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Aula Annelida
Disciplina: Zoologia Básica (CH0899)
Prof. Paulo Cascon
Departamento de Biologia
Universidade Federal do Ceará
FILO ANNELIDA
• Latim: annellus ou annelus, diminutivo de 
anulus = anel + ida = sufixo plural.
• 20.000 espécies: 
– MARINHAS: 2/3 das espécies; da faixa entre-
marés até grandes profundidades; maioria 
BENTÔNICA, algumas formas NECTÔNICAS. 
– TERRESTRES. 
– ÁGUA DOCE.
FILO ANNELIDA
https://www.batepapocomnetuno.com/post/divis%C3%B5es-oceanogr%C3%A1ficas
Divisões básicas das zonas oceânicas sob o ponto de vista 
ecológico. Adaptado 
http://m1.paperblog.com/i/202/2022745/ecosistemas-agua-salada-zona-neritica-R-86SZhB.jpeg
• PLANCTÔNICOS: organismos aquáticos que, ainda que 
possam apresentar movimentos próprios, se deslocam 
passivamente na coluna d’ água, arrastados pelas ondas 
e correntes. 
• NECTÔNICOS: organismos 
aquáticos que se deslocam 
ativamente na coluna d’ água, 
sendo capazes de nadar e 
vencer as correntes. 
– NECTON PELÁGICO: NÃO 
vivem próximo ou sobre o 
fundo do ambiente aquático. 
– NECTON DEMERSAL: 
vivem próximo ou sobre o 
fundo do ambiente aquático. 
• NEUSTÔNICOS: organismos que vivem na interface 
ar/água na superfície de corpos d’água. Biota que vive 
sobre ou imediatamente abaixo da camada superficial da 
água.
• BENTÔNICOS: organismos 
aquáticos que vivem associados ao 
substrato do corpo d’água. Alguns 
são fixos no substrato (SÉSSEIS), 
outros se locomovem no substrato 
(VÁGEIS). Organismos 
SEDENTÁRIOS permanecem a 
maior parte do tempo sem se 
deslocar.
– EPIBENTÔNICO (epifauna): 
vivem sobre o substrato.
– ENDOBENTÔNICO (endofauna); 
vivem dentro do substrato.
• Triblásticos.
• Simetria bilateral.
• Tubo digestivo completo, com boca e ânus.
• Celomados (celoma formado por esquizocelia).
• SEGMENTADOS.
Filo Annelida
• Corpo apresenta SEGMENTAÇÃO 
(metamerismo): série linear de segmentos 
(= metâmeros = somitos) corporais 
fundamentalmente semelhantes em estrutura.
ANNELIDA
SEGMENTAÇÃO ANNELIDA
CELOMA
SEPTO (PARTIÇÃO 
ENTRE SEGMENTOS)
• CORPO SEGMENTADO => Presença de várias 
partições (SEPTOS) dividindo a cavidade celômica 
em uma série de compartimentos.
• Segmentação foi perdida secundariamente por 
alguns grupos, p. ex. Hirudinida (sanguessugas).
• A segmentação provavelmente evoluiu como 
uma adaptação para a ESCAVAÇÃO 
PERISTÁLTICA em substratos macios => a 
segmentação do esqueleto celomático 
hidrostático possibilita aos animais 
segmentados se enterrar mais eficientemente 
que as formas não segmentadas.
EVOLUÇÃO DA SEGMENTAÇÃO
• Nos vermes NÃO SEGMENTADOS a força de 
contração muscular em uma área é transferida 
para todo corpo pelo fluido do celoma não 
dividido.
VANTAGENS ADAPTATIVAS DA SEGMENTAÇÃO
Não Segmentado Segmentado
VANTAGENS ADAPTATIVAS DA SEGMENTAÇÃO
Não Segmentado Segmentado
• Nos vermes SEGMENTADOS os septos permitem que cada 
um dos segmentos preenchidos por fluido respondesse 
individualmente a uma contração muscular local => um 
segmento poderia estar curto e largo enquanto outro estava 
longo e estreito. Escavação peristática mais eficiente!
• MOVIMENTAÇÃO PERISTÁLTICA:
– Ondas alternadas de contrações das 
musculaturas longitudinal e circular.
