A ética, conforme Schopenhauer (2005), não se fundamenta na razão ou em normas externas, mas no reconhecimento do sofrimento partilhado por todos os seres. Para ele, os únicos fundamentos possíveis de uma conduta moral genuína não se derivam do que é estrutural e externo, mas do subjetivo e da interação. Sobre esse contexto, leia o excerto a seguir: "'O mundo é minha representação.' Esta é uma verdade que vale em relação a cada ser que vive e conhece, embora apenas o homem possa trazê-la à consciência refletida e abstrata. [...] Se alguma verdade pode ser expressa a priori, é essa, pois é uma asserção da forma de toda experiência possível e imaginável, mais universal que qualquer outra, que tempo, espaço e causalidade, pois todas essas já a pressupõem; e, se cada uma dessas formas, conhecidas por todos nós como figuras particulares do princípio de razão, somente valem para uma classe específica de representações [...]. Verdade alguma é, portanto, mais certa, mais independente de todas as outras e menos necessitada de uma prova que esta: o que existe para o conhecimento, portanto o mundo inteiro, é tão somente objeto em relação ao