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RESUMO: PROC E RELAC JURID PROCESSUAL 2025 
ALUNA: Nathália Alves UNIP 
1. O que é Processo? 
• Conceito: é o instrumento pelo qual o Estado resolve conflitos e aplica a 
lei ao caso concreto, exercendo sua jurisdição. 
• É uma sequência organizada de atos jurídicos (petições, audiências, 
decisões, recursos) que caminham para uma solução. 
Exemplo prático: 
Maria entra com uma ação contra João pedindo indenização por danos 
materiais. 
• O juiz recebe a petição → cita João → João apresenta defesa → produz-
se prova → juiz dá a sentença. 
Essa sequência é o processo. 
 
2. Objeto do Processo 
• Objeto do processo: tudo aquilo que o juiz analisa – condições da ação, 
questões preliminares, defesas e o mérito. 
• Objeto litigioso do processo: apenas o mérito (o pedido da parte). 
Exemplo: 
Maria pede indenização de R$ 10.000,00 a João. 
• O objeto do processo → envolve verificar se Maria pode propor a ação, 
se João foi citado corretamente, se há prazo prescrito etc. 
• O objeto litigioso do processo → se João deve ou não pagar os R$ 
10.000,00. 
 
3. Natureza Jurídica do Processo 
(a) Teorias Privatistas 
• Contrato → o processo seria como um “contrato” entre autor e réu. 
o Problema: muitas vezes o réu não quer participar (ninguém 
contrata ser réu). 
• Quase-contrato → obrigações impostas pela lei, sem vontade das 
partes. 
(b) Teorias Publicistas 
RESUMO: PROC E RELAC JURID PROCESSUAL 2025 
ALUNA: Nathália Alves UNIP 
• Relação Jurídica (predominante hoje): o processo é uma relação de 
direito público entre juiz, autor e réu. 
• Procedimento: apenas uma sequência de atos prevista em lei. 
• Situação Jurídica: o processo é uma expectativa (esperar a decisão do 
juiz). 
Exemplo: 
No processo de Maria contra João, mesmo que João não queira participar, a lei 
o coloca dentro da relação jurídica processual: 
• Juiz (imparcial) → autor (Maria) → réu (João). 
Ou seja, não depende da vontade deles. 
 
4. Tipos de Processo (CPC/2015) 
1. Processo de Conhecimento 
• Finalidade: declarar o direito. 
• Subespécies: 
o Declaratório → apenas confirma ou nega uma relação jurídica. 
▪ Exemplo: ação de investigação de paternidade. O juiz 
apenas declara se X é pai ou não. 
o Condenatório → além de declarar, impõe uma obrigação. 
▪ Exemplo: Maria pede que João pague R$ 10.000,00. O juiz 
condena João a pagar. 
o Constitutivo → cria, modifica ou extingue uma relação jurídica. 
▪ Exemplo: divórcio. O juiz extingue o vínculo matrimonial. 
 
2. Processo de Execução 
• Quando já existe um título (judicial ou extrajudicial) e o objetivo é forçar 
o cumprimento. 
• Não se discute o direito, apenas se cumpre. 
Exemplo: 
Maria já ganhou a ação e João não pagou os R$ 10.000,00. 
Agora Maria entra com processo de execução: o juiz pode penhorar bens, 
bloquear salário ou contas para garantir o pagamento. 
 
RESUMO: PROC E RELAC JURID PROCESSUAL 2025 
ALUNA: Nathália Alves UNIP 
3. Processo Cautelar (CPC/1973) 
• Servia para proteger um direito antes da decisão final. 
• Hoje (CPC/2015), substituído pelas tutelas provisórias: 
o Tutela de urgência cautelar → apenas garante um direito para o 
futuro. 
▪ Exemplo: pedir que o juiz bloqueie bens de João para que 
ele não venda tudo antes da sentença. 
o Tutela de urgência satisfativa (antecipada) → satisfaz o direito 
de imediato. 
▪ Exemplo: pedir imediatamente um remédio de alto custo 
antes da sentença final. 
o Tutela de evidência → dada quando o direito é muito claro, 
mesmo sem urgência. 
 
5. Ação, Processo e Procedimento 
• Ação: direito público de pedir ao Estado uma decisão. 
o Exemplo: Maria tem o direito de propor ação contra João. 
• Processo: é o instrumento que o Estado usa para responder ao pedido. 
o Exemplo: sequência de atos (petição, citação, defesa, sentença). 
• Procedimento: é a forma como o processo acontece (os “passos” 
estabelecidos em lei). 
o Exemplo: no rito comum, o juiz primeiro manda citar o réu, depois 
abre prazo para defesa, depois designa audiência. 
 
6. Relação Jurídica Processual 
Conceito 
É o vínculo formado entre juiz, autor e réu, regulado pelo direito processual. 
Características 
1. Autonomia → independe da relação de direito material. 
o Exemplo: mesmo que Maria não prove que João lhe deve dinheiro, 
o processo existiu e foi válido. 
2. Natureza pública → envolve função estatal. 
3. Progressividade → feita de atos que se sucedem (petição, contestação, 
sentença). 
RESUMO: PROC E RELAC JURID PROCESSUAL 2025 
ALUNA: Nathália Alves UNIP 
4. Complexidade → cada sujeito tem direitos, deveres e ônus. 
5. Unicidade → é uma única relação, do começo ao fim. 
6. Trilateralidade → sempre envolve juiz + autor + réu. 
Elementos 
• Sujeitos: juiz, autor, réu (e também advogados e auxiliares da justiça). 
• Objeto: prestação jurisdicional (a decisão do juiz sobre o pedido). 
 
7. Autonomia da Relação Processual 
• O processo é autônomo em relação ao direito material. 
• Exemplo: 
Maria processa João por dívida inexistente. 
O juiz julga improcedente. 
→ Mesmo sem dívida (sem direito material), o processo aconteceu 
normalmente (direito processual autônomo). 
 
