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<p>ESTRATÉGIA OAB</p><p>Estatuto e Código de Ética – Prof.ª Priscila Ferreira</p><p>oab.estrategia.com |</p><p>46 1</p><p>46</p><p>ESTRATÉGIA OAB</p><p>Estatuto e Código de Ética – Prof.ª Priscila Ferreira</p><p>oab.estrategia.com |</p><p>46 2</p><p>46</p><p>Sumário</p><p>Apresentação do Curso .................................................................................................................... 3</p><p>Apresentação Pessoal ....................................................................................................................... 4</p><p>Introdução ao estudo da Ética Profissional ....................................................................................... 5</p><p>Da Ética do Advogado ..................................................................................................................... 7</p><p>Princípios ........................................................................................................................................... 9</p><p>1 - Pessoalidade .......................................................................................................................... 10</p><p>2 - Confiabilidade ........................................................................................................................ 11</p><p>3 - Sigilo Profissional ................................................................................................................... 11</p><p>4 - Não Mercantilização ............................................................................................................... 15</p><p>5 - Exclusividade .......................................................................................................................... 15</p><p>6 - Publicidade Profissional ......................................................................................................... 16</p><p>7 - Provimento 205/2021 (Publicidade) ....................................................................................... 20</p><p>8 - Responsabilidade Funcional do Advogado ........................................................................... 27</p><p>Considerações Finais ...................................................................................................................... 46</p><p>ESTRATÉGIA OAB</p><p>Estatuto e Código de Ética – Prof.ª Priscila Ferreira</p><p>oab.estrategia.com |</p><p>46 3</p><p>46</p><p>APRESENTAÇÃO DO CURSO</p><p>Iniciamos, neste momento, os estudos no Curso de 1ª Fase em Ética Profissional para o Exame da</p><p>OAB, voltado para a prova objetiva, a ser realizada pela banca FGV.</p><p>Antes de qualquer estudo específico, devemos nos ater a algumas dicas básicas, as quais serão</p><p>essenciais para o seu sucesso na prova. Vejamos:</p><p>ü A prova da 1ª Fase é composta de 80 (oitenta) questões, e a você caberá atingir quarenta</p><p>pontos para ter a autorização de caminhar ao próximo passo, a segunda fase da OAB. O</p><p>conhecimento da matéria de ética lhe permitirá iniciar a prova já com oito questões de</p><p>saldo, ou seja, acredito que, com o nosso estudo direcionado, você se tornará apto a</p><p>GABARITAR ÉTICA, e partir para as demais matérias precisando tão somente de trinta e</p><p>dois pontos.</p><p>ü Desta forma, as questões de ÉTICA são de grande valia para a sua aprovação, e ainda que</p><p>você não tenha uma grande afeição pela matéria, tente se dedicar a ela, isso lhe garantirá</p><p>alguns pontinhos rumo à segunda fase da OAB.</p><p>ü Quando pensar em ÉTICA para a prova da OAB, o seu estudo envolverá três legislações</p><p>específicas:</p><p>ü A estruturação do curso terá por base as videoaulas, além do nosso material escrito, o qual</p><p>será de suma importância para o seu sucesso.</p><p>ü A abordagem do curso será direcionada, ou seja, analisaremos os principais pontos da</p><p>matéria de ética, de forma que iremos percorrer todos os tópicos já exigidos pela banca,</p><p>mas sempre focados nos temas de maior reincidência na prova. Assim, você ganhará tempo</p><p>e terá um estudo focado e eficiente!</p><p>ü O estudo para primeira fase exigirá do candidato a leitura dos principais dispositivos legais</p><p>do Estatuto da Advocacia, o que claramente lhe auxiliará em uma melhor compreensão do</p><p>conteúdo;</p><p>- Estatuto da Advocacia (Lei</p><p>Federal nº 8.906/94).</p><p>- Código de Ética e Disciplina.</p><p>- Regulamento Geral do Estatuto</p><p>da Advocacia.</p><p>ESTRATÉGIA OAB</p><p>Estatuto e Código de Ética – Prof.ª Priscila Ferreira</p><p>oab.estrategia.com |</p><p>46 4</p><p>46</p><p>ü Por fim, destaco, neste momento, os principais temas já cobrados pela banca, em seu grau</p><p>de importância, e que você deverá se ater ao longo da nossa caminha de estudo:</p><p>APRESENTAÇÃO PESSOAL</p><p>O curso de Ética Profissional para OAB será ministrado por uma equipe um tanto</p><p>mais animada que o tradicional - rs. Então, queridos alunos, preparem-se,</p><p>porque haverá muitas emoções com a Profª Priscila Ferreira, Priscila Silveira e</p><p>Rosenval Junior.</p><p>Assim, neste momento, eu, Prof.ª Priscila Ferreira, farei uma breve apresentação</p><p>pessoal:</p><p>Meu nome é Priscila Cristina Ferreira. Atuo como Advogada Trabalhista e Consultora Jurídica</p><p>Trabalhista na Advocacia Ubirajara Silveira, Professora, Autora e Palestrante. Sou especialista em</p><p>Direito Processual Civil pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC/SP) e Direito e</p><p>Processo do Trabalho pela Faculdade INESP, além de Mestra em Direito do Trabalho pela</p><p>Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC/SP).</p><p>ESTRATÉGIA OAB</p><p>Estatuto e Código de Ética – Prof.ª Priscila Ferreira</p><p>oab.estrategia.com |</p><p>46 5</p><p>46</p><p>A minha experiência profissional inclui a Docência em graduação, pós-graduação, cursos</p><p>preparatórios para concursos públicos e exames de ordem, especialmente em Direito e Processo</p><p>do Trabalho, Ética e Legislação Extravagante.</p><p>Logo abaixo, deixo o meu contato para que vocês possam solucionar qualquer dúvida sobre o</p><p>curso, matéria, ou ainda, fazer qualquer sugestão.</p><p>Terei um enorme prazer em auxiliá-los nesta caminhada que será de grande sucesso.</p><p>Instagram: @profpriscilaferreira</p><p>Contem comigo!!!</p><p>INTRODUÇÃO AO ESTUDO DA ÉTICA PROFISSIONAL</p><p>O nosso estudo de Ética Profissional para a OAB começará por abordar a atividade da advocacia</p><p>e os direitos intrinsicamente ligados aos operadores do direito.</p><p>O conteúdo deve ser analisado desde a sua base principiológica até para que você consiga</p><p>compreender os pormenores de cada instituto envolto do Estatuto, Regulamento e Código de</p><p>Ética.</p><p>Anteriormente a qualquer estudo específico, gostaria que você compreendesse como que o</p><p>Estatuto da OAB, Regulamento Geral e o Código de Ética se conectam, e qual o alicerce legal</p><p>deles. Veja:</p><p>• O Estatuto da Advocacia está fundado na Lei nº 8.906/94, de forma que a advocacia passa</p><p>a ser regida por esta lei federal, disciplinando sobre os aspectos da atividade, os direitos</p><p>dos advogados, os aspectos legais para inscrição na OAB, honorários, impedimentos e</p><p>incompatibilidades, infrações e sanções disciplinares etc.;</p><p>• A regência do Estatuto da Advocacia (EOAB) é complementada pelo Regulamento Geral,</p><p>Código de Ética e Provimentos do Conselho Federal. Desta forma, a nossa base legal para</p><p>disciplinar sobre os aspectos da advocacia é o EOAB, e a sua suplementação acontece por</p><p>meio dos outros normativos editados pelo Conselho Federal da OAB, que possui</p><p>autorização expressa e legal, artigo 33, 54, inciso V, e 78 da Lei nº 8.906/94 (Estatuto da</p><p>OAB), para disciplinar alguns aspectos.</p><p>Neste sentido, vale a menção ao artigo 33, 54, V, e 78 do EAOAB, respectivamente:</p><p>Art. 33. O advogado obriga-se a cumprir rigorosamente os deveres consignados</p><p>no Código de Ética e Disciplina.</p><p>ESTRATÉGIA OAB</p><p>Estatuto e Código de Ética – Prof.ª Priscila Ferreira</p><p>oab.estrategia.com |</p><p>46 6</p><p>46</p><p>Parágrafo único. O Código de Ética e Disciplina regula os deveres do advogado</p><p>para com a comunidade, o cliente, o outro profissional e, ainda, a publicidade, a</p><p>recusa do patrocínio, o dever de assistência jurídica, o dever geral de urbanidade</p><p>e os respectivos procedimentos disciplinares.</p><p>Art. 54. Compete ao Conselho</p><p>ser reveladas a terceiros.</p><p>(FGV/XIII Exame de Ordem Unificado) A advogada Maria Vivian procura apresentar os seus</p><p>serviços profissionais como de excelente qualidade, utilizando a estratégia aprendida em tempos</p><p>em que atuava no teatro, quando finalizava a peça pedindo indicação aos amigos, se tivesse</p><p>aprovado o espetáculo e, caso negativo, indicasse aos inimigos. A par disso, organiza um sistema</p><p>sofisticado de divulgação de material de propaganda, informando o número de vitórias obtido</p><p>em várias causas com temas próprios das causas de massa.</p><p>Nos termos do Código de Ética da Advocacia, o advogado não pode</p><p>a) realizar propaganda, mesmo moderada, da sua atividade.</p><p>b) ofertar serviços profissionais que impliquem exposição de clientela.</p><p>c) apresentar o seu currículo profissional em público.</p><p>d) distribuir cartões de visita com seu endereço profissional.</p><p>Comentários:</p><p>Gabarito: ''B''</p><p>Nos termos do artigo 42, IV, do CED, é vedado ao advogado divulgar ou deixar que sejam</p><p>divulgadas listas de clientes e demandas.</p><p>Assim, veja que é vedado ao advogado</p><p>I - responder com habitualidade a consulta sobre matéria jurídica, nos meios de comunicação</p><p>social;</p><p>II - debater, em qualquer meio de comunicação, causa sob o patrocínio de outro advogado;</p><p>III - abordar tema de modo a comprometer a dignidade da profissão e da instituição que o</p><p>congrega;</p><p>IV - divulgar ou deixar que sejam divulgadas listas de clientes e demandas;</p><p>V - insinuar-se para reportagens e declarações públicas.</p><p>(FGV/XVII Exame de Ordem Unificado) O advogado Nelson, após estabelecer seu escritório em</p><p>local estratégico nas proximidades dos prédios que abrigam os órgãos judiciários representantes</p><p>de todas as esferas da Justiça, resolve publicar anúncio em que, além dos seus títulos acadêmicos,</p><p>expõe a sua vasta experiência profissional, indicando os vários cargos governamentais ocupados,</p><p>inclusive o de Ministro de prestigiada área social.</p><p>Nos termos do Código de Ética da Advocacia, assinale a afirmativa correta.</p><p>a) O anúncio está adequado aos termos do Código, pois indica os títulos acadêmicos e a</p><p>experiência profissional.</p><p>ESTRATÉGIA OAB</p><p>Estatuto e Código de Ética – Prof.ª Priscila Ferreira</p><p>oab.estrategia.com |</p><p>46 37</p><p>46</p><p>b) O anúncio está adequado aos termos do Código, por não conter adjetivações ou referências</p><p>elogiosas ao profissional.</p><p>c) O anúncio colide com as normas do Código, pois a referência a títulos acadêmicos é vedada por</p><p>indicar a possibilidade de captação de clientela.</p><p>d)O anúncio colide com as normas do Código, que proíbem a referência a cargos públicos capazes</p><p>de gerar captação de clientela.</p><p>Comentários:</p><p>Gabarito: ''D''</p><p>Segundo o CED, o advogado pode anunciar os seus serviços profissionais, individual ou</p><p>coletivamente, com discrição e moderação, para finalidade exclusivamente informativa, sendo</p><p>vedada a divulgação em conjunto com outra atividade.</p><p>Na questão, devemos nos ater também ao disposto no art. 44 e seus parágrafos do CED, de forma</p><p>que é vedada a inclusão de fotografias pessoais ou de terceiros nos cartões de visitas do</p><p>advogado, bem como menção a qualquer emprego, cargo ou função ocupado, atual ou pretérito,</p><p>em qualquer órgão ou instituição, salvo o de professor universitário.”</p><p>(FGV/XII Exame de Ordem Unificado) Fernanda, advogada regularmente inscrita nos quadros da</p><p>OAB, atua, individualmente, sem sócios, em seu escritório situado no centro da cidade “Z”, onde</p><p>recebe os seus clientes para atividades de assessoria e consultoria, atuando também no</p><p>contencioso cível, administrativo e trabalhista.</p><p>Em visita de cortesia, recebe sua prima Giselda que, estudando Economia, tem acesso a várias</p><p>pessoas de prestigio social, econômico e financeiro, em razão da sua atividade como assessora</p><p>da diretoria de associação empresarial. Por força desses vínculos, sua prima começa a indicar</p><p>clientes para a advogada, que amplia o seu escritório e passa a realizar parcerias com outros</p><p>colegas, diante do aumento das causas a defender. Não existe qualquer acordo financeiro entre</p><p>a advogada e a economista.</p><p>Com base na situação descrita, nos termos do Estatuto da Advocacia, assinale a afirmativa correta.</p><p>a) Constitui atividade infracional disciplinar receber clientes de pessoa com relação de parentesco</p><p>e prestígio social.</p><p>b) Constitui atividade corriqueira, não infracional, o relacionamento social com parentes ou não.