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FISIOLOGIA ENDÓCRINA 1
FISIOLOGIA ENDÓCRINA
Hormônios
Definição
Hormônios são mensageiros endógenos produzidos por glândulas endócrinas ou células individuais que são 
responsáveis pela transdução de sinais.
Eles influenciam a função e a taxa metabólica de outros órgãos e células do corpo.
Circuitos reguladores complexos (por exemplo, o eixo hipotálamo-hipófise) controlam sua secreção.
Tipos de Hormônios
Visão Geral dos Tipos mais Importantes de Hormônios
Tipo de Hormônio Descrição Exemplo
Hormônios
parácrinos
Afeta as células vizinhas por
difusão
As células D do estômago produzem somatostatina para inibir as células G
vizinhas de secretar gastrina.
Hormônios
autócrinos
Afeta a própria célula secretora A sinalização autócrina é particularmente importante para a autorrenovação das
células-tronco embrionárias.
Hormônios
endócrinos
Secretado na corrente
sanguínea para atingir seus
alvos
As células β pancreáticas secretam insulina diretamente na corrente sanguínea
para estimular a captação de glicose pelas células hepáticas, musculares e do
tecido adiposo.
Com Base na Natureza Química
Hormônios Esteroides Hormônios Amina Hormônios Peptídicos
Derivado do colesterol Derivado de um único aminoácido
(fenilalanina, tirosina ou triptofano)
Derivado de alguns ou muitos
aminoácidos
Testosterona, Progesterona, Estrogênio,
Glicocorticoides, Mineralocorticoides
Catecolaminas, Hormônios tireoidianos T₃ e
T₄)
Oxitocina, Vasopressina, Prolactina,
Glucagon, Insulina
Com Base na Solubilidade
Hormônios Lipofílicos Hormônios Hidrofílicos
Difundem-se através da membrana plasmática lipídica das células, ligam-se aos
receptores intracelulares e afetam a transcrição
Solúvel em água, ligar-se a proteínas receptoras na
membrana celular
Geralmente têm efeitos de longo prazo com início tardio (por exemplo,
hormônios sexuais)
Hormônios amina e peptídicos (exceto os hormônios
tireoidianos, que são lipofílicos)
Degradação de Hormônios
Hormônios esteroides e hormônios tireoidianos: inativação e conjugação no fígado e excreção na bile.
Catecolaminas: degradação enzimática e excreção na urina (por exemplo, ácido vanilmandélico).
Hormônios peptídicos/proteicos: degradação proteolítica principalmente no fígado e nos rins.
Mecanismos de Controle de Feedback
A secreção hormonal é controlada pelos seguintes mecanismos de feedback:
Feedback Negativo
A secreção hormonal pela glândula endócrina suprime a liberação de hormônios hipotalâmicos e hipofisários.
Tipos de feedback negativo:
FISIOLOGIA ENDÓCRINA 2
Ciclo de feedback ultracurto: os hormônios hipotalâmicos inibem sua própria secreção por meio de efeitos 
autócrinos.
Ciclo de feedback curto: os hormônios hipofisários inibem a liberação de hormônios hipotalâmicos.
Longo ciclo de feedback: hormônios das glândulas endócrinas periféricas inibem a liberação de hormônios 
hipotalâmicos e hipofisários.
Exemplo: a sinalização do hormônio tireoidiano diminui a produção do hormônio liberador de tireotropina TRH e do 
hormônio estimulante da tireoide TSH.
Feedback Positivo
A secreção hormonal aumenta sua própria produção.
Exemplo: o estiramento uterino durante as contrações do parto sob a influência da ocitocina desencadeia a liberação 
de mais ocitocina pela hipófise posterior.
Hipotálamo
Anatomia
Parte ventral do diencéfalo.
Composto por múltiplos núcleos (por exemplo, núcleo lateral, núcleo pré-óptico).
Função
Regulação da secreção hormonal pela glândula pituitária anterior através do eixo hipotálamo-hipófise.
Secreção/armazenamento de ADH e ocitocina:
O ADH e a ocitocina são produzidos no núcleo supraóptico e no núcleo paraventricular do hipotálamo.
Ambos os hormônios são transportados para a hipófise posterior via neurofisinas (um grupo de proteínas 
transportadoras) e liberados na circulação conforme necessário.
Recepção e integração de entradas sensoriais (por exemplo, da área postrema, OVLT.
Regulação da sede e da fome.
Controle da função autonômica.
Termorregulação.
Hormônios
Inibindo Hormônios:
Função: diminuir a secreção hormonal da glândula pituitária.
Exemplos: somatostatina, dopamina.
Liberando Hormônios:
Função: aumentar a secreção hormonal da glândula pituitária.
Exemplos: hormônio liberador de tireotropina TRH, hormônio liberador de corticotropina CRH, hormônio liberador 
de gonadotropina GnRH, hormônio liberador de hormônio do crescimento GHRH.
FISIOLOGIA ENDÓCRINA 3
Glândula Pituitária Hipófise)
Anatomia
Localizada na sela túrcica (depressão da linha média do osso esfenoide) da fossa craniana média.
