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EDMUND HUSSERL 
· O Sentimento de uma Crise nas Ciências. É necessário um novo fundamento. 
· Crítica à ciência positivista e da razão objetiva.
· novo método para o conhecimento, a partir de uma perspectiva fenomenológica.
· Após denunciar uma crise, propor uma nova maneira de conceber a realidade, e fundar assim uma base para o conhecimento confiável.
· Fenomenologia nasce de uma crise. Proposta epistemológica.
· “O que Husserl quer sobretudo rejeitar é o naturalismo dessas ciências que, não tendo destacado especificidade de seu objeto e tratando-se como se tratasse de um objeto físico, confundem a descoberta das causas Exteriores de um fenômeno com a natureza própria deste fenômeno. 
· O fato de que o objeto e finalmente o próprio mundo dependam assim dessas estruturas conduzirá a Husserl a dizer que eles são constituídos. A fenomenologia se tornará o estudo da Constituição do mundo na consciência.
· Husserl propôs: notemos este posicionamento natural, para depois suspendermos nossa concordância com os posicionamentos imediatos (suspensão de teorias e posições teóricas).
· Husserl buscava, com o método, suspender a cotidianidade para alcançar um encontro originário, ver os fenômenos como eles se dão, sem a ajuda de pressupostos, que mais distanciam do que revelam.
· Consciência intencional: nossa consciência está sempre se relacionando com o mundo dos objetos, dando significado as nossas experiências. Impossibilidade da separação entre sujeito/objeto proposta pelas ciências naturais.
· Para chegar a uma pesquisa do fenômeno a partir dele mesmo é preciso: abandonar a atitude natural e se aproximar da atitude fenomenológica- assim nos afastamos dos conceitos sobre uma realidade objetiva e nos aproximamos do fenômeno a partir dele mesmo. 
· Segundo Husserl os fenômenos são constituídos na consciência, devido a sua relação direta com o mundo dos objetos. Sendo que a consciência dá a estrutura que fundamenta a possibilidade do conhecimento científico e da realidade dotada de significado.
· Fenomenologia: exige a suspensão, a colocação entre parênteses de crenças pressupostos e preconceitos. 
Martin Heidegger
· Já Heidegger apontou para a impossibilidade de suspender às últimas consequências o horizonte histórico onde o ser-aí se vê de modo indissociável, o que inviabilizaria a suspensão total proposta por Husserl.
· Dasein é ser-no mundo: é um existente, relaciono-me com meu ser através das minhas ações no mundo. O ser é ação. Para Heidegger não há interioridade, tudo é ação no mundo. 
· É habitar o mundo comum, publico, de possibilidades e significados compartilhados. É a impossibilidade de separar o ser do seu mundo, o humano do seu contexto cultural e histórico, da relação com os outros, as coisas e si mesmo. 
· A existência está sempre aberta ao mundo. Aparecendo sob um tom, uma afinação, disposição. Ela se relaciona com os significados que a pessoa colocas nas experiências ao longo da sua história de vida que é atravessado por quebras e rupturas. 
· Para Heidegger, o cuidado não é algo que temos, mas que somos: em cada relação que estabelecemos, em cada ação no mundo, em nosso lidar cotidiano com outros entes, tornamo-nos também quem somos.
· Nesse sentido, cuidamos de nosso quem, de ser quem somos, no lidar com o mundo, pois temos como tarefa e como questão ser nós mesmos. O cuidado é autêntico quando nele se assume a responsabilidade de cuidar de ser si mesmo.
· O interesse de Heidegger não recai na ideia de sujeito: (...) nem [mesmo] do sujeito dinâmico de Husserl; e isso justamente porque todas as posições subjetivas desconsideram a intencionalidade de base ser-no-mundo, tanto quanto a impossibilidade de pensar para além dessa intencionalidade.
· tarefa (...) tal como proposta por Heidegger consiste em buscar o sentido do ser, partindo do ser-aí como o lugar no qual acontece historicamente tal sentido. 
