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Prof. Harley Francisco Viana – harley.viana@prof.una.br Estruturas Metálicas Barras de aço tracionadas • As barras de aço tracionadas são solicitadas exclusivamente por força axial de tração decorrente de ações estáticas. • Nos edifícios com estrutura de aço, tais barras aparecem, na maioria das vezes, compondo treliças planas que funcionam como vigas de piso e de cobertura (tesouras de cobertura). 2Capítulo 6 – Barras de aço tracionadas Introdução 27/03/2023 • Barras tracionadas também compõem treliças espaciais, geralmente empregadas em coberturas de edificações que precisam de grande área livre; • Também aparecem na composição de treliças de pilares e nos contraventamentos verticais e de cobertura, usados para estabilizar muitas edificações. 3Capítulo 6 – Barras de aço tracionadas Introdução 27/03/2023 • Tirantes e pendurais: transfere cargas gravitacionais de um piso para componentes estruturais situados em nível superior, também são barras tracionadas e aparecem em diversas edificações com estruturas de aço. 4Capítulo 6 – Barras de aço tracionadas Introdução 27/03/2023 • Treliças - Treliça Pratt → o banzo inferior e as diagonais são tracionados, e o banzo superior e os montantes, comprimidos. - Treliça Howe → inverte-se o sentido das forças axiais nas diagonais e montantes em relação à treliça Pratt. 5Capítulo 6 – Barras de aço tracionadas Introdução 27/03/2023 Banzo superior MontanteDiagonal Banzo inferior • Treliças - Treliças Warren sem e com montantes: o banzo inferior fica tracionado, o superior fica comprimido, as diagonais extremas ficam comprimidas, as adjacentes, tracionadas, as seguintes, comprimidas, e assim sucessivamente até a região central. 6Capítulo 6 – Barras de aço tracionadas Introdução 27/03/2023 • Treliças planas das tesouras de cobertura - Apresentam geometrias similares às das vigas de piso. - O banzo superior geralmente é inclinado para que haja escoamento da água de chuva (a ABNT NBR 8800:2008 recomenda inclinação mínima de 3%). 7Capítulo 6 – Barras de aço tracionadas Introdução 27/03/2023 • Treliças planas das tesouras de cobertura - As treliças de cobertura podem ter apenas um ponto de apoio nos pilares ou dois pontos de apoio nos pilares - Essas treliças costumam ter altura total superior a 1/15 do vão, dificilmente ultrapassando 1/5 do vão. 8Capítulo 6 – Barras de aço tracionadas Introdução 27/03/2023 • Treliças: tipos de nó 9Capítulo 6 – Barras de aço tracionadas Introdução 27/03/2023 • Elementos tracionados não são suscetíveis à instabilidade. • A propriedade geométrica mais importante é a área da seção transversal. • Isso porque o colapso se dá pelo escoamento da área bruta da peça tracionada ou pela ruptura da área líquida em pontos de ligação entre as peças. 10Capítulo 6 – Barras de aço tracionadas Introdução 27/03/2023 • A área de trabalho na região de ligação de uma barra tracionada pode ser inferior à área bruta da seção transversal. • Para se chegar à área de trabalho, a área bruta da seção transversal pode sofrer uma primeira e segunda reduções: ✓ Primeira redução: área líquida, a presença de furos para passagem de parafusos. ✓ Segunda redução: área líquida efetiva, a distribuição não uniforme da tensão de tração em decorrência de maior concentração junto a parafusos e soldas. 