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Técnico em Radiologia 
 
 
Fundamentos da Radiologia 
 
 
 
 
 
 
Fundamentos da Radiologia Página 2 
 
História 
 Ao final do século 19, mais precisamente ao cair da noite de uma sexta-feira, 8 de novembro de 
1895, o Prof. Wilhelm Conrad Röntgen, no laboratório na Baviera, sul da Alemanha, descobriu os 
raios X. 
 
 
Laboratório de Röntgen. 
 Observando a fluorescência emanada de uma placa de papelão recoberta com platino cianeto de 
bário, na sala escura, este professor, aos cinqüenta anos de idade, investigador brilhante, 
perfeccionista e astuto, fez uma das mais importantes descobertas científicas da humanidade. 
 Voltando a Wurzburg em 1888, após ter lecionado física em Estrasburgo, matemática em 
Hohenhein, física em Giessem, sentia-se realizado, pois esta mesma Universidade que agora o 
convidava para a direção do Instituto de Física havia lhe negado a livre docência 16 anos antes. 
 
 
Uma radiografia feita por Röntgen. 
 As descargas elétricas em tubos de gás eram o grande tema das pesquisas da época e reservou, 
no novo prédio do Instituto que dirigia duas salas ao fundo do grande saguão de entrada, com janelas 
dando para os jardins, para suas experiências neste campo. Para lá foram levados, em outubro de 
1888, uma bobina de Rumkorff, uma bomba vácuo, tubos Hittorff-Crookes, tubos Lenard, enfim, o 
equipamento necessário para este tipo de pesquisa. 
http://pt.wikipedia.org/wiki/8_de_novembro
http://pt.wikipedia.org/wiki/1895
http://pt.wikipedia.org/wiki/Wilhelm_Conrad_R%C3%B6ntgen
http://pt.wikipedia.org/wiki/Baviera
http://pt.wikipedia.org/wiki/Alemanha
http://pt.wikipedia.org/wiki/Wilhelm_R%C3%B6ntgen
 
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 A passagem da corrente de alta tensão através dos tubos Hittorff-Crokes causava uma 
luminescência muito intensa no interior do tubo e como pretendia testar a fluorescência do platino 
cianeto de bário que era muito fraca, cobriu cuidadosamente o tubo com papelão preto de tal 
maneira que a luminosidade do tubo não impedisse a visualização de outros fenômenos. 
 Ao escurecer a sala para verificar se o tubo estava bem impermeável à luz e ligando a bobina de 
Rumkorff que fornecia a alta tensão para o tubo, notou uma tênue fluorescência sobre a bancada a 
quase um metro de distância. 
 Como o tubo estava altamente recoberto com papel preto aquela luz não podia ser devida a 
reflexos e sim, que a placa de substância fluorescente emitia luz porque estava sendo atingida por 
algum tipo desconhecido de radiação, que se originando no interior do tubo atravessava o invólucro 
opaco à luz e causava aquela fluorescência. Raios catódicos que atravessavam uma finíssima lâmina 
de alumínio nos tubos Lenard também produziam já se sabia fluorescência no écran de platino 
cianeto de bário, porém apenas a alguns centímetros do tubo e jamais àquela distância agora notada. 
 
 
Wilhelm Conrad Röntgen (1845--1923). 
 Fascinado por esta observação passou todo o fim de semana trancado no laboratório onde 
comia e dormia, e no qual, em experimentos com o material que dispunha à mão, investigou a 
capacidade destes raios de penetrar em corpos opacos à luz interpondo entre o tubo e a placa 
praticamente o que pudesse encontrar. 
 Sabendo que os raios catódicos sensibilizavam filmes fotográficos, investigou para saber se 
estes raios, que ele agora descobria, também tinham esta propriedade. Pedaços de diferentes metais, 
livros, pesos de balança, sua espingarda de caça, foram um a um radiografados então. 
 Havendo notando que enquanto segurava os objetos entre o tubo e écran de platino cianeto de 
bário tinha visto a imagem dos ossos de sua mão, Rontgen decidiu investigar sobre este assunto para 
 
