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Aula Annelida Disciplina: Zoologia Básica (CH0899) Prof. Paulo Cascon Departamento de Biologia Universidade Federal do Ceará FILO ANNELIDA • Latim: annellus ou annelus, diminutivo de anulus = anel + ida = sufixo plural. • 20.000 espécies: – MARINHAS: 2/3 das espécies; da faixa entre- marés até grandes profundidades; maioria BENTÔNICA, algumas formas NECTÔNICAS. – TERRESTRES. – ÁGUA DOCE. FILO ANNELIDA https://www.batepapocomnetuno.com/post/divis%C3%B5es-oceanogr%C3%A1ficas Divisões básicas das zonas oceânicas sob o ponto de vista ecológico. Adaptado http://m1.paperblog.com/i/202/2022745/ecosistemas-agua-salada-zona-neritica-R-86SZhB.jpeg • PLANCTÔNICOS: organismos aquáticos que, ainda que possam apresentar movimentos próprios, se deslocam passivamente na coluna d’ água, arrastados pelas ondas e correntes. • NECTÔNICOS: organismos aquáticos que se deslocam ativamente na coluna d’ água, sendo capazes de nadar e vencer as correntes. – NECTON PELÁGICO: NÃO vivem próximo ou sobre o fundo do ambiente aquático. – NECTON DEMERSAL: vivem próximo ou sobre o fundo do ambiente aquático. • NEUSTÔNICOS: organismos que vivem na interface ar/água na superfície de corpos d’água. Biota que vive sobre ou imediatamente abaixo da camada superficial da água. • BENTÔNICOS: organismos aquáticos que vivem associados ao substrato do corpo d’água. Alguns são fixos no substrato (SÉSSEIS), outros se locomovem no substrato (VÁGEIS). Organismos SEDENTÁRIOS permanecem a maior parte do tempo sem se deslocar. – EPIBENTÔNICO (epifauna): vivem sobre o substrato. – ENDOBENTÔNICO (endofauna); vivem dentro do substrato. • Triblásticos. • Simetria bilateral. • Tubo digestivo completo, com boca e ânus. • Celomados (celoma formado por esquizocelia). • SEGMENTADOS. Filo Annelida • Corpo apresenta SEGMENTAÇÃO (metamerismo): série linear de segmentos (= metâmeros = somitos) corporais fundamentalmente semelhantes em estrutura. ANNELIDA SEGMENTAÇÃO ANNELIDA CELOMA SEPTO (PARTIÇÃO ENTRE SEGMENTOS) • CORPO SEGMENTADO => Presença de várias partições (SEPTOS) dividindo a cavidade celômica em uma série de compartimentos. • Segmentação foi perdida secundariamente por alguns grupos, p. ex. Hirudinida (sanguessugas). • A segmentação provavelmente evoluiu como uma adaptação para a ESCAVAÇÃO PERISTÁLTICA em substratos macios => a segmentação do esqueleto celomático hidrostático possibilita aos animais segmentados se enterrar mais eficientemente que as formas não segmentadas. EVOLUÇÃO DA SEGMENTAÇÃO • Nos vermes NÃO SEGMENTADOS a força de contração muscular em uma área é transferida para todo corpo pelo fluido do celoma não dividido. VANTAGENS ADAPTATIVAS DA SEGMENTAÇÃO Não Segmentado Segmentado VANTAGENS ADAPTATIVAS DA SEGMENTAÇÃO Não Segmentado Segmentado • Nos vermes SEGMENTADOS os septos permitem que cada um dos segmentos preenchidos por fluido respondesse individualmente a uma contração muscular local => um segmento poderia estar curto e largo enquanto outro estava longo e estreito. Escavação peristática mais eficiente! • MOVIMENTAÇÃO PERISTÁLTICA: – Ondas alternadas de contrações das musculaturas longitudinal e circular. – Contração da MUSCULATURA