Atividade: Após ter assistido à videoaula 4, você deve agora fazer a leitura do texto “Transporte de cargas 
perigosas: Legislação” correspondente no Guia da Disciplina. Esse texto complementa seu aprendizado e 
reforça os principais conceitos apresentados. 
 
Objetivo da Atividade: Auxiliar nos estudos. 
 
Ação: Após a leitura, faça uma pesquisa na internet a respeito dos principais pontos discutidos no texto, 
assim você estará enriquecendo seu conhecimento fazendo uso de pesquisas. NÃO é necessário o envio de 
arquivo. 
 
4 Videoaula 5 
Duração: 01 hora Não é necessário envio de arquivo 
 
Atividade: Assista à videoaula 5 dessa semana sobre o tema “Transporte de cargas perigosas via marítima”. 
Nesta videoaula objetivo você conhecerá a origem, evolução, as variáveis existentes dentro deste processo 
que é de fundamental importância para o direcionamento de sua ação no que tange ao transporte via 
marítima. 
Esse conteúdo integra aos demais conteúdos da semana e vai permitir a você uma visão maior sobre as 
tratativas dos modais. Durante nosso curso faremos algumas sugestões que auxiliará para as atividades de 
avaliação. 
 
Objetivo da atividade – Auxiliar nos estudos. 
 
Ação – Faça uma análise sobre o que vem a ser transporte marítimo e quais são suas principais 
características quando envolvem o transporte de carga perigosa. Essa ação é fundamental para o seu 
entendimento sobre a disciplina e será importante no decorrer da avaliação final. 
 
5 Leitura do texto 5 
Duração: 02 horas Não é necessário envio de arquivo 
 
Atividade: Após ter assistido a videoaula 5 faça a leitura do texto Transporte de cargas perigosas via 
marítima” encontrado no guia da disciplina. Esse texto complementa seu aprendizado e reforça os principais 
conceitos apresentados. 
 
Objetivo da Atividade: Auxiliar nos estudos 
 
Ação: Faça um resumo das principais leis que envolvem o transporte marítimo e a função do gestor logístico 
na tomada de decisão para efetivar o transporte. Esse texto complementa seu aprendizado e reforça os 
principais contextos apresentados. 
 
6 Videoaula 6 
Duração: 01 hora Não é necessário envio de arquivo 
 
Atividade: Assista a videoaula 6 dessa semana sobre o seguinte tema: “Transporte de cargas perigosas via 
aérea”. Essa videoaula irá tratar sobre o entendimento e as características principais para a realização do 
transporte de cargas perigosas via aérea e dos documentos necessários ao transporte de cargas perigosas. 
 
 
 
3 Planejamento Semanal 
Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 
 
Esse conteúdo integra aos demais conteúdos da semana e vai permitir a você uma visão maior sobre o que a 
nossa área trata e onde podemos aplicar nossos conhecimentos. 
 
Objetivo da atividade – Auxiliar nos estudos 
 
Ação – Faça uma análise sobre a importância da documentação no transporte aéreo de cargas perigosas. 
Essa ação é fundamental para o seu entendimento sobre a disciplina e será importante no decorrer da 
avaliação final. 
 
7 Leitura do texto 6 
Duração: 02 horas Não é necessário envio de arquivo 
 
Atividade: Leia o texto 6 “Transporte de cargas perigosas via aérea”, que poderá ser encontrado no guia da 
disciplina, trata sobre a importância do uso correto e legal dos documentos referentes ao transporte aéreo 
de carga perigosa. Esse texto complementa seu aprendizado e reforça os principais conceitos apresentados. 
 
Objetivo da atividade – Auxiliar nos estudos 
 
Ação: Faça uma análise do que vem a ser transporte de carga perigosa aérea e a importância do gestor 
logístico na escolha do modal. 
 
8 Fórum de discussão 
Duração: 01 hora Encerramento disponível na atividade 
 
Atividade: O fórum é uma ferramenta altamente importante para o andamento da disciplina, uma vez que 
permite ao aluno expressar sua opinião sobre o tema proposto, bem como interagir com os demais colegas. 
A produção de conhecimento realizada num fórum, além de transformadora, é extremamente útil para a 
disciplina. Não deixe de participar! 
 
Postagem: Fórum Semanal 2 
 
Ação 1 - Aqui iremos instituir um fórum de discussão que deverá ter os questionamentos e procedimentos 
que deverão servir de parâmetros para sua avaliação final. As respostas devem ser realizadas em até 50 
palavras. 
 
OBS.: CASO O ALUNO USE A INTERNET COMO FONTE DE PESQUISA É OBRIGATÓRIA A APRESENTAÇÃO DA 
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA, SE NÃO OCORRER A QUESTÃO PERDERÁ O VALOR. 
 
 Em relação a afirmação abaixo, explique o papel do gestor logístico no processo de escolha do 
transporte de cargas dependendo da necessidade da embalagem. (RECORTE DE TEXTO) 
https://www.mecalux.com.br/blog/tipos-embalagens 
 - Embalagem primária, de venda ou unidade de consumo. A embalagem primária contém, 
armazena e protege o produto. ... 
 
 - Embalagem secundária ou coletiva. A embalagem secundária é um agrupamento 
de embalagens primárias. ... 
 
 
 
 
4 Planejamento Semanal 
Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 
 
 - Embalagem terciária. reúne embalagens primárias e secundárias para criar uma unidade de 
carga maior, cuja as formas mais difundidas são os paletes ou contêineres e as caixas de papelão 
modulares que os compõem. 
 
 Ação 2 – Você pode consultar livros se quiser para escrever, mas aqui deverá comentar a resposta de algum 
colega seu completando-a. Quando se referir a algum colega deverá citar seu nome e dizer se concorda ou 
discorda da resposta dada e justificar. 
 
9 Teste 2 
Duração: 01 hora Encerramento disponível na atividade 
 
Neste teste você terá as questões que contemplam o conteúdo da disciplina dada até aqui. Faça uma leitura 
dos textos anexados e responda com calma. 
 
Preste atenção: Esta atividade irá compor a nota de participação do aluno. 
 
Objetivo do Questionário: Este questionário tem como objetivo incentivá-lo a revisar o conteúdo estudado 
nas videoaulas e atividades propostas desta semana e prepará-lo para futuras avaliações. É extremamente 
importante que você responda estas questões, pois além de fixar o conteúdo, o resultado deste questionário 
irá compor a sua nota de planejamento semanal do módulo correspondente. 
 
Observação: Esta atividade é individual. O link deste questionário está disponível no AVA. 
 
10 Leitura de fixação: Principais Acidentes com Petróleo e Derivados no Brasil. 
Duração: 02 horas Não é necessário envio de arquivo 
 
Atividade - A proposta dessa atividade é mostrar á você o transporte marítimo de petróleo e seus riscos ao 
meio ambiente e a necessidade de um transporte de qualidade e eficiente. Levar o aluno a conhecer sobre o 
tema que estamos abordando nessa semana de forma diversificada. 
 
Objetivo da atividade – Auxiliar nos estudos e fixação de conteúdo 
 
Ação: Leia o texto e faça uma resenha dos principais tópicos abordados e explique os problemas que podem 
ocorrer para o gestor logístico. Essa leitura é indicada para enriquecimento de seus estudos e 
complementação de informações. 
 
https://ambientes.ambientebrasil.com.br/energia/acidentes_ambientais/principais_acidentes_com_petroleo_e_derivados_no_brasil.html#google_vignette 
 
Acesso em 23/05/2025. 
 
11 Filme 1: Transporte de Produtos Perigosos. 
Duração: 01 hora Não é necessário envio de arquivo 
 
Atividade - Assista ao filme “TRANSPORTE DE PRODUTOS PERIGOSOS: Conceito, sinalização, 
documentações e cuidados! ”. Entendendo a importância do planejamento e a preocupação em conhecer 
o produto que sendo transportado. 
 
Objetivo da atividade: Auxiliar nos estudos 
 
 
 
 
5 Planejamento Semanal 
Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 
 
Ação: Após assistir o filme faça uma resenha contendo os principais tópicos abordados e verifique a 
importância da segurança no transporte de cargas perigosas/especiais. Essa resenha não precisa ser 
entregue, mas será fundamental para a resposta da avaliação final da disciplina. 
 
https://www.youtube.com/watch?v=hV7NYQSVlIc 
 
Acesso em 23/05/2025. 
 
12 Atividade – Leitura complementar 2 
Duração: 01 hora Não é necessário envio de arquivo 
 
Atividade: A leitura “Nova resolução da ANTT atualizou exigências e relação de produtos classificados 
como perigosos” permite fazermos uma análise um pouco mais profunda em relação as classificações de 
produtos perigosas. 
 
Objetivo da atividade: Auxiliar nos estudos 
 
Ação – Leia a Leitura complementar 2 disponível e faça uma análise sobre as novas exigências e aplicações da 
legislação. O conteúdo deverá ser usado como suporte de conhecimento para atividades posteriores. 
 
(Leitura complementar 2 encontra-se na 2ª semana do guia da disciplina após o texto número 6) 
 
13 Filme 2 
Duração: 01 hora Não é necessário envio de arquivo 
 
Atividade: Assista ao filme “Navio afundou com 1400 carros dentro” disponível no link abaixo e procure 
prestar atenção nas situações que são apresentadas. Conteúdo que auxiliará a entender o transporte de 
caras especiais em relação ao meio ambiente e os impactos que podem resultar em prejuízos ambientais e 
financeiros. 
 
Objetivo da atividade: Auxiliar nos estudos 
 
Ação: Você deverá analisar a importância do transporte para o transporte de cargas perigosas e na redução 
de custos, não há necessidade de envio de arquivo. 
 
Link: https://www.youtube.com/watch?v=TTuNxbqplUQ – Acesso em 23/05/2025. 
 
14 Esquema 
Duração: 01 hora Não é necessário envio de arquivo 
 
Atividade: O esquema é de suma importância para que possamos analisar o processo de análise sobre um 
acidente ambiental ou o próprio impacto causado pela mão do homem na natureza, aliado a movimentação 
de cargas diversas. Não é necessário entregar as respostas. 
 
Objetivo da atividade - Auxiliar nos estudos. 
 
 
 
 
6 Planejamento Semanal 
Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 
 
 
 
 
Ação – Observe o esquema apresentado e faça uma análise sobre a importância da consciência ambiental 
por parte dos gestores logísticos e as movimentações de cargas. Não há necessidade do envio de arquivo. 
 
15 Filme 3 
Duração: 01 hora Não é necessário envio de arquivo 
 
Atividade: Assista ao filme “NR-29 Operações com Cargas Perigosas” disponível no link abaixo e procure 
prestar atenção nas situações que são apresentadas. Entendendo a importância do uso adequado de 
documentação. 
 
“O filme retrata sobre a importância da capacitação da mão de obra no manuseio de cargas perigosas e as 
normas de segurança de trabalho, aborda procedimentos técnicos e humanos a serem seguidos e aplicados 
em caso de vazamentos ou qualquer outro tipo de problemas”. 
 
Objetivo da atividade: Auxiliar nos estudos 
 
Ação: Após assistir o filme faça uma resenha contendo os principais tópicos abordados sobre normas de 
segurança de trabalho e manuseio de cargas perigosas. A resenha deve conter 15 linhas. Essa resenha não 
precisa ser entregue, mas será fundamental para a resposta da avaliação final da disciplina. 
 
Link: https://www.youtube.com/watch?v=-UnYXwuk6PI&t=1s acesso em 23/05/2025. 
 
 
 
 
1 Planejamento Semanal 
Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 
 
CARGAS ESPECIAIS E PERIGOSAS 
Planejamento Semanal 3 
 
IDENTIFICAÇÃO DOCENTE 
 
Professor(a): Me. Lucimara Acosta 
Objetivos: 
 Entender as características principais para a realização do transporte de cargas especiais ou indivisíveis. 
 Apresentar a importância da documentação para o manuseio das cargas indivisíveis. 
 Conhecimento do assunto e conhecimento sobre as documentações necessárias para o seu transporte. 
 Contratos com motorista, solicitação de batedores para a escolta do transporte. 
 Ter conhecimento da legislação aplicada a este tipo de transporte. 
 
ATIVIDADES 
 
1 Atividade 
Duração: 01 hora Não é necessário envio de arquivo 
 
Caro aluno, estamos iniciando a 3ª semana desta disciplina. Você já deve ter notado que há agora um 
ambiente específico para seu curso. Nesse ambiente estão todas as informações importantes para o 
andamento do semestre. Nele estão as Regras do Semestre\disciplina com os detalhes de como será o 
semestre, o cronograma das aulas, provas, etc. 
 
Enfim, tudo aquilo que você precisa saber para ter um semestre tranquilo e poder se dedicar aos estudos. 
 
Atente para a dinâmica da disciplina, que trabalhará um conteúdo de cada vez. Com isso você tem um ganho 
pedagógico importante e poderá concentrar seu aprendizado num único assunto o que permitirá um maior 
acumulo de conhecimento. 
 
Desenvolva todas as suas atividades e leia atentamente o guia da disciplina e os planejamentos semanais. 
 
2 Videoaula 7 
Duração: 01 hora Não é necessário envio de arquivo 
 
Atividade: Assista à videoaula 7 sobre o tema: “Cargas especiais ou indivisíveis”, referente ao entendimento 
das características principais para a realização do transporte de cargas especiais ou indivisíveis. 
 
Ao assistir a videoaula, procure marcar as principais informações, uma vez que elas serão importantes nas 
respostas das atividades da semana. Esse conteúdo integra aos demais conteúdos da semana anterior. 
Durante nosso curso faremos algumas sugestões que auxiliará para as atividades de avaliação. 
 
Objetivo da Atividade: Auxiliar nos estudos 
 
Ação: Faça uma pesquisa sobre o que vem a ser carga indivisível e a função do gestor logístico no processo 
de administração de resultados. Essa ação é fundamental para o seu entendimento sobre a disciplina e será 
importante no decorrer da avaliação final. 
 
 
 
 
2 Planejamento Semanal 
Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 
 
3 Leitura do texto 07 
Duração: 02 horas Não é necessário envio de arquivo 
 
Atividade: Após ter assistido à videoaula 7, você deve agora fazer a leitura do texto “Cargas especiais ou 
indivisíveis” correspondente no Guia da Disciplina. Esse texto complementa seu aprendizado e reforça os 
principais conceitos apresentados. 
 
Objetivo da Atividade: Auxiliar nos estudos 
 
Ação: Após a leitura, faça um resumo do que você compreendeu como se dá o transporte de cargas especiais 
e indivisíveis. NÃO é necessário o envio de arquivo. 
 
4 Videoaula 08 
Duração: 01 hora Não é necessário envio de arquivo 
 
Atividade: Assista à videoaula 8 dessa semana sobre o tema “Cargas especiais ou indivisíveis: 
documentação”. Essa videoaula irá apresentar a importância da documentação para o manuseio das cargas 
indivisíveis, assim um bom conhecimento deste assunto e tendo em mãos as documentações necessárias 
para o seu transporte. Durante nosso curso faremos algumas sugestões que auxiliará para as atividades de 
avaliação. 
 
Objetivo da atividade: Auxiliar nos estudos 
 
Ação: Faça uma pesquisa dos principais documentos usados para o transporte de cargas especiais ou 
indivisíveis. Essa ação é fundamental para o seu entendimento sobre a disciplina e será importante no 
decorrer da avaliação final. 
 