Conectado ao hipotálamo através do pedúnculo pituitário (uma estrutura semelhante a um tubo entre a eminência 
mediana do hipotálamo e a pituitária posterior que contém os axônios dos neurônios da pituitária posterior).
Consiste em duas partes principais:
Glândula pituitária anterior (adeno-hipófise): desenvolve-se a partir do ectoderma oral (bolsa de Rathke).
Glândula pituitária posterior (neuro-hipófise): desenvolve-se a partir do ectoderma neural.
Os três principais tipos de células da hipófise são:
Células acidófilas:
Secretam prolactina e hormônio do crescimento GH.
Colorem bem com corantes ácidos como eosina.
Células basofílicas:
Secretam hormônio adrenocorticotrófico ACTH, hormônio estimulante da tireoide TSH, hormônio luteinizante 
LH e hormônio folículo-estimulante FSH.
Colorem bem com corantes básicos (por exemplo, hematoxilina).
Células cromófobas:
Não secretam hormônios.
Mancham mal com corantes ácidos e básicos.
Função
Glândula Pituitária Anterior
Regulação da função das glândulas endócrinas através da liberação de hormônios trópicos.
Secreção de hormônios não trópicos com efeitos periféricos diretos.
Glândula Pituitária Posterior
Armazenamento e liberação de ADH e ocitocina nos pituitócitos (células gliais).
Secreção do hormônio antidiurético e hormônio estimulante dos melanócitos MSH.
FISIOLOGIA ENDÓCRINA 4
Hormônios
Hormônios Trópicos: atuam nas glândulas endócrinas para mediar seus efeitos.
Todos os hormônios glicoproteicos da hipófise (por exemplo, FSH, LH, TSH têm uma subunidade alfa comum.
Cada hormônio tem uma subunidade beta única.
Hormônios Não Trópicos: atuam diretamente nas células do tecido alvo.
GLÂNDULAS SUPRARRENAIS
A glândula adrenal é um órgão retroperitoneal pareado localizado no polo superior de cada rim.
Recebe seu suprimento arterial das artérias suprarrenais superior, média e inferior e drena para as veias suprarrenais 
direita e esquerda.
Os linfáticos drenam para os linfonodos aórticos esquerdos e cava direita.
A glândula adrenal tem duas camadas: o córtex adrenal (camada externa), que é derivado do mesoderma, e a medula 
adrenal (camada interna), que é derivada das células da crista neural.
A medula adrenal é composta de células cromafins, que secretam catecolaminas (norepinefrina, epinefrina, dopamina).
O córtex adrenal consiste em três camadas: a zona glomerulosa, a zona fasciculada e a zona reticular, que são 
responsáveis pela síntese de mineralocorticoides, glicocorticoides e andrógenos (precursores de estrogênio e 
testosterona), respectivamente.
Os mineralocorticoides regulam a reabsorção renal de sódio e água e a excreção de potássio, enquanto os 
glicocorticoides desempenham um papel importante no metabolismo da glicose.
Doenças das glândulas suprarrenais incluem insuficiência adrenal (devido a uma infecção, hemorragia ou destruição 
autoimune), hiperaldosteronismo (devido a hiperplasia ou adenoma) e hipericortisolismo (devido a hiperplasia, 
adenoma ou administração exógena).
CÓRTEX ADRENAL
Características
Aldosterona
Mineralocorticoide
Produção local: Zona glomerulosa
Função: Regulação da pressão arterial; influência na reabsorção renal de líquido e água e na excreção de potássio; 
Homeostase eletrolítica
Regulamento de inflamação: Sistema renina-angiotensina-aldosterona SRAA
FISIOLOGIA ENDÓCRINA 5
Distúrbios associados: Hiperaldosteronismo primário, Insuficiência adrenal, Hiperplasiaadrenal congênita
Cortisol
Glicocorticoide
Produção local: Zona fasciculada
Função: Mobilização de reservas energéticas; Imunossupressão; Anti-inflamatório
Regulamento de inflamação: CRH  ↑ pressão de ACTH na glândula pituitária → ↑ pressão de glicocorticoides no 
córtex adrenal
Distúrbios associados: Síndrome de Cushing, Insuficiência adrenal, Hiperplasia adrenal congênita
Desidroepiandrosterona DHEA
Andrógeno
Produção local: Zona reticular
Função: Substrato na síntese de estrogênio e testosterona
Distúrbios associados: Insuficiência adrenal, Hiperplasia adrenal congênita
Mineralocorticoides
Síntese de mineralocorticoides
Biossíntese de aldosterona
Passo 1 Pregnenolona  Progesterona
Passo 2 Progesterona  11-desoxicorticosterona
Passo 3 11-desoxicorticosterona  Corticosterona
Passo 4 Corticosterona  Aldosterona
Função mineralocorticoide
Mecanismo de ação: aldosterona se liga aos receptores mineralocorticoides intracelulares no túbulo distal e no ducto 
coletor do rim, induzindo a síntese de proteínas e as seguintes alterações:
↑ Na⁺/K⁺ATPase na membrana basolateral → transporte de Na⁺ para fora e K⁺ para dentro das células tubulares
↑ H⁺ATPase apical  Excreção de H⁺
↑ Canais de Na⁺ ENaC; canal de sódio epitelial) → ↑ Reabsorção de Na⁺
↑ Canais de K⁺ ROMK; canal de potássio medular externo renal) na membrana luminal → ↑ Excreção de K⁺
FISIOLOGIA ENDÓCRINA 6
Efeitos: essas alterações induzidas pela aldosterona produzem um gradiente de concentração → reabsorção de Na⁺ → 
reabsorção de água → excreção de K⁺ na urina
Em última análise, esses efeitos ↑ a pressão arterial, hipocalemia e ↑ nível de pH.
