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AULA 4- FARMACOLOGIA HOMEOPATICA 2025_2

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AULA 4 
 
 
 
Farmacologia Homeopática 
Categorias dos medicamentos 
 
 
Fernanda M. Peixoto 
1 
 
• EFEITO PRIMÁRIO ou ação primária: modificação de 
maior ou menor duração provocada por qualquer 
substância na saúde do indivíduo; 
• EFEITO SECUNDÁRIO ou Reação secundária: reação 
contrária do organismo ao estímulo que o altera. 
 
“ Toda a força que atua sobre a vida, todo medicamento afeta, em maior 
ou menor escala, a força vital,.......a isto se chama ação primária. A esta 
ação, nossa força vital se esforça para opor sua própria energia. Tal ação 
oposta faz parte de nossa força de conservação, constituindo uma 
atividade automática dela, chamada ação secundária ou reação.” 
(HAHMEMANN, 63, 1996) 
 
Farmacologia Homeopática 
2 
EFEITO PRIMÁRIO ou ação primária 
Consequência química no organismo 
Busca orgânica pelo equilíbrio perdido 
REAÇÃO HOMEOSTÁTICA 
EFEITO SECUNDÁRIO ou ação secundária 
= 
= sintomas patogenéticos 
Opostos ao efeito primário 
Farmacologia Homeopática 
3 
 
“FARMACOLOGIA DOS SEMELHANTES” 
 
Medicamento Homeopático: 
 
• Ação Primária: Doença artificial 
• Ex.: Dor Dor 
 
• Reação Secundária: reação homeostática com 
sintomas secundários OPOSTOS aos sintomas 
primários 
• Então: ↓ Dor 
 
Farmacologia Homeopática 
4 
5 
Exemplos: 
 
1) Broncodilatadores adrenérgicos (B2 agonistas)(salbutamol) 
Indicado para: Broncoespasmo/ asma 
 Ação primária: dilatação 
Ação secundária /Rebote: Dificuldade respiratória, aumento da sibilância; 
broncoespasmo; morte. 
 
2)Diuréticos (furosemida) 
 Indicação: hipertensão arterial 
Ação: aumento do diurese com excreção de sódio e potássio 
Ação secundária /Efeito rebote: problemas do fluxo urinário; diminuição do fluxo 
urinário; piora do edema e da função renal. 
 
3)Antihistamínicos 
Reações alérgicas/hipersensibilidade 
Ação: neutralizar resposta mediada por histamina em rinites, conjuntivites, 
urticárias. 
Ação secundária/ Rebote: rubor facial, falta de ar, reação alérgica, falta de ar. 
Farmacologia dos contrários 
Definições segundo Hanhemann 
 
Fenômeno Vital 
 
• Força vital: mantém o organismo em harmonia. 
• Realidade humana: física, emocional e mental. 
• Saúde: estado de equilíbrio dinâmico que abrange a 
realidade humana e suas interações com o meio. 
• Doença: esforço da força vital para restabelecer o equilíbrio. 
Processo Saúde-Doença 
6 
 
 
 A sua etimologia grega polys=muitos e khréstos= benéfico, favorável, 
ou a forma latina polychrestus significando “que tem muitas 
aplicações”. 
 
 Designa medicamentos homeopáticos de prescrição frequente. Em 
âmbito geral alopático, designa medicamentos eficazes em um grande 
numero de doenças. 
 
 Apresenta patogenesia muito rica 
 
 HAHNEMANN estabeleceu uma primeira lista de 24 medicamentos 
importantes, que foi sendo continuamente ampliada 
 
 Semipolicrestos: patogenesia rica, porém menos utilizados na prática 
clínica 
 
 
 
Medicamento policresto 
7 
Os principais medicamentos empregados em Homeopatia 
 
21-Chelidonium 
22 -China officinalis 
23 -Colocynthis 
24 -Dulcamara 
25 -Ferrum metallicum 
26 -Ferrum phosphoricum 
27 -Gelsemium 
28 -Graphites 
29 -Hepar sulfuris 
30 –Hyoscyamus 
31 -Ignatia amara 
32 -Iodum 
33 -Ipecacuanha34 -Kalium bichromicum 
35 -Kalium carbonicum 
36 -Kalium phosphoricum 
37 -Lachesis 
38 -Luesinum 
39 -Lycopodium 
40 -Magnesium phosphoricum 
 
1- Acidum nitricum 
2 -Aconitum napellus 
3 -Aesculus hippocastanum 
4 -Aloe socotrina 
5 -Antimonium crudum 
6 -Antimonium tartaricum 
7 -Apis mellifera 
8 -Argentum nitricum 
9 -Arnica montana 
10 -Arsenicum album 
11 -Aurum metallicum 
12 -Barium carbonicum 
13 -Belladona 
14 -Bryonia alba 
15 -Calcarea ostrearum 
16 -Calcium fluoratum 
17 -Calcium phosphoricum 
18 -Carbo vegetabilis 
19 -Causticum 
20 -Chamomilla 
 
8 
 
 Quando dois ou mais medicamentos, em razão dos sintomas patogenéticos 
contrários, não se justificam na mesma prescrição ou em seqüência imediata, 
são qualificados de incompatíveis ou inimigos. 
 