LONGITUDINAL: encurtamento e alargamento do segmento. – Contração da MUSCULATURA CIRCULAR: alongamento e afilamento do segmento. EVOLUÇÃO DA SEGMENTAÇÃO file:///C:/Users/paulo/OneDrive/Área de Trabalho/BKP HD Antigo/Zoologia Biotecnologia/Aula 07 - Annelida/oligochaete.exe Locomoção minhocas https://www.youtube.com/watch?v=0Texxu3p7I8 Segmentação • A divisão do celoma em uma série de compartimentos pelos septos levou a uma repetição dos componentes da maioria dos sistemas do corpo em cada segmento formado. Segmentação (Metameria) Annelida • A repetição da maioria dos elementos internos e externos em cada segmento – é conhecida como HOMOLOGIA SERIADA. SEGMENTAÇÃO ANNELIDA • HOMOLOGIA SERIADA: refere-se às estruturas corporais com as mesmas origens genéticas e de desenvolvimento, que se formam repetidamente durante a ontogenia de um organismo. SEGMENTAÇÃO ANNELIDA • Os cordões nervosos, os vasos sanguíneos dorsal e ventral e o tubo digestivo estendem- se ao longo do comprimento do corpo e dos segmentos, atravessando os septos, NÃO apresentando, portanto, arranjo segmentar. SEGMENTAÇÃO ANNELIDA • Segmentos delimitados externamente por sulcos circulares =ÂNULOS. Segmentação (Metameria) Annelida • CELOMA preenchido por um líquido, funciona como um ESQUELETO HIDROSTÁTICO contra o qual os músculos agem para mudar a forma do corpo (volume do fluido se mantém constante). Celoma Annelida P R O S T Ô M IO T R O N C O S E G M E N T A D O P IG ÍD IO P E R IS T Ô M IO • Superfície de trocas gasosas. • Produção de correntes de água (respiração ou alimentação). PARAPÓDIOS ANNELIDA https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Neph tys_longosetosa_parapod_scaled.jpg Parapódios Annelida Hickman, C. P. Jr. Et al. (2016) Princípios Integrados de Zoologia. 16ª Edição; Guanabara Koogan, 937 pp. Sistema Nervoso Annelida • Um par de cordões nervosos longitudinais ventrais, geralmente fundidos em graus variados. • Cérebro anterior dorsal (acima do tudo digestivo), geralmente bilobado. • Um par de conectivos circunfaríngeos ligam o cérebro dorsal ao par de cordões nervosos longitudinais ventrais. • Um par de gânglios em cada segmento. • Um nervo transversal (comissura) ligando os gânglios em cada segmento => arranjo em “escada”. Sistema Nervoso Annelida Figura 19.50 Sistema nervoso em Oligochaeta. A. Corte longitudinal em vista lateral da região anterior da minhocavermelhadacalifórnia, Lumbricus rubellus, com destaque para as estruturas do sistema nervoso. Note a inervação da região anterior do corpo e a localização do cérebro no segundo segmento após o peristômio. (Imagem de Tatiana Menchini Steiner.) Fransozo, A.; Negreiros-Fransozo, M. L. (Orgs). (2016). Zoologia dos Invertebrados. ROCA, 1ª edição, 2016 ISBN: 9788527728065. 