RESUMO FINAL 
• Processo = instrumento da jurisdição. 
• Objeto do processo = tudo que o juiz examina. Objeto litigioso = 
apenas o mérito. 
• Natureza jurídica → processo é uma relação jurídica processual (teoria 
predominante). 
• Tipos → conhecimento (declara, condena, constitui), execução (cumpre à 
força), cautelar/tutelas provisórias (protege ou satisfaz antes da 
sentença). 
• Ação = direito de pedir. Processo = meio usado. Procedimento = 
sequência de atos. 
• Relação processual → trilateral, autônoma, pública, progressiva, 
complexa e una. 
1. Conceito de Pressupostos Processuais 
São requisitos exigidos por lei para que o processo: 
• Exista (constituição); 
• Se desenvolva de forma válida (regularidade). 
 Sem eles, o processo pode ser considerado inexistente ou nulo. 
RESUMO: PROC E RELAC JURID PROCESSUAL 2025 
ALUNA: Nathália Alves UNIP 
Exemplo: Se alguém entra com ação sem advogado (sem capacidade 
postulatória), o processo não poderá se desenvolver validamente. 
 
2. Constituição e Desenvolvimento da Relação Processual 
• Petição inicial protocolada (art. 312, CPC): o processo já existe. 
• Citação válida do réu: forma-se a relação jurídica processual 
triangular (Autor – Réu – Estado-juiz). 
Exemplo prático: Maria entra com ação contra João. Enquanto João não for 
citado, o processo existe, mas só vincula Maria e o Estado. Após a citação, João 
também passa a estar vinculado. 
 
3. Classificação segundo Humberto Theodoro Júnior 
• Pressupostos de existência: requisitos para que o processo exista 
validamente. 
• Pressupostos de desenvolvimento válido: requisitos para que o 
processo siga regular até a sentença. 
 
4. Tipos de Pressupostos Processuais 
A) Subjetivos (ligados ao juiz e às partes) 
1. Do juiz 
o Competência: juiz deve ser competente (art. 5º, LIII, CF). 
Exemplo: Ação trabalhista não pode ser julgada por juiz cível. 
o Imparcialidade: juiz não pode ter interesse pessoal na causa. 
▪ Impedimento (art. 144, CPC): situações objetivas (ex.: juiz já 
atuou como advogado na causa). 
▪ Suspeição (art. 145, CPC): situações pessoais (ex.: juiz é 
amigo íntimo da parte). 
2. Das partes 
o Capacidade de ser parte: qualquer pessoa pode (art. 1º CC). 
Exemplo: Pedro, mesmo menor, pode ser parte no processo. 
o Capacidade processual (estar em juízo): precisa ser capaz ou 
representado. 
RESUMO: PROC E RELAC JURID PROCESSUAL 2025 
ALUNA: Nathália Alves UNIP 
Exemplo: Menor de idade precisa ser representado pelos pais. 
o Capacidade postulatória: regra geral, só advogado pode 
representar em juízo (art. 133, CF e art. 103, CPC/15). 
Exemplo: Maria quer ajuizar ação. Precisa de advogado 
constituído, salvo raríssimas exceções (ex.: habeas corpus). 
 
B) Objetivos (ligados à formae à estrutura do processo) 
São relacionados à regularidade da marcha processual. 
• Petição inicial adequada: deve obedecer aos requisitos do CPC. 
Exemplo: se a inicial for inepta (sem pedido claro), o processo pode ser 
extinto. 
• Mandato do advogado: deve haver procuração nos autos (art. 104 e 
105, CPC). 
• Inexistência de óbices processuais: 
o Não pode haver litispendência (mesma ação em curso). 
o Não pode haver coisa julgada (mesma causa já decidida 
definitivamente). 
o Não pode haver compromisso arbitral (se as partes optaram pela 
arbitragem, não cabe processo judicial). 
o Não pode haver nulidades graves. 
 
5. Exemplos práticos (para fixar) 
1. Falta de capacidade postulatória 
o João ajuíza ação sozinho, sem advogado. 
→ Falta pressuposto processual. O processo pode ser extinto. 
2. Juiz incompetente 
o Maria propõe ação de divórcio no Juizado Especial Cível. 
→ O juiz não é competente, o processo será extinto ou remetido 
ao juízo correto. 
3. Coisa julgada 
o Pedro processa José pedindo indenização por acidente de 
trânsito. 
o O processo já foi julgado antes, com sentença definitiva. 
→ Novo processo será extinto sem análise do mérito. 
4. Citação inválida 
RESUMO: PROC E RELAC JURID PROCESSUAL 2025 
ALUNA: Nathália Alves UNIP 
o Réu é citado por edital sem esgotar tentativas pessoais de citação. 
→ Relação processual não se forma corretamente. 
 
6. Diferença entre Existência e Desenvolvimento 
• Existência: petição inicial protocolada → nasce o processo. 
• Desenvolvimento válido: precisa cumprir requisitos (juiz competente e 
imparcial, advogado constituído, ausência de coisa julgada etc.). 
 
 Resumo final para memorização: 
• Pressupostos processuais = requisitos de validade do processo. 
• Subjetivos: partes (capacidade) e juiz (competência + imparcialidade). 
• Objetivos: petição inicial válida, procuração, ausência de 
litispendência/coisa julgada/nulidades. 
• Efeitos: sem eles, o processo não nasce validamente ou é extinto sem 
julgamento de mérito (art. 485, CPC). 
Sujeitos do Processo 
O processo judicial é o meio pelo qual o Estado exerce sua função jurisdicional, 
consistindo em um conjunto de atos que têm por finalidade a composição da 
lide. Ele é o instrumento que possibilita a solução de conflitos de interesses 
submetidos à apreciação judicial. 
Os protagonistas principais do processo são: 
1. Partes – os litigantes que formam o polo ativo (autor) e o polo passivo 
(réu) da ação. 
2. Juiz – responsável pela solução do litígio e pelo exercício da função 
jurisdicional. 
 