11Capítulo 6 – Barras de aço tracionadas Estudo da região da ligação 27/03/2023 • Área líquida - É a área da seção transversal reduzida pela presença de parafusos; - A linha que passa por um conjunto de furos e no qual ocorre a ruptura da chapa é chamada de linha de ruptura. 12Capítulo 6 – Barras de aço tracionadas Estudo da região da ligação 27/03/2023 An = bnt An – Área líquida bn – Largura líquida crítica t – espessura da chapa • Área líquida - Para se determinar a linha de ruptura, calcula-se a largura líquida mínima (bn) para um conjunto possível de linhas de ruptura. 13Capítulo 6 – Barras de aço tracionadas Estudo da região da ligação 27/03/2023 A-B-C-D Elemento A-B-C-D A-B-F-C-D A-B-G-C-D A-B-F-G-C-D A-B-F-K-G-C-D • Área líquida - Nas ligações usuais, somente precisam ser consideradas as linhas de ruptura que passam pelos furos situados na região de força axial atuante máxima (N); - Ex: A linha de ruptura I-J-K-L-M, apesar de passar por 3 furos, não prevaleceria, uma vez que estaria submetida a uma força de tração relativamente reduzida (N – 4N/7). 14Capítulo 6 – Barras de aço tracionadas Estudo da região da ligação 27/03/2023 • Área líquida - A menor largura líquida deve ser adotada, as demais, desprezadas. 15Capítulo 6 – Barras de aço tracionadas Estudo da região da ligação 27/03/2023 bg = largura total da seção transversal; Σbh = soma dos diâmetros de todos os furos da linha de ruptura considerada; n = número de segmentos diagonais (não perpendiculares à linha de atuação da força de tração); s = espaçamento entre dois furos do segmento diagonal, na direção paralela à linha de atuação da força de tração; g = espaçamento entre dois furos do segmento diagonal, na direção perpendicular à linha de atuação da força de tração. Furos feitos com broca: bh = fparafuso + 1,5mm Furos feitos com punção: bh = fparafuso + 3,5mm • Área líquida - Fazem-se nas estruturas de aço furos-padrão com diâmetro nominal 1,5 mm maior que o diâmetro do parafuso. - Furos por broca possuem boa precisão na obtenção desse valor. - Em furos por punção o diâmetro resultante é da ordem de 2,0 mm superior ao valor nominal, em torno de 3,5 mm superior ao diâmetro do parafuso. 16Capítulo 6 – Barras de aço tracionadas Estudo da região da ligação 27/03/2023 Furos feitos com broca: bh = fparafuso + 1,5mm Furos feitos com punção: bh = fparafuso + 3,5mm • Área líquida - Quando uma linha de ruptura tem todos os seus segmentos na seção transversal, a área líquida pode ser obtida subtraindo-se a área dos furos da área bruta Ag; - As cantoneiras são rebatidas segundo a linha que passa pela semi-espessura das abas e são tratadas como chapas com largura igual à soma das larguras das duas abas menos a sua espessura. 