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1ª Tutoria módulo 3 - Termos desconhecidos · Miocárdio é a camada muscular do coração, responsável pela contração cardíaca que impulsiona o sangue para todo o corpo. Ele se localiza entre o endocárdio (camada interna) e o epicárdio (camada externa). Características importantes: · Formado por músculo estriado cardíaco. · Contrações são involuntárias e rítmicas coordenadas pelo sistema de condução elétrica do coração. · Em casos de isquemia (falta de oxigênio), como no infarto, o miocárdio pode sofrer necrose · Bulhas cardíacas são os sons normais do coração percebidos com o uso do estetoscópio durante a ausculta cardíaca. · B1 (primeira bulha): fechamento das válvulas mitral e tricúspide (início da sístole). · B2 (segunda bulha): fechamento das válvulas aórtica e pulmonar (início da diástole). Esses sons resultam do fechamento das válvulas cardíacas e da vibração do sangue e estruturas cardíacas · Normofonéticas é usado na semiologia médica para descrever bulhas cardíacas normais, ou seja: · Presentes (B1 e B2), · Bem audíveis, · Com intensidade e ritmo normais, · Sem sopros, estalidos, ou desdobramentos anormais. · Infarto agudo do miocárdio É a morte do miocárdio devido à obstrução súbita de uma artéria coronária, geralmente por um coágulo (trombo) que se forma em cima de uma placa de ateroma. Diagnóstico envolve: · Clínica (dor torácica típica), · Alterações no eletrocardiograma (ECG), · Elevação de marcadores cardíacos (como troponina). Ateroma – tombos- ian Casos de infarto dobraram nos últimos vinte anos – let Diabéticos e hipertensos de 2 a 4 vezes mais chances de sofrerem infarto - let Necrose miocárdica – não existe princípio de infarto mas sim início e avanço da necrose tecidual - lore · Eletrocardiograma É um exame que registra a atividade elétrica do coração por meio de eletrodos colocados na pele. Permite identificar: · Ritmo cardíaco (ex: fibrilação atrial), · Alterações sugestivas de infarto (ondas Q patológicas, elevação do segmento ST), · Isquemia, bloqueios de condução, entre outros. · Sopros cardíacos São sons anormais detectados na ausculta cardíaca, resultantes do fluxo turbulento do sangue dentro do coração ou vasos próximos. Classificação: · Sistólicos, diastólicos ou contínuos (conforme o momento do ciclo cardíaco), · Avaliados por intensidade (graus de I a VI), localização e irradiação. Nem todo sopro indica doença – alguns são inocentes, especialmente em crianças. - Objetivos · Compreender a embriologia cardíaca - A formação inicial do sistema cardiovascular se correlaciona com a necessidade urgente de transporte de oxigênio e nutrientes para o embrião da circulação materna por meio do cório - Sistema vascular aparece na metade da terceira semana, quando o embrião não é mais capaz de satisfazer as suas necessidades por difusão - Formação da área cardiogênica primária (ACP) ou primeiro campo cardíaco (PCC) por meio da migração das células progenitoras cardíacas angiogênicas através da linha primitiva até a camada esplâncnica do mesoderma da placa lateral onde formam um aglomerado celular em forma de ferradura IMAGEM Genes sugerem que as células progenitoras da mesoderma surgem estruturas que contrinuem para crescimento como os tratos de fluxo de entrada e saída - jv - Depois que as células estabelecem o SCC, elas são induzidas a formar mioblastos cardíacos e ilhotas sanguíneas que se tornaram células e vasos sanguíneos por meio da vasculogênese - Essas ilhotas se unem e formam um tubo em formato de ferradura circundado por mioblastos, a chamada região cardiogênica - Outras ilhotas sanguíneas aparecem bilateralmente e paralelas, formando as aortas dorsais - Com o fechamento do tubo neural e formação das vesículas encefálicas, o sistema nervoso central cresce no sentido cranial, se estende sobre a região cardiogênica e a membrana orofaríngea é puxada pra frente, enquanto o coração e a