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CRIMINOLOGIA 
por Concur se iro Fora da C ai xa 
RESUMO 
Criminologia 
C o nc u rse i ro F o ra da Cai x a 
concurseiroforadacaixa.com.br | 01
Sumário 
Noções Gerais de Criminologia ...................................................................................................................................................... 2 
Conceito ........................................................................................................................................................................................................................2 
Objeto da Criminologia ............................................................................................................................................................................................2 
Métodos da Criminologia .........................................................................................................................................................................................3 
Criminalização Primária e Secundária .................................................................................................................................................................3 
Escolas Criminológicas ................................................................................................................................................................... 4 
Teorias Sociológicas da Criminalidade (Sociologia Criminal) ..................................................................................................... 5 
Teorias do Consenso..................................................................................................................................................................................................5 
Teorias do Conflito ....................................................................................................................................................................................................6 
Atores Desencadeantes da Criminalidade ..................................................................................................................................... 7 
Estatísticas Criminais (Cifras) ....................................................................................................................................................... 8 
Prevenção da Criminalidade........................................................................................................................................................... 9 
Reação Social ao Delito ................................................................................................................................................................... 9 
Vitimologia e Vitimização ............................................................................................................................................................ 10 
Expoentes da Vitimologia..................................................................................................................................................................................... 10 
Complexo Criminológico entre Vítima e Autor .............................................................................................................................................. 11 
Vitimização Primária, Secundária e Terciária ................................................................................................................................................ 11 
Nova Criminologia ........................................................................................................................................................................ 12 
Extra – Questões (TEC) .................................................................................................................................................................. 12 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Criminologia 
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NOÇÕES GERAIS DE CRIMINOLOGIA 
CO N CEI TO 
 
A Criminologia é a ciência “do ser”, prática, humana, empírica (foco na experiência e observação) e 
experimental, que utiliza de métodos biológicos e sociológicos. Ademais, é interdisciplinar (por comunicar 
com outros ramos das ciências) e autônoma (com métodos e objetos próprios de estudos, visando uma 
finalidade específica). 
 
A Criminologia subdivide-se em: 
• Geral: sistematização, comparação e classificação dos estudos da criminologia; 
• Clínica ou Microcriminologia: é a aplicação dos conhecimentos teóricos no tratamento do criminoso. 
 
CRIMINOLOGIA 
X 
DIREITO PENAL 
o Método empírico (baseada na observação) 
o Interdisciplinar e integrada 
o Método indutivo (caso particular para geral) 
o É a ciência “do ser” 
o Método dogmático-normativo 
o Valorativo / axiológico 
o Método dedutivo (dever-ser) 
o É abstrato e lógico 
 
Políticas Criminais: é o conjunto de discussão sobre as políticas de segurança pública e medidas de prevenção ao crime 
implementadas pelo Estado. 
 
Criminogênese (Etiologia Criminal): dedica-se à investigação das raízes e dos fatores que propiciam o surgimento de 
comportamentos criminais, englobando perspectivas jurídicas, sociais, antropológicas, psicológicas e biológicas. 
O BJETO D A CR IM I NO L OG I A 
O objeto da criminologia pode ser classificado em duas fases: a “pré-científica”, baseada em pseudociência e a “científica”, 
fundada em métodos científicos (experimentação). Assim, seu objeto de estudo pode ser dividido da seguinte forma: 
 
 Fase Pré-Científica Fase Científica 
Crime / delito   
Criminoso/delinquente   
Vítima –  
Controle social da conduta1 –  
 
 
1 
O controle social da conduta é o conjunto de mecanismos de intervenção que cada sociedade ou grupo social possui e 
que são usados como forma de garantir a conformidade do comportamento dos indivíduos. Divide-se em: 
Controle Social Formal 
▪ Polícia (1ª seleção) 
▪ Ministério Público (2ª seleção) 
▪ Defensoria Pública (2ª seleção) 
▪ Poder Judiciário (3ª seleção) 
Controle Social Informal 
▪ Família e Vizinhança; 
▪ Escola; 
▪ Igreja; 
▪ Ciclo profissional 
 
 
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M ÉTO D O S D A CRI M IN OL O G IA 
Empírico 
A Criminologia empírica baseia-se na observação e análise da realidade para estudar o crime, o criminoso, a vítima e o 
controle social. Ela adota uma abordagem experimental e se apoia em levantamentos estatísticos e análise de dados 
para entender a dinâmica e as variáveis do delito. 
 
