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Administração Geral A administração geral é uma das principais áreas de estudo da administração, sendo responsável por analisar e entender os processos organizacionais como um todo. Ela engloba diferentes aspectos, como planejamento estratégico, organização de recursos, liderança e controle, visando alcançar os objetivos e metas estabelecidos pela empresa. É uma disciplina fundamental para o sucesso e crescimento das organizações em qualquer setor da economia. Teorias da Administração e das Organizações 1Modelo Clássico Ênfase na tarefa e na tecnologia Fundamentado na estrutura organizacional. Busca eficiência por meio da racionalização. Preocupação com o conteúdo do cargo. Baseado em ordens e imposições. Trabalhador obedece e executa. Conceito de Homo economicus. Recompensas salariais e materiais. 2 Modelo Humanístico Ênfase na pessoa e no grupo social Fundamentado na interação e na dinâmica de grupo. Busca eficiência via satisfação e interação entre pessoas. Preocupação com o contexto do cargo (entorno social). Baseado em comunicações. Trabalhador participa das decisões. Conceito de Homo social. Recompensas sociais e simbólicas.3Teoria Científica Expoente: Taylor Homem Econômico. Ênfase nas Tarefas. Palavras-chave: Estudo de tempos e movimentos; Especialização e divisão do trabalho; Padronização; Remuneração por Produtividade; Visão microscópica / mecanicista do homem. 4 Teoria Burocrática Expoente: Max Weber Homem Organizacional. Ênfase na Estrutura. Características: Impessoalidade; Profissionalização; Procedimentalização; Formalização; Previsibilidade; Meritocracia. Críticas: Rigidez; Lentidão; Falta de incentivo à inovação; Foco nos processos e não nos resultados. 5Teoria Comportamental Expoente: Simon McGregor Homem Administrativo. Ênfase nas Pessoas e no Ambiente. Características: O homem é um ser social dotado de necessidades; Nascimento das Teorias de Motivação e Liderança. Processo Organizacional / Processo Administrativo (Funções Administrativas) Características básicas do processo organizacional (Chiavenato): 1Cíclico e repetitivo: Permanente e contínuo. Em cada ciclo, o processo tende a melhorar. 2 É sistêmico: Deve ser analisado como um todo, e não cada função isoladamente. 3É interativo: Cada função interage com as demais. É um processo sequencial, embora não rigidamente seguido, sujeito a melhorias e correções. Exemplo: O gestor deve: Planejar (planejamento). Organizar os recursos para alcance da estratégia organizacional (organização). Dirigir a implementação dos planos (direção). Certificar-se de que a organização está seguindo o rumo de seus objetivos (controle). Fayol - Funções Administrativas 1Planejamento Objetivos claros: Missão definida. Programação de atividades. Recursos dimensionados. Acompanhamento definido. 2 Organização Distribuição de tarefas: Atividades designadas. Recursos alocados. Responsabilidades atribuídas. 3Direção Coordenação: Pessoal designado. Comunicação, liderança, motivação e orientação. Condução e coordenação das tarefas. 4 Controle e Avaliação Gestão de desvios: Padrões definidos. Monitoramento e avaliação. Planejamento 1Definição de Planejamento Definição de Djalma de Oliveira: Processo desenvolvido para o alcance de uma situação futura desejada, de um modo mais eficiente, eficaz e efetivo, com a melhor concentração de esforços e recursos pela empresa. 2 Componentes do Planejamento Estabelecer objetivos/resultados a serem alcançados. Determinar como/maneira pela qual esses objetivos devem ser alcançados. Definir parâmetros de controle. 3Fases do Planejamento Não há consenso sobre as fases do planejamento. Chiavenato: Planejamento se inicia na definição dos objetivos. Djalma Oliveira: Planejamento se inicia no diagnóstico estratégico. 4 Níveis de Planejamento Estratégico:1. Pensa em toda a organização. Foco no longo prazo (2-5 anos). Objetivos gerais e abrangentes. Contém conteúdo genérico e sintético. Execução e avaliação e controle de todo o processo. Indicador: Parâmetro selecionado e considerado isoladamente ou em combinação com outro. Índice: Valor numérico que representa a correta interpretação da realidade. Tático:2. Pensa no departamento, visando o médio prazo. Abrange os objetivos de forma mais detalhada (ex: Departamento de Marketing). Trata da alocação de recursos. Operacional:3. Preocupa-se com a execução (atividade ou tarefa). Visão de curto prazo. Conteúdo bem detalhado e analítico. Define atividades, formas de controle e recursos necessários para a execução dos cursos de ação. 1Missão Missão: Razão de ser da organização (por que ela existe?). Define as necessidades a serem atendidas pela organização. 2 Visão Visão: Descreve onde a empresa quer chegar no futuro (daqui vários anos). 3Negócio Negócio: Relacionado com as atividades principais da organização naquele momento. 4 Valores Valores: Exemplificando, segue os valores da RFB: "Respeito ao cidadão, Integridade, Lealdade com a instituição, etc." Objetivos, Metas e Planos 1 Objetivos Objetivos: Abrangentes ou específicos, sem definir quando ou quanto. São elementos qualitativos, como "ficar magro". 2 Metas Metas: Especificam quando e quanto queremos atingir determinado objetivo. Por exemplo, "perder 5,0 kg". As metas são estabelecidas nos respectivos planos (estratégico, tático e operacional). 3 Planos Planos: Descrevem as ações e passos necessários para que os objetivos sejam atingidos. É a descrição de como o planejamento deve ser executado. 1Matriz SWOT Internos (Controláveis): Weakness (Fraquezas) Strengths (Forças) Externos (Incontroláveis): Threats (Ameaças) 2 Estratégias de Sobrevivência Redução de custos Desinvestimento 3Estratégias de Manutenção Estabilidade Especialização Nicho 4 Estratégias de Crescimento Inovação Internacionalização Joint Venture Expansão (ex: abertura de filiais) 5Estratégias de Desenvolvimento Desenvolvimento (ex: abertura de novas filiais) Diversificação Obs: Oliveira considera ainda os pontos "neutros" que não são nem fraquezas, nem fortalezas. Matriz GUT (Gravidade, Urgência, Tendência) Problema Gravidade Urgência Tendência Total Problema X 5 3 1 15 Problema Y 3 5 2 30 Gravidade: Reflete a severidade do problema se não for resolvido. Urgência: Reflete a necessidade de resolver o problema imediatamente. Tendência: Reflete a probabilidade de o problema piorar com o tempo. Para obter o total, multiplica-se os valores de gravidade, urgência e tendência para cada problema. Planejamento por Cenários 1 Projetivo Constrói-se apenas um cenário futuro, considerando a tendência atual de eventos. Utilização bastante pobre. 