716 pp. conectivo circunfaríngeo Cordão nervoso ventral Nervo segmentar Gânglio subfaríngeo Cérebro Nervos prostomiais Prostômio Boca Musculatura longitudinal Musculatura circular • Sistema duplo de transporte: fluido celomático e sistema circulatório FECHADO (perdido secundariamente por alguns grupos). Transporte Interno Annelida • Principais vasos sanguíneos: DORSAL (contrátil =órgão bombeador) e VENTRAL. • Vasos laterais em cada segmento, ligando os vasos dorsal e ventral. Transporte Interno Annelida • “CORAÇÕES” = pares de vasos laterais anteriores contráteis, presentes em algumas minhocas. Transporte Interno Annelida “CORAÇÕES” TROCAS GASOSAS ANNELIDA • Trocas gasosas através ,principalmente, da superfície do corpo. • Brânquias presentes em algumas espécies. “POLYCHAETA” “OLIGOCHAETA” HIRUDINEA • O número de segmentos varia de pouco menos que 10 a mais de 200, dependendo da espécie. • Os segmentos formam o tronco do animal. SEGMENTOS CORPORAIS ANNELIDA ANNELIDA TUBÍCOLAS ANNELIDA ERRANTES ANNELIDA HABITANTES DE BURACOS ../../../../../../../../../D/Photos/13nereis033.jpg • PREDADORES (Raptoriais). • DEPOSITÍVOROS (=SEDIMENTÍVOROS): – DEPOSITÍVOROS NÃO SELETIVOS: ingerem o substrato e digerem a matéria orgânica contida nele. – DEPOSITÍVOROS SELETIVOS: selecionam eficazmente a matéria orgânica do sedimento antes de a ingerir. • SUSPENSÍVOROS: – Removem partículas alimentares suspensas no meio circundante (água) por algum tipo de mecanismo de captura, aprisionamento ou filtração. NUTRIÇÃO ANNELIDA • Presas muitas vezes capturadas por uma faringe eversível que normalmente ostenta duas ou mais MANDÍBULAS córneas que podem conter um canal que libera veneno de uma glândula. faringe evertida de um Nereididae (Errantia), Neanthes vaalii, exibindo as mandíbulas. Predadores Annelida Regeneração e Reprodução Clonal Annelida • Capacidade de REGENERAÇÃO é relativamente grande em muitos anelídeos. • Tentáculos, palpos, cirros e parapódios podem ser regenerados em muitas formas. • Dodecaceria (Cirratulidae, Sedentaria) é capaz de fragmentar o corpo em segmentos individuais, sendo que cada um deles pode regenerar um indivíduo completo (=reprodução clonal). Earthworm (Lumbricus terrestris) regenerating tail Regeneração e Reprodução Clonal Annelida http://www.arkive.org/media/39/394C5E2B-CB17-4F6A-A677-352073449103/Presentation.Large/photo.jpg Reprodução Clonal Annelida • REPRODUÇÃO CLONAL pode ocorrer por: – BROTAMENTO. – FRAGMENTAÇÃO (FISSÃO) TRANSVERSAL. Brotamento Reprodução Assexuada (Clonal) Annelida • FRAGMENTAÇÃO (FISSÃO) TRANSVERSAL do verme parental em dois (ou mais) novos indivíduos: • PARATOMIA: o corpo do adulto se diferencia em uma cadeia de zoóides antes que a fissão os separe em novos indivíduos. • ARQUITOMIA: diferenciação ocorre após a fissão. (Naididae, Clitellata) • GONOCORÍSTICOS ou HERMAFRODITAS. • Fecundação EXTERNA ou INTERNA. • Desenvolvimento DIRETO (sem fase larval) ou INDIRETO (com fase larval). Reprodução Sexuada Annelida • Desenvolvimento INDIRETO: embrião se desenvolve em uma LARVA TROCÓFORA planctônica, em forma de pião. • LARVA TROCÓFORA: Annelida, Mollusca e Nemertea. ✓ LARVAS TROCÓFORAS PLANCTOTRÓFICAS: Maior desenvolvimento das estruturas larvais; alimentam-se de plâncton. Fase larval mais longa => maior potencial de dispersão. ✓ LARVASTROCÓFORAS LECITOTRÓFICAS: Não se alimentam (se nutrem da provisão materna de vitelo que trazem no ovo); curta existência larval passada próxima ao fundo. Menor potencial de dispersão. Em algumas formas a fase de larva trocófora ocorre dentro do ovo (desenvolvimento “direto”). Desenvolvimento Annelida • EPITOQUIA: Fenômeno reprodutivo