· Esse lugar baseia-se, por sua vez, no aí, no mundo, na inseparabilidade homem-mundo; portanto, não possui nenhuma determinação que se associe essencialmente a ele, justamente porque a sua única determinação consiste no caráter do poder-ser sempre atravessado pelo horizonte histórico em que se encontra.
· Em essência, o ser-aí humano é um EXISTENTE.
· A esse conjunto de relações deu o nome de significância. Para ele, a significância é o que permite a descoberta do mundo em sua complexidade.
· O ser-ai é sempre possibilidade: através das ações no presente eu sou, sempre eu existo a cada vez que faço algo. Isto quer dizer que me relaciono com o meu ser através das minhas ações. 
· Estas ações são possíveis como algo dentro de um contexto cultural que é determinado num momento histórico (no nosso presente).
· O ser- ai em relação com o horizonte de possibilidades pelos quais ele pdoe se desenvolver como tal, podendo tomar uma postura autêntica sobre as suas escolhas e sobre sua condição existencial. 
O Conhecimento é sobre o Imutável.
•A Opinião –Doxa–não é sobre a verdade, ela fala de outra coisa. Fala das coisas da experiência. (crença comum, opnião)
Descartada como “subjetivo”, essa palavra que é um xingamento para quem se propõe “objetivo”. 
•“O que vem a ser e deixa de ser”. (Livro VI). O que perece. O que é contaminado de tempo. O que só se dá no tempo.
Tendência da filosofia: buscar pra além do mundo da experiência quotidiana, mundo da opinião (ou da doxa), uma realidade oculta acessível apenas ao pensamento.
•Metafísica. Para além (Meta) de tudo aquilo que se mostra e vige (Physis). Metafísica. Mais pra lá do Cosmos se mostrando. Mais pra lá da Aparência. Metafísica faz imaginar um mundo outro, que seria, de alguma forma, a explicação ou fonte de tudo o que aparece.
Para a metafísica, o conhecimento é resultado de uma superação da insegurança do existir. [se a gente tem a verdade como aquilo que não pode ser contaminada com tua experiência, tem que superar essa “fraqueza” do humano pra chegar à verdade]. Para a Fenomenologia, é exatamente a aceitação dessa insegurança que permite o conhecimento.
Descartes- dividi a realidade em 2 categorias: 
Res extensa- o mundo tridimensional da física, um mundo inteiramente explicável em termo de partículas moveis de tamanho e figura especificados. 
Res cogitans, ou substância pensante – um ser cujas características essenciais são inteiramente independentes da matéria e completamente inexplicáveis pela linguagem quantitativa da física. Um mundo dividido em S – O 
Res CogitansX Res Extensa –objeto guarda em si suas propriedades (extensão e movimento) –outras propriedades qualitativas = subjetivas.
•Retirar da análise do observador a subjetividade. Submetendo ao método. Nunca aceitar coisa alguma, salvo ideias claras e distintas.
Dividir cada problema em quantas partes forem necessárias.
Pensamento segue ordem, do simples ao complexo. Onde não há ordem, que se crie uma.
A coisa que pode ser medida (Res Extensa) - O objeto tem suas propriedades (extensão e movimento)
A coisa que mede(Res Cogitans) - Outras propriedades qualitativas = subjetivas.
A subjetividade faz parte do olhar, mas ela erra. O sujeito se engana. Decompõe o fenômeno para analisar suas partes. Método matemático aplicado à existência. Um mundo equacionado se apresenta a um técnico.
•Objeto - O que define a existência de um objeto é sua constituição físico-química. Tem extensão, tem materialidade, eu posso medir, então existe. O que define um objeto é o conceito desse objeto, não ele em si. Existe a ideia de uma árvore, o conceito de árvore, então existe árvore.