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isto convenceu D. Bertha, sua esposa, a colocar a mão sobre um filme fotográfico em chassi de papel e 
ligou o tubo durante 15 minutos. O filme revelado mostrou claramente a imagem dos ossos e uma 
nova era na ciência estava inaugurada. 
Nele, o autor descreve minuciosamente suas experiências e observações e relata que: 
1. Os raios X atravessam corpos opacos à luz; 
2. Provocam fluorescência em certos materiais; 
3. A radiopacidade dos corpos é proporcional à sua densidade e para aqueles de mesma 
densidade, à espessura; 
4. São invisíveis; 
5. Não são refratários, nem refletíveis, nem podem ser focalizados por lentes; 
6. Não são defletidos por campos magnéticos; 
7. Os raios X originam-se do ponto de impacto dos raios catódicos no vidro do tubo de gás; 
8. Os raios X propagam-se em linha reta; 
9. Não sofrem polarização. 
 Por este trabalho recebeu em 1901 o primeiro Prêmio Nobel de Física. Mais de vinte e cinco 
anos se passaram antes que novas características destes raios fossem descobertas. 
 Após a comunicação nos meios científicos, centenas de trabalhos foram publicados apenas no 
primeiro ano após a descoberta, mesmo porque os laboratórios de física da época estavam equipados 
para produzi-los. 
 Cerca de 20 dias após a comunicação de Röntgen, Dr. Otto Walkhoff, de Brausnchweig, 
Alemanha, fez a primeira radiografia dental. Esta foi conseguida usando uma placa de vidro com 
emulsão fotográfica, envolvida em papel preto e lençol de borracha. A radiografia foi tomada de sua 
própria boca com um tempo de exposição de 25 minutos. 
Primeiro Aparelho de Raios X 
 O aparelho fabricado em 1897, sob a supervisão direta de Roentgen, foi então enviado para o 
Brasil. Chegando ao país, foi transportado em caixotes, em lombo de burros e carros de boi, de 
Tamanduá, atual Itapecerica até Formiga. Uma árdua viagem de 70 km que durou 1 semana. 
 O aparelho da marca Siemens era rudimentar, com bobinas de Rhumkorff, de 70 centímetros 
cada uma e tubos tipo Crookes . Como não havia eletricidade na época em Formiga, o aparelho foi 
inicialmente alimentado por baterias e pilhas Leclancher rudimentares de 0,75 HP. Após resultados 
insatisfatórios, o Dr. Pires teve que instalar um motor fixo de gasolina como gerador elétrico. 
 Para colocar o aparelho em funcionamento, o Dr.Pires só dispunha do manual de instruções e da 
ajuda da esposa, filhos e amigos. Foi o bastante. Utilizando-se de chapas de vidro fotográfico, logo o 
doutor estava produzindo as primeiras radiografias com finalidade diagnóstica da América do Sul. 
A primeira chapa radiográfica, realizada em 1898, tratava-se de um corpo estranho na mão, tendo 
sido um dos primeiros clientes, o então ministro Lauro Muller. 
http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Brausnchweig&action=edit&redlink=1
http://pt.wikipedia.org/wiki/Boca
 
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Naquela época, uma chapa radiológica de tórax demorava cerca de 30 minutos e uma de crânio em 
torno de 45 minutos. Além da intensa radiação que se espalhava pelo ambiente, o excesso de 
exposição não permitia ao paciente ficar sem respirar, o que tornava impossível uma boa definição 
da imagem. 
 
 
Primeiro Aparelho de Raios X 
 
Abreugrafia 
 Em julho de 1936 o Dr. Manoel Dias Abreu apresentou à sociedade no Rio de Janeiro, um 
exame que ele mesmo criou chamado Roentgenfotografia (Abreugrafia), que revolucionou o 
diagnóstico e tratamento da Tuberculose, o primeiro a falar sobre Densitometria Pulmonar. 
 Tal era a aprovação e o entusiasmo pelo método na época que, somente na Alemanha, até o 
ano de 1938, o número de exames realizados já ultrapassava 500 mil. 
 