característico de muitos anelídeos marinhos com fertilização externa. • Consiste na formação de um indivíduo reprodutor pelágico, o EPÍTOCO, a partir de um indivíduo não reprodutor bentônico, o ÁTOCO. Epitoquia Annelida • EPÍTOCOS reprodutivos podem surgir a partir de ÁTOCOS não-reprodutivos, através dos seguintes processos: – Transformação direta de um indivíduo inteiro átoco em epítoco (Nereididae). – Diferenciação e separação da extremidade posterior do átoco (Eunicidae). – Produção de novos epítocos a partir de átocos através de reprodução assexuada (Syllidae). Epitoquia Annelida • As formas epítocas nadam de forma simultânea para a superfície liberando óvulos e espermatozoides (ENXAMEAMENTO), desta forma aumentando a probabilidade de fertilização. Epitoquia Annelida • Machos e fêmeas se atraem e estimulam a liberação de gametas dos indívíduos do outro sexo. Polychaeta Syllidae durante o enxameamento. O macho está nadando ao redor da fêmea e liberando esperma. Epitoquia Annelida • Estímulos do ambiente como luminosidade e fases lunares podem induzir o enxameamento. Epitoquia Annelida The portion containing the reproductive gametes (the epitoke) of the palolo worm, Palolo viridis, is considered a delicacy in Samoa and other Pacific islands. (Photo: Smithsonian Institution) Annelida Polychaeta Oligochaeta Hirudinida Annelida Polychaeta Clitellata Oligochaeta Hirudinida CLASSIFICAÇÃO TRADICIONAL DOS ANNELIDA “Polychaeta” e “Oligochaeta” são parafiléticos! Ruppert, E. E. et al (2005). Zoologia dos Invertebrados - uma abordagem funcional-evolutiva. 7ª Edição. Roca 1168 pp. HIRUDINIDAOLIGOCHAETAPOLYCHAETA “POLYCHAETA” É PARAFILÉTICO! FILOGENIA DOS ANNELIDA Brusca, R. C., W. Moore and S. Schuster (2018). Invertebrados, 3rd ed. Guanabara Koogan. 1254 p. SIPUNCULA ECHIURA CLITELLATA Brusca, R. C., W. Moore and S. Schuster (2018). Invertebrados, 3rd ed. Guanabara Koogan. 1254 p. Filogenia dos Annelida CLITELLATA S E D E N T A R IA CLITELLATA • 6.000 espécies; minhocas, sanguessugas e animais semelhantes. • Maioria terrestres ou de água-doce. Algumas formas marinhas. • Ausência de PARAPÓDIOS (condição secundária).• CERDAS geralmente reduzidas ou ausentes. • ESTRUTURAS SENSORIAIS no prostômio, peristômio ou pigídio ausentes ou muito reduzidas. CLITELLATA • Presença de CLITELO. • Todos HERMAFRODITAS. • DESENVOLVIMENTO DIRETO dentro de um casulo (sem larva trocófora). • Cérebro POSTERIOR ao prostômio (localizado no prostômio nos demais Annelida). Brusca, R. C., W. Moore and S. Schuster (2018). Invertebrados, 3rd ed. Guanabara Koogan. 1254 p. RELAÇÕES FILOGENÉTICAS DOS CLITELLATA “Oligochaeta” Grupo parafilético => Sanguessugas “verdadeiras”HIRUDINOIDEA Brusca, R. C., W. Moore and S. Schuster (2018). Invertebrados, 3rd ed. Guanabara Koogan. 1254 p. NAIDIDAEFilogenia dos Clitellata NAIDIDAE CLITELLATA • = TUBIFICIDAE. • 700 espécies. • Maioria de água doce (límnicas). • Alguns com brânquias. • Corpo geralmente homônomo em toda sua extensão. • Probóscide prostomial alongada em várias espécies. Tubifex Tubifex • Formas Límnicas (água doce): – Tubifex NAIDIDAE CLITELLATA Brusca, R. C., W. Moore and S. Schuster (2018). Invertebrados, 3rd ed. Guanabara Koogan. 