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Entre a Técnica, a Ética e o Sentir:
uma análise integrada da
Biomedicina Estética sob a
perspectiva da Estética
Integrativa
Artigos relacionados a Estética Integrativa
na Biomedicina 
Introdução: Da técnica à
consciência estética 
O avanço das ciências biomédicas transformou a estética
contemporânea, introduzindo um aparato tecnológico sem
precedentes. A busca pela juventude e simetria corporal,
antes limitada a práticas manuais, hoje é mediada por
toxinas, preenchedores e bioestimuladores. No entanto,
essa busca também traz dilemas éticos, psicológicos e
sociais: até que ponto a estética contribui para a saúde e o
bem-estar, e quando se torna um processo de alienação
do corpo?
Nesse contexto, surge a estética integrativa, que propõe
um reequilíbrio entre o biológico, o psicológico e o
energético. 
Essa abordagem defende que a intervenção estética deve
estar alinhada à ética, à consciência e ao
autoconhecimento, entendendo a beleza como um
processo de harmonia e não apenas como produto.
O primeiro artigo, de Silva (2018), aborda a utilização da
toxina botulínica tipo A na biomedicina estética,
destacando mecanismos bioquímicos, segurança clínica
e responsabilidade técnica.
Apesar de técnico, o estudo revela uma concepção de
bem-estar associada à harmonia estética e à autoestima
do paciente.
Sob a ótica da estética integrativa, a toxina botulínica não
é apenas uma ferramenta de correção, mas um
instrumento terapêutico que auxilia na restauração da
autoimagem e na reconexão do indivíduo consigo
mesmo.
Quando aplicada de forma consciente e personalizada,
respeitando a singularidade facial e emocional, a técnica
torna-se um ato de cuidado, um gesto que ultrapassa o
campo biomédico e toca o psicológico.
Artigo 1: Técnica e
ciência – o corpo como
território de cuidado
Artigo 2: Bioética e
subjetividade – os limites
da perfeição
O segundo artigo, de Silva (2023), discute a bioética na
biomedicina estética, refletindo sobre o papel do profissional
diante da pressão social pela perfeição.
A autora mostra como os padrões de beleza hegemônicos
podem gerar sofrimento psíquico e influenciar a autoestima.
A bioética surge como campo de limites éticos à técnica,
lembrando que o corpo é sujeito de sentimentos, direitos e
história, não um objeto.
O profissional de estética deve atuar como educador da
imagem, promovendo autoconhecimento, consentimento e
autonomia.
Dentro da perspectiva integrativa, a ética representa o
cuidado da alma, e a beleza é entendida como equilíbrio e
autenticidade, não como adequação a padrões externos.
Artigo 3: Imagem,
consumo e subjetividade –
o corpo em exposição
O terceiro artigo, de Diniz (2023), analisa o papel dos
influenciadores digitais na publicidade de procedimentos
estéticos, mostrando como as redes sociais transformaram o
corpo em vitrine e a estética em espetáculo midiático.
Apesar dos códigos éticos e regulatórios, há dificuldade em
controlar a promoção nas mídias, o que estimula uma cultura
de consumo e superficialidade.
Na visão da estética integrativa, esse cenário revela um
desequilíbrio: o corpo é hiperexposto, enquanto o sujeito é
invisibilizado.
A proposta integrativa busca o oposto: reconectar o corpo ao
sentir, promover uma educação estética consciente e
resgatar o sentido ético e humano do cuidado.
Síntese Analítica: A
Estética Integrativa como
ponto de convergência
A análise dos três artigos revela que a estética
integrativa é o eixo de convergência entre técnica,
ética e comunicação.
O primeiro estudo destaca a técnica como cuidado
corporal; o segundo, a ética como cuidado da alma;
e o terceiro, a comunicação como cuidado social.
Sem essa integração, surgem riscos: a tecnificação
do corpo, a desumanização e a mercantilização da
imagem.
A estética integrativa surge como proposta de
equilíbrio, defendendo uma prática consciente,
humanizada e educativa, que una o domínio
científico à sensibilidade humana.
Conclusão: 
Da biotecnologia à bioconsciência
Os estudos demonstram que o futuro da biomedicina estética depende da
capacidade de integrar ciência, ética e comunicação.
A estética integrativa representa esse novo paradigma, no qual o foco deixa de
ser corrigir imperfeições e passa a ser reconciliar o indivíduo com sua própria
imagem.
Ela propõe a cura simbólica do corpo fragmentado pela cultura do
desempenho, promovendo uma beleza sustentável, ética e emocionalmente
saudável.
Assim, a estética se torna plenamente humana quando une técnica, ética e
sensibilidade, transformando o ato estético em processo de cuidado integral.
Biomedicina Estética e
Terapias Alternativas
Bacharel em Biomedicina - 6º Semestre ( Noite )
Professora: Msc. Camila Lamarão 
Discentes: 
Jéssika Matos Padilha ( 04180974 ), 
Geovana Valente Rodrigues ( 04142241 ),
Leandro Elias Ribeiro ( 04074079),
Carolaine Medeiros Quaresma ( 04140583 ),
Heloísa Gonçalves da Silva ( 04134781 ),
Paula Sthefany Failache Matos ( 04134540 )

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