 A importância da obra de Manoel de Abreu também levou a criação da Sociedade Brasileira de 
Abreugrafia em 1957 e à publicação da Revista Brasileira de Abreugrafia. 
Entre 1899 e 1912, segundo citação 
que deixou, adquiriu todos os tipos 
de tubos fabricados pela Siemens. 
 
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 Nas últimas décadas, a manutenção precária dos equipamentosbrasileiros (que facilitava o 
excesso de exposição à radiação ionizante) e as diretrizes de proteção radiológica cada vez mais 
rigorosas acabaram limitando a utilização do método nos diversos países. A radiologia brasileira, no 
entanto, já havia dado uma importante contribuição para a Medicina Mundial. 
 
Primeiros professores de Radiologia 
Rafael de Barros - Primeiro professor de Radiologia de São Paulo - 1913. Santa Casa de 
Misericórdia. 
 
Duque Estrada - Primeiro professor de Radiologia do Rio de Janeiro - 1913. Santa Casa de 
Misericórdia. 
 
Introdução 
O Que é Radiologia? 
Radiologia: Ciência que estuda as radiações e as aplicações da mesma, mediante a área médica e 
industrial. 
Radiografia: Imagem passível de leitura e diagnóstico que utiliza a radiação X como agente 
principal. 
Sub Áreas da Radiologia 
Radiologia Convencional 
Radiologia Veterinária 
Radiologia Odontológica 
Equipamento de Raios X 
 
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Radiologia Forense 
Radiologia Industrial 
TC: Tomografia Computadorizada 
RM: Ressonância Magnética 
Mamografia 
Medicina Nuclear 
DO: Densitometria Óssea 
Radiologia Convencional 
Convencional: Comum, Simplicidade. Dividida em exames simples e contrastados; 
Simples: Não necessita de algum tipo de preparo; 
Contrastados: Necessitam de algum tipo de preparo; 
 
 
 
 
O Que São Raios x? 
 Os raios x são ondas eletromagnéticas, de comprimento de onda muito curto e com alto poder 
de penetração 
Figura: 1 Radiografia Simples de Tórax em PA 
Figura: 2 Radiografia Com Contraste- Exame Enema Opaco 
 
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Produção dos Raios X 
 A produção dos raios X é explicada do seguinte modo: os elétrons emitidos pelo catodo são 
fortemente atraídos pelo anodo, e chegam a este com grande energia cinética. 
 Chocando-se com o anodo, eles perdem a energia cinética, e cedem energia aos elétrons que 
estão nos átomos do anodo. Estes elétrons são então acelerados. E acelerados, emitem ondas 
eletromagnéticas que são os raios X. Já tínhamos visto que os raios X são ondas eletromagnéticas de 
comprimento de onda muito pequeno. 
Tubo de Raios X (Ampola) 
 O tubo (ampola) é um componente do aparelho de raios x que dificilmente pode ser visto, pois 
está contido na calota (carcaça protetora). Ele fica imerso em uma quantidade razoável de óleo 
recipiente para expansão de óleo para dissipar o calor e é constituído basicamente de um invólucro 
de vidro fechado a vácuo contendo dois eletrodo: O cátodo filamento(-) e o anodo alvo (+). 
Propriedade dos Raios X 
1. Sendo ondas eletromagnéticas, os raios X possuem todas as propriedades gerais dessas 
ondas, que o leitor já conhece para o caso da luz: sofrem reflexão, refração, interferência, 
difração, polarização. 
2. Propagam-se em linha reta, com velocidade igual à da luz. 
3. Tornam fluorescentes muitos corpos sobre os quais incidem, como por exemplo, platino 
cianureto de bário (e por esta propriedade que permitiu sua descoberta). 
4. Provocam ação química em certas substâncias. Por exemplo, impressionam chapas 
fotográficas. Esta propriedade é muito mais intensa nos raios X que na luz, porque, como eles 
têm menor comprimento de onda, têm maior energia que a luz. Eles impressionam chapas 
fotográficas mesmo quando elas estão protegidas por superfícies que a luz não atravessa, 
como por exemplo, caixas de papelão, ou papel preto, etc.. 
5. Atravessam grandes espessuras de materiais. A facilidade maior ou menor com que os raios X 
atravessam as substâncias depende do comprimento de onda dos raios X, da espessura da 
substância e do seu peso atômico. 
6. Os raios X de menor comprimento de onda, da ordem de 0,01A, têm maior facilidade para 
penetrar nos corpos: são chamados raios X duros. Os de maior comprimento de onda, da 
ordem de 1A, penetram menos nos corpos: são chamados raios X moles. Atravessam com 
grande facilidade as substâncias de pequeno peso atômico, como por exemplo, os elementos 
fundamentais dos corpos orgânicos, carbono, hidrogênio, oxigênio e nitrogênio. As 
substâncias pesadas são dificilmente atravessadas. Assim, o chumbo é usado freqüentemente 
para barrar os raios X. 
7. Ionizam as moléculas dos gases por onde passam, isto é, arrancam elétrons dessas moléculas. 
8. Como são ondas eletromagnéticas, e, portanto, não têm carga elétrica, não são desviados por 
campo elétrico, nem por campo magnético. 
9. Os raios X são usados em medicina para radiografias e para cura de certos tumores e certas 
moléstias de pele. 
Parte Geradora do Equipamento de Raios X 
 