17Capítulo 6 – Barras de aço tracionadas Estudo da região da ligação 27/03/2023 • Área líquida - Para perfis I, H, U calculam-se as áreas líquidas das mesas e da alma, considerando cada um desses elementos como uma chapa isolada e , depois, soma-se os valores obtidos: - Em qualquer perfil, quando os furos estão na seção transversal, a área líquida (An) é dada por: 18Capítulo 6 – Barras de aço tracionadas Estudo da região da ligação 27/03/2023 Determinar a área líquida do perfil I soldado mostrado na figura a seguir, com a furação para ligação indicada. Os parafusos têm diâmetro de 16 mm, com furos puncionados. 19Capítulo 6 – Barras de aço tracionadas Exemplo I 27/03/2023 - Linhas de ruptura 20Capítulo 6 – Barras de aço tracionadas Exemplo I 27/03/2023 - Largura dos furos puncionados 𝑏ℎ = 16 + 3,5 = 19,5 𝑚𝑚 - A linha de ruptura possível na mesa é A-B-C-D, cujas larguras líquidas é: 𝑏𝑛 𝑓−𝐴𝐵𝐶𝐷 = 150 − 2 𝑥 19,5 = 111 𝑚𝑚 - A área líquida correspondente à linha de ruptura A-B-C-D, é 𝐴𝑛 𝑓 = 111 x 16 = 1776 mm² 21Capítulo 6 – Barras de aço tracionadas Exemplo I 27/03/2023 - As linhas de ruptura possíveis na alma são E-F-G-H e E-F-I-G-H, cujas larguras líquidas são: 𝑏𝑛 𝑤−𝐸𝐹𝐺𝐻 = 300 − 2 𝑥 16 − 2 𝑥 19,5 = 229 𝑚𝑚 𝑏𝑛 𝑤−𝐸𝐹𝐼𝐺𝐻 = 300 − 2 𝑥 16 − 3 𝑥 19,5 + 2 𝑥 502/(4 𝑥 40) = 240,75 𝑚𝑚 - A área líquida, tomando o menor valor da largura líquida, no caso correspondente à linha de ruptura E-F-G-H, é 𝐴𝑛 𝑤 = 229 𝑥 8 = 1832 𝑚𝑚² - A área líquida do perfil será 𝐴𝑛 = 2 𝑥 𝐴𝑛 𝑓 + 𝐴𝑛 𝑤 = 2 𝑥 1776 + 1832 = 5384 𝑚𝑚² 22Capítulo 6 – Barras de aço tracionadas Exemplo I 27/03/2023 • Área líquida efetiva - Uma barra tracionada ligada por apenas alguns dos componentes da seção transversal, fica submetida a uma distribuição não uniforme de tensão na região da ligação. - Para o cálculo daárea da seção transversal, considera-se apenas uma parte da mesma, chamada área efetiva (Ae), trabalhando sob tensão uniforme no valor da máxima tensão atingida. 23Capítulo 6 – Barras de aço tracionadas Estudo da região da ligação 27/03/2023 • Área líquida efetiva - Para uso prático, a área líquida efetiva Ae é dada por: onde Ct - coeficiente de redução da área líquida An An - Área líquida 24Capítulo 6 – Barras de aço tracionadas Estudo da região da ligação 27/03/2023 Ae = Ct An • Área líquida efetiva - Coeficiente de redução Ct 25Capítulo 6 – Barras de aço tracionadas Estudo da região da ligação 27/03/2023 Ct = 1 - 𝑒 𝑐 𝑙 𝑐 ec – excentricidade da ligação, igual à distância do centro geométrico da seção da barra (G), ao plano de cisalhamento da seção. lc – comprimento efetivo da ligação: Ligações soldadas → lc = comprimento da solda na direção da força axial; Ligações parafusadas → lc = distância do primeiro ao último parafuso da linha de furação com maior número de parafusos, na direção da força axial. • Área líquida efetiva - Coeficiente de redução Ct - O coeficiente Ct se eleva à medida que o comprimento da ligação (lc) aumenta, e a distância do centro geométrico da barra ao plano de cisalhamento da ligação (ec) diminui. 