1254 p. CRASSICLITELLATA Filogenia dos Clitellata CRASSICLITELLATA • Minhocas e formas semelhantes; cerca de 3.000 espécies. • Maioria terrestres no solo, alguns aquáticos e semiaquáticos. • Detritívoros e/ou depositívoros (sedimentívoros) diretos. • Famílias com maior número de espécies: Megascolecidae, Lumbricidae e Glossoscolecidae. • Megascolides australis (Austrália), pode alcançar 3 m de comprimento. CRASSICLITELLATA Lumbricidae /D/Photos/03deposit1.jpg – Extensas galerias aumentam a drenagem e a aeração do solo. – Manobras de escavação e defecação misturam e revolvem o solo, trazendo nutrientes do subsolo para camadas superficiais. – Arrastam material orgânico para as suas galerias, situadas próximo as raízes das plantas. – Participam do processo de decomposição de matéria orgânica => ciclagem de nutrientes. EFEITOS BENÉFICOS NA FERTILIDADE DO SOLO RESULTANTES DAS ATIVIDADES DAS MINHOCAS: “O arado é uma das mais antigas e valiosas invenções do homem; mas muito antes dele existir, a terra era de fato regularmente arada e ainda continua sendo arada, por minhocas. É improvável que existam muitos outros animais que desempenharam um papel tão importante na história do mundo, como essas criaturas pobremente organizadas”. 13th century depiction of a ploughing peasant, Royal Library of Spain Darwin, C. R. 1881. The formation of vegetable mould, through the action of worms, with observations on their habits. London: John Murray. https://en.wikipedia.org/wiki/Peasant MINHOCULTURA http://www.minhobox.com.br/loja/produtos/loja-farinha.php http://www.minhobox.com.br/loja/produtos/loja-aquario.php http://www.minhobox.com.br/loja/produtos/loja-passaros.php • CLITELO: zona glandular formada por um conjunto de segmentos adjacentes com epiderme entumescida por glândulas unicelulares. REPRODUÇÃO CLITELLATA CLITELO • Posição variável na metade anterior do corpo. • Composto por 2 (muitas formas aquáticas) à 60 (Glossoscolecidae) segmentos. • 6 a 7 segmentos em Lumbricus. REPRODUÇÃO CLITELLATA CLITELO • Pode ser visível apenas durante o período reprodutivo. • O CLITELO está localizado na área dos gonóporos em formas aquáticas e posteriormente aos gonóporos na maioria das formas terrestres. REPRODUÇÃO CLITELLATA CLITELO • Diferentes tipos de glândulas do clitelo produzem: – Muco para cópula. – Parede do casulo. – Albumina para os ovos. Secção através do clitelo de Lumbricus terrestris REPRODUÇÃO CLITELLATA Reprodução Minhocas CÓPULA: – FERTILIZAÇÃO CRUZADA => transferência mútua de espermatozóides (hermafroditas). – Superfícies ventrais anteriores entram em contato. – Espermatozóides de um transferidos para receptáculos seminais do outro. Pênis inserido na espermateca • Alguns dias depois da cópula, glândulas do clitelo secretam material quitinoso formando o CASULO. • Em seguida, outras glândulas do clitelo secretam ALBUMINA para dentro do casulo. • Casulo então, começa a deslizar em direção a extremidade anterior do animal. Reprodução Minhocas • Ao longo do deslizamento, são expelidos para dentro do casulo, iniciamente os óvulos pelos gonóporos femininos e depois o esperma armazenado nos receptáculos seminais. Reprodução Minhocas • FERTILIZAÇÃO EXTERNA dentro do casulo. • Casulo libera-se do corpo para o ambiente => extremidades do casulo se fecham. Reprodução Minhocas • Embriões com DESENVOLVIMENTO DIRETO (sem fase larval) dentro do casulo, durando de oito dias à vários meses. Reprodução Minhocas Brusca, R. C., W. Moore and S. Schuster (2018). Invertebrados, 3rd ed. Guanabara Koogan. 