cavidade pericárdica se movem até o tórax - Conforme o embrião cresce e se curva cefalocaudalmente, ele também se dobra lateralmente, as regiões caudais dos tubos cardíacos se fusionam, exceto em suas extremidades mais caudais - Simultaneamente, a parte central do tubo em formato de ferradura se expande para formar as futuras regiões ventricular e da via de saída. Assim, o coração se torna um tubo expandido e contínuo - O polo caudal recebe drenagem venosa e o cefálico, arterial passando pelo arco aórtico e indo para a aorta dorsal - O coração agora está suspenso na cavidade pericárdica por vãos sanguíneos em seus polos cranial e caudal - Durante esses eventos, o miocárdio se espessa e secreta a geleia cardíaca que o separa do endotélio - Além disso, o proepicárdio se forma e suas células migram para formar as camadas do coração, na qual, no epicárdio, a camada mais externa, ocorrerá a formação das artérias coronarianas - O tubo cardíaco continua a se alongar conforme as células do SCC são adicionadas a sua extremidade cranial, essencial para a formação de parte do ventrículo direito e da via de saída (cone arterial/ tronco arterioso) - Conforme a vida de saída se alonga, o tubo cardíaco, por volta do 23° dia tem sua parte cefálica dobrada ventralmente e vai caudalmente para a direita e a parte caudal se desloca no sentido dorso caudal para a esquerda, originando a alça cardíaca - A parte atrial forma um átrio comum e é incorporado na cavidade pélvica - A junção atrioventricular permanece estreita e forma o canal atrioventricular que conecta o átrio comum e o ventrículo embrionário inicial - O bulbo cardíaco é estreito, exceto em seu terço proximal que formará parte do ventrículo direito, o cone arterial formará as vias de saídas de ambos os ventrículos e o tronco arterioso formará as raízes e a parte proximal da aorta e da artéria pulmonar - Sulco bulboventricular: junção entre o bulbo e o ventrículo, formando o forame interventricular primitivo - Após o dobramento concluído, o tubo cardíaco começa a formar trabéculas primitivas em duas áreas do forame interventricular primário, dividindo o ventrículo primário em ventrículo esquerdo primitivo e ventrículo direito primitivo - Na metade da quarta semana, o seio venoso recebe sangue venoso vindo dos seus cornos direito e esquerdo que recebem sangue das veias vitelina, umbilical e cardinal comum - Com a eliminação de veias em cada corno, o corno direito venoso é incorporado ao átrio direito - Sua entrada é cercada por válvulas venosas direita e esquerda que se fusionam e formam o septo espúrio e a parte inferior da válvula venosa direita se divide em válvula da veia cava inferior e válvula do seio coronariano 27~37 dias de desenvolvimento - Os septos cardíacos podem ser formados por duas massas de tecido crescendo ativamente e se aproximando até se fusionarem e dividirem o lúmen em duas partes ou pelo crescimento ativo de uma única massa tecidual que se expande até alcançar o lado oposto do lúmen, essas massas são chamadas de coxins endocárdios - No final da quarta semana, forma-se uma crista em forma de foice na parte superior do átrio comum, indo no sentido do lúmen: a primeira parte do septo primário, os dois ramos desse septo se estendem na direção dos coxins endocárdicos no canal atrioventricular. A abertura entre a margem inferior do septo primário e os coxins endocárdicos é o óstio primário - Com o decorrer do desenvolvimento, crescem extensões dos coxins endocárdicos superior e inferior ao longo do limite do septo primário, fechando o óstio primário - Entretanto, antes de o fechamento se completar, a morte celular produz perfurações na parte superior do septo primário. A junção dessas perfurações forma o óstio secundário, garantindo o fluxo livre de sangue do átrio primitivo direito para o esquerdo - Quando o lúmen do átrio direito se expande, como resultado da incorporação do corno do seio venoso, aparece uma