26Capítulo 6 – Barras de aço tracionadas Estudo da região da ligação 27/03/2023 Ct = 1 - 𝑒 𝑐 𝑙 𝑐 Quanto maior o comprimento da ligação, menor a área que não trabalha no elemento não conectado (alma) na seção 1-1 mais solicitada Se o perfil I tiver largura das mesas próxima à altura do perfil, a excentricidade ec é relativamente pequena e a área que não trabalha é menor que se o perfil tivesse altura bastante superior à largura das mesas • Área líquida efetiva - Coeficiente de redução Ct c) Se a ligação é feita por todos os elementos do perfil, a tensão normal na barra é praticamente uniforme e considera-se 𝐶𝑡 = 1,00. 27Capítulo 6 – Barras de aço tracionadas Estudo da região da ligação 27/03/2023 a) Se 𝐶𝑡 ≤ 0,60, a ligação é pouco eficiente e deve ser modificada; b) Não se deve adotar 𝐶𝑡 > 0,90 por razões de segurança; 0,6 ≤ Ct ≤ 0,9 • Área líquida efetiva - Coeficiente de redução Ct 28Capítulo 6 – Barras de aço tracionadas Estudo da região da ligação 27/03/2023 • Área líquida efetiva - Coeficiente de redução Ct - Chapas - Nos elementos planos ligados exclusivamente pelas bordas longitudinais por meio de solda, o comprimento dos cordões de solda (lw) não pode ser inferior à largura da chapa (b), que não pode ser superior a 200 mm, e os seguintes valores para o coeficiente Ct devem ser utilizados: 29Capítulo 6 – Barras de aço tracionadas Estudo da região da ligação 27/03/2023 • Identificação dos Estados Limites Últimos - Ruptura da seção líquida: há colapso de barras tracionadas relacionado à região de ligação quando a tensão atuante na área líquida efetiva (Ae) atinge o valor da resistência à ruptura do aço ( fu ) e a barra se rompe; - Escoamento da seção bruta: quando a tensão de tração atuante na sua seção bruta (Ag) atinge o valor da resistência ao escoamento do aço (fy). A barra está em situação de escoamento generalizado e sofre alongamento excessivo, o que pode provocar a ruína da estrutura da qual faz parte. 30Capítulo 6 – Barras de aço tracionadas Dimensionamento aos Estados Limites Últimos 27/03/2023 • Identificação dos Estados Limites Últimos 31Capítulo 6 – Barras de aço tracionadas Dimensionamento aos Estados Limites Últimos 27/03/2023 • Dimensionamento - Segundo a ABNT NBR 8800: 2008, no dimensionamento à força axial de tração, deve ser atendida a seguinte condição: 32Capítulo 6 – Barras de aço tracionadas Dimensionamento aos Estados Limites Últimos 27/03/2023 Nt,Sd é a força axial de tração solicitante de cálculo, obtida por combinações de ações. Nt,Rd é a força axial de tração, resistente de cálculo, determinada como segue: RdtSdt NN ,, • Dimensionamento 33Capítulo 6 – Barras de aço tracionadas Dimensionamento aos Estados Limites Últimos 27/03/2023 Nt,Rd Escoamento da seção bruta (ESB) Ruptura da seção líquida (RSL) Menor valor • Dimensionamento 34Capítulo 6 – Barras de aço tracionadas Dimensionamento aos Estados Limites Últimos 27/03/2023 Escoamento da seção bruta (ESB) 1 , a yg Rdt fA N = Ag fy - força axial resistente nominal 𝛾a1 - coeficiente de ponderação da resistência para ESB, igual a 1,10. Ruptura da seção líquida efetiva (RSL) 2 , a ue Rdt fA N = Ae fu - força axial resistente nominal 𝛾a2 - coeficiente de ponderação da resistência para RSL, igual a 1,35. • Limitação do índice de esbeltez - As peças dimensionadas para