5 Leitura do texto 08 
Duração: 02 horas Não é necessário envio de arquivo 
 
Atividade: Após ter assistido a videoaula 08 faça a leitura do texto “Cargas especiais ou indivisíveis: 
documentação”encontrado no guia da disciplina. Esse texto complementa seu aprendizado e reforça os 
principais conceitos apresentados. 
 
Objetivo da Atividade: Auxiliar nos estudos 
 
Ação: Faça um resumo dos principais pontos discutidos no texto e analise o papel do gestor no processo de 
separação de documentação de cargas. Esse texto complementa seu aprendizado e reforça os principais 
contextos apresentados. 
 
6 Videoaula 09 
Duração: 01 hora Não é necessário envio de arquivo 
 
Atividade: Assista a videoaula 09 dessa semana sobre o seguinte tema: “Revisão”. Essa videoaula irá tratar 
dos principais tópicos verificados nos transcorrer da disciplina fazendo uma revisão geral do conteúdo. Esse 
conteúdo integra aos demais conteúdos da semana e vai permitir a você uma visão maior sobre o que a 
nossa área trata e onde podemos aplicar nossos conhecimentos 
 
Objetivo da atividade: Auxiliar nos estudos 
 
 
 
 
3 Planejamento Semanal 
Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 
 
Ação: Faça uma análise sobre os principais tópicos abordados e suas importâncias dentro de uma gestão 
eficiente. Essa ação é fundamental para o seu entendimento sobre a disciplina e será importante no decorrer 
da avaliação final. 
 
7 Leitura do texto 09 
Duração: 03 horas Não é necessário envio de arquivo 
 
Atividade: Leia o texto 09 “Revisão”, que poderá ser encontrado no guia da disciplina, trata sobre a revisão 
dos conceitos fundamentais para o entendimento dos documentos e movimentações de cargas perigosas, 
avaliando o posicionamento competitivo e as tendências para esse tema. 
 
Esse texto complementa seu aprendizado e reforça os principais conceitos apresentados. 
 
Objetivo da atividade: Auxiliar nos estudos. 
 
Ação: Faça uma análise sobre os principais tópicos abordados e suas importâncias dentro de uma gestão 
eficiente. Essa ação é fundamental para o seu entendimento sobre a disciplina e será importante no decorrer 
da avaliação final. Esse texto complementa seu aprendizado e reforça os principais contextos apresentados. 
 
8 Fórum de discussão 
Duração: 01 hora Encerramento disponível na atividade 
 
Atividade: O fórum é uma ferramenta altamente importante para o andamento da disciplina, uma vez que 
permite ao aluno expressar sua opinião sobre o tema proposto, bem como interagir com os demais colegas. 
A produção de conhecimento realizada num fórum, além de transformadora, é extremamente útil para a 
disciplina. Não deixe de participar! 
 
Postagem: Fórum Semanal 3 
 
Ação 1: Aqui iremos instituir um fórum de discussão que deverá ter os questionamentos e procedimentos 
que deverão servir de parâmetros para sua avaliação final. As respostas devem ser realizadas em até 50 
palavras. 
 
OBS.: CASO O ALUNO USE A INTERNET COMO FONTE DE PESQUISA É OBRIGATÓRIA A APRESENTAÇÃO DA 
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA, SE NÃO OCORRER A QUESTÃO PERDERÁ O VALOR. 
 
Levando em consideração a afirmação abaixo explique o papel do gestor logístico em relação ao 
transporte de carga perigosa. 
https://www.totvs.com/blog/gestao-logistica/tipos-de-cargas/ 
Carga perigosa (recorte de texto) 
Podem ser consideradas como cargas perigosas aquelas que apresentam riscos à saúde humana, à 
segurança pública ou ao meio ambiente, devido às suas propriedades físicas, químicas ou biológicas. São 
exemplos de materiais dessa natureza os explosivos, inflamáveis, corrosivos, tóxicos, radioativos, etc. Eles 
demandam veículos apropriados para as características do material e devem estar corretamente 
sinalizados. Os profissionais envolvidos devem possuir os EPIs (Equipamento de proteção Individual) e 
possuir treinamento técnico especializado com ênfase no cumprimento das normas regulamentares. Para 
esse tipo de carga, além do veículo adequado, tem toda uma legislação específica, por isso é uma atividade 
 
 
 
4 Planejamento Semanal 
Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 
 
muito burocrática. Afinal, um eventual acidente com esse tipo de carga pode gerar prejuízo não apenas 
financeiros, mas também de caráter ambiental e social. 
Ação 2: Você pode consultar livros se quiser para escrever, mas aqui deverá comentar a resposta de algum 
colega seu completando-a. Quando se referir a algum colega deverá citar seu nome e dizer se concorda ou 
discorda da resposta dada e justificar. 
 
9 Questionário – Semana 3 
Duração: 01 hora Encerramento disponível na atividade 
 
Neste questionário você terá as questões que contemplam o conteúdo da disciplina dada até aqui. Faça uma 
leitura dos textos anexados e responda com calma. 
 
Preste atenção: Esta atividade irá compor a nota de participação do aluno. 
 
Objetivo do Questionário: Este questionário tem como objetivo incentivá-lo a revisar o conteúdo estudado 
nas videoaulas e atividades propostas desta semana e prepará-lo para futuras avaliações. É extremamente 
importante que você responda estas questões, pois além de fixar o conteúdo, o resultado deste questionário 
irá compor a sua nota de planejamento semanal do módulo correspondente. 
 
Observação: Esta atividade é individual. O link deste questionário está disponível no AVA. 
 
10 Leitura: Transporte de cargas perigosas: conheça a legislação 
Duração: 01 hora Não é necessário envio de arquivo 
 
Atividade: A proposta dessa atividade é mostrar a você a importância da legislação quando se refere ao 
transporte de cargas especiais e a importância da gestão no processo. 
 
Objetivo da atividade: Auxiliar nos estudos 
 
Ação: Ler o artigo e fazer uma análise da importância da Regulamentação de Cargas Perigosas. Não há 
necessidade de envio de arquivo, mas será fundamental para a resposta da avaliação final da disciplina. 
 
https://www.totvs.com/blog/gestao-para-rotas/transporte-de-cargas-perigosas/ Acesso: 23/05/2025. 
 
11 Filme 01 
Duração: 02 horas Não é necessário envio de arquivo 
 
Atividade: assista ao filme “Transporte de cargas especiais” disponível no link abaixo e procure prestar 
atenção nas situações que são apresentadas, entendendo a importância do planejamento multimodal em 
relação ao tempo, custo e qualidade do processo de transporte. 
 
“O filme retrata sobre o transporte de cargas especiais e a necessidade do cumprimento das regras e normas 
que a lei determina para que haja segurança e qualidade em relação ao transporte. ” 
 
Objetivo da atividade: Auxiliar nos estudos 
 
Ação: Após assistir o filme faça uma resenha contendo os principais tópicos abordados e verifique a 
importância do transporte de cargas especiais e da mão de obra qualificada no transporte. A resenha deve 
conter 15 linhas. Essa resenha não precisa ser entregue, mas será fundamental para a resposta da avaliação 
final da disciplina. 
 
 
 
5 Planejamento Semanal 
Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 
 
 
Link: https://www.youtube.com/watch?v=kXyMqJeeSpc – acesso em 23/05/2025. 
 
12 Atividade 01 – Leitura complementar 3 
Duração: 01 hora Não é necessário envio de arquivo 
 
Atividade: A leitura “ATUALIZAÇÃO DA LEGISLAÇÃO • Agência Nacional de Transportes Terrestres” (Recorte 
de artigo), permite fazermos uma análise em relação as mudanças que estão ocorrendo nas leis. 
 
Objetivo da atividade: Auxiliar nos estudos 
 
Ação: Leia a Leitura complementar 3 disponível e faça uma resenha em relação as mudanças que estão 
ocorrendo dando maior atenção as consequências das mudanças. O conteúdo deverá ser usado como 
suporte de conhecimento para atividades posteriores. 
 
(Leitura complementar 3 encontra-se na 3ª semana do guia da disciplina após o texto número 9) 
 
13 Filme 02 
Duração: 01 hora Não é necessário envio de arquivo 
 
Atividade: Assista ao filme “Transporte de carga excedente: pá eólica” disponível no link abaixo e procure 
prestar atenção nas situações que são apresentadas. 
 
“ O filme retrata toda a movimentação referente a carga excedente abordando a legislação, movimentação e 
cuidados a serem trabalhados. Faz uma abordagem a respeito de parcerias que devemhaver no transcorrer 
da condução das pás eólicas. ” 
 
Objetivo da atividade: Auxiliar nos estudos 
 
Ação: Você deverá analisar a importância do transporte de carga excedente e qual a função do gestor no 
procedimento, não há necessidade de envio de arquivo. 
 
Link: https://www.youtube.com/watch?v=qvKHwHx9scc - acesso em 23/05/2025. 
 
14 Filme 03 
Duração: 01 hora Não é necessário envio de arquivo 
 
Atividade: Assista ao filme “Ciência sem limites/ Gestão de resíduos químicos” disponível no link abaixo e 
procure prestar atenção nas situações que são apresentadas. Entendendo a importância do planejamento no 
ato de gerenciar os resíduos químicos. 
 
“O filme retrata a importância do gerenciamento e controle dos resíduos químicos, controles, legislação e a 
importância da logística reversa no gerenciamento dos processos de controle”. 
 
Objetivo da atividade: Auxiliar nos estudos. 
 
Ação: Faça uma análise da importância do gestor logístico no gerenciamento de resíduos químicos dentro da 
empresa. Não há necessidade do envio de arquivo. 
 
Link: https://www.youtube.com/watch?v=Zz4pQkv-FUk – acesso em 23/05/2025. 
 
 
 
6 Planejamento Semanal 
Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 
 
15 Figura 
Duração: 01 hora Não é necessário envio de arquivo 
 
Atividade: Interprete a figura 
abaixo realizada para melhor 
fixação de conteúdo e análise da 
importância do aparato de 
segurança quando tratamos de 
movimentação de cargas ou 
produtos perigosos. 
 
Objetivo da atividade: Auxiliar 
nos estudos 
 
Ação: Após analisar a figura 
acima faça uma resenha 
demonstrando os principais 
aspectos que a empresa deve 
dar maior atenção para que não 
haja problemas em termos de 
segurança do trabalho ou 
transportes dos produtos ou 
cargas perigosas. A resenha 
deve conter 15 linhas. Essa 
resenha não precisa ser 
entregue, mas será fundamental 
para a resposta da avaliação 
final da disciplina. 
 