Indutivo 
Utiliza uma abordagem indutiva que começa com casos específicos para desenvolver teorias gerais sobre o crime. 
Difere do método dedutivo do Direito Penal, que parte de uma teoria geral para aplicar ao caso concreto. 
 
Interdisciplinar 
A Criminologia interdisciplinar integra conceitos e métodos de várias ciências — como sociologia, filosofia e biologia 
— para formar um entendimento mais amplo e profundo sobre o fenômeno do crime e a realidade social. 
CR I M IN A LI ZA ÇÃ O P RI M ÁR I A E SECUN D Á RI A 
Criminalização Primária 
X 
Criminalização Secundária 
É o processo pelo qual o legislador ou agências políticas 
sancionam uma LEI que define certas ações como 
criminosas, permitindo a punição de determinados 
indivíduos. Esse ato cria a base legal para identificar e 
processar o comportamento considerado crime. 
Refere-se à ação punitiva que é exercida sobre pessoas 
específicas, destacando-se por sua seletividadee 
vulnerabilidade. Está intrinsecamente ligada à teoria do 
labeling approach, que descreve como os indivíduos são 
rotulados como criminosos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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ESCOLAS CRIMINOLÓGICAS 
 
 
Vale ressaltar que, em meados do século XX, a Terza Scuola Italiana tentou jungir os ideais da Escola Positiva com os ideais da 
Escola Clássica, assim dispondo do Direito Penal como uma ciência autônoma e independente, do determinismo como base para 
a responsabilidade moral do delinquente, do crime como fenômeno social e individual, e da pena com caráter de dissuasão. 
 
 
E
S
C
O
L
A
S
 C
R
IM
IN
O
L
Ó
G
IC
A
S
Escola Clássica
CBF (Carrara, Beccaria e Feuerbach) 
Dedutivo, normativo, abstrato e lógico.
O indivíduo é racional e possui livre-arbítrio. Ele é visto
como um pecador, como alguém que optou pelo mal.
Crime é aquilo previsto em LEI, isto é, trata-se de uma
infração ao direito; contenção ao poder punitivo
Penas: prazo DETERMINADO; pena tem caráter retributivo.
Parte de duas teorias:
 Jusnaturalismo/Direito Natural/jus naturale
Hugo Grócio defendia a existência de um Direito
constituído por um conjunto de princípios inerentes à
própria essência humana, antes mesmo de qualquer
sistema de normas criado e adotado;
 Contratualismo/Utilitarismo/Teoria do Contrato Social
Aqui, Rousseau defende a ideia de um “grande pacto”, ou
seja, um contrato social entre os homens para preservar a
liberdade natural do homem e ao mesmo tempo garantir a
segurança e o bem-estar da vida em sociedade,
prevalecendo a soberania da sociedade e a vontade política
coletiva.
Escola Positiva
LFG (Lombroso, Ferri e Garofalo)
A ideia da criminologia surge com a escola positiva
Interdisciplinar, empírico, indutivo e pré-constituído.
O criminoso nasceu criminoso, é a figura do delinquente
nato / atávico, influenciado pelo determinismo Biológico.
Crime decorre de fatores biológicos, físicos e sociais.
O indivíduo NÃO tem liberdade de escolha, o homem NÃO
tem controle de seus atos. Ênfase na defesa social.
Penas: prazo INDETERMINADO;pena tem caráter curativo
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TEORIAS SOCIOLÓGICAS DA CR IMINALIDADE (SOCIOLOGIA CRIMINAL) 
As teorias sociológicas da criminologia em sua essência buscam explicar quais as causas do crime, porque parte da sociedade tende a 
praticar crimes, qual a sua origem no corpo social e a reação da sociedade frente a ele. 
 
 
• Dica para memorizar: “C.A.S.A em CONSENSO, não entra E.M CONFLITO”. 
 
