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Pancreatite aula ok med de emergência ok (só tinha PA harrison crônica ok uptodate ok ANATOMIA E FISIOLOGIA Função exócrina 80% da massa de suas células está envolvida com as funções exócrinas enzimas pancreáticas são produzidas nas células acinares e armazenadas, em forma inativa, em vesículas chamadas zimogênios são liberadas através das células ductais para o canal pancreático são secretadas para o intestino delgado para iniciar o processo de digestão Função endócrina 20% restantes estão envolvidos com a função endócrina AGUDA DEFINIÇÃO inflamação aguda e reversível do pâncreas, com envolvimento variado de outros órgãos e tecidos vizinhos ou à distância decorrente de ativação precoce de enzimas dentro da glândula duas fases distintas: precoce 1ª semana) → ativação da cascata de citocinas, com SIRS que pode evoluir para falência orgânica ou disfunção múltipla de órgãos tardia (semanas a meses) → persistência da inflamação sistêmica ou surgimento de complicações locais Pancreatite 1 EPIDEMIOLOGIA 14ª causa de morte em doenças do TGI 2ª causa de admissão hospitalar em gastro Mais prevalente em homens Pancreatite grave → mortalidade em 30% FISIOPATOLOGIA Não é bem explicada Mecanismos ativação de tripsinogênio sobrecarga de cálcio autofagia prejudicada stress do retículo endoplasmático teoria dos exossomos Autodigestão pancreática devido a ativação prematura de enzimas digestivas na células acinares do pâncreas a enzima de ativação dos zimogênios pancreáticos é a tripsina ativação inadequada e ausência de liberação imediata da tripsina resultam em inflamação pancreática e desencadeamento da cascata inflamatória liberação de citocinas inflamatória e elevação de PCR Fisiopatologia de etiologia Pancreatite aguda de cálculos biliares obstrução ductal - hiperestimulação acinar pancreática e ativação da tripsina e da cascata inflamatória Pancreatite alcoólica Pancreatite 2 diminui o limiar para ativação do tripsinogênio e provoca toxicidade direta nas células acinares e ductais causando necrose Traumática ETIOLOGIAS Litíase biliar causa mais comum mais comum em mulheres e com incidência aumentada com idade pode apresentar recorrência de episódios inflamatórios maior risco em cálculos menores ou microlitíase (podem causar obstrução no nível da ampola de Vater) ALT 150 UI/L (ou 3x LSN é fator preditivo para etiologia biliar Álcool 2ª causa mais comum histórica clínica → etilistas importantes com pelo menos 510 anos de consumo aumenta síntese de enzimas pelas células acinares ou hipersensibilização dos ácinos à colecistocinina Outras hipercalcemia → pode ocorrer em qualquer etiologia, mas está mais associada a hiperparatireoidismo hipertrigliceridemia 1000 pode ter amilase normal ocorre por formação de radicais superóxidos pela hidrólise de TGL por lipase drogas e medicações (como alguns ATBs, imunossupressores, antirretrovirais, diuréticos, valproato e agonistas de GLP1 infecções → caxumba, rubéola, coxsackie, epstein-barr, hepatites, CMV trauma → causa rara Pancreatite 3 pós CPRE risco diminui com experiência do radiologista auto imune → diagnóstico de exclusão; principalmente em homens idosos; pode ter apresentação clínica dramática (similar a neoplasia) disfunção do esfíncter de Oddi → tto fácil com CPRE anatômica → pancreas divisum (causa controversa)→ ducto ventral drena para a papila (ao invés do dorsal) DIAGNÓSTICO 💡 2/3 critérios dor abdominal em faixa em andar superior do abdome amilase ou lipase 3x o LSN alterações características em exame de imagem Pancreatite 4 critérios de balthazar (não é mais usado e não muda conduta) CLÍNICO dor abdominal em faixa em hemi-abdome superior sintoma mais comum piora após ingestão de alimentos → principalmente se gorduroso pode irradiar para as costas e para ambos hipocôndrios costumam ter dificuldade de encontrar posição confortável pode ser desencadeada por cólica biliar ou de 13 dias após consumo de álcool quando é biliar: costuma ser mais localizada; apresenta pico de dor em 1020min não biliar: mal localizada e gradual distensão abdominal náuseas e vômitos 90% febre → menos comum icterícia → se causa obstrutiva biliar dor nos flancos e nas costas sinal de cullen (equimose periumbilical - em 3%, grey-turner (equimose em flancos) ⇒ sinais de hemorragia retroperitoneal Pancreatite 5 sinal fox → equimose