nova prega em formato de crescente. Essa nova prega, o septo secundário, nunca forma uma separação completa da cavidade atrial - A abertura deixada pelo septo secundário é chamada de forame oval. Quando a parte superiordo septo primário desaparece gradualmente, a parte remanescente se torna a valva do forame oval - A passagem entre as duas cavidades atriais consiste em uma fenda alongada de modo oblíquo através da qual flui o sangue do átrio direito para o lado esquerdo - Enquanto o átrio direito primitivo aumenta de tamanho pela incorporação do corno direito do seio venoso, o átrio esquerdo primitivo também está se expandindo. - Conforme o septo primário cresce para baixo do teto do átrio comum, este mesênquima em proliferação forma a protrusão do mesênquima dorsal (PMD), este tecido cresce com o septo primário em direção ao canal, é nele onde encontra-se a veia pulmonar em desenvolvimento, que está posicionada no átrio esquerdo por meio do crescimento e movimento da PMD - O tronco principal da veia pulmonar que se abre para o átrio esquerdo envia dois ramos para cada pulmão. Conforme continua a expansão do átrio esquerdo, o tronco principal é incorporado à parede posterior até o ponto onde ocorre a ramificação do vaso, resultando em quatro aberturas separadas para as veias pulmonares na câmara atrial - Essas células formam os átrios, o ventrículo esquerdo e parte do direito, sendo que o resto dele será derivado do segundo campo cardíaco (SCC) que também contribui para a formação dos átrios na extremidade caudal do coração e da via de saída - As células do SCC também exibem lateralidade de forma que as células do lado direito contribuem para a região esquerda da via de saída e as do lado esquerdo contribuem para a via direita, explicando a natureza espiralada da artéria pulmonar e da aorta e que a aorta saia do ventrículo esquerdo e a artéria pulmonar do ventrículo direito · Analisar os parâmetros cardíacos de uma pessoa saudável - Ausculta, frequência, ritmo, bulhas - Ausculta Cardíaca A ausculta cardíaca é realizada com estetoscópio, em quatro áreas principais de escuta: Área de ausculta Localização anatômica Válvula associada Aórtica 2º espaço intercostal direito, linha esternal Válvula aórtica Pulmonar 2º espaço intercostal esquerdo, linha esternal Válvula pulmonar Tricúspide 4º/5º espaço intercostal esquerdo, linha paraesternal Válvula tricúspide Mitral (ápex) 5º espaço intercostal esquerdo, linha hemiclavicular Válvula mitral Achados normais: Sem sopros (fluxo turbulento) Sem estalidos, cliques ou atritos pericárdicos Bulhas cardíacas (B1 e B2) bem audíveis e nítidas Som mais forte da B1 no ápice e da B2 na base - Frequência Cardíaca (FC) Número de batimentos por minuto (bpm), geralmente avaliado por palpação do pulso ou ausculta, uma FC normal sugere equilíbrio entre demanda metabólica e débito cardíaco. Valor normal em repouso: · 0 a 28 dias de vida: 100 a 205 bpm; · 28 dias a 1 ano: 100 a 180 bpm; · 1 a 3 anos: 98 a 140 bpm; · 3 a 5 anos: 80 a 120 bpm; · 5 a 12 anos: 75 a 118 bpm; · A partir de 13 anos: 60 a 100 bpm. · Atletas: 40–60 bpm O treinamento regular, principalmente aeróbico, estimula cronicamente o sistema nervoso parassimpático (vago) que libera um neurotransmissor acetilcolina, reduzindo a atividade simpática em repouso e a frequência do disparo do nó sinotrial, com o tempo, há aumento da densidade de receptores do sistema nervoso parassimpático e da sensibilidade do coração à ação vagal, gerando bradicardia e recuperaçãi rápida da frequência cardíaca da FC pós exercício Débito cardíaco maior por minuto – Ian Fisiologia: Regulada pelo nó sinoatrial, sob ação do sistema nervoso autônomo: Simpático: aumenta FC Parassimpático (vago): diminui FC Alterações: Bradicardia (100 bpm): pode ocorrer com febre, ansiedade, desidratação, anemia - Ritmo Cardíaco Refere-se à regularidade dos batimentos cardíacos. Normal: Ritmo regular Intervalos entre os