 A incompatibilidade depende de manifestações gerais opostas importantes, 
da sensibilidade ao frio ou ao calor e dos sintomas mentais. 
 
 Devido a estes aspectos diz-se que Nux vomica não combina com Pulsatilla . 
 
 
 Confronto entre duas farmacodinâmicas opostas. 
 
 
Medicamentos incompatíveis ou inimigos 
9 
 
NUX VOMICA 
 
 Impaciente e apressado. No entanto, 
parece-lhe que o tempo passa muito 
lentamente. 
Tem medo de não ter recursos 
suficientes, da ruína. 
Ansiedade com irritabilidade. Irrita-se 
com facilidade. Não suporta ruídos, 
mesmo os mais leves. Não suporta odores 
e por vezes, a própria música, de que 
normalmente gosta. 
Tem uma má ligação com a dor. O mais 
pequeno incómodo transforma-se num 
padecimento insustentável. 
Disposição suicida, mas tem medo da 
morte. Hipocondríaco. 
Custa-lhe a enfrentar a luz forte. 
Não tolera contrariedades. O menor 
tormento torna-se insuportável. 
Detesta ser contrariado. Vexa-se e 
ofende-se por tudo e por nada. Tem 
espirito de contradição. 
 
 
PULSATILLA 
 
A resignação é um sintoma muito 
próprio de Pulsatilla, tal como o fato 
de gostar de ser consolado. É uma 
pessoa agradável, gentil e reservada. 
Silenciosa, doce e suave, com falta 
de confiança em si. Tem uma grande 
afeição pela família e pelos amigos. 
É desconfiado e tem aversão pelo 
sexo oposto, com medo da atividade 
sexual, e isto, independentemente 
de poder ter desejo. 
Tem medo da morte. 
Pressentimentos nefastos. Ciúme. 
 
10 
 
Medicamentos complementares 
 
Segundo definição, medicamento complementar supriria deficiências de um outro, 
cobrindo a totalidade dos sintomas. 
 
Todavia, no emprego de medicamento incapaz de cobrir um quadro mórbido, 
excepcionalmente se justifica a prescrição de um segundo complementar para 
compensar as deficiências patogenéticas do primeiro. 
 
Entre diferentes patogenesias dotadas de semelhanças parciais relacionadas aos 
sintomas mentais, gerais ou particulares de um caso, prevalecerá aquela que melhor 
coincide com as manifestações mentais. 
 
Ex.: Muitos policrestos são complementares 
 
 
11 
“Medicamentos agudos” 
 
 
 
 Drogas de ação geral sobre o 
organismo que proporcionam 
quadros agudos violentos 
durante o experimento 
patogenético e que portanto são 
usados na crise. 
 
 Aconitum napellus, Belladona, 
Apis mellifera e o Cantharis, por 
exemplo, correspondem 
farmacodinamicamente a 
reações agudas violentas. 
 Úteis em estados de desequilíbrio 
prolongado, de acordo com ás 
condições crônicas, que dependem 
dos constituintes do terreno–
constituição ou biótipo, 
temperamento e miasma. 
 
 
 Por esta razão Calcarea ostrearum, 
Silicea, Natrum muriaticum e 
Phosphorus são, com freqüência, 
medicamentos de fundo ou de 
terreno. 
Medicamentos de Fundo ou de 
terreno 
12 
“Medicamentos agudos” 
ATROPA BELLADONA 
•Acessos de riso; range os dentes; 
•Age como se estivesse contando dinheiro, faz caretas 
ridículas; 
•Alegria excessiva após o jantar; 
•Alucinações (de que é um cachorro – uiva, rosna, deseja 
morder, se arrasta pelo chão); 
•Angustia chorosa, geme, grita e chora; 
•Ansiedade com desejo de fugir, não sente paz; 
•Apatia e lamento, nada lhe dá prazer; 
•Apesar da boa índole, podem destruir tudo ao redor; 
•Atira coisas no fogo, ´põe fogo na casa´; 
•Briguento, caprichoso, imperioso e obstinado; 
•Busca afundar a cabeça no travesseiro; busca o ´campo 
aberto´; 
•Carola, beata, reza muito; 
•Cinco minutos após a tempestade se tornam dóceis; 
•Cleptomania; 
 
APIS MELLIFICA 
•Age tolamente e com leviandade; 
•Agitação e inquietação; 
•Agravação com o calor; 
•Ausente, comporta-se como se estivesse num sonho; 
•Buscam a dança; 
•Choro constante, sem causa; 
•Ciumentas; 
•Crianças amáveis que gostam de servir/trabalhar, ´brincam´ 
de trabalhar; 
•Criançascolocadas desde cedo em creches e/ou berçários; 
•Crianças que gostam de estar nuas, se abanando; 
•Crianças que gritam dormindo ou antes das convulsões; 
•Delírio com estupor, gira a cabeça de um lado para o outro, 
afirma estar bem, mesmo quando doente; 
•Depressão com grande prostração; 
•Desalento; 
 13 
P l a c e b o latim placere = agradar 
 
Designa medicamento inerte administrado com fins sugestivos, morais ou ainda, em 
trabalhos de pesquisa, visando grupo paralelo testemunha ou duplo-cego. 
 