Realidade objetiva, realidade independente. Objetos têm uma realidade própria deles. Eles têm, por exemplo, um peso. Esse peso, eu tentando levantar o objeto ou não, é o mesmo, e ele pode ser medido. O que significa dizer que o objeto tem uma realidade própria? Existe uma verdade no mundo. Cabe ao ser humano descobrir ou inventar escalas para dizer essa verdade.
Racionalismo e a preocupação com a descrição da realidade - A separação do mundo em S-O, a proposta de que se pode conhecer algo se despindo de sua subjetividade, estáno fundamento do que consideramos verdade.
Véritas–uma verdade externa ao ser. Algo constante em um mundo que é inconstância, movimento.
A ideia de um observador neutro fundamenta uma verdade das coisas.
A exclusão do sujeito no fundamento do conhecimento
Quando a explicação científica se apresenta como uma tradução da realidade, bom, aí a gente tem que se perguntar –que realidade é essa? É o que eu vivo, ou é um dizer sobre o que eu vivo?
A matemática se distancia dos dados da intuição.
Uma realidade que não depende de minha relação com ela é real até que ponto? Como falar de peso sem falar de “leve” e “pesado”?
O homem como um dado - Dado, posto, já conhecido.
As ciências não falam do homem no seu acontecer, no seu acontecendo, mas do homem já dado. Teu sofrimento não é o teu sofrer, mas o que o DSM sabe dizer dele.
O que o método fenomenológico propõe é a aproximação e a legitimação da experiência. Qualquer fala sobre a ciência, qualquer fala em geral, só pode surgir deste lugar – o da experiência. O que o método fenomenológico propõe é a aproximação e a legitimação da experiência. Qualquer
A crise se manifesta de fato como a ruptura de um mundo: o mundo da ciência, tal como a ciência o constituiu, se destacou do mundo da vida
Objetivismo: a crença (ou superstição) de que a ciência poderia desvelar o mistério da realidade porque, diferente das outras formas de conhecimento, ela diz só o que é. •O discurso objetivo: a expressão das coisas em si. Qualquer outro modo de dizer essa realidade deve ser relativizado, desvalorizado. •Por ser objetivo, tal discurso é considerado como não sendo dito no fim das contas por ninguém, como sendo o discurso do ser sobre si próprio, portanto sua verdade absoluta.
•A objetividade se converteu em objetivismo –só é real aquilo que pode ser visto como se ninguém visse.
Um positivismo superior: falar somente sobre aquilo que aparece, como aparece. 
Fenomenologia: Recuperar a vivência na constituição do mundo.
•Questão de método: as humanas insistindo naquele das físicas.
Compreender: situar no meio humano que lhe dá o seu sentido, que materializa nele a sua intenção em direção a.
Entre a especulação metafísica e o raciocínio das ciências positivas deve existir uma via que antes de todo o raciocínio nos colocaria no mesmo plano das coisas mesmas.
Correlação - •não há nada no mundo sem um tipo de relação –intencionalidade da consciência.
Atitude natural - pensar que o sujeito está no mundo como algo que o contém ou como uma coisa entre outras coisas, homem dado, já aí. A atitude natural considera as coisas como existentes em si mesmas, independentemente de sua relação com o sujeito/consciência: subsistentes.
Atitude fenomenológica - colocar entre parênteses a crença no mundo objetivo, para que, assim, desvele-se a intencionalidade que o constitui. Atitude fenomenológica: despir-se da atitude natural (tudo sempre já esteve aí), voltando-se à esfera da experiência.
· Analisar o fenômeno em sua inteireza é considerar, na análise, esse que vê a coisa.