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 A parte geradora do equipamento de raios x, responsável pela geração do feixe de radiação, 
é composta pelo transformador ( gerador) de alta tensão com retificadores de corrente, mesa de 
comando, sistema emissor de raios x inserido na cúpula. Cabos elétricos que ligam a mesa de 
comando ao gerador, e os cabos de alta tensão que ligam o gerador ao tubo de raios x. 
 
 
 A mesa de comando de um equipamento gerador de raios x é o local onde se comanda a 
produção do feixe de radiação. Nela, existem basicamente os seguintes comandos: 
 Botão para ligar/ desligar o equipamento 
 Controle da quilovoltagem (kV) 
 Controle da Miliamperagem ( ma) 
 Controle do tempo de exposição(s), que junto com a miliamperagem (ma) resulta na 
miliamperagem segundo (mas). 
 Controle de foco grosso/fino 
 Comando para radioscopia/radiografia alguns equipamentos. 
 Botão de disparo 
Cúpula de Raios X em corte 
 
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Classificação Básica dos Aparelhos de Raios X 
 
 
 
 
 
Mesa de Comando do Equipamento de Raios X 
Aparelho Portátil (Estacionário) 
Trata-se do aparelho móvel utilizado para exames em leito, centro 
cirúrgico etc. Sua utilização é restrita a exames para quais não sejam 
necessárias grandes cargas ou longos, períodos de exposição. Os exames 
mais comumente realizados com esse tipo de aparelho são as 
radiografias de tórax e extremidades em geral ( mão, 
punho,antebraço,pé,tornozelo e perna). 
 