</p><p>c) Constitui atividade ilícita por valer-se de parentes para obtenção de clientela, mesmo</p><p>gratuitamente.</p><p>d) Constitui atividade vedada, uma vez que a clientela deve ser formada espontaneamente pelo</p><p>advogado.</p><p>Comentários:</p><p>Gabarito: ''B''</p><p>ESTRATÉGIA OAB</p><p>Estatuto e Código de Ética – Prof.ª Priscila Ferreira</p><p>oab.estrategia.com |</p><p>46 38</p><p>46</p><p>Em relação à publicidade no âmbito da atividade advocatícia, tanto o Estatuto da Advocacia e da</p><p>OAB (Lei 8.906/94) quanto o Código de Ética e Disciplina da OAB vedam a mercantilização e a</p><p>captação de clientela. Nesse sentido, o art. 34, III do EAOAB prevê que constitui infração disciplinar</p><p>quando o advogado se vale de agenciador de causas, mediante participação nos honorários a</p><p>receber. Da mesma forma, o inciso IV do mesmo artigo proíbe o angariamento ou captação de</p><p>causas.</p><p>Contudo, na situação exposta no enunciado ocorrem simples indicações, que não caracterizam</p><p>agenciamento de causa, mas simples atividade corriqueira.</p><p>(FGV/VI Exame de Ordem Unificado) Daniel, advogado, resolve divulgar seus trabalhos</p><p>contratando empresa de propaganda e marketing. Esta lhe apresenta um plano de ação, que</p><p>inclui a contratação de jovens, homens e mulheres, para a distribuição de prospectos de</p><p>propaganda do escritório, coloridos, indicando as especialidades de atuação e apresentando</p><p>determinados temas que seriam considerados acessíveis à multidão de interessados. O projeto é</p><p>realizado.</p><p>Em relação a tal projeto, consoante as normas aplicáveis aos advogados, é correto afirmar que</p><p>a) a moderna advocacia assume características empresariais e permite publicidade como a</p><p>apresentada.</p><p>b) atividades moderadas como as sugeridas são admissíveis.</p><p>c) desde que autorizada pela OAB, a propaganda pode ser realizada.</p><p>d) existem restrições éticas à propaganda da advocacia, entre as quais as referidas no texto.</p><p>Comentários:</p><p>Gabarito: ''D''</p><p>De acordo com o art. 40, VI do Código de Ética e Disciplina da OAB, é vedada a distribuição de</p><p>panfletos ou assemelhados com o intuito de captação de clientela. Portanto, a publicidade referida</p><p>no texto não é permitida.</p><p>(FGV/XII Exame de Ordem Unificado) Mévio, advogado recém-formado com dificuldades de</p><p>iniciar sua atividade profissional, propõe a colegas de bairro e de escola a participação percentual</p><p>nos honorários dos clientes que receber para consultas ou que pretendam ajuizar ações judiciais.</p><p>Consoante as normas aplicáveis, assinale a alternativa correta em relação à conduta de Mévio.</p><p>a) Caracteriza agenciamento de causas com participação dos honorários.</p><p>b) É possível, desde que conste em contrato escrito entre as partes.</p><p>c) O agenciamento de clientela é admitido em situações peculiares como essa.</p><p>d) Desde que os serviços advocatícios sejam prestados por Mévio, inexiste infração disciplinar.</p><p>Comentários:</p><p>Gabarito: ''A''</p><p>ESTRATÉGIA OAB</p><p>Estatuto e Código de Ética – Prof.ª Priscila Ferreira</p><p>oab.estrategia.com |</p><p>46 39</p><p>46</p><p>Em relação à publicidade no âmbito da atividade advocatícia, tanto o Estatuto da Advocacia e da</p><p>OAB (Lei 8.906/94) quanto o Código de Ética e Disciplina da OAB vedam a mercantilização e a</p><p>captação de clientela. Nesse sentido, o art. 34, III do EAOAB prevê que constitui infração disciplinar</p><p>quando o advogado se vale de agenciador de causas, mediante participação nos honorários a</p><p>receber.</p><p>O agenciador de causas é aquele que encaminha negócios para o advogado, sendo remunerado</p><p>com uma percentagem dos honorários, como ocorre na situação narrada no enunciado.</p><p>(FGV/XII Exame de Ordem</p><p>Unificado) Isabela é advogada prestigiada, tendo organizado, com o</p><p>correr dos anos, um escritório de advocacia especializado em Direito Ambiental, com vários</p><p>advogados associados. Por sugestão de um deles, edita um atualizado boletim de notícias, com</p><p>informações jurisprudenciais, doutrinárias, legais e internacionais sobre o tema, considerado uma</p><p>publicação de altíssima qualidade, que é distribuído somente aos profissionais do escritório.</p><p>Sabedor da publicação, Eusébio, jovem estudante de Direito, que busca direcionar seus estudos</p><p>para a área ambiental, solicita acesso ao referido boletim.</p><p>Nos termos do Código de Ética da Advocacia, o boletim de notícias</p><p>a) deve circular restritivamente entre os profissionais do escritório.</p><p>b) pode ser enviado a qualquer pessoa como forma de propaganda.</p><p>c) pode ser remetido a quem o requerer.</p><p>d) é considerado como publicidade abusiva e vedado ao advogado.</p><p>Comentários:</p><p>Gabarito: ''C''</p><p>Os boletins podem ser enviados para clientes e interessados do meio jurídico, se assim requerido</p><p>ou aceitado por estes, conforme artigo 45, do CED:</p><p>“São admissíveis como formas de publicidade o patrocínio de eventos ou publicações de caráter</p><p>científico ou cultural, assim como a divulgação de boletins, por meio físico ou eletrônico, sobre</p><p>matéria cultural de interesse dos advogados, desde que sua circulação fique adstrita a clientes e a</p><p>interessados do meio jurídico.”</p><p>(FGV/IX Exame de Ordem Unificado) Mário advogou, por muitos anos, para a empresa “X”,</p><p>especializada no ramo de cosméticos. Por problemas pessoais, afastou-se da advocacia</p><p>empresarial por um período de dois anos. No retorno, passou a representar os interesses da</p><p>empresa “Y”, também do ramo de cosméticos, e concorrente direta da empresa para quem</p><p>anteriormente prestara serviços.</p><p>Quando da prestação de seus serviços à empresa “X”, Mário atuou em vários contratos em que</p><p>constavam informações submetidas a segredo industrial, a que teve acesso exclusivamente em</p><p>decorrência da sua atuação como advogado.</p><p>ESTRATÉGIA OAB</p><p>Estatuto e Código de Ética – Prof.ª Priscila Ferreira</p><p>oab.estrategia.com |</p><p>46 40</p><p>46</p><p>Observado tal relato, em consonância com as normas do Código de Ética da Advocacia, assinale</p><p>a afirmativa correta.</p><p>a) Os segredos advindos da prática profissional, após determinado período de recesso, podem ser</p><p>livremente utilizados pelo advogado.</p><p>b) O advogado, ao atuar contra antigos clientes, não pode lançar mão de informações reservadas</p><p>que lhe tenham sido confiadas.</p><p>c) O advogado não pode ser contratado por concorrentes de antigos clientes, pois o impedimento</p><p>de com eles contratar não tem prazo.</p><p>d) O advogado, diante do conflito de interesses entre o antigo e o novo cliente, deve renunciar ao</p><p>mandato.</p><p>Comentários:</p><p>Gabarito: ''B''</p><p>O art. 21 do Código de Ética e Disciplinar da OAB dispõe que o advogado, ao postular em nome</p><p>de terceiros, contra ex-cliente ou ex-empregador, judicial e extrajudicialmente, deve resguardar o</p><p>sigilo profissional.</p><p>Portanto, o advogado Mário, ao atuar contra a empresa "X", não pode lançar mão de informações</p><p>reservadas que lhe tenham sido confiadas.</p><p>(FGV/III Exame de Ordem Unificado) O advogado Caio resolve implementar mudanças</p><p>administrativas no seu escritório, ao passar a compor o grupo de profissionais escolhido para</p><p>gerenciá-lo. Uma das atividades consiste na elaboração de um boletim de notícias comunicando</p><p>aos clientes, parceiros e advogados, a mudança na legislação e os julgamentos de maior</p><p>repercussão. Para ampliar a divulgação, contrata jovens de ambos os sexos para distribuição</p><p>gratuita, nos cruzamentos das mais importantes capitais do País. Diante do narrado, é correto</p><p>afirmar que</p><p>a) se trata de publicidade moderada.</p><p>b) o boletim de notícias é meio adequado de publicidade quando o público-alvo são clientes do</p><p>escritório.</p><p>c) a distribuição indiscriminada, se for gratuita, é permitida.</p><p>d) é admissível a distribuição do boletim mediante pagamento de anuidade.</p><p>Comentários:</p><p>Gabarito: ''B''</p><p>O art. 45 do Código de Ética e Disciplina da OAB prevê que o advogado pode fazer a divulgação</p><p>de boletins de notícias, desde que sua circulação fique adstrita a clientes e a interessados do meio</p><p>jurídico.</p><p>ESTRATÉGIA OAB</p><p>Estatuto e Código de Ética – Prof.ª Priscila Ferreira</p><p>oab.estrategia.com |</p><p>46 41</p><p>46</p><p>(FGV/III Exame de Ordem Unificado) Tertúlio, advogado, testemunha a ocorrência de um acidente</p><p>de trânsito sem vítimas, envolvendo quatro veículos automotores. Seus dados e sua qualificação</p><p>profissional constam nos registros do evento. Posteriormente, em ação de responsabilidade civil,</p><p>o advogado Tertúlio é arrolado como testemunha por uma das partes. No dia designado para o</p><p>seu depoimento, alega que estaria impossibilitado de realizar o ato porque uma das pessoas</p><p>envolvidas poderia contratá-lo como profissional, embora, naquele momento, nenhuma delas</p><p>tivesse manifestado qualquer intenção nesse sentido. A respeito do tema, é correto dizer que</p><p>a) o advogado é suspeito para prestar depoimento no caso em tela.</p><p>b) a possibilidade decorre da ausência de efetiva atuação profissional.</p><p>c) o depoimento do advogado, no caso, é facultativo.</p><p>d) somente poderia prestar depoimento após a intervenção de todas as partes no processo.</p><p>Comentários:</p><p>Gabarito: ''B''</p><p>O art. 7º, XIX do Estatuto da Advocacia e da OAB (Lei 8.906/94) prevê que o advogado pode</p><p>recusar-se a depor como testemunha em processo no qual funcionou ou deva funcionar.</p><p>Contudo, no caso narrado, o advogado Tertúlio não atuou efetivamente em defesa de qualquer</p><p>das partes e, consequentemente, não há o dever de sigilo. Assim, é plenamente possível seu</p><p>depoimento como testemunha, devendo comparecer como qualquer pessoa (art. 378, CPC).</p><p>(FGV/V Exame de Ordem Unificado) O advogado Antônio é convocado para prestar depoimento</p><p>como testemunha em ação em que um dos seus clientes é parte. Inquirido pelo magistrado, passa</p><p>a tecer considerações sobre fatos apresentados pelo seu cliente durante as consultas profissionais,</p><p>mesmo sobre estratégias que havia sugerido para a defesa do seu cliente. Não omitiu quaisquer</p><p>informações. Posteriormente à audiência, foi notificado da abertura de processo disciplinar pelo</p><p>depoimento prestado. Em relação ao caso acima, com base nas normas estatutárias, é correto</p><p>afirmar que</p><p>a) no caso em tela, houve justa causa, capaz de permitir a revelação de dados sigilosos.</p><p>b) inquirido pelo magistrado, o advogado não pode se escusar de depor e prestar informações.</p><p>c) a quebra do sigilo profissional, ainda que judicialmente, como no caso, é infração disciplinar.</p><p>d) o sigilo profissional é uma faculdade do advogado.</p><p>Comentários:</p><p>Gabarito: ''C''</p><p>O art. 34, VII do Estatuto da Advocacia e da OAB (Lei 8.906/94) prevê que o advogado comete</p><p>infração disciplinar quando viola o dever de sigilo profissional, salvo quando justificável. No caso</p><p>narrado, é dever do advogado se recusar a depor como testemunha sobre fato que constitua sigilo</p><p>ESTRATÉGIA OAB</p><p>Estatuto e Código de Ética – Prof.ª Priscila Ferreira</p><p>oab.estrategia.com |</p><p>46 42</p><p>46</p><p>profissional. Portanto, ao revelar fatos acobertados pelo sigilo, Antônio cometeu infração</p><p>disciplinar.</p><p>(FGV/XIII Exame de Ordem Unificado) Valdir representa os interesses de André em ação de</p><p>divórcio em que estão em discussão diversas questões relevantes, inclusive de cunho financeiro,</p><p>como, por exemplo, o pensionamento e a partilha de bens. Irritado com as exigências de sua ex-</p><p>esposa, André revela a Valdir que pretende contratar alguém para assassiná-la.</p><p>Deve Valdir comunicar o segredo revelado por seu cliente às autoridades competentes?</p><p>a) Valdir não pode revelar o segredo que lhe foi confiado por André, pois o advogado deve sempre</p><p>guardar sigilo sobre o que saiba em razão do seu ofício.</p><p>b) Valdir poderia revelar o segredo que lhe foi confiado por André, mas apenas no caso de ser</p><p>intimado como testemunha em ação penal</p><p>eventualmente deflagrada para a apuração do</p><p>homicídio que viesse a ser efetivamente praticado.</p><p>c) Valdir pode revelar o segredo que lhe foi confiado por André, em razão de estar a vida da ex-</p><p>esposa deste último em risco.</p><p>d) Valdir não pode revelar o segredo que lhe foi confiado por André, mas tem obrigação legal de</p><p>impedir que o homicídio seja praticado, sob pena de se tornar partícipe do crime.</p><p>Comentários:</p><p>Gabarito: ''C''</p><p>O art. 35 do Código de Ética e Disciplina da OAB prevê que o advogado deve resguardar sigilo</p><p>sofre fatos de que tome conhecimento no exercício da profissão. Essa é a regra geral.</p><p>Contudo, o art. 37 do mesmo Código assevera que esse sigilo deverá ceder em razão de</p><p>circunstâncias excepcionais que configurem justa causa, como nos casos de grave ameaça ao</p><p>direito à vida e à honra ou que envolvam defesa própria.