Sistema renina-angiotensina-aldosterona SRAA
Visão geral
Sistema hormonal que regula a pressão arterial, a homeostase eletrolítica e o equilíbrio de fluidos
Alvo importante para medicamentos para pressão arterial (por exemplo, inibidores da ECA, bloqueadores AT1, 
diuréticos) e envolvido no desenvolvimento de condições cardíacas (por exemplo, insuficiência cardíaca congestiva, 
remodelação cardíaca)
Mecanismo de retorno
Um estímulo desencadeia a secreção de renina
A renina promove a conversão do angiotensinogênio (produzido no fígado) em angiotensina I AT I
A AT I é transformada em angiotensina II pela enzima conversora de angiotensina (maior concentração nos pulmões, 
onde é produzida pelas células endoteliais vasculares)
A angiotensina II causa vasoconstrição e desencadeia a secreção de aldosterona
Regulação da secreção
Feedback positivo
↑ A perfusão renal (por exemplo, devido à hipotensão), estimulação dos receptores β1 no rim → desencadeia 
liberação de renina
↑ Concentração sérica de potássio → estimulação das células da zona glomerulosa → ↑ secreção de aldosterona
Feedback negativo: ↑ pressão arterial sistêmica → liberação de ANP dos miócitos atriais → vasodilatação, natiurese e 
diurese
Glicocorticoides
Síntese de glicocorticoides
Biossíntese de cortisol
Via da pregnenolona
Passo 1 Pregnenolona  17α-hidroxipregnenolona
Passo 2 17α-hidroxipregnenolona  17-hidroxiprogesterona
Passo 3 17-hidroxiprogesterona  11-desoxicortisol
Passo 4 11-desoxicortisol  Cortisol
Função glicocorticoide
Metabolismo
↑ Gliconeogênese para manter os níveis de glicose no sangue
↑ Síntese de glicogênio para manter o armazenamento de glicose
↑ Catabolismo de proteínas
↑ Lipólise
↑ Apetite
FISIOLOGIA ENDÓCRINA 7
↑ Resistência à insulina
Sistema imunológico: efeitos antiinflamatórios e imunossupressores
Cicatrização de feridas: inibição de fibroblastos → ↓ síntese de colágeno → ↓ cicatrização de feridas
Pressão arterial: efeito mineralocorticoide leve (estimulação dos receptores de aldosterona em altas concentrações) e 
↑ excreção de potássio → ↑ pressão arterial
Hipotálamo - glândula pituitária - córtex adrenal
Mecanismo de feedback: um estímulo causa aumento da secreção do hormônio liberador de corticotropina CRH  ↑ 
secreção do hormônio adrenocorticotrófico ACTH na glândula pituitária → ↑ secreção de glicocorticoides no córtex 
adrenal
Regulação da secreção
Feedback positivo: vários estímulos podem desencadear a liberação de CRH
Dor e estresse psicológico/físico
Pirogênicos, epinefrina, histamina
Hipoglicemia
Hipotensão
Feedback negativo: os próprios glicocorticoides desencadeiam um ciclo de feedback negativo que inibe a secreção 
de CRH e ACTH
Ritmo circadiano: o ritmo biológico endógeno influencia a secreção de CRH
Andrógenos
Síntese de andrógenos
Biossíntese de andrógenos
Via da pregnenolona
Passo 1 Pregnenolona  17α-hidroxipregnenolona
Passo 2 17α-hidroxipregnenolona  17-hidroxiprogesterona
Passo 3 17-hidroxiprogesterona  Desidroepiandrosterona DHEA
Passo 4 DHEA  Androstenediona
Função androgênica
Andrógenos adrenais DHEA e androstenediona servem como precursores de andrógenos
Androgênos
A androstenediona é convertida em testosterona, que é então transformada em diidrotestosterona DHT via 5α-
redutase
Estrogênio
A aromatase converte a testosterona em estradiol e androstenediona, que então é transformada em estrona
Efeitos dos andrógenos: influenciam a diferenciação sexual masculina durante o desenvolvimento embrionário
Mecanismo de feedback hipotalâmico - glândula pituitária - córtex adrenal
Um estímulo desencadeia aumento da secreção de CRH  ↑ secreção de ACTH na glândula pituitária → ↑ secreção 
de andrógenos no córtex adrenal
FISIOLOGIA ENDÓCRINA 8
MEDULA ADRENAL
Síntese de catecolaminas
As catecolaminas (norepinefrina, epinefrina, dopamina) também podem ser sintetizadas em locais do corpo humano 
que não a medula adrenal, como regiões específicas do SNC e neurônios adrenérgicos pós-ganglionares.