O Juiz no Processo 
• O juiz possui função preponderante, pois atua em nome do órgão do 
Estado responsável pela prolação da sentença. 
• O processo judicial é uma relação jurídica triangular formada por 
autor, réu e juiz, criando direitos e deveres para todos os envolvidos. 
• O juiz representa o poder jurisdicional do Estado, atendendo ao 
interesse público ao decidir conflitos com base na lei. 
RESUMO: PROC E RELAC JURID PROCESSUAL 2025 
ALUNA: Nathália Alves UNIP 
• Sua posição de destaque decorre do fato de exercer o monopólio da 
justiça, garantindo a ordem jurídica e a paz social. 
 
Finalidade do Processo Judicial 
• Alcançar a prestação jurisdicional em casos concretos. 
• Garantir a paz social e a soberania da lei nas relações entre as partes. 
• Priorizar o interesse público, assegurando que o processo se desenvolva 
de acordo com as normas e princípios da justiça. 
 
Resumo Prático 
• Partes: autor (quem pede) e réu (quem se defende). 
• Juiz: autoridade que decide, representando o Estado e a lei. 
• Objetivo do processo: resolver conflitos respeitando o interesse público 
e a ordem jurídica. 
1. O Juiz e sua Atuação no Processo Judicial 
1.1. Conceito e Fundamentação 
O juiz é o órgão do Estado que atua na relação processual em razão de seu 
poder jurisdicional. Sua posição predominante decorre da representação do 
interesse público, visando à prestação jurisdicional, à paz social e à 
soberania da lei no desenvolvimento das relações entre as partes. 
O processo judicial moderno não busca apenas a formalidade, mas a efetividade 
da justiça. O Estado assume o monopólio da jurisdição, prestando tutela 
jurisdicional sempre que provocado, assumindo deveres e poderes 
indissociáveis. 
1.2. Funções do Juiz 
• Diretor do processo: organiza e conduz o processo garantindo que este 
se desenvolva regularmente. 
• Formação da convicção: pode determinar a produção de provas de 
ofício, nos casos em que as partes ou terceiros não o façam 
voluntariamente (poderes instrutórios). 
• Juiz ativo: substitui o modelo passivo do juiz tradicional. Atua de forma 
ampla, incluindo ordenamento do processo, instrução e coleta de 
elementos necessários à decisão justa. 
RESUMO: PROC E RELAC JURID PROCESSUAL 2025 
ALUNA: Nathália Alves UNIP 
1.3. Poderes do Juiz no CPC/2015 
O CPC/2015 reforça o modelo de juiz gestor, conciliando poderes de direção 
com a participação das partes. Os principais dispositivos são: 
Art. 139 CPC/15 – Poderes de direção do juiz: 
1. Assegurar igualdade entre as partes. 
2. Zelar pela duração razoável do processo. 
3. Prevenir ou reprimir atos contrários à dignidade da justiça. 
4. Determinar medidas para cumprimento de ordens judiciais (inclusive 
coercitivas). 
5. Promover a autocomposição, preferencialmente com conciliadores ou 
mediadores. 
6. Dilatar prazos e alterar a ordem da produção de provas. 
7. Exercer o poder de polícia, requisitando segurança ou força policial. 
8. Determinar o comparecimento das partes para inquiri-las. 
9. Saneamento de vícios processuais e suprimento de pressupostos 
processuais. 
10. Atuar em demandas repetitivas, comunicando órgãos como MP ou 
Defensoria Pública. 
Art. 140 CPC/15: O juiz não se exime de decidir alegando lacuna ou 
obscuridade. 
Art. 141 CPC/15: Limite do juiz às questões suscitadas pelas partes. 
Art. 142 CPC/15: Combate à litigância de má-fé. 
Art. 143 CPC/15: Responsabilidade civil do juiz por dolo, fraude ou omissão 
injustificada. 
1.4. Gestão Material e Formal 
• Gestão formal: adapta procedimentos processuais. 
• Gestão material: envolve decisões que afetam diretamente o conteúdo 
da causa, como o ônus da prova (art. 373, §1º CPC/15) e produção de 
provas de ofício (art. 370 CPC/15). 
 
 
 
RESUMO: PROC E RELAC JURID PROCESSUAL 2025 
ALUNA: Nathália Alves UNIP 
2. Partes e Procuradores 
2.1. Conceito 
Parte é quem solicita (autor) ou contra quem se solicita (réu) a tutela 
jurisdicional. Trata-se de conceito processual, ligado à atividade judicial do 
Estado. 
• Jurisdicional contenciosa: sujeito ativo (autor) e passivo (réu). 
• Jurisdicional voluntária: não há lide; fala-se em "interessados". 
2.2. Substituição e Representação 
2.2.1. Substituição Processual 
• O substituído mantém a condição de parte, podendo atuar como 
assistente litisconsorcial. 
• Permite correção do polo passivo, inclusive quando o réu alega 
ilegitimidade (arts. 338 e 339 CPC/15). 
• Legitimação ordinária: defende interesse próprio. 
• Legitimação extraordinária: defende interesse de terceiro em nome 
próprio. 
2.2.2. Representação Processual 
• Representante atua em nome do representado, não em nome próprio. 
• Difere da substituição processual, que permite ao substituto atuar em 
nome próprio na defesa de direito de outrem. 
2.2.3. Sucessão de Partes 
• O sucessor atua em nome próprio na defesa de direito próprio, 
assumindo titularidade sobre a relação processual. 
2.2.4. Ministério Público 
• O MP possui legitimidade ativa para ações de alimentos, mesmo sem 
exercício do poder familiar pelos pais, em defesa de interesses 
indisponíveis e sociais (art. 127 e 129, CF; art. 6º e 227 CF; REsp 
1.265.821-BA e REsp 1.327.471-MT). 
• O MP atua via substituição processual, defendendo direitos de terceiros 
em nome próprio. 
 