</p><p>Como no caso exposto no enunciado André ameaçou gravemente a vida de sua ex-esposa e o</p><p>advogado Valdir tomou ciência dessa ameaça, ele deverá revelar tal segredo.</p><p>(FGV/VIII Exame de Ordem Unificado) O advogado “Y”, recém formado, diante da dificuldade em</p><p>conseguir clientes, passa a distribuir panfletos em locais próximos aos fóruns da cidade onde</p><p>reside, oferecendo seus serviços profissionais. Nos panfletos distribuídos por “Y” constam</p><p>informações acerca da sua especialização técnico-científica, localização e telefones do seu</p><p>escritório. Por outro lado, “Y” instalou placa na porta de seu escritório, na qual fez constar os</p><p>valores cobrados por seus serviços profissionais, fixados, aliás, em patamares inferiores àqueles</p><p>estipulados pela tabela de honorários da OAB. Quanto à conduta de “Y”, assinale a afirmativa</p><p>incorreta.</p><p>a) “Y” incorre em infração disciplinar, consistente na captação irregular de causas, ao distribuir</p><p>panfletos ao público oferecendo seus serviços como advogado.</p><p>ESTRATÉGIA OAB</p><p>Estatuto e Código de Ética – Prof.ª Priscila Ferreira</p><p>oab.estrategia.com |</p><p>46 43</p><p>46</p><p>b) “Y” viola dispositivo do Código de Ética e Disciplina da OAB, ao fixar honorários em valores</p><p>inferiores aos estipulados na tabela de honorários da OAB.</p><p>c) “Y” pode distribuir panfletos ao público, oferecendo seus serviços profissionais, desde que neles</p><p>não conste sua especialização técnico-científica.</p><p>d) “Y” viola dispositivo do Código de Ética e Disciplina da OAB, ao fazer constar de sua placa</p><p>referências aos valores cobrados por seus serviços profissionais.</p><p>Comentários:</p><p>Gabarito: ''C''</p><p>É vedada a distribuição de panfletos para captação de clientela, conforme artigo 40, IV do CED:</p><p>I - a veiculação da publicidade por meio de rádio, cinema e televisão;</p><p>II - o uso de outdoors, painéis luminosos ou formas assemelhadas de publicidade;</p><p>III - as inscrições em muros, paredes, veículos, elevadores ou em qualquer espaço público;</p><p>IV - a divulgação de serviços de advocacia juntamente com a de outras atividades ou a indicação</p><p>de vínculos entre uns e outras;</p><p>V - o fornecimento de dados de contato, como endereço e telefone, em colunas ou artigos</p><p>literários, culturais, acadêmicos ou jurídicos, publicados na imprensa, bem assim quando de</p><p>eventual participação em programas de rádio ou televisão, ou em veiculação de matérias pela</p><p>internet, sendo permitida a referência a e-mail;</p><p>VI - a utilização de mala direta, a distribuição de panfletos ou formas assemelhadas de publicidade,</p><p>com o intuito de captação de clientela.</p><p>(FGV/XXVIII Exame de Ordem Unificado) A advogada Leia Santos confeccionou cartões de visita</p><p>para sua apresentação e de seu escritório. Nos cartões, constava seu nome, número de inscrição</p><p>na OAB, bem como o site do escritório na Internet e um QR code para que o cliente possa obter</p><p>informações sobre o escritório. Já o advogado Lucas Souza elaborou cartões de visita que, além</p><p>do seu nome e número de inscrição na OAB, apresentam um logotipo discreto e a fotografia do</p><p>escritório.</p><p>Considerando as situações descritas e o disposto no Código de Ética e Disciplina da OAB, assinale</p><p>a afirmativa correta.</p><p>a) Leia e Lucas cometeram infrações éticas, pois inseriram elementos vedados pelo Código de</p><p>Ética e Disciplina da OAB nos cartões de apresentação.</p><p>b) Nenhum dos advogados cometeu infração ética, pois os elementos inseridos por ambos nos</p><p>cartões de apresentação são autorizados.</p><p>c) Apenas Leia cometeu infração ética, pois inseriu elementos vedados pelo Código de Ética e</p><p>Disciplina da OAB nos cartões de apresentação. Os elementos empregados por Lucas são</p><p>autorizados.</p><p>ESTRATÉGIA OAB</p><p>Estatuto e Código de Ética – Prof.ª Priscila Ferreira</p><p>oab.estrategia.com |</p><p>46 44</p><p>46</p><p>d) Apenas Lucas cometeu infração ética, pois inseriu elementos vedados pelo Código de Ética e</p><p>Disciplina da OAB nos cartões de apresentação. Os elementos empregados por Leia são</p><p>autorizados.</p><p>Comentários:</p><p>Gabarito: ''B''</p><p>Observa-se que nenhum dos advogados cometeu infração ética, pois os elementos inseridos por</p><p>ambos nos cartões de apresentação são autorizados, como se observa:</p><p>- A advogada Leia Santos aponta em seus cartões o seu nome, número de inscrição na OAB, site</p><p>do escritório na Internet e um QR code;</p><p>- Já o advogado Lucas Souza, aponta em seus cartões o seu nome, número de inscrição na OAB,</p><p>logotipo discreto e a fotografia do escritório.</p><p>Nos termos do artigo 44, do CED, na publicidade profissional que promover ou nos cartões e</p><p>material de escritório de que se utilizar, o advogado fará constar seu nome ou o da sociedade de</p><p>advogados, o número ou os números de inscrição na OAB. Ainda, poderão ser referidos apenas</p><p>os títulos acadêmicos do advogado e as distinções honoríficas relacionadas à vida profissional,</p><p>bem como as instituições jurídicas de que faça parte, e as especialidades a que se dedicar, o</p><p>endereço, e-mail, site, página eletrônica, QR code, logotipo e a fotografia do escritório, o horário</p><p>de atendimento e os idiomas em que o cliente poderá ser atendido.</p><p>Contudo, é vedada a inclusão de fotografias pessoais ou de terceiros nos cartões de visitas do</p><p>advogado, bem como menção a qualquer emprego, cargo ou função ocupado, atual ou pretérito,</p><p>em qualquer órgão ou instituição, salvo o de professor universitário.</p><p>(FGV/XXXI Exame de Ordem Unificado) Em certo município, os advogados André e Helena são</p><p>os únicos especialistas em determinado assunto jurídico. Por isso, André foi convidado a participar</p><p>de entrevista na imprensa escrita sobre as repercussões de medidas tomadas pelo Poder</p><p>Executivo local, relacionadas à sua área de especialidade. Durante a entrevista, André convidou</p><p>os leitores a litigarem em face da Administração Pública, conclamando-os a procurarem</p><p>advogados especializados para ajuizarem, desde logo, as demandas que considerava</p><p>tecnicamente cabíveis.</p><p>Porém, quando indagado sobre os meios de contato de seu escritório, para os leitores</p><p>interessados, André disse que, por obrigação ética, não poderia divulgá-los por meio daquele</p><p>veículo. Por sua vez, a advogada Helena, irresignada com as mesmas medidas tomadas pelo</p><p>Executivo, procurou um programa de rádio, oferecendo-se para uma reportagem sobre o assunto.</p><p>No programa, Helena manifestou-se de forma técnica, educativa e geral, evitando</p><p>sensacionalismo.</p><p>Considerando as situações acima narradas e o disposto no Código de Ética e Disciplina da OAB,</p><p>assinale a afirmativa correta.</p><p>ESTRATÉGIA OAB</p><p>Estatuto e Código de Ética – Prof.ª Priscila Ferreira</p><p>oab.estrategia.com |</p><p>46 45</p><p>46</p><p>a) André e Helena agiram de forma ética, observando as normas previstas no Código de Ética e</p><p>Disciplina da OAB.</p><p>b) Nenhum dos dois advogados agiu de forma ética, tendo ambos inobservado as normas previstas</p><p>no Código de Ética e Disciplina da OAB.</p><p>c) Apenas André agiu de forma ética, observando as normas previstas no Código de Ética e</p><p>Disciplina da OAB.</p><p>d) Apenas Helena agiu de forma ética, observando as normas previstas no Código de Ética e</p><p>Disciplina da OAB.</p><p>Comentários:</p><p>Gabarito: ''B''</p><p>Nos termos do art. 43, do CED, André</p><p>participou de programa de televisão com propósito de</p><p>promoção pessoal ou profissional. Ainda, a advogada Helena também não agiu de forma ética,</p><p>uma vez que se ofereceu para uma reportagem e insinuou-se, conforme art. 42, V, do CED.</p><p>(FGV/XXVI Exame de Ordem Unificado) Rafaela, advogada, atua como árbitra em certa lide. Lena,</p><p>também regularmente inscrita como advogada perante a OAB, exerce atualmente a função de</p><p>mediadora. Ambas, no exercício de suas atividades, tomaram conhecimento de fatos relativos às</p><p>partes envolvidas. Todavia, apenas foi solicitado a Rafaela que guardasse sigilo sobre tais fatos.</p><p>Considerando o caso narrado, assinale a afirmativa correta.</p><p>a) Apenas Rafaela, no exercício da profissão, submete-se ao dever de guardar sigilo dos fatos de</p><p>que tomou conhecimento. O dever de sigilo cederá em face de circunstâncias excepcionais que</p><p>configurem justa causa, como nos casos de grave ameaça aos direitos à vida e à honra, bem como</p><p>em caso de defesa própria.</p><p>b) Apenas Lena, no exercício da profissão, submete-se ao dever de guardar sigilo dos fatos de que</p><p>tomou conhecimento. O dever de sigilo cederá em face de circunstâncias excepcionais que</p><p>configurem justa causa, como nos casos de grave ameaça aos direitos à vida e à honra, bem como</p><p>em caso de defesa própria.</p><p>c) Ambas as advogadas, no exercício da profissão, submetem-se ao dever de guardar sigilo dos</p><p>fatos de que tomaram conhecimento. O dever de sigilo cederá em face de circunstâncias</p><p>excepcionais que configurem justa causa, como nos casos de grave ameaça aos direitos à vida e à</p><p>honra, bem como em caso de defesa própria.</p><p>d) Apenas Rafaela, no exercício da profissão, submete-se ao dever de guardar sigilo dos fatos de</p><p>que tomou conhecimento. O dever de sigilo cederá em face de circunstâncias excepcionais que</p><p>configurem justa causa, como nos casos de grave ameaça aos direitos à vida e à honra. Porém,</p><p>não se admite a relativização do dever de sigilo para exercício de defesa própria.</p><p>Comentários:</p><p>Gabarito: ''C''</p><p>ESTRATÉGIA OAB</p><p>Estatuto e Código de Ética – Prof.ª Priscila Ferreira</p><p>oab.estrategia.com |</p><p>46 46</p><p>46</p><p>Nos termos do art. 37, do CED, o sigilo profissional cederá em face de circunstâncias excepcionais</p><p>que configurem justa causa, como nos casos de grave ameaça ao direito à vida e à honra ou que</p><p>envolvam defesa própria.</p><p>CONSIDERAÇÕES FINAIS</p><p>Aguardamos vocês em nossa próxima aula!</p><p>Bons estudos e muito sucesso a todos!</p><p>Prof.ª Priscila Ferreira</p><p>Fórum de Dúvidas do Portal do Aluno</p><p>@profpriscilaferreira</p><p>Grupo de Ética OAB no Telegram: https://t.me/eticaoab</p><p>Federal:</p><p>(...)</p><p>V - editar e alterar o Regulamento Geral, o Código de Ética e Disciplina, e os</p><p>Provimentos que julgar necessários.</p><p>Art. 78. Cabe ao Conselho Federal da OAB, por deliberação de dois terços, pelo</p><p>menos, das delegações, editar o regulamento geral deste estatuto, no prazo de</p><p>seis meses, contados da publicação desta lei.</p><p>Assim, os advogados se submetem ao Código de Ética, assim como ao Regulamento da OAB,</p><p>sendo privativo da entidade, OAB - Conselho Federal, a autorregulamentação acerca dos aspectos</p><p>disciplinares de seus inscritos, bem como de seus aspectos administrativos de funcionamento.</p><p>Desta forma, o normativo possui caráter administrativo, e, uma vez desrespeitado, poderá implicar</p><p>sanções na esfera administrativa aos envolvidos, como advertência, suspensão, perda do cargo</p><p>etc.</p><p>• ATENÇÃO: Não haverá a coexistência de códigos de éticas e disciplina por seccionais da</p><p>OAB existente, logo, haverá um único código de ética de observância obrigatória por todos</p><p>os advogados;</p><p>Partindo desta premissa, e tendo ciência de que todos os instrumentos legais e administrativos se</p><p>suplementam de forma a termos uma unidade, importante também se torna que, desde já, você</p><p>conheça os órgãos que compõem a OAB para fins estruturais:</p><p>ESTRATÉGIA OAB</p><p>Estatuto e Código de Ética – Prof.ª Priscila Ferreira</p><p>oab.estrategia.com |</p><p>46 7</p><p>46</p><p>DA ÉTICA DO ADVOGADO</p><p>Inicialmente, devemos entender o significado da palavra “ética”, a qual deriva do grego “ethos”,</p><p>e que deve ser traduzida como um “modo de ser” ou “caráter” (índole).</p><p>Neste sentido, a ética pode ser definida como uma teoria ou ciência do comportamento moral, a</p><p>qual busca explicar, compreender, justificar e criticar a moral de um determinado grupo.</p><p>Logo, podemos concluir que a ética indica regras de comportamentos, estabelecendo, inclusive,</p><p>diretrizes de conduta a serem seguidas, de forma que o elemento ético nunca poderá ser</p><p>desprezado em sua conduta. Veja que a liberdade, dentro da profissão, existe, mas quando se</p><p>adentra no corpo social, ou seja, dentro da estrutura organizacional da advocacia,</p><p>automaticamente se aceitou ter em seu comportamento o elemento ético, fundado das diretrizes</p><p>do estatuto e código de ética da OAB.</p><p>O Código de Ética, assim como o estatuto e o regulamento, acaba por tornar-se uma relação</p><p>organizada de procedimentos, permitidos e proibidos, e prerrogativas dentro de um corpo social</p><p>São órgãos</p><p>da OAB</p><p>O Conselho</p><p>Federal</p><p>Os</p><p>Conselhos</p><p>Seccionais</p><p>As</p><p>Subseções</p><p>As Caixas de</p><p>Assistência</p><p>dos</p><p>Advogados</p><p>EAOAB</p><p>Art. 31 ao 33</p><p>ESTRATÉGIA OAB</p><p>Estatuto e Código de Ética – Prof.