Epoché - Essa etapa do método fenomenológico chama- se epoché e pode ser caracterizada como a colocação entre parênteses da realidade independente da consciência, para que a investigação fenomenológica se volte para a fenomenalização dos fenômenos, isto é, seu aparecer na correlação intencional. Pela redução fenomenológica, a consciência se mostra consciência constituinte de mundo
Na medida em que a fenomenologia visa descrever os fenômenos presentes na consciência, e não os ‘fatos’ físicos ou biológicos, ela é levada a pôr esses fatos entre parênteses. A EPOCHÉ designa essa suspensão de juízo (sinônimo de redução f//a). O homem tem consciência de um mundo que se estende no espaço e no tempo, sendo-lhe acessível pela intuição imediata ou pela experiência; 
•Tese geral da Atitude Natural: as coisas naturais estão aí, quer eu me ocupe delas, quer não. Esse mundo natural é um existente, uma realidade. A Epoché consiste em suspender o juízo sobre o mundo natural.
Consciência Intencional - Fenômenos Físicos X Fenômenos Psíquicos: esses comportam uma INTENCIONALIDADE.
•“Ver” é sempre “Ver alguma coisa”. Ouvir, ouvir alguma coisa. Os atos da consciência têm um correlato.
•Se o objeto é sempre objeto para uma consciência, ele não será jamais objeto em si mas o objeto percebido, objeto pensado, rememorado, imaginado etc. Consciência e objeto não são, com efeito, duas entidades separadas na natureza que se trataria, em seguida, de por em relação, mas consciência e objeto se definem respectivamente a partir desta correlação que lhes é de alguma maneira co-original. 
Espírito – nous.
•Atividade da consciência – nóese.
•Objeto constituído por essa atividade – noema.
Atitude Fenomenológica – Epoché implica um retorno da atenção do sujeito sobre si mesmo – redução do Eu Natural.
Retorno da atenção à esfera da experiência.
O que eu vejo, eu vejo, do jeito que vejo.
· Fenomenologia, em vez de ser contemplação de um universo estático de essências eternas, vai se tornar a análise do dinamismo do espírito que dá aos objetos do mundo seu sentido.
· A consciência não é mais uma parte do mundo, mas o lugar do seu desdobramento no campo original da intencionalidade. 
•	Ao criticar o moderno, EH não percebe que está se movimentando no mesmo quadro.
•	Noema-noese ainda se move dentro do paradigma Sujeito- Objeto.
· Nunca se compreende um fenômeno se não a partir da totalidade da vida do fenômeno, essa totalidade é historicamente constituída. 
· Em outros termos, cada um de nós é ser-no-mundo e compreende mundo a partir de certo horizonte histórico sedimentado por tradição.
· O que nos define? O caráter de abertura é o que nos constitui, o que nos é particular. “diferencia-nos dos demais entes, cuja existência encontra-se fenomenologicamente fechada.”
· Um ser que tem a sua existência como questão em aberto.
· Homem como este cujo ser está sempre por se fazer, está sempre lançado
· abruptamente no mundo, realizando o seu ser.
· De início, não somos nada. Indeterminados. É só existindo que nos tornamos, que existimos.
· Existenciais: modos de ser do homem. Ser-no-mundo, Corporeidade, Temporalidade, Outros, Finitude.
· Existir – Ek-Sistere. Ser para fora de si, existir.
· Lançados, jogados no mundo, nos relacionamos conosco a partir de uma abertura.
· Somos solicitados todo o tempo pelo mundo, o mundo nos solicita uma resposta. O ser é responsável – Instado a responder as solicitações do mundo.
· Homem é o espaço de acontecimento do ser de todos os entes.
· HORIZONTE, ABERTURA.
· Não é determinado, preenchido, só é sendo em situação.
· Ente que pergunta sobre o ser. Que dá ser, dá sentido, aos entes à sua volta, e consequentemente a si mesmo.
· Ir sendo em cada situação. Não um ser estático, determinado. Abertura para ser, o ser que vai sendo se preenche a cada vez.
· Clareira de Liberdade: É na medida em que se faz.
· Todos os outros entes têm o caráter de intramundano, mas não de ser- no-mundo.
· Só o homem não ocorre simplesmente no mundo, mas existe mundanamente. Tem-de-ser.