Biossíntese de catecolaminas
Etapa Precursor Enzima Cofator Produtos
Primeira hidroxilação Fenilalanina Fenilalanina hidroxilase Tetrahidrobiopterina THB Tirosina
Segunda hidroxilação Tirosina Tirosina hidroxilase -
DOPA 3,4-di-
hidroxifenilalanina)
Descarboxilação DOPA DOPA descarboxilase
Fosfato de piridoxal
(vitamina B6 Dopamina
Hidroxilação do átomo
β-C Dopamina Dopamina β-monooxigenase Vitamina C Norepinefrina
Metilação Norepinefrina
Feniletanolamina-N
Metiltransferase PNMT S-adenosilmetionina SAM Epinefrina
Função da catecolamina
Mecanismo: As catecolaminas se ligam a vários receptores adrenérgicos localizados em diferentes órgãos e tecidos.
Efeitos:
A ligação desencadeia respostas específicas do tecido.
Isso leva à ativação simpática para preparar o corpo humano para uma reação de luta ou fuga.
Visão geral dos receptores adrenérgicos periféricos
Receptor Proteína G Transdução de sinal Localização Efeito
α₁ Gq Estimulação da fosfolipase C
: PIP₂  IP₃ e DAG  ↑ Ca²⁺
Vasculatura (pele e trato
gastrointestinal), Bexiga, Tecido
adiposo branco
↑ Contração dos músculos lisos
→ vasoconstrição, ↑ Lipólise
α₂ Gi
Inibição da adenilato ciclase :
↓ AMPc
Trato gastrointestinal, Bexiga,
Pâncreas
↓ Contração muscular, ↓
Secreção de insulina
FISIOLOGIA ENDÓCRINA 9
β₁ Gs Estimulação da adenilato
ciclase : ↑ AMPc
Coração, Rim
↑ Cronotropo, ↑ Inotrópico, ↑
Dromotropia, ↑ Secreção de
renina
β₂ Gs Estimulação da adenilato
ciclase : ↑ AMPc
Vasculatura (vasos coronários,
músculos esqueléticos), Brônquios
↓ Contração da musculatura lisa
→ vasodilatação e
broncodilatação
β₃ Gs
Estimulação da adenilato
ciclase : ↑ AMPc
Tecido adiposo branco, Pâncreas,
Útero, Tecido adiposo marrom
↑ Lipólise, ↑ Secreção de
insulina, ↑ Tocolise, ↑ Lipólise
Regulação da secreção
A secreção de catecolaminas pode ser desencadeada por uma série de estímulos, como situações de alto estresse 
(por exemplo, luta ou fuga) ou cortisol.
Degradação de catecolaminas
A degradação enzimática ocorre via catecol-O-metiltransferase COMT e monoamina oxidase MAO.
A MAO pode ser bloqueada por inibidores da MAO para elevar a concentração de catecolaminas na fenda sináptica.
O ácido 3,4-di-hidroxifenilacético DOPAC é um metabólito neuronal formado pela quebra da dopamina pela 
monoamina oxidase.O ácido vanilmandélico VMA é um metabólito em estágio final. A excreção urinária é elevada em pacientes com 
feocromocitoma e neuroblastoma.
GLÂNDULA TIREÓIDE E PARATIREÓIDE
Glândula Tireoide:
Forma de borboleta localizada inferiormente à laringe e anterior à traqueia.
Desenvolvimento:
Fusão da anlage tireoidiana mediana com as duas anlage tireoidianas laterais.
Derivadas das bolsas faríngeas.
Estrutura:
Contida pela fáscia pré-traqueal e cápsula interna.
FISIOLOGIA ENDÓCRINA 10
Suprimento arterial: artérias tireoidianas superior e inferior.
Drenagem venosa: veias tireoidianas superior, média e inferior.
Drenagem linfática: linfonodos paratraqueais e cervicais profundos.
Inervação:
Simpática: gânglio cervical.
Parassimpática: nervo vago.
Funções:
Secreta hormônios tireoidianos (regulação do metabolismo e crescimento).
Secreta calcitonina (reduz cálcio e fosfato séricos, inibindo osteoclastos).
Síntese Hormonal:
Revestimento epitelial dos folículos tireoidianos.
Células foliculares: sintetizam hormônio tireoidiano.
Células parofoliculares C sintetizam calcitonina.
Glândulas Paratireoides:
Quatro glândulas endócrinas ovais localizadas na superfície posterior da glândula tireoide.
Desenvolvimento:
Derivadas da terceira e quarta bolsas faríngeas.
Estrutura:
Suprimento arterial: artérias tireoidianas inferior e superior.
Drenagem venosa: veias tireoidianas.
Drenagem linfática: linfonodos paratraqueais.
Inervação:
Mesmo plexo de gânglios cervicais que a tireoide.
Funções:
Células principais: secretam hormônio da paratireoide.
Mantém homeostase do cálcio e fosfato séricos.
Antagoniza efeito da calcitonina (aumenta cálcio sérico, diminui fosfato sérico).
Risco Cirúrgico:
Nervos laríngeos recorrentes, troncos simpáticos e nervos da bainha carotídea podem ser lesionados durante 
cirurgia da tireoide.
