Prévia do material em texto
Doenças Infecciosas-convertido Doenças Infecciosas Veterinária (Universidade Estadual do Ceará) Scan to open on Studocu Studocu is not sponsored or endorsed by any college or university Doenças Infecciosas-convertido Doenças Infecciosas Veterinária (Universidade Estadual do Ceará) Scan to open on Studocu Studocu is not sponsored or endorsed by any college or university Downloaded by Luana Bugary (aluno.luana.santa@doctum.edu.br) lOMoARcPSD|52492445 RESUMOS DOENÇAS INFECCIOSAS 1) CINOMOSE 2) ERLICHIOSE 3) PARVOVIROSE 4) FELV 5) FIV 6) FEBRE AFTOSA 7) BVD 8) IBR 9) ECTIMA CONTAGIOSO 10) LÍNGUA AZUL 11) MASTITE 12) LEP CANINA 13) LEP GRANDES 14) ZOONOSES 15) DOENÇAS DE NOTIFICAÇÃO COMPULSÓRIA 16) BRUCELOSE 17) TUBERCULOSE 18) TÉTANO 19) CARBÚNCULO SINTOMÁTICO 20) CARBÚNCULO HEMÁTICO 21) CERATOCONJUTIVITE INFECCIOSA BOVINA Downloaded by Luana Bugary (aluno.luana.santa@doctum.edu.br) lOMoARcPSD|52492445 CINOMOSE Doença viral mais prevalente no mundo, caracterizada por moléstia febril, viral, multissistêmica, altamente contagiosa e severa, que acomete cães e outros carnívoros por todo o mundo. 1. Etiologia • CDV (Canine distemper vírus) • RNA vírus (mutagêgico) • Família Paramyxoviridae • Gênero Morbilivirus • Vírus do Sarampo Humano e da Peste Bovina • Hélice simples • Envelope lipoprotéico Possui cepas com diferentes virulências, porém, todas são imunossupressoras; 2. Epidemiologia Já foi descrita no cão, raposa, furão, guaxinim, panda, hiena, leão e tigre. Pode ser eliminada de 60-90 dias após a infecção; Transmissão ocorre por meio de aerossóis e gotículas contendo o vírus (excreções e secreções corporais) Alguns fatores que colaboram para a proliferação do vírus é a alta densidade populacional, promiscuidade, animais jovens, animais imunossuprimidos e o quadro clínico irão depender da virulência da cepa. 50% dos animais infectados apresenta encefalomielite aguda grave. 3. Patogenia INATIVADO COM FORMOL, FENOL E AMÔNIA QUATERNÁRIA. Downloaded by Luana Bugary (aluno.luana.santa@doctum.edu.br) lOMoARcPSD|52492445 Também ocorrem infecções transparentarias, neonatal, cardíacas ÓBITO (miocardite), oculares (retina e nervo óptico). # O CDV causa uma supressão acentuada da imunidade mediada pelas células T e B, esgotamento linfóide, linfopenia periférica e atrofia tímica. Além disso, a cinomose provoca desmielenização neuronal ocasionado por mecanismos imunomediados e autoimunes. 4. Sinais Clínicos As manifestações neurológicas podem ocorrer simultaneamente com outros sinais multisistêmicos. Pode ocorrer manifestações neurológicas tardias, após a aparente recuperação clínica. Poderá ocorrer manifestações neurológicas como única manifestação clínica aparente. Outros Sinais Clínicos: Esmalte dentário comprometido HIPOPLASIA Hiperqueratose focinho e coxins Diarreia autolimitante Infecções Secundárias Downloaded by Luana Bugary (aluno.luana.santa@doctum.edu.br) lOMoARcPSD|52492445 5. Diagnósti co Epidemiológico Sinais Clínicos Laboratorial # Hermatologia: Anemia regenerativa, Trombocitopenia (cães jovens), Linfopenia progressiva, Corpúsculos de inclusão (fase inicial), Leucocitose neutrofílica tardia. # Bioquímica: eletroforese proteica, aumento da gama globulina alfa 2 (MORTE ou neuropatia grave) # Radiologia: Pneumonia intersticial ou alveolar # Análise do