Logo Passei Direto
Buscar
Material
páginas com resultados encontrados.
páginas com resultados encontrados.

Prévia do material em texto

UC2 – SP2 – PUBERDADE FEMININA 
 
HIPÓTESE 1: “A PUBERDADE FEMININA OCORRE DOS 8 AOS 13 ANOS E 
PASSA POR MUDANÇAS BIOPSICOSSOCIAIS QUE OCORREM A PARTIR 
DA ATIVAÇÃO DO EIXO HORMONAL E ANTECEDEM A MENARCA” 
 
a) O que é puberdade feminina? Em qual faixa etária ela ocorre? 
 
A puberdade feminina é um processo biológico complexo caracterizado por 
mudanças físicas, hormonais e psicológicas que marcam a transição da infância 
para a adolescência e para a capacidade reprodutiva. Trata-se de um período 
definido como a sequência de eventos que leva ao desenvolvimento das 
características sexuais secundárias — como crescimento mamário e surgimento 
de pelos pubianos — e à aquisição da capacidade de reprodução. 
Em termos de faixa etária, a puberdade feminina geralmente se inicia entre 8 e 
13 anos, com média de início entre 10 e 11 anos, e dura de 2 a 5 anos, sendo 
mais comum uma duração de cerca de 4 anos. Observa-se também variação 
entre diferentes grupos étnicos: meninas afro-americanas costumam apresentar 
início mais precoce, entre 8 e 9 anos; meninas caucasianas iniciam em média 
entre 9 e 10 anos; e meninas asiáticas apresentam início ligeiramente mais 
tardio. 
Os critérios de normalidade ajudam a definir alterações: considera-se puberdade 
precoce quando o desenvolvimento ocorre antes dos 8 anos, puberdade normal 
entre 8 e 13 anos e puberdade tardia quando, após os 13 anos, ainda não há 
sinais de desenvolvimento. 
 
b) Quais as mudanças físicas esperadas? Existe uma ordem para que 
elas ocorram? 
 
As mudanças físicas da puberdade feminina seguem uma ordem relativamente 
previsível. A primeira manifestação é a telarca, ou seja, o desenvolvimento 
mamário, que acontece geralmente entre 8 e 13 anos. Em seguida, ocorre 
a pubarca, que corresponde ao surgimento de pelos pubianos, entre 8 e 14 
anos. Logo depois aparece o estirão do crescimento, quando há aceleração 
da velocidade de crescimento, entre 9 e 14 anos. Posteriormente surge 
a menarca, que é a primeira menstruação, ocorrendo entre 10 e 16 anos, com 
média de 12 a 13 anos. Após esse marco, costuma ocorrer o desenvolvimento 
de pelos axilares. 
Para avaliar essas mudanças, utiliza-se a Escala de Tanner, que descreve 
cinco estágios tanto para o desenvolvimento mamário (M1 a M5) quanto para o 
desenvolvimento de pelos pubianos (P1 a P5). Essa escala permite acompanhar 
o ritmo de maturação e identificar se o desenvolvimento está dentro da 
normalidade. Por exemplo, no estágio M2 ocorre o início da puberdade, com 
elevação da mama e início da proliferação ductal, enquanto no estágio M5 já se 
observa uma mama madura com contorno adulto. Para os pelos pubianos, o 
estágio P2 indica o surgimento inicial, com poucos pelos claros e finos, e no P5 
ocorre a distribuição completa, com padrão adulto triangular invertido. 
Além dessas mudanças, há outras transformações importantes: o crescimento 
ósseo é acelerado até o fechamento das epífises, acompanhado de aumento da 
densidade óssea. A composição corporal também se altera, com aumento da 
gordura e diminuição relativa da massa magra. No sistema genital, ocorre 
aumento do útero, espessamento do endométrio, alongamento da vagina, 
mudanças no pH vaginal e desenvolvimento dos lábios. Já no metabolismo, 
surgem alterações transitórias, como resistência insulínica, aumento da leptina, 
mudanças no metabolismo lipídico e ajustes no ritmo circadiano. 
 
c) O que estimula e influencia a puberdade feminina? Relacione com 
os âmbitos biopsicossociais. 
 
A puberdade feminina é influenciada por um conjunto de fatores biológicos, 
psicológicos e sociais. Entre os fatores biológicos, destacam-se os genéticos, 
responsáveis por até 80% da variação temporal. Genes como KISS1, KISS1R, 
MKRN3 e DLK1 exercem papéis relevantes, sendo que a influência materna 
tende a ser predominante. A nutrição também é fundamental: a leptina, 
produzida pelos adipócitos, sinaliza ao cérebro a disponibilidade energética 
mínima para iniciar o processo puberal, e o acúmulo de gordura corporal acima 
de 17% é essencial. O IMC exerce grande influência, pois excesso de peso pode 
antecipar a puberdade, enquanto a desnutrição tende a atrasá-la. 
No campo endócrino, o sistema IGF e os hormônios tireoidianos são essenciais 
para o crescimento e maturação, enquanto o cortisol elevado pode atrasar o 
processo. 
Os fatores psicossociais também têm grande impacto. O estresse crônico, 
causado por situações como divórcio dos pais, abuso ou negligência, aumenta 
o cortisol, o que inibe a liberação de GnRH, atrasando a puberdade. Fatores 
socioeconômicos baixos estão associados a início precoce, devido a maior 
exposição a estressores ambientais e dificuldade de acesso a nutrição 
adequada. Situações familiares, como ausência paterna ou presença de 
padrastos, também se associam à menarca precoce, possivelmente por 
mecanismos de adaptação evolutiva e influência de feromônios masculinos. 
Por fim, fatores ambientais são cada vez mais reconhecidos. Substâncias 
conhecidas como disruptores endócrinos, como ftalatos, BPA, pesticidas e 
metais pesados, podem alterar o desenvolvimento puberal. A exposição 
excessiva à luz artificial também interfere, reduzindo a melatonina, um hormônio 
que normalmente inibe a puberdade. 
 
d) Caracterize o eixo hormonal associado ao desenvolvimento da 
puberdade feminina. 
 