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Fatores Que Afetam As Técnicas Radiográficas 
Foco Fino: Utilizado para se obter uma imagem radiográfica mais detalhada (50ma, 100ma, 150ma). 
Foco Grosso: Apresenta a vantagem de suportar alta corrente com tempo baixo (200 ma, 300 ma, ou 
mais). 
Distância Foco-Filme: Quanto maior a DFF, menor o poder de penetração dos raios x e vice-versa. 
Efeito Anódico: A intensidade de radiação emitida pela extremidade do cátodo é maior que a 
extremidade do ânodo. 
Angulação do tubo de Raios X: Com angulação do tubo é necessário aumentar de 2 a 4KV. 
Fatores Relacionados ao Pacientes 
Espessura: A espessura do paciente altera consideravelmente a técnica radiográfica – quanto mais 
espesso, mais radiação deve ser usada. 
Distância Foco Objeto: DFO e Distância Objeto Filme 
DFO: Não deve ser inferior a 25 cm. Observando atentamente a DFO você estará protegendo o 
paciente contra efeitos nocivos dos raios x. 
DOF: Quanto maior a DOF, maior será a imagem do órgão radiografado. Isso é ruim, pois provoca 
uma distorção da imagem radiográfica. 
Aparelho Fixo: 
 Aparelho fixo é aquele que se encontra instalado em uma 
sala do setor de radiologia, com uma mesa horizontal 
dotada de um dispositivo que pode fazer com que uma de 
suas extremidades adote a posição vertical. Essa mesa 
contém uma gaveta na qual há uma grade que se movimenta 
durante ao disparo dos raios x. 
Geralmente esse aparelho tem acoplado a si um acessório 
com écran radioscópico chamado de intensificador de 
imagem, o qual possibilita a realização de exames especiais 
de (EDD,Enema Opaco,etc.).Além deste, existe ainda , na sala 
de exames,uma outra gaveta com grade, adaptada a uma 
coluna vertical chamada estativa, utilizada para realização 
de examesna posição ortostática ( em pé). 
 
 
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Inspiração: Movimento de expansão do tórax que possibilita a entrada de ar nos pulmões. 
Expiração: Movimento de contração do tórax que causa a saída de ar dos pulmões. 
Idade: Em cada uma das fases de crescimento do ser humano, o individuo oferece certa resistência à 
penetração dos raios x. 
Sexo: É preciso observar a diferença da densidade dos órgãos masculinos e feminino. As mulheres 
são mais resistentes à penetração dos raios x, devido ao tecido dos seus órgãos serem mais úmidos e 
gordurosos. Nesse caso, deve-se aumentar ligeiramente a tensão. 
Imobilidade: Deve-se observar imobilidade do paciente, pois ao menor movimento, a imagem se 
apresentará tremida. 
Estado Fisiopatológico: Trata-se do estado de saúde do paciente, Pessoas debilitadas e fracas 
devem ser radiografadas em decúbito dorsal. Certas doenças provocam relaxamento da parte 
muscular e dos tecidos, tornando-se mais sensíveis à penetração dos raios x. 
Fatores Que Afetam a Absorção de Raios X 
Espessura do Objeto: Um pedaço de material grosso é capaz de absorver mais radiação. 
Densidade do Objeto: Uma polegada de água absorve mais raios x que uma polegada de vapor. 
Número Atômico: A quantidade de radiação utilizada para determinado exame depende do número 
atômico que a região radiografada possui. Cada parte do corpo possui um número atômico. 
Tensão: Raios X produzidos a baixa energia (grande comprimento de onda) ou tensão são mais bem 
absorvidos. Raios X de alta energia (curto comprimento de onda ( são mais penetrantes). 
 
Principais Fatores Técnicos de Exposição 
Tensão 
 A tensão medida em quilo volts - kV expressa a qualidade dos raios x utilizados em um 
determinado exame radiológico. Quanto maior a tensão utilizada, mais penetrantes serão os raios x, 
maior será a sua capacidade de atravessar materiais mais espessos e mais densos. 
 Pode-se determinar a tensão de uma parte do corpo a ser radiografado com o auxilio de um 
acessório chamado de espessômetro e da aplicação da seguinte fórmula: KV=2x E+K, em que (E) 
representa a espessura da parte a ser radiografada e (K), a constate do aparelho. 
Espessômetro 
 
