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O Átomo e o Mundo Quântico Estrutura da Matéria RelembrandoRadiação eletromagnética – campo elétrico e magnético oscilando no vácuo a 3,0 x 108 m/s. A onda é caracterizada pela amplitude e comprimento de onda (λ, lambda) e a frequência (ν, ni) c = x λ = distância entre os ciclos (uma onda e outra) ν = número de oscilações que ocorrem (ciclos). A unidade é expressa em Hz = 1s-1 Quanto maior o comprimento de onda, menor a frequência e vice-versa E por que queremos entender a radiação eletromagnética? Para entender o comportamento do elétron dentro do átomo Ainda era preciso explicar por que o elétron não caía sobre o núcleo e qual a trajetória do elétron A radiação do corpo negro Corpo negro: objeto quente que não deve favorecer um comprimento de onda especial, ou seja, absorve toda a radiação incidente na sua superfície Essa matéria é constituída por átomos, logo, esses átomos que contem elétrons, vibram de forma diferente de acordo com a temperatura. A física clássica media a radiação emitida em diferentes temperaturas, e previa que a radiação devia ser contínua. A teoria da época dizia que a intensidade da radiação na região do ultravioleta deveria ser infinita, mas os experimentos realizados mostravam o contrário! Esse fato ficou conhecido como catástrofe do ultravioleta. Radiação do Corpo Negro – A catástrofe do ultravioleta A Hipótese de Planck Em 1900 Max Planck propõe que a troca de energia entre a matéria e a radiação ocorre em quanta, ou pacotes de energia. Física Clássica: Energia pode ser qualquer valore contínuo Mecânica quântica: energia permitida em quantidades discretas descontínuas Resolve o problema dizendo que a energia não é emitida de forma contínua e sim de forma discreta, expressa pela relação: onde h é a constante de Planck (6,626 x 10-34 J s). A energia é sempre emitida e absorvida pela matéria em múltiplos inteiros de h, 2h, 3h... O Efeito Fotoelétrico • Nenhum elétron é ejetado até que a radiação tenha freqüência acima de um determinado valor característico para cada metal. Os elétrons são ejetados imediatamente, por menor que seja a intensidade da radiação; • A energia cinética dos elétrons ejetados aumenta linearmente com a freqüência da radiação incidente. Quanto maior a energia, maior a frequência. Aplicou a equação de Planck para luz. Einstein supôs que a luz trafega em pacotes de energia denominados fótons. Relacionou as idéias quânticas de Planck e Einstein e explicou os espectros dos átomos excitados e acrescentou 3 postulados ao modelo atômico de Rutherford. Modelo de Bohr - 1913 * O átomo é formado por um núcleo e níveis de energia quantizada, nos quais os elétrons estão distribuídos. 3 - A Luz amarela emitida por uma lâmpada de vapor de sódio usada para iluminação pública tem um comprimento de onda de 589 nm. Qual é a freqüência dessa radiação (dados: velocidade da luz = 3x108m/s). 4 - Calcule os comprimentos de onda (em nm) das luzes de trânsito. Suponha que as freqüências sejam: Verde (5,75 x 1014 Hz). Resolução de Exercícios 2 - Indique o número de prótons, nêutrons e elétrons em cada espécie: 16 8O2-, 27 13Al 3+ 5 - Calcule o comprimento de onda (em nm) de um fóton emitido pelo átomo de hidrogênio quando um elétron decai de um estado onde o n = 5 para um estado onde o n = 3. Este fóton encontra-se em qual região do espectro eletromagnético? h= 6,63 x 10-34J.s f( ) −−=== − 22 18 11 J 1018.2 fi nn hc hE f i 6 - Duas ondas eletromagnéticas são representadas abaixo: (a) Qual a onda tem a maior freqüência? (b) Se uma onda representa a luz visível e a outra, a radiação infravermelha, qual é uma e qual é outra? A B Exercícios O Modelo Atômico Quântico E. Schrödinger 1887-1961 Em 1926, Schrödinger escreveu uma equação que descrevia o comportamento partícula/onda do elétron no átomo de Hidrogênio. A função de onda () descreve a energia de um determinado elétron e a probabilidade de encontrá-lo em uma determinada região do espaço. A trajetória precisa de uma partícula foi substituída por uma função de onda (). Max Born, em 1928, descobre a relação entre a função de onda e a probabilidade de se encontrar a partícula numa determinada posição. 