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ESQUENTA ENEM 2025
Aula 10
Prof.a Rebeca Andrade
Classicismo
https://www.youtube.com/watch?v=yUx7vExUi4k
Classicismo
Foi um movimento literário e artístico do Renascimento (séculos XV-XVI) 
que valorizava a cultura greco-romana, o antropocentrismo e o 
racionalismo, contrapondo-se ao teocentrismo da Idade Média. 
Suas principais características incluem a busca pela perfeição formal, a 
imitação de modelos clássicos, o uso do soneto e do verso decassílabo, 
e temas como a efemeridade da vida (Carpe Diem) e a busca por uma 
beleza ideal. 
Em Portugal, foi representado principalmente por Luís Vaz de Camões, 
autor de Os Lusíadas. 
Contexto Histórico
Renascimento: O Classicismo surge no contexto do Renascimento, um 
período de grande efervescência cultural, científica e política, marcado 
por transformações significativas na Europa. 
Grandes Navegações: As navegações impulsionaram o racionalismo e a 
expansão de conhecimentos, refletindo-se na literatura com uma nova 
visão do mundo. 
Antropocentrismo: A valorização do homem como centro do universo, 
em contraste com o teocentrismo medieval, permitiu a exploração de 
sentimentos e a busca pelo prazer terreno. 
Características Literárias
Imitação dos modelos clássicos: A literatura buscava inspiração e modelos nas 
obras da Antiguidade Grega e Romana. 
Racionalismo: A razão era valorizada em detrimento da fé e da emoção, levando 
a uma maior organização e objetividade nos textos. 
Perfeição formal: Havia uma preocupação rigorosa com a forma do poema, 
utilizando a métrica, a rima e a estrutura do soneto e do verso decassílabo. 
Temas: Explora-se a dualidade entre o amor idealizado (platônico) e o amor 
sensual, a efemeridade da vida (Carpe Diem) e a busca pela beleza e pela 
felicidade terrena. 
Figuras de linguagem: Uso frequente de paradoxos, antíteses e personificação de 
elementos da natureza. 
Principais Autores e Obras
Portugal: Luís Vaz de Camões, com sua obra-prima Os Lusíadas. 
Itália: Francisco Petrarca, considerado um pai do humanismo e inventor 
do soneto, e Giovanni Boccaccio. 
Outros: Garcilaso de la Vega (Espanha) e William Shakespeare (Inglaterra) 
também foram importantes classicistas. 
O classicismo de Camões
Camões é um dos expoentes do movimento em Portugal, onde sua 
obra-prima é a epopeia "Os Lusíadas" (1572). 
Esta obra-prima celebra as descobertas marítimas portuguesas, 
combinando o espírito aventureiro da época com a influência greco-
romana, a exaltação da razão e valores humanistas. 
O classicismo, um estilo do Renascimento, valoriza a harmonia, o 
equilíbrio e o antropocentrismo. 
Principais características do classicismo de 
Camões
Antropocentrismo: O ser humano é visto como capaz de explorar o mundo e seus mistérios, sem 
depender exclusivamente de uma força divina. 
Retomada da Antiguidade: Inspirado nos modelos clássicos greco-latinos, Camões utiliza temas, 
mitos e a estrutura das epopeias antigas. 
Humanismo: A obra exalta os valores humanos, o racionalismo e a capacidade do indivíduo, como se 
vê na valorização da razão e da ciência. 
Equilíbrio e Harmonia: A busca por equilíbrio, ordem e harmonia é uma marca do estilo, visível na 
estrutura da poesia e na contenção da expressão emocional. 
Epopeia: "Os Lusíadas" é um poema épico que, de acordo com os modelos clássicos, contém 
proposição, invocação, dedicatória, narração e epílogo. 
Medida Nova: A poesia de Camões utiliza versos decassílabos (com 10 sílabas poéticas), uma 
inovação que se afasta da redondilha medieval. 