O eixo responsável pelo início e regulação da puberdade é o eixo hipotálamo-
hipófise-gônadas (HPG). O hipotálamosecreta o GnRH de forma pulsátil, o 
que estimula a hipófise anterior a produzir os hormônios FSH e LH. Essa 
secreção pulsátil é controlada, em parte, pelas kisspeptinas, neuropeptídeos 
fundamentais na ativação puberal. 
Na hipófise anterior, o FSH e o LH são secretados em maior frequência e 
intensidade durante a puberdade. O FSH estimula o crescimento folicular, 
enquanto o LH promove a maturação final e ovulação. 
Nos ovários, ocorre a produção de estradiol, principal estrogênio durante a 
puberdade. Seus níveis aumentam progressivamente, levando ao 
desenvolvimento das características sexuais secundárias. Além disso, a 
progesterona, a inibina B e o hormônio anti-Mülleriano (AMH) desempenham 
papéis reguladores no ciclo menstrual e na reserva ovariana. 
O processo é controlado por mecanismos de feedback. Em níveis baixos, o 
estradiol exerce feedback negativo sobre GnRH, FSH e LH. Contudo, quando 
atinge níveis altos de forma sustentada, inverte o mecanismo, gerando o pico de 
LH responsável pela ovulação. 
 
e) O que é menarca? Quando ela ocorre? 
 
A menarca é definida como a primeira menstruação da vida da mulher. 
Representa um marco fundamental da puberdade, pois indica que o organismo 
já atingiu um grau de maturidade capaz de iniciar ciclos reprodutivos. 
A idade média mundial da menarca é de 12,5 a 13,5 anos, variando entre 10 e 
16 anos. Existem diferenças étnicas e geográficas: meninas afro-americanas 
apresentam menarca mais precoce, em torno de 12,2 anos, enquanto meninas 
caucasianas em média 12,7 anos, e meninas hispânicas em torno de 12,3 anos. 
Em países desenvolvidos, a menarca tende a ocorrer mais cedo do que em 
países em desenvolvimento, o que reflete o impacto das condições nutricionais 
e socioeconômicas. 
Para que a menarca ocorra, é necessário que a menina já tenha atingido certos 
marcos físicos e hormonais. Entre eles, estão o estágio M3-M4 da escala de 
Tanner (desenvolvimento mamário) e o estágio P3-P4 (pelos pubianos), além de 
parâmetros mínimos como altura em torno de 147 cm, peso de 40 a 45 kg e 
cerca de 17 a 22% de gordura corporal. Também é preciso que haja maturação 
hormonal, com níveis sustentados de estradiol acima de 50 pg/mL e pulsos 
adequados de GnRH e gonadotrofinas. 
Os primeiros ciclos após a menarca tendem a ser anovulatórios e irregulares, 
com intervalos entre 21 e 45 dias. O fluxo costuma ser escasso e irregular, 
podendo apresentar oligomenorreia.A regularidade menstrual, com ovulações 
consistentes, só se estabelece após 2 a 5 anos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
HIPÓTESE 2: “A GAMETOGÊNESE FEMININA, QUE INICIA-SE NO 
PERÍODO EMBRIONÁRIO, É REATIVADA NO INÍCIO DO CICLO 
MENSTRUAL, QUE DURA, EM MÉDIA, 28 DIAS” 
a) Funcionamento do ciclo menstrual 
 
O ciclo menstrual é um processo fisiológico cíclico, com duração média de 28 
dias (variando entre 24 e 38), que prepara o organismo feminino para uma 
possível gestação. Ele envolve mudanças simultâneas no ovário, no endométrio 
e na secreção hormonal, reguladas pelo eixo hipotálamo-hipófise-ovário. 
A fase menstrual, que corresponde aos dias 1 a 5 do ciclo, inicia-se pela 
degeneração do corpo lúteo quando não ocorre fecundação. Isso leva à queda 
abrupta de estradiol e progesterona, o que provoca necrose e descamação da 
camada funcional do endométrio, resultando na menstruação, com perda 
sanguínea média de 30 a 40 mL. Nesse período, o FSH começa a se elevar para 
recrutar novos folículos, enquanto LH, estradiol e progesterona permanecem em 
níveis basais. 
Segue-se a fase folicular ou proliferativa (dias 1 a 14), em que ocorre 
recrutamento de cerca de 15 a 20 folículos, dos quais apenas um se tornará 
dominante por volta do dia 7, enquanto os demais entram em atresia. O folículo 
dominante cresce, vasculariza-se e amadurece o oócito primário até o estágio 
de metáfase I. No endométrio, há regeneração inicial e, em seguida, intensa 
proliferação das glândulas e do estroma, com aumento da espessura de 3-5 mm 
para até 10 mm. O perfil hormonal se caracteriza por elevação progressiva de 
estradiol, declínio gradual do FSH após seu pico inicial, aumento contínuo de LH 
e secreção de inibina B. 
A ovulação ocorre em torno do dia 14, desencadeada pelo pico de LH (25 a 100 
mUI/mL), precedido por estradiol elevado por mais de 48 horas. O oócito reinicia 
a meiose, forma o primeiro corpúsculo polar e progride até metáfase II, quando 
é liberado do folículo por ruptura da parede folicular, mediada por enzimas 
proteolíticas. Após a ovulação, estradiol sofre queda, enquanto LH e FSH 
atingem seus maiores níveis momentâneos. 
Na fase lútea ou secretora (dias 15 a 28), o corpo lúteo se forma a partir da 
luteinização das células foliculares, produzindo progesterona e estradiol. A 
progesterona atinge seu pico máximo entre os dias 20 e 22, preparando o 
endométrio para implantação: há secreção glandular, edema e decidualização 
do estroma. Caso não ocorra fecundação, o corpo lúteo degenera (luteólise), os 
níveis hormonais caem abruptamente e o ciclo reinicia. 
Todo o processo é controlado por mecanismos de feedback: o estradiol exerce 
feedback negativo no início do ciclo e positivo no pré-ovulatório, enquanto 
inibinas e ativinas modulam seletivamente FSH. Além disso, fatores locais como 
AMH, IGF-1 e prostaglandinas ajustam a sensibilidade folicular e a dinâmica da 
ovulação. 
 