1
Transporte de Cargas Especiais e Perigosas
Lucimara Acosta
2
AULA 1
Principais Conceitos e Introdução aos Aspectos Legais
Introdução
• O Brasil foi o primeiro país da América
Latina a criar uma regulamentação para o
transporte de produtos perigosos.
• Com a intensificação da movimentação
de veículos transportando produtos
perigosos, surge um crescente anseio,
por informações que dizem respeito à
atividade de transporte, e também
conhecer e ter a disposição, para
consultar, normas que, de forma direta
ou indireta, encontram-se relacionadas à
atividade de transporte rodoviário de
produtos perigosos.
3
Produtos Perigosos 
• A ANTT define produtos perigosos como aqueles
que representam riscos à segurança pública, à
saúde das pessoas ou ao meio ambiente, de
acordo com os critérios de classificação da ONU.
• Para prevenir os acidentes e minimizar os riscos
que eles trazem ao meio ambiente, à saúde da
população e ao patrimônio público, o Brasil vem
adotando, ao longo dos anos, uma legislação
específica e rigorosa em relação ao transporte de
produtos químicos por via rodoviária.
• São decretos, leis, resoluções, portarias e normas
editadas por órgãos como a ANTT, Conselho
Nacional de Trânsito, Denatran, Ministério dos
Transportes, Inmetro e ABNT.
Legislação
A legislação detalha como deve ser feita a
identificação e o transporte dos produtos
perigosos, sua classificação, os tipos de
embalagem, a sinalização externa dos
veículos de carga, a documentação
necessária para o transporte, os
equipamentos de segurança e quem são os
responsáveis em caso de acidentes, entre
outros aspectos.
4
Segurança
Os caminhões que transportam produtos
ou resíduos químicos perigosos são
obrigados a adotar uma série de medidas
de segurança:
• O motorista precisa ser treinado para
conduzir produtos perigosos;
• Documentação com dados sobre a
classificação da carga, o fabricante ou
importador do produto, as autorizações
para circulação e informações de
segurança para o caso de acontecer um
acidente;
• Kit de emergência pronto para ser
usado em caso de acidente;
• Caminhão boas condições de
manutenção;
• Caminhão externamente precisa
estar sinalizado com placas
indicativas para mostrar o produto
(ou produtos) que carrega e seus
riscos.
Sinalização Externa – Painel de Segurança
O painel de segurança é retangular, tem fundo na
cor laranja e duas linhas com números em preto.
A linha superior indica o número de risco, com
exceção dos explosivos, que não têm número de
risco. Os algarismos devem ser lidos separadamente.
No exemplo ao lado, a placa deve ser lida como 3-3,
que corresponde a líquido altamente inflamável.
A linha inferior traz o número ONU, ou seja, o
número que identifica o produto de acordo com a
listagem de produtos perigosos utilizada
internacionalmente.
Aqui, 1263 significa que este caminhão está
transportando combustível automotor ou gasolina.
5
Sinalização Externa - Rótulo de Risco
O rótulo de risco informa a classe e a
subclasse a que o produto pertence, e indica
o risco principal e o risco subsidiário.
Traz símbolos, textos, um número e pode ter
cores diversas no fundo.
Os rótulos de risco ao lado, indicam
produtos variados, por exemplo, da
subclasse 5.1, ou seja, uma substância
oxidante.
Figura - Exemplos de rótulos de risco indicam o que um 
veículo leva
Sinalização Externa - Painel Versus Rótulo de Risco
6
Outros Exemplos de Sinalização Externa
Rótulos de risco e painéis de segurança no
transporte de carga a granel de mais de um
produto perigoso de mesmo risco principal,
na mesma unidade de transporte.
Transporte de carga a granel de substância
perigosa ao meio ambiente (número ONU
3082).
Transporte de carga fracionada de produtos
perigosos iguais (número ONU) e riscos
iguais (número de risco) na mesma unidade
de transporte.
1
Transporte de Cargas Especiais e Perigosas
Lucimara Acosta
2
AULA 2
Meios, riscos e órgãos reguladores do transporte
de cargas especiais e perigosas
Introdução
Os Meios de Transporte para Produtos Perigosos: São
legalmente considerados como meios de transporte para
produtos perigosos:
• Caminhões fechados ou carretas de carroceria de
madeira ou tipo baú.
• Caminhões ou carretas-tanque de líquidos inflamáveis.
• Carretas pressurizadas para o transporte de gases.
• Tanques instalados em caminhões, barcas, vagões
ferroviários ou navios.
• Navios-tanque.
• Vagões-tanque.
• Containers especiais para o transporte de graneis
sólidos ou inflamáveis.
• Cilindros para gases.
• Transporte aéreo.
3
Os Riscos do Transporte
A intensidade do risco de acidentes está associada
a um produto perigoso e dependerá de alguns
fatores relacionados com a sua manipulação,
transporte, identificação, comunicação e
estocagem que podemos estabelecer da seguinte
forma:
• Técnicas de transferência;
• Quantidades transportadas;
• Técnicas de embalagem, identificação e
rotulagem;
• Compatibilidade com outros produtos
transportados em conjunto.
Órgãos Reguladores
Órgãos reguladores são aqueles que
intervêm, interagem, legislam e
normatizam as operações e atividades de
uma determinada indústria e/ou área de
atuação.
No caso do transporte de produtos
perigosos a regência do processo é
determinada pelas regras internacionais
estabelecidas pela ONU, mas também pelo
tipo do modal, por exemplo – no
transporte rodoviário, o mais frequente no
Brasil, temos:
4
• CONTRAN - Conselho Nacional de
Trânsito: Estabelece as normas
regulamentares e as diretrizes da
Política Nacional de Trânsito;
• DENATRAN - Departamento Nacional
de Trânsito: é o órgão máximo
executivo de Trânsito da União e deve
cumprir e fazer cumprir a legislação de
trânsito e a execução das normas e
diretrizes estabelecidas pelo
CONTRAN;
• ABNT – Associação Brasileira de
Normas Técnicas: Associação
Brasileira de Normas Técnicas é o
órgão responsável pela normalização
técnica no país;
• É uma entidade privada, sem fins
lucrativos, reconhecida como Fórum
Nacional de Normalização – ÚNICO;
• É membro fundador da ISO -
International Organization for
Standardization, da COPANT -Comissão
Pan-americana de Normas Técnicas e
da AMN – Associação Mercosul de
Normalização.
Responsabilidades Legais nos Acidentes de 
Transporte Rodoviário de Produtos Perigosos
Lei Nº 6.938/81: Política Nacional do
Meio Ambiente, passou-se a ter a visão
mais protecionista nas questões
ambientais.
Responsabilidades: direta ou
indiretamente, causem degradação
ambiental, independentemente de culpa,
adota-se a teoria da responsabilidade
objetiva, na qual o risco é que determina
o dever de responder pelo dano.
Princípios da ResponsabilidadeObjetiva:
A responsabilidade objetiva está contida
no parágrafo único do art. 927 do C.C:
“Haverá obrigação de reparar o dano,
independentemente de culpa, nos casos
especificados em lei, ou quando a
atividade normalmente desenvolvida
pelo autor do dano implicar, por sua
natureza, risco para os direitos de
outrem”.
5
Especificamente, num acidente de
transporte rodoviário de produtos
perigosos, ainda que a empresa
transportadora tenha tomado todos os
cuidados e não tenha, a princípio, culpa
pelo acidente, a responsabilidade pelos
danos ambientais causados continua
sendo da empresa transportadora, pois a
ausência de culpa, neste caso, não é mais
excludente da responsabilidade de
indenizar e reparar os danos.
É dever do Poder Público produzir
informações e dados relacionados ao
transporte de produtos perigosos; assim
como, sobre seus eventos, acidentes,
causas e efeitos; e ainda, sobre veículos,
unidades de transporte,
acondicionamento de cargas, produtos,
substâncias, materiais, normas de
construção, sinalização, fiscalização etc.
1
Transporte de Cargas Especiais e Perigosas
Lucimara Acosta
2
AULA 3
Transporte de Cargas Perigosas: Documentação
Introdução
A segurança do transporte de produtos
perigosos depende de vários fatores:
• Embalagem adequada,
• Treinamento do motorista,
• Documentação em ordem; e
• Caminhão em boas condições
operacionais.
Reforçando: temos que a segurança do
transporte de produtos perigosos
depende do expedidor providenciar a
embalagem adequada, o motorista ser
treinado, a documentação estar em
ordem e o caminhão em boas condições
operacionais e, quando for o caso,
devidamente marcado e sinalizado e com
os equipamentos de segurança.
3
A embalagem do produto varia de acordo
com o grau de risco, numa escala de I a
III, dos produtos mais perigosos aos que
apresentam menor risco.
A embalagem deve trazer dados
importantes que serão indispensáveis em
caso de acidente, como números de
telefones para atendimento de
emergência e precauções no manuseio
do produto, e outras informações.
A Embalagem
Os documentos
Vários documentos são exigidos para que
produtos perigosos possam ser
transportados por via terrestre:
• O condutor deve apresentar o
documento original de que foi
aprovado no curso Mopp,
Movimentação e Operação de
Produtos Perigosos em casos
específicos.
• O veículo e os equipamentos
destinados ao transporte a granel
devem ter o CIPP, Certificado de
Inspeção para o Transporte de
Produtos Perigosos a granel, expedido
pelo Inmetro ou entidades
credenciadas.
• É preciso levar um documento fiscal,
acompanhado de uma declaração de
que o produto está adequadamente
acondicionado para o transporte.
• É preciso levar a ficha de emergência e
o envelope para o transporte, com
instruções sobre como proceder em
caso de acidente, também em casos
específicos.
4
É necessária licença ambiental emitida
pelo órgão de meio ambiente
responsável pelo trecho a ser percorrido,
normalmente o IBAMA.
Dependendo da carga, o condutor deve
levar equipamentos de segurança, que
serão fundamentais em caso de acidente.
Os equipamentos são: fita para isolar a
área, suportes ou cavaletes para apoiar a
fita, cones para sinalização, calços,
extintor de incêndio compatível com a
carga, lanterna, placas com suportes com
os dizeres - Perigo: Afaste-se.
Por fim, é necessário identificar as
unidades de transporte com rótulos de
risco e painéis de segurança, de acordo
com o tipo de carga.
Informações Sobre os Produtos
Caráter prioritário para o atendimento de
um sinistro envolvendo produtos
perigosos.
Nos eventos com produtos de alto risco,
as informações devem satisfazer a um
elenco de medidas e atualmente existem
os seguintes níveis de informações que,
em conjunto, atendem a totalidade das
necessidades:
• Painel de segurança
• Rótulo de risco
• Ficha de emergência do produto
• Manual de Emergências – ABIQUIM 
(aconselhável).
5
Rótulos de risco
Os rótulos de risco representam o risco na
forma de símbolos, que facilitam a
identificação do risco do produto.
Obedecendo o seguinte código de cores:
Vermelho: inflamável/combustível
Verde: gás não inflamável
Laranja: explosivo
Amarelo: oxidante
Azul: perigoso quando molhado
Branco: veneno/tóxico
Preto-branco: Corrosivo
Lembrete: Critérios de Segurança
1
Transporte de Cargas Especiais e Perigosas
Lucimara Acosta
2
AULA 4
Transporte de Cargas Perigosas: Legislação
Introdução
A legislação brasileira é ampla em relação
ao transporte de produtos perigosos e se
aplica também aos resíduos no caso de
estarem classificados como perigosos
para transporte.
Esta mesma legislação, já comentada na
Aula 2, proíbe uma série de
procedimentos tais como:
• Conduzir pessoas em veículos
transportando produtos perigosos
além dos auxiliares.
• Transportar, simultaneamente, no
mesmo veículo ou equipamento de
transporte, diferentes produtos
perigosos, salvo se houver
compatibilidade.
3
Transportar produtos perigosos juntamente
com alimentos, medicamentos ou quaisquer
objetos destinados a uso ou consumo humano
ou animal ou, ainda, com embalagens de
mercadorias destinadas a alimentos,
medicamentos ou para consumo humano ou
animal.
Transportar alimentos, medicamentos ou
quaisquer objetos destinados ao uso ou
consumo humano ou animal em embalagens já
utilizadas para produtos perigosos.
Transportar, simultaneamente, animais e
produtos perigosos em veículos ou
equipamentos de transporte.
Meio Ambiente e o Transporte Terrestre de Cargas Perigosas
A empresa que produz e expede produtos
químicos perigosos e a que transporta
DEVE, a cada embarque, verificar se o
motorista possui o treinamento de
Especialização no Transporte de Produtos
Perigosos, se o veículo e carga estão
devidamente identificados e se há no
veículo, os equipamentos para
emergência e proteção individual.
No que se refere à legislação ambiental,
deve-se especial atenção as licenças
ambientais, pois em alguns estados e
municípios, como no município de São
Paulo, há licenças estabelecidas por
legislações ambientais, as quais afetam
diretamente o transporte de produtos
perigosos.
4
O Transporte de Produtos Perigosos está
diretamente ligado aos impactos ao meio
ambiente, principalmente quando
ocorrem vazamentos em áreas
protegidas, rios ou mesmo no mar, por
isso que o Instituto Brasileiro do Meio
Ambiente e dos Recursos Renováveis
(IBAMA) também apresenta papel
fundamental na liberação de licenças
para o Transporte de Produtos Perigosos,
mas a empresa que busca tais licenças
deve estar bem informada para não
confundir os órgãos e esquecer alguma
autorização.
No âmbito federal, o IBAMA estabeleceu
a Autorização para o Transporte
Interestadual de Produtos Perigosos, a
qual não deve ser confundida com as
Licenças Ambientais exigidas para
empresas que realizam atividades
potencialmente poluidoras.
IBAMA
IBAMA é a sigla do Instituto Brasileiro do
Meio Ambiente e dos Recursos Naturais
Renováveis, que é um órgão federal
responsável pelas políticas de proteção do
meio ambiente no Brasil.
Com o poder de polícia ambiental, o
IBAMA auxilia na preservação, controle,
fiscalização e conservação da fauna e flora
nacional, além de realizar estudos sobre o
ambiente e conceder licenças ambientais
para empreendimentos que possam
impactar na natureza.(https://www.significados.com.br/ibama/)
5
Qual o papel do gestor?
1
Transporte de Cargas Especiais e Perigosas
Lucimara Acosta
2
AULA 5
Transporte de Cargas Perigosas: Vias Marítimas
IntroduçãoCargas Perigosas: São cargas que, em virtude
de serem explosivos, gases comprimidos ou
liquefeitos, inflamáveis, oxidantes, venenosas,
infectantes, radioativas, corrosivas ou
substâncias contaminantes, podem apresentar
riscos à tripulação, ao navio, às instalações
portuárias ou ao ambiente aquático.
Essas mercadorias, de acordo com a sua
natureza, poderão ser transportadas
embaladas ou a granel.
As mercadorias perigosas aqui definidas,
encontram-se relacionadas nos códigos e
convenções internacionais publicados pela
IMO.
Cargas Especiais ou Indivisíveis: A carga unitária
representada por uma única peça estrutural ou
conjunto de peças fixadas por rebitagem, solda
ou qualquer outro processo, para o fim de ser
utilizada diretamente, como peça acabada ou
parte integrante de conjuntos de montagem,
máquinas ou equipamentos e que pela sua
complexidade, somente possa ser montada em
instalações apropriadas. (GUIA TRC, 2009).
3
Cargas Sólidas Perigosas a Granel: São
aquelas que possuem riscos de natureza
química, compreendidas no apêndice B
do Código de Práticas de Segurança
Relativas às Cargas Sólidas a Granel (BC
Code em inglês ou CCGr em espanhol)
da IMO.
Contentores Intermediários para Granéis
Intermediate Bulk Container – IBC: São
embalagens portáteis rígidas,
semirrígidas ou flexíveis e que têm
capacidade igual ou inferior a 3.000
litros.
São projetadas para serem manuseadas
mecanicamente e resistirem aos esforços
provocados pelo manuseio e pelo
transporte, requisito este comprovado
por meio de ensaios específicos
(homologação).
Embalagens: São invólucros ou
recipientes destinados a conter
mercadorias perigosas, tratadas pelo
anexo I do IMDG Code.
Explosão Maciça: É aquela que afeta
quase toda a carga instantaneamente.
Navio Petroleiro: Navio construído e
adaptado principalmente para o
transporte de óleo a granel nos seus
compartimentos de carga ou navio
tanque químico, quando estiver
transportando uma carga total ou parcial
de óleo a granel.
Navio Tanque Químico: Navio construído
ou adaptado principalmente para
transportar substâncias nocivas líquidas a
granel ou navio tanque quando estiver
transportando uma carga total ou parcial
de substâncias nocivas a granel.
4
Normas e Requisitos para o Transporte de Cargas Perigosas: Via Marítima
O transporte, embalagem, segregação,
marcação, etiquetagem e rotulação de
mercadorias perigosas embaladas são
regidos pelo Código IMDG da IMO.
• Homologação das Embalagens
• Declaração de Mercadorias Perigosas
• Notificação Antecipada
• Concessão de Licença para o
Transporte de Mercadorias Perigosas
• Relação de Mercadorias Perigosas
(Manifesto de Carga)
Normas e Requisitos para o Transporte de Cargas Perigosas Via
Marítima: Concessão de Licença para o Transporte de Mercadorias Perigosas
ITENS PARA INSPEÇÃO DA CP
Documentação completa e devidamente preenchida;
Arrumação e fixação da carga;
Marcação, etiquetagem e rotulagem de acordo com cada mercadoria perigosa transportada;
Correta segregação;
Amarração;
Correta sinalização dos locais onde estiverem armazenadas as cargas perigosas;
Disponibilidade de instruções sobre procedimentos de emergência para o caso de acidentes (para cada classe/tipo de mercadoria perigosa a
bordo).
5
Normas e Requisitos para o Transporte de Cargas Perigosas
Via Marítima Substâncias à Granel: sólidas, líquidas e gases liquefeitos
Será exigido que toda embarcação que
transporte cargas perigosas a granel
mantenha a bordo o competente
Certificado de Conformidade de acordo
com o respectivo código, emitido por
Organização reconhecida pelo Governo
Brasileiro, que ateste que a embarcação se
encontra apta para carregar os produtos os
quais se propõe a transportar.
Eventuais abrandamentos ou isenções
poderão ser autorizados, a critério da DPC
– Diretoria de Portos e Costas da Marinha
do Brasil, mediante consulta prévia.
Normas e Requisitos para o Transporte de Cargas
Perigosas: Via Marítima - Marcação das Embalagens
As embalagens contendo mercadorias perigosas
deverão estar marcadas de modo duradouro, o
qual permaneça por no mínimo 3 meses quando
imerso em água.
Deverão estar com o nome técnico correto, nº
"UN" e os caracteres que retratem a
homologação da embalagem de acordo com o
IMDG.
"Trata-se de um tambor de papelão (1G)
destinado ao transporte de mercadorias
perigosas dos grupos de embalagem II e III (Y),
testada com massa bruta de 145 kg (145),
destinada a conter sólidos (S) e fabricada em
1996 (96). Homologada no Brasil (BR), fabricada
pela VAN LEER (VL) e foi homologada pela DPC,
possuindo o Certificado de Homologação nº
038/95 (DPC - 038/95)".
A marcação deverá ser feita em pelo menos duas
faces ou lados das embalagens ou unidades de
carga.
Marcação das Embalagens - EXEMPLO
6
O Transporte de Cargas Perigosas via Marítima
possui uma série de peculiaridades, as quais
definirão de uma forma geral e com definições
especificar por item.
1
Transporte de Cargas Especiais e Perigosas
Lucimara Acosta
2
AULA 6
Transportes de Cargas Perigosas Vias Aéreas
Introdução
Já sabemos que as cargas perigosas são
definidas como artigos ou substâncias
com capacidade de transmitir risco à
saúde, à segurança e/ou ao meio
ambiente, no modal aéreo elas são
conhecidas como Dangerous Goods.
Cada produto e/ou substância oferecidos
para transporte deverão ser declarados
pela sua denominação, Proper Shipper
Name, informando, detalhadamente,
todos os dados pertinentes à carga
(nome do produto, classe, embalagem,
quantidade, principalmente o nº. da UN).
Este preenchimento deverá estar de
acordo com os regulamentos da IATA.
3
ONU (Organização das nações Unidas) - Elaborou
a classificação padrão para produtos perigosos e
as recomendações para o transporte desse tipo
de mercadoria.
