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Biogeografia - AVA 2

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UNIVERSIDADE VEIGA DE ALMEIDA 
POLO CENTRO 
TECNOLOGIA EM GESTÃO AMBIENTAL 
LEONARDO DA SILVA SOARES 
MATRÍCULA 1250101714 
PROFESSOR: CEZAR LUIZ FRANCA PIRES 
 
 
 
 
 
 
 
BIOGEOGRAFIA E CONSERVAÇÃO AMBIENTAL 
TRABALHO DA DISCIPLINA - [AVA 2] 
 
 
 
 
 
 
 
RIO DE JANEIRO 
25 DE AGOSTO DE 2025 
 
https://uva.instructure.com/courses/49593/users/35327
Introdução 
A atividade prática de observação e registro da fauna e flora do Cerrado e da Mata Atlântica 
representa uma imersão profunda em dois dos mais importantes e biodiversos ecossistemas 
brasileiros. O objetivo central dessa jornada é capacitar o estudante a identificar elementos 
naturais, compreender as complexas relações ecológicas e aplicar métodos de trabalho de 
campo essenciais compreender e valorizar a riqueza natural do nosso país, especialmente 
diante dos desafios da conservação ambiental. Essa experiência não só aprimora as 
habilidades de observação e reconhecimento de espécies, mas também para a análise da 
dinâmica desses biomas. A importância do tema reside na urgência de se fomenta uma visão 
sistêmica sobre as interações entre os componentes bióticos e abióticos, preparando futuros 
profissionais para atuar na educação e na defesa do patrimônio natural. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Desenvolvimento 
1. Planejamento e Preparação (Segurança e Logística): 
o Definição das Áreas de Estudo: Seleção de locais representativos dentro do 
Cerrado e da Mata Atlântica que permitam a observação da diversidade e das 
características típicas de cada bioma. 
o Preparação de Materiais: Organização de equipamentos essenciais como 
cadernetas de campo, canetas, lápis de cor, câmeras fotográficas, binóculos, 
guias de campo (para identificação de flora e fauna), GPS para registro de 
coordenadas, kits de primeiros socorros e equipamentos de segurança 
(chapéus, protetor solar, repelente, água potável, calçados adequados). 
o Orientações de Segurança: Instruções detalhadas sobre os riscos potenciais 
(animais peçonhentos, terrenos irregulares, exposição ao sol), procedimentos 
de emergência, e a importância de sempre andar em grupo e seguir as 
orientações dos instrutores. 
o Metodologia de Registro: Treinamento sobre como fazer anotações 
detalhadas, croquis, e fotografias que capturem as características essenciais 
observadas. 
2. Trabalho de Campo no Cerrado: 
o Observação da Paisagem: Análise da fitofisionomia típica (savana, campos, 
matas de galeria), observando a distribuição das espécies vegetais e a 
adaptação ao fogo e ao solo. 
o Identificação de Flora: Utilização de guias de campo para identificar 
espécies arbóreas (como barbatimão, pequi, ipês), arbustivas e herbáceas, 
prestando atenção em características como casca grossa, folhas coriáceas e 
caules retorcidos. 
o Registro da Fauna: Observação atenta e registro de vestígios (pegadas, fezes, 
tocas) e avistamento direto de animais como aves, mamíferos de pequeno e 
médio porte e insetos, anotando o comportamento e o habitat. 
o Análise de Relações Ecológicas: Identificação de interações como 
polinização, herbívora, predação, e mutualismo entre as espécies. 
3. Trabalho de Campo na Mata Atlântica: 
o Observação da Paisagem: Imersão na floresta densa, observando a 
estratificação vertical, a presença de epífitas, cipós e a alta umidade. 
o Identificação de Flora: Utilização de guias para identificar espécies arbóreas 
de grande porte, samambaias, orquídeas e bromélias, notando a exuberância e 
diversidade. 
o Registro da Fauna: Observação da rica avifauna, primatas, e outros 
mamíferos, com foco em seus hábitos e interações no ambiente florestal. 
o Análise de Relações Ecológicas: Estudo de cadeias alimentares, relações de 
dispersão de sementes, e a importância da serapilheira para o ciclo de 
nutrientes. 
4. Coleta de Dados e Análise Preliminar: 