b) Gametogênese feminina 
 
A gametogênese feminina, denominada oogênese, é o processo de formação e 
maturação dos óvulos, que se inicia ainda no período embrionário e se prolonga 
até a menopausa. 
Durante o desenvolvimento fetal, as células germinativas primordiais migram do 
saco vitelínico até as cristas genitais, proliferando intensamente até atingir cerca 
de 7 milhões de células na 20ª semana de gestação. Essas células, agora 
chamadas oogônias, entram em meiose I e se transformam em oócitos 
primários, que ficam parados em prófase I (diplóteno). Ao nascimento, restam 
cerca de 1 a 2 milhões de oócitos, todos já em arresto meiótico. 
Na infância e até a puberdade, há perda progressiva por atresia, de forma que 
apenas cerca de 300 a 400 mil oócitos permanecem ao início da vida reprodutiva. 
Com a ativação do eixo hipotálamo-hipófise-gonadal na puberdade, folículos são 
recrutados ciclicamente, retomando a meiose I apenas no ciclo em que ocorre 
ovulação. Nesse momento, o oócito forma o primeiro corpúsculo polar e progride 
até metáfase II, etapa em que permanece até a fecundação. 
O processo de foliculogênese acompanha a oogênese: folículos primordiais com 
oócito primário evoluem para primários, secundários (pré-antrais), antrais e 
finalmente o folículo pré-ovulatório de Graaf. Apenas um folículo atinge esse 
estágio por ciclo, enquanto os demais sofrem atresia. A meiose só se completa 
caso haja fecundação, com formação do segundo corpúsculo polar e início do 
desenvolvimento embrionário. 
 
c) Processo de ovulação 
 
A ovulação corresponde à liberação do oócito secundário do folículo ovariano 
para a cavidade peritoneal, geralmente no 14º dia do ciclo. 
Os eventos pré-ovulatórios iniciam-se 36 a 48 horas antes, com o pico de LH e 
FSH, desencadeado pelo estradiol elevado. O LH promove a retomada da 
meiose, a ruptura da vesícula germinativa e a formação do primeiro corpúsculo 
polar. Enzimas como colagenases e plasmina fragilizam a parede folicular, que 
se torna mais delgada na região do estigma. 
No momento da ovulação, a pressão intrafolicular aumenta e ocorre a ruptura do 
estigma, liberando o complexo cumulus-oócito envolto pela corona radiata. Esse 
complexo é então captado pelas fímbrias da tuba uterina, impulsionado por 
movimentos ciliares e peristálticos. 
Após a ovulação, o folículo colapsa e se diferencia em corpo lúteo, que secreta 
progesterona e estradiol, essenciais para preparar o endométrio. O oócito 
liberado permanece viável por 12 a 24 horas, degenerando caso não seja 
fertilizado. Se ocorrer fecundação, ele completa a meiose II, formando o segundo 
corpúsculo polar e originando o zigoto. 
 
d) Componentes do sistema reprodutivo feminino e suas funções 
 
O sistema reprodutivo feminino é composto por ovários, tubas uterinas, útero, 
vagina e genitália externa, todos com funções integradas para possibilitar a 
reprodução. 
Os ovários são gônadas femininas localizadas na pelve, responsáveis pela 
produção dos gametas (oócitos) e pela secreção de hormônios sexuais 
(estradiol, progesterona e inibinas). Possuem córtex com folículos em diferentes 
estágios de maturação e uma medula altamente vascularizada. 
As tubas uterinas ligam os ovários ao útero e são divididas em infundíbulo, 
ampola, istmo e segmento intramural. Suas principais funções são captar o 
oócito ovulado, promover a fertilização (geralmente na ampola) e transportar o 
embrião ao útero. 
O útero é um órgão muscular oco, responsável pela nidação, desenvolvimento 
gestacional e expulsão fetal durante o parto. Seu revestimento, o endométrio, 
sofre variações cíclicas hormonais que culminam na menstruação quando não 
ocorre gestação. 
A vagina atua como canal de cópula, via de saída do fluxo menstrual e canal de 
parto. Seu epitélio estratificado, associado à microbiota dominada por 
lactobacilos, garante proteção contra infecções. 
A genitália externa ou vulva compreende monte de Vênus, lábios maiores e 
menores, vestíbulo, clitóris e glândulas anexas. Tem função protetora, sexual e 
de suporte anatômico. O clitóris destaca-se como órgão erétil e altamente 
inervado, fundamental para a resposta sexual feminina. 
Em conjunto, esses componentes asseguram a produção e transporte dos 
gametas, a fertilização, a gestação e o parto, desempenhando papéis 
estruturais, endócrinos e funcionais que garantem a reprodução humana. 
HIPÓTESE 3: “A ESCOLARIZAÇÃO ACERCA DO PLANEJAMENTO 
FAMILIAR, DA SEXUALIDADE E DOS MÉTODOS CONTRACEPTIVOS 
CONTRIBUÍ PARA A DIMINUIÇÃO DE GRAVIDEZ INDESEJADA” 
 
a) Quais são e como funcionam os métodos contraceptivos femininos? 
Qual sua eficácia em porcentagem? 
 