LCR: Pt >25 mg/dl - Células > 10/dl (predominância de linfócitos). # Sorologia: Imunocromatografia Ac e Ag; Imunohistoquímica (mucosa nasal, epitélio palmar/plantar), RIFI/ELISA # Isolamento Viral: CARO # PCR Downloaded by Luana Bugary (aluno.luana.santa@doctum.edu.br) lOMoARcPSD|52492445 ERLICHIOSE MONOCÍTICA DOS CÃES 20-70 % das enfermidades atendidas em hospitais veterinários no nordeste, principalmente pela presença de cães errantes e pelo clima favorável para a proliferação do vetor. VETOR: Carrapato Rhipicephalus sanguineus A transmissão não ocorre transovariana, mas sim transestadial. Na ausência de fêmeas os machos podem transmitir de um cão paro o outro. O cão é o principal reservatório, por possuir maior temperatura corporal. Ocorrência concomitante com Leishmaniose (reação cruzada) , Anaplasma, Babesia e Cinomose. 1. Etiologia Erlichia Canis • Parasitas intracelulares obrigatórios de células hematopoiéticas maduras e imaturas Monócitos Linfócitos Macrófagos Neutrófilos Células endoteliais • Bactérias gran negativas • Pleiomórficas • Pouca variabilidade genética • Variabilidade antigênica E. canis se multiplica nos enterócitose migra para as glândulas salivares. Qiando o carrapato sulga o sangue o mesmo pode coagular e por isso ele libera saliva (ANTICOAGULANTE) que carreia a bactéria. Downloaded by Luana Bugary (aluno.luana.santa@doctum.edu.br) lOMoARcPSD|52492445 Resolução em 7-31 2. Patogenia 3. Diagnóstico Epidemiologia Sinais Clínicos #Achados Hematológicos: Anemia, Hemoglobinemia, Trombocitopenia, Discreta leucopenia - Pancitopenia #Achados bioquímicos: Hipoalbuminemia, Hiperproteinemia (globulinas), aumento realação albumina / globulina, aumento do ALT, Fosfatase Alcalina, Uréia e Creatinina, aumento do RPCU, aumento Proetína C reativa. #Imunologia RIFI (título > 1/40 – positivos) Não há relação entre título e gravidade da doença Soroconversão a partir do 7o dia pós infecção Dot-ELISA SNAP 3Dx® Cepa brasileira #Biologia Molecular PCR-RT: Qualquer tecido inclusive carrapatos Sangue – coletar e enviar – Frasco com EDTA Evitar coletar quando da antibioticoterapia #Citologia Aspirado de medula óssea/ Esfregaço sanguíneo Downloaded by Luana Bugary (aluno.luana.santa@doctum.edu.br) lOMoARcPSD|52492445 PARVOVIROSE CANINA É uma importante causa de gastroenterite em cães, muito comum na clínica de pequenos animais. 1. Etiologia Carnivore protoparvovirus 1 (CPV-2) • DNA vírus de fita simples • Família Parvoviridae • Gênero Protoparvovírus • Não envelopado (RESISTENTE) • Pequeno 18-26 nm • Cápsídio icosaédrico • Subtipos CPV-2a (EUA - 1980/1981 Brasil – 1985/1995) CPV-2b (EUA, Europa, África do Sul, Austrália, Japão 1984) CPV-2c (Itália, Vietnam, EUA, América do sul – 2004/2007) 2. Epidemiologia #Transmissão em cães susceptíveis através da via oro-nasal: Solo, água, fômites, alimentos contaminados por fezes caninas que contenham o vírus. #Raças predispostas (maior virulência): Rottweiler, pinscher, dobermann, pitbull, pastor alemão e labradores. #Alta morbidade e mortalidade. Os animais não apresentam imunidade neonatal (2-4 semanas para adquirir anticorpos maternos do colostro) #Susceptibilidade: Idade ( 6 semanas a 6 meses), Estado imunológico / nutricional,Parasitismo intestinal, Condições ambientais insalubres, Fator “stress” #Já foi relatada em: cão, lobo guará, cachorro