– Contração da MUSCULATURA LONGITUDINAL: 
encurtamento e alargamento do segmento.
– Contração da MUSCULATURA CIRCULAR: 
alongamento e afilamento do segmento.
EVOLUÇÃO DA SEGMENTAÇÃO
file:///C:/Users/paulo/OneDrive/Área de Trabalho/BKP HD Antigo/Zoologia Biotecnologia/Aula 07 - Annelida/oligochaete.exe
Locomoção 
minhocas
https://www.youtube.com/watch?v=0Texxu3p7I8
Segmentação
• A divisão do celoma em uma série de 
compartimentos pelos septos levou a uma 
repetição dos componentes da maioria dos 
sistemas do corpo em cada segmento formado.
Segmentação (Metameria) Annelida
• A repetição da maioria dos elementos 
internos e externos em cada segmento – 
é conhecida como HOMOLOGIA 
SERIADA. 
SEGMENTAÇÃO ANNELIDA
• HOMOLOGIA SERIADA: refere-se às estruturas 
corporais com as mesmas origens genéticas e de 
desenvolvimento, que se formam repetidamente 
durante a ontogenia de um organismo.
SEGMENTAÇÃO ANNELIDA
• Os cordões nervosos, os vasos sanguíneos 
dorsal e ventral e o tubo digestivo estendem-
se ao longo do comprimento do corpo e dos 
segmentos, atravessando os septos, NÃO 
apresentando, portanto, arranjo segmentar.
SEGMENTAÇÃO ANNELIDA
• Segmentos delimitados externamente 
por sulcos circulares =ÂNULOS.
Segmentação (Metameria) Annelida
• CELOMA preenchido 
por um líquido, 
funciona como um 
ESQUELETO 
HIDROSTÁTICO 
contra o qual os 
músculos agem para 
mudar a forma do 
corpo (volume do 
fluido se mantém 
constante).
Celoma Annelida
P
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M
IO
• Superfície de trocas gasosas. 
• Produção de correntes de água 
(respiração ou alimentação).
PARAPÓDIOS ANNELIDA
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Neph
tys_longosetosa_parapod_scaled.jpg
Parapódios Annelida
Hickman, C. P. Jr. Et al. (2016) Princípios Integrados de Zoologia. 16ª Edição; Guanabara Koogan, 937 pp.
Sistema Nervoso Annelida
• Um par de 
cordões 
nervosos 
longitudinais 
ventrais, 
geralmente 
fundidos em 
graus variados.
• Cérebro 
anterior dorsal 
(acima do tudo 
digestivo), 
geralmente 
bilobado.
• Um par de 
conectivos 
circunfaríngeos 
ligam o cérebro 
dorsal ao par de 
cordões nervosos 
longitudinais 
ventrais. 
• Um par de gânglios 
em cada segmento. 
• Um nervo 
transversal 
(comissura) ligando 
os gânglios em cada 
segmento => arranjo 
em “escada”. 
Sistema Nervoso Annelida
Figura 19.50 Sistema nervoso em Oligochaeta. A. Corte longitudinal em vista lateral da região anterior da 
minhocavermelhadacalifórnia, Lumbricus rubellus, com destaque para as estruturas do sistema nervoso. 
Note a inervação da região anterior do corpo e a localização do cérebro no segundo segmento após o 
peristômio. (Imagem de Tatiana Menchini Steiner.) 
Fransozo, A.; Negreiros-Fransozo, M. L. (Orgs). (2016). Zoologia dos 
Invertebrados. ROCA, 1ª edição, 2016 ISBN: 9788527728065. 716 pp.
conectivo 
circunfaríngeo
Cordão nervoso ventral
Nervo segmentar
Gânglio subfaríngeo
Cérebro
Nervos 
prostomiais
Prostômio
Boca
Musculatura longitudinal
Musculatura circular
• Sistema duplo de transporte: fluido 
celomático e sistema circulatório 
FECHADO (perdido secundariamente 
por alguns grupos).
Transporte Interno Annelida
• Principais vasos sanguíneos: DORSAL (contrátil 
=órgão bombeador) e VENTRAL.
• Vasos laterais em cada segmento, ligando os 
vasos dorsal e ventral.
