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DOMINGOS DOS SANTOS DA SILVA BENGO CURSO DE FILOSOFIA POLÍTICA RESENHA CRÍTICA Luanda (AO), Abril de 2016 2 American World University United States of America / Distance Learning Latin American Division RC RC Dados de Identificação do aluno e da obra Nível Graduação Tradicional Curso Filosofia Disciplina Filosofia SócioPolítica e Religiosa Aluno Domingos dos Santos S. Bengo Matrícula LAD 4316 Título do Livro Curso de Filosofia Política Autores (a) Eduardo C. B. Bittar Editora Martins Fontes: São Paulo, 2012 – 3ª edição. Mini Curriculum Eduardo C. B. Bittar, é Livredocente e Doutor, Professor Assossiado do Departamento de Filosofia e Teoria Geral do Direito da Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo. Tipo de Obra Resenhada DidáticoPedagógica Data da Produção 26/03/2016 – 15/04/2016 Data da Recepção ___/___/___ Luanda (AO), Abril de 2016 1 X 2 3 INTRODUÇÃO A obra “Curso de Filosofia Política” de Eduardo C. B. Bittar, retrata a importância do estudo interdisciplinar que coloque uns ao lado dos outros conhecimentos da ciência jurídica, da filosofia do direito e da filosofia política. A obra, dividida em duas partes, “Considerações Sobre Direito e Política” e “História das Ideias Políticas”, respetivamente, principia abordando criticamente o sentido da política e do poder para o Direito, dissecando conceitos e fundamentos necessários para o esclarecimento do tema. Na segunda parte, Eduardo C. B. Bittar oferece ao leitor vasto leque de pensadores que se detiveram na exploração conceitual da politica, de Platão a Karl Marx, de Aristóteles a Swartzenberg, de Dante a Tocqueville, de Kelsen a Honnet. Essa abordagem faculta ampla gama de Referências teóricas para a discussão do tema e de sua importância para o Direito, para a Justiça e para a Democracia. O texto de Eduardo C. B. Bittar serve de livrotexto para a disciplina Filosofia Política dos cursos de graduação e pósgraduação em Direito e leitura complementar para os cursos de Ética, Introdução ao Direito, Sociologia Jurídica e Ciência Política. A obra em abordagem é de leitura relevante para os operadores de Direito, pois oferece raciocínio, crítica, lógica e conhecimentos sólidos para a argumentação jurídica. OBJECTIVOS • Mapear a relação existente entre a Filosofia e a Religião. • Estudar a importância das ideias religiosas para os projetos filosóficos. • Estudar a Filosofia sob os enfoques Sociais e Político. • Identificar pontos de confluência e as aplicações, na prática. 4 ENFOQUES • ENFOQUE PRINCIPAL Enfoque Didáticopedagógico A proposta de estudo viabilizada por meio deste texto encerra em si uma tarefa muito clara: estudar a interseção do Direito com a Política. (BITTAR, p. xix). A proposta de ser um texto intitulado Curso de Filosofia Política somente é pertinente enquanto seus esforços forem compreendidos como projetados dentro da cultura jurídica, na medida em que a linha de tensão que ocupa o raciocínio ao longo do texto revelase exatamente a da relação entre Direito, Poder e Política. Bittar detémse nesse entrelaçamento entre Direito e Política para apresentar um método que acredita ser pragmático no campo das ideias políticas. Essa pretensão revela o carácter didáticopedagógico do texto em abordagem. Assim é que o autor discorre sobre Direito e Política, antes de mais nada, como uma intersecção necessária. Pois, um é necessário ao outro para a possibilidade do convívio social harmônico entre os homens. ENFOQUES SECUNDÁRIOS • Enfoque Sóciopolítico Não poucas vezes, o autor faz transparecer uma crítica nada mordaz sobre a forma como a coisa pública tem sido gerida na contemporaneidade, em vários Estados que se autodenominam “democráticos de Direito”. As conclusões de Bittar, portanto, é de que tais alegações só lhe merecem repugnância. Isso demonstra uma forte preocupação do autor pelos