do mato, raposas, gato, tigre siberianao, chita, panda e guaxinim. Sensível a água sanitária 1:2, a formalina e hipoclorito de sódio 2 a 5% por 15 a 30 minutos. Tropismo por regiões com elevada mitose Downloaded by Luana Bugary (aluno.luana.santa@doctum.edu.br) lOMoARcPSD|52492445 3. Patogenia 4. Diagnóstico #Hemograma: Anemia / Trombocitopenia ( avaliar hemoconcentração), Leucopenia (500 – 2000 cél/µl), Linfopenia, Neutropenia (7-8 após a infecção) #Bioquímica sérica: Hipoglicemia, Hipoproteinemia, Creatinina e uréia, ALT e Fosfatase Alcalina, Hiponatremia e Hipocloremia, Urinálise, Bacteriúria, Avaliar a capacidade de concentrar urina, Densidade superior 1,035 #Ultrassonografia e Radiologia: Identificação de corpos estranhos, Intuscepção, Avaliação da mucosa entérica #Identificação viral: Microscopia eletrônica, Reação de hemaglutinação (HA), ELISA (Ag Fezes), SNAP Parvo Test, Isolamento viral (MDCK) Downloaded by Luana Bugary (aluno.luana.santa@doctum.edu.br) lOMoARcPSD|52492445 LEUCEMIA FELINA (FELV) Pode afetar felídeos domésticos e selvagens, possui distribuiçãodistribuição, incidência, morbidade ou mortalidade; • Ocorrerem mudanças de perfil epidemiológico, como mudança de hospedeiro, de patogenicidade ou surgimento de novas variantes ou cepas. Além disso, a notificação também deve ser imediata para qualquer doença animal que não pertença à lista de notificação, quando tratar-se de doença exótica ou emergente que apresente índices de morbidade ou mortalidade expressivos ou repercussões para saúde pública. Informes mensais e semestrais pelos SVEs (Serviço Veterinário Estadual) e SFAs (Superintendência Federal de Agricultura, Pecuária e Abastecimento), sobre ocorrências, medidas de controle, vacinações e diagnósticos laboratoriais para algumas doenças animais específicas. Os informes mensais utilizados no momento são: • Informe mensal de ocorrência de doenças das aves e vacinação; • Informe mensal de raiva; • Informe mensal de mormo; • Informe mensal de anemia infecciosa equina; • Informe mensal sobre ocorrência e diagnóstico de brucelose; • Informe mensal sobre ocorrência e diagnóstico de tuberculose; • Ficha epidemiológica mensal - FEPI: formulário para o envio mensal de informações sobre a ocorrência de doenças, vacinação, controle e diagnósticos clínico-epidemiológico e laboratorial de doenças animais constantes na lista de doenças de notificação, nas categorias 2, 3 e 4. . Os informes semestrais utilizados no momento são: • Informe de vacinação contra a brucelose; • Informe dos SVEs e SFAs sobre a estrutura e atividades de vigilância (antigo relatório da COSALFA). Os dados obtidos pelos referidos informes são disponibilizados para monitoramento e análise de ocorrência e distribuição de doenças no País, subsidiar o gerenciamento e a avaliação dos programas zoossanitários nacionais, além de alimentar a base de dados zoossanitários da OIE. Downloaded by Luana Bugary (aluno.luana.santa@doctum.edu.br) lOMoARcPSD|52492445 Botulismo Doença neuroparalítica grave, não contagiosa, não febril, caracterizada por paralisia flácida da musculatura esquelética. DOENÇA DE NOTIFICAÇÃO COMPULSÓRIA Categoria 4 / múltiplas espécies OCORRÊNCIA: Principalmente em equinos, ruminantes e aves, sendo raro em carnívoros DISTRIBUIÇÃO: Doença cosmopolita, cujos tipos são de formas de origem