2 Prospectivo Busca gerar diversos cenários. Pode ser utilizado em organizações de todos os tamanhos e no setor público. É útil em contextos de incertezas e mudanças rápidas. 3 Atributos dos Cenários Claros Plausíveis Relevantes Focados Métodos para Construção de Cenários 1 Análise Prospectiva (GODAT) Objetiva identificar a chance de que um evento ocorra. Possui 6 etapas. 2 Lógica Intuitiva (SHELL) As decisões são fundamentadas em um conjunto de inter-relações e interdependências que envolvem diversos fatores, quase totalmente fora da influência direta da organização. 3 Análise de Impactos de Tendências Probabilísticas Fundamenta-se na previsão isolada sobre a variável dependente principal, posteriormente ajustada pela concorrência dos possíveis eventos e seus impactos. Utiliza modelos econométricos e probabilísticos e análises qualitativas, com auxílio de especialistas nos temas. Balanced Scorecard (BSC) Clarificação e Tradução da Visão e Estratégia O Balanced Scorecard (BSC) busca ir além da avaliação apenas financeira, embora essa continue sendo importante. Comunicação e Alinhamento dos Objetivos Estratégicos O BSC ajuda a comunicar e ligar os objetivos estratégicos às medidas.Planejamento, Metas e Alinhamento Estratégico O BSC é utilizado para planejar, estipular metas e alinhar as iniciativas estratégicas. Por que o BSC é Necessário? Monitorar somente dados financeiros não é mais suficiente Indicadores financeiros contam fatos passados Dados contábeis e financeiros só captam ativos tangíveis O BSC complementa os dados financeiros com indicadores que buscam medir fatores que levarão ao sucesso futuro Visão Geral do BSC O BSC visa dar uma visão mais complexa do que é a empresa, buscando alinhar os objetivos estratégicos e individuais. Mapa Estratégico Visão Estratégica1. Financeira / Orçamento2. Clientes / Sociedade / Cidadãos 3. Processos Internos4. Aprendizado e Crescimento 5. Planejamento Estratégico Situacional (PES) Contexto e Objetivo Busca uma alternativa de planejamento mais adequado ao contexto de planejamento governamental. Crítica ao Modelo Tradicional Critica o modelo tradicional, considerado determinista, que tenta controlar a realidade.Abordagem Modular Não vê o planejamento como algo sequencial, mas modular, formado por momentos distintos. Caráter Político e Flexível Traz ao planejamento, eminentemente mais técnico (tecnocrático), um caráter político, mais flexível.Dimensões a serem Avaliadas Projeto de Governo: Seleção de problemas e definição de soluções. 1. Governabilidade: Grau de controle que o governo possui do ambiente externo; capacidade de articular. 2. Capacidade de Governo: Capital intelectual dos membros do governo. 3. Organização e Estrutura Organizacional 1Estrutura Organizacional Conjunto de funções, cargos, relações e responsabilidades que constituem o desenho orgânico da organização. Não há instituição sem estrutura informal (relacionamentos não oficiais). 2 Tipos de Estrutura Ambientes Estáveis: Exigem organizações mecanísticas. Caracterizadas por formas burocráticas, rígidas, centralizadoras, tarefas especializadas e estrutura verticalizada e piramidal. Ambientes Flexíveis: Exigem organizações orgânicas. Poucas regras e procedimentos, descentralização e estrutura horizontalizada. 3Amplitude de Controle Relacionada a quantos subordinados uma pessoa tem. Em uma estrutura vertical, quanto mais alto o cargo, menos subordinados, logo menor amplitude. 1 Estrutura Linear Vantagens: Facilidade de implantação. Estrutura simples e fácil compreensão. Clara delimitação de responsabilidade. Indicado para pequenas empresas. Desvantagens: Comunicação torna-se demorada. Pressupõe chefes capazes de fazer e saber tudo. Estabilidade e constância das relações formais (rigidez). Autoridade linear no comando único e direto, podendo tornar-se autocrática. 2 Estrutura Funcional Vantagens: Melhor supervisão técnica possível. Máximo de especialização em cada órgão e cargo da organização. Desenvolve comunicação direta. Desvantagens: Diluição e consequente perda de autoridade. Subordinação múltipla. Estimula uma visão limitada da organização, focada apenas em objetivos de cada área. Tendência à concorrência entre os especialistas, fazendo com que cada um tente impor seu ponto de vista. 3 Estrutura Linha-Staff (Hierárquico-Consultivo) Vantagens: Assegura assessoria especializada. Mantém a autoridade única. Atividade conjunta e coordenada dos órgãos de linha e órgãos de staff. Desvantagens: Conflitos entre órgãos de linha e de staff. Dificuldade na obtenção e manutenção do equilíbrio entre linha e staff. 4 Estrutura Divisional Vantagens: Alta coordenação intradivisional. Descentraliza as decisões. Adequada para ambientes instáveis, que exigem mudanças rápidas. Desvantagens: Reduz ou minimiza a economia de escala em departamentos funcionais. Reduz a coordenação interdivisional. Dificulta a integração e a padronização entre linhas de produtos. 5 Estrutura Matricial Vantagens: Grande orientação para os resultados, mantendo a identificação por especialidade. Desvantagens: Não há unidade de comando. Possibilidade de conflitos entre os diversos comandos, obrigando a uma permanente comunicação com os gestores de topo. 6 Estrutura em Rede Vantagens: Flexibilidade e adaptabilidade. Ambiente motivador e desafiante. Agilidade. Interdependência. Desvantagens: Dificuldade de desenvolvimento de uma cultura organizacional forte. Departamentalização Critério: Funcional (Especialização) Agrupar especialistas sob chefia única. Concentra competência em atividade específica. Indicada para circunstâncias estáveis ou tarefas rotineiras. Desvantagens: Reduz a cooperação interdepartamental. Inadequada quando a tecnologia necessita ser mutável e evolutiva. Detrimento do objetivo global em prol dos esforços de especialistas. Critério: Por Produto ou Serviço Facilita o emprego de tecnologia. Fixa