IAEA- (Agencia Internacional de Energia Atômica)
Regulamenta o transporte de produtos
radioativos.
ICAO (Organização Internacional da Aviação Civil)
– O anexo B da ICAO trata das regras para
transporte sem riscos de produtos perigosos. O
DOC 9284-NA/905 traz instruções técnicas para o
transporte seguro de artigos perigosos. E o DOC
– 9481 AN/928 – é um gui de emergência para o
transporte seguro de artigos perigosos.
IATA (Associação Internacional de transporte
aéreo) - Elagorou 3 documentos para o
transporte de produtos perigosos. Estes são o
Danger Goods Regulations – DGR o Danger
Goods Regulations – Infections e o Substance
affecting Humans.
ANAC (Agencia Nacional de Aviação civil) - É o
órgão do governo brasileiro responsável pela
regulação e fiscalização do transporte é aéreo de
cargas e passageiros, que através de suas
legislação, o RBCA (Regulamentação Brasileira De
Aviação Civil) no artigo 175 estabelece os
requisitos e atividades aplicáveis ao transporte
aéreo doméstico e internacional de produtos
perigosos em aeronaves civis.
(http://fateclogaero.blogspot.com/2015/06/transporte-de-
cargas-especiais-e.html)
Check List para Incidentes com Produtos
Perigosos no Modal Aéreo: Antes e após a decolagem
• Seguir o procedimento apropriado para
remoção de fogo ou fumaça;
• Acionar os avisos de "Não Fumar";
• Considerar um possível pouso;
• Minimizar a utilização do sistema elétrico
desnecessário;
• Identificar origem da fumaça / fogo / vapor;
• Incidentes com produtos perigosos na cabine
de passageiros verificar check list apropriado;
• Determinar os procedimentos de emergência
conforme código do manual da ICAO;
• Utilizar a tabela do manual da ICAO que
orienta a ação correspondente ao tipo de
produto; e
• Havendo tempo, notificar ATC pelo menos do
número UN de um dos produtos
transportados.
4
Check List para Incidentes com Produtos
Perigosos no Modal Aéreo: Antes e após o pouso
• Desembarcar passageiros e tripulantes
antes da abertura de qualquer
compartimento de carga;
• Informar o pessoal de serviço de
emergência da natureza do item e onde
está colocado;
• Efetuar os registros apropriados no
diário de manutenção da aeronave;
• Lista de Verificação para Produtos
Perigosos – Ações.
Possíveis Carregamentos deMercadorias Perigosas: Alguns Exemplos
Aparelhos elétricos: Cadeiras de roda,
cortadores de grama, carrinhos de golf etc.,
podem conter baterias;
Brinquedos: Material inflamável;
Produtos farmacêuticos;
Suprimento fotográfico: Produtos químicos
perigosos;
Em nenhuma circunstância um produto
perigoso poderá ser aceito como bagagem;
porém, poderá ser transportado como carga,
desde que cumpra com os requisitos da
regulamentação IATA.
5
Critérios Básicos para Embarque: Exemplos
• Munição: até 5 kg/Pax, em caixa
reforçada, para fins esportivos.
• Cadeira de rodas elétrica movida à
bateria: em posição vertical, com
terminais desligados e isolados.
• Bebidas alcoólicas: recipientes de
menos de 5 litros.
• Remédios ou artigos de toalete: até 2
litros no máximo.
• Fósforos e isqueiros: à vista do pax,
com recargas em fluidos proibidos.
• Gases paralisantes para defesa
pessoal: proibidos.
O Código Brasileiro de Aeronáutica
estabelece que o comandante seja
responsável pela carga desde que tenha
conhecimento da mesma.
A NOTOC, Notification to Captain
(Notificação ao Capitão/Piloto), é o
documento hábil para tal: é o mínimo de
fiscalização a ser exercido pela tripulação.
Exemplo NOTOC: gelo seco/dry ice
Critérios Básicos para Embarque
6
As responsabilidades do expedidor, ou seja
quem envia a carga aéreas de natureza
perigosa é:
• Cerificar-se de que o produto não está
proibido para o transporte aéreo.
• Garantir que o produto esteja devidamente
identificado, classificado, embalado,
marcado, etiquetado e documentado.
• Providenciar o transporte terrestre de
artigo perigoso em conformidade com a
ANTT.
(http://fateclogaero.blogspot.com/2015/06/transporte-
de-cargas-especiais-e.html)
Lembrete
1
Transportes de Cargas Especiais e Perigosas
Lucimara Acosta
2
AULA 7
Cargas especiais ou indivisíveis
Introdução
O mercado logístico é um segmento no qual a
precisão é exigida e a legislação é igualmente
precisa e irredutível.
Há limites claros para tamanho e capacidade de
carga em caminhões e carretas e, para tudo aquilo
que não se enquadra nas operações costumeiras,
usa-se o apelido de cargas especiais, ou “heavy
lift”, como são conhecidas no setor.
A categoria de cargas especiais foi criada, dando
alguma flexibilidade para empresas que
transportam essas peças e uma resolução de 2005
regulamenta também os limites para caminhões
com esse tipo de carga.
3
Definição de Cargas Especiais ou Indivisíveis
Cargas indivisíveis, ou cargas especiais, são
cargas com elevado peso específico, que
podem ter grandes dimensões e, portanto,
necessitam de meios de transportes com uma
Autorização Especial de Tráfego (AET) para
poderem ser movimentadas.
A carga indivisível, de acordo com a Resolução
11/04 do DNIT, é uma carga unitária, que se
configura através de uma peça única
estrutural ou ainda, um conjunto de peças que
são fixadas de algumas maneiras específicas,
como solda, rebitagem ou outro processo.
O Transporte de Cargas Indivisíveis - Veículo Transportador
Para o transporte de cargas indivisíveis é
necessário à utilização de veículos
especiais, além de uma programação
completa e um projeto de transporte de
qualidade, baseado na legislação dos
órgãos competentes a respeito das vias e
que respeite as limitações de
infraestrutura.
4
O Transporte de Cargas Indivisíveis - Condutor
• Conhecimento das condições especiais
do trânsito,
• Contar com uma sinalização especial
para o veículo utilizado e da carga a ser
transportada,
• Formação em um curso especial para
condutores de cargas indivisíveis.
Medidas relevantes de segurança devem
ser tomadas no transporte das cargas
indivisíveis: trafegar na estrada, segurança
da propriedade de terceiros e a segurança
da própria rodovia.
Carga
Cada tipo de carga exige equipamentos
diferenciados, como, por exemplo, para
transportar uma carga muito alta é utilizada
a carreta tipo lagartixa. Já para as cargas
muito compridas, o método mais indicado é
o uso de uma carreta extensiva, enquanto as
cargas muito pesadas exigem a utilização de
conjuntos modulares com distribuidor de
peso.
Para que a carga seja transportada com
segurança e sem causar muitos transtornos
nas rodovias, é necessário fazer um
planejamento logístico prévio e ter muito
conhecimento do itinerário por onde a carga
será transportada para não prejudicar o
tráfego e, também, para evitar possíveis
danos às vias ou em seu entorno.
5
O Transporte de Cargas Indivisíveis - Legislação
As regras: Código Nacional de Trânsito,
que define, ainda, através do Artigo 101;
Órgãos responsáveis: DNIT para as
rodovias federais, os DER’s para as
estaduais; Diretorias de Trânsito dos
municípios, pela expedição das
autorizações especiais de trânsito.
Autorizações são concedidas
exclusivamente para cada situação,
prevendo o prazo, percurso e medidas de
logística e segurança previamente
acertados.
A grande maioria das viagens com cargas
desse tipo são feitas até portos
preparados para recebê-las,
principalmente em razão da conexão
desses terminais com ramais ferroviários.
Não importa o tipo de transporte,
toda e qualquer carga perigosa
deverá seguir a legislação referente
ao seu produto e tipo de modal
utilizado.
1
Transporte de Cargas Especiais e Perigosas
Lucimara Acosta
2
AULA 8
Cargas especiais ou indivisíveis: documentação
Introdução
Ao se ouvir o termo “carga especial” vem à
ideia de problemas, dificuldade: quando
nos aprofundamos nesse assunto vemos
que existem normas específicas a serem
seguidas de acordo com o CONTRAN, a
Secretaria dos Transportes – DER e o
Departamento Nacional de Infraestrutura
de Transportes, DNIT.
3
Definições Importantes para o Conhecimento de Cargas Especiais/Indivisíveis.
Carga nas Partes Externas é a carga que
ultrapassa os limites físicos da carroceria
do veículo, de acordo com a sua largura
ou ao seu comprimento; exceto os
equipamentos integrados a veículo
especial;
Escolta Credenciada é o veículo destinado
ao acompanhamento de transportes
excepcionais em peso e/ou dimensões.
Estudo de Viabilidade (E.V.) é o estudo
prévio da capacidade de transporte das
obras de arte especiais (OAE’s) existentes
ao longo de determinado
roteiro/itinerário, para fins de viabilização
ou não da passagem de Conjunto
Transportador acima de determinados
limites;
Excesso de Dimensões é a parcela das
dimensões do conjunto (comprimento,
largura, altura e balanço traseiro) que
ultrapassa os limites regulamentares
fixados pela legislação de trânsito;
Excesso de Peso é a parcela do peso de
um eixo e/ou de conjunto de eixos que
ultrapassa os limites regulamentares
fixados pela legislação de trânsito;
Guindaste Autopropelido ou sobre
Caminhão constituindo veículo especial
projetado para elevar, movimentar e
baixar materiais;
Veículo para acompanhamento de
Operações Especiais é um veículo próprio
do DER ou de concessionária de rodovia;
Veículo Especial é aquele constituído com
características de construção especial,
destinado ao transporte de carga
indivisível e excedente em peso e/ou
dimensão;
Veículo Transportador Modular
Autopropelido é o veículo modular com
plataforma de carga própria, tendo
suspensão e direção hidráulica e
conjunto de eixos direcionais com força
motora que propicie circular pelos seus
próprios meio
4
Documentação de Cargas Especiais/Indivisíveis.
• Declaração do fabricante informando o
peso do equipamento transportado;
• Croquis do conjunto transportador
carregado;
• Descrição do percurso a ser vencido;
• Declaração do Departamento de Estradas
de Rodagem de São Paulo (DER-SP)
O Código de Trânsito Brasileiro (CTB) prevê a
necessidade da Autorização Especial de
Trânsito (AET), para os veículos que
transportam cargas indivisíveis, com pesos e
ou dimensões excedentes (Art.101 e
Resolução N.º210 do CONTRAN).
A AET é um documento que autoriza o
trânsito nas rodovias sob sua jurisdição, a
partir da análise e aprovação de
documentos encaminhados pelo
interessado na realização do transporte
de cargas, regida pelas características do
transporterequerido, conforme o CTB e
as Resoluções do Conselho Nacional de
Trânsito (CONTRAN).
A documentação exigida para obtenção
da AET (Autorização Especial de Trânsito)
varia de órgão para órgão, mas de um
modo geral tem-se a necessidade de
verificar a capacidade técnica dos
veículos especificados para o transporte,
como os Certificados de Licenciamento,
assim como Declarações do Fabricante
ou Embarcador para comprovação de
peso e dimensões da carga.
5
Documentação de Cargas Especiais/Indivisíveis
AUTORIZAÇÃO ESPECIAL DE TRÂNSITO (AET)
Documentos necessários para obter
Autorizações Especiais de Trânsito
Cargas indivisíveis com peso e/ou dimensões
excedentes: Cópia dos Certificados de
Registro e Licenciamentos dos Veículos –
CRLV (Cavalo + Semi Reboques);
Combinação de Veículos de Carga – CVC: Cópia
dos Certificados de Registro e Licenciamentos
dos Veículos – CRLV (Cavalo + Semi
Reboques); Laudo Técnico e Projeto Técnico;
Anotação de Responsabilidade Técnica – ART;
Guindastes: Cópia dos Certificados de Registro
e Licenciamentos dos Veículos – CRLV (Cavalo
+ Semi Reboques);
Combinação para Transporte de Veículo - CTV
e Combinações de Transporte de Veículos e
Cargas Paletizadas – CTVP: Cópia dos
Certificados de Registro e Licenciamentos dos
Veículos – CRLV (Cavalo + Semi Reboques);
Laudo Técnico e Projeto Técnico;
Documentação de Cargas Especiais/Indivisíveis – Sinalização dos veículos em geral
Os veículos, combinações de veículos ou
veículos especiais, cujas dimensões com ou
sem carga, que excedam os limites
estabelecidos para trânsito normal, serão
sinalizados com placas especiais de
advertência.
CONTRATAÇÃO DE BATEDORES: São
veículos de escolta, tipo batedores, seja de
empresa credenciada pelos órgãos
regulamentadores ou Policia Rodoviária.
6
Além dos perigos crescentes que podem
ocorrer neste tipo de transporte, vem à
parte legal, ou seja, ter em mãos todas as
documentações necessárias para um
transporte legal, de acordo com as normas
e leis de transito responsáveis por esse
tipo de transporte, cargas indivisíveis.
Dentro do sistema brasileiro de transporte nota-se cada vez mais a necessidade de
uma análise ampla dos modais a serem usados e o estudo da legislação vigente, novas
leis sendo colocadas em vigor para uma melhoria contínua do processo do transporte
de cargas especiais e perigosas, cabe ao gestor indicar como fazer e quando fazer a
escolha certa do modal a ser usado.
1
Trasporte de Cargas Especiais e Perigosas
Lucimara Acosta
2
AULA 9
Leitura Complementar
Introdução
A leitura complementar pelo próprio nome
diz, complementa os conteúdos abordados
e demonstra pensamentos diferenciados
de autores também diferenciados, para
tanto serão realizadas a revisão dos
seguintes textos:
1. Risco Químico (Recorte de artigo)
2. Nova resolução da ANTT atualizou
exigências e relação de produtos
classificados como perigosos
3. Atualização da Legislação (Recorte de
artigo)
3
1. Risco Químico (Recorte de artigo)
Os riscos apresentados pelos produtos
químicos dependem de sua reatividade. Não é
possível estabelecer uma regra geral que
garanta a segurança no manuseio de todas as
substâncias químicas. É necessária uma
avaliação, considerando não só as
características físico-químicas, a reatividade e a
toxicidade, como também as condições de
manipulação, as possibilidades de exposição
do trabalhador e as vias de penetração no
organismo. Além disso, tem-se que considerar
a disposição final do produto químico, sob a
forma de resíduo, e os impactos que pode
causar no meio ambiente.
Riscos de natureza físico-química
Os produtos químicos podem reagir de
forma violenta com outra substância
química, inclusive com o oxigênio do ar
ou com a água, produzindo fenômenos
físicos tais como calor, combustão ou
explosão, ou então produzindo uma
substância tóxica.
Riscos tóxicos
A toxicidade é a capacidade inerente de
uma substância em produzir efeitos
nocivos num organismo vivo ou
ecossistema. O risco tóxico é a
probabilidade que o efeito nocivo, ou
efeito tóxico, ocorra em função das
condições de utilização da substância. O
risco tóxico associado a uma substância
química depende de algumas variáveis:
propriedades físico-químicas, vias de
penetração no organismo, dose, alvos
biológicos, capacidade metabólica de
eliminação e efeitos sinergísticos com
outros agressores de natureza diversa
(física, química ou psíquica).
4
Cuidados na utilização de produtos
químicos
A primeira regra é básica para qualquer
trabalho em laboratório: nunca comer,
beber, fumar ou aplicar cosméticos
durante a manipulação de substâncias
químicas. Nunca se deve pipetá-las
substâncias químicas com a boca, nem
tentar identificá-las através do olfato.
Ao se trabalhar pela primeira vez com
uma substância, devemos nos familiarizar
com as suas características através de
leitura da literatura a respeito. Para tanto,
devemos exigir do fornecedor a ficha de
segurança do produto
Gerenciamento de resíduos químicos
Um dos grandes problemas ambientais no
mundo do hoje é o lançamento ao meio
ambiente de produtos químicos perigosos
de forma inadequada.
No Brasil, a Constituição estabelece
responsabilidades às três esferas de
governo: municipal, estadual e federal.
2. Nova resolução da ANTT atualizou exigências e relação de produtos classificados como perigosos
Segundo o coordenador substituto de
Fiscalização Especial da agência, Andrei
Rodrigues, entre as mudanças que se
destacam em relação à resolução
anterior (420/2004) estão a inclusão de
elementos considerados perigosos. “A
indústria química criou novos produtos
que não constam na resolução mais
antiga”, explica Andrei. Ele destaca que o
novo texto está de acordo com o Orange
Book, que trata das principais
recomendações da ONU (Organização
das Nações Unidas) para esse tipo de
transporte. Andrei ressalta, também,
novas exigências sobre embalagens e
alterações em nomenclaturas.
É considerado produto perigoso todo
aquele que representa risco à saúde das
pessoas, ao meio ambiente ou à
segurança pública, seja ele encontrado
na natureza ou produzido por qualquer
processo.
5
Principais cuidados
Ao realizar esse tipo de transporte, os
condutores devem estar atentos a alguns
aspectos, como: condições de pneus, freios e
iluminação; existência de vazamento; como a
carga está posicionada; e se não está
transportando produtos perigosos juntamente
com outros para consumo humano ou animal,
ou que sejam incompatíveis, com risco de gerar
reação química.
Os veículos também precisam estar
adequadamente sinalizados. “Em caso de
acidente, cada tipo de produto exige um
cuidado diferenciado. A sinalização adequada
ajuda na remoção imediata de alguma vítima”,
esclarece Andrei.
A Organização das Nações Unidas
(ONU) tornou disponível nos últimos dias
a versão eletrônica da 20ª revisão
do Recommendations on the Transport of
Dangerous Goods, também conhecido
como Orange Book. Este Regulamento
modelo faz parte do esforço da ONU em
harmonizar mundialmente o transporte
de produtos perigosos nos diferentes
modais existentes, aumentando a
proteção da saúde e meio ambiente e
facilitando o comércio mundial.
A revisão publicada em 2017 propõe,
dentre outras alterações, novas e
atualizadas instruções relativas a artigos
que contenham substâncias perigosas;
classificação de fertilizantes a base de
nitrato de amônio; classificação de
misturas corrosivas; unidades de
transporte de carga contendo baterias de
lítio; instruções de embalagem para
baterias de lítio defeituosas ou
danificadas; relatórios de teste para
baterias de lítio; transporte de
substâncias instáveis ​​sob controle de
temperatura; transporte de veículos
alimentados por líquidos ou gases
inflamáveis e células de combustível ou
baterias.
6
3. Atualização da legislação
Atualização da Legislação
Agência Nacional de Transportes Terrestres
publicou em Diário Oficial da União nº 241de
16 de dezembro de 2016 a Resolução ANTT
nº 5232 de 14 de dezembro de 2016 que
aprova as Instruções Complementares ao
Regulamento Terrestre (rodoviário eferroviário) do Transporte de Produtos
Perigosos e que irá substituir a Resolução
ANTT nº 420/04 e resoluções que a
atualizavam.
Declaração do Expedidor
“Declaro que os produtos perigosos estão
adequadamente classificados, embalados,
identificados, e estivados para suportar os
riscos das operações de transporte e que
atendem às exigências da regulamentação”.
A Declaração deve ser assinada e datada
pelo expedidor, e deve conter informação
que possibilite a identificação do
responsável pela sua emissão (por exemplo,
número do RG, do CPF ou do CNPJ), exceto
quando apresentada impressa no
Documento Fiscal.
	PLANO DE ENSINO
	OBJETIVOSpara o Transporte 
Rodoviário e Produtos Perigosos a Granel – Grupos 3 e 27E; 
 RTQ-05 – Inspeção de Veículos Rodoviários para o Transporte de Produtos 
Perigosos; 
 RTQ-6i – Inspeção Periódica de Equipamentos para o Transporte Rodoviário 
de Produtos Perigosos a Granel – Grupos 6 e 27D; 
 RTQ-6c – Inspeção na Construção de Equipamentos para o Transporte 
Rodoviário de Produtos Perigosos a Granel – Grupos 6 e 27D; 
 RTQ-7i – Inspeção periódica de Equipamentos para o Transporte Rodoviário 
de Produtos Perigosos a Granel – Líquidos com Pressão de Vapor até 175 
kPa; 
 RTQ-7c – Inspeção na Construção de Equipamentos para o Transporte 
Rodoviário de Produtos Perigosos a Granel – Líquidos com pressão de vapor 
até 175 kPa; 
 RTQ-32 – Para choque traseiro de veículos rodoviários para o transporte de 
Produtos Perigosos – Construção, Ensaio e Instalação; 
 