TEO R I A S D O CON SEN SO 
Escola de Chicago / Ecológica / Ecologia Criminal 
● Século XX: Robert Park, Ernest Burguess, Donald Pierson e Mackenzie; 
● Explicação ecológica do crime; 
● Desorganização social causa o fenômeno criminal; 
● Efeito criminógeno dos centros urbanos; 
● Criminalidade: debilidade do controle social informal, desordem, falta de integração/solidariedade social; 
● Desorganização social provocada pelo crescimento acelerado das cidades, leva pessoas de baixa renda a se concentrarem 
em regiões periféricas afastadas e sem estrutura; 
 
● Enfraquecimento do controle social informal (família, vizinhança solidária, escola e Igreja) forma as áreas de 
delinquência 
 
 
Teorias Sociológicas da Criminalidade
Teorias do Consenso
Baseadas na ideia de que a sociedade possui
um conjunto comum de valores e normas. O
crime é visto como uma violação desses
valores compartilhados, enfatizando a
manutenção da ordem e da conformidade
social.
Possuem um cunho CONSERVADOR.
Chicago
Anomia
Subcultura do Dlinquente
Aprendizagem Social
Teorias do Conflito
Enfatizam as divisões sociais e de poder,
argumentando que as leis são criadas pela
classe dominante para manter controle. O
crime é visto como uma resposta a
desigualdades e injustiças sociais.
Possuem um cunho PROGRESSISTA.
Etiquetamento
Marxista
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Anomia / Estrutural Funcionalista 
● Durkheim 
1. Desintegração das normas sociais (anomia = ausência de normas / injustiça / desordem); 
2. Crime é tido como fenômeno social que fere a consciência coletiva; 
3. Crime é visto como necessário e útil, desde que nos limites toleráveis. 
● Merton 
1. Meios socioestruturais não satisfazem as expectativas culturais da sociedade (falta de oportunidades); 
2. A motivação da delinquência seria a impossibilidade de o indivíduo atingir as suas metas desejadas. 
 
Subcultura Delinquente 
● Albert Cohen - Delinquent Boys (1955): existência de subculturas paralelas à cultura predominante que retratam os 
sentimentos e valores de determinado subgrupo, a conduta delitiva seria produto; 
● Reação das minorias menos favorecidas; 
● Busca pelo hedonismo / status (crimes sem motivação), é o prazer de infringir normas, criminoso como ídolo. 
 
Aprendizagem Social / Social Learning 
Subdivide-se em 4 (quatro vertentes), quais sejam: 
1. Associação Diferencial / Aprendizado / Imitação - Edwin Sutherland 
○ Crime não é hereditário/fortuito/irracional, não se imita/inventa. A conduta se aprende com outras pessoas; 
○ Processo de aprender alguns tipos de comportamento desviantes pela comunicação ou interação, a exemplos dos 
crimes do colarinho branco. 
2. Identificação Diferencial - Daniel Glaser 
○ É a visualização do criminoso como “referência”, tal qual um herói. 
3. Condicionamento Operante - Ronald Akers e Robert Burges 
○ Aprendizagem por estímulos contínuos na vida do indivíduo e produto de suas experiências passadas. 
4. Neutralização - David Matza e Gresham Syhes 
○ Técnicas que neutralizam a culpa. 
TEO R I A S D O CON FL I TO 
Marxista / Crítica / Radical 
● De base marxista (Karl Marx); 
● Década de 70; 
● Crime é visto como um fenômeno decorrente do sistema capitalista; 
● Por interesse, a elite dominante define os atos e consequentemente os indivíduos considerados criminosos; 
● Propões reformas na sociedade a fim de reduzir desigualdades para diminuição da criminalidade; 
● A teoria crítica foi dividida em três correntes principais (tratadas com mais detalhes no tópico “Nova Criminologia”): 
1. Neorrealismo de esquerda 
2. Teoria do Direito Penal Mínimo 
3. Abolicionismo Penal 
 