Transporte Interno Annelida
• “CORAÇÕES” = pares de vasos laterais 
anteriores contráteis, presentes em 
algumas minhocas.
Transporte Interno Annelida
“CORAÇÕES” 
TROCAS GASOSAS ANNELIDA
• Trocas gasosas através ,principalmente, da 
superfície do corpo. 
• Brânquias presentes em algumas espécies.
“POLYCHAETA” “OLIGOCHAETA” HIRUDINEA
• O número de segmentos varia de pouco 
menos que 10 a mais de 200, dependendo 
da espécie. 
• Os segmentos formam o tronco do 
animal.
SEGMENTOS CORPORAIS ANNELIDA
ANNELIDA 
TUBÍCOLAS
ANNELIDA ERRANTES
ANNELIDA HABITANTES DE 
BURACOS
../../../../../../../../../D/Photos/13nereis033.jpg
• PREDADORES (Raptoriais).
• DEPOSITÍVOROS (=SEDIMENTÍVOROS):
– DEPOSITÍVOROS NÃO SELETIVOS: ingerem o 
substrato e digerem a matéria orgânica contida 
nele.
– DEPOSITÍVOROS SELETIVOS: selecionam 
eficazmente a matéria orgânica do sedimento 
antes de a ingerir.
• SUSPENSÍVOROS:
– Removem partículas alimentares suspensas no 
meio circundante (água) por algum tipo de 
mecanismo de captura, aprisionamento ou 
filtração.
NUTRIÇÃO ANNELIDA
• Presas muitas vezes capturadas por uma faringe 
eversível que normalmente ostenta duas ou mais 
MANDÍBULAS córneas que podem conter um canal 
que libera veneno de uma glândula.
faringe evertida de 
um Nereididae 
(Errantia), Neanthes 
vaalii, exibindo as 
mandíbulas.
Predadores Annelida
Regeneração e Reprodução Clonal Annelida
• Capacidade de REGENERAÇÃO é relativamente 
grande em muitos anelídeos.
• Tentáculos, palpos, cirros e parapódios podem 
ser regenerados em muitas formas.
• Dodecaceria (Cirratulidae, 
Sedentaria) é capaz de 
fragmentar o corpo em 
segmentos individuais, 
sendo que cada um deles 
pode regenerar um 
indivíduo completo 
(=reprodução clonal).
Earthworm (Lumbricus terrestris) regenerating tail
Regeneração e Reprodução Clonal Annelida
http://www.arkive.org/media/39/394C5E2B-CB17-4F6A-A677-352073449103/Presentation.Large/photo.jpg
Reprodução Clonal Annelida 
• REPRODUÇÃO CLONAL pode ocorrer por:
– BROTAMENTO.
– FRAGMENTAÇÃO (FISSÃO) TRANSVERSAL.
Brotamento 
Reprodução Assexuada (Clonal) Annelida
• FRAGMENTAÇÃO (FISSÃO) TRANSVERSAL 
do verme parental em dois (ou mais) novos 
indivíduos:
• PARATOMIA: o corpo do adulto se 
diferencia em uma cadeia de zoóides 
antes que a fissão os separe em novos 
indivíduos.
• ARQUITOMIA: diferenciação ocorre após 
a fissão.
(Naididae, Clitellata) 
• GONOCORÍSTICOS ou HERMAFRODITAS.
• Fecundação EXTERNA ou INTERNA.
• Desenvolvimento DIRETO (sem fase larval) ou 
INDIRETO (com fase larval).
Reprodução Sexuada Annelida
• Desenvolvimento 
INDIRETO: embrião se 
desenvolve em uma LARVA 
TROCÓFORA planctônica, 
em forma de pião.
• LARVA TROCÓFORA: 
Annelida, Mollusca e 
Nemertea.
✓ LARVAS TROCÓFORAS PLANCTOTRÓFICAS:
 Maior desenvolvimento das estruturas larvais; 
alimentam-se de plâncton. Fase larval mais 
longa => maior potencial de dispersão.
✓ LARVASTROCÓFORAS LECITOTRÓFICAS: 
 Não se alimentam (se nutrem da provisão 
materna de vitelo que trazem no ovo); curta 
existência larval passada próxima ao fundo. 