o Registro sistemático de todas as observações em cadernetas de campo, com 
datas, horários, localização (GPS), e descrições detalhadas. 
o Fotografia de espécies e aspectos relevantes da paisagem. 
o Discussão em grupo das observações iniciais e das primeiras impressões sobre 
as diferenças e semelhanças entre os biomas. 
5. Pós-Campo e Avaliação de Resultados: 
o Organização dos Dados: Sistematização das anotações, fotos e informações 
coletadas. 
o Pesquisa Complementar: Utilização de bibliografia e recursos digitais para 
aprofundar a identificação de espécies e a compreensão das relações 
ecológicas observadas. 
o Elaboração de Relatório: Produção de um relatório detalhado com 
introdução, materiais e métodos (passos realizados), resultados (observações e 
dados coletados), discussão (análise das relações ecológicas e comparação 
entre biomas) e conclusão (aprendizados e reflexões). 
o Avaliação: Análise crítica dos dados coletados, da metodologia utilizada e dos 
aprendizados obtidos, comparando com os objetivos iniciais da prática. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Conclusão 
Esta atividade de campo no Cerrado e na Mata Atlântica é de valor inestimável para minha 
formação como futuro professor de Geografia. A experiência direta com a natureza 
transcende a teoria dos livros, permitindo uma compreensão profunda e vivencial dos 
conceitos biogeográficos. 
Relevância para a Formação: 
A compreensão aprofundada das características ecológicas desses biomas, adquirida 
através da observação prática, será fundamental. 
Educar com Propriedade: Contextualizar o conteúdo teórico de forma vivida, 
descrevendo adaptações e biodiversidade com base em observações reais. 
Sensibilizar para a Conservação: Transmitir a urgência da conservação ambiental e 
da biodiversidade, mostrando as ameaças e consequências da ação humana de forma 
palpável. 
Estimular o Pensamento Crítico: Guiar os alunos na análise de causas e 
consequências da degradação, promovendo a busca por soluções e ações sustentáveis. 
Conectar Conteúdo e Realidade: Transformar a biogeografia de um tópico curricular 
em uma parte viva da realidade dos alunos, ligando o ambiente local à sustentabilidade 
global. 
Quais as principais causas da perda de biodiversidade do Cerrado? 
A principal causa da perda de biodiversidade no Cerrado é a expansão das atividades 
agropecuárias. Isso inclui o avanço de monoculturas como soja, milho e algodão, 
além da conversão de vastas áreas em pastagens plantadas. Outras causas relevantes 
são: 
• Produção de Carvão: As carvoarias contribuem para o desmatamento e a degradação 
do bioma. 
• Queimadas: Mesmo que o Cerrado seja adaptado ao fogo, as queimadas (utilizadas 
para estimular a rebrota de pastagens ou para limpar áreas para o plantio) causam 
prejuízos ao solo (perda de nutrientes, compactação e erosão) e ao ambiente em geral. 
• Crescimento Urbano: A expansão das cidades também contribui para a perda de 
vegetação nativa. 
• Mineração e Garimpo: Historicamente, atividades como o garimpo e a mineração 
também impactaram o bioma. 
Estima-se que mais da metade do Cerrado já foi desmatada ou transformada pela ação 
humana, com o processo de desmatamento continuando a avançar em ritmo acelerado. 
Qual a vegetação típica do Cerrado? 
A vegetação do Cerrado é notavelmente diversa e adaptada às condições locais. Ela se 
caracteriza por: 
• Morfologia: Árvores com troncos tortuosos, casca grossa e folhas coriáceas, arbustos 
e gramíneas, com raízes longas para alcançar água em profundidade. 
• Biodiversidade: O bioma abriga cerca de 11.627 espécies de plantas nativas, das 
quais aproximadamente 4.400 são endêmicas (existem apenas nessa região). 
• Fitofisionomias: Devido à sua vasta extensão, a vegetação do Cerrado não possui um 
aspecto único, sendo distribuída em onze tipos principais de formações: savânicas, 
florestais e campestres. Exemplos incluem o Cerrado sentido restrito (denso, típico, 