RESUMO: PROC E RELAC JURID PROCESSUAL 2025ALUNA: Nathália Alves UNIP 
3. Deveres, Obrigações e Ônus Processuais 
3.1. Deveres das Partes 
CPC/73 (arts. 14 e 15): 
• Expor fatos conforme a verdade. 
• Proceder com lealdade e boa-fé. 
• Não formular pretensões destituídas de fundamento. 
• Não produzir provas inúteis ou desnecessárias. 
• Cumprir decisões judiciais e não criar embaraços. 
• Proibição de expressões injuriosas. 
CPC/15 (arts. 77 e 78): 
• Atualização de endereço para intimações. 
• Proibição de inovação ilegal no estado de fato ou direito litigioso. 
• Advertência e multa por atos atentatórios à dignidade da justiça (até 20% 
do valor da causa). 
• Proibição de expressões ofensivas, com medidas de correção pelo juiz. 
 
4. Honorários Advocatícios 
4.1. Evolução Legal 
 
CPC/73: honorários eram despesas processuais, fixados em 10–20% na 
condenação e distribuídos proporcionalmente em casos de sucumbência parcial 
(arts. 20 e 34). 
CPC/73 
• Honorários considerados como despesas processuais 
• Variavam conforme natureza da ação 
• Existia compensação em caso de sucumbência recíproca (Súmula 306 
STJ) 
CPC/15 
• Honorários são direito do advogado (natureza alimentar) 
• Fixação: 10% a 20% sobre valor da condenação ou proveito econômico 
• Incidência: reconvenção, execução, cumprimento de sentença, recursos 
interpostos 
RESUMO: PROC E RELAC JURID PROCESSUAL 2025 
ALUNA: Nathália Alves UNIP 
• Não há compensação em caso de sucumbência parcial 
• Sucumbência recursal: cada recurso interposto gera nova verba honorária 
• Art. 85 § 14: proteção alimentar, vedada compensação 
CPC/15: honorários possuem natureza remuneratória e alimentar, 
pertencendo ao advogado, não podendo ser compensados (art. 85, §14). 
4.2. Dispositivos do NCPC 
• Art. 82: Parte deve antecipar despesas. 
• Art. 83: Caução para autores residentes fora do Brasil. 
• Art. 84: Despesas englobam custas, viagens, remuneração de assistentes 
técnicos e testemunhas. 
• Art. 85: Honorários advocatícios devidos em todas as fases, inclusive 
recursos interpostos, fixados entre 10–20% do valor da condenação ou 
proveito econômico. 
• Art. 86: Distribuição proporcional de despesas entre vencedores e 
vencidos. 
• Art. 87-90: Regras sobre litisconsortes, jurisdição voluntária e juízos 
divisórios. 
4.3. Sucumbência Recursal 
• Interposição de recurso gera nova verba honorária, cumulativa com a já 
fixada na sentença, respeitando limites dos §§2º e 3º do art. 85 CPC/15. 
 
5. Síntese 
1. O juiz atua como dirigente e gestor do processo, com poderes amplos 
de instrução, direção e formação da convicção. 
2. As partes têm posição definida no polo ativo ou passivo, com deveres de 
colaboração, boa-fé e respeito à ordem judicial. 
3. Substituição processual permite agir em nome próprio na defesa de 
direito de terceiro, diferente da representação. 
4. O Ministério Público tem legitimidade para defender interesses 
indisponíveis, especialmente de crianças e adolescentes. 
5. O CPC/15 ampliou poderes do juiz e das partes, estabelecendo regras 
detalhadas para deveres, ônus processuais e honorários advocatícios, 
garantindo justiça efetiva e isonômica. 
 
RESUMO: PROC E RELAC JURID PROCESSUAL 2025 
ALUNA: Nathália Alves UNIP 
 
1. Capacidade processual 
• CPC/73: Art. 7º e 8º tratavam da capacidade e representação dos 
incapazes de forma simples. 
• CPC/15: Art. 70 e 71 mantêm a capacidade para estar em juízo, 
detalhando mais claramente a representação de incapazes e prevendo 
que a Defensoria Pública exercerá a curatela especial. 
Mudança relevante: mais ênfase à atuação da Defensoria Pública e 
detalhamento do curador especial. 
 
2. Consentimento do cônjuge 
• CPC/73: Art. 10 a 11 detalhava quando o consentimento era necessário, 
com regras extensas sobre ações imobiliárias, dívidas, atos em conjunto 
etc. 
• CPC/15: Art. 73 e 74 simplificam o texto, mantendo regras de citação e 
consentimento, e incluindo expressamente a união estável. 
Mudança relevante: inclusão da união estável e simplificação da redação, 
mantendo a proteção do cônjuge. 
 
3. Representação em juízo 
• CPC/73: Art. 12 detalha União, Estados, Municípios, heranças, espólios, 
pessoas jurídicas, sociedades estrangeiras e condomínios. 
• CPC/15: Art. 75 atualiza os sujeitos processuais, incluindo autarquias, 
fundações, associações sem personalidade, e regula convênios entre 
entes federados. 
Mudança relevante: maior detalhamento e modernização da representação 
dos entes públicos e privados. 
 
4. Sanções e deveres das partes 
• CPC/73: Art. 14 a 18 tratava dos deveres das partes, má-fé, multas e 
honorários. 
RESUMO: PROC E RELAC JURID PROCESSUAL 2025 
ALUNA: Nathália Alves UNIP 
• CPC/15: Art. 77 a 81 mantém o conteúdo, porém com detalhamento 
sobre atos atentatórios à dignidade da justiça, limites de multas, multas 
progressivas, e regras para advogados públicos e privados. 
Mudança relevante: detalhamento sobre dignidade da justiça, multas 
proporcionais, atuação de advogados públicos e particularização das sanções. 
 