Menor potencial de dispersão.
Em algumas formas a fase de larva trocófora 
ocorre dentro do ovo (desenvolvimento “direto”). 
Desenvolvimento Annelida
• EPITOQUIA: Fenômeno 
reprodutivo característico 
de muitos anelídeos 
marinhos com fertilização 
externa. 
• Consiste na formação de 
um indivíduo reprodutor 
pelágico, o EPÍTOCO, a 
partir de um indivíduo 
não reprodutor bentônico, 
o ÁTOCO. 
Epitoquia Annelida
• EPÍTOCOS reprodutivos podem surgir 
a partir de ÁTOCOS não-reprodutivos, 
através dos seguintes processos:
– Transformação direta de um 
indivíduo inteiro átoco em epítoco 
(Nereididae).
– Diferenciação e separação da 
extremidade posterior do átoco 
(Eunicidae).
– Produção de novos epítocos a partir 
de átocos através de reprodução 
assexuada (Syllidae).
Epitoquia Annelida
• As formas epítocas nadam de forma simultânea 
para a superfície liberando óvulos e 
espermatozoides (ENXAMEAMENTO), desta 
forma aumentando a probabilidade de 
fertilização. 
Epitoquia Annelida
• Machos e fêmeas se 
atraem e estimulam a 
liberação de gametas 
dos indívíduos do outro 
sexo. 
Polychaeta Syllidae durante o 
enxameamento. O macho está 
nadando ao redor da fêmea e 
liberando esperma.
Epitoquia Annelida
• Estímulos do ambiente 
como luminosidade e 
fases lunares podem 
induzir o 
enxameamento.
Epitoquia Annelida
The portion containing the reproductive gametes (the
epitoke) of the palolo worm, Palolo viridis, is considered a
delicacy in Samoa and other Pacific islands. (Photo:
Smithsonian Institution)
Annelida
Polychaeta
Oligochaeta
Hirudinida
Annelida
Polychaeta
Clitellata
 Oligochaeta
 Hirudinida
CLASSIFICAÇÃO TRADICIONAL DOS ANNELIDA
“Polychaeta” e 
“Oligochaeta” 
são parafiléticos!
Ruppert, E. E. et al (2005). Zoologia 
dos Invertebrados - uma abordagem 
funcional-evolutiva. 7ª Edição. Roca 
1168 pp.
HIRUDINIDAOLIGOCHAETAPOLYCHAETA
“POLYCHAETA” É 
PARAFILÉTICO!
FILOGENIA 
DOS 
ANNELIDA
Brusca, R. C., W. Moore and S. 
Schuster (2018). Invertebrados, 3rd 
ed. Guanabara Koogan. 1254 p.
SIPUNCULA
ECHIURA
CLITELLATA
Brusca, R. C., W. Moore 
and S. Schuster 
(2018). Invertebrados, 
3rd ed. Guanabara 
Koogan. 1254 p.
Filogenia 
dos 
Annelida
CLITELLATA
S
E
D
E
N
T
A
R
IA
CLITELLATA
• 6.000 espécies; minhocas, 
sanguessugas e animais 
semelhantes.
• Maioria terrestres ou de água-doce. 
Algumas formas marinhas.
• Ausência de PARAPÓDIOS 
(condição secundária).• CERDAS geralmente reduzidas ou 
ausentes.
• ESTRUTURAS SENSORIAIS no 
prostômio, peristômio ou pigídio 
ausentes ou muito reduzidas.
CLITELLATA
• Presença de CLITELO.
• Todos HERMAFRODITAS.
• DESENVOLVIMENTO DIRETO 
dentro de um casulo (sem 
larva trocófora).
• Cérebro POSTERIOR ao 
prostômio (localizado no 
prostômio nos demais 
Annelida).
Brusca, R. C., W. Moore and S. 
Schuster (2018). Invertebrados, 3rd 
ed. Guanabara Koogan. 1254 p.
RELAÇÕES FILOGENÉTICAS DOS CLITELLATA
“Oligochaeta”
Grupo parafilético
=> Sanguessugas “verdadeiras”HIRUDINOIDEA
Brusca, R. C., W. Moore and S. 
Schuster (2018). Invertebrados, 
3rd ed. Guanabara Koogan. 1254 p.