 
13 Cargas Especiais e Perigosas 
Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 
 RTQ-36 – Inspeção de Revestimento Interno de Equipamento para o 
Transporte Rodoviário de Produtos Perigosos a Granel – Aplicação e Periódica; 
 RTQ-CAR – Inspeção Periódica de Carroçarias de Veículos Rodoviários e 
Caçambas Intercambiáveis para o Transporte de Produtos Perigosos. 
 
2.2. Responsabilidades Legais nos Acidentes de Transporte Rodoviário de 
Produtos Perigosos 
Até o início dos anos oitenta haviam poucas e dispersas legislações de proteção ao 
meio ambiente. Com o advento da Lei Nº 6.938/81, que criou a Política Nacional do Meio 
Ambiente, passou-se a ter a visão mais protecionista nas questões ambientais. Institui-se, 
a partir de então, as responsabilidades de pessoas físicas ou jurídicas, de direito público 
ou privado, que, direta ou indiretamente, causem degradação ambiental, 
independentemente de culpa, adotando-se para o caso a teoria da responsabilidade 
objetiva, na qual o risco é que determina o dever de responder pelo dano. 
 
A responsabilidade objetiva está contida no parágrafo único do art. 927 do C.C: 
“Haverá obrigação de reparar o dano, independentemente de culpa, nos casos 
especificados em lei, ou quando a atividade normalmente desenvolvida pelo autor do 
dano implicar, por sua natureza, risco para os direitos de outrem”. 
 
Dessa forma, com o advento da lei em referência, desnecessária se tornou provar 
a culpa do causador de dano ambiental, de tal forma que a prova de culpa se tornou 
irrelevante, restando somente num caso concreto, estabelecer o nexo causal. 
 
 
 
Especificamente, num acidente de transporte rodoviário de produtos 
perigosos, ainda que a empresa transportadora tenha tomado todos os 
cuidados e não tenha, a princípio, culpa pelo acidente, a responsabilidade 
pelos danos ambientais causados continua sendo da empresa 
transportadora, pois a ausência de culpa, neste caso, não é mais excludente 
da responsabilidade de indenizar e reparar os danos. 
A demanda por transportes tem evoluído e por via de consequência 
acompanha o desenvolvimento econômico do país; tal fato requer do 
segmento de transportes adequações para atender a demanda. 
 
 
14 Cargas Especiais e Perigosas 
Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 
O histórico de acidentes envolvendo o transporte de produtos perigosos no 
Brasil e no mundo tem demonstrado por provas claras que a falta de 
conhecimentos com relação aos cuidados inerentes a atividade tem sido a 
causa principal de muitas ocorrências com mortes e danos ambientais. 
É dever do Poder Público produzir informações e dados relacionados ao 
transporte de produtos perigosos; assim como, sobre seus eventos, 
acidentes, causas e efeitos; e ainda, sobre veículos, unidades de transporte, 
acondicionamento de cargas, produtos, substâncias, materiais, normas de 
construção, sinalização, fiscalização etc., dando ampla publicidade, 
disponibilizando-as e divulgando-as à coletividade, com vistas principalmente 
aos aspectos preventivos e inclusive buscando por meio da promoção da 
educação ambiental em todos os níveis, a conscientização pública para a 
preservação da segurança viária e do meio ambiente. 
 
 
 
 
A Abiquim, Associação Brasileira da Indústria Química mantém o Pró-
Química, um serviço de informações via telefone para auxiliar as autoridades 
rodoviárias, o corpo de bombeiros, os produtores e os transportadores a lidar 
com as ocorrências envolvendo substâncias químicas nas estradas brasileiras. 
No âmbito do Estado de São Paulo, o DER mantém o Sistema de Informações 
de Produtos Perigosos (SIIPP). 
A Cetesb, Companhia Ambiental do Estado de São Paulo, também mantém 
equipes em plantão permanente todos os dias do ano em um Centro de 
Controle de Desastres e Emergências Químicas. 
 
 
 
 
HRISTOPHER, Martin. Logística e Gerenciamento da Cadeia de Suprimentos, 
São Paulo, Editora Cengage Learning, 2ª Edição 2009. 
 
CONSELHO REGIONAL DE QUÍMICA DA 4ª REGIÃO. Disponível em: 
http://www.crq4.org.br/quimicaviva_produtos_perigosos 
SOARES, Guido Fernando Silva Soares. Direito Internacional do Meio 
Ambiente, Emergência, Obrigações e Responsabilidades. São Paulo, Editora 
Atlas, 2011 
 
VALENTE, Amir Mattar. Qualidade e Produtividade nos Transportes. São 
Paulo, CENGAGE Learning, 1ª Edição, 2008. 
 
 
15 Cargas Especiais e Perigosas 
Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 
3. TRANSPORTE DE CARGAS PERIGOSAS: DOCUMENTAÇÃO 
 
Objetivo 
Apresentar documentos necessários ao transporte de cargas especiais e 
perigosas. 
 
Introdução 
A segurança do transporte de produtos perigosos depende de vários fatores: da 
embalagem adequada, do treinamento do motorista e da documentação em ordem. Além 
disso, o caminhão deve estar em boas condições operacionais. 
 
Reforçando: temos que a segurança do transporte de produtos perigosos depende 
do expedidor providenciar a embalagem adequada, o motorista ser treinado, a 
documentação estar em ordem e o caminhão em boas condições operacionais e, 
quando for o caso, devidamente marcado e sinalizado e com os equipamentos de 
segurança. 
 
3.1. A embalagem 
A embalagem do produto varia de acordo com o grau de risco, numa escala de I a 
III, dos produtos mais perigosos aos que apresentam menor risco. A embalagem deve 
trazer dados importantes que serão indispensáveis em caso de acidente, como números 
de telefones para atendimento de emergência e precauções no manuseio do produto, e 
outras informações. 
 
3.2. Os documentos 
Vários documentos são exigidos para que produtos perigosos possam ser 
transportados por via terrestre: 
1. O condutor deve apresentar o documento original de que foi aprovado no 
curso Mopp, Movimentação e Operação de Produtos Perigosos em casos 
específicos. 
2. O veículo e os equipamentos destinados ao transporte a granel devem ter o 
CIPP, Certificado de Inspeção para o Transporte de Produtos Perigosos a 
granel, expedido pelo Inmetro ou entidades credenciadas. 
 
 
16 Cargas Especiais e Perigosas 
Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 
3. É preciso levar um documento fiscal, acompanhado de uma declaração de 
que o produto está adequadamente acondicionado para o transporte. 
4. É preciso levar a ficha de emergência e o envelope para o transporte, com 
instruções sobre como proceder em caso de acidente, também em casos 
específicos. 
 
Figura 1 – Ficha de Emergência e Envelope de Transporte 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1. É necessária licença ambiental emitida pelo órgão de meio ambiente 
responsável pelo trecho a ser percorrido, normalmente o IBAMA. 
2. Dependendo da carga, o condutor deve levar equipamentos de segurança, 
que serão fundamentais em caso de acidente. Os equipamentos são: fita para 
isolar a área, suportes ou cavaletes para apoiar a fita, cones para sinalização, 
calços, extintor de incêndio compatível com a carga, lanterna, placas com 
suportes com os dizeres Perigo: Afaste-se. 
3. Por fim, é necessário identificaras unidades de transporte com rótulos de 
risco e painéis de segurança, de acordo com o tipo de carga. 
 
3.3. Informações sobre os produtos 
A informação sobre os produtos passa a ter um caráter prioritário para o 
atendimento de um sinistro envolvendo produtos perigosos. Nos eventos com produtos de 
alto risco ela deve satisfazer a um elenco de medidas que abrange desde a proteção ao 
transeunte (e curiosos) até os procedimentos de segurança para manter os vazamentos 
 
 
17 Cargas Especiais e Perigosas 
Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 
confinados e sob controle. Atualmente existem os seguintes níveis de informações que, 
em conjunto, atendem a totalidade das necessidades: 
 Painel de segurança 
 Rótulo de risco 
 Ficha de emergência do produto 
 Manual de Emergências – ABIQUIM (aconselhável). 
 
Acompanhe abaixo cada um dos níveis de informações: 
a) PAINEL DE SEGURANÇA 
Todos os veículos definidos na aula 2, no item Meios de Transporte, que estiverem 
carregando os produtos descritos nesse trabalho, deverão possuir um painel pintado na 
cor laranja, com números de identificação. Este painel possui 30 x 40 cm. 
 
Nº do Risco Nº da ONU, onde: Nº do Risco - Número formado por 2 ou 3 
algarismos. 
 
Nº da ONU: Cada produto possui uma identificação numérica, internacional, 
composta de 4 algarismos de acordo com codificação adotada na ONU, conforme visto na 
Aula 1. A relação completa dos produtos cadastrados encontra-se no Livro de 
Emergências – ABIQUIM e normalmente, as empresas transportadoras e produtoras de 
itens desta natureza, também possuem seus respectivos Manuais de Operação e/ou 
Guias de Operações. Este painel deverá estar afixado nos para-choques dianteiros e 
traseiros do veículo transportador, no lado do motorista e nas laterais do caminhão. 
 
Figura 2 – Painel de Segurança 
 
 Fonte: http://www.solucoesindustriais.com.br/empresa/seguranca/az-seg-equipamentos-de-
seguranca/produtos/seguranca-e-protecao/placas-paineis-de-seguranca 
 
 
 
 
 
18 Cargas Especiais e Perigosas 
Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 
b) RÓTULOS DE RISCO 
Os rótulos de risco representam o risco na forma de símbolos, que facilitam a 
identificação do risco do produto. Obedecendo o seguinte código de cores: 
 Vermelho: inflamável/combustível; 
 Verde: gás não inflamável; 
 Laranja: explosivo; 
 Amarelo: oxidante; 
 Azul: perigoso quando molhado; 
 Branco: veneno/tóxico; e 
 Preto-branco: Corrosivo. 
 
Deverão ser afixados em todos os veículos que estiverem carregando os produtos 
descritos, rótulos que consistem num losango com dimensões mínimas de 30 x 30 cm, 
afixados nos dois lados do veículo e na traseira, em local visível conforme, já visto na 
Aula: 
 
Figura 3 – Rótulo de Risco 
 
Fonte: http://vipartvisual.com.br/loja2/index.php?id_product=145&controller=product 
 
Os Rótulos de Risco têm prioridade sobre outros símbolos. Eles contêm figuras que 
identificam pictoricamente o perigo que cada produto representa, fazendo constar no 
ângulo inferior do losango a numeração da classe (ou subclasse) que pertence o produto, 
conforme tabela a ser apresentada nos próximos módulos. 
 
c) FICHA DE EMERGÊNCIA 
A ficha de emergência deverá constar, obrigatoriamente da documentação do 
veículo transportador de cargas perigosas, dento de um Envelope para Transporte. A 
ficha constitui-se num conjunto de informações sobre o produto para o case de manuseio, 
vazamentos, primeiros socorros, atendimento a sinistro, etc. 
 