 
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Etiquetamento / Rotulação Social / Labelling Approach 
● Origem e Defensores: Desenvolvida nos EUA na década de 1960 por Erving Goffman, Edwin Lemert, e Howard Becker, 
em um contexto de crescimento econômico pós-guerra e questionamento de valores culturais e sociais. 
● Fundamentos: Enfatiza que o crime é o resultado de um processo social de interação, rotulação e estigmatização. A 
criminalidade é vista como um subproduto do controle social, que é seletivo e discriminatório. 
● Desvio Primário e Secundário: Diferencia entre o desvio primário (atos desviantes não rotulados) e o desvio secundário 
(comportamento que surge em resposta à rotulação e estigmatização). 
● Consequências do Rotulamento: A rotulação leva à estigmatização e marginalização do indivíduo, podendo resultarem reincidência e adoção de uma identidade desviante. 
● Interacionismo Simbólico: A teoria enfatiza a importância das interações sociais e percepções na definição e rotulação 
do comportamento desviante. 
● Instituição Total e Homem Institucionalizado: Conceitos como instituição total (Goffman) destacam o impacto da 
longa permanência em instituições totais, como prisões, no processo de desculturamento e prisionização do indivíduo. 
● Tipos de Comportamento (Becker): Identifica quatro tipos - comportamento apropriado, desviante puro, falsamente 
acusado e desviante secreto. 
● Política dos quatro Ds (Shecaira): Propõe descriminalização, diversão, devido processo legal e desinstitucionalização 
para reduzir o estigma da justiça criminal. 
● Críticas e Limitações: A teoria é criticada por não explicar a origem inicial do comportamento desviante e por potencial 
minimização da responsabilidade individual. 
 
ATORES DESENCADEANTES DA CRIMINALIDADE 
Para a Sociologia Criminal, há alguns fatores sociais negativos que condicionam e desencadeiam a criminalidade, dentre eles: 
1. Sistema econômico desigual; 
2. Pobreza e miserabilidade; 
3. Fome e desnutrição; 
4. Habitação precária; 
5. Crescimento populacional desordenado (ver Teoria Consensual - Ecológica); 
6. Desemprego e subemprego; 
7. Infância negligenciada e abandonada; 
8. Baixa ou nenhuma escolaridade, entre outros. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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ESTATÍSTICAS CRIMINAIS (CIFRAS) 
CIFRA 
NEGRA 
Crimes que NÃO CHEGAM ao conhecimento do Estado para registro por razões subjetivas. Como 
consequência não são solucionados / punidos. É a cifra “genérica”, que abrange todas as demais. 
 
CIFRA 
CINZA 
Crimes que CHEGAM ao conhecimento da autoridade policial, mas não prosperam na fase processual, 
haja vista a composição das partes ou a ausência de representação. 
 
CIFRA 
AMARELA 
Crimes praticados por funcionários públicos, com abuso de poder ou arbitrariedade ou violência policial 
e não são notificados aos órgãos fiscalizadores competentes (corregedoria, por exemplo). 
 
CIFRA 
AZUL 
Crimes praticados pelas classes menos favorecidas da sociedade (conexão com a teoria consensual da 
Subcultura Delinquente). 
 
CIFRA 
BRANCA 
Delitos que foram efetivamente levados ao Poder Judiciário, ocorrendo a condenação ou a absolvição 
por parte do acusado. 
 
CIFRA 
DOURADA 
Também denominados “crimes do colarinho branco” (conexão com a teoria consensual da Associação 
Diferencial), são os crimes praticados pela “elite”, geralmente, políticos e empresários (ex: sonegação). 
 
CIFRA 
ROSA 
Crimes de preconceito ligados à orientação sexual (homofobia, transfobia etc) que não chegam ao 
conhecimento do estado. 
 
CIFRA 
VERMELHA 
Crimes praticados por serial killers, assassinos em série, psicopatas (ex: Caso Lázaro em Goiás). 
 
CIFRA 
VERDE 
Crimes ambientais cuja autoria não identificada, impossibilitando a responsabilização do delinquente 
(exemplo: pichação, desmatamento, etc). 
 
 
 
 
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PREVENÇÃO DA CRIMINALIDADE 
Prevenção: Conjunto de medidas adotadas para evitar a ocorrência delitiva. 
 
 
REAÇÃO SOCIAL AO DELITO 
 
 
 