ª Priscila Ferreira</p><p>oab.estrategia.com |</p><p>46 8</p><p>46</p><p>organizado, logo, o código é fundado em princípios éticos obrigatórios aos praticantes, tais como:</p><p>sinceridade, transparência, respeito, seriedade, entre outras.</p><p>Dispõe o artigo 31 do CED:</p><p>O advogado, no exercício de cargos ou funções em órgãos da Ordem dos</p><p>Advogados do Brasil ou na representação da classe junto a quaisquer instituições,</p><p>órgãos ou comissões, públicos ou privados, manterá conduta consentânea com as</p><p>disposições deste Código e que revele plena lealdade aos interesses, direitos e</p><p>prerrogativas da classe dos advogados que representa.</p><p>Acerca da ética do advogado, o Estatuto da OAB resguarda capítulo próprio acerca do tema,</p><p>como se observa:</p><p>Art. 31. O advogado deve proceder de forma que o torne merecedor de respeito</p><p>e que contribua para o prestígio da classe e da advocacia.</p><p>§ 1º O advogado, no exercício da profissão, deve manter independência em</p><p>qualquer circunstância.</p><p>§ 2º Nenhum receio de desagradar a magistrado ou a qualquer autoridade, nem</p><p>de incorrer em impopularidade, deve deter o advogado no exercício da profissão.</p><p>Art. 32. O advogado é responsável pelos atos que, no exercício profissional,</p><p>praticar com dolo ou culpa.</p><p>Parágrafo único. Em caso de lide temerária, o advogado será solidariamente</p><p>responsável com seu cliente, desde que coligado com este para lesar a parte</p><p>contrária, o que será apurado em ação própria.</p><p>Art. 33. O advogado obriga-se a cumprir rigorosamente os deveres consignados</p><p>no Código de Ética e Disciplina.</p><p>Parágrafo único. O Código de Ética e Disciplina regula os deveres do advogado</p><p>para com a comunidade, o cliente, o outro profissional e, ainda, a publicidade, a</p><p>recusa do patrocínio, o dever de assistência jurídica, o dever geral de urbanidade</p><p>e os respectivos procedimentos disciplinares.</p><p>Observe que dentro do dever ético do advogado está o de exercer sua profissão sem medo de</p><p>desagradar qualquer autoridade, ou seja, o advogado deve agir com postura, sem medo de se</p><p>tornar impopular perante as autoridades.</p><p>(FGV/XIX Exame de Ordem Unificado) Alexandre, advogado que exerce a profissão há muitos</p><p>anos, é conhecido por suas atitudes corajosas, sendo respeitado pelos seus clientes e pelas</p><p>autoridades com quem se relaciona por questões profissionais. Comentando sua atuação</p><p>ESTRATÉGIA OAB</p><p>Estatuto e Código de Ética – Prof.ª Priscila Ferreira</p><p>oab.estrategia.com |</p><p>46 9</p><p>46</p><p>profissional, ele foi inquirido, por um dos seus filhos, se não deveria recusar a defesa de um</p><p>indivíduo considerado impopular, bem como se não deveria ser mais obediente às autoridades,</p><p>diante da possibilidade de retaliação.</p><p>Sobre o caso apresentado, observadas as regras do Estatuto da OAB, assinale a opção correta</p><p>indicada ao filho do advogado citado.</p><p>a) O advogado Alexandre deve recusar a defesa de cliente cuja atividade seja impopular.</p><p>b) O temor à autoridade pode levar à negativa de prestação do serviço advocatício por Alexandre.</p><p>c) As causas impopulares aceitas por Alexandre devem vir sempre acompanhadas de apoio da</p><p>Seccional da OAB.</p><p>d) Nenhum receio de desagradar uma autoridade deterá o advogado Alexandre.</p><p>Comentários:</p><p>Gabarito: ''D''</p><p>Conforme art. 31, §2º, do EAOAB, o advogado não deve ter nenhum receio de desagradar a</p><p>magistrado ou a qualquer autoridade, nem de incorrer em impopularidade, deve deter o advogado</p><p>no exercício da profissão.</p><p>PRINCÍPIOS</p><p>O estudo introdutório de Ética Profissional exige uma análise detalhada acerca dos princípios que</p><p>permeiam a atividade advocatícia. Veja:</p><p>Pr</p><p>in</p><p>cí</p><p>p</p><p>io</p><p>s</p><p>Pessoalidade</p><p>Confiabilidade</p><p>Sigilo Profissional</p><p>Não Mercantilização</p><p>Exclusividade</p><p>ESTRATÉGIA OAB</p><p>Estatuto e Código de Ética – Prof.ª Priscila Ferreira</p><p>oab.estrategia.com |</p><p>46 10</p><p>46</p><p>1 - Pessoalidade</p><p>PESSOALIDADE: A relação formada entre cliente e advogado tem por base a pessoalidade, ou</p><p>seja, uma relação iminentemente pessoal, até pelos bens jurídicos envoltos na relação, como,</p><p>patrimônio, família, honra, imagem etc.</p><p>A pessoalidade também se revela essencial para que o sigilo profissional seja garantido na relação,</p><p>o que poderia ser colocado em risco por meio de uma relação formada virtualmente, impactando,</p><p>inclusive, na confiança recíproca, alicerce desta relação.</p><p>Logo, veda-se qualquer tipo de consultoria jurídica virtual; em contrapartida, não há óbice para</p><p>que os meios virtuais sejam utilizados como forma de anúncios, estes também dentro dos limites</p><p>legais, em especial, quanto à mercantilização da atividade.</p><p>Destaco que na pandemia da COVID-19 o princípio não foi flexibilizado. A vedação imposta à</p><p>consultoria virtual é no sentido de não tornar a advocacia impessoal, uma vez que a prática da</p><p>advocacia é pautada na confiança. De toda forma, os atendimentos virtuais são possíveis, se</p><p>usados com parcimônia e respeito ao cliente.</p><p>Ainda, segundo o art. 5º, §4º do EAOAB, as atividades de consultoria e assessoria jurídicas podem</p><p>ser exercidas de modo verbal ou por escrito, a critério do advogado e do cliente. Além disso,</p><p>independem de outorga de mandato ou de formalização por contrato de honorários.</p><p>ESTRATÉGIA OAB</p><p>Estatuto e Código de Ética – Prof.ª Priscila Ferreira</p><p>oab.estrategia.com |</p><p>46 11</p><p>46</p><p>2 - Confiabilidade</p><p>CONFIABILIDADE: A confiabilidade (confiança</p><p>e honestidade) é a base da relação a ser formada</p><p>entre cliente e advogado. Desta forma, o rompimento deste elemento faz com que não mais se</p><p>perpetua a relação, como se observa:</p><p>Ä Cliente - Quebra de confiança no Advogado: Revogação do Mandato (Artigo 17 do CED);</p><p>Ä Advogado - Quebra de confiança no Cliente: Renúncia ao Mandato (Artigo 5º, §3º do</p><p>EOAB).</p><p>Vale ponderar que, nesta última hipótese, mesmo o advogado não possuindo mais confiabilidade</p><p>em seu cliente, deverá continuar atuando como patrono no processo durante os dez dias seguintes</p><p>à notificação da renúncia, salvo se for substituído antes do término desse prazo.</p><p>3 - Sigilo Profissional</p><p>O sigilo profissional está diretamente ligado com a confiabilidade existente entre cliente e</p><p>advogado.</p><p>É dever do advogado manter sigilo sobre todas as informações que tenha obtido no exercício</p><p>profissional, quer seja como advogado, conciliador, árbitro, e até mesmo nas funções</p><p>desempenhadas na OAB.</p><p>Neste sentido, preceitua o artigo 35 a 38 do CED:</p><p>Art. 35. O advogado tem o dever de guardar sigilo dos fatos de que tome</p><p>conhecimento no exercício da profissão.</p><p>Parágrafo único. O sigilo profissional abrange os fatos de que o advogado tenha</p><p>tido conhecimento em virtude de funções desempenhadas na Ordem dos</p><p>Advogados do Brasil.</p><p>Art. 36. O sigilo profissional é de ordem pública, independendo de solicitação de</p><p>reserva que lhe seja feita pelo cliente.</p><p>§ 1º Presumem-se confidenciais as comunicações de qualquer natureza entre</p><p>advogado e cliente.</p><p>CED</p><p>Art. 35 ao 38 CED</p><p>ESTRATÉGIA OAB</p><p>Estatuto e Código de Ética – Prof.ª Priscila Ferreira</p><p>oab.estrategia.com |</p><p>46 12</p><p>46</p><p>§ 2º O advogado, quando no exercício das funções de mediador, conciliador e</p><p>árbitro, se submete às regras de sigilo profissional.</p><p>Art. 37. O sigilo profissional cederá em face de circunstâncias excepcionais que</p><p>configurem justa causa, como nos casos de grave ameaça ao direito à vida e à</p><p>honra ou que envolvam defesa própria.</p><p>Art. 38. O advogado não é obrigado a depor, em processo ou procedimento</p><p>judicial, administrativo ou arbitral, sobre fatos a cujo respeito deva guardar sigilo</p><p>profissional.</p><p>Como Regra, a comunicação entre advogado e cliente são tidas como</p><p>confidenciais, independente do meio pela qual ocorram.</p><p>O sigilo profissional é um direito-dever que está envolto na figura do advogado para com o cliente.</p><p>A base da relação formada entre cliente e advogado é a confiança, logo, as informações que o</p><p>advogado tiver conhecimento no exercício de sua profissão devem ser resguardadas, garantindo-</p><p>se sempre o sigilo.</p><p>Assim, trata-se de uma prerrogativa profissional, bem como de um dever ético, conforme artigo</p><p>7◌ֻº, XIX, EOAB:</p><p>“Art. 7º São direitos do advogado:</p><p>XIX - recusar-se a depor como testemunha em processo no qual funcionou ou deva</p><p>funcionar, ou sobre fato relacionado com pessoa de quem seja ou foi advogado,</p><p>mesmo quando autorizado ou solicitado pelo constituinte, bem como sobre fato</p><p>que constitua sigilo profissional.”</p><p>Acerca do sigilo profissional, tome nota:</p><p>ü O advogado tem o dever de guardar sigilo dos fatos de que tome conhecimento no</p><p>exercício da profissão;</p><p>ü O sigilo profissional é de ordem pública, independendo de solicitação de reserva que lhe</p><p>seja feita pelo cliente;</p><p>ü Constitui infração disciplinar violar, sem justa causa, sigilo profissional, implicando</p><p>CENSURA;</p><p>ü Nos termos do Art. 154, do Código Penal, verifica-se que revelar a alguém, sem justa causa,</p><p>segredo, de que tem ciência em razão de função, ministério, ofício ou profissão, e cuja</p><p>DEVER E NÃO OPÇÃO!</p><p>ESTRATÉGIA OAB</p><p>Estatuto e Código de Ética – Prof.ª Priscila Ferreira</p><p>oab.estrategia.com |</p><p>46 13</p><p>46</p><p>revelação possa produzir dano a outrem, implica detenção, de três meses a um ano, ou</p><p>multa;</p><p>ü A configuração do crime de violação de segredo profissional será observada quando</p><p>presente os seguintes requisitos:</p><p>Ä O fato revelado deve configurar-se como um segredo;</p><p>Ä O segredo tem que ser obtido pelo agente em função do exercício</p><p>profissional;</p><p>Ä O segredo deve ter sido revelado a terceiro, sem justo motivo;</p><p>Ä O segredo possui potencial de causar danos a alguém</p><p>Veja que o segredo não é do advogado, mas sim do cliente, e por tal razão, a sua exposição é</p><p>considerada crime, implicando a “quebra da confiança” e consequentemente na violação do dever</p><p>de sigilo.</p><p>As informações que o advogado tiver conhecimento no exercício de sua profissão devem ser</p><p>resguardadas e utilizadas somente nos limites da defesa ou da acusação, principalmente nos</p><p>processos que correm sob segredo de justiça. Quanto às informações que não precisarem ser</p><p>utilizados no processo, por se tratarem tão somente de um complemento ao fato principal, ou</p><p>ainda, de um desabafo por parte do seu cliente, o advogado terá o dever de guardar em sigilo.</p><p>Relativização do Sigilo Profissional</p><p>O sigilo profissional poderá ser relativizado em algumas hipóteses legais, como se observa:</p><p>O sigilo profissional cederá em face de circunstâncias excepcionais que configurem justa causa,</p><p>como nos casos de grave ameaça ao direito à vida e à honra ou que envolvam defesa própria;</p><p>ESTRATÉGIA OAB</p><p>Estatuto e Código de Ética – Prof.ª Priscila Ferreira</p><p>oab.estrategia.com |</p><p>46 14</p><p>46</p><p>E, neste momento, você deveria me questionar:</p><p>Qual a consequência se o advogado violar o sigilo?</p><p>Assim como a pergunta, o entendimento legal / administrativo é claro e objetivo acerca do tema:</p><p>O advogado deverá responder perante a infração disciplinar cometida, podendo ser apenado com</p><p>censura, artigo 34, VII e artigo 36, I do EOAB, além de responder criminalmente, nos termos do</p><p>artigo 154 do CP.</p><p>Fique atento ao fato de que o advogado não é obrigado a depor, em processo ou procedimento</p><p>judicial, administrativo ou arbitral, acerca de fatos cujo respeito deva guardar sigilo profissional</p><p>(Art. 38 do CED), AINDA QUE autorizado pelo cliente!</p><p>O sigilo poderá ser</p><p>violado pelo advogado,</p><p>em duas situações:</p><p>Grave ameaça ao direito à</p><p>vida e a honra; ou</p><p>Ex: cliente lhe confessa que</p><p>matará a ex-esposa para</p><p>resolver a lide do divórcio.</p><p>Envolva defesa própria. Ex: acusações do cliente</p><p>contra o advogado.</p><p>ESTRATÉGIA OAB</p><p>Estatuto e Código de Ética – Prof.ª Priscila Ferreira</p><p>oab.estrategia.com |</p><p>46 15</p><p>46</p><p>4 - Não Mercantilização</p><p>NÃO MERCANTILIZAÇÃO: A mercantilização da advocacia é totalmente vedada pelo Código de</p><p>Ética, como se observa no artigo 5º:</p><p>O exercício da advocacia é incompatível com qualquer procedimento de</p><p>mercantilização.