resistirem exclusivamente a tração normalmente apresentam seção transversal bastante reduzida, o que pode dar origem a flechas e vibrações excessivas, e por conta disso, as normas costumam limitar o índice de esbeltez máximo das peças. - O índice de esbeltez é a maior relação entre o comprimento destravado Lt e o raio de giração r correspondente (com exceção das barras redondas rosqueadas que são montadas com pré-tensão, para as quais a esbeltez é ilimitada e não precisa ser verificada). - Seu limite é dado por: 35Capítulo 6 – Barras de aço tracionadas Estado Limite de Serviço 27/03/2023 300 máx t r L • Limitação do índice de esbeltez - A recomendação sobre esse limite evita: ✓ deformação excessiva; ✓ vibração de grande intensidade, que pode se transmitir para toda a edificação, quando houver ações variáveis ou quando existirem solicitações de equipamentos vibratórios. 36Capítulo 6 – Barras de aço tracionadas Estado Limite de Serviço 27/03/2023 • Limitação do índice de esbeltez 37Capítulo 6 – Barras de aço tracionadas Estado Limite de Serviço 27/03/2023 - (Lt /r)x = L/rx (no plano das treliças, o comprimento destravado é a distância entre dois nós adjacentes). - (Lt /r)y = 2L/ry (no plano perpendicular às treliças, o comprimento destravado é a distância entre duas mãos- francesas adjacentes ou entre apoio externo e mão-francesa). • Limitação do índice de esbeltez - Emprego de barras compostas - Para assegurar um comportamento adequado dos perfis de barras compostas, a distância máxima (l) entre duas chapas espaçadoras deve ser tal que: 38Capítulo 6 – Barras de aço tracionadas Estado Limite de Serviço 27/03/2023 300 min r l onde rmin é o raio de giração mínimo de apenas um perfil isolado • Limitação do índice de esbeltez - Emprego de barras compostas 39Capítulo 6 – Barras de aço tracionadas Estado Limite de Serviço 27/03/2023 40Capítulo 6 – Barras de aço tracionadas Dimensionamento aos ELU’s (Fluxograma) 27/03/2023 Solicitação de projeto Área bruta Área líquida Área líquida efetiva H1: Ruptura da seção líquida efetiva (RSL) Cálculo da força axial de tração resistente de cálculo (𝑁𝑡𝑅𝑑) H2: Escoamento da seção bruta (ESB) 1 , a yg Rdt fA N = 2 , a ue Rdt fA N = 𝐴𝑒 = 𝐶𝑡𝐴𝑛 RdtSdt NN ,, 𝐴𝑛 = 𝑏𝑛 = 𝑏𝑔 − σ𝑏ℎ + σ𝑖=1 𝑛 𝑠𝑖 2 4𝑔𝑖 .t 𝐴𝑔 = 𝑏𝑔 𝑡 ( ) ( ) = = ++= m i n j kQjjkQqkGigult AAAC 1 2 ,0,1, Menor valor? Calcular a resistência de cálculo de uma chapa de 20mm de espessura ligada a outras duas chapas por parafusos de 19mm de diâmetro. Adotar aço MR 250. 41Capítulo 6 – Barras de aço tracionadas Exemplo II 27/03/2023 42Capítulo 6 – Barras de aço tracionadas Exemplo II 27/03/2023 - Largura dos furos puncionados 𝑏ℎ = 𝜙𝑝𝑎𝑟𝑎𝑓𝑢𝑠𝑜 + 3,5𝑚𝑚 = 19 + 3,5 = 22,5 𝑚𝑚 = 2,25𝑐𝑚 - Largura líquida: Linha 1-2-3-4-5 𝑏𝑛1= 28 − 3 𝑥 2,25 = 21,25 𝑐𝑚 - Largura líquida: Linha 1-2-6-3-4-5 ou 1-2-3-7-4-5 𝑏𝑛2= 28 − 4 𝑥 2,25 + 2(7,52/4𝑥5) = 24,62 𝑐𝑚 - Largura líquida: Linha 1-2-6-3-7-4-5 𝑏𝑛3= 28 − 5𝑥 2,25 + 4(7,52/4𝑥5) = 28 𝑐𝑚 - Área líquida 𝐴𝑛 = 𝑏𝑛𝑐 𝑡 = 21,25 𝑥 2 = 42,5 𝑐𝑚2 43Capítulo 6 – Barras de aço tracionadas Exemplo II 27/03/2023 Estados Limites: - Escoamento daseção bruta (ESB) 𝐴𝑔 = 28 𝑥 2 = 56 𝑐𝑚2 𝑓𝑦 = 25 𝑘𝑁/𝑐𝑚2 kN fA N a yg Rdt 73,1272 10,1 2556 1 , = == - Ruptura da seção líquida efetiva (RSL) 𝐴𝑒 = 𝐴𝑛𝑥 𝐶𝑡 = 42,5 𝑥 1,0 = 42,5 𝑐𝑚2 𝑓𝑢 = 40 𝑘𝑁/𝑐𝑚2 kN fA N a ue Rdt 26,1259 35,1 405,42 2 , = == - Colapso por ruptura da seção líquida efetiva → kNN Rdt 26,1259, = Qual a resistência de cálculo de uma cantoneira L 152x152x9,5; com a furação indicada na figura abaixo. Aço MR 250, furos puncionados, parafusos de 𝜙7/8”. 