a responsabilidade para um produto. Facilita a cooperação interdepartamental. Desvantagens: Bitola técnica dos especialistas. Problemas psicológicos de temores e ansiedades. Contra-indicada para empresas com poucos produtos ou estabilidade ambiental. Critério: Por Cliente Direciona esforços para as necessidades do cliente. Desvantagens: Torna secundárias as funções produção e finanças. Sacrifica objetivos como lucro e produtividade e eficiência. Critério: Geográfica Atende a estratégias regionais. Fixa responsabilidade de lucro. Desvantagens: Dificulta a coordenação e controle. Subdesenvolvimento das áreas de pesquisa, finanças e RH. Critério: Por Projeto Concentrar diversos recursos em uma atividade complexa. Desvantagens: Provoca ansiedade e angústia. Descontinuidade ao fim do ciclo do projeto. Critério: Por Processo (Fluxo de Trabalho) Prestigia a tecnologia como foco de referência. Desvantagens: Total falta de flexibilidade. Motivação Definição Motivação é o impulso que leva o indivíduo a agir para alcançar determinados objetivos. Ela é influenciada por uma combinação de fatores internos e externos e varia de acordo com as necessidades individuais. Equação do Desempenho Desempenho = Motivação + Habilidade + Oportunidade. É importante ressaltar que estar motivado não é suficiente para um bom desempenho, sendo necessária também a habilidade e a oportunidade. Necessidades Humanas Satisfeitas: Quando alcançadas plenamente. Frustradas: Quando há barreiras que impedem a satisfação. Compensadas: Quando uma necessidade muito difícil é substituída por outra, que pode ser satisfeita. Importância da Motivação Motivação é um processo complexo que envolve a compreensão das necessidades individuais e a criação de um ambiente que incentive e permita que os funcionários alcancem seus objetivos. Teorias de Motivação 1Hierarquia das Necessidades Humanas (Maslow) Pressupostos: Escala-se um nível apenas se o nível inferior estiver satisfatório. a. Cada pessoa tem mais de uma motivação. b. Se uma necessidade de nível inferior não é satisfeita, ela se torna predominante no comportamento. c. 2 Teoria dos Dois Fatores (Herzberg) Satisfação: Fatores motivacionais intrínsecos relacionados ao trabalho em si, como realização, reconhecimento e responsabilidade. Relacionam-se com as necessidades secundárias de Maslow e geram motivação. Insatisfação: Dependem dos fatores higiênicos extrínsecos, como condições de trabalho, remuneração e relacionamentos interpessoais. Se positivos, não geram motivação, apenas evitam a insatisfação. 3Teorias X e Y (McGregor) Teoria X: Percepção tradicional de administração, onde as pessoas são vistas como preguiçosas e precisam ser controladas. Teoria Y: Percepção moderna, onde as pessoas são vistas como esforçadas, gostam de ter responsabilidades e são capazes de automotivação e autodireção. Outras Teorias de Motivação 1Teoria da Expectância ou Contingencial (Vroom) Motivação = Expectativas x Recompensas x Instrumentalidade Expectativa: Expectativa individual de alcançar um resultado. Valência/Recompensas: Valor atribuídoàs recompensas. Instrumentalidade: Relação entre desempenho e compensação. 2 Teoria da Realização ou das Necessidades Adquiridas (McClelland) 3Teoria da Equidade (Adams) A motivação existe quando há equidade ou justiça na relação entre esforço e recompensa em comparação com outros. 4 Teoria do Reforço (Skinner) Baseada em 5 princípios do condicionamento operante, onde o comportamento é reforçado por suas consequências. 5Teoria ERC / ERG (Alderfer) Aprimoramento da teoria de Maslow, sem hierarquia entre os níveis: Existência, Relacionamento e Crescimento. Empoderamento (Empowerment) 1 Empoderamento (Empowerment) Empoderamento é dar autoridade para agir e responsabilidade pelos resultados. Está diretamente ligado à delegação e descentralização. Os benefícios incluem uma maior velocidade na resolução de problemas devido a decisões mais rápidas, bem como uma maior motivação dos agentes envolvidos, resultando em maior comprometimento com as metas e decisões. 2 Liderança Liderança está relacionada com a utilização do poder para influenciar o comportamento das pessoas. É importante notar que o líder não necessariamente precisa ser o chefe, ou seja, a autoridade formal na organização. A liderança pode emergir de qualquer pessoa, independentemente da posição hierárquica. 3 Teoria dos Traços A Teoria dos Traços sugere que a liderança é inata e baseada em características pessoais. No entanto, essa teoria está desatualizada e desacreditada atualmente, pois as evidências sugerem que a liderança pode ser desenvolvida e aprimorada ao longo do tempo, e não é exclusivamente determinada por traços inatos. Processo de Comunicação 1Emissor ou Fonte É aquele que transmite a mensagem. Pode ser uma pessoa, uma empresa ou qualquer entidade que deseje comunicar algo. 2 Transmissor É o meio utilizado para codificar a mensagem, seja ele verbal, escrito, visual, etc. 3Canal É o meio pelo qual a mensagem é transmitida. Pode ser um telefone, um e-mail, um jornal, entre outros. 4 Receptor É aquele que recebe a mensagem. Pode ser uma pessoa, um grupo de pessoas, ou até mesmo uma máquina.5Feedback É a resposta ou reação do receptor à mensagem recebida. Ele permite que o emissor saiba se sua mensagem foi compreendida e interpretada corretamente. 