</p><p>O profissional da advocacia não pode praticar nenhum ato que venha a se caracterizar como</p><p>mercantil para fins de sua promoção ou do escritório, como se observa em algumas propagandas</p><p>na Rádio / TV com intuito de promover o escritório / advogado.</p><p>O advogado até poderá anunciar os seus serviços na mídia, mas desde que a forma escolhida seja</p><p>moderada e tenha cunho exclusivamente informativo.</p><p>Neste ponto, segundo o recente provimento editado pelo Conselho Federal, Provimento n.</p><p>205/2021, no marketing de conteúdos jurídicos poderá ser utilizada a publicidade ativa ou passiva,</p><p>desde que não esteja incutida a mercantilização, a captação de clientela ou o emprego excessivo</p><p>de recursos financeiros, sendo admitida a utilização de anúncios, pagos ou não, nos meios de</p><p>comunicação, exceto nos meios vedados pelo art. 40 do Código de Ética e Disciplina.</p><p>5 - Exclusividade</p><p>EXCLUSIVIDADE: O Estatuto da Advocacia prevê como sendo vedada a divulgação da advocacia</p><p>em conjunto com outra atividade, então, não será possível fazer um “puxadinho” na loja da sua</p><p>mãe para abrir o seu escritório.</p><p>A advocacia exige um ambiente próprio e exclusivo para o exercício da atividade, não podendo</p><p>se comunicar com outras atividades empresariais / laborais.</p><p>A norma veda o exercício comum no espaço físico, até como forma de vetar a divulgação conjunta,</p><p>como se observa no artigo 40,</p><p>IV do CED e artigo 1º, §3º do EOAB, respetivamente:</p><p>“Art. 40. Os meios utilizados para a publicidade profissional hão de ser compatíveis</p><p>com a diretriz estabelecida no artigo anterior, sendo vedados:</p><p>(...)</p><p>IV - a divulgação de serviços de advocacia juntamente com a de outras atividades</p><p>ou a indicação de vínculos entre uns e outras."</p><p>“Art. 1º São atividades privativas de advocacia:</p><p>ESTRATÉGIA OAB</p><p>Estatuto e Código de Ética – Prof.ª Priscila Ferreira</p><p>oab.estrategia.com |</p><p>46 16</p><p>46</p><p>§ 3º É vedada a divulgação de advocacia em conjunto com outra atividade.”</p><p>Assim, aquele que praticar conduta que viole os alicerces da exclusividade mencionada, deverá</p><p>ser apensado administrativamente com a sanção de censura, nos termos do artigo 36, II do EOAB.</p><p>Atenção ao disposto no Provimento 205/20211: Segundo este Provimento, autoriza-se o exercício</p><p>da advocacia em locais compartilhados (coworking), sendo vedada a divulgação da atividade de</p><p>advocacia em conjunto com qualquer outra atividade ou empresa que compartilhem o mesmo</p><p>espaço, ressalvada a possibilidade de afixação de placa indicativa no espaço físico em que se</p><p>desenvolve a advocacia e a veiculação da informação de que a atividade profissional é</p><p>desenvolvida em local de coworking.</p><p>Ainda, de acordo com o art. 15, §12 do EAOAB, a sociedade de advogados e a sociedade</p><p>unipessoal de advocacia podem ter como sede, filial ou local de trabalho espaço de uso individual</p><p>ou compartilhado com outros escritórios de advocacia ou empresas. No entanto, devem ser</p><p>respeitadas as hipóteses de sigilo previstas no Estatuto da Advocacia e no Código de Ética e</p><p>Disciplina.</p><p>6 - Publicidade Profissional</p><p>A publicidade tem por característica ser um dos principais meios para os profissionais veicularem</p><p>o seu trabalho a fim de conseguirem a captação de uma determinada clientela, e tal aspecto mais</p><p>se ampliou com os avanços tecnológicos dos últimos tempos.</p><p>A ética profissional que baliza o exercício da advocacia tão somente permite a publicidade, quando</p><p>a sua finalidade for a INFORMAÇÃO, e não a mercantilização. Ou seja, o CED não permite a</p><p>CED</p><p>Art. 39 a 47</p><p>ESTRATÉGIA OAB</p><p>Estatuto e Código de Ética – Prof.ª Priscila Ferreira</p><p>oab.estrategia.com |</p><p>46 17</p><p>46</p><p>publicidade com a utilização de expressões que possam dar ensejo à captação de clientes, sob</p><p>pena de responsabilização frente ao Código de Ética.</p><p>Diante desta premissa inicial, tome nota acerca das características e peculiaridades que estão</p><p>envoltas na publicidade profissional, com base no CED:</p><p>• A publicidade profissional do advogado tem caráter meramente informativo e deve primar</p><p>pela discrição e sobriedade, não podendo configurar captação de clientela ou</p><p>mercantilização da profissão;</p><p>• Os meios utilizados para a publicidade profissional devem ser compatíveis com a diretriz</p><p>estabelecida, quais sejam: caráter meramente informativo e primar pela discrição e</p><p>sobriedade;</p><p>• A publicidade veiculada pela internet ou por outros meios eletrônicos deverá primar pelo</p><p>caráter meramente informativo, além da discrição e sobriedade;</p><p>• A telefonia e a internet podem ser utilizadas como veículo de publicidade, inclusive para o</p><p>envio de mensagens a destinatários certos, desde que estas não impliquem o oferecimento</p><p>de serviços ou representem forma de captação de clientela;</p><p>• VEDADA a publicidade realizada pelos seguintes meios:</p><p>ü rádio, cinema e televisão;</p><p>ü outdoors, painéis luminosos ou formas assemelhadas de publicidade;</p><p>ü inscrições em muros, paredes, veículos, elevadores ou em qualquer espaço público;</p><p>ü mala direta;</p><p>ü distribuição de panfletos ou formas assemelhadas de publicidade, com o intuito de</p><p>captação de clientela;</p><p>ü o fornecimento de dados de contato, como endereço e telefone, em colunas ou</p><p>artigos literários, culturais, acadêmicos ou jurídicos, publicados na imprensa, bem</p><p>como quando de eventual participação em programas de rádio ou televisão, ou em</p><p>veiculação de matérias pela internet, sendo permitida a referência a e-mail.</p><p>• No mais, observa-se como sendo vedada a divulgação de serviços de advocacia juntamente</p><p>com a de outras atividades ou a indicação de vínculos entre uns e outras;</p><p>• Exclusivamente para fins de identificação dos escritórios de advocacia, é permitida a</p><p>utilização de placas, painéis luminosos e inscrições em suas fachadas, desde que</p><p>ESTRATÉGIA OAB</p><p>Estatuto e Código de Ética – Prof.ª Priscila Ferreira</p><p>oab.estrategia.com |</p><p>46 18</p><p>46</p><p>respeitadas as diretrizes previstas no artigo 39 do CED (caráter meramente informativo,</p><p>discrição e sobriedade);</p><p>• Caso o advogado possua colunas nos meios de comunicação social (jornais, revistas etc.),</p><p>ou ainda, os textos que por meio deles divulgar, em nenhuma hipótese estes deverão</p><p>induzir o leitor a litigar nem promover, dessa forma, captação de clientela;</p><p>• O advogado que eventualmente participar de programa de televisão ou de rádio, de</p><p>entrevista na imprensa, de reportagem televisionada ou veiculada por qualquer outro meio,</p><p>para manifestação profissional, deve visar a objetivos exclusivamente ilustrativos,</p><p>educacionais e instrutivos, sem o propósito de promoção pessoal ou profissional, vedados</p><p>pronunciamentos sobre métodos de trabalho usados por seus colegas de profissão;</p><p>• Quando o advogado for convidado para manifestação pública, visando ao esclarecimento</p><p>de tema jurídico de interesse geral, deverá evitar insinuações com o sentido de promoção</p><p>pessoal ou profissional, bem como o debate de caráter sensacionalista;</p><p>Acerca do tema, tome nota do disposto no artigo 42 do CED:</p><p>Art. 42. É vedado ao advogado:</p><p>I - responder com habitualidade a consulta sobre matéria jurídica, nos meios de</p><p>comunicação social;</p><p>II - debater, em qualquer meio de comunicação, causa sob o patrocínio de outro</p><p>advogado;</p><p>III - abordar tema de modo a comprometer a dignidade da profissão e da</p><p>instituição que o congrega;</p><p>IV - divulgar ou deixar que sejam divulgadas listas de clientes e demandas;</p><p>V - insinuar-se para reportagens e declarações públicas.</p><p>• Os cartões e os materiais de escritório que o advogado utilizar como meio de publicidade</p><p>profissional, deverão conter:</p><p>ü Nome do Advogado;</p><p>ü Número de inscrição na OAB.</p><p>E caso o advogado queira ou prefira, poderá também constar:</p><p>ü Títulos acadêmicos;</p><p>ü Instituições Jurídicas que integre;</p><p>ü Especialidade;</p><p>ü Endereço;</p><p>ü E-mail;</p><p>ü Site / Página eletrônica;</p><p>ü Logotipo;</p><p>ü Fotografia do escritório;</p><p>ESTRATÉGIA OAB</p><p>Estatuto e Código de Ética – Prof.ª Priscila Ferreira</p><p>oab.estrategia.com |</p><p>46 19</p><p>46</p><p>ü Horário de Atendimento;</p><p>ü Idiomas em que o cliente pode ser atendido.</p><p>Contudo, se proíbe a utilização de:</p><p>ü Fotografias pessoais ou de terceiros no cartão de visita;</p><p>ü Menção de emprego, cargo ou função que já ocupou.</p><p>Neste sentido, preceitua o artigo 44 do CED:</p><p>Art. 44. Na publicidade profissional que promover ou nos cartões e material de</p><p>escritório de que se utilizar, o advogado fará constar seu nome ou o da sociedade</p><p>de advogados, o número ou os números de inscrição na OAB.</p><p>§1º Poderão ser referidos apenas os títulos acadêmicos do advogado e as</p><p>distinções honoríficas relacionadas à vida profissional, bem como as instituições</p><p>jurídicas de que faça parte, e as especialidades a que se dedicar, o endereço, e-</p><p>mail, site, página eletrônica, QR code, logotipo e a fotografia do escritório, o</p><p>horário de atendimento e os idiomas em que o cliente poderá ser atendido.</p><p>§2º É vedada a inclusão de fotografias pessoais ou de terceiros nos cartões de</p><p>visitas do advogado, bem como menção a qualquer emprego, cargo ou função</p><p>ocupado, atual ou pretérito, em qualquer órgão ou instituição, salvo o de professor</p><p>universitário.</p><p>Dentre as formas permitidas de publicidade está o patrocínio de eventos ou publicações e</p><p>divulgação de boletins, conforme determina o art. 45 do CED:</p><p>Art. 45. São admissíveis como formas de publicidade o patrocínio</p><p>de eventos ou</p><p>publicações de caráter científico ou cultural, assim como a divulgação de boletins,</p><p>por meio físico ou eletrônico, sobre matéria cultural de interesse dos advogados,</p><p>desde que sua circulação fique adstrita a clientes e a interessados do meio jurídico.</p><p>Neste sentido, ainda, ressalta-se que a publicidade pela internet ou por outros meios eletrônicos</p><p>passou a ser admitida, desde que se respeitem os regramentos contidos no CED, como se observa:</p><p>Art. 46. A publicidade veiculada pela internet ou por outros meios eletrônicos</p><p>deverá observar as diretrizes estabelecidas neste capítulo.</p><p>Parágrafo único. A telefonia e a internet podem ser utilizadas como veículo de</p><p>publicidade, inclusive para o envio de mensagens a destinatários certos, desde</p><p>que estas não impliquem o oferecimento de serviços ou representem forma de</p><p>captação de clientela.</p><p>ESTRATÉGIA OAB</p><p>Estatuto e Código de Ética – Prof.ª Priscila Ferreira</p><p>oab.estrategia.com |</p><p>46 20</p><p>46</p><p>Por fim, ressalta-se que é possível a celebração de termo de ajustamento de conduta no âmbito</p><p>dos Conselhos Seccionais e do Conselho Federal para fazer cessar a publicidade irregular.</p><p>Art. 47-A. Será admitida a celebração de termo de ajustamento de conduta no</p><p>âmbito dos Conselhos Seccionais e do Conselho Federal para fazer cessar a</p><p>publicidade irregular praticada por advogados e estagiários.</p><p>Parágrafo único. O termo previsto neste artigo será regulamentado mediante</p><p>edição de provimento do Conselho Federal, que estabelecerá seus requisitos e</p><p>condições. (NR).</p><p>7 - Provimento 205/2021 (Publicidade)</p><p>As normas sobre publicidade profissional poderão ser complementadas por outras que o Conselho</p><p>Federal aprovar, observadas as diretrizes do CED. Neste sentido, o Conselho Federal da Ordem</p><p>dos Advogados do Brasil publicou o Provimento n. 205/2021, o qual dispõe acerca de algumas</p><p>peculiaridades da publicidade.</p><p>O principal objetivo deste novo provimento foi o de atualizar a forma como a publicidade deve</p><p>ser feita, considerando-se os formatos online e as ferramentas de marketing digital que existem na</p><p>atualidade.</p><p>Veja:</p><p>Art. 1º É permitido o marketing jurídico, desde que exercido de forma compatível</p><p>com os preceitos éticos e respeitadas as limitações impostas pelo Estatuto da</p><p>Advocacia, Regulamento Geral, Código de Ética e Disciplina e por este</p><p>Provimento.</p><p>§ 1º As informações veiculadas deverão ser objetivas e verdadeiras e são de</p><p>exclusiva responsabilidade das pessoas físicas identificadas e, quando envolver</p><p>pessoa jurídica, dos sócios administradores da sociedade de advocacia que</p><p>responderão pelos excessos perante a Ordem dos Advogados do Brasil, sem</p><p>excluir a participação de outros inscritos que para ela tenham concorrido.</p><p>Inicialmente, observa-se que o Provimento aponta e conceitua o que é o marketing jurídico, bem</p><p>como autoriza a sua utilização, apesar das limitações também impostas e a responsabilização, por</p><p>eventuais excessos. Nesta toada, destacamos alguns conceitos e peculiaridades trazidos no</p><p>Provimento, ora em análise, quanto a publicidade e o marketing na esfera jurídica:</p><p>Ä Marketing jurídico: Especialização do marketing destinada aos PROFISSIONAIS DA ÁREA</p><p>JURÍDICA, consistente na utilização de estratégias planejadas para alcançar objetivos do</p><p>exercício da advocacia. Exemplo: Advogado divulgando estratégias para audiência.