batimentos são constantes. Origem do estímulo no nó sinoatrial → ritmo sinusal Ritmo sinusal: Frequência regular Onda P antes de cada QRS no ECG FC entre 60 e 100 bpm Grávidas expansão do volume sanguíneo e redução vascular periférica - Bulhas Cardíacas (B1 e B2) Sons gerados pelo fechamento das válvulas cardíacas, ouvidos durante a ausculta. Bulha Evento associado Local de melhor ausculta B1 Fechamento das válvulas mitral e tricúspide (início da sístole) Ápex do coração B2 Fechamento das válvulas aórtica e pulmonar (fim da sístole, início da diástole) Base do coração (área aórtica e pulmonar) Som irradia em toda a cavidade torácica - Características normais: B1 e B2 nítidas e bem definidas B1 pode ser levemente mais intensa no ápice B2 pode se desdobrar fisiologicamente na inspiração Desdobramento fisiológico de B2: Durante a inspiração, o aumento do retorno venoso retarda o fechamento da válvula pulmonar. Resultado: ouve-se duas componentes de B2 — aórtica (A2) e pulmonar (P2) - Pressão Arterial (PA) Força que o sangue exerce nas paredes das artérias Valor normal: Sistólica:discos intercalados que permitem a transmissão fácil de íons entre células próximas - A transmissão no feixe A-V é unidirecional, o que impede a reentrada de impulsos cardíacos por essa via, dos ventrículos para os átrios, permitindo apenas condução anterógrada dos átrios para os ventrículos, ou seja, através de só uma via acessória Adrenalina acelera xxx desacelera - Os átrios e os ventrículos são completamente separados por barreira fibrosa contínua que normalmente funciona como isolante para evitar a passagem do impulso dos átrios para os ventrículos por qualquer via que não a anterógrada pelo próprio feixe A-V. - Uma vez tendo atingida a extremidade final das fibras de Purkinje, o impulso é transmitido para toda a massa muscular ventricular pelas próprias fibras musculares - Ordem fisiológica: 1. Onda P → nó SA → átrios contraem 2. Atraso no nó AV → tempo para o sangue encher os ventrículos 3. QRS → despolarização rápida → ventrículos contraem 4. T → repolarização → relaxamento e enchimento ventricular · Compreender a sístole e a diástole - A sístole e a diástole fazem parte da duração do ciclo cardíaco - Durante a sístole ventricular, grande quantidade de sangue se acumula nos átrios direito e esquerdo, uma vez que as valvas A-V estão fechadas. Dessa maneira, assim que a sístole termina e as pressões ventriculares retornam aos baixos valores diastólicos, as pressões moderadamente altas que se desenvolveram nos átrios durante a sístole ventricular forçam de imediato as valvas A-V a se abrirem, gerando o período de enchimento rápido ventricular que ocorre durante o 1° terço da diástole - Ao longo do 2° terço, uma pequena quantidade de sangue que continua a chegar aos átrios, flui para os ventrículos - Durante o último terço, os átrios se contraem, dando impulso adicional ao fluxo sanguíneo para os ventrículos, o que corresponde mais ou menos a 20% do enchimento ventricular total em cada ciclo cardíaco - Na contração ventricular, inicialmente a pressão ventricular sobe fazendo com que as valvas A-V se fechem, sendo necessário mais 0,02 a 0,03 segundo para que o ventrículo gere pressão suficiente para empurrar e abrir as válvulas semilunares (aórtica e pulmonar) contra a pressão nas artérias aorta e pulmonar, ou seja, os ventrículos estão se contraindo, mas não se esvaziando, o período de contração isovolumétrica/isométrica - No período de ejeção, a pressão ventricular força a abertura das valvas semilunares e o sangue começa a ser lançado para as artérias sendo que em torno de 60% do sangue ventricular no final da diástole são ejetados durante a sístole e 70% dessa porção durante o primeiro terço do período de ejeção, sendo chamado de período de ejeção rápida e os 30% restantes são esvaziados nos outros dois terços do período, no chamado período de ejeção lenta - Ao final da sístole, ocorre