5. Honorários e despesas 
• CPC/73: Art. 20 a 34 definia despesas, honorários, custas e pagamento 
de assistentes técnicos. 
• CPC/15: Art. 82 a 95 traz uma atualização detalhada de honorários, 
sucumbência, limites percentuais, regras para Fazenda Pública e causas 
de pequeno valor, com regulamentação das perícias e pagamento de 
peritos. 
Mudança relevante: detalhamento mais completo e moderno da sucumbência 
e honorários, incluindo fases de recursos, causas contra a Fazenda Pública e 
pequenas causas. 
 
6. Advogado e procuração 
• CPC/73: Art. 36 a 45 tratava da representação por advogado, procuração, 
postulação em causa própria, renúncia e substituição de mandatário. 
• CPC/15: Art. 103 a 106 mantém os direitos e deveres, incluindo 
possibilidade de assinatura digital da procuração e atualização de 
endereços. 
Mudança relevante: modernização digital e detalhamento das 
responsabilidades do advogado, reforçando prazos e validade dos atos. 
 
7. Litigância de má-fé 
• CPC/73: Art. 16 a 18. 
• CPC/15: Art. 79 a 81 detalha com mais precisão os limites das multas, 
forma de cálculo, beneficiários e aplicação em litígios com vários 
litigantes de má-fé. 
RESUMO: PROC E RELAC JURID PROCESSUAL 2025 
ALUNA: Nathália Alves UNIP 
 
8. Outras mudanças relevantes 
• Inclusão de dispositivos específicos sobre: 
o Atos atentatórios à dignidade da justiça (CPC/15) 
o Honorários em ações de baixo valor ou irrisórias 
o Regras de sucumbência em execuções, embargos e cumprimento 
de sentença 
o Modernização das custas, adiantamentos e pagamentos de 
perícias 
Capacidade e Representação 
CPC/73 – Art. 7 e CPC/15 – Art. 70 
"Toda pessoa que se acha/exercita seus direitos tem capacidade para estar em 
juízo." 
Exemplo: João tem 30 anos e está discutindo judicialmente a devolução de um 
celular que comprou e não recebeu. Ele pode propor a ação sozinho, pois 
exerce plenamente seus direitos. 
 
CPC/73 – Art. 8 e CPC/15 – Art. 71 
"Os incapazes serão representados por seus pais, tutores ou curadores." 
Exemplo: Maria, de 12 anos, teve problemas com a escola por uma cobrança 
indevida. Ela não pode entrar sozinha na Justiça; sua mãe deve representá-la na 
ação. 
 
CPC/73 – Art. 9 e CPC/15 – Art. 72 
"O juiz dará curador especial ao incapaz sem representante ou ao réu 
preso/revel." 
Exemplo: Um adolescente de 16 anos, sem pais, precisa contestar uma ação de 
indenização. O juiz nomeia um curador especial da Defensoria Pública para 
cuidar de seus interesses no processo. 
Outro caso: Carlos é réu em um processo, mas está preso e ainda não constituiu 
advogado. O juiz nomeia um curador especial da Defensoria Pública para 
representá-lo até a nomeação de um advogado. 
RESUMO: PROC E RELAC JURID PROCESSUAL 2025 
ALUNA: Nathália Alves UNIP 
 
Consentimento de Cônjuge 
CPC/73 – Art. 10 e CPC/15 – Art. 73 
"O cônjuge necessita doconsentimento do outro para propor ações sobre 
direitos reais imobiliários." 
Exemplo: Ana quer vender o apartamento que comprou junto com seu marido. 
Ela só poderá propor a ação de venda se ele concordar, salvo se forem casados 
em separação absoluta de bens. 
§3 CPC/15 – Aplicação à união estável: 
Exemplo: João e Paula vivem juntos sem casar formalmente, mas possuem 
união estável registrada em cartório. Para vender um imóvel do casal, ambos 
devem concordar. 
 
CPC/73 – Art. 11 e CPC/15 – Art. 74 
"O consentimento pode ser suprido judicialmente quando negado sem justo 
motivo." 
Exemplo: O marido de Maria se recusa a assinar a venda de um imóvel sem 
justificativa. Maria pode pedir ao juiz que suprima o consentimento, permitindo 
a venda judicialmente. 
 
Representação de Entes e Pessoas Jurídicas 
CPC/73 – Art. 12 e CPC/15 – Art. 75 
"Cada ente ou pessoa jurídica será representado em juízo por quem a lei ou 
estatuto determinar." 
Exemplo: 
• A União é representada pela Advocacia-Geral da União. 
• Uma empresa privada sem estatuto definido será representada por seu 
diretor. 
• Um condomínio é representado pelo síndico. 
Exemplo prático: O condomínio de um prédio processa uma construtora por 
vícios na obra. O síndico, em nome do condomínio, entra com a ação. 
RESUMO: PROC E RELAC JURID PROCESSUAL 2025 
ALUNA: Nathália Alves UNIP 
 
Sanções e Procedimentos Relacionados à Incapacidade ou Representação 
Irregular 
CPC/73 – Art. 13 e CPC/15 – Art. 76 
"Se houver irregularidade na representação ou incapacidade, o juiz suspende o 
processo e fixa prazo para corrigir." 
Exemplo: Lucas, menor de idade, entrou sozinho com ação contra a escola. O 
juiz suspende o processo e dá prazo para que o responsável legal assuma a 
representação. Se não o fizer, o processo pode ser extinto. 
 