NAIDIDAEFilogenia 
dos 
Clitellata
NAIDIDAE CLITELLATA
• = TUBIFICIDAE.
• 700 espécies. 
• Maioria de água doce 
(límnicas).
• Alguns com brânquias.
• Corpo geralmente 
homônomo em toda sua 
extensão. 
• Probóscide prostomial 
alongada em várias 
espécies. 
Tubifex
Tubifex
• Formas Límnicas (água doce):
– Tubifex
NAIDIDAE CLITELLATA
Brusca, R. C., W. Moore 
and S. Schuster 
(2018). Invertebrados, 
3rd ed. Guanabara 
Koogan. 1254 p.
CRASSICLITELLATA
Filogenia dos Clitellata
CRASSICLITELLATA
• Minhocas e formas semelhantes; 
cerca de 3.000 espécies.
• Maioria terrestres no solo, alguns 
aquáticos e semiaquáticos. 
• Detritívoros e/ou depositívoros 
(sedimentívoros) diretos.
• Famílias com maior número de 
espécies: Megascolecidae, 
Lumbricidae e Glossoscolecidae. 
• Megascolides australis (Austrália), 
pode alcançar 3 m de 
comprimento.
CRASSICLITELLATA 
Lumbricidae 
/D/Photos/03deposit1.jpg
– Extensas galerias aumentam a drenagem e a 
aeração do solo.
– Manobras de escavação e defecação misturam e 
revolvem o solo, trazendo nutrientes do subsolo 
para camadas superficiais. 
– Arrastam material orgânico para as suas 
galerias, situadas próximo as raízes das 
plantas.
– Participam do processo de decomposição de 
matéria orgânica => ciclagem de nutrientes.
EFEITOS BENÉFICOS NA FERTILIDADE DO 
SOLO RESULTANTES DAS ATIVIDADES DAS 
MINHOCAS:
“O arado é uma das mais antigas e valiosas 
invenções do homem; mas muito antes dele 
existir, a terra era de fato regularmente arada 
e ainda continua sendo arada, por minhocas. 
É improvável que existam muitos outros 
animais que desempenharam um papel tão 
importante na história do mundo, como 
essas criaturas pobremente organizadas”.
13th century depiction of 
a ploughing peasant, 
Royal Library of Spain
Darwin, C. R. 1881. The formation of vegetable
mould, through the action of worms, with
observations on their habits. London: John Murray.
https://en.wikipedia.org/wiki/Peasant
MINHOCULTURA
http://www.minhobox.com.br/loja/produtos/loja-farinha.php
http://www.minhobox.com.br/loja/produtos/loja-aquario.php
http://www.minhobox.com.br/loja/produtos/loja-passaros.php
• CLITELO: zona glandular formada por 
um conjunto de segmentos adjacentes 
com epiderme entumescida por 
glândulas unicelulares.
REPRODUÇÃO CLITELLATA
CLITELO
• Posição variável na 
metade anterior do corpo.
• Composto por 2 (muitas 
formas aquáticas) à 60 
(Glossoscolecidae) 
segmentos.
• 6 a 7 segmentos em 
Lumbricus.
REPRODUÇÃO CLITELLATA
CLITELO
• Pode ser visível apenas durante 
o período reprodutivo.
• O CLITELO está localizado na 
área dos gonóporos em formas 
aquáticas e posteriormente aos 
gonóporos na maioria das 
formas terrestres.
REPRODUÇÃO CLITELLATA
CLITELO 
• Diferentes tipos de 
glândulas do clitelo 
produzem:
– Muco para cópula.
– Parede do casulo.
– Albumina para os 
ovos.
Secção através 
do clitelo de 
Lumbricus 
terrestris
REPRODUÇÃO 
CLITELLATA
Reprodução Minhocas
CÓPULA:
– FERTILIZAÇÃO CRUZADA => transferência 
mútua de espermatozóides (hermafroditas).
– Superfícies ventrais anteriores entram em 
contato.
– Espermatozóides de um transferidos para 
receptáculos seminais do outro.
Pênis inserido na 
espermateca
• Alguns dias depois da cópula, glândulas do 
clitelo secretam material quitinoso formando o 
CASULO. 