6 Ruído Refere-se a qualquer interferência ou distorção não planejada que ocorre durante o processo de comunicação. Pode ser causado por diversos fatores, como má qualidade do sinal, distrações, diferenças culturais, entre outros. Recursos para Compensar Ruídos Redundância: Consiste em repetir frases e informações consideradas essenciais para garantir a compreensão do receptor. Não há introdução de informações novas, apenas reforço do conteúdo transmitido. Feedback: É um conjunto de sinais perceptíveis que permitem ao emissor conhecer o resultado da mensagem enviada. O feedback pode ser verbal, não verbal ou até mesmo escrito, e fornece informações valiosas sobre a eficácia da comunicação. Canais de Comunicação — Canais de Comunicação Os canais de comunicação são meios pelos quais as mensagens são transmitidas entre o emissor e o receptor. Eles variam em sua capacidade de transmitir informações e em sua eficácia em alcançar o público-alvo. — Canais "Pobres" Atingem um grande número de pessoas de forma rápida. A comunicação pode ser registrada para referência futura. Podem ser planejados antecipadamente para garantir consistência. São facilmente replicáveis e distribuíveis, tornando-os eficazes para comunicação em massa. — Canais "Ricos" Proporcionam uma comunicação mais pessoal e interativa. Oferecem feedback instantâneo, permitindo ajustes em tempo real. Por serem mais interativos, podem transmitir nuances e emoções que outros canais não conseguem. — Comunicação Eficiente e Eficaz Comunicação Eficiente: Utiliza os recursos mínimos necessários para transmitir uma mensagem. Geralmente, está relacionada à escolha de canais mais simples e diretos. Comunicação Eficaz: Garante que a mensagem seja completamente compreendida pelo receptor, independentemente do meio utilizado. — Comunicação Formal e Informal Comunicação Formal: Segue os canais instituídos pela organização e respeita os procedimentos burocráticos. Frequentemente ocorre por meio de documentos escritos ou reuniões formais. Comunicação Informal: Ocorre de forma paralela à comunicação formal, muitas vezes por meio de conversas não oficiais ou trocas de mensagens informais. Pode ser contaminada por boatos e fofocas, mas também pode ser uma fonte importante de informações. — Rumores Os rumores são parte integrante da comunicação organizacional informal, onde informações não oficiais circulam rapidamente entre os membros de um grupo. Embora possam ser imprecisos ou infundados, os rumores desempenham um papel significativo no fluxo de informações dentro de uma organização. Fluxo de Comunicação 1Vertical Ascendente: Mensagens fluem dos níveis inferiores para os superiores, permitindo que os funcionários compartilhem feedback, preocupações ou informações relevantes com a gerência. Descendente: Mensagens fluem dos níveis superiores para os inferiores, transmitindo diretrizes, metas e informações importantes para os funcionários. 2 Horizontal A comunicação ocorre entre membros de um mesmo grupo ou entre grupos do mesmo nível hierárquico, facilitando a colaboração e o compartilhamento de informações entre pares. 3Transversal A comunicação acontece em todas as direções, promovendo uma troca livre e aberta de informações em uma organização mais flexível. 4 Circular Mais comum em organizações informais, onde não há uma estrutura hierárquica definida. Nesse tipo de comunicação, as mensagens circulam entre os membros de forma livre e sem seguir uma hierarquia específica. Momento do Controle 1 Controle Preventivo Proativo: Antecipa problemas e desvios antes que ocorram. Enfoque nos Insumos: Concentra-se nos recursos e nas etapas iniciais do processo. 2 Controle Simultâneo Reativo: Corrige problemas à medida que ocorrem durante a execução das atividades. Enfoque nos Processos: Foca na monitoração e correção em tempo real das etapas do processo. 3 Controle Posterior Corretivo: Corrige problemas após sua ocorrência, com base nos resultados obtidos. Enfoque nos Resultados: Concentra-se nos resultados alcançados em relação aos objetivos estabelecidos. Lembre-se: O controle não serve apenas para evitar problemas, mas também para aprender com os sucessos e padronizar o que deu certo. Eficiência, Eficácia e Efetividade 1Eficiência Fazer Bem: Refere-se ao modo como as atividades são realizadas, garantindo o melhor uso dos recursos disponíveis. 2 Eficácia Fazer a Coisa Certa: Está relacionada à capacidade de atingir os resultados desejados e alcançar as metas estabelecidas. 3Efetividade Impacto ou Efeito das Ações: Refere- se ao efeito real das atividades realizadas e sua capacidade de produzir mudanças significativas na realidade. A combinação desses três elementos é essencial para garantir o sucesso e a sustentabilidade de uma organização. Gestão por Processos 1 Entrada de Recursos Um processo inicia com a entrada de recursos necessários, como matérias- primas, informações, mão de obra, entre outros. 2 Série de Atividades Esses recursos são então transformados através de uma série de atividades interligadas e interdependentes. 3 Entrega do Produto/Serviço O resultado final é a entrega do produto ou serviço ao cliente ou mercado específico. Gestão de Processo vs. Gestão por Processos 1 Gestão de Processo Refere-se ao gerenciamento de um processo específico, focando na análise e melhoria desse fluxo em particular. 2 Gestão por Processos É uma abordagem mais ampla, que envolve o gerenciamento de uma empresa como um todo, com foco na interdependência entre os diferentes setorese processos. Visa promover uma maior efetividade organizacional, buscando resultados concretos. Tipos de Processos Processos de Negócio São os principais processos que caracterizam a atuação da empresa, ligados à sua atividade fim. Exemplos incluem o atendimento em um hotel. Processos Organizacionais Integram todos os setores da instituição e viabilizam os subsistemas da organização. São internos e não aparecem para os clientes externos. Exemplos incluem o processo de faturamento e contratação de funcionários. Processos Gerenciais Facilitam a tomada de decisão gerencial, como avaliação de desempenho e pesquisas de opinião. Processos Internos Começam e terminam dentro da mesma organização. Processos Externos Dependem da atuação de mais de uma instituição e são os mais complexos de gerenciar. Processos Primários Geram os produtos e serviços principais da empresa. Exemplo: construção de prédios por uma construtora. Processos de Suporte São necessários para a existência dos processos primários. Exemplo: compra de materiais em uma construtora. Processos Verticais Seguem uma lógica "de cima para baixo", como planejamento estratégico e orçamento. Processos Horizontais São os processos principais que geram produtos e serviços, seguindo uma lógica lateral, acompanhando o fluxo de trabalho. Processos Transversais Atravessam diversas áreas de uma organização e até mesmo outras organizações. Níveis de Processo 1Macroprocesso Características: Gera alto impacto. Envolvimento de diversas áreas. Exemplo: Gestão de pessoas. 2 Processo Características: Somatório de atividades ou subprocessos. Exemplo: Recrutamento. 3Subprocesso Características: Processo inserido dentro de outro processo. Exemplo: Nomeação. 