inguinal e em base do pênis → não são específicos em casos graves pode apresentar íleo adinâmico, respiração superficial (por irritação do nervo frênico), SIRS, encefalopatia pancreática DDX doença cardíaca IAM, ruptura de aneurisma, dissecção de aorta); gastrointestinal (úlcera com perfuração ou sangramento) LABORATORIAL Amilase positivo de 612h do início da doença nível sérico permanece alto por 34 dias sensibilidade diminui com o tempo aumento com insuficiência renal crônica origens também em glândulas salivares, trompas de falópio, intestino delgado, vesícula e ductos biliares quando a PA é secundária ao álcool ou hipertrigliceridemia pode ser normal (especialmente nas primeiras 24h) Lipase aumento após 48h do início do quadro primeiro a se elevar e permanece elevado por mais tempo permanece elevado por 2 semanas mais específico e sensível para doenças pancreáticas maior sensibilidade na PA alcoólica ⚠ Ambos não indicam gravidade ou prognóstico e não é critério de alta! Pancreatite 6 tripsina sérica baixos níveis em organismo normal devido a permeabilidade vascular, aumenta na pancreatite ambos o nível sérico e urinário nível normaliza de 35 dias Outros exames PCR 150 depois de 48h do início do quadro é fator prognóstico para pancreatite severa Ht 44% fator de risco para necrose pancreática por aumento de permeabilidade capilar leuco 20.000 identifica lesões associadas tem aumento na PA ureia 20 preditor de mortalidade Cr 1,8 mg/dl → correlação com desenvolvimento de necrose pancreática procalcitonina→ baixos valores séricos é fator preditivo negativo para necrose infectada (gravidade em 1.8 Cálcio → deve ser solicitado de rotina e é marcador de gravidade IMAGEM USG realizar em todos os pacientes para avaliação do trato biliar verifica possível etiologia → colelitíase ou sinais de coledocolitíase detecta inflamação pancreática → aumentado e hipoecoico em alguns casos visualiza coleções Colangiorressonância Pancreatite 7 elevação de enzimas hepáticas em que o USG não foi capaz de avaliar a via biliar principal consegue avaliar o pâncreas TC com contraste se dúvida diagnóstica → define tipo da pancreatite pancreatite aguda moderadamente grave ou grave, sinais de sepse deterioração clínica 72 horas após a apresentação inicial imagem → realizar TC de controle em PA grave após 710 dias da TC inicial ⇒ presença de coleções indicam tratamento → presença de gás no tecido sugere infecção ajuda a diferenciar necrose estéril de necrose infectada se permanecer dúvida, pode ser realizada punção aspirativa com agulha fina guiada por TC Necrose encapsulada infectada, com a presença de bolhas de gás em topografia pancreática, sugerindo infecção bacteriana (seta branca). Pancreatite 8 Outros exames Ultrassom endoscópico: avalia coledocolitíase associada e ajuda a distinguir pseudocistos pancreáticos de outras lesões císticas em pâncreas pode ser utilizado se avaliação inicial não apresentar etiologia CPRE não é usada de rotina apenas se suspeita de obstrução do colédoco; para dianóstico de pequeno tumor no ducto biliar terminal ou no ducto pancreático em pacientes com suspeita de neoplasia pancreática ou para realizar endoscopia intraductal em pacientes com neoplasia mucinosa papilar intraductal do ducto principal se PA e colangite CPRE dentro de 24h da admissão CLASSIFICAÇÃO FORMAS CLÍNICAS Edematosa intersticial ocorre na maioria dos pacientes Aproximadamente 85% inflamação e edema focal ou difuso do parênquimamuitos preferem realizar de 812 semanas após a alta Papilotomia exclusiva pacientes com múltiplas comorbidades, sem condições cirúrgicas CRÔNICA DEFINIÇÃO Processo inflamatório crônico com lesão irreversível que leva a fibrose do pâncreas e destruição do parênquima endócrino Caracterizada por distúrbios na função pancreática (função digestiva ou secreção de insulina) e alterações estruturais no pâncreas visíveis ao exames de imagem endoscópicos costumam apresentar dor esteatorreia diabetes Mais comum em homens ETIOLOGIA Tóxico metabólicas Pancreatite 19 Álcool tabagismo hipercalcemia hiperlipidemia → hipertrigliceridemia DRC Idiopática Genéticas como fibrose cística Autominues Obstrutivas pâncreas divisum obstrução ductal (como por tumor e pseudocisto) cistos da parede duodenal pré-ampulares estenoses pós traumáticas do ducto pancreático Pancreatite tropical FISIOPATOLOGIA Ativação das