Deveres das Partes 
CPC/73 – Art. 14 e CPC/15 – Art. 77 
"As partes devem expor a verdade, não agir de má-fé e cumprir decisões 
judiciais." 
Exemplo: Mariana, ao contestar uma cobrança indevida do banco, deve 
apresentar todos os comprovantes corretos e não inventar fatos. Se ela atrasar 
intencionalmente ou esconder documentos, pode ser punida. 
 
Expressões Ofensivas e Litigância de Má-Fé 
CPC/73 – Art. 15 a 18 e CPC/15 – Art. 78 a 81 
"É proibido usar palavras ofensivas e agir de má-fé no processo." 
Exemplo de expressão ofensiva: Um advogado chama o réu de 
“incompetente” na petição. O juiz manda riscar e adverte o profissional. 
Exemplo de litigância de má-fé: Um autor entra com ação sabendo que o 
contrato já foi cancelado judicialmente anteriormente. Ele será condenado a 
indenizar e pagar multa. 
 
Despesas, Custas e Honorários 
CPC/73 – Art. 19 a 21 e CPC/15 – Art. 82 a 85 
"Cabe às partes arcar com despesas, custas e honorários." 
RESUMO: PROC E RELAC JURID PROCESSUAL 2025 
ALUNA: Nathália Alves UNIP 
Exemplo: José processa uma loja e ganha a ação. A loja terá de pagar as custas 
processuais e honorários do advogado de José. 
Exemplo de sucumbência parcial: Se José ganhar apenas metade do valor 
pleiteado, o juiz distribuirá proporcionalmente as despesas e honorários. 
 
1. Ministério Público – Conceito e Estrutura 
Previsão Constitucional: Art. 127 da CF/88. 
• O MP é uma instituição permanente e essencial à função jurisdicional, 
responsável por defender: 
o a ordem jurídica, 
o o regime democrático, 
o interesses sociais e individuais indisponíveis. 
Estrutura: 
• MP dos Estados → Chefe: Procurador-Geral de Justiça (escolhido em 
lista tríplice pelo Governador). 
• MP da União → Compreende: MP Federal, MP Militar, MP do Trabalho e 
MP do DF. 
o Chefe: Procurador-Geral da República (nomeado pelo Presidente, 
após aprovação do Senado). 
Exemplo: Se houver um caso de corrupção em um órgão estadual, o MP 
estadual atua. Se houver crime federal, como lavagem de dinheiro interestadual, 
o MP Federal atua. 
 
2. Ingresso na Carreira 
• Concurso público de provas e títulos: prova preambular, escrita, arguição 
oral, exame psicotécnico e entrevista. 
• Requisitos: brasileiro nato/naturalizado, bacharel em Direito, 3 anos de 
atividade jurídica, regularidade com serviço militar, integridade 
física/mental e boa conduta. 
Exemplo: Maria, bacharel em Direito e com 4 anos de atuação em advocacia 
pública, passa no concurso do MP e se torna promotora de justiça. 
 
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ALUNA: Nathália Alves UNIP 
3. Funções Constitucionais do MP (Art. 129 da CF/88) 
• No âmbito penal: 
o Promover privativamente a ação penal pública. 
o Exceção: ação privada se o MP não a promover no prazo legal. 
Exemplo: João é vítima de um roubo. Só o MP pode processar o 
autor criminalmente. 
• No âmbito civil: 
o Atua como parte processual ou órgão interveniente (custos 
legis). 
o Intervém em causas que envolvam incapazes, tutela, curatela, 
estado da pessoa, interesses coletivos, etc. 
Exemplo: O MP intervém em uma ação sobre a guarda de uma 
criança para garantir seus interesses. 
• Outras funções: 
o Promover inquérito civil e ação civil pública (meio ambiente, 
patrimônio público, interesses difusos). 
o Ajuizar ação de inconstitucionalidade, defender direitos indígenas, 
controlar atividade policial, requisitar diligências. 
Exemplo: Se uma fábrica polui um rio, o MP pode propor ação civil pública para 
reparação ambiental. 
 
4. Garantias Constitucionais dos Membros do MP 
• Vitaliciedade: após 2 anos de estágio probatório. 
• Inamovibilidade: salvo interesse público, com ampla defesa. 
• Irredutibilidade de subsídios: proteção do valor nominal do salário. 
Vedações (Art. 128, II, CF/88): 
• Não podem receber honorários, exercer advocacia, participar de 
sociedade comercial, exercer atividade político-partidária ou receber 
auxílios externos (salvo exceções legais). 
Exemplo: Um promotor não pode trabalhar como advogado de um cliente 
privado, mesmo fora do expediente, sob pena de violar a Constituição. 
 
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ALUNA: Nathália Alves UNIP 
5. Controle do MP 
• Exercido pelo Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) (Art. 
130 CF/88). 
• Função: controlar atuação administrativa e financeira e cumprimento de 
deveres funcionais. 
Exemplo: Se um promotor descumprir normas internas ou agir com 
negligência, o CNMP pode investigar e aplicar sanções. 
 
6. Ministério Público no Novo CPC (Art. 176 a 181) 
• Art. 176: Defender ordem jurídica, regime democrático, direitos sociais e 
individuais indisponíveis. 
• Art. 177: Exercer ação conforme atribuições constitucionais. 
• Art. 178: Intervenção como fiscal da ordem jurídica em 30 dias nos casos 
de: 
1. interesse público ou social, 
2. interesse de incapaz, 
3. litígios coletivos de posse de terra urbana ou rural. 
• Art. 179: Vista dos autos, produção de provas, requisição de medidas e 
recurso. 
• Art. 180: Prazo em dobro para manifestação, iniciado na intimação 
pessoal. 
• Art. 181: Responsabilidade civil e regressiva por dolo ou fraude. 
Exemplo: O MP intervém em um processo de desapropriação urbana para 
garantir que os moradores recebam indenização justa. 
 