desígnios da sociedade, onde, por meio do Direito permitiria a ação política, 5 potencializar o melhor caminho para todos. E isto atestao e muito bem, a sua abordagem sobre a “A crise da consciência política”, (BITTAR, p.14) onde conclui que a política hodierna é só imundície e conformidade lastimosa. PONTOS POSITIVOS DA OBRA Contrapor Direito e Política é um exercício que poucos se propõe fazer. Até mesmo os próprios atores do cenário do poder, recusamse fazêlo. Daí que, a obra resenhada constitui um guia prático para pensar Direito e fazer Política. Só isso justifica a maestria de Bittar. Seus valores, porém, não se detêm na mera análise do entrelaçamento infundado entre Direito e Política. O autor vai mais longe, assenta a teorização dos planos de acção do poder no legado dialético dos grandes ícones do pensamento humano. Essa aproximação que Bittar faz, de colocar ladoalado, revolucionários, reformistas e reacionários, só pode parir uma síntese: o homem é superável. PONTOS NEGATIVOS DA OBRA Pesa um pouco a expressão “pontos negativos da obra” diante de um texto tão prodigiosa, a bem dizer, se com “negativo” significamos – malvado, inútil, feio, degradante, enfim, que se opõe a tudo que julgamos bom e justo. Todavia, não seria nenhum exagero apontar a névoa romântica do texto de Bittar, que não poucas vezes atrapalhava o entendimento de conceitos básicos. Sim, às vezes perdese em floreios tentando explicar conceitos que já ficaram bem claros no início do tópico ou procura explicitar no final do tópico aquilo que poderia muito bem ser simplificado no princípio. Tal é o pecado de Bittar. Quando, por exemplo, discorre sobre “O direito e a noção de poder”, (BITTAR, p. 20), a analogia sobre o relacionamento do gato e o rato, deixa 6 muito bem claro a diferença entre força e poder. Não obstante, o autor recorre a mais umas 1.500 palavras pomposas para adornar seu texto e adormecer seus leitores. Com isso, Bittar só ganhou uma obra massuda, cheia de floreios meio à um mar de citações que por um ápice afundavam os poucos dizeres do próprio autor. 7 CONCLUSÃO A tentativa de Bittar de colocar ladoalado Direito e Política resulta da sua crença de que um é necessário ao outro. Para ele, a política sem o direito ou contra ele é o caminho certo para a corrupção e ditadura, assim como o direito sem a política é a base para o estabelecimento de formalidades injustas, expressadas em atos normativos, ações de governo ou decisões judiciais e administrativas, ou então para a fixação de regras sem autenticidade e, por isso mesmo, desprovidas de eficácia. Tal é a motivação de Bittar para a compilação dessa obra: harmonizar direito e política. Só assim se pode sonhar com uma paz cada vez mais perfeita para todos os humanos. Fica assim claro, efetivamente, que direito e política não podem pretender aniquilar se, sob pena de experimentarmos os males citados. Se experimentamos um pouco desses males, como se disse no princípio da resenha, é porque existe alguma correlação entre direitoe política, ainda que ténue, pois de outro modo só imundície e conformidade lastimosa. Assim é que se pode afirmar, sem nenhum exagero, que a obra resenhada alcança plenamente os objetivos preconizados. Relevamos que a obra abordada é especialmente indicada como livro de leitura obrigatória para a disciplina de Filosofia Política dos cursos de graduação e pós graduação em Direito e leitura complementar para os cursos de Ética, Introdução ao Direito, Filosofia, Sociologia Jurídica e Ciência Política. Esta obra é ainda indicada como de leitura relevante para os operadores do Direito, por oferecer raciocínio, crítica, lógica e conhecimentos sólidos para a argumentação jurídica. 8 DADOS DE IDENTIFICAÇÃO DO ALUNO Nome do aluno: Domingos dos Santos S. Bengo LAD 4316 Correio electrónico: domingosbengo90@gmail.com Domingos dos Santos da Silva Bengo Domingos Bengo