Os métodos contraceptivos femininos podem ser classificados em diferentes 
categorias, sendo os principais os métodos hormonais, os dispositivos 
intrauterinos, os métodos de barreira, os espermicidas, os métodos naturais ou 
comportamentais e, por fim, os métodos cirúrgicos definitivos. 
Dentro dos métodos hormonais, destacam-se oscontraceptivos orais 
combinados (COC), que contêm estrogênio (geralmente etinilestradiol entre 15 
e 35 μg) associado a um progestagênio. Eles atuam principalmente pela 
supressão da ovulação, por meio da inibição da liberação dos hormônios FSH e 
LH, além de promoverem o espessamento do muco cervical, dificultando a 
passagem dos espermatozoides, alterações no endométrio, que reduzem a 
receptividade para a implantação do embrião, e mudanças na motilidade tubária. 
Os COC podem ser monofásicos, multifásicos, de uso contínuo ou em doses 
ultra-baixas. Sua eficácia chega a 99,7% em uso perfeito, mas cai para cerca de 
91% em uso típico, com um Índice de Pearl entre 0,1 e 0,9. Apesar da alta 
eficácia, apresentam contraindicações absolutas, como em casos de 
tromboembolismo, doenças cerebrovasculares, enxaqueca com aura, 
hepatopatias graves, câncer de mama e tabagismo em mulheres acima de 35 
anos que fumam mais de 15 cigarros por dia. 
Outra opção são os contraceptivos orais apenas com progestagênio (POP), 
conhecidos como minipílulas. Eles podem ser à base de noretisterona, 
levonorgestrel ou desogestrel, sendo este último capaz de inibir a ovulação em 
até 97% dos ciclos. Seu mecanismo principal é o espessamento do muco 
cervical, mas também podem alterar o endométrio e reduzir a motilidade tubária. 
Têm eficácia elevada, variando de 99,5 a 99,7% em uso perfeito, mas menor em 
uso típico (90-95%). A grande vantagem é poderem ser utilizados durante a 
amamentação e em situações nas quais o estrogênio é contraindicado. 
Os contraceptivos injetáveis, como o acetato de medroxiprogesterona 
(DMPA), aplicado a cada 12 semanas, promovem supressão ovulatória 
completa, com eficácia acima de 99%. Já o enantato de noretisterona, 
administrado a cada 8 semanas, também apresenta elevada eficácia, mas com 
menor impacto na densidade óssea. Esses métodos podem causar efeitos 
adversos, como irregularidade menstrual, amenorreia, ganho de peso e atraso 
no retorno da fertilidade. 
O implante subdérmico de etonogestrel, inserido sob a pele do braço, tem 
duração de 3 anos e eficácia superior a 99,9%, sendo um dos métodos mais 
seguros disponíveis. Atua inibindo a ovulação, modificando o muco cervical e o 
endométrio. Seus efeitos colaterais mais comuns são sangramentos irregulares, 
cefaleia e alterações de humor. 
O anel vaginal, que libera etinilestradiol e etonogestrel por três semanas, 
seguido de uma semana de pausa, apresenta eficácia semelhante à pílula 
combinada, mas com a vantagem de não exigir uso diário. Já o adesivo 
transdérmico, aplicado semanalmente, também possui eficácia comparável, 
embora sua efetividade seja reduzida em mulheres com peso acima de 90 kg. 
Os dispositivos intrauterinos (DIU) se dividem em duas categorias principais. 
O DIU de cobre (TCu 380A) atua por meio da liberação de íons de cobre, que 
são tóxicos aos espermatozoides e provocam uma reação inflamatória estéril no 
endométrio, tornando-o hostil à fertilização e implantação. Tem eficácia acima 
de 99% e pode durar de 10 a 12 anos, mas pode aumentar o fluxo menstrual e 
causar cólicas. Já o DIU liberador de levonorgestrel (SIU-LNG), disponível em 
diferentes dosagens e durações (3 a 7 anos), tem como principal mecanismo a 
atrofia endometrial e o espessamento do muco cervical. Além de sua eficácia 
superior a 99,8%, apresenta benefícios adicionais, como redução do fluxo 
menstrual, alívio da dismenorreia e proteção endometrial. 
Os métodos de barreira incluem o preservativo feminino, o diafragma e o capuz 
cervical. O preservativo feminino, feito de poliuretano ou nitrilo, cobre a vagina, 
vulva e colo uterino, proporcionando proteção contra gravidez e infecções 
sexualmente transmissíveis (IST). Sua eficácia é de 79% em uso típico e 95% 
em uso perfeito. O diafragma, quando utilizado junto com espermicida, cobre o 
colo uterino e apresenta eficácia de até 94% em uso perfeito. O capuz cervical, 
semelhante ao diafragma, tem menor eficácia em mulheres que já tiveram filhos, 
devido às alterações cervicais pós-parto. 
Os espermicidas, como o nonoxinol-9, destroem a membrana celular dos 
espermatozoides, diminuindo sua motilidade. No entanto, isoladamente, têm 
baixa eficácia (72-82%) e ainda podem aumentar o risco de infecções pelo HIV, 
devido à irritação da mucosa vaginal. 
Os métodos naturais e comportamentais incluem o método da amenorreia 
lactacional (LAM), eficaz até os seis primeiros meses de amamentação 
exclusiva, com taxas próximas a 99%. Outros são os métodos de consciência da 
fertilidade, como o calendário, a temperatura basal e a observação do muco 
cervical, que podem ser eficazes se aplicados corretamente, mas exigem 
disciplina e monitoramento rigoroso. O coito interrompido, apesar de muito 
utilizado, tem eficácia baixa em uso típico (78%), por depender do autocontrole 
masculino e não proteger contra IST. 
Por fim, os métodos cirúrgicos definitivos, como a laqueadura tubária, 
consistem na interrupção das tubas uterinas por diferentes técnicas cirúrgicas. 
Apresentam eficácia acima de 99%, mas devem seguir critérios legais no Brasil, 
como idade mínima de 25 anos ou ao menos dois filhos vivos, além de um prazo 
de reflexão de 60 dias entre a decisão e a cirurgia. 
 