 
19 Cargas Especiais e Perigosas 
Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 
Figura 4 – Ficha de Segurança 
; 
Fonte: http://www.abtlp.org.br/index.php/policia-rodoviaria-estadual-realiza-mais-uma-blitz-em-suzano/ 
 
d) MANUAL DE EMERGÊNCIAS - ABIQUIM. 
Concebido pelo DOT, Department of Transport dos EUA e preparado e distribuído 
pela ABIQUIM, este Manual foi desenvolvido para ser usado pelo Corpo de Bombeiros, 
Polícia Rodoviária e Equipes de Resgate em sistemas de prevenção e atendimento de 
acidentes envolvendo cargas perigosas. É recomendável que todos os profissionais da 
área de segurança possuam um exemplar, que é fornecido gratuitamente pela ABIQUIM. 
 
 
 
Para melhor compreensão sobre os pré-requisitos ao transporte rodoviário de 
cargas perigosas leia reportagem da Polícia Rodoviária do Estado de São Paulo, 
disponível pelo Link: http://www.abtlp.org.br/index.php/policia-rodoviaria-
estadual-realiza-mais-uma-blitz-em-suzano/. 
 
 
 
 
 
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE TRANSPORTE E LOGÍSTICA DE PRODUTOS 
PERIGOSOS. Disponível em: http://www.abtlp.org.br/ 
 
CHRISTOPHER, Martin. Logística e Gerenciamento da Cadeia de 
Suprimentos, São Paulo, Editora Cengage Learning, 2ª Edição 2009. 
 
 
 
20 Cargas Especiais e Perigosas 
Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 
CONSELHO REGIONAL DE QUÍMICA DA 4ª REGIÃO. Disponível em: 
http://www.crq4.org.br/ 
 
SOARES, Guido Fernando Silva Soares. Direito Internacional do Meio 
Ambiente, Emergência, Obrigações e Responsabilidades. São Paulo, Editora 
Atlas, 2011. 
 
SOLUÇÕES INDUSTRIAIS. Disponível em: 
http://www.solucoesindustriais.com.br 
 
VALENTE, Amir Mattar. Qualidade e Produtividade nos Transportes. São 
Paulo, CENGAGE Learning, 1ª Edição, 2008. 
 
VIP ART VISUAL. Disponível em: http://vipartvisual.com.br/ 
 
 
LEITURA COMPLEMENTAR 1 (recorte de artigo) 
 
 Risco Químico Os riscos apresentados pelos produtos químicos dependem de sua 
reatividade. Não é possível estabelecer uma regra geral que garanta a segurança no 
manuseio de todas as substâncias químicas. É necessária uma avaliação, considerando 
não só as características físico-químicas, a reatividade e a toxicidade, como também as 
condições de manipulação, as possibilidades de exposição do trabalhador e as vias de 
penetração no organismo. Além disso, tem-se que considerar a disposição final do produto 
químico, sob a forma de resíduo, e os impactos que pode causar no meio ambiente. 
 
 Riscos de natureza físico-química 
Os produtos químicos podem reagir de forma violenta com outra substância química, 
inclusive com o oxigênio do ar ou com a água, produzindo fenômenos físicos tais como calor, 
combustão ou explosão, ou então produzindo uma substância tóxica. 
 
Na avaliação dos riscos devidos à natureza física, devemos considerar os parâmetros de 
difusão (pressão saturada de vapor e densidade de vapor) e os parâmetros de inflamabilidade 
(limites de explosividade, ponto de fulgor e ponto de auto-ignição). 
 
As reações químicas perigosas tanto podem ocorrer de forma exotérmica quanto podem 
provocar a liberação de produtos perigosos, fenômenos que muitas vezes ocorrem 
simultaneamente. Para prevenir os riscos devido à natureza química dos produtos, devemos 
conhecer a lista de substâncias químicas incompatíveis de uso corrente em laboratórios a fim de 
observar cuidados na estocagem, manipulação e descarte. 
 
 
21 Cargas Especiais e Perigosas 
Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 
 Exemplos de substâncias químicas incompatíveis 
Substância Incompatibilidade Reação 
Ácidos minerais fortes 
Bases fortes 
Cianetos 
Hipoclorito de sódio 
Neutralização exotérmica 
Liberação de gás cianídrico 
Liberação de cloro 
Ácido nítrico Matéria orgânica Oxidação violenta 
Oxidação violenta 
Matéria orgânica 
Metais 
Oxidação 
Decomposição 
 
 Riscos tóxicos 
A toxicidade é a capacidade inerente de uma substância em produzir efeitos nocivos num 
organismo vivo ou ecossistema. O risco tóxico é a probabilidade que o efeito nocivo, ou efeito 
tóxico, ocorra em função das condições de utilização da substância. O risco tóxico associado a 
uma substância química depende de algumas variáveis: propriedades físico-químicas, vias de 
penetração no organismo, dose, alvos biológicos, capacidade metabólica de eliminação e efeitos 
sinergísticos com outros agressoresde natureza diversa (física, química ou psíquica). 
 
Não há uma classificação única dos riscos tóxicos que contemple e esgote todos os 
produtos químicos. 
 
Podemos classificá-los, em função do alvo, como produtos de toxicidade específica ou não 
específica: relativa ao nível do alvo molecular (por exemplo, uma ligação reversível ou não com 
uma molécula de ADN) ou relativa à grande reatividade, deteriorando indistintamente as 
estruturas vivas com as quais entre em contato (por exemplo, os corrosivos). 
 
Também podem ser classificados, em função do mecanismo de ação, como tóxicos diretos 
ou indiretos. No primeiro grupo estão aquelas substâncias que agem sobre os alvos biológicos 
sem ativação metabólica, como os corrosivos ou os agentes alquilantes. E, no segundo, os 
compostos que afetam as estruturas ou as funções celulares somente após a ativação metabólica 
pelos sistemas enzimático ou hospedeiro. 
 
Algumas substâncias podem ser agrupadas pela sua natureza, como os solventes 
orgânicos, que devido às suas características físico-químicas, facilidade de difusão, baixo ponto 
de fulgor, etc., são facilmente penetráveis no organismo pela via respiratória. Ou então os metais, 
como o cromo hexavalente, comprovadamente cancerígeno, e o mercúrio, neurotóxico importante. 
 
 
 
22 Cargas Especiais e Perigosas 
Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 
A classificação também pode ser feita pelo efeito nocivo que o produto acarreta no 
organismo: anestésico, irritante, asfixiante, mutagênico, teratogênico etc. 
 
 Sinalização de segurança 
 
 
No Brasil, a simbologia de risco está normatizada pela ABNT, NBR 7.500, e é a mesma 
adotada pela ONU em convenção internacional da qual o país é signatário. 
 
 Cuidados na utilização de produtos químicos 
A primeira regra é básica para qualquer trabalho em laboratório: nunca comer, beber, 
fumar ou aplicar cosméticos durante a manipulação de substâncias químicas. Nunca se deve 
pipetá-las substâncias químicas com a boca, nem tentar identificá-las através do olfato. 
 
Ao se trabalhar pela primeira vez com uma substância, devemos nos familiarizar com as 
suas características através de leitura da literatura a respeito. Para tanto, devemos exigir do 
fornecedor a ficha de segurança do produto contendo dados sobre: identificação do produto e da 
empresa fornecedora ou fabricante; identificação de danos à saúde e ao ambiente; medidas de 
primeiros socorros; medidas de combate a incêndios; medidas a serem tomadas em caso de 
derramamento acidental ou vazamento; manuseio e armazenagem; propriedades físico-químicas; 
informações toxicológicas; informações ambientais; etc. Esta exigência encontra respaldo legal no 
Código de Defesa do Consumidor, que assegura no seu artigo sexto os direitos básicos do 
consumidor, dentre eles a proteção da vida, saúde e segurança contra os riscos provocados por 
práticas no fornecimento de produtos considerados perigosos ou nocivos, e a informação 
adequada e clara sobre os diferentes produtos com especificação correta de quantidade, 
características, composição e qualidade, bem como sobre os riscos que apresentem. Determina, 
no artigo oitavo, que os produtos colocados no mercado de consumo não acarretarão riscos à 
saúde ou segurança dos consumidores, exceto os considerados normais e previsíveis em 
decorrência de sua natureza e fruição, obrigando-se os fornecedores, em qualquer hipótese, a dar 
informações necessárias e adequadas a seu respeito, e o fabricante a prestar as informações que 
devam acompanhar o produto. 
 
Os locais de armazenagem devem ser adequadamente ventilados. Todas as substâncias 
devem ser rotuladas, inclusive os resíduos segregados para descarte apropriado. As substâncias 
 
 
23 Cargas Especiais e Perigosas 
Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 
incompatíveis não devem ser armazenadas juntas. Os produtos muito tóxicos devem ser 
guardados em armários fechados ou em locais que sejam de acesso restrito. Para prevenir 
reações entre produtos químicos, devemos observar para que não ocorram misturas entre 
substâncias incompatíveis na lavagem de vidrarias ou durante a segregação de resíduos para 
descarte. 
 
 Gerenciamento de resíduos químicos 
Um dos grandes problemas ambientais no mundo do hoje é o lançamento ao meio 
ambiente de produtos químicos perigosos de forma inadequada. 
 
No Brasil, a Constituição estabelece responsabilidades às três esferas de governo: 
municipal, estadual e federal. 
 
 Um dos órgãos nacionais com competência para regular o assunto é o Conselho Nacional 
de Meio Ambiente - CONAMA, que em 1993, através da Resolução 05/93, definiu procedimentos 
mínimos para o gerenciamento de resíduos sólidos dos serviços de saúde, dividindo-os em quatro 
grandes grupos: 
Grupo A - resíduos biológicos; 
Grupo B - resíduos que apresentam risco potencial à saúde pública e ao meio ambiente 
devido às suas características químicas, aí se incluindo as drogas quimioterápicas e os produtos 
por elas contaminados; os resíduos farmacêuticos (medicamentos vencidos, contaminados, 
interditados ou não utilizados); e demais produtos considerados perigosos de acordo com a NBR 
10.004. 
Grupo C - rejeitos radioativos; e 
Grupo D - resíduos comuns. 
 
A NBR 10.004 classifica como perigosos os resíduos químicos que pelas suas 
características de inflamabilidade, reatividade, corrosividade ou toxicidade podem apresentar risco 
à saúde pública, provocando ou contribuindo para um aumento de mortalidade ou incidência de 
doenças e/ou efeitos adversos ao meio ambiente, quando manuseados ou dispostos de forma 
perigosa. 
Assim, todo o estabelecimento de saúde, deve estabelecer um sistema de gerenciamento 
de resíduos para, entre outros, submeter os resíduos do tipo B da instrução do CONAMA a 
tratamento e disposição final específicos, segundo exigências do órgão ambiental competente. 
 
Um sistema de gerenciamento de resíduos deve abordar, no mínimo, os seguintes itens: 
 Identificação dos resíduos produzidos e seus efeitos na saúde e no ambiente; 
 Levantamento sobre o sistema e disposição final para os resíduos; 
 
 
24 Cargas Especiais e Perigosas 
Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 
 Estabelecimento de uma classificação dos resíduos segundo uma tipologia clara, que 
seja conhecida por todos; 
 Estabelecimento de normas e responsabilidades na gestão e eliminação dos resíduos; 
 Estudo de formas de redução dos resíduos produzidos; 
 Utilização, de forma efetiva, dos meios de tratamento disponíveis. 
 
Fonte do artigo: http://www.produtosperigosos.com.br/materias.php?cd_secao=63&codant=&friurl=_-Informacoes-
de-Produtos-Perigosos-_. 
 
 
 
25 Cargas Especiais e Perigosas 
Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 
4. TRANSPORTE DE CARGAS PERIGOSAS: LEGISLAÇÃO 
 
Objetivo 
Estudar a legislação brasileira, leis e normas, para o transporte de cargas especiais 
e perigosas. 
 
Introdução 
A legislação brasileira é ampla em relação ao transporte de produtos perigosos e 
se aplica também aos resíduos no caso de estarem classificados como perigosos para 
transporte. Esta mesma legislação, já comentada na Aula 2, proíbe uma série de 
procedimentos tais como: 
 
 Conduzir pessoas em veículos transportando produtos perigosos além dos 
auxiliares. 
 Transportar, simultaneamente, no mesmo veículo ou equipamento de 
transporte, diferentes produtos perigosos, salvo se houver compatibilidade. 
 Transportar produtos perigosos juntamente com alimentos, medicamentos ou 
quaisquer objetos destinados a uso ou consumo humano ou animal ou, ainda, 
com embalagens de mercadorias destinadas a alimentos, medicamentos ou 
para consumo humano ou animal. 
 Transportar alimentos, medicamentos ou quaisquer objetos destinados ao uso 
ou consumo humano ou animal em embalagens já utilizadas para produtos 
perigosos. 
 Transportar, simultaneamente,animais e produtos perigosos em veículos ou 
equipamentos de transporte. 
 
4.1. Meio Ambiente e o Transporte terrestre de Cargas Perigosas 
Para realizar a expedição e o transporte de produtos perigosos no Brasil algumas 
regras devem ser cumpridas. 
 
A empresa que produz e expede produtos químicos perigosos e a que transporta 
DEVE, a cada embarque, verificar se o motorista possui o treinamento de Especialização 
no Transporte de Produtos Perigosos, se o veículo e carga estão devidamente 
identificados e se há no veículo, os equipamentos para emergência e proteção individual. 
 
 
26 Cargas Especiais e Perigosas 
Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 
No que se refere à legislação ambiental, existem algumas exigências de acordo 
com cada estado brasileiro ou município, a serem cumpridas. 
 
Assim, deve-se especial atenção as licenças ambientais, pois em alguns estados e 
municípios, como no município de São Paulo, há licenças estabelecidas por legislações 
ambientais, as quais afetam diretamente o transporte de produtos perigosos. Algumas 
licenças são anuais, outras semestrais, algumas são gratuitas, outras exigem o 
pagamento de taxas, algumas dependem de cadastro de veículos outras de produtos e 
outras ainda, do cadastro de veículo e produto. 
 
Além da Agência Nacional de Transporte Terrestre (ANTT), órgãos municipais 
estão aptos a emitir as licenças de Transporte de Produtos Perigosos como a Secretaria 
do Verde e do Meio Ambiente. Exemplo disso, no município de São Paulo, para obter a 
Licença Especial de Transporte de Produtos Perigosos (LETPP), é necessário elaborar e 
submeter à aprovação da Secretaria do Verde e Meio Ambiente, um Plano de Emergência 
e possuir equipe de atendimento emergencial própria ou terceirizada. Uma vez aprovado 
o Plano de Emergência, é necessário solicitar a emissão da LETPP pelo Departamento do 
Sistema Viários de São Paulo (DSV), A falta da Licença impõe ao embarcador e ao 
transportador, multas significativas para as empresas. 
 