rápida diminuição das pressões intraventriculares esquerda e direita, as altas pressões nas artérias distendidas que acabaram de ser cheias com o sangue vindo dos ventrículos contraídos tornam a empurrar o sangue de volta para os ventrículos, causando o fechamento das valvas aórtica e pulmonar - Durante mais 0,03 a 0,06 segundo, o músculo ventricular continua a relaxar, mesmo que o volume não se altere, originando o período de relaxamento isovolumétrico ou isométrico em que as pressões intraventriculares diminuem rapidamente de volta aos valores diastólicos e então as valvas A-V se abrem para iniciar um novo ciclo de bombeamento ventricular Átrio começa a se encher GUYTON E HALL · Entender o funcionamento do ciclo cardíaco - Exames relacionados (além do eletro- previamente) - É o conjunto de eventos entre o início de um batimento e o do próximo, sendo cada ciclo iniciado pela geração espontânea de potencial de ação no nodo sinusal situado na parede lateral superior do átrio direito, próximo da abertura da veia cava superior - O potencial de ação se difunde desse ponto rapidamente por ambos os átrios e, depois, por meio do feixe A-V para os ventrículos e, em virtude dessa disposição especial do sistema de condução, há retardo de mais de 0,1 segundo na passagem do impulso cardíaco dos átrios para os ventrículos - Esse retardo permite que os átrios se contraiam antes dos ventrículos, bombeando, assim, sangue para o interior dos ventrículos antes do começo da forte contração ventricular. - Dessa forma, os átrios agem como bomba de escova para os ventrículos; e os ventrículos, por sua vez, fornecem a fonte principal de força para propelir o sangue pelo sistema vascular do corpo Exame O que avalia Como funciona Indicações clínicas Eletrocardiograma (ECG) Atividade elétrica do coração (ondas P, QRS, T) Registra impulsos elétricos através de eletrodos na pele Arritmias, isquemia, infarto, distúrbios de condução Ecocardiograma (ECO) Estrutura e função cardíaca (volume, válvulas, contratilidade) Ultrassom do coração em tempo real Insuficiência cardíaca, sopros, valvopatias, avaliação da fração de ejeção Ecocardiograma com Doppler Fluxo sanguíneo e gradientes de pressão intracardíacos Doppler avalia direção e velocidade do sangue Estenose/insuficiência valvular, shunts intracardíacos Teste ergométrico (teste de esforço) Resposta do coração ao exercício físico ECG contínuo durante atividade física progressiva Doença coronariana, arritmias induzidas por esforço, capacidade funcional Monitor de Holter (24–48h) Ritmo cardíaco contínuo ao longo do dia ECG portátil gravando por 24h ou mais Arritmias intermitentes, palpitações, síncope MAPA (Monitorização Ambulatorial da Pressão Arterial) Pressão arterial ao longo de 24h Manguito automático registra PA em intervalos regulares Hipertensão arterial, avaliação da PA noturna Cateterismo cardíaco (angiografia coronária) Anatomia e pressões intracardíacas, obstruções coronárias Cateter introduzido por artéria → injeção de contraste Doença arterial coronariana, avaliação de válvulas e pressão intracavitária Ressonância magnética cardíaca (RM cardíaca) Anatomia, função, perfusão e tecido miocárdico Imagens detalhadas por campo magnético e contraste Miocardiopatias, fibrose, viabilidade miocárdica Tomografia computadorizada cardíaca (TC coronariana) Anatomia coronária e cardíaca, cálcio coronário Imagem 3D com contraste iodado Avaliação de coronárias, estenoses, score de cálcio Estudo eletrofisiológico (EEF) Condução elétrica intracardíaca detalhada Cateteres no coração mapeiam e provocam arritmias Diagnóstico e tratamento de arritmias complexas ECG e ecocardiograma são os mais usados para avaliar função e ritmo cardíaco de forma não invasiva. Holter e MAPA avaliam condições ambulatoriais ao longo do tempo. Cateterismo, EEF, TC e RM são exames especializados, geralmente solicitados após avaliação inicial ELETRO AVALIA O CICLO E ECO AVALIA