7. Substituição Processual (Legitimação Extraordinária) 
• Conceito: alguém atua em juízo em nome próprio para defender 
direito alheio, desde que previsto em lei. 
• Diferencia-se de: 
o Representação: o representante age em nome do representado. 
o Sucessão de partes: o sucessor atua em nome próprio, 
defendendo direito próprio. 
 
 
RESUMO: PROC E RELAC JURID PROCESSUAL 2025 
ALUNA: Nathália Alves UNIP 
 
Exemplos: 
1. Ação civil pública: O MP ou uma associação atua para proteger 
consumidores de uma rede de supermercados que vende produtos 
vencidos. 
2. Direitos coletivos: Uma associação de moradores entra com ação para 
impedir construção ilegal em área de preservação ambiental. 
• Efeito da decisão: Atinge tanto o substituto quanto o substituído (quem 
seria beneficiado/atingidopelo direito), mesmo se não estiver presente 
no processo. 
1. Conceitos 
Atos processuais: 
Manifestação de vontade dos sujeitos da relação processual que produz efeitos 
no processo. 
Ex.: petição inicial, contestação, requerimento de prova, decisões interlocutórias, 
sentença. 
Termos processuais: 
Documentação de atos processuais, geralmente praticada pelos serventuários 
da justiça. 
Ex.: termo de juntada de petição, remessa dos autos, termo de intimação. 
 
2. Forma dos Atos Processuais 
Regra geral: 
• CPC/15 (Art. 188): os atos processuais não dependem de forma 
determinada, salvo exigência legal. 
• Válidos se atingirem a finalidade essencial do ato. 
Forma ampla: inclui: 
• Modo de expressão (oral, escrito, eletrônico) 
• Tempo 
• Lugar da prática do ato 
 
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ALUNA: Nathália Alves UNIP 
3. Princípios dos Atos Processuais 
1. Instrumentalidade das formas – o ato processual é instrumento para 
atingir seu objetivo, não um fim em si. 
2. Finalidade – a forma deve garantir a eficácia e o propósito legal do ato. 
3. Economia – evitar formalismos desnecessários. 
Regra: “não há nulidade sem prejuízo”. 
• A nulidade só se aplica quando a desconformidade formal prejudica a 
parte contrária. 
 
4. Publicidade 
• Regra: atos processuais são públicos (CF e CPC/15, art. 189) 
• Exceções: segredo de justiça em processos que envolvam: 
o interesse público/social 
o casamento, divórcio, filiação, alimentos, guarda 
o intimidade e dados protegidos 
o arbitragem com confidencialidade comprovada 
 
5. Língua 
• Obrigatória: portuguesa 
• Documentos em língua estrangeira precisam ser traduzidos 
(juramentada, diplomática ou autoridade central). 
 
6. Classificação dos Atos Processuais 
a) Quanto ao objeto: 
• Iniciativa: instaura o processo (ex.: petição inicial) 
• Desenvolvimento: movimentam o processo (ex.: citação, provas) 
• Conclusão: decisões ou atos finais (ex.: sentença, renúncia) 
b) Quanto aos sujeitos: 
Atos das partes: 
1. Postulatórios: solicitam pronunciamento do juiz (ex.: petição inicial) 
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ALUNA: Nathália Alves UNIP 
2. Dispositivos: dispõem da tutela jurisdicional 
o Concordantes/desistência (ex.: desistência da ação) 
o Contratuais/transação (ex.: acordo) 
3. Instrutórios/prova: convencem o juiz da verdade dos fatos 
4. Reais/afirmação: por apresentação de coisa ou documentos 
Atos do juiz: 
• Sentenças: põe fim ao processo ou fase do processo 
• Decisões interlocutórias: resolvem questão processual ou de mérito sem 
encerrar o processo 
• Despachos: meramente impulsionam o processo 
Atos dos auxiliares da justiça: 
• Movimentação/comunicação: impulsionam o processo 
• Documentação: registram atos (certidões, intimações) 
• Execução: cumprimento de ordens judiciais (penhora, prisão) 
 
7. Documentação dos Atos Processuais 
• Regra: todos os atos devem ser documentados por escrito, mesmo que 
haja manifestações orais (depoimentos). 
• Garantia: princípio da documentação. 
 
8. Negócios Jurídicos Processuais 
• As partes podem transacionar sobre questões processuais e 
procedimentais (art. 190 e 191 do CPC/15). 
• Limites: capacidade das partes, objeto lícito, permissibilidade do direito 
material. 
Calendário processual: 
• Possibilidade de fixar datas para atos processuais, dispensando 
intimações subsequentes. 
 
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ALUNA: Nathália Alves UNIP 
 
9. Termos Processuais 
Classificação: 
• Prejudiciais (ex.: transação) 
• Andamento (documentação dos atos) 
• Autuação (petição inicial) 
• Juntada (petição) 
• Conclusão (encaminhamento ao juiz) 
• Vistas (abertura de vistas às partes) 
• Intimação (documenta comunicação) 
• Recebimento (retorno dos autos ao cartório) 
 
10. Tempo e Espaço (Art. 172 a 176 CPC/73 / Art. 212 a 217 CPC/15) 
• Dias úteis: atos processuais geralmente de 6h às 20h 
• Férias/feriados: atos essenciais podem ocorrer (ex.: citação, alimentos) 
• Local: usualmente na sede do juízo, excepcionalmente fora por interesse 
da justiça 
 
11. Prazos Processuais 
Definição: intervalo de tempo para praticar ato processual (dies a quo – início / 
dies ad quem – fim) 
Classificação: 
Origem: 
• Legais: fixados em lei 
• Judiciais: definidos pelo juiz 
• Convencionais: acordo das partes 
Individualidade: 
• Comum: para ambas as partes 
• Particular: para apenas uma parte 
Destinatário: 
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ALUNA: Nathália Alves UNIP 
• Próprio: partes (sujeito a preclusão) 
• Impróprio: juiz e auxiliares 
Natureza: 
• Dilatórios: podem ser alterados por motivo legítimo e autorização judicial 
• Peremptórios: não podem ser alterados 
 