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Corrente ( mA ) 
 A corrente medida em miliampéres – mA expressa a quantidade de raios x utilizados em um 
determinado exame, conforme o aquecimento fornecido ao cátodo. A corrente está sempre 
intimamente ligada ao tempo de exposição. 
Tempo de Exposição 
 Expressa a duração da emissão dos raios x condicionados também a quantidade de raios 
utilizada em determinado exame radiológico. 
Distância Foco Filme 
1. Quanto maior a DFF, menor o poder de penetração dos raios X 
2. Para cada 10 kv a mais, diminuir a miliamperagem –segundo ( mas) pela metade. 
3. Para cada 10 kv a menos, dobrar a miliamperagem- segundo (mas) 
4. Para cada 10cm de aumento na DFF, aumentar 4kv 
5. Para cada 10 cm que diminuir na DFF diminuir 4kv 
Atenção: Uma mudança de tensão para mais ou para menos resulta em uma mudança no 
poder de penetração dos raios X. 
Qualidade da Imagem Radiográfica 
Descrição: Fabricado em alumínio polido ou em aço inoxidável. 
Utilização: Permite nítida observação de medidas até 16 
polegadas ou 40 cm. 
 
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A Importância da Nitidez na Imagem Radiográfica 
 A nitidez pode ser definida como delimitação mensurável dos detalhes de uma imagem, ou seja, 
uma boa visualização dos contornos de uma região anatômica. 
 A falta de nitidez de uma imagem, também denominada Flou, corresponde a uma imagem com 
contornos pouco definidos ( borrados). Pode ser dividida em dois grupos: estática ( geométrica) e 
dinâmica( cinética). 
Falta de Nitidez Estática 
 É determinada, basicamente pelos fatores geométricos da formação da imagem radiográfica 
tais como tamanho do foco: DFF, DOF, e contato filme e écran. 
Falta de Nitidez Dinâmica 
 É causada pelo movimento ( voluntario ou involuntário) do órgão ou região examinada. A 
eliminação da falta de nitidez dinâmica é obtida pela redução do tempo de exposição. 
Contraste na Imagem Radiográfica 
 O contraste pode ser definido como sendo a diferença entre as densidades ópticas máximas 
(preto) e mínimas (branco) da imagem radiográfica, podendo ser influenciado pelo nível de 
exposição e pela radiação espalhada. 
 A radiação espalhada secundária deve ser eliminada ou reduzida ao máximo possível, para 
evitar perda da qualidade da imagem radiográfica. Isso pode ser obtido mediante a limitação do 
campo irradiado e com a utilização de grade antidifusora. 
A qualidade da imagem radiográfica se refere á relação 
de princípios físicos que regem a formação com 
aparência dessa imagem. 
 A qualidade diagnóstica da imagem leva em 
consideração o tipo de informação que se pretende 
obter da imagem, Uma imagem de boa qualidade deve 
reunir o máximo de contraste e nitidez, primando, 
sempre a maior proteção radiológica possível do 
paciente. 
 
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Grade Antidifusora 
 
Limitadores de Campo 
 A grade antidifusora, criada pelo Dr. 
Gustavo Bock, consiste em um conjunto de 
finas lâminas de chumbo separadas por um 
material radio transparente muito leve 
(papel) fibra de carbono etc. cujas bordas 
superiores e inferiores são paralelas. 
São dois tipos de grades Fixas e Móvel. 
Grade Antidifusora Fixa 
 Não possui movimento, fato que 
produz o inconveniente de projetar no filme 
radiográfico a imagem das finas lâminas de 
chumbo como finas linhas radiopacas 
brancas. 
Geralmente é utilizado em exames de 
pacientes acamados exame no leito ou no 
ato operatório centro cirúrgico. 
Grade Antidifusora Móvel 
 O sistema de grade móvel, também 
conhecida como potter bucky. 
 
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Cones e Cilindros de Extensão 
 
Colimador Ajustável 
 Também denominado colimador luminoso, é o mais comum dos limitadores de campo 
produz um campo de radiação quadrado ou retangular de tamanhos ajustáveis. 
 Esse colimador possui um localizador luminoso, composto por uma lâmpada e um espelho 
radio transparente. 
 É constituído por dois grupos de lâminas de aproximadamente 3 mm de espessura. São 
móveis e possuem ajuste independente. 
 O localizador luminoso, quando bem regulado com o colimador, permite uma localização exata 
da área a ser irradiada. 
Artefatos 
 São diafragmas ( máscaras), cones e cilindros e colimadores 
ajustáveis que possuem a função de limitar o campo irradiado, 
evitando a irradiação de zonas inúteis ao exame. 
 Assim, é reduzida conseqüentemente a radiação espalhada 
secundária. 
 São tubos de metal de forma cônica ou cilíndrica, abertos nas 
extremidades e revestidos internamente, com chumbo (PB). 
 Melhoram a qualidade da imagem através da redução da 
radiação espalhada (secundaria) e da redução da penumbra da 
imagem radiográfica. 
 