GLÂNDULA TIREÓIDE
Função
A glândula tireoide produz hormônios tireoidianos, que estimulam o metabolismo e o crescimento, bem como 
calcitonina, que diminui a reabsorção óssea e está envolvida na homeostase do cálcio plasmático.
Calcitonina
Função: reduz o cálcio no soro
Ossos: inibe a atividade dos osteoclastos
Rins: aumenta a excreção de cálcio e fosfato
FISIOLOGIA ENDÓCRINA 11
Intestino: diminui a absorção de cálcio
O papel fisiológico da calcitonina é baixo, pois o metabolismo ósseo e do cálcio são regulados principalmente 
pelo hormônio da paratireoide e pela vitamina D
Liberado em resposta ao aumento dos níveis séricos de cálcio
Significado clínico:
Importante como marcador tumoral para câncer medular de tireoide
Atua como um análogo sintético para o tratamento da osteoporose (minimiza a reabsorção óssea)
O precursor procalcitonina desempenha um papel cada vez mais importante como marcador de infecção 
bacteriana (por exemplo, sepse).
Hormônios da tireoide
Síntese do hormônio tireoidiano
Os hormônios tireoidianos T3 (triiodotironina) e T4 (tiroxina, tetraiodotironina) são sintetizados pelos tireócitos nos 
folículos tireoidianos.
� A tireoglobulina, um precursor hormonal livre de iodo, é armazenada no lúmen folicular.
� O iodeto é ativamente absorvido pelos tireócitos e transportado para o lúmen folicular.
� Aqui, a peroxidase tireoidiana catalisa a iodação de resíduos de tirosina da tireoglobulina, criando os 
precursores monoiodotirosina MIT e diiodotirosina DIT e, eventualmente, os hormônios tireoidianos.
� Para liberar T3 e T4, a tireoglobulina iodada deve ser absorvida novamente pelos tireócitos, onde é decomposta 
pelos lisossomos, liberando assim T4 e T3 ligados.
� T4 e T3 são então transportados do tireócito para o sangue.
� Mais T4 é produzido do que T3, mas T3 é mais potente do que T4.
A 5'-desiodase periférica (ou iodotironina desiodase tipo II na tireoide, na hipófise, nos músculos e na gordura 
marrom converte T4 no T3 biologicamente ativo.
Metade do T4 é processado em T3 biologicamente inativo T3 reverso).
� A meia-vida do T3 é de cerca de um dia 20 horas) e a meia-vida do T4 é de cerca de uma semana 190 
horas).
Transporte e degradação
Os hormônios tireoidianos são lipofílicos, mas devido aos seus derivados de aminoácidos carregados, eles não 
podem simplesmente se difundir pela bicamada lipídica. Em vez disso, eles cruzam a membrana plasmática com a 
ajuda de proteínas transportadoras (difusão facilitada). Além disso, a maioria dos hormônios tireoidianos são 
inativos e ligados a proteínas. Apenas uma fração muito pequena 0,3% é não ligada e biologicamente ativa.
Proteínas de transporte:
Globulina de ligação à tiroxina TBG
TBG liga-se à maior parte do T4/T3 sérico.
A fração ligada de T3/T4 é biologicamente inativa.
Hiperestrogenemia (por exemplo, gravidez, uso de ACO  ↑ Síntese de TBG  ↓ T3/T4 livre no soro → ↑ 
Síntese do hormônio tireoidiano
Hipoestrogenemia (por exemplo, síndrome nefrótica, doença hepática crônica) → ↓ Síntese de TBG  ↑ 
T3/T4 livre no soro → ↓ Síntese do hormônio tireoidiano
Transtirretina (pré-albumina):
FISIOLOGIA ENDÓCRINA 12
Proteína de transporte sintetizada pelo fígado que transporta tiroxina e o complexo retinol-RBP
Proteína de fase aguda negativa
A diminuição da transtirretina leva à preservação de aminoácidos para reagentes de fase aguda positivos.
As condições que resultam na acumulação de transtirretina incluem amiloidose cardíaca senil, 
polineuropatia amiloide familiar e cardiomiopatia amiloide familiar.
Albumina
Degradação:
Os hormônios tireoidianos são excretados pelo fígado após sulfatação/glucuronidação (biotransformação).
Efeito
Em geral, os hormônios tireoidianos aumentam a taxa metabólica: o consumo de oxigênio e energia, bem como a 
termogênese, aumentam sob sua influência.
Visão geral dos efeitos do hormônio tireoidiano
Coração
↑ Expressão de receptores β cardíacos (efeito permissivo sobre catecolaminas)
↑ Frequência cardíaca
↑ Volume sistólico
↑ Débito cardíaco
↑ Contratilidade
Pulmões
Estimulação do centro respiratório
↑ Taxa respiratória
Estimulação da produção de surfactante em recém-nascidos
↑ Oxigenação devido ao aumento da perfusão pulmonar
Sistema nervoso
Maturação do sistema nervoso
Maturação cerebral
Formação de mielina
Crescimento axonal
Sistema musculoesquelético
Aumento do desenvolvimento das fibras musculares do tipo II (fibras musculares de contração rápida)
Estimulação do crescimento ósseo através de:
Indução de condrócitos, osteoblastos e osteoclastos.