44Capítulo 6 – Barras de aço tracionadas Exemplo III 27/03/2023 45Capítulo 6 – Barras de aço tracionadas Exemplo III 27/03/2023 46Capítulo 6 – Barras de aço tracionadas Exemplo III 27/03/2023 - Largura dos furos puncionados bh =ϕparafuso+ 3,5mm= bh= 22,2+ 3,5 = 25,7 mm= 2,57 cm - Largura líquida: Linha 1-2-3-4 bn1 =294,5− 2 x 25,7 = 243,1 mm - Largura líquida: Linha 1-2-5-3-4 ou 1-2-6-3-4 bn2 =294,5− 3 x 25,7 + 802/(4 x 64) + 802/[4(104,5 + 64)] = 251,89 mm - Largura líquida: Linha 1-2-5-6-3-4 bn3 =294,5− 4 x 25,7 + 2[802/(4x64)] = 241,7 mm - Área líquida 𝐴𝑛 = 𝑏𝑛𝑐 𝑡 = 24,17 𝑥 0,95 = 22,96 𝑐𝑚2 bnc =24,17 cm 47Capítulo 6 – Barras de aço tracionadas Exemplo III 27/03/2023 Estados Limites: - Escoamento da seção bruta (ESB) L 152x152x9,5 → Ag=28,13 cm2 𝑓𝑦 = 25 𝑘𝑁/𝑐𝑚2 - Ruptura da seção líquida efetiva (RSL) 𝐴𝑒 = 𝐴𝑛𝑥 𝐶𝑡 = 22,96 𝑥 1,0 = 22,96 𝑐𝑚2 𝑓𝑢 = 40 𝑘𝑁/𝑐𝑚2 - Colapso por escoamento da seção bruta → 𝐶𝑡 = 1,0 → 𝑙𝑖𝑔𝑎𝑑𝑎 𝑝𝑜𝑟 𝑑𝑢𝑎𝑠 𝑎𝑏𝑎𝑠 kN fA N a yg Rdt 32,639 10,1 2513,28 1 , = == kN fA N a ue Rdt 34,680 35,1 4096,22 2 , = == kNN Rdt 32,639, = Qual a resistência de cálculo do perfil I 300x55. Considerar parafusos 𝜙 7/8”. Furos puncionados e aço AR 350. 48Capítulo 6 – Barras de aço tracionadas Exemplo IV 27/03/2023 49Capítulo 6 – Barras de aço tracionadas Exemplo IV 27/03/2023 - Largura dos furos puncionados bh =ϕparafuso+ 3,5mm= bh= 22,2 + 3,5 = 25,7 mm= 25,7 mm - Largura líquida: Linha 1-2-3-4 bn1= 250− 2 x 25,7 = 198,6 mm - Largura líquida: Linha 1-2-5-3-4 ou 1-2-6-3-4 bn2= 250− 3 x 25,7 + 602/(4x40) + 602/(4x120) = 202,9 mm - Largura líquida: Linha 1-2-5-6-3-4 bn3= 250− 4 x 25,7 + 2[602/(4x40)] = 192,2 mm - Área líquida 𝐴𝑛 = 𝑏𝑛𝑐 𝑡 = 19,22 𝑥 0,95 = 18,26 𝑐𝑚2 bnc = 192,2 mm 50Capítulo 6 – Barras de aço tracionadas Exemplo IV 27/03/2023 - Largura líquida bn =281 − 3 x 25,7 = 203,9 mm - Área líquida 𝐴𝑛,𝑤 =20,39 x 0,8 = 16,31 cm2 An=2𝐴𝑛,𝑓+𝐴𝑛,𝑤= 2 x 18,26 + 16,31 = 52,83 cm2 𝐶𝑡 = 1,0 → 𝑙𝑖𝑔𝑎𝑑𝑎 𝑝𝑜𝑟 𝑡𝑜𝑑𝑜𝑠 𝑜𝑠 𝑒𝑙𝑒𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜𝑠 𝑑𝑜 𝑝𝑒𝑟𝑓𝑖𝑙 - Área líquida efetiva Ae=𝐴𝑛xCt= 52,83 cm2 kN fA N a yg Rdt 27,2227 10,1 3570 1 , = == kN fA N a ue Rdt 1761 35,1 4583,52 2 , = == - ESB → - RSL → kNN Rdt 1761, = Calcular a resistência de cálculo para a cantoneira L152x152x9,5, ligada a uma chapa de nó de treliça apenas por uma aba e sujeita a força axial de tração, para cada um dos tipos de ligação dados abaixo. 51Capítulo 6 – Barras de aço tracionadas Exemplo V 27/03/2023 Usar aço MR 250, parafuso 7/8”, furo puncionado. 