• Em seguida, outras glândulas do clitelo 
secretam ALBUMINA para dentro do casulo.
• Casulo então, começa a deslizar em direção a 
extremidade anterior do animal.
Reprodução Minhocas
• Ao longo do deslizamento, são expelidos para 
dentro do casulo, iniciamente os óvulos pelos 
gonóporos femininos e depois o esperma 
armazenado nos receptáculos seminais.
Reprodução Minhocas
• FERTILIZAÇÃO EXTERNA dentro do casulo.
• Casulo libera-se do corpo para o ambiente => 
extremidades do casulo se fecham.
Reprodução Minhocas
• Embriões com DESENVOLVIMENTO DIRETO 
(sem fase larval) dentro do casulo, durando 
de oito dias à vários meses.
Reprodução Minhocas
Brusca, R. C., W. Moore and S. 
Schuster (2018). Invertebrados, 
3rd ed. Guanabara Koogan. 1254 p. HIRUDINIDA
Filogenia 
dos 
Clitellata
 Sanguessugas.
510 spp ÁGUA-DOCE.
90 spp TERRESTRES em locais 
úmidos.
100 spp MARINHAS (4 registradas 
para o Brasil) => invasão 
secundária.
 Os mais especializados anelídeos.
 Em todo o mundo; mais 
abundantes em lagos temperados 
do hemisfério norte.
HIRUDINIDA ou HIRUDINEA
HIRUDINEA
• Relativamente 
grandes.
• Maioria entre 2 e 5 
cm de comprimento.
• MENOR: 1 cm.
• MAIOR: Haementeria 
ghilianii 30 (45?) cm 
(Amazônia).
 Corpo freqüentemente ACHATADO 
dorsoventralmente e AFILADO na parte 
anterior.
ANATOMIA EXTERNA HIRUDINEA
Segmentos em ambas 
extremidades modificam-se 
para formar VENTOSAS.
VENTOSA ANTERIOR: 
freqüentemente circunda a 
boca ventral.
 VENTOSA POSTERIOR: em 
forma de disco e de posição 
ventral. Formada pela fusão 
dos sete últimos 
segmentos (XXVII – XXXIV).
Ventosa Anterior MENOR 
que a Ventosa Posterior.
ANATOMIA EXTERNA 
27-34
Anatomia Externa Hirudinea
XXVII-XXXIV
 METAMERIA reduzida.
 34 segmentos (numerados em romanos).
SEPTOS intersegmentares ausentes.
 Cada segmento dividido por ANÉIS 
SECUNDÁRIOS EXTERNOS (de 2 a 16, 
numerados em arábicos) => obscurecem a 
segmentação real que é revelada pelos nervos 
segmentares.
Anatomia Externa Hirudinea
• CLITELO sempre formado pelos 
segmentos IX, X e XI e só conspícuo 
no período reprodutivo.
XXVII-XXXIV
Anatomia Externa 
Hirudinea
 SEM cerdas.
 ÂNUS -> na parte dorsal 
da região terminal.
file:///D:/Photos/13leech17.jpg
CUTÍCULA fina cobrindo uma camada 
única de CÉLULAS EPIDÉRMICAS..
Parede do Corpo e Celoma Hirudinea 
A camada de TECIDO CONJUNTIVO FIBROSO 
abaixo da epiderme é muito grossa, ocupando a 
maior parte do interior do corpo (preencheu o 
celoma).
Parede do Corpo e Celoma Hirudinea 
 Camadas de MÚSCULOS CIRCULARES, 
LONGITUDINAIS (muito desenvolvida), DORSO-
VENTRAIS e DIAGONAIS (helicoidal). 
Parede do Corpo e Celoma Hirudinea 
Parede do Corpo e Celoma Hirudinea 
 MUSCULATURA DORSO-VENTRAL => achatam o 
corpo quando nadam para expandir a superfície de 
impulso.
MUSCULATURA HELICOIDAL (diagonal) => 
movimentos de torção do corpo. 