 
 
 
 
b) O que é e como funciona o planejamento familiar? 
 
O planejamento familiar é definido pela Organização Mundial da Saúde (OMS) 
como o direito fundamental de casais e indivíduos decidirem livre e 
responsavelmente sobre o número de filhos que desejam ter, o espaçamento 
entre eles e o momento ideal para engravidar, contando com acesso a 
informações e métodos contraceptivos seguros, eficazes e acessíveis. 
No Brasil, o planejamento familiar é garantido pela Constituição Federal de 1988 
e regulamentado pela Lei nº 9.263/1996, que assegura a autonomia reprodutiva, 
a liberdade de escolha e o acesso universal a serviços de saúde, vedando 
qualquer forma de coerção, discriminação ou violência. Políticas públicas como 
a Política Nacional de Direitos Sexuais e Reprodutivos reforçam a integração do 
planejamento familiar no SUS, com foco na saúde integral, capacitação de 
profissionais e participação social. 
O planejamento familiar não se resume apenas ao uso de contraceptivos, mas 
envolve dimensões reprodutivas, de saúde e sociais. Abrange a decisão de ter 
ou não filhos, a prevenção de gravidez indesejada, a redução da 
morbimortalidade materna e perinatal, o tratamento da infertilidade, o 
empoderamento feminino e a garantia dos direitos reprodutivos. 
Os serviços de planejamento familiar envolvem educação e informação (com 
aconselhamento contraceptivo centrado no cliente), acesso a métodos 
contraceptivos variados e de qualidade, assistência à infertilidade (com 
investigação clínica e tecnologias de reprodução assistida), cuidados pré-
concepcionais (para reduzir riscos maternos e perinatais) e organização dos 
serviços em diferentes níveis de atenção, do básico à alta complexidade. 
 
 
 
c) O que é sexualidade? 
 
A sexualidade pode ser compreendida a partir de uma definição abrangente. 
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), “a sexualidade é um aspecto 
central do ser humano ao longo da vida e abrange sexo, identidades e papéis de 
gênero, orientação sexual, erotismo, prazer, intimidade e reprodução. A 
sexualidade é vivenciada e expressa em pensamentos, fantasias, desejos, 
crenças, atitudes, valores, comportamentos, práticas, papéis e 
relacionamentos.” Portanto, não se trata apenas de uma questão biológica, mas 
de um fenômeno biopsicossocial complexo que integra múltiplas dimensões 
interdependentes e em constante interação. 
Entre essas dimensões está a dimensão biológica, que envolve diferentes 
aspectos, como a diferenciação sexual. O sexo cromossômico pode ser feminino 
típico (46,XX), masculino típico (46,XY) ou apresentar variações como a 
síndrome de Turner (45,X) e a de Klinefelter(47,XXY). Já o sexo gonádico ocorre 
a partir do desenvolvimento embrionário das gônadas, que se diferenciam em 
testículos ou ovários por volta da 6ª à 10ª semana, dependendo da presença ou 
ausência do gene SRY. O sexo hormonal se relaciona à produção de hormônios, 
como testosterona, estradiol e progesterona, responsáveis pelo 
desenvolvimento das genitálias interna e externa. O sexo cerebral refere-se ao 
dimorfismo sexual do cérebro, com influência dos hormônios em períodos 
críticos. Também se inclui a fisiologia da resposta sexual, descrita em modelos 
como os de Masters e Johnson (1966), Kaplan (1979) e Basson (2001), que 
detalham fases e componentes da resposta fisiológica, e ainda a neurofisiologia 
sexual, que envolve o sistema nervoso central, periférico e neurotransmissores 
que modulam desejo, prazer e comportamento sexual. 
A dimensão psicológica trata do desenvolvimento psicossexual, descrito por 
Freud em fases (oral, anal, fálica, latência e genital) e também por etapas 
observadas na infância e adolescência, quando surgem a curiosidade, as 
primeiras descobertas e o despertar sexual. Nesse campo também se incluem 
os aspectos cognitivos, como esquemas e roteiros sexuais, além das emoções 
que podem facilitar (amor, desejo, prazer) ou inibir (ansiedade, depressão, 
vergonha) a vivência sexual. A identidade sexual se constrói a partir da 
identidade de gênero, orientação sexual, papéis de gênero e comportamento, 
passando por fases da infância até a vida adulta. 
A dimensão sociocultural evidencia que a sexualidade é construída 
socialmente e varia conforme época, cultura e valores. Normas, rituais, tabus e 
expressões da sexualidade são moldados pela família, pares, mídia, educação 
e religião. Nesse contexto, também se destacam os papéis de gênero — 
tradicionalmente ligados à masculinidade e feminilidade —, mas que vêm sendo 
transformados contemporaneamente com o empoderamento feminino, a 
valorização de novas masculinidades e a fluidez de gênero. A diversidade 
sexual, expressa em diferentes orientações e identidades de gênero, integra 
essa dimensão. 
A dimensão relacional aborda a sexualidade no contexto dos relacionamentos. 
A teoria triangular do amor de Sternberg propõe a combinação entre intimidade, 
paixão e compromisso. A comunicação sexual desempenha papel fundamental, 
sendo necessária a assertividade, a escuta ativa, a empatia e a negociação. 
Também se destaca a importância do consentimento sexual, que deve ser livre, 
informado, específico, contínuo e revogável, sendo invalidado em situações de 
intoxicação, coerção ou relações de poder desiguais. 
Na dimensão ética e espiritual, a sexualidade é atravessada por valores e 
princípios como autonomia, não maleficência, beneficência e justiça. Diferentes 
abordagens éticas — religiosa, secular, situacional e do cuidado — convivem 
nesse campo. A espiritualidade também interfere na vivência sexual, seja por 
perspectivas religiosas tradicionais (como no catolicismo, islamismo e judaísmo) 
ou em práticas que integram sexualidade e espiritualidade, como o tantra e 
tradições indígenas. 
Já a dimensão educacional destaca a educação sexual integral, que deve ser 
científica, laica, inclusiva, emancipadora e contínua. Seus objetivos incluem 
fornecer conhecimentos, desenvolver habilidades, atitudes e valores 
relacionados aos direitos humanos e à dignidade. Essa educação deve ser 
abrangente, com conteúdos adequados à idade e culturalmente relevantes, 
utilizando metodologias participativas, dialógicas, reflexivas e práticas. 
Por fim, é importante reconhecer a existência das disfunções sexuais, 
classificadas pelo DSM-5 em categorias ligadas ao desejo, excitação, orgasmo 
e dor. A prevalência é significativa, especialmente entre mulheres (40-45%) e 
homens (20-30%), sendo mais comum a disfunção erétil nos homens e o baixo 
desejo nas mulheres. As causas podem ser biológicas, psicológicas ou 
socioculturais, o que reforça a complexidade e multidimensionalidade da 
sexualidade. 
 