</p><p>ESTRATÉGIA OAB</p><p>Estatuto e Código de Ética – Prof.ª Priscila Ferreira</p><p>oab.estrategia.com |</p><p>46 21</p><p>46</p><p>Em sede de Marketing de conteúdos jurídicos, autoriza-se a criação e divulgação de</p><p>conteúdos jurídicos, disponibilizados por meio de ferramentas de comunicação, voltada</p><p>para informar o PÚBLICO e para a consolidação profissional do(a) advogado(a) ou escritório</p><p>de advocacia.</p><p>No marketing de conteúdos jurídicos poderá ser utilizada a publicidade ativa ou passiva,</p><p>desde que não esteja incutida a mercantilização, a captação de clientela ou o emprego</p><p>excessivo de recursos financeiros, sendo admitida a utilização de anúncios, pagos ou não,</p><p>nos meios de comunicação, exceto nos meios vedados pelo art. 40 do Código de Ética e</p><p>Disciplina</p><p>O Provimento destaca que os consultores e as sociedades de consultores em direito</p><p>estrangeiro devidamente autorizadas pela Ordem dos Advogados do Brasil, somente</p><p>poderão realizar o marketing jurídico com relação às suas atividades de consultoria em</p><p>direito estrangeiro correspondente ao país ou Estado de origem do profissional interessado.</p><p>Além disso, nas peças de caráter publicitário a sociedade acrescentará obrigatoriamente ao</p><p>nome ou razão social que internacionalmente adote a expressão “Consultores em direito</p><p>estrangeiro”.</p><p>Ä Publicidade Profissional: É o meio utilizado para tornar pública as informações atinentes</p><p>ao exercício profissional, bem como os dados do perfil da pessoa física ou jurídica inscrita</p><p>na Ordem dos Advogados do Brasil, utilizando os meios de comunicação disponíveis, desde</p><p>que não vedados pelo Código de Ética e Disciplina da Advocacia.</p><p>Conforme previsto no Provimento, entende-se por publicidade profissional sóbria, discreta</p><p>e informativa a divulgação que, sem ostentação, torna público o perfil profissional e as</p><p>informações atinentes ao exercício profissional, conforme estabelecido pelo § 1º, do art.</p><p>44, do Código de Ética e Disciplina, sem incitar diretamente ao litígio judicial, administrativo</p><p>ou à contratação de serviços, sendo vedada a promoção pessoal.</p><p>Ä Publicidade de conteúdos jurídicos: Divulgação destinada a levar ao conhecimento do</p><p>público conteúdos jurídicos.</p><p>Assim, alguns questionamentos podem surgir:</p><p>- “Posso usar o tik tok?”</p><p>Não há vedação para o uso. No entanto, você não pode, por exemplo, colocar o seu número</p><p>de telefone junto com a dancinha - rs.</p><p>ESTRATÉGIA OAB</p><p>Estatuto e Código de Ética – Prof.ª Priscila Ferreira</p><p>oab.estrategia.com |</p><p>46 22</p><p>46</p><p>- “Posso mencionar qualificação e títulos?”</p><p>De acordo com o Provimento, admite-se, na publicidade de conteúdos jurídicos, a</p><p>identificação profissional com qualificação e títulos, desde que verdadeiros e comprováveis</p><p>quando solicitados pela Ordem dos Advogados do Brasil, bem como com a indicação da</p><p>sociedade da qual faz parte.</p><p>Destaca-se que não é permitida a publicidade mediante uso de meios ou ferramentas que</p><p>influam de forma fraudulenta no seu impulsionamento ou alcance.</p><p>Ä Publicidade Ativa: Divulgação capaz de atingir número indeterminado de pessoas, mesmo</p><p>que elas não tenham buscado informações acerca do anunciante ou dos temas anunciados.</p><p>Exemplo: Link Patrocinado.</p><p>No entanto, torna-se vedada, em sede de publicidade ativa, qualquer informação relativa</p><p>às dimensões, qualidades ou estrutura física do escritório, assim como a menção à promessa</p><p>de resultados ou a utilização de casos concretos para oferta de atuação profissional.</p><p>Ainda, é vedada em qualquer publicidade a ostentação de bens relativos ao exercício ou</p><p>não da profissão, como uso de veículos, viagens, hospedagens e bens de consumo, bem</p><p>como a menção à promessa de resultados ou a utilização de casos concretos para oferta de</p><p>atuação profissional.</p><p>E quando se tratar de venda de bens e eventos, como livros, cursos, seminários ou</p><p>congressos, cujo público-alvo sejam advogados, estagiários ou estudantes de direito,</p><p>poderá ser utilizada a publicidade ativa, desde que não esteja incutida a mercantilização.</p><p>Ä Publicidade Passiva: Divulgação capaz de atingir somente público certo que tenha buscado</p><p>informações acerca do anunciante ou dos temas anunciados, bem como por aqueles que</p><p>concordem previamente com o recebimento do anúncio.</p><p>De acordo com o art. 3º do Provimento, a publicidade profissional deve ter caráter meramente</p><p>informativo e primar pela discrição e sobriedade, não podendo configurar captação de</p><p>clientela ou mercantilização da profissão. Neste sentido, torna-se vedada:</p><p>ü referência, direta ou indireta, a valores de honorários, forma de pagamento,</p><p>gratuidade</p><p>ou descontos e reduções de preços como forma de captação de</p><p>clientes.</p><p>ü divulgação de informações que possam induzir a erro ou causar dano a</p><p>clientes, a outros(as) advogados(as) ou à sociedade;</p><p>ESTRATÉGIA OAB</p><p>Estatuto e Código de Ética – Prof.ª Priscila Ferreira</p><p>oab.estrategia.com |</p><p>46 23</p><p>46</p><p>ü anúncio de especialidades para as quais não possua título certificado ou</p><p>notória especialização, nos termos do parágrafo único do art. 3º-A do</p><p>Estatuto da Advocacia;</p><p>ü utilização de orações ou expressões persuasivas, de autoengrandecimento</p><p>ou de comparação;</p><p>ü distribuição de brindes, cartões de visita, material impresso e digital,</p><p>apresentações dos serviços ou afins de maneira indiscriminada em locais</p><p>públicos, presenciais ou virtuais, salvo em eventos de interesse jurídico.</p><p>No que tange as peculiaridades e alguns limites da publicidade, destacamos:</p><p>Ä Divulgação de imagem, vídeo ou áudio</p><p>Destaca-se que na divulgação de imagem, vídeo ou áudio contendo atuação profissional,</p><p>inclusive em audiências e sustentações orais, em processos judiciais ou administrativos, não</p><p>alcançados por segredo de justiça, deverão ser respeitados o sigilo e a dignidade profissional</p><p>e vedada a referência ou menção a decisões judiciais e resultados de qualquer natureza</p><p>obtidos em procedimentos que patrocina ou participa de alguma forma, ressalvada a hipótese</p><p>de manifestação espontânea em caso coberto pela mídia.</p><p>Em sede de publicidade profissional, autoriza-se a utilização de anúncios, pagos ou não, nos</p><p>meios de comunicação não vedados pelo art. 40 do Código de Ética e Disciplina. No entanto,</p><p>veda-se o pagamento, patrocínio ou efetivação de qualquer outra despesa para viabilizar</p><p>aparição em rankings, prêmios ou qualquer tipo de recebimento de honrarias em eventos ou</p><p>publicações, em qualquer mídia, que vise destacar ou eleger profissionais como detentores de</p><p>destaque.</p><p>Ä Utilização de logomarca e imagens</p><p>É permitida a utilização de logomarca e imagens, inclusive fotos dos(as) advogados(as) e do</p><p>escritório, assim como a identidade visual nos meios de comunicação profissional. No entanto,</p><p>é vedada a utilização de logomarca e símbolos oficiais da Ordem dos Advogados do Brasil.</p><p>Neste ponto, você poderia me questionar o seguinte aspecto:</p><p>“Profª, posso fazer lives?”</p><p>Sim, segundo o §3º do art. 5º do Provimento, torna-se permitida a participação do advogado(a)</p><p>em vídeos ao vivo ou gravados, na internet ou nas redes sociais, assim como em debates e</p><p>palestras virtuais, desde que observadas as regras dos arts. 42 e 43 do CED, sendo vedada a</p><p>utilização de casos concretos ou apresentação de resultados.</p><p>ESTRATÉGIA OAB</p><p>Estatuto e Código de Ética – Prof.ª Priscila Ferreira</p><p>oab.estrategia.com |</p><p>46 24</p><p>46</p><p>Além disso, o Provimento estabelece que as normas também se aplicam à divulgação de</p><p>conteúdos que, apesar de não se relacionarem com o exercício da advocacia, possam atingir</p><p>a reputação da classe à qual o profissional pertence.</p><p>O art. 8º do Provimento, ora em análise, estabelece que não é permitido vincular os serviços</p><p>advocatícios com outras atividades ou divulgação conjunta de tais atividades, salvo a de</p><p>magistério. E, neste exato ponto, deve-se atentar que o Provimento permite o exercício da</p><p>advocacia em locais compartilhados (coworking), sendo vedada a divulgação da atividade de</p><p>advocacia em conjunto com qualquer outra atividade ou empresa que compartilhem o mesmo</p><p>espaço, ressalvada a possibilidade de afixação de placa indicativa no espaço físico em que se</p><p>desenvolve a advocacia e a veiculação da informação de que a atividade profissional é</p><p>desenvolvida em local de coworking.</p><p>Assim, diante de tais aspectos, o Provimento trouxe a criação do Comitê Regulador do Marketing</p><p>Jurídico, de caráter consultivo, vinculado à Diretoria do Conselho Federal, que nomeará seus</p><p>membros, com mandato concomitante ao da gestão. E, neste ponto, as Seccionais poderão</p><p>conceder poderes coercitivos à respectiva Comissão de Fiscalização, permitindo a expedição de</p><p>notificações com a finalidade de dar efetividade às disposições deste provimento.</p><p>Com o intuito de eliminarmos qualquer dúvida acerca do tema, destaco alguns critérios</p><p>específicos sobre a publicidade e informação da advocacia, presentes no Anexo Único do</p><p>Provimento, veja:</p><p>Anuários Somente é possível a participação em</p><p>publicações que indiquem, de forma clara e</p><p>precisa, qual a metodologia e os critérios de</p><p>pesquisa ou de análise que justifiquem a</p><p>inclusão de determinado escritório de</p><p>advocacia ou advogado(a) na publicação, ou</p><p>ainda que indiquem que se trata de mera</p><p>compilação de escritórios ou advogados(as). É</p><p>vedado o pagamento, patrocínio ou efetivação</p><p>de qualquer outra despesa para viabilizar</p><p>anúncios ou aparição em publicações como</p><p>contrapartida de premiação ou ranqueamento.</p><p>ESTRATÉGIA OAB</p><p>Estatuto e Código de Ética – Prof.ª Priscila Ferreira</p><p>oab.estrategia.com |</p><p>46 25</p><p>46</p><p>Aplicativos para responder consultas jurídicas Não é admitida a utilização de aplicativos de</p><p>forma indiscriminada para responder</p><p>automaticamente consultas jurídicas a não</p><p>clientes por suprimir a imagem, o poder</p><p>decisório e as responsabilidades do</p><p>profissional, representando mercantilização</p><p>dos serviços jurídicos.</p><p>Aquisição de palavra-chave a exemplo do</p><p>Google Ads</p><p>Permitida a utilização de ferramentas de</p><p>aquisição de palavra-chave quando responsivo</p><p>a uma busca iniciada pelo potencial cliente e</p><p>desde que as palavras selecionadas estejam</p><p>em consonância com ditames éticos. Proibido</p><p>o uso de anúncios ostensivos em plataformas</p><p>de vídeo.</p><p>Cartão de visitas Deve conter nome ou nome social do(a)</p><p>advogado(a) e o número da inscrição na OAB e</p><p>o nome da sociedade, se integrante de</p><p>sociedade. Pode conter número de telefone,</p><p>endereço físico/eletrônico, QR Code que</p><p>permita acesso aos dados/site. Pode ser físico</p><p>e eletrônico.</p><p>Chatbot “Profª, o que é chatbot?” - Trata-se de um</p><p>programa de computador, o qual simula um ser</p><p>humano na conversação com as pessoas.</p><p>E torna-se permitida a utilização para o fim de</p><p>facilitar a comunicação ou melhorar a prestação</p><p>de serviços jurídicos, não podendo afastar a</p><p>pessoalidade da prestação do serviço jurídico,</p><p>nem suprimir a imagem, o poder decisório e as</p><p>responsabilidades do profissional. É possível,</p><p>por exemplo, a utilização no site para</p><p>responder as primeiras dúvidas de um</p><p>potencial cliente ou para encaminhar as</p><p>primeiras informações sobre a atuação do</p><p>escritório. Ou ainda, como uma solução para</p><p>coletar dados, informações ou documentos.</p><p>Correspondências e comunicados (mala</p><p>direta)</p><p>O envio de cartas e comunicações a uma</p><p>coletividade ("mala direta") é expressamente</p><p>vedado. Somente é possível o envio de cartas</p><p>e comunicações se destinadas a clientes e</p><p>ESTRATÉGIA OAB</p><p>Estatuto e Código de Ética – Prof.ª Priscila Ferreira</p><p>oab.estrategia.com |</p><p>46 26</p><p>46</p><p>pessoas de relacionamento pessoal ou que os</p><p>solicitem ou os autorizem previamente, desde</p><p>que não tenham caráter mercantilista, que não</p><p>representem captação de clientes e que não</p><p>impliquem oferecimento de serviços.</p><p>Criação de conteúdo, palestras, artigos Deve ser orientada pelo caráter técnico</p><p>informativo, sem divulgação de resultados</p><p>concretos obtidos, clientes, valores ou</p><p>gratuidade.