1254 p. HIRUDINIDA Filogenia dos Clitellata Sanguessugas. 510 spp ÁGUA-DOCE. 90 spp TERRESTRES em locais úmidos. 100 spp MARINHAS (4 registradas para o Brasil) => invasão secundária. Os mais especializados anelídeos. Em todo o mundo; mais abundantes em lagos temperados do hemisfério norte. HIRUDINIDA ou HIRUDINEA HIRUDINEA • Relativamente grandes. • Maioria entre 2 e 5 cm de comprimento. • MENOR: 1 cm. • MAIOR: Haementeria ghilianii 30 (45?) cm (Amazônia). Corpo freqüentemente ACHATADO dorsoventralmente e AFILADO na parte anterior. ANATOMIA EXTERNA HIRUDINEA Segmentos em ambas extremidades modificam-se para formar VENTOSAS. VENTOSA ANTERIOR: freqüentemente circunda a boca ventral. VENTOSA POSTERIOR: em forma de disco e de posição ventral. Formada pela fusão dos sete últimos segmentos (XXVII – XXXIV). Ventosa Anterior MENOR que a Ventosa Posterior. ANATOMIA EXTERNA 27-34 Anatomia Externa Hirudinea XXVII-XXXIV METAMERIA reduzida. 34 segmentos (numerados em romanos). SEPTOS intersegmentares ausentes. Cada segmento dividido por ANÉIS SECUNDÁRIOS EXTERNOS (de 2 a 16, numerados em arábicos) => obscurecem a segmentação real que é revelada pelos nervos segmentares. Anatomia Externa Hirudinea • CLITELO sempre formado pelos segmentos IX, X e XI e só conspícuo no período reprodutivo. XXVII-XXXIV Anatomia Externa Hirudinea SEM cerdas. ÂNUS -> na parte dorsal da região terminal. file:///D:/Photos/13leech17.jpg CUTÍCULA fina cobrindo uma camada única de CÉLULAS EPIDÉRMICAS.. Parede do Corpo e Celoma Hirudinea A camada de TECIDO CONJUNTIVO FIBROSO abaixo da epiderme é muito grossa, ocupando a maior parte do interior do corpo (preencheu o celoma). Parede do Corpo e Celoma Hirudinea Camadas de MÚSCULOS CIRCULARES, LONGITUDINAIS (muito desenvolvida), DORSO- VENTRAIS e DIAGONAIS (helicoidal). Parede do Corpo e Celoma Hirudinea Parede do Corpo e Celoma Hirudinea MUSCULATURA DORSO-VENTRAL => achatam o corpo quando nadam para expandir a superfície de impulso. MUSCULATURA HELICOIDAL (diagonal) => movimentos de torção do corpo. LOCOMOÇÃO As perdas dos septos intersegmentares, das cerdas e do celoma compartimentalizado estão relacionadas com a mudança no modo de locomoção: de ESCAVAÇÃO PERISTÁLTICA (dos anelídeos ancestrais) para RASTEJAMENTO (mede- palmos: só uma ventosa se fixa de cada vez; corpo se alonga e encurta alternadamente) ou NATAÇÃO (ondulação dorso- ventral do corpo). Parede do Corpo e Celoma Hirudinea Como conseqüência da expansão do tecido conjuntivo, o CELOMA está reduzido a um sistema de lacunas e canais celomáticos intercomunicantes que constituium novo sistema circulatório. Trocas Gasosas Hirudinea BRÂNQUIAS presentes apenas na família Piscicolidae (Rhynchobdellida) de parasitas de peixes. TROCAS GASOSAS HIRUDINEA Nas demais formas a SUPERFÍCIE DO CORPO é a superfície respiratória. VENTILAÇÃO: ondulações do corpo mantendo apenas a ventosa