d) Relacione como o planejamento familiar e a sexualidade contribuem 
para a diminuição da gravidez indesejada. 
 
A gravidez indesejada pode ser definida como uma gestação que ocorre sem 
intenção, seja porque não era desejada no momento, seja porque não era 
desejada em nenhuma circunstância futura. Entre seus subtipos estão a gravidez 
inoportuna (desejada, mas em momento inadequado), a indesejada (não 
desejada de forma alguma) e a ambivalente (com sentimentos mistos). De modo 
mais amplo, fala-se em gravidez não intencional, termo que inclui todas aquelas 
que não foram especificamente planejadas. 
Os dados epidemiológicos mostram a magnitude do problema: globalmente, 
48% das gestações não são intencionais; no Brasil, segundo a PNS 2013, 55,4% 
das gestações não foram planejadas, sendo 18,8% indesejadas, 36,6% 
inoportunas e, entre adolescentes, 76,5% não planejadas. 
Nesse contexto, o planejamento familiar e a vivência responsável da sexualidade 
contribuem diretamente para a redução dessas taxas por meio de diferentes 
mecanismos de prevenção. Em primeiro lugar, a educação sexual 
integral oferece conhecimento sobre fertilidade, ciclo menstrual e métodos 
contraceptivos, além de desenvolver habilidades de negociação e tomada de 
decisão. Evidências científicas, como revisões da Cochrane e relatórios da 
UNESCO, demonstram redução significativa da gravidez precoce e não 
intencional em populações que têm acesso a programas de educação sexual. 
Outro aspecto é o acesso a métodos contraceptivos, que muitas vezes é 
limitado por barreiras estruturais, individuais ou socioculturais. A ampliação 
desse acesso, com diversificação de métodos, melhoria dos serviços de saúde 
e iniciativas inovadoras (como distribuição comunitária e telemedicina), é 
essencial para diminuir as taxas de gravidez não planejada. 
O empoderamento feminino também desempenha papel central, ao garantir 
autonomia reprodutiva e capacidade de decisão sobre se, quando e quantas 
vezes engravidar. Fatores como escolaridade, participação econômica e social 
fortalecem a mulher e estão diretamente associados à diminuição da 
fecundidade e da gravidez adolescente. 
A comunicação no relacionamento sobre contracepção e prevenção é 
igualmente fundamental, já que o diálogo e a negociação entre parceiros 
aumentam o uso consistente e adequado dos métodos e reduzem a ocorrência 
de falhas. 
Além disso, políticas públicas eficazes em saúde sexual e reprodutiva, que 
garantam acesso universal e gratuito a métodos, bem como programas 
específicos para adolescentes e populações vulneráveis, têm se mostrado 
estratégias de grande impacto, como evidenciam experiências no Brasil, Reino 
Unido e Etiópia. 
Por fim, embora existam barreiras estruturais, socioculturais e individuais, 
estratégias de superação — como fortalecimento dos sistemas de saúde, 
campanhas educativas, envolvimento de lideranças e inovações tecnológicas — 
mostram-se capazes de ampliar o acesso à informação e aos recursos 
necessários. Assim, planejamento familiar e sexualidade responsável, aliados a 
políticas públicas e empoderamento social, constituem instrumentos essenciais 
para a redução da gravidez indesejada. 
 
Referências 
AMERICAN COLLEGE OF OBSTETRICIANS AND GYNECOLOGISTS. 
Committee Opinion No. 651: Menstruation in girls and adolescents: using the 
menstrual cycle as a vital sign. Obstetrics & Gynecology, v. 126, n. 6, p. e143-
e146, 2015. 
 
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA INTERDISCIPLINAR DE AIDS. Diretrizes para o 
Aconselhamento em DST/HIV/AIDS. 3ª ed. São Paulo: ABIA, 2014. 
 
BARROSO, C. et al. Sexuality, contraception and adolescent pregnancy 
prevention in Brazil. Reproductive Health Matters, v. 27, n. 54, p. 1-12, 2019. 
 
BEARAK, J. et al. Unintended pregnancy and abortion by income, region, and 
the legal status of abortion: estimates from a comprehensive model for 1990-
2019. TheLancet Global Health, v. 8, n. 9, p. e1152-e1161, 2020. 
 
