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Os Mecanismos de Defesa:
O que são mecanismos de defesa?
O conceito foi criado pelo psicanalista austríaco Sigmund Freud (1856-1939), o famoso fundador da psicanálise, no entanto, eles foram mais desenvolvidos e expandidos por sua filha, Anna Freud (1895-1982)Os mecanismos de defesa são subterfúgios criados pelo ego de maneira inconsciente, (a concepção que todo mundo tem a respeito de si mesmo) diante de determinadas situações, com o objetivo de proteger a pessoa de prováveis dores, sofrimentos e decepções de traumas causados no passado, que pode despertar o que conhecemos como "gatilho".
Deslocamento:
 Outro mecanismo de defesa bastante comum é o deslocamento, que ocorre quando os sentimentos e emoções (geralmente a raiva e a ansiedade) são projetados para longe da pessoa que é o alvo e, de forma geral, para uma vítima mais "inofensiva" e "segura". Ou seja, muda os sentimentos da sua fonte provocadora de ansiedade original, para quem percebe  ser menos provável de lhe causar mal. Por exemplo, quando um adolescente pratica o bullying contra um colega de escola pode estar deslocando a raiva que tem por também ser submetido a condições opressivas em seu contexto familiar.
Exemplo de Deslocamento:
Idealização:
A Idealização é um mecanismo de defesa psicológico que, a par de outros como a projeção, a sublimação, ou a intelectualização, defende o individuo de uma angústia. Tal significa que um objeto (pessoa, animal, objeto, convicção, atitude) adquire um valor na perfeição absoluta ou na desilusão total. O termo foi nomeado pela primeira vez por Sigmund Freud (1856-1939) no seu artigo de 1914 intitulado «Narcisismo: Uma Introdução», e diz respeito à ação de um individuo em engrandecer um objeto sem alteração da sua natureza. O autor defende também que a identificação a objetos idealizados contribui para a formação e enriquecimento da pessoa, a partir das instâncias ideais Ideal do Ego e Ego Ideal. Está ligado ao nascimento e às primeiras relações, sendo utilizado ao longo da vida, modificando a energia que é mobilizada para o objeto. A idealização dos pais, por exemplo, faz parte do desenvolvimento das instâncias ideias e contribui para a formação dos ideais pessoais, contudo, não são os ideais em si. A idealização poderá ser um componente de saúde mental mas também em excesso e sem recurso à realidade, poderá ter um caráter patológico.
Exemplo de Idealização:
Na Psicanálise a anulação é um mecanismo de defesa infantil que consiste em realizar uma ação com o intuito de desfazer outra. O sujeito faz uma coisa que, real ou "magicamente", é o contrário daquilo que, na realidade ou na imaginação, fez antes. O indivíduo coloca em jogo outros atos, pensamentos ou comportamentos destinados a apagar "magicamente" tudo o que estava ligado às representações incômodas que ele deseja anular. A anulação ocorre nos atos expiatórios no animismo, em certas necessidades de verificação e, em geral, em todo mecanismo obsessivo, onde uma atitude é anulada por uma segunda atitude.
Anulação
A anulação constitui um mecanismo narcisicamente muito regressivo. Ela deve operar quando os processos mentais mais clássicos, à base de desinvestimento e de contra-investimento não sejam mais suficientes.A anulação incide sobre a própria realidade, pois é a temporalidade, elemento importante do real, que se acha negada, alterada.
Exemplo de Anulação:
Isolamento:
Na Psicanálise o isolamento é um mecanismo de defesa descrito por Sigmund Freud desde 1894 e que consiste na separação da representação incômoda do seu afeto. No isolamento o indivíduo não esquece os traumas patogênicos, mas perde o rastro das conexões e o significado emocional. Os fatos importantes de sua vida (e que podem ter forte teor patogênico) perdem o significado afetivo, sendo isolados de sua carga emotiva. O isolamento constitui uma forma de resistência frequente no tratamento analítico, por interrupção defensiva do processo associativo, quando ele põe em evidência elementos angustiantes.
Exemplo de Isolamento:
Racionalização:
Racionalização em psicologia e lógica, é um mecanismo de defesa no qual comportamentos ou sentimentos controversos são justificados e explicados de uma maneira aparentemente racional ou lógica para evitar a verdadeira explicação e então conscientemente sendo considerado tolerável — ou mesmo admirável e superior — por meios plausíveis. É também uma falácia informal de raciocínio.
1. Uma decisão, ação, julgamento é feito por uma razão dada, ou nenhuma razão (conhecida).
2. Uma racionalização é realizada, construindo uma razão aparentemente boa ou lógica, como uma tentativa de justificar o ato após o fato (para si ou para os outros).
A racionalização encoraja comportamentos, motivos ou sentimentos irracionais ou inaceitáveis e frequentemente, envolve a hipótese ad hoc. Este processo varia de totalmente consciente (por exemplo, para apresentar uma defesa externa contra o ridículo de outros) para principalmente inconsciente (por exemplo, para criar um bloqueio contra sentimentos internos de culpa ou vergonha). As pessoas racionalizam por várias razões - às vezes quando pensamos que nos conhecemos melhor do que nós. A racionalização pode diferenciar a explicação determinista original do comportamento ou sentimento em questão.
A racionalização acontece em duas etapas:
Exemplo de Racionalização:
Regressão:
Regressão como mecanismo de defesa do inconsciente envolve tomar a posição de uma criança em alguma situação problemática, em vez de agir de uma forma mais adulta. Isso geralmente é em resposta a situações estressantes, com maiores níveis de estresse potencialmente levando a atos regressivos mais evidentes.
Exemplo de Regressão:
Converssão:
A conversão é um mecanismo de defesa pelo qual a ansiedade causada por impulsos e sentimentos reprimidos é “convertida” em uma queixa física, como tosse ou sentimentos de paralisia.
Freud observou essa manifestação física de ansiedade em clientes como Dora, que se queixava de tosse, perdendo a voz e com sintomas semelhantes ao apendicite. Após investigação, Freud atribuiu sua tosse à fixação durante o estágio oral do desenvolvimento psicossexual e ligou sua apendicite a uma “fantasia de parto”.
Exemplo de Converssão:
Conclusão:
Os diferentes mecanismos de defesa apresentam-se em todos os indivíduos, e só se tornam anormais quando aparecem de maneira excessiva. Não são escolhidos e empregados conscientemente pelo indivíduo. O mecanismo que vai atuar em um dado momento depende da natureza da situação específica e das características da pessoa. As mesmas situações podem ter mecanismos de defesa diferentes em pessoas diferentes. Quando tais mecanismos falham, podem ocorrer transformações ainda mais violentas no comportamento;tais transformações apresentam-se sob a forma de perturbações psicológicas severas, sendo um efeito da psicose.
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