2 (representa a densidade de probabilidade) - Função que dá a probabilidade de encontrarmos uma partícula numa determinada região do espaço. http://pt.wikipedia.org/wiki/Max_Born O Modelo Atômico Quântico Se , e consequentemente 2, for 0, a probabilidade de encontrar esta partícula neste ponto, é 0 A posição onde passa por zero é chamada de nó ou plano nodal da função de onda. Um plano nodal é uma região no espaço onde a probabilidade de se encontrar um elétron é zero; em um nó, 2 = 0Plano nodal, 2 = 0 Essa equação resulta em inúmeras soluções matemáticas, chamadas de função de onda. Para cada FUNÇÃO DE ONDA existe uma ENERGIA associada. A equação só pode ser resolvida exatamente para o átomo de hidrogênio. Para átomos multi-eletrônicos, a solução é aproximada. A forma básica da equação de onda de Schrödinger é: H = E - função de onda; H - operador Hamiltoniano; E - é a energia de ligação do elétron. O Modelo Atômico Quântico 14 O Modelo Atômico Quântico • Cada função de onda () corresponde a energia permitida para o elétron e concorda com o resultado de Bohr para o átomo de H. • Cada função de onda () pode ser interpretada em termos de probabilidade e (2) dá a probabilidade de encontrar o elétron numa certa região do espaço. • A solução da equação ou função de onda () descreve um estado possível para o elétron no átomo denominado de ORBITAL. • Cada função de onda, ou seja, cada Orbital, é descrito por NÚMEROS QUÂNTICOS, que nos informam ENERGIA, FORMA E TAMANHO 15 Os Números Quânticos A equação de Schrödinger necessita de quatro números quânticos: = fn (n, l, ml, ms) Esses números quânticos serão usados para descrever orbitais atômicos e para identificar os elétrons que neles se encontram. n = número quântico principal l = momento angular (ou azimutal) ml = magnético ms = spin Este é o mesmo n de Bohr. A medida que n aumenta, o orbital torna-se maior e o elétron passa mais tempo mais distante do núcleo; n = 1, 2, 3, 4, 5 ... Representa os níveis de energia! 1 - Número quântico principal, n. n = 1 n = 2 n = 3 n = 4 17 Esse número quântico depende do valor de n e representa a forma espacial da subcamada do orbital. Os valores de l começam de 0 e aumentam até n-1. Normalmente utilizamos letras para designar o l (s, p, d e f para l = 0, 1, 2, e 3). Valor de l símbolo da subcamada nº elétrons 0 s (sharp) 1 p (principal) 2 d (diffuse) 3 f (fundamental) 2 - O número quântico de momento angular, l. Camadas e subcamadas Camada 1 – subcamada s Camada 2 – subcamadas s e p Camada 3 – subcamadas s, p e d Camada x – subcamadas x – 1 (l) 19 l = 0 (orbital s) Formatos dos Orbitais s • Todos os orbitais s são esféricos. • A medida que n aumenta, os orbitais s ficam maiores. • A medida que n aumenta, aumenta o número de nós. • Em um nó, 2 = 0 • Para um orbital s, o número de nós é n-1. 