 
PRIMÁRIA
• Causas e origem do delito;
• Prevenir e neutralizar;
• Destinado à coletividade;
• Acesso a direitos sociais para toda 
a população (ex: moradia e saúde)
• Instrumentos preventivos de 
médio e longo prazo.
SECUNDÁRIA
• Finalidade de neutralizar o risco;
• Prevenção situacional / precoce
• Geralmente associada aos serviços 
de saúde e assistência social;
• Proteção de vítimas;
• Curto e médio prazo
TERCIÁRIA
• Após a prática delitiva, visando 
evitar a reincidência;
• Dirigida ao criminoso / 
delinquente;
• Caráter punitivo e ressocializante;
• Política criminal e controle 
jurídico-penal
Sistemas de 
Reação ao Delito
CLÁSSICO / DISSUASÓRIO / RETRIBUTIVO
● Relacionado à Justiça Retributiva, ou seja, a pena tem a finalidade de retribuir,
proporcionalmente, ao autor do crime, o dano que tenha causado;
● O crime é um ato que atinge a sociedade;
● Interesse público em punir o delinquente;
● Caráter intimidatório e punitivo.
RESSOCIALIZADOR
● A pena tem caráter utilitário;
● Prevenção especial positiva (reinserção do indivíduo no meio social);
● Visa a ressocialização, a segunda chance;
INTEGRADOR ou CONSENSUAL
● Tem-se a relação entre o modelo e a Justiça Restaurativa, a qual visualiza o crime
como um ato que impacta não só a sociedade, mas também vítima e autor, e foca na
restauração do dano provocado pelo indivíduo delinquente;
● Há a reparação de interesses entre as partes envolvidas e os danos sofridos pela
vítima;
● O foco é a medida diversa da prisão, como: acordo, conciliação, negociação ou algum
instituto despenalizador (transação, suspensão etc).
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VITIMOLOGIA E VITIMIZAÇÃO 
 
A Vitimologia é o estudo da vítima em seus diversos planos. Estuda-se a vítima sob o aspecto global, integral: 
psicológico, social, econômico e jurídico. A criminologia tradicional não tinha como foco a vítima, mas sim o 
delinquente e o delito, sua etiologia e prevenção. 
 
Fases da Vitimologia 
 
 
EX P O EN TES DA V I TI M OL O GI A 
 
Benjamin Mendelsohn – considerado um dos pais da vitimologia. 
● Vítima inocente ou ideal: completamente inocente, não colabora para o crime ou seu 
resultado (exemplo: sequestro, infanticídio, etc); 
● Vítima menos culpada ou culpada por ignorância: age de maneira inadequada, por 
negligência ou desconhecimento, acaba colaborando para o crime (exemplo: frequentar lugar 
desconhecido e perigoso sozinho); 
● Única ou exclusivamente culpada (ou imaginária): é a agressora, a dissimulada ou 
imaginária, normalmente em crimes culposos (exemplo: roleta russa, legítima defesa, etc); 
● Vítima tão culpada quanto o criminoso (voluntária): participação é essencial para a prática 
do crime (exemplo: aborto consentido, rixa, pacto de suicídio, etc); 
● Vítima mais culpada (provocadora): dão causa ao crime (exemplo: injusta provocação da 
vítima que é agredida/morta por quem foi provocado). 
 
 
Hans von Hentig – dividiu sua classificação de vítimas em grupos, quais sejam: 
1º: indivíduo sucessivamente criminoso-vítima-criminoso 
O sujeito comete crime, vai preso e, após a experiência traumática do encarceramento, volta a 
delinquir quando reinserido, devido ao preconceito social. 
2º: simultaneamente criminoso-vítima-criminoso 
Muito ligado ao tráfico de drogas, onde muitos usuários viciados, por não possuírem condições 
de sustentar o vício, passam a traficar em troca de porções da droga. 
3º: criminoso-vítima 
Já neste caso, não há previsão de que algo acontecerá para vitimar alguém, mas, acontece, 
passando o indivíduo de uma condição à outra. A exemplo de linchamentos, atos reflexos ou, até 
mesmo, atos inconscientes. 
 
Revalorização ou Descobrimento
Inicia a partir da 2ª Guerra, quando tornou-se necessário observar a vítima com olhar mais humano
Neutralização ou Esquecimento
Surge com o processo inquisitivo e com a assunção do poder público tendo o monopólio da punição
Idade do Ouro (Protagonismo da Vítima)
A vítima possuía o poder de punir (ex: lei de Talião)Preparado exclusivamente para Priscilla Bernardes Brito | CPF: 03731056143
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CO M P L EX O CR I MI NO L Ó GI CO EN TR E VÍ TI MA E AU TO R 
 
V I TI MI ZA ÇÃ O P RI M Á RI A , SECUN D Á RI A E TER CIÁ R IA 
Vitimização 
Primária 
Processo em que a vítima sofre, direta e indiretamente, as consequências do delito / crime. 
 