O Transporte de Produtos Perigosos está diretamente ligado aos impactos ao meio 
ambiente, principalmente quando ocorrem vazamentos em áreas protegidas, rios ou 
mesmo no mar, por isso que o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos 
Renováveis (IBAMA) também apresenta papel fundamental na liberação de licenças para 
o Transporte de Produtos Perigosos, mas a empresa que busca tais licenças deve estar 
bem-informada para não confundir os órgãos e esquecer alguma autorização. 
 
No âmbito federal, o IBAMA estabeleceu a Autorização para o Transporte 
Interestadual de Produtos Perigosos, a qual não deve ser confundida com as Licenças 
Ambientais exigidas para empresas que realizam atividades potencialmente poluidoras. 
 
No que se refere à segurança das estradas e rodovias do Brasil, vale lembrar que 
transportar produtos químicos já é uma situação de risco ainda mais se a estrada ou 
mesmo o veículo não estão em boas condições. 
 
 
 
27 Cargas Especiais e Perigosas 
Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 
A qualidade do trajeto pode ser definida de acordo com o Estado e os 
investimentos que o mesmo faz em suas rodovias, mas onde há melhores condições das 
rodovias e estradas também há valores maiores na cobrança de pedágios. 
 
Nos estados mais desenvolvidos e onde houve programa de concessões de 
rodovias, existem melhores condições de conservação e segurança, porém há a cobrança 
de valores altos para os pedágios. Infelizmente, nas rodovias e estradas que com pouca 
ou até sem pavimentação, a situação é inversa. Os estados não investem o necessário e 
é comum encontrar pavimentos danificados, rodovias sem acostamento, sem sinalização 
vertical e horizontal, tais como pontes e viadutos, sem condições de segurança e sem 
serviço de auxílio ao usuário. 
 
Independente do órgão que fiscaliza o transporte de produtos perigosos no país, 
cabe à empresa ter consciência do cumprimento das regras, visto que não é possível 
simplesmente deixar de transportar tais produtos, que apesar de serem químicos são de 
uso essencial em hospitais, postos de gasolina, indústrias e até residências. 
 
O que se espera das empresas que expedem e transportam produtos perigosos é 
que a mesma cumpra as exigências dos órgãos reguladores e fiscalizadores, e do 
governo que ofereça condições de rodovias transitáveis para que os motoristas realizem o 
trabalho de transporte da melhor forma possível e com segurança para pessoas e meio 
ambiente. 
 
 
Legislação Federal 
Leis, decretos-lei e decretos no âmbito federal 
Deliberações do Conselho Nacional de Trânsito – CONTRAN 
Instruções normativas do IBAMA e Resoluções do CONAMA 
Normas brasileiras aplicáveis ao transporte rodoviário de produtos perigosos 
(aplicação obrigatória) – ABNT 
Normas regulamentadoras do trabalho – NR 
Portarias do Departamento Nacional de Trânsito – DENATRAN 
Portaria do Ministério do Trabalho e Emprego – MTE 
Portaria Interministerial 
Regulamentos Técnicos da Qualidade – RTQ’s emitidos pelo INMETRO 
(inspeção obrigatória na fabricação e periódica de equipamentos aplicados 
no transporte de produtos perigosos) 
Regulamentos Técnicos Metrológicos – RTM’s emitidos pelo INMETRO 
 
 
28 Cargas Especiais e Perigosas 
Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 
Regulamentos de Avaliação da Conformidade – RAC’s emitidos pelo 
INMETRO 
Resolução da Agência Nacional de Transportes Aquaviários – ANTAQ 
Resolução da Comissão Nacional de Energia Nuclear – CNEN 
Resoluções da Agência Nacional de Transportes Terrestres – ANTT 
Resoluções da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis – 
ANP 
Resoluções do Conselho Nacional de Trânsito – CONTRAN 
MERCOSUL 
Portaria nº 22, de 19/01/01 (PP) 
Aprova as Instruções para a Fiscalização do Transporte Rodoviário de 
Produtos Perigosos no MERCOSUL 
Decreto nº 2866, de 07/12/98 (PP) 
Estabelece Protocolo Adicional ao Acordo de Alcance Parcial para Facilitação 
do Transporte de Produtos Perigosos no MERCOSUL 
Decreto nº 1797, de 25/01/96 (PP) 
Execução do Acordo de Alcance Parcial para Facilitação do Transporte de 
Produtos Perigosos entre os Paises Membros do MERCOSUL 
Decreto nº 1563, de 19/06/95 (G) 
Facilitação do Transporte Multimodal entre os Paises do MERCOSUL 
Internacional 
Convenção OIT – 174 (PP) 
Prevenção de Acidentes Industriais Maiores. Internalizada pelo DECRETO Nº 
4085, de 15/01/02 
Convenção OIT - 170 (PP) 
Produtos Químicos. Internalizada pelo DECRETO Nº 2657, de 03/07/98 
Convenção da Basiléia (PP) 
Controle de movimentos transfronteiriços de resíduos perigosos e seu 
depósito. Internalizada pela RESOLUÇÃO CONAMA Nº 23, de 12/12/96 
 
 
 
 
SIGLAS ADOTADAS NAS REFERÊNCIAS 
 G: Legislação ou Norma aplicada no Transporte em Geral 
 IBC: Recipiente Intermediário para Granel 
 PP: Legislação ou Norma aplicada especificamente no Transporte de 
Produtos Perigosos 
 RAC: Regulamento de Avaliação da Conformidade 
 RTQ: Regulamento Técnico da Qualidade. 
 
 
 
 
 
 
29 Cargas Especiais e Perigosas 
Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 
 
 
CHRISTOPHER, Martin. Logística e Gerenciamento da Cadeia de 
Suprimentos, São Paulo, Editora Cengage Learning, 2ª Edição 2009. 
 
CONSELHO REGIONAL DE QUÍMICA DA 4ª REGIÃO. Disponível em: 
http://www.crq4.org.br/quimicaviva_produtos_perigosos 
 
PORTAL DE PRODUTOS PERIGOSOS. Disponível em: 
http://www.produtosperigosos.com.br/home.php 
 
SOARES, Guido Fernando Silva Soares. Direito Internacional do Meio 
Ambiente, Emergência, Obrigações e Responsabilidades. São Paulo, Editora 
Atlas, 2011. 
 
VALENTE, Amir Mattar. Qualidade e Produtividade nos Transportes. São 
Paulo, CENGAGE Learning, 1ª Edição, 2008. 
 
 
 
30 Cargas Especiais e Perigosas 
Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 
5. TRANSPORTE DE CARGAS PERIGOSAS VIA MARITIMA 
 
ObjetivoEste módulo levará ao entendimento das características principais para a 
realização do transporte de cargas perigosas via marítima. 
 
Introdução 
Nesta aula você conhecerá a origem, evolução, as variáveis existentes dentro 
deste processo que é de fundamental importância para o direcionamento de sua ação no 
que tange ao transporte via marítima. 
 
O Transporte de Cargas Perigosas via Marítima possui uma série de 
peculiaridades, as quais definirão de uma forma geral e com definições especificar por 
item. 
 
5.1. Definições Gerais 
Cargas Perigosas - são cargas que, em virtude de serem explosivos, gases 
comprimidos ou liquefeitos, inflamáveis, oxidantes, venenosas, infectantes, radioativas, 
corrosivas ou substâncias contaminantes, possam apresentar riscos à tripulação, ao 
navio, às instalações portuárias ou ao ambiente aquático. Essas mercadorias, de acordo 
com a sua natureza, poderão ser transportadas embaladas ou a granel. As mercadorias 
perigosas aqui definidas, encontram-se relacionadas nos códigos e convenções 
internacionais publicados pela IMO. 
 
Cargas Especiais – a carga unitária representada por uma única peça estrutural 
ou conjunto de peças fixadas por rebitagem, solda ou qualquer outro processo, para o fim 
de ser utilizada diretamente, como peça acabada ou parte integrante de conjuntos de 
montagem, máquinas ou equipamentos e que pela sua complexidade, somente possa ser 
montada em instalações apropriadas. (GUIA TRC, 2009). 
 
Cargas Sólidas Perigosas a Granel - são aquelas que possuem riscos de 
natureza química, compreendidas no apêndice B do Código de Práticas de Segurança 
Relativas às Cargas Sólidas a Granel (BC Code em inglês ou CCGr em espanhol) da 
IMO. 
 
 
31 Cargas Especiais e Perigosas 
Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 
Contentores Intermediários para Granéis (Intermediate Bulk Container - (IBC) 
- são embalagens portáteis rígidas, semirrígidas ou flexíveis que não se enquadram 
nas especificações sobre embalagens listadas na alínea d) e que têm capacidade 
igual ou inferior a 3m3 (3000 litros). 
 
São projetadas para serem manuseadas mecanicamente e resistirem aos esforços 
provocados pelo manuseio e pelo transporte, requisito este comprovado por meio de 
ensaios específicos (homologação). 
 
Embalagens - são invólucros ou recipientes destinados a conter mercadorias 
perigosas, tratadas pelo anexo I do IMDG Code. 
 
Explosão Maciça - é aquela que afeta quase toda a carga instantaneamente; 
 
Navio Petroleiro - navio construído e adaptado principalmente para o transporte 
de óleo a granel nos seus compartimentos de carga ou navio tanque químico, quando 
estiver transportando uma carga total ou parcial de óleo a granel. 
 
Navio Tanque Químico - navio construído ou adaptado principalmente para 
transportar substâncias nocivas líquidas a granel ou navio tanque quando estiver 
transportando uma carga total ou parcial de substâncias nocivas a granel. 
 
Número ONU (UN) - número atribuído pelo Comitê de Peritos em Transportes de 
Mercadorias Perigosas das Nações Unidas a cada produto ou substância, visando sua 
identificação. 
Unidade de Carga - agrupamento de embalagens formando um bloco único. Por 
exemplo: uma certa quantidade de caixas de papelão paletizadas e amarradas por cintas. 
 
5.2. Normas e Requisitos para o Transporte de Cargas Perigosas por Via Marítima 
5.2.1. Mercadorias Embaladas 
O transporte, embalagem, segregação, marcação, etiquetagem e rotulação de 
mercadorias perigosas embaladas são regidos pelo Código IMDG da IMO. 
 
 
 
 
32 Cargas Especiais e Perigosas 
Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 
a) Homologação das Embalagens 
As embalagens nacionais deverão estar homologadas pela DPC – Diretoria de 
Portos e Costas da Marinha do Brasil, que expedirá o competente certificado de 
homologação. Nesse certificado constará a marcação "UN" a ser feita nas embalagens. 
Uma cópia desse certificado deverá acompanhar cada carregamento, visando compor a 
documentação da carga. Quando a embalagem for procedente de outros países, deverá 
possuir a respectiva marcação "UN" de homologação pelo país de origem. 
 
b) Declaração de Mercadorias Perigosas 
O expedidor de mercadoria perigosa deverá apresentar declaração de mercadorias 
perigosas de acordo com o modelo específico, que deverá acompanhar o manifesto de 
carga, sendo ele o responsável pela compatibilidade do produto envasado à embalagem 
homologada. Quando a carga for transportada em contentor ou em veículos, o 
responsável por sua arrumação também deverá assinar a declaração constante no campo 
apropriado de modelo específico. 
 
c) Notificação Antecipada 
As embarcações que transportam mercadorias perigosas embaladas deverão 
informar antecipadamente a existência desse tipo de carga, a Capitania dos 
Portos/Delegacia/Agência (CP/DL/AG) de jurisdição do porto, mediante notificação. Esta 
notificação deverá dar entrada no referido órgão com antecedência mínima de 24 horas 
da entrada ou saída do porto. 
 
d) Concessão de Licença para o Transporte de Mercadorias Perigosas 
Essa licença é aplicável às embarcações classificadas para o transporte de carga 
geral e ou passageiros de bandeira brasileira. O comandante da embarcação deverá 
apresentar a solicitação de licença para o transporte através de um termo de 
responsabilidade, onde declara que todos os requisitos de embalagem, documentação, 
marcação, etiquetagem, amarração e segregação referentes às mercadorias perigosas 
transportadas encontram-se cumpridos. 
 
A licença será o próprio termo de responsabilidade depois de emitido pela 
Capitania dos Portos/Delegacia/Agência (CP/DL/AG). Essa concessão será válida para 
todos os portos subsequentes, desde que não haja embarque de outras mercadorias 
 
 
33 Cargas Especiais e Perigosas 
Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 
perigosas. Caso a CP decida realizar a inspeção naval, serão verificados os seguintes 
itens, descritos no Quadro1: 
 
Quadro 1 – Itens para Verificação na Inspeção Naval 
Documentação completa e devidamente preenchida; 
Arrumação e fixação da carga; 
Marcação, etiquetagem e rotulagem de acordo com 
cada mercadoria perigosa transportada; 
Correta segregação; 
Amarração; 
Correta sinalização dos locais onde estiverem 
armazenadas as cargas perigosas; 
Disponibilidade de instruções sobre procedimentos de 
emergência para o caso de acidentes (para cada 
classe/tipo de mercadoria perigosa a bordo). 
 
a) Relação de Mercadorias Perigosas (Manifesto de Carga) 
Deverá ser fornecido à CP/DL/AG por ocasião do despacho da embarcação, uma 
relação de todas as mercadorias perigosas a bordo com as quantidades, tipo de 
embalagem, número "UN", classe e localização. Um plano de estiva detalhado, que 
identifique por classe e indique a localização de todas as mercadorias perigosas a bordo, 
também será demandado. 
 
5.2.2. Substâncias a Granel: Sólidas, Líquidas e Gases Liquefeitos 
Será exigido que toda embarcação que transporte cargas perigosas a granel 
mantenha a bordo o competente certificado de conformidade de acordo com o respectivo 
código, emitido por organização reconhecida pelo governo brasileiro, que ateste que a 
embarcação se encontra apta para carregar os produtos os quais se propõe a transportar. 
 
Eventuais abrandamentos ou isenções poderão ser autorizados, a critério da DPC 
– Diretoria de Portos e Costas da Marinha do Brasil, mediante consulta prévia. 
 
 
 
 
34 Cargas Especiais e Perigosas 
Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 
b) Requisitos Operacionais para Embalar Cargas Perigosas 
I. Acesso à Embarcação: O acesso à embarcação deverá estar desimpedido, 
seja na situação de fundeio ou de atracação. 
II. Facilidade para Reboque: Toda embarcação com carga perigosa a bordo, 
que se encontre atracada ou fundeada, deverá dispor de cabos de reboque de 
dimensõesadequadas na proa e na popa, prontos para uso imediato. Deverá 
também tomar providências para que haja facilidades para soltar as espias 
rapidamente, sem auxílio do pessoal de terra. 
III. Sinalização: Toda embarcação que esteja efetuando operações de carga ou 
descarga de produtos inflamáveis ou explosivos deverá exibir durante a noite, 
uma luz circular encarnada com alcance de no mínimo 3 milhas para 
embarcações com AB, arqueação bruta, maior que 50 e 2 milhas para 
embarcações com AB menor ou igual a 50, e durante o dia, as bandeiras 
BRAVO e advertência no caso de incêndio a bordo que são os códigos 
internacional de sinais referente a cargas perigosas. 
 
Figura 1 – Bandeira Bravo 
 
“Significado: Carrego, descarrego ou transporto carga perigosa”. 
Fonte: http://www.jgarraio.pt/ 
 
I. Condições Meteorológicas Adversas: Não será permitida a movimentação 
de mercadorias perigosas quando as condições meteorológicas implicarem em 
aumento dos riscos às respectivas mercadorias, ou à integridade das 
embalagens, salvo mediante prévia autorização das CP/DL/AG. 
II. Tripulação: Em cada embarcação que efetue o transporte de cargas perigosas 
deverá haver tripulação habilitada para efetuar o correto manuseio dessa carga 
e também atuar nas situações de emergência. A tripulação deverá dispor de 
equipamentos de proteção individual (EPI) adequados para lidar com 
vazamentos e incêndios nas cargas perigosas transportadas. 
 