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 São variações de densidade indesejáveis apresentadas sob a forma de manchas na radiografia. 
Principais causas de aparecimentos de artefatos nas radiografias são: 
1. Manuseio com mãos úmidas. 
2. Pressão e deformação física do filme radiográfico 
3. Exposição prolongada a luz de segurança na câmara escura. 
4. Fricção do filme radiográfico exposto ou virgem não exposto. 
5. Contato de filmes radiográficos com líquidos. 
6. Validade do filme radiográfico. 
Tipos de Identificação 
 O numerador alfa numérico mais comum é feito de uma base de acrílico ou com 
alumínio, com letras e números de chumbo. 
 As câmaras identificadoras fotografam os dados do paciente, escritos ou impressos em 
pedaço de papel, no filme radiográfico,através de um chassi com janela. 
 Possui a vantagem de se colocar um grande número de informações e a grande 
desvantagem de em alguns casos, não permitir o correto posicionamento da identificação na 
radiografia devido á posição fixa da janela no chassi. 
 
 
 
 
 
 
Identificadora automática AGFA, usada com 
chassis de janela, identifica corretamente a 
radiografia colocando um maior numero de 
informações do paciente. 
 
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 Dados da Identificação Radiográfica 
 A identificação de uma radiografia deve conter, no mínimo, os seguintes dados: 
 Nome ou logotipo da instituição onde foi realizado o exame; 
 Data (dia/mês/ano) da realização do exame; 
 Iniciais do pacientes; 
 Número de registro do exame no serviço de radiologia; 
 A letra (D ou E) que identifica o lado do posicionamento do paciente; 
 Nome do técnico responsável pela realização do exame. 
 Identificação das Imagens Radiográficas 
 Todos os estudos radiológicos necessitam de identificação para a localização dos respectivos 
pacientes e reconhecimento de partes do corpo. 
 A identificação deverá estar impressa e legível na radiografia, sem sobrepor estruturas 
importantes do exame radiográfico. Pode ser feita usando-se um numerador alfa numérico, ou 
câmaras de identificadoras. Deve ser evitada a identificação escrita com caneta ou com etiqueta 
colada diretamente na radiografia. 
 Visualização da Identificação 
 O numerador deve ser posicionado com a sua face anterior em contato com o chassi. 
 A identificação deverá sempre estar posicionada sobre o receptor de imagem ao lado direito 
do paciente. E nunca sobre a estativa ou mesa de exames. 
 Quando a imagem radiográfica estiver no negatoscópio acessório utilizado para a visualização 
radiográfica, deverá ser vista com a identificação do lado esquerdo do observador. Isso facilita a 
observação de algumas estruturas anatômicas difíceis de ser reconhecidas. 
Em caso de suspeita de uma identificação incorreta, o exame deverá ser repetido afim de que se 
possa contribuir para um diagnóstico mais preciso. 
Negatoscópio 
 
Acessório utilizado na visualização das radiografias. 
Feito com ferro em material plástico leitoso ( branco) possui 
vários tamanhos. 
 
 Feito com ferro em material plástico leitoso ( branco) 
possui vários tamanhos. 
 
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 Bibliografia 
Biasoli júnior, Antônio Mendes. Técnicas Radiográficas – Rio de Janeiro: Livraria 
e Editora Rúbio, 2006. 
Bontrager Tratado de Técnicas Radiológicas e Base Anatômica 5 Ed Editora 
Rúbio Janeiro de 2005. 
Savarego Simone Manual de Posicionamento para Estágio em Radiologia São 
Caetano do Sul SP 2007.

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