Justifica-se o uso em homeopatia: 
 
1 -Provas de duplo-cego das experimentações patogenéticas; 
 
2 -Preenchimento do vazio terapêutico entre duas doses do simillimum; 
 
3 -“Clareamento” do quadro clínico antes de uma prescrição útil; 
 
4- Satisfação do doente que não precisa e não deve tomar medicamento, mas que 
insiste em tomá-lo. 
 
 
 
 
 
14 
Placebo 
Para entendimento entre os farmacêuticos e os médicos, a ABFH recomenda 
que os placebos devam ser identificados da seguinte forma: 
 
- Nome do medicamento, potência, escala e método, acrescido do número 0 
(zero), de uma barra (/) e do volume ou peso a ser dispensado. 
 
Ex.: 
Aconitum 6 CH 0/200mL (para liquidos) 
Argentum nitricum 6 CH 0/15g (para glóbulos, comprimidos e tabletes) 
Thuya occidentalis 12CH 0/1 papel (para pós) 
 
São dispensados 
 
Em qualquer forma farmacêutica, mas na forma liquida sob a forma de gotas – 
solução hidroalcóolica 30% 
 
 
15 
MEDICAMENTOS TÓXICOS EM BAIXA POTÊNCIA 
 
 
Muitas drogas em homeopatia são tóxicas, pois dessa forma proporcionam 
patogenesias com sintomas bastante evidentes e peculiares. 
 
Porém devemos ter cuidado especial para prescrição de drogas heróicas. 
 
Eles devem ser prescritos a partir de determinada potência (3CH e 6DH), numa 
concentração de ativos que não ofereça riscos à saúde do paciente. 
 
Produtos como Cannabis sativa, Cannabis indica, Cocainum, por imposição legal não 
devem ser aviados. 
 
Produtos como Codeinum, o Morphinum e o Opium fazem parte da lista de 
medicamentos de controle sanitário especial, passíveis de aviamento conforme Portaria 
n° 344/98 
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Medicamento Toxicidade A partir de 
Acidum aceticum Perigoso 3 CH 
Acidum carbolicum Perigoso 2 CH 
Arsenicum album tóxico 3CH 
Cannabis sativa entorpecente Proscrito 
Curare tóxico 3CH 
Mercurius solubilis tóxico 3CH 
Nux vomica tóxico 3CH 
Plumbum aceticum Perigoso 2CH 
Natrum arsenicium tóxico 3CH 
Radium bromatum tóxico 5CH 
Codeinum Port.n 344/98 2CH 
MEDICAMENTOS TÓXICOS EM BAIXA POTÊNCIA 
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• O médico homeopata escuta, interroga, observa e examina o paciente. Obtenção da 
totalidade dos sintomas capazes de espelhar a imagem do seu estado patológico. 
 Requisitos: 1- conhecimento da Matéria Médica 
 2- técnicas de obtenção dos sintomas(Semiologia). 
 
• O Interrogatório homeopático não é uma coleta “fria”. Ex:. Dor. 
• A Ficha cadastral contendo: nome, sexo, raça, estado civil, cor dos cabelos etc 
 
- Evitar perguntas que induzam a respostas tipo sim ou não ou sugestões de sintomas: 
Errado: Você tem cãibras à noite? 
Certo: Como é o seu sono? 
 Errado: Apresenta dor de cabeça durante a menstruação? 
Certo: Como você se sente antes, durante e depois da menstruação. 
 
 
Consulta homeopática 
 Após a consulta médica, inicia-se a identificação do Simillimum. 
 
Matéria Médica homeopática : é a obra que reúne as patogenesias desenvolvidas pelas 
drogas e pelos medicamentos homeopáticos quando administrados, na suas diferentes 
doses, a indivíduos sadios e sensívies. 
 Ex: Hahenemann, de Hering, de Allen, de Lathoud e de Vijnovsky. 
 
Repertório: é a obra que reúne os sinais e sintomas, seguidos pelas drogas e pelos 
medicamentos, em cuja experimentação no homem sadio se manifestaram. 
 É uma compilação de todos os sintomas em ordem alfabética, para agilizar a consulta 
médica. 
 MATÉRIA MÉDICA +++++++++ MEDICAMENTOS++++++ SINTOMAS 
 
REPERTÓRIO ++++++++++ SINTOMAS++++++++++=MEDICAMENTOS 
 
Matéria Médica e Repertório

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