 
35 Cargas Especiais e Perigosas 
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c) Requisitos Operacionais para Embalar Cargas Perigosas 
 
1. Acondicionamento 
 As embalagens ou unidades de carga para o acondicionamento de 
mercadorias perigosas deverão estar com sua integridade garantida, sem 
sinais de violação do fechamento ou lacre. As embalagens apresentando sinais 
de vazamento deverão ser rejeitadas. 
 Os arranjos de embalagens ou unidades de carga deverão ser feitos de 
maneira a preservar a integridade e segurança da carga e do pessoal que 
trabalhe ou transite nas imediações. 
 A altura de empilhamento de embalagens não deverá ser superior a 3 m, salvo 
no caso de serem empregados dispositivos que permitam alcançar uma altura 
superior, sem sobrecarregar as embalagens e que evitem o comprometimento 
da segurança. 
 A arrumação das embalagens deverá ser feita de modo a permitir que uma 
face marcada e rotulada fique à vista para facilitar a identificação. 
 O fechamento das embalagens contendo substâncias umedecidas ou diluídas 
deve ser tal que, não haja vapor e ou vazamento. 
 As embalagens deverão atender os requisitos descritos no IMDG Code, quanto 
aos tipos e limites, assim como serem compatíveis com o produto embalado. 
 
2. Grupo de Embalagem 
As mercadorias perigosas, exceto das classes 1, 2, 6.2 e 7 são divididas em três 
grupos de acordo com a periculosidade do produto envasado: 
Grupo I: Mercadorias que representam alta periculosidade; 
Grupo II: Mercadorias que representam média periculosidade; e 
Grupo III: Mercadorias que representam baixa periculosidade. 
 
Isto influencia em todas as disposições relativas à construção e à prova de 
idoneidade dos diferentes tipos de embalagem/envasamento normalizados e os 
invólucros que poderão ser aceitos para o transporte. 
 
 
 
 
 
36 Cargas Especiais e Perigosas 
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3. Homologação para o Transporte de Mercadorias Perigosas 
 As embalagens, contentores intermediários e tanques deverão estar 
homologados pela Autoridade Marítima do país de origem, caso a carga 
proceda do exterior. As embalagens brasileiras deverão estar homologadas 
pela DPC. 
 A CP/DL/AG deverá possuir a relação dos materiais, equipamentos e serviços 
homologados pela DPC, onde constam todas as embalagens homologadas 
com os seus respectivos certificados de homologação e a data de validade de 
cada um. 
 O armador deverá apresentar uma cópia do certificado de homologação da 
DPC relativo à embalagem ou unidade de transporte, dentro da validade. 
 
4. Marcação das Embalagens 
As embalagens contendo mercadorias perigosas deverão estar marcadas de modo 
duradouro, o qual permaneça por no mínimo 3 meses quando imerso em água. Deverão 
estar com o nome técnico correto (não serão aceitos apenas nomes comerciais), número 
"UN" correspondente e os caracteres que retratem a homologação da embalagem de 
acordo com o IMDG. 
 
Figura 2 - Exemplo de marcação adotada no Brasil 
 
"Trata-se de um tambor de papelão (1G) destinado ao transporte de mercadorias perigosas dos 
grupos de embalagem II e III (Y), testada com massa bruta de 145 kg (145), destinada a conter sólidos (S) e 
fabricada em 1996 (96). Homologada no Brasil (BR), fabricada pela VAN LEER (VL) e foi homologada pela 
DPC, possuindo o Certificado de Homologação nº 038/95 (DPC - 038/95)". 
 
A marcação deverá ser feita em pelo menos duas faces ou lados das embalagens 
ou unidades de carga. 
 
5. Rotulagem 
A rotulagem deverá ser executada em conformidade com os símbolos 
padronizados pelas Nações Unidas, de acordo com o IMDG. Seção 8 da introdução geral, 
destas normas. 
 
 
37 Cargas Especiais e Perigosas 
Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 
No caso de emprego de placas (reaproveitáveis) para a identificação de 
mercadorias perigosas em unidades de carga ou transporte, estas deverão ter a outra 
face em branco. 
 
6. Sinalização 
Os locais de armazenamento de mercadorias perigosas inflamáveis deverão estar 
sinalizados com cartazes determinando a proibição do fumo, informando os cuidados 
especiais de manuseio da carga e de proteção humana. 
 
7. Ficha de Emergência 
A ficha de emergência deverá conter o símbolo da classe do produto, o nome 
técnico correto, o número "UN" e informações sobre as providências a serem tomadas 
nos casos de vazamento, incêndio e contato do produto com pessoas. 
 
8. Segregação 
As diversas classes e subclasses de mercadorias perigosas incompatíveis entre si 
deverão estar devidamente afastadas uma das outras. Tal medida visa evitar a interação 
dos conteúdos no caso de vazamento em acidente que, reagindo entre si, poderiam 
causar um dano ainda maior. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
38 Cargas Especiais e Perigosas 
Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 
 
 
 
CHRISTOPHER, Martin. Logística e Gerenciamento da Cadeia de 
Suprimentos, São Paulo, Editora Cengage Learning, 2ª Edição 2009. 
 
CONSELHO REGIONAL DE QUÍMICA DA 4ª REGIÃO. Disponível em: 
http://www.crq4.org.br/quimicaviva_produtos_perigosos 
 
GUIA TRC, Guia do Transportador Rodoviário de Carga. Disponível em: 
. 
 
PORTAL DE PRODUTOS PERIGOSOS. Disponível em: 
http://www.produtosperigosos.com.br/home.php 
 
 
SOARES, Guido Fernando Silva Soares. Direito Internacional do Meio 
Ambiente, Emergência, Obrigações e Responsabilidades. São Paulo, Editora 
Atlas, 2011. 
 
VALENTE, Amir Mattar. Qualidade e Produtividade nos Transportes. São 
Paulo, CENGAGE Learning, 1ª Edição, 2008. 
 
 
 
 
39 Cargas Especiais e Perigosas 
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6. TRANSPORTE DE CARGAS PERIGOSAS VIA AÉREA 
 
Objetivo 
Entender as características principais para a realização do transporte de cargas 
perigosas via aérea. 
 
Introdução 
Orientações Gerais para o Transporte de Carga Perigosa pelo Modal Aéreo. 
 
Já sabemos que as cargas perigosas são definidas como artigos ou substâncias 
com capacidade de transmitir risco à saúde, à segurança e/ou ao meio ambiente, no 
modal aéreo elas são conhecidas como Dangerous Goods. 
 
O Cliente deverá preencher um documento chamado SHIPPER DECLARATION 
para o transporte de artigos perigosos, informando sempre, um telefone de emergência 
para contato que esteja disponível 24 horas/dia, conforme norma JJ03 publicada no 
manual da IATA. 
 
Cadaproduto e/ou substância oferecidos para transporte deverão ser 
declarados pela sua denominação (Proper Shipper Name), informando, 
detalhadamente, todos os dados pertinentes à carga (nome do produto, classe, 
embalagem, quantidade, principalmente o nº. da UN). Este preenchimento deverá estar 
de acordo com os regulamentos da IATA. 
 
Enquanto a ONU, Organização das Nações Unidas regulamenta e padroniza as 
mercadorias perigosas em todos os modais na forma de seu transporte; a IATA, 
Internacional Air Transportation Association (Associação do Transporte Aéreo 
Internacional) é a entidade internacional responsável pela edição dos Manuais do 
transporte aéreo, anualmente; assim todos os responsáveis devem cumprir as regras 
estabelecidas pela IATA, e pela ICAO. Por fim, tem-se que carga perigosa pode ser 
transportada apenas por operadores de transporte aéreo autorizados pela ANAC. 
 
 
 
40 Cargas Especiais e Perigosas 
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6.1. Check List para Incidentes com Produtos Perigosos no Modal Aéreo – ANTES 
E APÓS A DECOLAGEM 
a) Seguir o procedimento apropriado para remoção de fogo ou fumaça; 
b) Acionar os avisos de "Não Fumar"; 
c) Considerar um possível pouso; 
d) Minimizar a utilização do sistema elétrico desnecessário; 
e) Identificar origem da fumaça / fogo / vapor; 
f) Incidentes com produtos perigosos na cabine de passageiros verificar check list 
apropriado; 
g) Determinar os procedimentos de emergência conforme código do manual da 
ICAO; 
h) Utilizar a tabela do manual da ICAO que orienta a ação correspondente ao tipo 
de produto; e 
i) Havendo tempo, notificar ATC pelo menos do número UN de um dos produtos 
transportados. 
 
6.2. Check List para Incidentes com Produtos Perigosos no Modal Aéreo – APÓS 
O POUSO 
a) Desembarcar passageiros e tripulantes antes da abertura de qualquer 
compartimento de carga: Ainda que não seja necessário para completar uma 
saída de emergência após o pouso, passageiros e tripulantes deverão 
desembarcar antes da abertura do compartimento de carga e antes de 
qualquer ação para eliminação da substancia perigosa. A porta do 
compartimento de carga deverá ser aberta com os sistemas de emergência 
ativados. 
b) Informar o pessoal de serviço de emergência da natureza do item e onde 
está colocado: Após desembarque informar às autoridades competentes o 
local onde a substância está acondicionada. Passar através de meios de 
disponibilizar rapidamente todas as informações a respeito do item, incluindo, 
quando possível, cópia do NOTOC - Notification to Captain. 
c) Efetuar os registros apropriados no diário de manutenção da aeronave: 
Qualquer informação deverá ser feita no diário de registro de manutenção da 
aeronave, disponível fora da aeronave, para garantir que qualquer vazamento 
ou respingo de produtos perigosos não tenha danificado estrutura ou sistemas 
 
 
41 Cargas Especiais e Perigosas 
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da aeronave, e que alguns equipamentos (ex: extintor de incêndio) podem 
necessitar de abastecimento ou substituição. 
d) Lista de Verificação para Produtos Perigosos - Ações: primeiro, avisar ao 
Piloto e depois, identificar o Item. 
 
6.3. Possíveis Carregamentos de Mercadorias Perigosas: 
 Amostras para diagnóstico: Substâncias infecciosas de toda ordem; 
 Amostras para ensaios: Produtos perigosos de toda ordem; 
 Aparelhos elétricos: Cadeiras de roda, cortadores de grama, carrinhos de golf 
etc., podem conter baterias; 
 Aparelhos dentais: Produtos químicos tais como resinas ou solventes; 
 Aparelhos respiratórios: Garrafas de oxigênio ou ar comprimido; 
 Brinquedos: Material inflamável; 
 Caixas de ferramentas: Explosivos (rebites mecânicos), gases comprimidos 
ou aerossóis, gases inflamáveis (garrafas de butano), tintas ou adesivos 
inflamáveis, líquidos corrosivos; 
 Embriões congelados: Nitrogênio líquido; 
 Equipamento de Camping: Gás inflamável, líquido inflamável, fósforos etc; 
 Equipamento de laboratório: Produtos perigosos de toda ordem; 
 Equipamento de mergulho: Lâmpadas de alta intensidade podem gerar um 
calor muito forte quando operadas na atmosfera, sendo necessário 
desconectar pilha ou lâmpada quando transportada; 
 Equipamento de mineração/perfuração: Explosivos e produtos perigosos de 
toda ordem; 
 Equipamento elétrico: Materiais magnetizados ou mercúrio em 
interruptores e lâmpadas eletrônicas; 
 Equipamento para expedições: Explosivos (bengalas), líquidos inflamáveis 
(gasolina), gases inflamáveis (camping gás), e outras mercadorias; 
 Equipamentos de conserto/reparos: Adesivos, tintas à base de celulose, 
peróxidos orgânicos, solventes etc.; 
 Equipamentos de corrida de automóveis: aerossóis inflamáveis, 
nitrometano, aditivos de combustível ou baterias úmidas; 
 
 
42 Cargas Especiais e Perigosas 
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 Equipamentos de passageiros: líquidos inflamáveis para uso doméstico, 
substâncias limpantes corrosivas para fornos ou limpeza a seco, recargas 
líquidas ou de gás inflamável para isqueiros ou garrafas de gás para estufas ou 
cozinhas de acampamento, fósforos, alvejantes em pó, aerossóis etc.; 
 Equipamento de cenografia, filmes /efeitos especiais: Substâncias 
inflamáveis e produtos perigosos de toda ordem; 
 Frutas e verduras congeladas: Gelo seco (anidrido carbônico); 
 Garrafas de gás: Gás comprimido; 
 Geladeiras: Gases ou líquidos perigosos; 
 Instrumentos: Barômetros, manômetros, interruptores de mercúrio, 
termômetros, aparelhos em geral que contenham, mercúrio; 
 Peças de reposição: Para automóveis, motores e motocicletas – baterias; 
 Produtos farmacêuticos: Produtos químicos perigosos, inclusos 
individualmente na relação pelo seu nome, e associados a entradas não 
especificadas em outra arte; 
 Produtos químicos: Geralmente são perigosos; 
 Produtos químicos piscina: Produtos perigosos de toda ordem; 
 Sêmen de touro: Utilização de gelo seco ou gás líquido ou refrigerado; 
 Suprimento fotográfico: Produtos químicos perigosos; 
 Suprimento médico: Produtos químicos perigosos; 
 Utensílios domésticos: Tintas, aerossóis, alvejantes em pó etc.; 
 Vacinas: Gelo seco como conservante 
 
Se houver suspeita, por qualquer razão, deverá ser questionado passageiro a 
respeito de um conteúdo em particular dentro da bagagem. Um passageiro pode insistir 
em colocar produtos perigosos como bagagem de mão ou despachada em razão da 
viagem. Em nenhuma circunstância um produto perigoso poderá ser aceito como 
bagagem; porém, poderá ser transportado como carga, desde que cumpra com os 
requisitos da regulamentação IATA. 
 
Importante: estas normas são aplacáveis a todos os passageiros, bem como aos 
tripulantes. 
 
 
 
43 Cargas Especiais e Perigosas 
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6.4. Classificação de Produtos Perigosos – AÉREO: 
 Explosivos: munição em geral, TNT, pólvora, fogos de artifício, sinalizadores 
de emergência e etc. 
 Gases Inflamáveis: butano, meteria, sprays inseticidas, hidrogênio, oxigênio e 
etc. 
 Líquidos Inflamáveis: álcool, metanol, fluído para isqueiro, querosene e etc. 
 Sólidos Inflamáveis: fósforo, carbureto, cânfora, lítio e etc. 
 Óxidos-Comburentes e Peróxidos Orgânicos: permanganato de potássio, 
fertilizante à base de nitrato de amônia e etc. 
 Infecciosos e Venenosos: material para exames de laboratório, vacinas, 
inseticidas e etc. 
 Radioativos: aparelho de raios-X, para-raios, detectores de fumaça e etc. 
 Corrosivos: cargas de extintores de incêndio, mercúrio e etc. 
 Diversos: gelo seco, ímãs, artigos de toalete e etc. 
 
Qualquer substância dessas classes deve ser submetida a cuidados especiais para 
seu transporte em aeronave. O transporte de radioativos tem que obedecer a critérios 
rígidos de classificação e sua segregação. 
 
Sua

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