posterior fixa.. • Boca ventral; dois tipos básicos de aparelho bucal: • 1o Tipo de Aparelho Bucal => RHYNCHOBDELLIDA: – FARINGE protraível e muscular, com luz triangular, revestida interna e externamente por cutícula; glândulas salivares; predadores ou parasitas. Nutrição Hirudinea Head of the giant Amazon leech (Haementeria ghilianii). The retractable proboscis is used to pierce the skin and suck blood from the host. Rhynchobdellida • 2o Tipo de Aparelho Bucal => ARHYNCOBDELLIDA: Nutrição Hirudinea • FARINGE sugadora não eversível, com estruturas cortantes na forma de mandíbulas ou estiletes. Boca na ventosa anterior. 2o Tipo de Aparelho Bucal => ARHYNCOBDELLIDA: Nutrição Hirudinea • Maioria com três MANDÍBULAS em formas de lâmina e semi-circulares, formando ângulos de 120 graus entre si, e produzindo uma incisão em forma de Y. • 2o Tipo de Aparelho Bucal => ARHYNCOBDELLIDA: Nutrição Hirudinea • Glândulas salivares produzem: • ANTICOAGULANTES; • ANESTÉSICOS; • VASODILATADORES. • Predadores ou parasitas. APARELHO DIGESTIVO • ESTÔMAGO geralmente com 1 a 11 pares de CECOS LATERAIS. • INTESTINO pode também ter cecos. • ÂNUS dorsal em frente à ventosa posterior. Cecos APARELHO DIGESTIVO • 75 % ECTOPARASITOS sugadores de sangue, a maioria de vertebrados. • 25 % PREDADORES e uns poucos NECRÓFAGOS. Aparelho Digestivo Hirudinea • Sanguessugas podem ingerir 10X seu peso e apresentam um LONGO TEMPO DE DIGESTÃO. • Poucas enzimas digestivas mas com flora BACTERIANA SIMBIONTE. • Algumas sanguessugas podem ser HOSPEDEIRAS INTERMEDIÁRIAS e VETORES de certos protozoários, nematodas e cestodas parasitas. Aparelho Digestivo Hirudinea • Sanguessugas foram utilizadas na Medicina para realizar “sangrias” que “restaurariam” o equilíbrio dos líquidos (humores) corporais. • A medicina moderna utiliza as sanguessugas no reimplante de tecidos ou membros. • Elas realizam a DRENAGEM VENOSA da área lesionada, permitindo que as artérias levem sangue oxigenado para a mesma. • As artérias (fluxo arterial = entrada de sangue) se reconstituem mais rapidamente que as veias (fluxo venoso = saída de sangue). • A SALIVA DAS SANGUESSUGAS APRESENTA: – ANTICOAGULANTE. – VASODILATADOR. – ANESTÉSICO. – ANTIBIÓTICO (produzido por uma bactéria simbionte). Epiderme com CÉLULAS SENSORIAIS de diversos tipos. Órgãos Sensoriais Hirudinea 2 a 10 “OLHOS” ou OCELOS = conjuntos de células fotorreceptoras rodeadas por um cálice pigmentado, na superfície dorsal dos segmentos anteriores. Órgãos Sensoriais Hirudinea • Sem REPRODUÇÃO ASSEXUADA ou REGENERAÇÃO de partes perdidas. • HERMAFRODITAS. • FERTILIZAÇÃO CRUZADA. Reprodução Hirudinea • FERTILIZAÇÃO INTERNA dentro do sistema reprodutivo feminino de cada indivíduo. Reprodução Hirudinea http://biodidac.bio.uottawa.ca/Thumbnails/showimage.cfm?File_name=Hiru036p&File_type=gif Reprodução Hirudinea • DESENVOLVIMENTO DIRETO dentro de CASULO: 1) CLITELO torna-se visível e secreta CASULO (= minhocas). 2) CLITELO enche o CASULO de ALBUMINA (= minhocas). 3) CASULO recebe ZIGOTOS ou JOVENS EMBRIÕES (≠ m inhocas). 