ralo e rupestre), Palmeiral (babaçual, buritizal, guerobal,macaubal), Campo Sujo e 
Campo Limpo. 
• Estratos: A vegetação pode ser dividida em estrato lenhoso (árvores e arbustos) e 
estrato herbáceo (ervas e subarbustos). 
• Espécies Comuns: Algumas espécies típicas incluem angico, barbatimão, aroeira, 
canjerana, pau-santo, pequi, lobeira, gravatá, ingá, ipê-amarelo (símbolo do Brasil), 
peroba, jatobá, embaúba e jenipapo. 
Quais as consequências da expansão humana para o Cerrado? 
A expansão desordenada das atividades humanas no Cerrado tem gerado uma série de 
consequências negativas, que afetam tanto o meio ambiente quanto as populações 
tradicionais: 
• Perda de Biodiversidade: É a consequência mais imediata, levando ao risco de 
extinção de inúmeras espécies animais e vegetais, muitas delas endêmicas, como o 
lobo-guará e o tatu-bola. 
• Impacto nos Recursos Hídricos: O Cerrado é conhecido como "a caixa d'água do 
Brasil" por abrigar nascentes de importantes rios. A degradação do bioma causa o 
sumiço de nascentes e a menor recarga dos aquíferos, afetando o abastecimento de 
água em outras regiões do país. 
• Aumento da Poluição: O desmatamento e as atividades agrícolas contribuem para o 
aumento da poluição ambiental. 
• Degradação do Solo: As queimadas e o uso intensivo do solo levam à perda de 
nutrientes, compactação e erosão. 
• Pressão sobre Populações Tradicionais: A ocupação acelerada e desordenada do 
bioma tem transformado as paisagens e os modos de vida de populações tradicionais 
como indígenas, quilombolas, geraizeiros, vazanteiros, sertanejos e ribeirinhos, 
forçando migrações e confinando-os a áreas marginais. 
• Espécies Invasoras: A introdução de espécies africanas de gramíneas para pastagens 
pode se tornar um problema grave de invasão em áreas naturais e unidades de 
conservação. 
• Mudanças Climáticas: O desmatamento e as queimadas contribuem para a emissão 
de gases de efeito estufa, impactando o clima global com o aumento da temperatura e 
a diminuição das chuvas. 
Quais foram os detalhes possíveis de se observar nos roedores? Quais foram os 
detalhes possíveis de se observar no gavião? 
Foi observado detalhes como: 
Nos roedores: 
• Tamanho e Forma: Estimativa do tamanho corporal, formato do corpo (mais 
alongado, arredondado). 
• Coloração da Pelagem: Variações de cor (do marrom ao cinza, com manchas ou 
padrões). 
• Características Faciais: Presença de bigodes longos (vibrissas), formato das orelhas 
(grandes, pequenas), tamanho dos olhos. 
• Caudas: Comprimento da cauda em relação ao corpo, se é peluda ou escamosa, se é 
preênsil. 
• Comportamento: Padrões de movimento (correr, pular), busca por alimento, 
interações com outros indivíduos, hábitos noturnos ou diurnos. 
• Sinais de Atividade: Presença de tocas, trilhas, fezes, roeduras em plantas ou 
sementes. 
• Habitat: Tipo de ambiente onde foram encontrados (em árvores, no solo, perto de 
corpos d'água). 
No gavião: 
• Tamanho e Envergadura: Estimativa do tamanho e da amplitude das asas em voo. 
• Coloração da Plumagem: Padrões de cor nas penas (tons de marrom, cinza, branco, 
listras). 
• Formato das Asas e Cauda: Asas largas e arredondadas (para voo de planeio) ou 
mais pontiagudas (para velocidade), formato da cauda (arredondada, quadrada, 
bifurcada). 
• Bico e Garras: Cor e formato do bico (curvo e forte), robustez e cor das garras 
(adaptadas para caça). 
• Comportamento de Voo: Tipos de voo (planeio em círculos, voo picado, pairar), 
altitude de voo. 
• Comportamento de Caça: Como ele procura e captura suas presas (em poleiro, em 
voo). 
• Vocalizações: Tipos de chamados ou assobios. 
• Habitat: Onde foi observado (em árvores altas, em áreas abertas, próximo a campos) 
 
 
Referências. 
Brasil Escola. "Cerrado: fotos, fauna, flora, clima, tipos, mapa e mais". 
INCT BioNat. "Cerrado". 
Portal Embrapa. "Interferências do Homem". 
Brasil Escola. "Desmatamento do Cerrado: causas e efeitos".

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