20 Formatos dos Orbitais p l = 1 (orbital p) Quando l = 1, existe um plano NODAL que passa pelo núcleo. Plano Nodal: passa pelo zero • Existem três orbitais p: px, py, e pz. • Os três orbitais p localizam-se ao longo dos eixos x-, y- e z- de um sistema cartesiano. • Os orbitais têm a forma de halteres. • A medida que n aumenta, os orbitais p ficam maiores. • Todos os orbitais p têm um nó no núcleo 21 Formatos dos Orbitais d l = 2 (orbital d) Quando l = 2, existem dois planos NODAIS que passam pelo núcleo • Existem cinco orbitais d • Três dos orbitais d encontram-se em um plano bissecante aos eixos x-, y- e z. • Dois dos orbitais d se encontram em um plano alinhado ao longo dos eixos x-, y- e z. • Quatro dos orbitais d têm quatro lóbulos cada. • Um orbital d temdois lóbulos e um anel. 22 Formatos dos Orbitais f l = 3 (orbital f) Apresentam 3 planos nodais Esse número quântico depende de l. O número quântico magnético tem valores inteiros entre -l e +l. Fornecem a orientação do orbital no espaço. Existem 2l+1 valores diferentes de ml para cada valor de l e, portanto, 2l+1 orbitais em uma subcamada de número quântico l. Denomina os orbitais individuais em uma subcamada 3 - O número quântico magnético, ml. Ex: l = 1 (orbital p) → ml = -1, 0, +1 l = 2 ( orbital d) → ml = -2, -1, 0, +1, +2 24 Orbitais e Números Quânticos Vai do – para o + Experimentos mostraram que as linhas espectrais do H e outros elementos se desdobravam quando submetidos a um campo magnético. O elétron se comportava como se tivesse uma rotação (spin) própria em torno do seu eixo ms = -½ms = +½ De acordo com a mecânica quântica, o elétron tem dois estados de spin: 4 - O número quântico de spin, ms. Paramagnetismo e Diamagnetismo Paramagnético Elétrons desemparelhados 2p Diamagnético Elétrons emparelhados 2p Diamagnéticos: Sal de cozinha, giz, tecidos – são repelidos pela aproximação de um imã. Paramagnéticos: Metais – são atraídos pela aproximação de um imã: Nos fornece as propriedades magnéticas dos compostos 27 Os Números Quânticos - Resumo 28 A Energia dos Orbitais • Um orbital pode ser ocupado por no máximo 2 elétrons • Pelo princípio da exclusão de Pauli: dois elétrons não podem ter a mesma série de 4 números quânticos. Portanto, dois elétrons no mesmo orbital devem ter spins opostos. • De acordo com as regras de Hund: - Os orbitais são preenchidos em ordem crescente de n. - Dois elétrons com o mesmo spin não podem ocupar o mesmo orbital (Pauli). - Para os orbitais degenerados (de mesma energia), os elétrons preenchem cada orbital isoladamente antes de qualquer orbital receber um segundo elétron (regra de Hund). 29 A Energia dos Orbitais em um Átomo Monoeletrônico Energia depende apenas do número quântico n En = -RH ( ) 1 n2 n=1 n=2 n=3 SINAL NEGATIVO: significa que a energia do elétron em um átomo é MENOR que a energia do elétron livre 30 A Energia dos Orbitais em um Átomo Polieletrônico Energia depende de n e l n=1 l = 0 n=2 l = 0 n=2 l = 1 n=3 l = 0 n=3 l = 1 n=3 l = 2 A energia total do átomo depende não apenas da somatória das energias dos orbitais, mas também da energia de repulsão entre os elétrons que se encontram nesses orbitais. 31 A Energia dos Orbitais em um Átomo Polieletrônico A que se deve essa ordem de energia dos orbitais em átomos polieletrônicos? 1 - Efeito de penetração dos orbitais: s > p > d > f ....... Quanto maior a probabilidade de encontrar o elétron perto do núcleo, mais ele é atraído pelo núcleo, maior o poder de penetração do orbital 2 - Efeito de blindagem: elétrons mais internos blindam os elétrons mais externos da atração pelo núcleo Quanto maior o poder de penetração do orbital, os seus elétrons exercem maior blindagem sobre os elétrons mais externos As energias dos orbitais em uma dada camada são: s 3 elétrons 1s 2s 3s 3p 2p 36 Berílio - Be Grupo 2A Z = 4 1s22s2 ---> 4 elétrons 1s 2s 3s 3p 2p 37 Boro -B Grupo 3A Z = 5 1s2 2s2 2p1 ---> 5 elétrons 1s 2s 3s 3p 2p 38 Carbono -C Grupo 4A Z = 6 1s2 2s2 2p2 ---> 6 elétrons Por quê não emparelhar o elétron? Regra de HUND1s 2s 3s 3p 2p 39 Nitrogênio - N Grupo 5A Z = 7 1s2 2s2 2p3 ---> 7 elétrons 1s 2s 3s 3p 2p 40 Oxigênio -O Grupo 6A Z = 8 1s2 2s2 2p4 ---> 8 elétrons 1s 2s 3s 3p 2p 41 Fluor - F Grupo 7A Z = 9 1s2 2s2 2p5 ---> 9 elétrons 1s 2s 3s 3p 2p 42 Neônio - Ne Grupo 8A Z = 10 1s2 2s2 2p6 ---> 10 elétrons 1s 2s 3s 3p 2p Chegamos no final do segundo período!!!!! 