Vitimização 
Secundária 
Trata-se do sofrimento sofrido pela vítima nas fases de inquérito e processual (ex: ter que relembrar fatos 
perturbadores). 
 
Vitimização 
Terciária 
Omissão estatal e/ou ausência de receptividade social pós-delito. Pode-se resumir com “a vida da vítima 
virou de cabeça para baixo”. 
C
o
m
p
le
x
o
s
 C
ri
m
in
o
ló
g
ic
o
s
Síndrome de Estocolmo: afeição / identificação afetiva da vítima por seu criminoso.
Síndrome de Londres: contrária à Síndrome de Estocolmo, dispõe de uma inimizade, uma hostilidade,
uma desobediência, uma rebeldia entre vítimas e autor(es) do fato.
Síndrome da Mulher de Potifar: termo referente à passagem bíblica (Gên. 39) que trata da conduta de
uma pessoa que fora rejeitada e, por vingança, acusa falsamente outra de crime sexual.
Falsas Memórias: a vítima acredita fielmente que determinado indivíduo seja autor de uma infração
penal, não havendo que se falar em má-fé.
Síndrome de Lima: aqui, o criminoso simpatiza por suas vítimas, criando laços emocionais.
Síndrome de Paris: crises ansiosas, distúrbios psicológicos, delírios e alucinações ligados, geralmente, à
primeira visita à capital francesa ou à Europa devido ao choque cultural e à quebra de expectativa.
Síndrome de Veneza: ligada ao livro Morte em Veneza do escritor Thomas Mann, diz respeito aos
visitantes da cidade italiana que lá vão para tirarem a própria vida.
Síndrome de Florença ou hiperculturemia: desmaios, aceleração e até delírios causados pela exposição à
abundante riqueza de Florença.
Síndrome de Jerusalém: diz respeito à obsessão, ao delírio ou ideias psicóticas relacionadas à temática
religiosa por quem tenha visitado a cidade de Jerusalém.
Síndrome da Barbie: trabalha com a ideia de "coisificação" da mulher, na qual ela é vista como um objetio
de desejo , pronto para "servir"
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NOVA CRIMINOLOGIA 
Abolicionismo Penal 
Movimento que questiona a eficácia do sistema penal e propõe a sua abolição, argumentando que ele é mais danoso do 
que as condutas que pretende punir. Surgiu na década de 90, baseando-se em críticas ao papel estigmatizante e 
marginalizador das prisões e do Direito Penal. 
 
Neorrealismo 
Abordagem que enfatiza a importância de políticas sociais eficazes para controlar as zonas de alta delinquência. 
 
Garantismo Penal 
Abordagem jurídica que defende a intervenção penal mínima, respeitando os direitos e a dignidade humana, e 
restringindo o poder punitivo do Estado. 
 
Direito Penal do Inimigo 
Conceito desenvolvido por Günther Jakobs que classifica certos indivíduos como "inimigos" do Estado (como terroristas 
e membros de organizações criminosas), justificando um regime penal mais severo para eles. 
 
Direito Penal de Emergência 
Situação em que o Estado limita garantias individuais para combater altos índices de criminalidade. 
 
Direito Penal Simbólico 
Uso das leis penais pelo Estado mais para efeitos de demonstração de autoridade ou controle social do que para efetiva 
prevenção ou punição do crime. 
 
Direito Penal Promocional 
Uso das leis penais pelo Estado com o objetivo de promover a imagem dos políticos, ao invés de focar na justiça ou no 
bem-estar social. 
 
Direito Penal Paralelo 
Exercício informal de poder punitivo por entidades que atuam paralelamente ao sistema penal oficial, muitas vezes sem 
o devido processo legal. 
 
Direito Penal Subterrâneo 
Fenômeno pelo qual o sistema penal, de forma seletiva e simbólica, tende a criminalizar desproporcionalmente as classes 
menos favorecidas, destacando a discrepância entre a teoria e a prática da aplicação da lei. 
EXTRA – QUESTÕES (TEC) 
 
São questões de várias bancas (basta excluir das questões as bancas que não te interessam) e níveis (questões 
simples às complexas). Complemente esse caderno com questões que você já selecionou como favoritas / 
importantes, para revisar nas semanas anteriores à prova. Aliando este resumo com a resolução de questões 
você certamente estará MUITO bem preparado(a)! Link: https://www.tecconcursos.com.br/s/Q2y6Mv 
 
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