Promoção da síntese e secreção do hormônio do crescimento
Sistema reprodutivo
Fertilidade
Ovulação e menstruação
Metabolismo
FISIOLOGIA ENDÓCRINA 13
↑ Taxa metabólica basal devido à ↑ expressão de Na⁺/K⁺ATPase → ↑ consumo de oxigênio, ↑ temperatura 
corporal
Anabolismo de proteínas (em altas doses: catabolismo de proteínas)
Lipólise ou lipogênese (dependendo do estado metabólico)
Estimulação do metabolismo de carboidratos
↑ Reabsorção de glicose
↑ Gliconeogênese
↑ Glicogenólise
↑ Oxidação da glicose
Termorregulação
Termogênese
Regulação:
Eixo hipotálamo-hipófise
Estimulante (por exemplo, estresse, frio extremo) → liberação do hormônio liberador de tireotropina TRH  ↑ 
secreção do hormônio estimulante da tireoide TSH pela glândula pituitária → ↑ síntese e liberação de T3 e T4 
pela glândula tireoide
Feedback negativo por T3 ou T4  ↓ liberação de TRH e ↑ sensibilidade da hipófise ao TRH  ↓ síntese de 
hormônios tireoidianos
A liberação de TSH também pode ser diminuída pela somatostatina, dopamina e glicocorticoides (fora do eixo 
hipotálamo-hipófise).
Os anticorpos estimulantes de TSH na doença de Graves resultam na estimulação direta da glândula pituitária e 
na liberação de TSH. Veja "Doença de Graves" para mais informações.)
Efeito Wolff-Chaikoff: diminuição transitória da produção de hormônios tireoidianos após a ingestão de grande 
quantidade de iodo por meio da inibição da peroxidase tireoidiana.
Drogas
Diminuição da conversão T4  T3 glicocorticoides, propiltiouracil PTU, β-bloqueadores
Aumentoda conversão T4  T3 hormônio do crescimento, glicocorticoides
Inibição da peroxidase tireoidiana: PTU, metimazol
GLÂNDULA PARATIREÓIDE
Características
Existem quatro glândulas endócrinas ovais embutidas na superfície posterior da glândula tireoide.
Duas glândulas paratireoides superiores: localizadas perto do polo superior da glândula tireoide, na junção das 
cartilagens cricoide e tireoide.
Duas glândulas paratireoides inferiores: localizadas na área entre os polos inferiores dos lobos tireoidianos e o 
mediastino superior.
Função: secreção do hormônio da paratireoide PTH em resposta aos baixos níveis séricos de cálcio.
Vasculatura
Suprimento arterial: artérias tireoidianas inferiores.
Drenagem venosa: plexo venoso tireoidiano.
FISIOLOGIA ENDÓCRINA 14
Drenagem linfática: linfonodos cervicais profundos, linfonodos paratraqueais.
Inervação: ramos tireoidianos dos gânglios cervicais.
Função do PTH
O PTH aumenta o cálcio sérico e diminui o fosfato sérico.
Alto cálcio extracelular → ativação de receptores sensíveis ao cálcio → ↓ excreção de PTH.
Baixo cálcio extracelular → inibição de receptores sensíveis ao cálcio → ↑ excreção de PTH.
ANDRÓGENOS
Resumo
Andrógenos (hormônios sexuais masculinos)
Papel fundamental no desenvolvimento e função do sistema reprodutor masculino
Desenvolvimento da massa muscular esquelética, densidade óssea e eritropoiese
Testosterona:
Principal andrógeno e esteroide anabólico em indivíduos do sexo masculino
Secretada pelas células de Leydig nos testículos
Em indivíduos do sexo feminino, atua como um precursor do estrogênio
Secretada pelas células intersticiais da teca nos ovários
Outros andrógenos:
Androstenediona e desidroepiandrosterona DHEA secretados no córtex adrenal
Produção controlada pelo eixo hipotálamo-hipófise-gonadal (eixo HPG
Deficiência de testosterona pode prejudicar o desenvolvimento e causar desequilíbrios
Deficiência pode levar à feminização da genitália externa masculina, hipogonadismo e puberdade tardia
Após a puberdade, a deficiência pode causar infertilidade
Andrógenos sintéticos (esteroides anabólicos-androgênicos) são usados para tratar deficiência de testosterona e 
doenças associadas
Efeitos a longo prazo dos esteroides anabólicos-androgênicos:
Danos ao fígado e aos rins
Cardiomegalia
Alterações comportamentais (ex: paranoia, agressão)
Hipogonadismo
Visão geral dos andrógenos
Testosterona
Produção: Testículos
Potência: DHT  testosterona > androstenediona  DHEA
Função / Efeitos:
Diferenciação do epidídimo, ducto deferente e vesículas seminais
Desenvolvimento de características sexuais secundárias (ex: engrossamento da voz, crescimento peniano, 
surto de crescimento, crescimento do pomo de Adão, acne)
FISIOLOGIA ENDÓCRINA 15
Desenvolvimento da massa muscular esquelética, densidade óssea, fechamento das placas epifisárias (devido 
ao aumento da conversão em estrogênio)
Espermatogênese
Aumento da libido
Estimulação da eritropoiese (↑ RBCs)
Diidrotestosterona DHT
Função / Efeitos:
Diferenciação embrionária do pênis e do escroto
Diferenciação do crescimento da próstata após a puberdade
Crescimento capilar de padrão masculino: transformação de folículos capilares em pelos terminais em áreas 
sensíveis a andrógenos (ex: lábio superior, queixo, parte superior das costas, peito)
Aumento da pressão das glândulas sebáceas
Androstenediona
Produção: Córtex da glândula adrenal
Desidroepiandrosterona DHEA
Produção: Córtex da glândula adrenal
Função / Efeitos: Substrato na síntese de testosterona e estrogênio.