LOCOMOÇÃO
As perdas dos septos 
intersegmentares, das cerdas e 
do celoma compartimentalizado 
estão relacionadas com a 
mudança no modo de 
locomoção: de ESCAVAÇÃO 
PERISTÁLTICA (dos anelídeos 
ancestrais) para 
RASTEJAMENTO (mede-
palmos: só uma ventosa se fixa 
de cada vez; corpo se alonga e 
encurta alternadamente) ou 
NATAÇÃO (ondulação dorso-
ventral do corpo).
Parede do Corpo e Celoma Hirudinea 
Como conseqüência da expansão do tecido 
conjuntivo, o CELOMA está reduzido a um sistema 
de lacunas e canais celomáticos intercomunicantes 
que constituium novo sistema circulatório.
Trocas Gasosas 
Hirudinea
 BRÂNQUIAS presentes 
apenas na família 
Piscicolidae 
(Rhynchobdellida) de 
parasitas de peixes.
TROCAS GASOSAS HIRUDINEA
 Nas demais formas 
a SUPERFÍCIE DO 
CORPO é a superfície 
respiratória.
 VENTILAÇÃO: 
ondulações do corpo 
mantendo apenas a 
ventosa posterior fixa..
• Boca ventral; dois tipos básicos de aparelho bucal:
• 1o Tipo de Aparelho Bucal => RHYNCHOBDELLIDA:
– FARINGE protraível e muscular, com luz 
triangular, revestida interna e externamente por 
cutícula; glândulas salivares; predadores ou 
parasitas. 
Nutrição Hirudinea
Head of the giant Amazon leech (Haementeria ghilianii). The retractable proboscis is 
used to pierce the skin and suck blood from the host. 
Rhynchobdellida
• 2o Tipo de Aparelho Bucal => ARHYNCOBDELLIDA: 
Nutrição Hirudinea
• FARINGE 
sugadora não 
eversível, com 
estruturas 
cortantes na 
forma de 
mandíbulas ou 
estiletes. Boca na 
ventosa anterior.
2o Tipo de Aparelho Bucal => ARHYNCOBDELLIDA: 
Nutrição Hirudinea
• Maioria com três 
MANDÍBULAS em 
formas de lâmina e 
semi-circulares, 
formando ângulos de 
120 graus entre si, e 
produzindo uma 
incisão em forma de Y.
• 2o Tipo de Aparelho Bucal => ARHYNCOBDELLIDA: 
Nutrição Hirudinea
• Glândulas salivares 
produzem:
• ANTICOAGULANTES;
• ANESTÉSICOS;
• VASODILATADORES.
• Predadores ou parasitas. 
APARELHO DIGESTIVO
• ESTÔMAGO geralmente 
com 1 a 11 pares de 
CECOS LATERAIS.
• INTESTINO pode 
também ter cecos.
• ÂNUS dorsal em frente 
à ventosa posterior.
Cecos
APARELHO DIGESTIVO
• 75 % ECTOPARASITOS 
sugadores de sangue, a 
maioria de vertebrados.
• 25 % PREDADORES e 
uns poucos 
NECRÓFAGOS.
Aparelho Digestivo Hirudinea
• Sanguessugas 
podem ingerir 10X 
seu peso e 
apresentam um 
LONGO TEMPO DE 
DIGESTÃO.
• Poucas enzimas 
digestivas mas com 
flora BACTERIANA 
SIMBIONTE.
• Algumas sanguessugas podem ser HOSPEDEIRAS 
INTERMEDIÁRIAS e VETORES de certos 
protozoários, nematodas e cestodas parasitas. 
Aparelho Digestivo Hirudinea
• Sanguessugas 
foram utilizadas na 
Medicina para 
realizar “sangrias” 
que “restaurariam” 
o equilíbrio dos 
líquidos (humores) 
corporais.
• A medicina moderna utiliza 
as sanguessugas no 
reimplante de tecidos ou 
membros. 
• Elas realizam a DRENAGEM 
VENOSA da área lesionada, 
permitindo que as artérias 
levem sangue oxigenado 
para a mesma.
• As artérias (fluxo arterial = 
entrada de sangue) se 
reconstituem mais 
rapidamente que as veias 
(fluxo venoso = saída de 
sangue). 
• A SALIVA DAS SANGUESSUGAS APRESENTA:
– ANTICOAGULANTE.
– VASODILATADOR.
– ANESTÉSICO.