BIRO, F. M. et al. Pubertal assessment method and baseline characteristics in a 
mixed longitudinal study of girls. Pediatrics, v. 126, n. 3, p. e583-e590, 2010. 
 
BOEPPLE, P. A.; CROWLEY JR, W. F. Premenarchal gynecological 
examination: when, why, and how? Current Opinion in Obstetrics and 
Gynecology, v. 5, n. 6, p. 753-757, 1993. 
 
BRASIL. Lei nº 9.263, de 12 de janeiro de 1996. Regula o § 7º do art. 226 da 
Constituição Federal, que trata do planejamento familiar. Diário Oficial da União, 
Brasília, 15 jan. 1996. 
 
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Diretrizes 
Nacionais para a Atenção Integral à Saúde de Adolescentes e Jovens na 
Promoção, Proteção e Recuperação da Saúde. Brasília: MS, 2010. 
 
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Manual de 
Atenção à Mulher no Climatério/Menopausa. Brasília: Editora do Ministério da 
Saúde, 2008. 
 
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Manual Técnico 
para Profissionais de Saúde: Métodos Contraceptivos. Brasília: MS, 2018. 
 
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Políticas de Saúde. Assistência em 
Planejamento Familiar: Manual Técnico. 4ª ed. Brasília: MS, 2002. 
 
CAMPOS, C. H. et al. Effectiveness of educational interventions in preventing 
unintended pregnancy: a systematic review and meta-analysis. Contraception, v. 
97, n. 4, p. 299-311, 2018. 
 
CHUMLEA, W. C. et al. Age at menarche and racial comparisons in US 
girls. Pediatrics, v. 111, n. 1, p. 110-113, 2003. 
 
CLARKE, I. J.; CUMMINS, J. T. The temporal relationship between gonadotropin 
releasing hormone (GnRH) and luteinizing hormone (LH) secretion in 
ovariectomized ewes. Endocrinology, v. 111, n. 5, p. 1737-1739, 1982. 
 
CLELAND, J. et al. Contraception and health. The Lancet, v. 380, n. 9837, p. 
149-156, 2012. 
 
COELHO, E. A. C. et al. Associação entre gravidez não planejada e o contexto 
socioeconômico de mulheres em área da Estratégia Saúde da Família. Acta 
Paulista de Enfermagem, v. 25, n. 3, p. 415-422, 2012. 
 
DARROCH, J. E. et al. Adding it up: Investing in Contraception and Maternal and 
Newborn Health, 2017. New York: Guttmacher Institute, 2017. 
 
DELEMARRE-VAN DE WAAL, H. A. Environmental factors influencing growth 
and pubertal development. Environmental Health Perspectives, v. 101, n. suppl 
2, p. 39-44, 1993. 
 
EULING, S. Y. et al. Role of environmental factors in the timing of 
puberty. Pediatrics, v. 121, n. suppl 3, p. S167-S171, 2008. 
 
FEDERAÇÃO BRASILEIRA DAS ASSOCIAÇÕES DE GINECOLOGIA E 
OBSTETRÍCIA. Manual de Orientação em Anticoncepção. 4ª ed. São Paulo: 
FEBRASGO, 2015. 
 
FINE, A. et al. The role of contraceptive education and services in reducing 
unintended pregnancy: evidence from the provision of no-cost contraception in 
St. Louis. American Journal of Public Health, v. 104, n. 6, p. 1092-1099, 2014. 
 
FRITZ, M. A.; SPEROFF, L. Clinical Gynecologic Endocrinology and Infertility. 
8th ed. Philadelphia: Lippincott Williams & Wilkins, 2011. 
 
GARDNER, D. K.; WEISSMAN, A.; HOWLES, C. M.; SHOHAM, Z. 
(Eds.). Textbook of Assisted Reproductive Techniques. 4th ed. London: CRC 
Press, 2012. 
 
GIPSON, J. D.; KOENIG, M. A.; HINDIN, M. J. The effects of unintended 
pregnancy on infant, child, and parental health: a review of the literature. Studies 
in Family Planning, v. 39, n. 1, p. 18-38, 2008. 
 
GRUMBACH, M. M.; STYNE, D. M. Puberty: ontogeny, neuroendocrinology, 
physiology, and disorders. In: LARSEN, P. R. et al. (Eds.). Williams Textbook of 
Endocrinology. 10th ed. Philadelphia: Saunders, 2003. p. 1115-1286. 
 
GUTTMACHER INSTITUTE. Unintended Pregnancy and Abortion Worldwide. 
New York: Guttmacher Institute, 2020. 
 
GUYTON, A. C.; HALL, J. E. Tratado de Fisiologia Médica. 13ª ed. Rio de 
Janeiro: Elsevier, 2017. 
 
HEILBORN, M. L. et al. Assistência em contracepção e planejamento reprodutivo 
na perspectiva de usuárias de três unidades do Sistema Único de Saúde no 
Estado do Rio de Janeiro, Brasil. Cadernos de Saúde Pública, v. 25, n. suppl 2, 
p. s269-s278, 2009. 
 
HERD, P. et al. The implications of unintended pregnancies for mental health in 
later life. American Journal of Public Health, v. 106, n. 3, p. 421-429, 2016. 
 
HERMAN-GIDDENS, M. E. et al. Secondary sexual characteristics and menses 
in young girls seen in office practice: a study from the Pediatric Research in Office 
Settings network. Pediatrics, v. 99, n. 4, p. 505-512, 1997. 
 
HILLARD, P. J. A. Menstruation in young girls: a clinical perspective. Obstetrics 
and Gynecology, v. 99, n. 4, p. 655-662, 2002. 
 
INTERNATIONAL PLANNED PARENTHOOD FEDERATION. IPPF Statement 
on Sexual Rights. London: IPPF, 2008. 
 