52Capítulo 6 – Barras de aço tracionadas Exemplo V (a) 27/03/2023 - Largura dos furos puncionados bh =ϕparafuso+ 3,5mm bh =22,2+ 3,5 = 25,7 mm= 25,7 mm - Área líquida 𝐴𝑛 = 𝐴𝑔 −𝑏ℎ 𝑡 = 28,13 − 2 𝑥 2,57 𝑥 0,95 = 23,25 𝑐𝑚2 - Coeficiente de redução Ct 𝑥𝑔 = 𝑒𝑐 = 41,7 𝑚𝑚 𝐶𝑡 = 1 − 41,7 2 𝑥 80 = 0,74 - Área líquida efetiva Ae= Anx Ct =23,25 x 0,74 = 17,20 cm2 53Capítulo 6 – Barras de aço tracionadas Exemplo V (a) 27/03/2023 kN fA N a yg Rdt 32,639 10,1 2513,28 1 , = == kN fA N a ue Rdt 78,509 35,1 402,17 2 , = == - ESB → - RSL → kNN Rdt 8,509, = → Ruptura da seção líquida efetiva 54Capítulo 6 – Barras de aço tracionadas Exemplo V (b) 27/03/2023 - Coeficiente de redução Ct Lc = 50 mm 𝑥𝑔 = 𝑒𝑐 = 41,7 𝑚𝑚 𝐶𝑡 = 1 − 41,7 50 = 0,17 0,9 → 𝐶𝑡 = 0,9 - ESB → - RSL → kN fA N a yg Rdt 32,639 10,1 2513,28 1 , = == kN fA N a ue Rdt 13,750 35,1 4013,289,0 2 , = == kNN Rdt 32,639, = → Escoamento da área bruta 56Capítulo 6 – Barras de aço tracionadas Exemplo 27/03/2023 Para o perfil do exemplo 4, qual seria a resistência de cálculo para tração, caso não houvessem furos na alma. - Coeficiente de redução Ct mm xx xxx ec 84,28 85,1405,9250 5,9 2 5,140 85,140 2 5,9 250 2 = + ++ = mmmmxlc 24060 4 == 88,0 240 84,28 1 =−=tC !9,06,0 OkCt 57Capítulo 6 – Barras de aço tracionadas Exemplo 27/03/2023 Para o perfil do exemplo 4, qual seria a resistência de cálculo para tração, caso não houvessem furos na alma. - Área líquida efetiva 𝐴𝑒 = 𝐴𝑛𝑥𝐶𝑡 = 59 𝑥 0,88 = 51,92 𝑐𝑚2 ( ) 2 4. 598,01,2895,022,1922 cmxxxhttbA exerc wfnfn =+=+= kNN Rdt 27,2227, =- ESB → kN fA N a ue Rdt 67,1730 35,1 4592,51 2 , = == - RSL → kNN Rdt 67,1730, = → Ruptura da área líquida 58Capítulo 6 – Barras de aço tracionadas Exemplo 27/03/2023 Para o perfil do exemplo 4, qual seria a resistência de cálculo para tração, caso houvessem furos apenas na alma. - Coeficiente de redução Ct ( ) mm xx xxx e t xe c w gc 06,39 2 8 28145,91252 281 2 4 2 125 5,92 2 22 =− + + = −= mmmmxlc 240604 == 84,0 240 06,39 1 =−=tC 59Capítulo 6 – Barras de aço tracionadas Exemplo 27/03/2023 - Área líquida efetiva 𝐴𝑒 = 𝐴𝑛𝑥𝐶𝑡 = 63,81 𝑥 0,84 = 53,60 𝑐𝑚2 ( ) 2 4. 81,638,039,2095,02522 cmxxxtbtbA exerc wnwffn =+=+= kNN Rdt 27,2227, =- ESB → kN fA N a ue Rdt 68,1786 35,1 4560,53 2 , = == - RSL → kNN Rdt 68,1786, = → Ruptura da área líquida 60Capítulo 6 – Barras de aço tracionadas Exercício 27/03/2023 Obter o valor da força axial resistente de cálculo, Nt,Rd, para todas as barras tracionadas mostradas a seguir. As ligações são parafusadas, feitas com o uso de chapas (não mostradas), e os furos e as posições dos planos de cisalhamento estão indicados (existem dois planos de cisalhamento nos casos a e b e apenas um nos casos c e d). Os parafusos têm diâmetro de 24 mm e estão distanciados entre si de 80 mm (distância eixo a eixo de furos), na direção da força de tração, em cada linha de furação. O aço empregado possui resistência ao escoamento de 345 MPa e à ruptura de 450 MPa. Considere que os furos são feitos por broca. FAKURY, R. H., SILVA, A. L. R. C., CALDAS, R. B., “Dimensionamento Básico de Elementos de Estruturas de Aço –Parte I, 2011. PFEIL, W; PFEIL, M. Estruturas de Aço – Dimensionamento Prático Segundo a NBR 8800:2008, 8a.ed. Rio de Janeiro: LTC, 2009. 61 Bibliografia 27/03/2023 Capítulo 6 – Barras de aço tracionadas