4) CASULOS são deixados no ambiente, ligados ao hospedeiro ou ao progenitor. Reprodução Hirudinea Casulos de Hirudinea na carapaça de um caranguejo Casulos de Hirudinea no rostro de um camarão • Os Glossiphoniidae (Rhynchobdellida) incubam os ovos conservando os casulos atados ao corpo. • Os embriões durante o desenvolvimento saem do casulo e se ligam diretamente a superfície ventral do progenitor. REPRODUÇÃO HIRUDINEA • O tronco dos Echiura pode ser de cor cinza, vermelha, marrom ou rosa, mas o gênero Bonellia possui um tronco verde por ter um pigmento chamado BONELINA, que é um poderoso biocida quando fotoativado, protegendo o animal contra predadores e bioincrustantes (propriedades antibióticas). Bonellia viridis PROBÓSCIDE TRONCO IMPORTÂNCIA BIOTECNOLÓGICA IMPORTÂNCIA BIOTECNOLÓGICA • LUMBROQUINASE é uma enzima fibrinolítica presente na minhoca Lumbricus bimastus que tem sido investigada como um agente antitrombótico. Franck Zal and Morgane Rousselot. 16. Extracellular Hemoglobins from Annelids, and their Potential Use in Biotechnology, Outstanding Marine Molecules: Chemistry, Biology, Analysis. Stéphane La Barre and Jean-Michel Kornprobst. Wiley-VCH Verlag GmbH & Co. KGaA 2014. Slide 1: Aula Annelida Disciplina: Zoologia Básica (CH0899) Prof. Paulo Cascon Departamento de Biologia Universidade Federal do Ceará Slide 2 Slide 3 Slide 4: FILO ANNELIDA Slide 5 Slide 6 Slide 7 Slide 8: Filo Annelida Slide 9: ANNELIDA Slide 10 Slide 11: EVOLUÇÃO DA SEGMENTAÇÃO Slide 12 Slide 13 Slide 14: EVOLUÇÃO DA SEGMENTAÇÃO Slide 15 Slide 16 Slide 17 Slide 18 Slide 19 Slide 20 Slide 21 Slide 22 Slide 23 Slide 24 Slide 25 Slide 26 Slide 27 Slide 28 Slide 29 Slide 30 Slide 31 Slide 32 Slide 33 Slide 34: PARAPÓDIOS ANNELIDA Slide 35: PARAPÓDIOS ANNELIDA Slide 36 Slide 37 Slide 38 Slide 39 Slide 40 Slide 41 Slide 42 Slide 43 Slide 44 Slide 45 Slide 46 Slide 47 Slide 48 Slide 49 Slide 50 Slide 51 Slide 52: Regeneração e Reprodução Clonal Annelida Slide 53 Slide 54: Reprodução Clonal Annelida Slide 55: Reprodução Assexuada (Clonal) Annelida Slide 56 Slide 57: Reprodução Sexuada Annelida Slide 58 Slide 59: Epitoquia Annelida Slide 60 Slide 61: Epitoquia Annelida Slide 62: Epitoquia Annelida Slide 63 Slide 64 Slide 65 Slide 66 Slide 67 Slide 68 Slide 69 Slide 70: CLITELLATA Slide 71: CLITELLATA Slide 72 Slide 73 Slide 74: NAIDIDAE CLITELLATA Slide 75 Slide 76 Slide 77 Slide 78 Slide 79: CRASSICLITELLATA Slide 80: CRASSICLITELLATA Lumbricidae Slide 81 Slide 82 Slide 83 Slide 84 Slide 85 Slide 86 Slide 87 Slide 88: Reprodução Minhocas Slide 89 Slide 90 Slide 91 Slide 92 Slide 93 Slide 94 Slide 95: HIRUDINIDA ou HIRUDINEA Slide 96: HIRUDINEA Slide 97: ANATOMIA EXTERNA HIRUDINEA Slide 98: ANATOMIA EXTERNA Slide 99: Anatomia Externa Hirudinea Slide 100: Anatomia Externa Hirudinea Slide 101: Anatomia Externa Hirudinea Slide 102 Slide 103 Slide 104 Slide 105 Slide 106 Slide 107 Slide 108 Slide 109 Slide 110 Slide 111: Trocas Gasosas Hirudinea Slide 112: TROCAS GASOSAS HIRUDINEA Slide 113 Slide 114 Slide 115 Slide 116 Slide 117 Slide 118 Slide 119 Slide 120 Slide 121 Slide 122 Slide 123 Slide 124 Slide 125 Slide 126 Slide 127 Slide 128 Slide 129 Slide 130 Slide 131 Slide 132 Slide 133 Slide 134 Slide 135 Slide 136 Slide 137: IMPORTÂNCIA BIOTECNOLÓGICA Slide 138 Slide 139: IMPORTÂNCIA BIOTECNOLÓGICA Slide 140 Slide 141 Slide 142