· Homem é formador de mundo, animais são pobres de mundo, pedra é sem mundo.
· Um ser que precisa de um “aí” para existir, um “aí” e que não é previamente dado, mas que é parte da Constituição própria do homem.
· Dasein, (existência) - conceito de Dasein se refere à constituição ontológica do ser que nós somos, costumeiramente chamados de “humanos”. Porém, Heidegger não utiliza o termo “ser humano” ou “homem” pois são termos que carregam significados não fenomenológicos acumulados ao longo da história do Ocidente. “Humano”, por exemplo, deriva de “húmus”, terra fértil, articulando-se com a tradição judaico-cristã de definição de homem. Por isso, Heidegger reserva o termo Dasein para indicar o ser que somos. 
· Homem como este cujo ser está sempre por se fazer, está sempre lançado abruptamente no mundo, realizando o seu ser.
· Sendo, o homem se projeta. Aberto ao seu mundo, vive sempre em alguma disposição afetiva e é a partir desta que descobre o mundo. Isso quer dizer quetoda a tonalidade afetiva é compreensão e toda a compreensão é afinada em alguma tonalidade afetiva.
· Mundo corresponde a uma característica do próprio ser-aí, e apresenta-se como projeto compreensivo originário, que abre a possibilidade para a
· constituição de si mesmo.”
· Mundo como horizonte compreensivo.
· Quem é você?” recebe sempre resposta indeterminada - quem somos é sempre maior do que qualquer determinação.
· O ser do homem não é um “o quê” – coisa simplesmente dada.QUEM é o homem, não O QUÊ é o homem.
 Resumindo a concepção de Dasein de Ser e Tempo, podemos afirmar que o homem é um ser que é aí, no mundo (ser-no-mundo). E ser no mundo significa ser sempre uma relação significativa consigo mesmo, com os outros e com coisas (mesmo que essas relações estejam implícitas). A analítica do Dasein revela que o homem é ontologicamente no-mundo e com-os outros. 
Ser e Tempo não se detém nas descrições dos diversos modos concretos em que nos relacionamos com os outros, pois não é essa a tarefa de Heidegger. Sendo inacabado, o Dasein é ontologicamente possibilidade, ele se realiza em possibilidades. Isso significa que ninguém nasce pronto, mas precisa se realizar. Heidegger chama esse existencial de cura ou cuidado (Sorge, em alemão). O “realizar-se” é sempre situado em relação aos demais e à significatividade compartihada. Não sendo pronto e acabado, o Dasein precisa sempre realizar-se como uma possibilidade; ao Dasein sempre está faltando algo. Heidegger diz que ele é sempre culpado.  A única possibilidade que encerra a culpa e que só pode ser vivida por cada qual singularmente é sua própria morte. O Dasein se relaciona constantemente com essa sua própria possibilidade. Entretanto, essa possibilidade nunca é vivenciada por cada um, pois, quando acontece, não estamos mais aí para vivenciá-la.
Ser-aí: ser no mundo se relacionando consigo e com os outros (vivendo). -Ser-com-os-outros: ser se relacionando com os outros. -Ser-para-o-fim: ser em contato com a morte. -Ser-em: ser para o mundo e relação com temporalidade.
· Compreender oDaseinem sua condição de ser-no-mundo implica percebê-lo como abertura de possibilidades que se manifestam em determinada facticidade.
· tudo aquilo que vem ao encontro do homem é parte desse mundo e obtém a partir dele o seu significado. Mundo como hermenêutico (ciência voltada para a interpretação (como ela se dá?))
· Homem como polo existencial aberto ao mundo que é por ele constituído.
· Tudo que chega a nós, chega tematizado de alguma maneira. Homem como produtor de sentido, mundo como rede referencial que funciona como gênese dos significados. O que é um fone de ouvido em 1733? Significa o modo como fone de ouvido aparece na sua rede referencial.