43 Sódio - Na Grupo 1A Z = 11 1s2 2s2 2p6 3s1 ou “elétrons internos do Ne” + 3s1 [Ne] 3s1 (notação de gás nobre) Iniciou-se um novo período Todos os elementos do grupo 1A tem a configuração [elétrons internos] ns1. Elétrons de valência 44 Alumínio - Al Grupo 3A Z = 13 1s2 2s2 2p6 3s2 3p1 [Ne] 3s2 3p1 1s 2s 3s 3p 2p Elétrons de valência 45 Fósforo - P Grupo 5A Z = 15 1s2 2s2 2p6 3s2 3p3 [Ne] 3s2 3p3 1s 2s 3s 3p 2p 46 Formação de Cátions e Ânions – Elementos Representativos Na [Ne]3s1 Na+ [Ne] Ca [Ar]4s2 Ca2+ [Ar] Al [Ne]3s23p1 Al3+ [Ne] Átomo perde elétrons de modo que o cátion venha a ter uma configuração eletrônica de gás nobre. H 1s1 H- 1s2 ou [He] F 1s22s22p5 F- 1s22s22p6 ou [Ne] O 1s22s22p4 O2- 1s22s22p6 ou [Ne] N 1s22s22p3 N3- 1s22s22p6 ou [Ne] Átomo ganha elétrons de modo que o ânion venha a ter configuração de gás nobre 47 Metais de transição Todos os elementos do 4º período tem configuração [Ar]nsx(n - 1)dy e, portanto, são elementos do bloco d. Orbitais 3d usados do Sc-Zn 48 Distribuição Eletrônica para Metais de Transição Z=21 - [Ar] 4s2 3d1 -------Sc Z=22 - [Ar] 4s2 3d2 -------Ti Z=23 - [Ar] 4s2 3d3 --------V Z=24 - [Ar] 4s1 3d5 --------Cr Z=25 - [Ar] 4s2 3d5 -------Mn Z=26 - [Ar] 4s2 3d6 --------Fe Z=27 - [Ar] 4s2 3d7 --------Co Z=28 - [Ar] 4s2 3d8 --------Ni Z=29 - [Ar] 4s1 3d10 -------Cu Z=30 - [Ar] 4s2 3d10 -------Zn Por quê o orbital 4s é preenchido antes do 3d? O orbital s é mais penetrante e, conseqüentemente, os elétrons sentem menos a presença dos outros. Por estar mais próximo ao núcleo, a energia é mais baixa (mais negativa), fazendo com que um elétron 4s tenha energia menor do que um 3d. Por quê o orbital 4s do Cr e Cu é semi-preenchido ? 49 Distribuição Eletrônica para Metais de Transição A resposta à esta questão está na estabilidade extra que uma camada cheia (ou semi-cheia) proporciona. Camada semi-cheia d5 Camada cheia d10 Ocupação simétrica Estabilidade extra Por essa razão, o elétron ocupa os orbitais d vazios, gerando uma camada semi-cheia (ou cheia) e, assim, ganha estabilidade extra devido a diminuição de energia. O emparelhamento de elétrons em um mesmo orbital envolve repulsão a qual aumenta a energia do orbital. 50 Na formação de cátions, inicialmente são removidos elétrons da camada ns e depois elétrons da camada(n - 1). Ex: Fe [Ar] 4s2 3d6 perde inicialmente 2 elétrons ---> Fe2+ [Ar] 4s0 3d6 Distribuição Eletrônica para Metais de Transição 4s 3d 3d 4s Fe Fe2+ 3d 4s Fe3+ 51 Orbitais 4f usados para Ce - Lu e 5f para Th - Lr Distribuição Eletrônica para Lantanídeos Todos estes elementos tem configuração [elétrons internos]nsx(n - 1)dy(n - 2)fz e são chamados de elementos do bloco f 52 Configuração Eletrônicas dos Elementos Exercícios Dê os quatro números quânticos para: 3p4; 5d5. Dê a notação de configuração eletrônica para: n = 5, l = 2, ml = +2, ms = -1/2 n = 1, l = 0, ml = 0, ms = +1/2 Slide 1: O Átomo e o Mundo Quântico Slide 2 Slide 3 Slide 4 Slide 5 Slide 6 Slide 7 Slide 8: Modelo de Bohr - 1913 Slide 9 Slide 10 Slide 11 Slide 12 Slide 13 Slide 14 Slide 15 Slide 16 Slide 17 Slide 18 Slide 19 Slide 20 Slide 21 Slide 22: Formatos dos Orbitais f Slide 23 Slide 24 Slide 25 Slide 26 Slide 27 Slide 28 Slide 29 Slide 30 Slide 31: A Energia dos Orbitais em um Átomo Polieletrônico Slide 32 Slide 33 Slide 34 Slide35 Slide 36 Slide 37 Slide 38 Slide 39 Slide 40 Slide 41 Slide 42 Slide 43 Slide 44: Alumínio - Al Slide 45: Fósforo - P Slide 46: Formação de Cátions e Ânions – Elementos Representativos Slide 47: Metais de transição Slide 48 Slide 49: Distribuição Eletrônica para Metais de Transição Slide 50 Slide 51 Slide 52 Slide 53