Visão geral da síntese de andrógenos
Síntese de testosterona
Ocorre nos testículos.
O hipotálamo secreta o hormônio liberador de gonadotrofina GnRH em pulsos.
GnRH estimula as células da hipófise anterior a secretar o hormônio luteinizante LH e o hormônio folículo-
estimulante FSH.
LH estimula as células de Leydig a produzir testosterona.
FSH estimula as células de Sertoli a liberar:
Proteína de ligação a andrógenos, estimulando a espermatogênese.
Inibina B, que atua como controle de feedback negativo para FSH, um marcador das células de Sertoli e da 
espermatogênese.
Síntese de andrógenos adrenais
Embora a maior parte da testosterona seja produzida pelas células de Leydig nos testículos, o córtex adrenal 
também contribui para a produção de andrógenos.
Um estímulo desencadeia a secreção de CRH, levando ao aumento da secreção de ACTH pela glândula pituitária.
ACTH estimula a conversão do colesterol em pregnenolona no córtex adrenal.
Vias enzimáticas desencadeiam a produção de DHEA e androstenediona na zona reticular.
Androstenediona é convertida em testosterona, que é transformada em diidrotestosterona via 5α-redutase.
Aromatase converte a testosterona em estradiol e androstenediona, que então é transformada em estrona.
Mecanismos de controle de feedback
Regulação central A liberação de GnRH durante a puberdade estimula a secreção de FSH, LH e hormônios 
sexuais.
FISIOLOGIA ENDÓCRINA 16
Regulação periférica Via inibição por feedback da secreção de GnRH, FSH e LH por andrógenos e inibina.
Globulinas de ligação a hormônios sexuais SHBGs)
Envolvido no transporte de esteroides sexuais no plasma.
Proporção testosterona: SHBG
Correlação com os valores de testosterona livre.
Usado para avaliar o hiperandrogenismo.
Esteróides anabólicos-androgênicos
Definição Derivados sintéticos da testosterona.
Indicações:
Hipogonadismo primário, puberdade tardia em meninos, hipogonadismo hipogonadotrófico, deficiência de 
gonadotrofina e hormônio liberador de hormônio luteinizante, disfunção do eixo pituitário-hipotalâmico, perda de 
massa muscular no câncer e síndrome da imunodeficiência adquirida.
Às vezes, os esteróides anabolizantes são usados indevidamente como drogas para melhorar o desempenho por 
atletas.
Mecanismo de ação Ativar receptores de andrógenos.
Efeitos colaterais:
Mudanças comportamentais: comportamento agressivo.
Cardiovascular: doença cardíaca coronária, cardiomiopatia, hipertensão, acidente vascular cerebral, dislipidemia (↑ 
LDL, ↓ HDL.
Hepático: icterícia colestática, neoplasias hepáticas, cistos.
Renal: insuficiência renal.
Infecções (por compartilhamento de agulhas em uso indevido): HIV, hepatite B.
Dermatológico: acne.
Hematológico: ↑ hemoglobina e hematócrito.
Musculoesquelético: ruptura de tendões, maturação óssea prematura e fechamento de placas epifisárias.
Específico para mulheres:
Virilização: hirsutismo, calvície de padrão masculino, atrofia mamária, engrossamento da voz.
Menstruação irregular.
Específico para homens:
Ginecomastia.
Diminuição do tamanho testicular.
Contagem de espermatozóides diminuída, azoospermia.
HORMÔNIOS SEXUAIS FEMININOS
Resumo
Estrogênio é um hormônio sexual feminino produzido nos ovários, glândulas supra-renais e tecidos adiposos.
Essencial para o desenvolvimento das características sexuais primárias e secundárias e funções dos órgãos 
reprodutivos.
Papel em processos como metabolismo ósseo e função hepática.
Deficiência de aromatase e hiperprolactinemia resultam em baixos níveis de estrogênio.
FISIOLOGIA ENDÓCRINA 17
Níveis aumentados podem causar ginecomastia, trombose e risco de câncer de mama e endometrial.
Progesterona é produzida pelo corpo lúteo em mulheres não grávidas e pela placenta em grávidas.
Importante para a preparação do endométrio para implantação do óvulo e manutenção da gravidez.
Derivados sintéticos chamados de "progestinas" usados em anticoncepcionais e tratamento de condições como 
endometriose e câncer endometrial.