4 Atividade Características: Trabalhos executados nos processos. Exemplo: Publicação no Diário Oficial da União (DOU). 5Tarefa Características: Parte específica de uma atividade ou subdivisão de algum trabalho. A Cadeia de Valor 1 Logística Interna Recebimento, armazenamento e distribuição de insumos. 2 Operações Transformação dos insumos em produto final. 3 Logística Externa Distribuição do produto final para os clientes. 4 Marketing e Vendas Promoção do produto e indução à compra. 5 Serviços Pós-venda e suporte ao cliente. Atividades de Suporte: Infraestrutura: Atividades essenciais que apoiam toda a cadeia de valor.1. Gestão de Recursos Humanos: Recrutamento, treinamento e desenvolvimento de funcionários.2. Desenvolvimento Tecnológico: Pesquisa e desenvolvimento de novas tecnologias.3. Aquisição: Processo de compra de insumos e materiais.4. A análise da cadeia de valor permite identificar oportunidades de melhoria e otimização em cada uma dessas atividades, contribuindo para aumentar a eficiência e a competitividade da empresa. Técnicas de Mapeamento 1SIPOC Identifica os elementos essenciais antes do início do projeto. 2 Blueprinting Representa o fluxo de transações em serviços. 3Fluxograma Registra as ações e decisões no fluxo real, evoluindo do "as is" para o "to be". 4 Mapofluxograma Fluxograma aplicado sobre a planta do edifício. 5Diagrama Homem-Máquina Estuda a relação entre trabalho humano e máquina. 6 IDEF0 a IDEF9 Desenhos que representam o comportamento do cliente. Técnicas de Coleta de Dados Observação Direta: Limitada e sujeita ao viés do observador. Entrevistas: Requer acompanhamento e pode não identificar todas as atividades. Observação e Feedback Escrito: Pode ser demorada e não abrangente. Workshops Estruturados: Encurta o tempo de desenvolvimento e cria senso de propriedade. Mais caros, mas geram descrições comuns rapidamente. Videoconferência: Benefícios semelhantes a workshops, mas melhor para grupos menores. Difícil de monitorar e gerenciar a participação individual. 1 Definição Conjunto de atividades para redesenhar e documentar processos de trabalho. Melhoria nos fluxogramas, do "as is" para o "to be". 2 Simulação Serve para validar o novo modelo. Modelagem de Processos Certificação ISO 9000 1 Objetivo Padronização e previsibilidade nos processos. Não garante qualidade por si só, mas é um requisito necessário. 2 Abrangência Aplica-se a setores público e privado, em diversos ramos e tamanhos de empresas. Reengenharia 1Características Mudanças radicais para melhorias drásticas em indicadores. Parte do zero, não buscando melhorias contínuas como na gestão de processos. 2 Diferenciação Não se relaciona com a Gestão da Qualidade Total. Diferente de reestruturação, automatização e downsizing. Gestão de Projetos Projeto Esforço temporário para atingir um objetivo definido Único e exclusivo, com prazo definido Processo interativo e coletivo, incluindo serviços públicos Operação Execução contínua de atividades que produzem o mesmo produto ou fornecem serviço repetitivo Diferente de projeto Gestão de Projeto Aplicação de conhecimentos, habilidades, ferramentas e técnicas às atividades do projeto para atender aos seus requisitos. Principais Termos e Organizações 1PMBOK Project Management Book of Knowledge. 2 PMI Project Management Institute. 3PMP Project Management Professional, responsável pelo projeto, certificado ou não pelo PMI. 4 PMO Project Management Office, gerencia diretamente os projetos ou presta suporte aos gerentes de projeto. Stakeholders 1Definição Todos os interessados no projeto, impactados positiva ou negativamente. 2 Principais Stakeholders (PMBOK) Clientes, patrocinadores, parceiros, fornecedores, equipe de projeto, diretores e gerentes de projeto. Processos dos Projetos 1 Iniciação Decisão inicial de iniciar ou não um projeto. Desenvolvimento do termo de abertura do projeto. Identificação dos stakeholders. 2 Planejamento Definição do escopo, objetivos e plano de ação. Criação da Estrutura Analítica do Projeto (EAP) e Cronograma. Estimativa de duração, recursos, custos e orçamento. Identificação, análise e planejamento de respostas aos riscos. 3 Execução Execução do trabalho conforme definido no plano de gerenciamento do projeto. Mobilização, gerenciamento e orientação das equipes. Realização de aquisições. 4 Monitoramento e Controle Acompanhamento, revisão e regulação do progresso e desempenho do projeto. Controle, verificação e monitoramento de custos, prazos, escopo, qualidade, riscos, etc. Administração de aquisições. 5 Encerramento Finalização de todas as atividades do projeto. Encerramento formal do projeto ou fase. Encerramento das aquisições. Lembrete: Os grupos de processos não são necessariamente sequenciais. Podem ocorrer processos simultâneos, como monitoramento e execução. Áreas do Conhecimento em Gerenciamento de Projetos 1Integração Integração entre áreas envolvidas no projeto. 2 Escopo Gerenciamento do escopo do projeto e do produto. Estrutura Analítica do Projeto (EAP - WBS). 3Tempo Criação e monitoramento do cronograma. Sequenciamento das atividades. 4 Custos Estimativa, controle e monitoramento dos custos do projeto. Maior acumulação de custos conforme o projeto avança. 5Qualidade Garantia e controle da qualidade do projeto e do produto. 6 Recursos Humanos (RH) Gestão da equipe de projeto e das pessoas envolvidas. 7Comunicações Gerenciamento da comunicação do projeto. 8 Riscos Identificação, análise, resposta e monitoramento dos riscos. Diminuição dos riscos conforme o projeto avança. 9Aquisições Gerenciamento das aquisições e contratações externas. 