células estreladas leva à expressão de citocinas e produção de proteínas da matriz extracelular contribuem para a inflamação aguda e crônica e para a deposição de colágeno no pâncreas Presença de anormalidades histológicas → inflamação crônica, fibrose e destruição progressiva (atrofia) QUADRO CLÍNICO Inicialmente apresentam dispepsia Episódios recorrentes de PA Diarreia crônica Perda de peso Menos comumente podem apresentar câncer pancreático Pancreatite 20 Insuficiência pancreática exógena esteatorreia por menos atividade lipolítica → sintoma inicial da disfunção pode haver deficiência de vitaminas lipossolúveis sintomas associados a síndrome disabsortiva Insuficiência endócrina diabetes pancreática → fase tardia geralmente insulino dependente Dor abdominal epigástrica, irradia para o dorso, com início 1530 minutos pós alimentação e aumento progressivo da frequência e intensidade associada a náuseas e vômitos piora após alimentação e ingestão de álcool pode ser constante ou intermitente pode desaparecer posteriormente → após destruição do parênquima não tem relação com gravidade do dano causada por hipertensão intracanalicular DIAGNÓSTICO Fase inicial exames laboratoriais de função endócrina e exames normais exames de imagem normais → pode cursar com pancreatite aguda no parênquima ainda funcionante → eleva enzimas Tríade Pancreatite 21 esteatorreia + calcificação + diabetes → incomum e presente em casos mais avançados ANAMNESE dor abdominal crônica ou pancreatite aguda recorrente + perda de peso DM esteatorreia investigar etiologia: etilismo e tabagismo sintomas: dor, perda de peso, insuficiência endógena e exógena história familiar EXAMES LABORATORIAIS enzimas hepáticas e canaliculares; bilirrubinas, albumina, INR enzimas pancreáticas normais, exceto na agudização elevação de bilirrubina ou FA pode indicar colestase secundária a estenose do colédoco causada por inflamação ou fibrose CEA e CA199 função renal e eletrólitos deficiência de vitaminas lipossolúveis teste de insuficiência endócrina e exócrina teste da secretina → teste de maior sensibilidade (anormal quando há perda igual ou superior a 60% quimiotripsina fecal IMAGEM ECOEDA; CPRE TC/RNM mostra atrofia do pâncreas, dilatação ductal, calcificações parenquimatosas e intraductais Pancreatite 22 secretina pode ser administrada no momento da RM para melhorar a visualização do ducto pancreático e estimar a secreção de fluido ductal pancreático exclui possibilidade de pseudocisto e câncer pancreático Ultrassonografia endoscópica → em fase inicial não é suficiente para detectar pode ser semelhante em pacientes com diabetes, história de tabagismo ou pessoas idosas RX calcificações difusas indicam dano significativo e são patognomônicas de pancreatite crônica observadas em pancreatite alcoólica, hereditária, pós traumática, idiopática e pancreatite tropical BIÓPSIA não necessário inflamação crônica, fibrose e atrofia COMPLICAÇÕES Diabetes → 80% hiperglicemia por perda das células das ilhotas Trombose venosa esplâncnica Osteopatia metabólica → osteoporose Estenose biliar e/ou cirrose biliar Estenose de ducto pancreático Pseudocisto Câncer pancreático Hemorragia digestiva alta por ulceração péptica, gastrite, pseudocisto causando erosão do duodeno, sangramento arterial para dentro do ducto pancreático Pancreatite 23 (hemosuccus pancreaticus) ou ruptura de varizes secundária à trombose da veia esplênica TRATAMENTO objetivo manejo das complicações relacionadas à doença não consegue reverter ou retardar progressão clínico eliminar fator etiológico controle de dor pregabalina pode ser útil tto de má absorção Creon) controla a diarreia e restaura a absorção de gorduras em nível aceitável + supressão ácida IBP para otimizar resposta às enzimas pancreáticas suporte nutricional tto de DM endoscópico próteses → stents em ductos pancreáticos alcoolização de plexo celíaco → para dor crônica; evidências de baixa qualidade esfincterotomia cirúrgico dor intratável Pancreatite 24 → principal indicação é a dor intratável superior ao tto endoscópico para aliviar a dor suspeita de malignidade complicações → objetivos da cirurgia: aliviar dor, minimizar morbidade e preservar parênquima pancreático → tipo de cirurgia depende da dilatação do ducto pancreático principal Puestow-Patington-Rochelle melhor cirurgia para pancreatite crônica seceção longitudinal