A obra "Os Lusíadas"
https://www.youtube.com/watch?v=U5Q4jS7ZrB4
A obra "Os Lusíadas"
Estrutura e Forma
Enredo: Narra a viagem de Vasco da Gama à Índia, exaltando a grandiosidade da 
cultura portuguesa e o espírito de aventura da época.
Gênero: É um poema épico, narrando feitos heroicos de um povo. 
Divisão: A obra está dividida em dez cantos. 
Estrofes: Cada canto é composto por estrofes de oito versos, chamadas oitavas, 
com rima cruzada nos seis primeiros versos e emparelhada nos dois últimos 
(ABABABCC). 
Versos: Os versos são decassílabos, com dez sílabas métricas cada. 
Tom e Estilo: A linguagem é grandiloquente e rica em adjetivação, visando exaltar 
os heróis e a nação. 
A obra "Os Lusíadas"
Temas e Conteúdo
Glorificação: A obra exalta os feitos históricos e a coragem do povo português, 
considerando-o o herói principal. 
A Viagem de Vasco da Gama: A narrativa central é a viagem de Vasco da Gama 
até a Índia, com suas dificuldades e descobertas. 
História de Portugal: O poema entrelaça a narrativa da viagem com episódios da 
história portuguesa, como o episódio de Inês de Castro. 
Mitologia: Camões insere a mitologia clássica, com deuses como Vênus 
(protetora) e Baco (obstáculo), para enriquecer a narrativa e refletir o contexto 
renascentista. 
Reflexões: Há também a inserção de momentos reflexivos, como a figura do 
Velho do Restelo, que critica a ânsia de glória e riqueza dos navegadores. 
A obra "Os Lusíadas"
Contexto Histórico e Influências
Renascimento: A obra reflete os ideais do Renascimento, como o 
antropocentrismo (o homem no centro das coisas) e o humanismo, 
valorizando a razão e as conquistas humanas. 
Influência Clássica: Camões foi influenciado por obras clássicas como a 
"Eneida" de Virgílio e a "Odisseia" e "Ilíada" de Homero, adaptando seus 
modelos à cultura portuguesa. 
Estrutura Externa
Dez Cantos: A epopeia é dividida em dez partes, chamadas cantos. 
Oitava Rima: Cada canto é composto por estrofes de oito versos 
decassílabos. 
Esquema Rímico: As rimas seguem o esquema rímico ABABABCC. 
Estrutura Interna (As 5 partes da epopeia)
Proposição (ou Prólogo): Introdução da obra, onde Camões apresenta o tema principal: as 
façanhas e glórias dos portugueses. 
Invocação: O poeta pede inspiração às ninfas do Tejo (Tágides) para escrever o poema, 
seguindo o modelo clássico. 
Dedicatória: O autor dedica a epopeia a D. Sebastião, o rei da época, enaltecendo sua figura. 
Narração: É o corpo principal da obra, onde se entrelaçam quatro planos distintos:
Plano da Viagem: O relato da jornada de Vasco da Gama, desde Portugal até a Índia, 
utilizando o método in medias res (começando com a ação já em curso). 
Plano da História de Portugal: A história do povo português é contada, desde as suas 
origens até os feitos atuais, por meio de narradores como Vasco da Gama e Paulo da Gama. 
Estrutura Interna (As 5 partes da epopeia)
Plano da Mitologia: Os deuses do Olimpo (Vênus e Baco, por exemplo) 
intervêm na história, ajudando ou prejudicando os navegadores, o que 
confere um caráter dinâmico à narrativa. 
Plano das Reflexões do Poeta: O próprio Camões intervém na obra, 
expressando seus pensamentos e uma visão crítica da realidade 
portuguesa, frequentemente no final dos cantos. 
Epílogo: A conclusão do poema, onde o poeta expressa um tom de 
desencanto e pessimismo sobre o futuro de Portugal, prevendo a 
decadência do império. 
Até a próxima aula!
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