10 Partes Interessadas (Stakeholders) Identificação, análise e engajamento das partes interessadas no projeto. Ciclo de Vida dos Projetos 1 Início 2 Planejamento 3 Execução 4 Monitoramento e Controle 5 Encerramento Pegadinha! Em regra, as fases são sequenciais, mas não necessariamente. Ciclo de Vida de um Projeto vs Ciclo de Vida de um Produto Ciclo de Vida de um Projeto: Compreende as fases desde o início até o encerramento do projeto. Podeter um tempo definido e delimitado. As fases geralmente seguem uma sequência, mas podem variar dependendo do projeto. Ciclo de Vida de um Produto: Geralmente não tem um tempo definido para encerrar. Durante seu ciclo de vida, diversos projetos podem ser executados para modificá-lo ou melhorá- lo. Exemplo: O produto "Fiat Uno" passa por várias modificações ao longo do tempo, cada uma representando um projeto. A última fase do ciclo de vida de um produto é geralmente a retirada de circulação do produto. Riscos e Uso de Recursos: Riscos do Projeto Riscos associados ao planejamento, execução e conclusão do projeto. Podem incluir atrasos, falta de recursos, mudanças nos requisitos, entre outros. Uso de Recursos Gerenciamento eficiente dos recursos disponíveis ao longo das fases do projeto. Inclui recursos humanos, financeiros, materiais e tecnológicos. Portfólio, Programas, Projetos e Subprojetos 1Portfólio: Refere-se a um conjunto de projetos, programas e outros trabalhos, agrupados para facilitar o gerenciamento. Os elementos do portfólio podem ser de diferentes áreas ou não relacionados entre si. Serve para facilitar a tomada de decisão estratégica e a alocação de recursos. 2 Programa: É um conjunto de projetos relacionados ou semelhantes, agrupados para alcançar benefícios que não seriam possíveis se gerenciados individualmente. A ideia é aproveitar sinergias e obter ganhos de escala na execução dos projetos. Geralmente, os programas são gerenciados por um programa manager. 3Projeto: Esforço temporário para criar um produto, serviço ou resultado exclusivo. Tem um início e um fim definidos, com objetivos específicos a serem alcançados. Envolve a coordenação de recursos e o cumprimento de prazos e orçamentos. 4 Subprojeto: É uma subdivisão de um projeto maior, usado para facilitar o gerenciamento de projetos complexos. Ajuda a dividir o trabalho em partes mais gerenciáveis e a coordenar as atividades de equipe de forma mais eficaz. Restrições aos Projetos 1 Triângulo das Restrições Representa as três principais restrições em um projeto: escopo, prazo e custo. Essas restrições são interdependentes, o que significa que alterar uma delas afeta as outras duas. 2 Restrições de acordo com o PMBOK 4 O PMBOK 4 identifica as principais restrições como escopo, tempo e custo, mas também reconhece outras, como qualidade, recursos e riscos. 3 Técnicas de Gerenciamento das Restrições Premissa: Não é possível alterar uma variável sem impactar as outras. Crashing (Compressão): Aumenta-se os recursos para reduzir o tempo de execução do projeto. Fast Tracking (Paralelismo): Consiste em realizar atividades em paralelo para encurtar o prazo de entrega do projeto. Isso aumenta o risco devido à possível falta de integração entre as atividades. Gestão Pública vs. Privada 1Objetivos Fundamentais Governantes públicos são orientados por eleições, enquanto administradores privados focam na maximização de lucros. 2 Ambiente e Competição Empresas privadas operam em um ambiente competitivo, enquanto o setor público geralmente possui monopólios ou oligopólios.3Controle e Responsabilidade Empresas privadas são controladas pelo mercado e acionistas, enquanto o setor público é controlado pelos cidadãos, por meio de representantes eleitos. 4 Estrutura Organizacional O setor público tende a ter uma estrutura mais verticalizada e rígida, enquanto o setor privado geralmente possui uma estrutura mais horizontal e flexível. 5Cliente e Pagamento de Serviços No setor público, o cliente é atendido indiretamente e paga pelos serviços por meio de tributos, sem uma relação direta entre a quantidade/qualidade do serviço e o valor do tributo. 6 Finalidade da Atividade A gestão pública busca o interesse público e a geração de valor para a sociedade (efetividade), enquanto as empresas privadas visam à maximização da riqueza (lucratividade). Essas diferenças fundamentais moldam as abordagens e práticas de gestão em cada setor, mas também há espaço para convergências na busca por eficiência e excelência na entrega de serviços e produtos. Gestão para Resultados 1 Mais Informações para os Gestores O acesso a informações relevantes e atualizadas permite que os gestores tomem decisões mais informadas e estratégicas. 2 Melhoria da Capacidade para Prestar Contas A GPR enfatiza a transparência e a responsabilização, garantindo que os gestores sejam responsáveis pelos resultados alcançados. 3 Avaliação do Desempenho A avaliação sistemática do desempenho é essencial na GPR, permitindo identificar áreas de melhoria e sucesso. O uso de incentivos e sanções adequados é uma prática comum para promover a excelência e corrigir desvios. CESPE: Na Administração Pública, a Gestão por Resultados se beneficia da existência de métricas robustas e comparáveis ao longo do tempo, como o Plano Plurianual (PPA), que permite avaliar o progresso e o impacto das políticas e programas governamentais. Modelo Gerencial (Nova Gestão Pública - NGP) Controle de Resultados Prioriza o controle dos resultados alcançados, em contraste com o modelo burocrático que enfatiza o controle de procedimentos. Isso significa que a avaliação é realizada "a posteriori", orientada para o cidadão como cliente. Autonomia do Servidor Proporciona maior autonomia aos servidores públicos, promovendo a descentralização das decisões e permitindo ações mais ágeis e adaptáveis. Redução da Hierarquia Busca por estruturas organizacionais mais horizontalizadas, reduzindo a rigidez hierárquica e promovendo uma maior agilidade na tomada de decisões. Estímulo às Organizações sem Fins Lucrativos Incentiva a criação e atuação de organizações privadas sem fins lucrativos, as quais oferecem bens e serviços de interesse público. Visão da Sociedade Enxerga a sociedade como um campo de conflito, reconhecendo a diversidade de interesses e demandas. Abordagens do Modelo Gerencial 1 Gerencialismo Puro Prioriza o aumento da eficiência e a redução de custos, com o cidadão sendo visto principalmente como contribuinte. 2 Consumerismo Enfatiza a satisfação do cliente consumidor, que pode ou não ser o contribuinte, e promove a fiscalização dos serviços prestados pela sociedade. 