· Significado: o quê. Como algo aparece quando aparece/ Sentido: para quê.
· Ser-no-mundo é ser abertura para os outros, para as coisas e para si mesmo. “O homem, porque vive, choca com o que vive”.
· O homem se constitui originariamente como ser-aí porque o ser do homem se determina a partir do seu aí.
· “Aí” é esse espaço historicamente constituído a partir do qual todos os nossos comportamentos se dão.
· Daseine mundo fazem parte de uma mesma realidade, denominada ser-no-mundo.
· Heidegger enfatiza que, utilizando essa expressão, quer referir-se a ser e mundo como um "fenômenounitário", ou seja, não redutível a uma soma de partes que se juntam.
· Dasein – SER-AÍ. Hífen, pois inseparável. CO-ORIGINÁRIO. Homem como um irromper no mundo.
· Homem não acontece EM um aí, como um jogo acontece EM um campo. Homem É o seu AÍ. Existência.
Dasein - Tríplice Abertura - Encontrar-se; Compreender; Discurso/Linguagem
 - ENCONTRAR-SE - Ser no mundo é condição existencial do Dasein: é nesse modo de ser que ele se constitui. Co-originário ao mundo com suas significações próprias e contextualizadas
Esses modos de ser, junto a si, aos outros e ao mundo, constituem a condição do encontrar-se do Dasein.
A manifestação cotidiana desse encontrar-se acontece marcada pelos humores que acontecem na relação de co-constituição Dasein-mundo.
O encontrar-se, marcado pelos estados de ânimo, é a condição existencial do Dasein de ir ao encontro do mundo, ser-para-fora.
Tonalidade afetiva - Como, pois, entender esse caráter “pra fora” da existência? Como exposição ao ente, ou, melhor, como ser-inserido-em e estar-de-pé-fora na abertura do Ser. É a partir daí que se determina, ou seja, se afina e se entoa o “quem” da presença.
COMPREENSÃO- Dasein habita o mundo no horizonte de uma prévia compreensão de ser de tudo o que é. Essa se funda na relação prática entre o Dasein e os entes que lhe vêm ao encontro. Ocupando-se dos entes em suas realizações cotidianas, constitui uma rede de correlações, articulações entre ele e os entes que se lhe apresentam.
Diferente dos seres intramundanos, que são simplesmente dados, o ser-aí precisa do mundo para se realizar em sua indeterminação. 
Dasein, sendo um ser marcado pelo caráter de poder-ser, precisa projetar-se no campo existencial em que ele vai manifestar sua condição de ser-aí. 
"Mundo" é esse campo existencial. Trata-se do horizonte em que o Dasein pode ser quem é.
DISCURSO/LINGUAGEM - É através da linguagem. Dasein e mundo são através da linguagem. Via ela as coisas recebem o seu sentido, ou nos atormentam com a falta deste. “A tarefa do pensar fenomenológico é trazer à fala como se dá ser, ou seja, como acontece de haver ser, e como neste há ser o mesmo se doa e quiçá, também se retrai, se mostra e se esconde”
Projeto- Sendo, Dasein se escolhe, se projeta. Projeta, não se iguala no que é e no que se projeta. Em relação íntima com o nada. A morte e a finitude dão esse Horizonte, limitam, coloca o ser como finito. Dasein como projeto e projetar-se. Projeto é possibilitação de possibilidades da liberdade.
O projeto se atém a possibilidades por se criar, se conquistar, se realizar.
•O possível ultrapassa o real.
•O restrito apenas ao real está próximo do patológico.
•A Liberdade não é uma escolha, é uma condição. Liberdade: Dasein é fundado no poder-ser. Nele habita.
•Dasein já viu para além de sua situação.
•Caráter temporal do Dasein.
Existir significa assumir a responsabilidade de ser, isto é, na liberdade, comprometer-se com o mais próprio poder-ser. 
O ser que o homem está entregue à sua responsabilidade. 
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