Visão geral dos hormônios sexuais femininos
Características Estrogênio Progesterona
Produção
Células da granulosa ovariana, tecido
adiposo, placenta, testículos, glândulas
supra-renais
Em mulheres não grávidas: células da granulosa do corpo lúteo; Em
mulheres grávidas: corpo lúteo até a 10ª semana de gestação, a
partir da 10ª semana: placenta (sinciciotrofoblasto)
Efeitos no útero Proliferação endometrial, ↑ Excitabilidade
miometrialSecreção glandular endometrial, desenvolvimento da artéria espiral,
inibição da proliferação endometrial, expressão do receptor de
estrogênio, ↓ Excitabilidade miometrial
Efeitos no colo do
útero
↑ Produção de muco cervical (facilita a
entrada de espermatozoides)
↑ Produção de muco cervical (impede a entrada de
espermatozoides no útero)
Efeitos em outros
tecidos
Desenvolvimento das características sexuais
secundárias femininas, formação óssea,
retenção de água e sódio
↑ Temperatura corporal (base do método de contracepção da
temperatura corporal basal), inibe a secreção de gonadotrofina
Efeitos da
hiperprodução
↑ Risco de câncer endometrial e de mama, ↑
Risco de trombose N/D
Efeitos da
hipoprodução
Ondas de calor, atrofia mamária, ↓ Densidade
óssea e osteoporose secundária, atrofia
urogenital
Infertilidade, parto prematuro, aborto espontâneo
Estrogênio
Síntese de estrogênio ovariano
Ocorre nas células da granulosa do ovário.
LH estimula a síntese de andrógenos nas células da teca ovariana.
FSH estimula a conversão de andrógenos em estrogênios pela enzima aromatase.
Síntese extra-ovariana de estrogênio
Produzido em tecidos que contêm aromatase: tecido adiposo, placenta, testículos, glândulas supra-renais.
Tipos de estrogênio
Estradiol, estrona, estriol.
Potência: estradiol > estrona > estriol.
Durante a gravidez, a concentração de estrogênio aumenta.
Estradiol e estrona: aumento de 100 vezes.
Estriol: aumento de 1000 vezes (marcador de saúde fetal).
Efeitos do estrogênio
Genitália/características sexuais
Útero: proliferação endometrial, ↑ Excitabilidade miometrial.
Colo do útero: ↑ Produção de muco cervical (facilita a passagem do esperma).
Vagina: proliferação do epitélio.
Púbis: crescimento de pelos.
FISIOLOGIA ENDÓCRINA 18
Peito: crescimento dos seios.
Tecido extragenital
Ossos: formação óssea pela inibição da reabsorção óssea.
Vasos sanguíneos: efeito protetor contra aterosclerose.
Coagulação sanguínea: ↑ Risco de trombose.
Rins: retenção de água e sódio.
Síntese proteica: ligeiramente ↑ (efeito anabólico).
Tecido adiposo: distribuição feminina do tecido adiposo.
Fígado: ↓ Excreção de bilirrubina, ↑ HDL e ↓ LDL.
Progesterona
Produção
Em mulheres não grávidas: células da granulosa do corpo lúteo.
Em mulheres grávidas:
Até a 10ª semana de gestação: corpo lúteo graviditatis.
A partir da 10ª semana de gestação: placenta (sinciciotrofoblasto).
Efeitos
Os efeitos da progesterona são mediados por receptores intracelulares.
Genitália/características sexuais
Útero:
Secreção glandular endometrial e desenvolvimento da artéria espiral.
Inibe a hiperplasia endometrial.
Expressão do receptor de estrogênio.
↓ Excitabilidade miometrial.
Colo do útero:
↑ Produção de muco cervical → espessamento do muco cervical (inibe a entrada de espermatozoides no útero).
Seios:
Inibe a prolactina (a diminuição dos níveis de progesterona após o parto desinibe a prolactina, desencadeando a 
lactação).
Efeitos extragenitais
Hipotálamo:
↑ Temperatura corporal (base do método contraceptivo de temperatura corporal basal).
Inibe a secreção de gonadotrofina.
Papel no ciclo menstrual
Após a ovulação, o folículo rompido se transforma no corpo lúteo, que produz progesterona.
A progesterona induz alterações nos órgãos reprodutivos internos necessárias para a implantação adequada de um 
zigoto e inibe a secreção de FSH e LH, impedindo o desenvolvimento de outros folículos.
FISIOLOGIA ENDÓCRINA 19
Referências:
UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO. Sistema Endócrino. Disponível em: 
https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/2837885/mod_resource/content/1/Aula%20Sistema%20End%C3%B3crino.pdf
Acesso em: 24 jan. 2024
NEVES, F. A.; GOMES, M. L. Mecanismo molecular da ação do hormônio tireoideano. Arquivos Brasileiros de 
Endocrinologia & Metabologia, v. 48, n. 1, p. 3445, 2004. Disponível em: 
https://www.scielo.br/j/abem/a/mJ8SGrcXz7HKLQr85BDqPDw/. Acesso em: 25 jan. 2024.
UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE. Fisiologia da Tireoide. Disponível em: https://fisiovet.uff.br/wp-
content/uploads/sites/397/delightful-downloads/2019/10/1-tireoide_2_2019.pdf. Acesso em: 25 jan. 2024.
GUYTON, Arthur C.; HALL, John E. Tratado de fisiologia médica. 14. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2021.
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