3 Orientação para o Serviço Público (PSO) Baseia-se em princípios de transparência, prestação de contas (accountability) e participação popular. No Brasil, essa abordagem é marcada pelo Programa de Desenvolvimento da Administração Federal (PDRAE), implementado em 1995. Gestão do Desempenho A Gestão do Desempenho é um processo essencial para avaliar e acompanhar o desempenho individual dos colaboradores. Avaliação de Desempenho Aplicação de avaliações para julgar o valor, excelência e capacidades de cada empregado, bem como sua contribuição para a organização. Identifica pontos fracos e fortes. Foco em Comportamentos e Resultados Avalia tanto os comportamentos (indicadores qualitativos) quanto os resultados (indicadores quantitativos) dos colaboradores. Desenvolvimento Individual Permite identificar oportunidades de aprimoramento e traçar planos de desenvolvimento para os colaboradores. Alinhamento Estratégico Direciona os esforços dos colaboradores para o alcance dos objetivos organizacionais. Objetivos da Gestão do Desempenho 1Subsidiar Decisões de Recompensas e Promoções As avaliações de desempenho fornecem informações importantes para decisões relacionadas a aumentos salariais, promoções e até mesmo demissões. 2 Apoiar o Processo de Treinamento e Desenvolvimento As avaliações identificam áreas de melhoria nos colaboradores, subsidiando o planejamento de programas de treinamento e desenvolvimento. 3Fornecer Feedback aos Funcionários Através da avaliação de desempenho, os funcionários recebem um feedback claro sobre seu desempenho, ajudando-os a identificar pontos de melhoria e áreas de destaque. 4 Facilitar Tomada deDecisões pelos Gestores Os resultados das avaliações fornecem aos gestores informações relevantes para tomar decisões sobre alocação de recursos, distribuição de responsabilidades e outras questões relacionadas à gestão de equipes. A Gestão do Desempenho é, portanto, um processo estratégico que contribui para o desenvolvimento individual dos colaboradores e para o alcance dos objetivos organizacionais. Tipos de Avaliação de Desempenho: 1 Autoavaliação O próprio funcionário se avalia, utilizando ferramentas que ajudam a reduzir a subjetividade. É uma forma de autoconhecimento e autorreflexão. 2 Avaliação pelo Gerente Método mais comum, onde o gerente avalia o desempenho de seus subordinados. Geralmente, o gerente é assessorado pela equipe de Recursos Humanos. 3 Avaliação pela Equipe de Trabalho Os próprios membros da equipe se avaliam reciprocamente, oferecendo uma perspectiva mais ampla do desempenho de cada indivíduo dentro do grupo. 4 Comissão de Avaliação Envolve uma comissão dedicada exclusivamente à avaliação de desempenho dos colaboradores. Apesar de oferecer padronização nos critérios, é um método mais caro e demorado. 5 Avaliação de Baixo para Cima Os subordinados têm a oportunidade de avaliar o desempenho de seus superiores. Este método é menos comum, especialmente no contexto brasileiro, mas pode oferecer insights valiosos sobre a liderança e a eficácia do gestor. 6 Avaliação 360º Neste tipo de avaliação, o funcionário é avaliado por todas as áreas e pessoas com quem tem contato no ambiente de trabalho, incluindo clientes, colegas, subordinados e superiores. Essa avaliação abrangente oferece uma visão mais completa do desempenho do indivíduo, reduzindo o viés e a subjetividade. Cada tipo de avaliação possui suas vantagens e desafios, e a escolha do método mais adequado depende das necessidades e da cultura organizacional de cada empresa. Métodos de Avaliação de Desempenho: Escalas Gráficas: Utiliza notas ou classificações, como de 1 a 5 ou de A a E, para avaliar o desempenho dos colaboradores. É um método subjetivo e pode ser afetado pelo viés de generalização (Halo Effect). Escolha Forçada: Visa reduzir a subjetividade ao apresentar ao avaliador várias frases possíveis para cada bloco, obrigando-o a fazer uma escolha. Isso ajuda a evitar generalizações e superficialidades na avaliação. Incidentes Críticos: Baseia-se em eventos extremos ou críticos que representam desempenhos altamente positivos ou negativos. Destaca pontos fortes e fracos do colaborador com base em situações específicas. Listas de Verificação (Check-list): Usado para avaliações mais frequentes, simplifica a avaliação utilizando uma lista de critérios a serem avaliados, aos quais são atribuídas notas ou classificações. Método Comparativo ou Comparação Binária: Este método compara o desempenho de um funcionário com outro ou com o grupo em que ele atua. No entanto, é menos utilizado devido à sua natureza comparativa. Cada método tem suas vantagens e desvantagens, e a escolha do mais adequado depende das necessidades e da cultura organizacional da empresa. Problemas na Sistema de Avaliação: 1 Efeito Halo O avaliador generaliza um aspecto do desempenho, bom ou ruim, e aplica essa generalização a todos os quesitos, prejudicando a avaliação precisa. 2 Tendência Central O avaliador evita assumir valores extremos, o que pode resultar em uma avaliação pouco diferenciada e inadequada. 3 Recenticidade O avaliador se concentra apenas nos acontecimentos mais recentes, ignorando o desempenho global do avaliado. 4 Leniência O avaliador é pouco rigoroso em suas avaliações, o que pode levar a uma superestimação do desempenho do avaliado. 5 Excesso de Rigor O avaliador é excessivamente rigoroso, o que pode resultar em uma subestimação do desempenho do avaliado. 6 Obstáculos Políticos Há uma distorção na avaliação devido à preocupação do avaliador em manter uma boa imagem própria ou do setor. 7 Avaliação Congelada (Força de Hábito) O avaliador mantém o mesmo padrão de avaliação ao longo do tempo, sem considerar mudanças no desempenho do avaliado. 8 Falta de Técnica O avaliador baseia sua avaliação apenas no bom senso, sem utilizar técnicas adequadas de avaliação. 9 Desvalorização da Avaliação O avaliador não considera a avaliação como algo importante, comprometendo sua precisão e utilidade. 10 Unilateralidade O avaliador valoriza apenas os aspectos que ele julga importantes, ignorando outros aspectos relevantes do desempenho do avaliado. 11 Falsidade O avaliador distorce ou oculta propositalmente informações na avaliação. 