12. Preclusão 
• Temporal: perda do direito pelo escoamento do prazo 
• Consumativa: impede complementação de ato já praticado 
• Lógica: impede comportamento contraditório que prejudique a parte 
contrária 
 
13. Inovações do CPC/15 
• Negócio jurídico processual: maior autonomia das partes com controle 
judicial 
• Calendário processual: fixação de datas e horários previamente 
• Atos processuais digitais: podem ocorrer por meio eletrônico (Lei 
11.419/2006) 
• Prazos processuais: contagem em dias úteis, início a partir da ciência da 
parte (citação, intimação, notificação) 
• Sanções administrativas: para serventuários e advogados que 
descumprirem prazos 
1. Atos Processuais e Termos Processuais 
Art. 188, CPC/2015: 
“Os atos e os termos processuais independem de forma determinada, salvo 
quando a lei expressamente a exigir, considerando-se válidos os que, realizados 
de outro modo, lhe preencham a finalidade essencial.” 
Exemplo: 
• Petição inicial protocolada sem timbre do advogado é válida se 
identificar o autor, o réu e o pedido. 
Art. 189, CPC/2015 (Publicidade): 
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Atos processuais são públicos, salvo tramitarem em segredo de justiça. 
Exemplo: 
• Processo de divórcio litígioso: tramita em segredo de justiça, apenas 
partes e advogados podem acessar. 
Princípios aplicáveis: 
• Instrumentalidade das formas: o ato processual cumpre seu efeito se 
atingir o objetivo, mesmo que falte algum requisito formal. 
• Finalidade: o foco é o resultado prático do ato, não sua forma. 
• Economia processual: evita atos repetitivos desnecessários. 
 
2. Classificação dos Atos Processuais 
Quanto ao objeto: 
• Atos de iniciativa: iniciam o processo. 
o Ex.: Petição inicial. 
• Atos de desenvolvimento: movimentam o processo. 
o Ex.: Citação, produção de prova. 
• Atos de conclusão: encerram fases ou resolvem o mérito. 
o Ex.: Sentença, transação, renúncia. 
Quanto aos sujeitos: 
1. Atos das partes: 
o Postulatórios: pedem algo ao juiz. 
▪ Ex.: Contestação, pedido de tutela provisória. 
o Dispositivos: alteram direitos das partes. 
▪ Ex.: Desistência da ação, transação. 
o Instrutórios: produz prova. 
▪ Ex.: Requerimento de testemunhas, juntada de documentos. 
o Reais: manifestam-se por coisas, não palavras. 
▪ Ex.: Pagamento de custas, depósito judicial. 
2. Atos do juiz: 
o Sentença: encerra o processo ou fase. 
o Decisão interlocutória: resolve questão no curso do processo 
sem encerrá-lo. 
o Despacho ordinatório: apenas impulsiona o processo. 
3. Atos dos auxiliares da justiça: 
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o Movimentação: andamento do processo. 
▪ Ex.: Remessa dos autos ao juiz. 
o Documentação: registra atos praticados. 
▪ Ex.: Certidão de intimação. 
o Execução: cumprimento de mandados. 
▪ Ex.: Penhora, prisão. 
 
3. Termos Processuais (Documentação) 
Classificação: 
• Prejudiciais: alteram direitos das partes. 
o Ex.: Termo de transação. 
• Andamento: registram atos processuais. 
o Ex.: Termo de juntada de petição. 
• Termo de autuação: certifica ingresso da petição inicial.• Termo de juntada: documenta que uma petição entrou nos autos. 
• Termo de conclusão: documento que leva o processo ao juiz. 
• Termo de vistas: abertura de vistas às partes. 
• Termo de intimação: documenta que as partes foram intimadas. 
• Termo de recebimento: atesta que autos retornaram ao cartório. 
 
4. Língua 
Art. 190, CPC/2015: 
• Atos e documentos devem ser redigidos em português. 
• Documentos estrangeiros precisam de tradução juramentada ou via 
diplomática. 
Exemplo: 
• Contrato em inglês juntado como prova precisa de tradução juramentada 
para ser considerado. 
 
5. Negócio Jurídico Processual 
Art. 190 e 191, CPC/2015: 
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• Partes podem celebrar acordos sobre procedimento e atos processuais, 
desde que lícitos e com controle do juiz. 
Exemplo: 
• Ajuste entre partes para antecipação de provas antes da audiência. 
 
6. Atos Processuais no Tempo e Espaço 
Art. 212 a 217, CPC/2015: 
• Atos em dias úteis (6h-20h), exceto se adiamento prejudicar diligência. 
• Podem ocorrer em outro local por interesse da justiça. 
• Alguns atos durante férias ou feriados são permitidos (urgência, 
alimentos, busca e apreensão). 
Exemplo: 
• Citação de réu urgente pode ocorrer em feriado. 
 
7. Prazos Processuais 
Art. 218 a 231, CPC/2015: 
• Contagem em dias úteis, excluindo o início, incluindo o vencimento. 
• Prazos legais, judiciais ou convencionais. 
• Prazo inicia-se da citação, intimação ou notificação. 
Classificação: 
• Dilatórios: podem ser prorrogados (ex.: prazo para apresentar 
contestação com justificativa). 
• Peremptórios: não podem ser alterados (ex.: prazo para apresentar 
recurso após sentença). 
Preclusão: 
• Temporal: perda por decurso do prazo. 
• Consumativa: impede complementação de ato já praticado. 
• Lógica: impede comportamento contraditório que prejudique o 
adversário. 
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ALUNA: Nathália Alves UNIP 
Exemplo: 
• Se o réu não apresentar contestação dentro do prazo peremptório, 
ocorre preclusão temporal, e ele não poderá mais se manifestar.

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