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Fonte de renda do ente público: tributo Coisa pública é financiada pela sociedade. Evolução histórica do direito administrativo: como ramo autônomo do direito público. Surge em um contexto de consolidação do Estado moderno, a partir da superação do absolutismo e da ascensão das ideias iluministas. Seu marco histórico mais significativo é a revolução francesa (1789) que inaugura uma nova concepção de Estado, fundado na legalidade, na separação dos poderes e na supremacia da lei. Com o fim da monarquia absolutista e a instituição de uma nova ordem baseado no direito positivo, abre-se espaço para novas regras jurídicas que limitem e organizem a atuação da administração pública. A partir desse novo modelo de estado de direito, duas grandes tradições influenciaram o desenvolvimento do direito administrativo: Sistema francês (dualista): desenvolveu-se a partir do contencioso administrativo e da criação do conselho de estado, uma instância autônoma do poder judiciário responsável pelo controle da legalidade dos atos administrativos . Caracteriza-se pela existência de jurisdição especial para as causas administrativas e pela autonomia do direito administrativo em relação ao direito Civil. Sistema Anglo-saxão (monista ou de jurisdição una): predomina em países como Reino Unido e EUA, onde não há distinção entre jurisdição comum e administrativa. O controle da administração é realizado pelo poder judiciário comum, e o direito administrativo não se desenvolveu como um ramo autônomo No Brasil a formação do direito administrativo acompanha a evolução institucional do Estado brasileiro, sobretudo a constituição de 1824 com a organização da administração imperial. Contudo, é a partir da Constituição de 1934 que se observa um fortalecimento das bases do direito administrativo nacional, culminando em uma estrutura mais sistematizada a partir da Constituição de 1988, com a valorização dos princípios constitucionais da administração pública. Hely Lopes Meirelles define o direito administrativo como o conjunto harmônico de princípios jurídicos que regem os órgãos os agentes e as atividades públicas tendentes a realizar concreta, direta e imediatamente os fins desejados pelo Estado. Tal definição realça o caráter funcional e instrumental da administração pública, voltada a consecução do interesse público. Conceitos Celso Antônio Bandeira de Mello, conceitua o direito administrativo como o ramo do direito que disciplina as atividade do Estado que não estejam compreendidas na função legislativa nem na função jurisdicional. Esta definição destaca a natureza residual da função administrativa e a sua autonomia dentro da estrutura do Estado . 88 g - # 1508 ↓ estrutura o Estado & O Estado para de ser comerciante e passa a regular. administrar a coisa pública. & administração pública depende do trabalho do povo. ↑ com o fim da monarquia Estado passa a cumprir a lei. revolução francesa maior importância na contenção do Poder do Estado · Usado no Brasil A tem autonomia nos poderes ↳ direito administrativo autônomo Maria Sylvia Zanella di Pietro, por sua vez ressalta que o direito administrativo é o ramo do direito público que tem por objetivo os órgãos , os agentes e as atividades publicas administrativas, visando ao interesse público e ao respeito aos direitos fundamentais. Natureza jurídica e conceito O direito é tradicionalmente dividido em dois grandes ramos, direito público e o direito privado. Direito público: O direito público tem por objetivo principal a regulação dos interesses da sociedade como um todo, a disciplina das relações entre estado, e das relações das entidades e órgãos estatais entre si. Tutela ele o interesse público, alcançando as condutas individuais de forma indireta e reflexa. A característica marcante do direito público é a desigualdade nas relações jurídicas por eles regidas, tendo em conta o que chamamos de interesse público sobre os interesses privados. O fundamento dessa desigualdade, portanto, é a noção de que os interesses da coletividade devem prevalecer sobre os interesses privados. Assim, quando o estado atua na defesa dos interesses públicos, goza de certas prerrogativas que situam em posição jurídica de superioridade ante o particular, evidentemente, em conformidade com a lei, e respeitadas as garantias individuais consagradas pelo ordenamento jurídico. 29/08 Sempre que o Estado busca algo para a sociedade vai prevalecer o interesse público. Direito privado: tem como escopo principal a regulação dos interesses particulares, como forma de possibilitar o convívio das pessoas em sociedade e uma harmoniosa fruição dos seus bens. A principal característica do direito privado é a igualdade jurídica entre os polos por eles regidas. Mesmo quando o Estado ocupa um dos polos do direito privado a igualdade prevalece, ou seja prevalece a igualdade jurídica entre as partes. Exemplo: o direito comercial é o direito civil. Conceito de direito administrativo É o ramo do direito público que disciplina a função administrativa e os órgãos que a exerce (Celso Antônio Bandeira de Mello). Helly Lopes Meirelles: o direito administrativo consiste no conjunto harmônico de princípios jurídicos que regem os órgãos, os agentes e as atividades públicas. Por fim a professora Maria Sylva Zanella di Pietro define o direito administrativo como o ramo do direito público que tem por objetivo os órgãos, agentes e pessoas jurídicas administrativas que integram a administração pública , a atividade jurídica não contenciosas que exerce e os bens de que se utiliza para a consecução de seus fins, de natureza pública. O sistema administrativo brasileiro O Brasil adotou o sistema inglês, sistema de jurisdição única, ou sistema de controle judicial em que todos os litígios administrativos ou que envolvam interesses exclusivamente privados, podem ser resolvidos pelo poder judiciário o qual é atribuída a função de dizer em caráter definitivo o direito aplicável aos casos submetidos a sua apreciação. Tal situação está no princípio da inafastabilidade da jurisdição. Importante ressaltar que no Brasil o controle de legalidade da atividade administrativa não significa retirar da administração pública o poder de controlar os seus próprios atos. O poder público pode tomar suas atitudes, mas essas atitudes podem ser revistas pelo poder judiciário Forma do Estado O estado federal tem como característica a descentralização política, marcada pela convivência, em um mesmo território de diferentes entidades políticas autônomas distribuídas regionalmente. União - Soberania Estados Municípios DF Autonomia ] Assim, temos um poder político central que é a união, poderes políticos regionais estados e poderes políticos locais municípios. Essa repartição constitui cláusula pétrea, ou seja, não tem possibilidade de alteração. Noções de Estado: O Estado é uma pessoa jurídica territorial soberana, formada pelos elementos povo, território e governo soberano. Esses 3 elementos são indissociáveis e indispensáveis para a noção de um Estado independente: O povo, em um dado território, organizado segundo sua livre soberania e vontade. Poderes do Estado Integram a organização política do estado os denominados poderes, que representam uma divisão estrutural interna, visando ao mesmo tempo a especialização no exercício das funções estatais e impedir a concentração de todo poder do estado nas mãos de uma única pessoa ou órgão. Seguindo a tradicional doutrina, a CF88 estabelece expressamente que são os poderes legislativo, executivo e o judiciário, independentes porém harmônicos.