</p><p>Ferramentas Tecnológicas Podem ser utilizadas com a finalidade de</p><p>auxiliar os(as) advogados(as) a serem mais</p><p>eficientes em suas atividades profissionais, sem</p><p>suprimir a imagem, o poder decisório e as</p><p>responsabilidades do profissional.</p><p>Grupos de “whatsapp” Permitida a divulgação por meio de grupos de</p><p>“whatsapp”, desde que se trate de grupo de</p><p>pessoas determinadas, das relações do(a)</p><p>advogado(a) ou do escritório de advocacia e</p><p>seu conteúdo respeite as normas do Código de</p><p>Ética e Disciplina e do presente provimento.</p><p>Lives nas redes sociais e Youtube É permitida a realização de lives nas redes</p><p>sociais e vídeos no Youtube, desde que seu</p><p>conteúdo respeite as normas</p><p>do Código de</p><p>Ética e Disciplina e do provimento 205/2021.</p><p>Patrocínio e impulsionamento nas redes</p><p>sociais</p><p>Permitido, desde que não se trate de</p><p>publicidade contendo oferta de serviços</p><p>jurídicos.</p><p>Petições, papéis, pastas e materiais de</p><p>escritório</p><p>Pode conter nome e nome social do(a)</p><p>advogado(a) e da sociedade, endereço</p><p>físico/eletrônico, número de telefone e</p><p>logotipo.</p><p>Placa de identificação do escritório Pode ser afixada no escritório ou na residência</p><p>do(a) advogado(a), não sendo permitido que</p><p>seja luminosa tal qual a que se costuma ver em</p><p>farmácias e lojas de conveniência. Suas</p><p>dimensões não são preestabelecidas, bastando</p><p>que haja proporcionalidade em relação às</p><p>dimensões da fachada do escritório ou</p><p>residência, sempre respeitando os critérios de</p><p>discrição e moderação. Obs.: Discrição e</p><p>moderação SEMPRE!</p><p>ESTRATÉGIA OAB</p><p>Estatuto e Código de Ética – Prof.ª Priscila Ferreira</p><p>oab.estrategia.com |</p><p>46 27</p><p>46</p><p>Redes Sociais É permitida a presença nas redes sociais,</p><p>desde que seu conteúdo respeite as normas do</p><p>Código de Ética e Disciplina e do presente</p><p>provimento.</p><p>8 - Responsabilidade Funcional do Advogado</p><p>O advogado, no exercício profissional, poderá ser responsabilizado por suas ações ou omissões</p><p>que de alguma forma vierem a causar prejuízo aos seus clientes ou a terceiros.</p><p>Tal responsabilidade funcional pode ser desmembrada da seguinte forma:</p><p>Ä Responsabilidade Civil</p><p>Ä Responsabilidade Penal</p><p>Ä Responsabilidade Disciplinar (Administrativa)</p><p>As esferas, para fins de responsabilidade, são independentes, sendo que o advogado poderá ser</p><p>responsabilizado no âmbito disciplinar sem necessariamente causar prejuízo ao cliente (civil) ou</p><p>cometer um crime (penal).</p><p>Ao longo do nosso curso, ainda estuaremos detalhadamente as responsabilidades que recaem</p><p>sobre o advogado, assim como as penalidades na esfera administrativa.</p><p>(FGV/XXII Exame de Ordem Unificado) Marcelo, renomado advogado, foi convidado para</p><p>participar de matéria veiculada pela Internet, por meio de portal de notícias, com a finalidade de</p><p>informar os leitores sobre direitos do consumidor. Ao final da matéria, mediante sua autorização,</p><p>foi divulgado o e-mail de Marcelo, bem como o número de telefone do seu escritório.</p><p>Sobre essa situação, de acordo com o Código de Ética e Disciplina da OAB, assinale a afirmativa</p><p>correta.</p><p>a) Marcelo não pode participar de matéria veiculada pela Internet, pois esse fato, por si só,</p><p>configura captação de clientela.</p><p>ESTRATÉGIA OAB</p><p>Estatuto e Código de Ética – Prof.ª Priscila Ferreira</p><p>oab.estrategia.com |</p><p>46 28</p><p>46</p><p>b) Marcelo pode participar de matéria veiculada pela Internet, mas são vedadas a referência ao e-</p><p>mail e ao número de telefone do seu escritório ao final da matéria.</p><p>c) Marcelo pode participar de matéria veiculada pela Internet e são permitidas a referência ao e-</p><p>mail e ao número de telefone do seu escritório ao final da matéria.</p><p>d) Marcelo pode participar de matéria veiculada pela Internet, mas é vedada a referência ao</p><p>número de telefone do seu escritório ao final da matéria, sendo permitida a referência ao seu e-</p><p>mail.</p><p>Comentários:</p><p>Gabarito: ''D''</p><p>Nos termos do artigo art. 40, do CED, os meios utilizados para a publicidade profissional hão de</p><p>ser compatíveis com as diretrizes legais, sendo vedado o fornecimento de dados de contato, como</p><p>endereço e telefone, em colunas ou artigos literários, culturais, acadêmicos ou jurídicos,</p><p>publicados na imprensa.</p><p>De acordo com o artigo 40, do CED, são vedados:</p><p>I - a veiculação da publicidade por meio de rádio, cinema e televisão;</p><p>II - o uso de outdoors, painéis luminosos ou formas assemelhadas de publicidade;</p><p>III - as inscrições em muros, paredes, veículos, elevadores ou em qualquer espaço público;</p><p>IV - a divulgação de serviços de advocacia juntamente com a de outras atividades ou a indicação</p><p>de vínculos entre uns e outras;</p><p>V - o fornecimento de dados de contato, como endereço e telefone, em colunas ou artigos</p><p>literários, culturais, acadêmicos ou jurídicos, publicados na imprensa, bem assim quando de</p><p>eventual participação em programas de rádio ou televisão, ou em veiculação de matérias pela</p><p>internet, sendo permitida a referência a e-mail;</p><p>VI - a utilização de mala direta, a distribuição de panfletos ou formas assemelhadas de publicidade,</p><p>com o intuito de captação de clientela.</p><p>De acordo com o parágrafo único, do mesmo artigo, exclusivamente para fins de identificação dos</p><p>escritórios de advocacia, é permitida a utilização de placas, painéis luminosos e inscrições em suas</p><p>fachadas, desde que respeitadas as diretrizes previstas no artigo 39.</p><p>(FGV/XXV Exame de Ordem Unificado) O advogado Valter instalou, na fachada do seu escritório,</p><p>um discreto painel luminoso com os dizeres “Advocacia Trabalhista”. A sociedade de advogados</p><p>X contratou a instalação de um sóbrio painel luminoso em um dos pontos de ônibus da cidade,</p><p>onde constava apenas o nome da sociedade, dos advogados associados e o endereço da sua</p><p>sede. Já a advogada Helena fixou, em todos os elevadores do prédio comercial onde se situa seu</p><p>escritório, cartazes pequenos contendo inscrições sobre seu nome, o ramo do Direito em que</p><p>atua e o andar no qual funciona o escritório.</p><p>ESTRATÉGIA OAB</p><p>Estatuto e Código de Ética – Prof.ª Priscila Ferreira</p><p>oab.estrategia.com |</p><p>46 29</p><p>46</p><p>Considerando as situações descritas e o disposto no Código de Ética e Disciplina da OAB, assinale</p><p>a afirmativa correta.</p><p>a) Apenas Valter e a sociedade de advogados X violaram a disciplina quanto à ética na publicidade</p><p>profissional.</p><p>b) Apenas Helena violou a disciplina quanto à ética na publicidade profissional.</p><p>c) Valter, Helena e a sociedade de advogados X violaram a disciplina quanto à ética na publicidade</p><p>profissional.</p><p>d) Apenas a sociedade de advogados X e Helena violaram a disciplina quanto à ética na</p><p>publicidade profissional.</p><p>Comentários:</p><p>Gabarito: ''D''</p><p>Segundo o Código de Ética e Disciplina da OAB, a publicidade profissional do advogado tem</p><p>caráter meramente informativo e deve primar pela discrição e sobriedade, não podendo configurar</p><p>captação de clientela ou mercantilização da profissão (art. 39, CED).</p><p>(FGV/XXX Exame de Ordem Unificado) Antônio e José são advogados e atuam em matéria</p><p>trabalhista. Antônio tomou conhecimento de certos fatos relativos à vida pessoal de seu cliente,</p><p>que respondia a processo considerado de interesse acadêmico. Após o encerramento do feito</p><p>judicial, Antônio resolveu abordar os fatos que deram origem ao processo em sua dissertação</p><p>pública de mestrado. Então, a fim de se resguardar, Antônio notificou o cliente, indagando se</p><p>este solicitava sigilo sobre os fatos pessoais ou se estes podiam ser tratados na aludida</p><p>dissertação. Tendo obtido resposta favorável do cliente, Antônio abordou o assunto na</p><p>dissertação.</p><p>Por sua vez, o advogado José também soube de fatos pessoais de seu cliente, em razão de sua</p><p>atuação em outro processo. Entretanto, José foi difamado em público, gravemente, por uma das</p><p>partes da demanda. Por ser necessário à defesa de sua honra, José divulgou o conteúdo particular</p><p>de que teve conhecimento.</p><p>Considerando os dois casos narrados, assinale a afirmativa correta.</p><p>a) Antônio infringiu o disposto no Código de Ética e Disciplina da OAB, violando o dever de sigilo</p><p>profissional. Por outro lado, José não cometeu infração ética, já que o dever de sigilo profissional</p><p>cede na situação descrita.</p><p>b) Antônio e José infringiram, ambos, o disposto no Código de Ética e Disciplina da OAB, violando</p><p>seus deveres de sigilo profissional.</p><p>c) José infringiu o disposto no Código de Ética e Disciplina da OAB, violando o dever de sigilo</p><p>profissional. Por outro lado, Antônio não cometeu infração ética, já que o dever de sigilo</p><p>profissional cede na situação descrita.</p><p>ESTRATÉGIA OAB</p><p>Estatuto e Código de Ética – Prof.ª Priscila Ferreira</p><p>oab.estrategia.com |</p><p>46 30</p><p>46</p><p>d) Antônio e José não cometeram infração</p><p>ética, já que o dever de sigilo profissional, em ambos</p><p>os casos, cede nas situações descritas.</p><p>Comentários:</p><p>Gabarito: “A”.</p><p>O sigilo profissional é de ordem pública, como dispõe o art. 36 do Código de Ética e Disciplina da</p><p>OAB. Portanto, Antônio não poderia ter divulgado as informações dadas por seu cliente, que se</p><p>presumem confidenciais (art. 36, § 1º, CED), ainda que autorizadas por ele. Dessa forma, Antônio</p><p>infringiu o CED. Já José não será responsabilizado pela violação de sigilo, pois a grave ameaça ao</p><p>direito à honra constitui uma hipótese de relativização da obrigação de guardar o sigilo (art. 37,</p><p>CED).</p><p>(FGV/XX Exame de Ordem Unificado) Pedro, em determinado momento, recebeu uma proposta</p><p>de Antônio, colega de colégio, que se propôs a agenciar a indicação de novos clientes, mediante</p><p>pagamento de comissão, a ser retirada dos honorários cobrados aos clientes, nos moldes da</p><p>prática desenvolvida entre vendedores da área comercial.</p><p>Com base no caso relatado, observadas as regras do Estatuto da OAB, assinale a afirmativa</p><p>correta.</p><p>a) O advogado pode aceitar a sugestão, tendo em vista a moderna visão mercantil da profissão</p><p>b) Caso a Seccional da OAB autorize, registrando avença escrita entre o advogado e o agenciador,</p><p>é possível.</p><p>c) Sendo publicizada a relação entre o advogado e o agenciador, está preenchido o requisito legal.</p><p>d) Há vedação quanto ao agenciamento de clientela, sem exceções.</p><p>Comentários:</p><p>Gabarito: “D”</p><p>Em relação à publicidade no âmbito da atividade advocatícia, tanto o Estatuto da Advocacia e da</p><p>OAB (Lei 8.906/94) quanto o Código de Ética e Disciplina da OAB vedam a mercantilização e a</p><p>captação de clientela. Nesse sentido, o art. 34, III do EAOAB prevê que constitui infração disciplinar</p><p>quando o advogado se vale de agenciador de causas, mediante participação nos honorários a</p><p>receber.</p><p>Dessa forma, Antônio não poderá agenciar a indicação de novos clientes a Pedro, por expressa</p><p>vedação legal, que não prevê exceções.</p><p>(FGV/XVI Exame de Ordem Unificado) Epitácio é defendido pelo advogado Anderson em</p><p>processo relacionado à dissolução desua sociedade conjugal. Posteriormente, Epitácio vem a se</p><p>envolver em processo de natureza societária e contrata novo advogado especialista na matéria.</p><p>Designada audiência para a oitiva de testemunhas, a defesa de Epitácio arrola como testemunha</p><p>o advogado Anderson, diante do seu conhecimento de fatos decorrentes do litígio de família,</p><p>ESTRATÉGIA OAB</p><p>Estatuto e Código de Ética – Prof.ª Priscila Ferreira</p><p>oab.estrategia.com |</p><p>46 31</p><p>46</p><p>obtidos exclusivamente diante do seu exercício profissional e relevantes para o desfecho do litígio</p><p>empresarial.</p><p>Consoante o Estatuto da Advocacia, o advogado deve</p><p>a) atuar como testemunha em qualquer situação.</p><p>b) depor, porém sem revelar fatos ligados ao sigilo profissional.</p><p>c) resguardar-se e requerer autorização escrita do cliente.</p><p>d) buscar suprimento judicial para depor em Juízo.</p><p>Comentários:</p><p>Gabarito: ''B''</p><p>O art. 38 do Código de Ética e Disciplina da OAB dispõe que, quando o advogado tem ciências</p><p>de fatos a cujo respeito deva guardar sigilo profissional, ele não é obrigado a depor em processo</p><p>ou procedimento judicial, administrativo ou arbitral.</p><p>A nosso ver, apesar de o gabarito oficial da banca apontar como correta a alternativa "b", há um</p><p>erro no termo "deve" no enunciado, que se traduz em uma obrigação. Como observado no</p><p>dispositivo acima, o advogado não é obrigado a depor (ou seja, não deve), o que só fará de acordo</p><p>com sua vontade. Ou seja, trata-se de um direito, não de um dever.