do ducto principal → desobstrução e retirada de cálculos → anastomose pancreatojejunal em Y de roux Beger: ressecção parcial da cabeça Whipple: quando não consegue diferenciar se há neoplasia (pseudotumoral) Gastroduodenopancreatectomia com reconstrução em Y de Roux → pancreatectomia total com ou sem transporte autólogo de células da ilhota → em pacientes refratários ao tto convencional Pancreatite 25 indicado para duração mais curta dos sintomas e menor necessidade de analgésicos PANCREATITE AUTOIMUNE Subtipos PAI tipo 1 manifestação pancreática de uma síndrome multiorgânica atualmente chamada de doença relacionada à IgG4 síndrome: aumento bilateral de glândulas submandibulares, lesões renais características, fibrose retroperitoneal e estenose da árvore biliar suprapancreática alto risco de recidiva pancreatite centroductal idiopática PCDI ou PAI tipo 2 sem células positivas para IgG4 associado à doença inflamatória intestinal em cerca de 10% dos pacientes; não costuma ter envolvimento de outros órgãos baixo risco de recidiva → ambos respondem a corticoide de forma drástica dentro de 24 semanas Clínica+Exames Sintomas mais comuns Icterícia, perda ponderal e diabetes de início recente Elevação de IgG4 auxilia no diagnóstico, mas tem baixo valor preditivo se usado de forma isolada TC com alterações → aumento difuso ou focal na doença ativa; borda inflamatória (sinal de cápsula) é altamente específica para PAI CPRE com estenose de dutcos biliares em 1/3 dos pacientes Tratamento Pancreatite 26 Prednisona 40mg/dia por 4 semanas, com redução progressiva diária em 5mg/semana Acompanhamento laboratorial e de imagem Se sem resposta→ levantar outras hipóteses Se múltiplas recidivas → imunossupressor Pancreatite 27muitos preferem realizar de 812 semanas após a alta Papilotomia exclusiva pacientes com múltiplas comorbidades, sem condições cirúrgicas CRÔNICA DEFINIÇÃO Processo inflamatório crônico com lesão irreversível que leva a fibrose do pâncreas e destruição do parênquima endócrino Caracterizada por distúrbios na função pancreática (função digestiva ou secreção de insulina) e alterações estruturais no pâncreas visíveis ao exames de imagem endoscópicos costumam apresentar dor esteatorreia diabetes Mais comum em homens ETIOLOGIA Tóxico metabólicas Pancreatite 19 Álcool tabagismo hipercalcemia hiperlipidemia → hipertrigliceridemia DRC Idiopática Genéticas como fibrose cística Autominues Obstrutivas pâncreas divisum obstrução ductal (como por tumor e pseudocisto) cistos da parede duodenal pré-ampulares estenoses pós traumáticas do ducto pancreático Pancreatite tropical FISIOPATOLOGIA Ativação das células estreladas leva à expressão de citocinas e produção de proteínas da matriz extracelular contribuem para a inflamação aguda e crônica e para a deposição de colágeno no pâncreas Presença de anormalidades histológicas → inflamação crônica, fibrose e destruição progressiva (atrofia) QUADRO CLÍNICO Inicialmente apresentam dispepsia Episódios recorrentes de PA Diarreia crônica Perda de peso Menos comumente podem apresentar câncer pancreático Pancreatite 20 Insuficiência pancreática exógena esteatorreia por menos atividade lipolítica → sintoma inicial da disfunção pode haver deficiência de vitaminas lipossolúveis sintomas associados a síndrome disabsortiva Insuficiência endócrina diabetes pancreática → fase tardia geralmente insulino dependente Dor abdominal epigástrica, irradia para o dorso, com início 1530 minutos pós alimentação e aumento progressivo da frequência e intensidade associada a náuseas e vômitos piora após alimentação e ingestão de álcool pode ser constante ou intermitente pode desaparecer posteriormente → após destruição do parênquima não tem relação com gravidade do dano causada por hipertensão intracanalicular DIAGNÓSTICO Fase inicial exames laboratoriais de função endócrina e exames normais exames de imagem normais → pode cursar com pancreatite aguda no parênquima ainda funcionante → eleva enzimas Tríade Pancreatite 21 esteatorreia + calcificação + diabetes → incomum e presente em casos mais avançados ANAMNESE dor abdominal crônica ou pancreatite aguda recorrente + perda de peso DM esteatorreia investigar etiologia: etilismo e tabagismo sintomas: dor, perda de peso, insuficiência endógena e exógena história familiar EXAMES LABORATORIAIS enzimas hepáticas e canaliculares; bilirrubinas, albumina, INR