ANATOMIA · Compreender e analisar os conceitos básicos do eletrocardiograma normal associando ao ciclo cardíaco (onda p...) - Se eletródios forem colocados sobre a pele, em lados opostos do coração, será possível registrar os potenciais elétricos gerados por essa corrente - O ECG normal é composto por onda P, complexo QRS e onda T, o complexo QRS apresenta, com frequência, mas nem sempre, três ondas distintas: a onda Q, a onda R e a onda S - O ECG é formado por ondas de despolarização e por ondas de repolarização - Onda P: é produzida pelos potenciais elétricos gerados quando os átrios se despolarizam, antes de a contração atrial começar - Complexo QRS: produzido pelos potenciais gerados quando os ventrículos se despolarizam antes de sua contração, isto é, enquanto a onda de despolarização se propaga pelos ventrículos, ou seja, o complexo e a onda P são ondas de despolarização Pausa ST marco do infarto do miocárdio - Onda T: conhecida como onda de repolarização, produzida pelos potenciais gerados, enquanto os ventrículos se restabelecem do estado de despolarização. Esse processo no músculo ventricular normalmente ocorre 0,25 a 0,35 segundo após a sua despolarização · Compreenderos mecanismos fisiológicos de pressão arterial - A pressão arterial (PA) é a força que o sangue exerce contra as paredes das artérias durante sua circulação pelo corpo, sendo essencial para garantir perfusão adequada dos tecidos, ou seja, a entrega de oxigênio e nutrientes. - PA=Débito Cardíaco (DC)×Resistência Vascular Sistêmica (RVS) -Quando o diamtero dos vasos é alterado, altera a p.a tamb´rm Fator Definição Débito cardíaco (DC) Volume de sangue ejetado pelo coração por minuto (DC = FC × VS) Resistência vascular sistêmica (RVS) Resistência ao fluxo sanguíneo nas arteríolas Fase Descrição Valores típicos Sistólica Pressão durante a contração dos ventrículos ~120 mmHg Diastólica Pressão durante o relaxamento ventricular ~80 mmHg Mecanismos Fisiológicos de Regulação da PA 1. Controle neural (curto prazo) – Sistema Nervoso Autônomo Barorreceptores: · Localizados no seno carotídeo e arco aórtico · Detectam variações na pressão arterial · Enviam sinais ao tronco encefálico (bulbo) para ajuste reflexo · Ativam o nervo vago e eviam sinais ao tronco encefálico que regulam ações autônomas envolvidos também na frequência cardíaca Queda de PA Aumento de PA Estimula simpático → ↑ FC, ↑ DC, ↑ RVS, vasocontrição periférica Estimula parassimpático → ↓ FC, vasodilatação Quimiorreceptores: · Sensíveis a O₂, CO₂ e pH · Alterações provocam respostas vasculares e respiratórias 2. Controle hormonal (médio a longo prazo) Sistema Renina-Angiotensina-Aldosterona (SRAA) Etapa Efeito Baixa PA → rim libera renina Ativa o sistema Renina converte angiotensinogênio em angiotensina I Substrato inativo Conversão em angiotensina II (pela ECA) atua no hipotálamo Potente vasoconstritor Angiotensina II estimula aldosterona Retenção de Na⁺ e H₂O → ↑ volemia → ↑ PA Hormônio antidiurético (ADH ou vasopressina) · Liberado pela neuro-hipófise · Aumenta reabsorção de água nos rins → ↑ volume plasmático → ↑ PA dilatação dos vaos Peptídeos natriuréticos (ANP e BNP) · Liberados pelo coração em resposta ao estiramento · Causam vasodilatação e eliminação de Na⁺/água → ↓ PA 3. Fatores locais (autorregulação) Tecidos ajustam o fluxo localmente conforme suas necessidades metabólicas: Substância Efeito NO (óxido nítrico), prostaglandinas Vasodilatação Endotelina, tromboxano Vasoconstrição Hipóxia local Vasodilatação compensatória 4. Fatores que influenciam a PA Fator Efeito Idade Arteriosclerose → ↑ RVS Atividade física ↑ DC transitório, mas ↓ PA basal crônica Estresse emocional Ativa simpático → ↑ FC, ↑ PA Sal e ingestão hídrica ↑ volume plasmático → ↑ PA Medicamentos Ex.: diuréticos ↓ PA, simpaticomiméticos ↑ PA Doenças Ex.: insuficiência renal, hipertireoidismo, hipertensão primária image5.png image1.png image2.png image3.png image4.png