12 Projeção (Subjetividade) O avaliador atribui ao avaliado qualidades e defeitos que são próprios do avaliador, em vez de avaliar objetivamente o desempenho do avaliado. Principais Teóricos e Suas Contribuições: Shewart: Introduziu o controle estatístico da qualidade. Deming: Enfatizou processos que entregam o melhor produto com menos esforço. Destacou o foco no cliente como fundamental. Juran: Mudou o foco da gestão do plano operacional para o plano estratégico. Propôs a Trilogia da Qualidade: planejamento, controle da qualidade e aperfeiçoamento. Feigenbaum: Defendeu que a gestão da qualidade deve ser um esforço sistêmico envolvendo todos os setores da empresa. Enfatizou a importância de compreender os custos relacionados à qualidade e à falta de qualidade na produção. Crosby: Propôs o conceito de Defeito Zero, onde o objetivo é eliminar completamente os defeitos. Destacou a importância de fazer certo da primeira vez. Ishikawa: Popularizou os círculos de qualidade, grupos pequenos de empregados que conduzem o controle da qualidade. Criou o diagrama de causa e efeito, uma ferramenta para identificar e analisar as causas de um problema. Esses teóricos contribuíram significativamente para o desenvolvimento da gestão da qualidade, introduzindo conceitos e ferramentas que são amplamente utilizados na indústria e em outros setores para melhorar a qualidade dos produtos e serviços. Princípios da Qualidade de Deming: 1Eliminar Slogans, Exortações e Metas Dirigidas aos Empregados Evitar metas que limitem o desempenho dos funcionários. 2 Eliminar Padrões Artificiais e Administração por Objetivos Abandonar cotas numéricas e focar em objetivos de longo prazo em vez de metas numéricas.3Transformação como Tarefa de Todos Envolvimento de todos os membros da organização na busca pela melhoria contínua. 4 Constância de Propósito Compromisso de longo prazo com a melhoria contínua do produto ou serviço.5Adotar Nova Filosofia Engajamento de todos os membros da organização na nova abordagem. 6 Internalização da Qualidade Priorizar a qualidade em todas as etapas do processo, em vez de depender apenas de inspeção.7Minimizar Custos Totais e Desenvolver Relacionamentos Duradouros Focar em relações win-win com fornecedores e minimizar custos totais em vez de negociar apenas com base no preço. 8 Aperfeiçoamento Contínuo dos Processos Buscar melhorias constantes nos processos de planejamento, produção e serviço.9Fornecer Treinamento no Local de Trabalho Oferecer treinamento no próprio ambiente de trabalho para capacitar os funcionários. 10 Estabelecer Programas de Educação e Auto- Aperfeiçoamento Promover o aprendizado contínuo e o desenvolvimento pessoal dos colaboradores. 11Adotar e Estabelecer Liderança Reconhecer a importância da liderança eficaz na implementação dos princípios de qualidade. 12 Eliminar o Medo e Não Punir Inovadores Criar um ambiente onde a inovação seja incentivada e os erros não sejam punidos. 13Quebrar Barreiras entre Departamentos e Trabalhar em Equipe Promover a colaboração entre os diferentes setores da organização. 14 Remover Barreiras que Despojem as Pessoas de Orgulho no Trabalho Criar um ambiente que motive intrinsecamente os funcionários e promova o orgulho no trabalho realizado. Ciclo PDCA: 1 PLAN (Planejar) Estabelecerobjetivos claros, definir as ações necessárias e os métodos para alcançá-los. 2 DO (Fazer) Executar as ações planejadas conforme estabelecido no passo anterior. 3 CHECK (Verificar) Avaliar os resultados obtidos das ações executadas, comparando com os objetivos definidos no planejamento. 4 ACT (Agir) Tomar medidas corretivas ou preventivas com base na avaliação realizada no passo anterior. Se os resultados foram positivos, padronizar o processo. Se foram negativos, revisar o processo e identificar melhorias necessárias. O ciclo PDCA é um método iterativo e contínuo, no qual a etapa de "Agir" retroalimenta as etapas subsequentes de planejamento, execução e verificação, visando à melhoria contínua dos processos. Ferramentas de Gestão da Qualidade: Diagrama Causa- Efeito (Ishikawa): Objetivo: Identificar possíveis causas para problemas. Exemplo: Utilizado para analisar as causas raiz de um problema, categorizando as potenciais causas em diferentes áreas como pessoas, processos, materiais, máquinas e ambiente. Folha de Verificação (Checklist): Objetivo: Coletar dados relativos à não conformidade de um produto. Exemplo: Uma lista de verificação para garantir que todas as etapas de um processo foram concluídas corretamente, ou para registrar a presença ou ausência de determinadas características em um produto. Histograma: Objetivo: Identificar com que frequência certo dado aparece em um conjunto de dados. Exemplo: Representação gráfica da distribuição de frequência de uma variável, mostrando a distribuição dos dados em diferentes faixas de valores. Por exemplo, um histograma pode ser utilizado para visualizar a distribuição dos pesos de produtos fabricados em uma linha de produção. Ferramentas de Gestão da Qualidade: 1 Gráfico de Pareto Objetivo: Distinguir, entre os fatores, os essenciais (20%) e os secundários (80%). O gestor deve focar naqueles itens que geram a maioria dos impactos. Exemplo: Utilizado para identificar e priorizar os problemas ou causas mais significativos em um conjunto de dados. Por exemplo, um gráfico de Pareto pode ser usado para determinar quais defeitos em um produto estão causando a maioria das reclamações dos clientes. 2 Diagrama de Correlação ou Dispersão Objetivo: Estabelecer correlação entre duas variáveis. Se os pontos ficam muito espalhados, não existe correlação forte. Exemplo: Utilizado para visualizar a relação entre duas variáveis quantitativas. Por exemplo, um diagrama de dispersão pode ser usado para verificar se existe uma relação entre a temperatura e a pressão em um processo industrial. 3 Fluxograma Objetivo: Descrever os processos. Exemplo: Utilizado para representar graficamente as etapas de um processo, mostrando a sequência das atividades, as decisões e os fluxos de informações ou materiais. Por exemplo, um fluxograma pode ser usado para representar o processo de atendimento ao cliente em uma empresa. 4 Gráfico de Controle Objetivo: Analisar a variabilidade dos processos. Exemplo: Utilizado para monitorar o desempenho de um processo ao longo do tempo, comparando os resultados obtidos com limites estabelecidos. Por exemplo, um gráfico de controle pode ser usado para monitorar a temperatura de um forno em uma linha de produção e identificar desvios que possam indicar problemas no processo.