</p><p>(FGV/XX Exame de Ordem Unificado) Juliana, advogada, foi empregada da sociedade empresária</p><p>OPQ Cosméticos e, em razão da sua atuação na área tributária, tomou conhecimento de</p><p>informações estratégicas da empresa.</p><p>Muitos anos depois de ter deixado de trabalhar na empresa, foi procurada por Cristina,</p><p>consumidora que pretendia ajuizar ação cível em face da OPQ Cosméticos por danos causados</p><p>pelo uso de um de seus produtos.</p><p>Juliana, aceitando a causa, utiliza-se das informações estratégicas que adquirira como argumento</p><p>de reforço, com a finalidade de aumentar a probabilidade de êxito da demanda.</p><p>Considerando essa situação, segundo o Estatuto da OAB e o Código de Ética e Disciplina da</p><p>OAB, assinale a afirmativa correta.</p><p>a) Juliana não pode advogar contra a sociedade empresária OPQ Cosméticos, tampouco se utilizar</p><p>das informações estratégicas a que teve acesso quando foi empregada da empresa</p><p>b) Juliana pode advogar contra a sociedade empresária OPQ Cosméticos, mas não pode se utilizar</p><p>das informações estratégicas a que teve acesso quando foi empregada da empresa.</p><p>c) Juliana pode advogar contra a sociedade empresária OPQ Cosméticos e pode se utilizar das</p><p>informações estratégicas a que teve acesso quando foi empregada da empresa.</p><p>d) Juliana não pode advogar contra a sociedade empresária OPQ Cosméticos, mas pode repassar</p><p>as informações estratégicas a que teve acesso quando foi empregada da empresa, a fim de que</p><p>sejam utilizadas por terceiro que patrocine a causa de Cristina.</p><p>ESTRATÉGIA OAB</p><p>Estatuto e Código de Ética – Prof.ª Priscila Ferreira</p><p>oab.estrategia.com |</p><p>46 32</p><p>46</p><p>Comentários:</p><p>Gabarito: “B”.</p><p>Consoante o art. 21 do Código de Ética e Disciplina da OAB, não há proibição para que o</p><p>advogado patrocine causa contra seu ex-cliente ou ex-empregador. Portanto, Juliana poderá</p><p>advogar para Cristina.</p><p>Contudo, nesse caso, o mesmo dispositivo veda que o advogado utilize informações obtidas</p><p>enquanto trabalhava na empresa, por estarem protegidas pelo sigilo. Portanto, Juliana não poderá</p><p>se utilizar das informações que teve acesso enquanto trabalhava na OPQ Cosméticos.</p><p>(FGV/XXIV Exame de Ordem Unificado) Em determinada edição de um jornal de grande</p><p>circulação, foram publicadas duas matérias subscritas, cada qual, pelos advogados Lúcio e</p><p>Frederico. Lúcio assina, com habitualidade, uma coluna no referido jornal, em que responde,</p><p>semanalmente, a consultas sobre matéria jurídica. Frederico apenas subscreveu matéria</p><p>jornalística naquela edição, debatendo certa causa, de natureza criminal, bastante repercutida na</p><p>mídia, tendo analisado a estratégia empregada pela defesa do réu no processo.</p><p>Considerando o caso narrado e o disposto no Código de Ética e Disciplina da OAB, assinale a</p><p>afirmativa correta.</p><p>a) Lúcio e Frederico cometeram infração ética.</p><p>b) Apenas Lúcio cometeu infração ética.</p><p>c) Apenas Frederico cometeu infração ética.</p><p>d) Nenhum dos advogados cometeu infração ética.</p><p>Comentários:</p><p>Gabarito: ''A''</p><p>À luz do artigo 42, do CED, é vedado ao advogado:</p><p>I - responder com habitualidade a consulta sobre matéria jurídica, nos meios de comunicação</p><p>social;</p><p>II - debater, em qualquer meio de comunicação, causa sob o patrocínio de outro advogado;</p><p>III - abordar tema de modo a comprometer a dignidade da profissão e da instituição que o</p><p>congrega;</p><p>IV - divulgar ou deixar que sejam divulgadas listas de clientes e demandas;</p><p>V - insinuar-se para reportagens e declarações públicas.</p><p>Assim, considerando que a conduta de Lúcio é correspondente ao inciso I, supracitado, e a conduta</p><p>de Frederico é correspondente ao Inciso II, supracitado, ambos cometeram infração ética.</p><p>(FGV/XXI Exame de Ordem Unificado) Janaína é procuradora do município de Oceanópolis e atua,</p><p>fora da carga horária demandada pela função, como advogada na sociedade de advogados Alfa,</p><p>ESTRATÉGIA OAB</p><p>Estatuto e Código de Ética – Prof.ª Priscila Ferreira</p><p>oab.estrategia.com |</p><p>46 33</p><p>46</p><p>especializada em Direito Tributário. A profissional já foi professora na universidade estadual Beta,</p><p>situada na localidade, tendo deixado o magistério há um ano, quando tomou posse como</p><p>procuradora municipal.</p><p>Atualmente, Janaína deseja imprimir cartões de visitas para divulgação profissional de seu</p><p>endereço e telefones. Assim, dirigiu-se a uma gráfica e elaborou o seguinte modelo: no centro do</p><p>cartão, consta o nome e o número</p><p>de inscrição de Janaína na OAB. Logo abaixo, o endereço e os</p><p>telefones do escritório. No canto superior direito, há uma pequena fotografia da advogada, com</p><p>vestimenta adequada. Na parte inferior do cartão, estão as seguintes inscrições “procuradora do</p><p>município de Oceanópolis”, “advogada – Sociedade de Advogados Alfa” e “ex-professora da</p><p>Universidade Beta”. A impressão será feita em papel branco com proporções usuais e grafia</p><p>discreta na cor preta.</p><p>Considerando a situação descrita, assinale a afirmativa correta.</p><p>a) Os cartões de visitas pretendidos por Janaína não são adequados às regras referentes à</p><p>publicidade profissional. São vedados: o emprego de fotografia pessoal e a referência ao cargo</p><p>de procurador municipal. Os demais elementos poderão ser mantidos.</p><p>b) Os cartões de visitas pretendidos por Janaína, pautados pela discrição e sobriedade, são</p><p>adequados às regras referentes à publicidade profissional.</p><p>c) Os cartões de visitas pretendidos por Janaína não são adequados às regras referentes à</p><p>publicidade profissional. São vedados: o emprego de fotografia e a referência ao cargo de</p><p>magistério que Janaína não mais exerce. Os demais elementos poderão ser mantidos.</p><p>d) Os cartões de visitas pretendidos por Janaína não são adequados às regras referentes à</p><p>publicidade profissional. São vedados: a referência ao cargo de magistério que Janaína não mais</p><p>exerce e a referência ao cargo de procurador municipal. Os demais elementos poderão ser</p><p>mantidos.</p><p>Comentários:</p><p>Gabarito: ''A''</p><p>Segundo o CED no artigo 44, verifica-se que na publicidade profissional que promover ou nos</p><p>cartões e material de escritório de que se utilizar, o advogado fará constar seu nome ou o da</p><p>sociedade de advogados, o número ou os números de inscrição na OAB. Neste sentido, poderão</p><p>ser referidos apenas os títulos acadêmicos do advogado e as distinções honoríficas relacionadas à</p><p>vida profissional, bem como as instituições jurídicas de que faça parte, e as especialidades a que</p><p>se dedicar, o endereço, e-mail, site, página eletrônica, QR code, logotipo e a fotografia do</p><p>escritório, o horário de atendimento e os idiomas em que o cliente poderá ser atendido.</p><p>Mas, torna-se vedada a inclusão de fotografias pessoais ou de terceiros nos cartões de visitas do</p><p>advogado, bem como menção a qualquer emprego, cargo ou função ocupado, atual ou pretérito,</p><p>em qualquer órgão ou instituição, salvo o de professor universitário.</p><p>ESTRATÉGIA OAB</p><p>Estatuto e Código de Ética – Prof.ª Priscila Ferreira</p><p>oab.estrategia.com |</p><p>46 34</p><p>46</p><p>(FGV/XIII Exame de Ordem Unificado) O advogado Armando alterou o endereço de seu escritório</p><p>e, para comunicar tal alteração, enviou correspondência a grande número de pessoas,</p><p>notadamente, seus clientes e outros advogados.</p><p>Observadas as regras do Estatuto da OAB e do Código de Ética e Disciplina da OAB, Armando</p><p>realizou publicidade irregular?</p><p>a) Sim. Considera-se imoderado qualquer anúncio profissional mediante remessa de</p><p>correspondência a uma coletividade.</p><p>b) Sim. Ao advogado é vedado o envio de correspondência a clientes, salvo para tratar de temas</p><p>que sejam de interesse desses últimos.</p><p>c) Não. Armando poderia ter enviado a correspondência em questão, pois estava apenas</p><p>comunicando a alteração de seu endereço.</p><p>d) Não. A publicidade por meio de correspondência é permitida em qualquer caso e para</p><p>comunicar qualquer tipo de informação.</p><p>Comentários:</p><p>Gabarito: ''C''</p><p>Em relação à publicidade através de correspondências, o novo Código de Ética e Disciplina da</p><p>OAB não tem previsão específica sobre o assunto. O diploma anterior considerava imoderada a</p><p>remessa de correspondência a uma coletividade, a não ser, por exemplo, para a comunicação de</p><p>endereço.</p><p>Como não há previsão nesse sentido no novo CED, entende-se que não há irregularidade.</p><p>Contudo, considera-se proibido, atualmente, enviar panfletos e formas assemelhadas de</p><p>publicidade via correspondência com o intuito de captação de clientela (art. 40, VI, CED).</p><p>(FGV/XIV Exame de Ordem Unificado) A advogada Ana integrou o departamento jurídico da</p><p>empresa XYZ Ltda. e, portanto, participava de reuniões internas, com sócios e diretores, e</p><p>externas, com clientes e fornecedores, tendo acesso a todos os documentos da sociedade,</p><p>inclusive aos de natureza contábil, conhecendo assim, diversos fatos e informações relevantes</p><p>sobre a empresa.</p><p>Alguns anos após ter deixado os quadros da XYZ Ltda., Ana recebeu intimação para comparecer</p><p>a determinada audiência e a prestar depoimento, como testemunha arrolada pela defesa, no</p><p>âmbito de ação penal em que um dos sócios da empresa figurava como acusado do crime de</p><p>sonegação fiscal. Ao comparecer à audiência, Ana afirmou que não prestaria depoimento sobre</p><p>os fatos dos quais tomou conhecimento enquanto integrava o jurídico da XYZ Ltda.</p><p>O magistrado que presidia o ato ressaltou que seu depoimento havia sido solicitado pelo próprio</p><p>sócio da empresa, que a estaria, portanto, desobrigando do dever de guardar sigilo.</p><p>Sobre a questão apresentada, observadas as regras do Estatuto da OAB e do Código de Ética e</p><p>Disciplina da OAB, assinale a opção correta.</p><p>ESTRATÉGIA OAB</p><p>Estatuto e Código de Ética – Prof.ª Priscila Ferreira</p><p>oab.estrategia.com |</p><p>46 35</p><p>46</p><p>a) Ana terá o dever de depor, pois o bem jurídico administração da justiça é mais relevante do que</p><p>o bem jurídico inviolabilidade dos segredos.</p><p>b) Ana terá o dever de depor, pois foi desobrigada por seu ex-cliente do dever de guardar sigilo</p><p>sobre os fatos de que tomou conhecimento quando atuou como advogada da XYZ Ltda.</p><p>c) Ana terá o dever de depor, pois não integra mais o departamento jurídico da empresa XYZ Ltda.,</p><p>tendo cessado, portanto, seu dever de guardar sigilo.</p><p>d) Ana não terá o dever de depor, pois o advogado tem o direito de se recusar a depor, como</p><p>testemunha, sobre fato relacionado à pessoa de quem foi ou seja advogado, mesmo quando</p><p>solicitado pelo cliente.</p><p>Comentários:</p><p>Gabarito: ''D''</p><p>O art. 35 do Código de Ética e Disciplina prevê que o advogado tem o dever de guardar sigilo</p><p>dos fatos de que tome conhecimento no exercício da profissão. Como decorrência desse dever de</p><p>guardar o sigilo, o art. 38, caput, do mesmo diploma legal prevê que ele não é obrigado a depor,</p><p>em processo ou procedimento judicial, administrativo ou arbitral, sobre fatos a cujo respeito deva</p><p>guardar sigilo profissional.</p><p>Da mesma forma, o art. 7º, XIX do Estatuto da Advocacia e da OAB (Lei 8.906/94) dispõe que é</p><p>direito do advogado se recusar a depor como testemunha em processo no qual funcionou ou deva</p><p>funcionar, ou sobre fato relacionado com pessoa de quem seja ou foi advogado, ainda que tenha</p><p>sido autorizado ou solicitado pelo constituinte, bem como sobre fato que constitua sigilo</p><p>profissional.</p><p>Dessa forma, Ana não tem o dever de depor, ainda que solicitado por seu ex-cliente.</p><p>(FGV/XIII Exame de Ordem Unificado) Andrea e Luciano trocam missivas intermitentes, cujo</p><p>conteúdo diz respeito a processo judicial em que a primeira é autora, e o segundo, seu advogado.</p><p>A parte contrária, ciente da troca de informações entre eles, requer ao Juízo que esses</p><p>documentos sejam anexados aos autos do processo em que litigam.</p><p>Sob a perspectiva do Código de Ética e Disciplina da Advocacia, as comunicações epistolares</p><p>trocadas entre advogado e cliente</p><p>a) constituem documentos públicos a servirem como prova em Juízo.</p><p>b) são presumidas confidenciais, não podendo ser reveladas a terceiros.</p><p>c) podem ser publicizadas, de acordo com a prudência do advogado.</p><p>d) devem ser mantidas em sigilo até o perecimento do advogado.</p><p>Comentários:</p><p>Gabarito: ''B''</p><p>ESTRATÉGIA OAB</p><p>Estatuto e Código de Ética – Prof.ª Priscila Ferreira</p><p>oab.estrategia.com |</p><p>46 36</p><p>46</p><p>De acordo com o art. 36, § 1º do Código de Ética e Disciplina da OAB, as comunicações de</p><p>qualquer natureza entre advogados e seus clientes são presumidamente confidenciais e devem ser</p><p>protegidas pelo sigilo. Portanto, não podem</p>