– ANTIBIÓTICO (produzido por uma bactéria 
simbionte). 
 Epiderme com CÉLULAS 
SENSORIAIS de diversos 
tipos.
Órgãos Sensoriais 
Hirudinea
 2 a 10 “OLHOS” ou OCELOS = 
conjuntos de células 
fotorreceptoras rodeadas por um 
cálice pigmentado, na superfície 
dorsal dos segmentos anteriores.
Órgãos Sensoriais 
Hirudinea
• Sem REPRODUÇÃO 
ASSEXUADA ou 
REGENERAÇÃO de partes 
perdidas.
• HERMAFRODITAS.
• FERTILIZAÇÃO CRUZADA.
Reprodução Hirudinea 
• FERTILIZAÇÃO INTERNA dentro do sistema 
reprodutivo feminino de cada indivíduo.
Reprodução Hirudinea 
http://biodidac.bio.uottawa.ca/Thumbnails/showimage.cfm?File_name=Hiru036p&File_type=gif
Reprodução Hirudinea 
• DESENVOLVIMENTO DIRETO 
dentro de CASULO:
 1) CLITELO torna-se visível e secreta 
CASULO (= minhocas). 
 2) CLITELO enche o CASULO de 
ALBUMINA (= minhocas). 
 3) CASULO recebe ZIGOTOS ou 
JOVENS EMBRIÕES (≠ m inhocas). 
 4) CASULOS são deixados no 
ambiente, ligados ao hospedeiro ou 
ao progenitor.
Reprodução Hirudinea 
Casulos de Hirudinea na 
carapaça de um 
caranguejo
Casulos de Hirudinea 
no rostro de um camarão
• Os Glossiphoniidae (Rhynchobdellida) incubam os 
ovos conservando os casulos atados ao corpo.
• Os embriões durante o desenvolvimento saem do 
casulo e se ligam diretamente a superfície ventral do 
progenitor.
REPRODUÇÃO HIRUDINEA
 
• O tronco dos Echiura pode ser de cor cinza, vermelha, 
marrom ou rosa, mas o gênero Bonellia possui um 
tronco verde por ter um pigmento chamado BONELINA, 
que é um poderoso biocida quando fotoativado, 
protegendo o animal contra predadores e 
bioincrustantes (propriedades antibióticas).
Bonellia viridis
PROBÓSCIDE
TRONCO
IMPORTÂNCIA BIOTECNOLÓGICA
IMPORTÂNCIA BIOTECNOLÓGICA
• LUMBROQUINASE é 
uma enzima
fibrinolítica presente
na minhoca Lumbricus
bimastus que tem sido
investigada como um 
agente antitrombótico.
Franck Zal and Morgane Rousselot. 16. Extracellular 
Hemoglobins from Annelids, and their Potential Use in 
Biotechnology, Outstanding Marine Molecules: 
Chemistry, Biology, Analysis. Stéphane La Barre and 
Jean-Michel Kornprobst. 
Wiley-VCH Verlag GmbH & Co. KGaA 2014.
	Slide 1: Aula Annelida Disciplina: Zoologia Básica (CH0899) Prof. Paulo Cascon Departamento de Biologia Universidade Federal do Ceará
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	Slide 4: FILO ANNELIDA
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	Slide 9: ANNELIDA
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	Slide 11: EVOLUÇÃO DA SEGMENTAÇÃO
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	Slide 34: PARAPÓDIOS ANNELIDA
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	Slide 54: Reprodução Clonal Annelida 
	Slide 55: Reprodução Assexuada (Clonal) Annelida
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	Slide 57: Reprodução Sexuada Annelida
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	Slide 59: Epitoquia Annelida
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	Slide 70: CLITELLATA
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	Slide 74: NAIDIDAE CLITELLATA
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	Slide 79: CRASSICLITELLATA
	Slide 80: CRASSICLITELLATA Lumbricidae 
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	Slide 88: Reprodução Minhocas
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	Slide 95: HIRUDINIDA ou HIRUDINEA
	Slide 96: HIRUDINEA
	Slide 97: ANATOMIA EXTERNA HIRUDINEA
	Slide 98: ANATOMIA EXTERNA 
	Slide 99: Anatomia Externa Hirudinea
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