enzimas pancreáticas normais, exceto na agudização elevação de bilirrubina ou FA pode indicar colestase secundária a estenose do colédoco causada por inflamação ou fibrose CEA e CA199 função renal e eletrólitos deficiência de vitaminas lipossolúveis teste de insuficiência endócrina e exócrina teste da secretina → teste de maior sensibilidade (anormal quando há perda igual ou superior a 60% quimiotripsina fecal IMAGEM ECOEDA; CPRE TC/RNM mostra atrofia do pâncreas, dilatação ductal, calcificações parenquimatosas e intraductais Pancreatite 22 secretina pode ser administrada no momento da RM para melhorar a visualização do ducto pancreático e estimar a secreção de fluido ductal pancreático exclui possibilidade de pseudocisto e câncer pancreático Ultrassonografia endoscópica → em fase inicial não é suficiente para detectar pode ser semelhante em pacientes com diabetes, história de tabagismo ou pessoas idosas RX calcificações difusas indicam dano significativo e são patognomônicas de pancreatite crônica observadas em pancreatite alcoólica, hereditária, pós traumática, idiopática e pancreatite tropical BIÓPSIA não necessário inflamação crônica, fibrose e atrofia COMPLICAÇÕES Diabetes → 80% hiperglicemia por perda das células das ilhotas Trombose venosa esplâncnica Osteopatia metabólica → osteoporose Estenose biliar e/ou cirrose biliar Estenose de ducto pancreático Pseudocisto Câncer pancreático Hemorragia digestiva alta por ulceração péptica, gastrite, pseudocisto causando erosão do duodeno, sangramento arterial para dentro do ducto pancreático Pancreatite 23 (hemosuccus pancreaticus) ou ruptura de varizes secundária à trombose da veia esplênica TRATAMENTO objetivo manejo das complicações relacionadas à doença não consegue reverter ou retardar progressão clínico eliminar fator etiológico controle de dor pregabalina pode ser útil tto de má absorção Creon) controla a diarreia e restaura a absorção de gorduras em nível aceitável + supressão ácida IBP para otimizar resposta às enzimas pancreáticas suporte nutricional tto de DM endoscópico próteses → stents em ductos pancreáticos alcoolização de plexo celíaco → para dor crônica; evidências de baixa qualidade esfincterotomia cirúrgico dor intratável Pancreatite 24 → principal indicação é a dor intratável superior ao tto endoscópico para aliviar a dor suspeita de malignidade complicações → objetivos da cirurgia: aliviar dor, minimizar morbidade e preservar parênquima pancreático → tipo de cirurgia depende da dilatação do ducto pancreático principal Puestow-Patington-Rochelle melhor cirurgia para pancreatite crônica seceção longitudinal do ducto principal → desobstrução e retirada de cálculos → anastomose pancreatojejunal em Y de roux Beger: ressecção parcial da cabeça Whipple: quando não consegue diferenciar se há neoplasia (pseudotumoral) Gastroduodenopancreatectomia com reconstrução em Y de Roux → pancreatectomia total com ou sem transporte autólogo de células da ilhota → em pacientes refratários ao tto convencional Pancreatite 25 indicado para duração mais curta dos sintomas e menor necessidade de analgésicos PANCREATITE AUTOIMUNE Subtipos PAI tipo 1 manifestação pancreática de uma síndrome multiorgânica atualmente chamada de doença relacionada à IgG4 síndrome: aumento bilateral de glândulas submandibulares, lesões renais características, fibrose retroperitoneal e estenose da árvore biliar suprapancreática alto risco de recidiva pancreatite centroductal idiopática PCDI ou PAI tipo 2 sem células positivas para IgG4 associado à doença inflamatória intestinal em cerca de 10% dos pacientes; não costuma ter envolvimento de outros órgãos baixo risco de recidiva → ambos respondem a corticoide de forma drástica dentro de 24 semanas Clínica+Exames Sintomas mais comuns Icterícia, perda ponderal e diabetes de início recente Elevação de IgG4 auxilia no diagnóstico, mas tem baixo valor preditivo se usado de forma isolada TC com alterações → aumento difuso ou focal na doença ativa; borda inflamatória (sinal de cápsula) é altamente específica para PAI CPRE com estenose de dutcos biliares em 1/3 dos pacientes Tratamento Pancreatite 26 Prednisona 40mg/dia por 4 semanas, com redução progressiva diária em 5mg/semana Acompanhamento laboratorial e de imagem Se sem resposta→ levantar outras hipóteses Se múltiplas recidivas → imunossupressor Pancreatite 27