JUNQUEIRA, L. C.; CARNEIRO, J. Histologia Básica. 12ª ed. Rio de Janeiro: 
Guanabara Koogan, 2013. 
 
KAPLAN, H. S. A Nova Terapia do Sexo. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1977. 
 
KAPLOWITZ, P. B.; OBERFIELD, S. E. Reexamination of the age limit for 
defining when puberty is precocious in girls in the United States: implications for 
evaluation and treatment. Pediatrics, v. 104, n. 4, p. 936-941, 1999. 
 
KINSEY, A. C. et al. Sexual Behavior in the Human Female. Philadelphia: W.B. 
Saunders Company, 1953. 
 
KNOBIL, E.; NEILL, J. D. (Eds.). The Physiology of Reproduction. 2nd ed. New 
York: Raven Press, 1994. 
 
KOHLER, P. K. et al. Abstinence-only and comprehensive sex education and the 
initiation of sexual activity and teen pregnancy. Journal of Adolescent Health, v. 
42, n. 4, p. 344-351, 2008 
. 
LOAIZA, E.; LIANG, M. Adolescent Pregnancy: A Review of the Evidence. New 
York: UNFPA, 2013. 
 
MARSHALL, W. A.; TANNER, J. M. Variations in pattern of pubertal changes in 
girls. Archives of Disease in Childhood, v. 44, n. 235, p. 291-303, 1969. 
 
MASTERS, W. H.; JOHNSON, V. E. Human Sexual Response. Boston: Little, 
Brown and Company, 1966. 
 
MOORE, K. L.; PERSAUD, T. V. N.; TORCHIA, M. G. Embriologia Básica. 8ª ed. 
Rio de Janeiro: Elsevier, 2013. 
 
MOREIRA, L. R. et al. Planejamento familiar: uso dos métodos contraceptivos 
na estratégia saúde da família. Ciência & Saúde Coletiva, v. 23, n. 2, p. 277-288, 
2018. 
 
OJEDA, S. R.; SKINNER, M. K. Puberty in the rat. In: KNOBIL, E.; NEILL, J. D. 
(Eds.). The Physiology of Reproduction. 3rd ed. San Diego: Academic Press, 
2006. p. 2061-2126. 
 
OSIS, M. J. D. et al. Atenção ao planejamento familiar no Brasil hoje: reflexões 
sobre os resultados de uma pesquisa. Cadernos de Saúde Pública, v. 22, n. 11, 
p. 2481-2490, 2006. 
 
PARENT, A. S. et al. The timing of normal puberty and the age limits of sexual 
precocity: variations around the world, secular trends, and changes after 
migration. Endocrine Reviews, v. 24, n. 5, p. 668-693, 2003. 
 
PIERRE, L. A. S.; CLAPIS, M. J. Planejamento familiar em Unidade de Saúde 
da Família. Revista Latino-Americana de Enfermagem, v. 18, n. 6, p. 1161-1168, 
2010. 
 
ROSS, M. H.; PAWLINA, W. Histologia: Texto e Atlas. 6ª ed. Rio de Janeiro: 
Guanabara Koogan, 2012. 
 
SANTELLI, J. et al. Abstinence and abstinence-only education: a review of U.S. 
policies and programs. Journal of Adolescent Health, v. 38, n. 1, p. 72-81, 2006. 
 
SEDGH, G. et al. Intended and unintended pregnancies worldwide in 2012 and 
recent trends. Studies in Family Planning, v. 45, n. 3, p. 301-314, 2014. 
 
SILVERTHORN, D. U. Fisiologia Humana: Uma Abordagem Integrada. 7ª ed. 
Porto Alegre: Artmed, 2017. 
 
SPEROFF, L.; DARNEY, P. D. A Clinical Guide for Contraception. 5th ed. 
Philadelphia: Lippincott Williams & Wilkins, 2011. 
 
STRAUSS III, J. F.; BARBIERI, R. L. (Eds.). Yen and Jaffe's Reproductive 
Endocrinology. 7th ed. Philadelphia: Elsevier Saunders, 2014. 
 
SUN, S. S. et al. National estimates of the timing of sexual maturation and racial 
differences among US children. Pediatrics, v. 110, n. 5, p.911-919, 2002. 
 
TANNER, J. M. Growth at Adolescence. 2nd ed. Oxford: Blackwell Scientific 
Publications, 1962. 
 
TERASAWA, E.; FERNANDEZ, D. L. Neurobiological mechanisms of the onset 
of puberty in primates. Endocrine Reviews, v. 22, n. 1, p. 111-151, 2001. 
TRUSSELL, J. Contraceptive failure in the United States. Contraception, v. 83, 
n. 5, p. 397-404, 2011. 
 
UNESCO. International Technical Guidance on Sexuality Education: An 
Evidence-informed Approach. Paris: UNESCO, 2018. 
 
UNFPA. Programme of Action of the International Conference on Population and 
Development. New York: UNFPA, 2014. 
 
WORLD HEALTH ORGANIZATION. Family Planning: A Global Handbook for 
Providers. Geneva: WHO Press, 2018. 
 
WORLD HEALTH ORGANIZATION. Medical Eligibility Criteria for Contraceptive 
Use. 5th ed. Geneva: WHO Press, 2015 
. 
WORLD HEALTH ORGANIZATION. Programming for Adolescent Health and 
Development. Geneva: WHO Press, 1996. 
 
WORLD HEALTH ORGANIZATION. Selected Practice Recommendations for 
Contraceptive Use. 3rd ed. Geneva: WHO Press, 2016. 
 
WORLD HEALTH ORGANIZATION. Sexual Health, Human Rights and the Law. 
Geneva: WHO Press, 2015.

Mais conteúdos dessa disciplina