alimentar, por feridas ou infantil ETIOLOGIA: Clostridium botulinum • Bacilo gram positivo, móvel, anaeróbio obrigatório Putrefativo e formador de esporos (elimina toxina na forma vegetativa) • Presente em todo ambiente (água, solo, alimentos), inclusive no TGI de animais, fezes e cadáveres • Produz esporos e toxinas nos alimentos em condições anaeróbicas (pH > 4,5/em umidade) • Toxina é termolábil → destruída à temperatura de 65 a 80°C / 30min ou a 100°C /5min • Tolerante a altas temperaturas (100°C/horas) → temp. 120°C/30min para destruir esporos • Resiste por mais de 30 anos em ambiente seco → esporos VIRULÊNCIA: • Em anaerobiose, produção de toxinas potentes com 08 tipos de toxinogênicos: o A, B, E, F → homem o E → peixes e moluscos o C1 → aves (neurotoxina) o C2 → ovinos e bovinos (permeabilidade vascular) o D → ovino, bovino e equino o G → morte súbita (pouco conhecido) TOXINA BOTULÍNICA (PATOGENIA): • Exotoxina potente, letal por ingestão, sem cor, sem odor e sem sabor • Inativada a > 85°C/5min – sintomas entre 2h e 5dias • Neurotrópica, causa paralisia flácida irreversível → inibe a liberação da Acetilcolina na junção neuromuscular esquelética (A toxina não penetra no sistema nervoso central devido à barreira hematoencefálica,) FLACIDEZ Downloaded by Luana Bugary (aluno.luana.santa@doctum.edu.br) lOMoARcPSD|52492445 TIPOS DE BOTULISMO: Botulismo Alimentar: o Esporos presentes no alimento → contaminados por má conservação (conservas, defumados, embutidos, queijos e laticínios, produtos artesanais ou industrializados com erro na esterilização) o Consumo de carcaças e osso (osteofagia) por animais no pasto → deficiência P o Contaminação da água e do solo o Alimentos forrageiros mal conservados (muito tempo) o Cama de frango Botulismo por Ferimentos: o Formação de esporos e produção de toxinas → em anaerobiose o Penetração dos esporos em ferimentos profundos, úlceras, fissuras, áreas necróticas, contusões, uso de agulhas sem devida higiene (inclusive drogados) Botulismo Infantil ou Intestinal: o Ingestão de esporos presentes no alimento, seguido de fixação e multiplicação do agente no ambiente intestinal, onde ocorre produção e absorção de toxina (I.Delg) ▪ devido ausência de microbiota de proteção e elevado pH (TGI imaturo) ▪ > frequência entre crianças de 3 a 26 semanas ▪ Em adultos → por uso prolongado de antibióticos, cirurgias intest. etc. o Ingestão de esporos no mel de abelha → motivo da proibição em neonatos SINAIS CLÍNICOS: • Constipação intestinal, retenção urinária, debilidade, vertigem • Alteração da visão, fotofobia, xeroftalmia, flacidez das pálpebras • Rouquidão, afonia, distúrbios de deglutição, inclinação da cabeça • Andar cambaleante, flacidez muscular generalizada, paralisia irreversível • Óbito com 3 a 5 dias por parada cardiorrespiratória DIAGNÓSTICO: • Observação de presença de ossos e carcaças no pasto • Condições de armazenamento da forragem • Característica clínica da doença • Análise do possível alimento contaminado • Após confirmação, detecção e triagem da toxina pela análise sorológica, fecal, emético ou conteúdo estomacal (ELISA) • Prova biológica em camundongos (soroneutralização) DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL: Sepse • Infecção viral (raiva, cinomose) • Desidratação • Doença metabólica • Doença de Aujeszky Miastenia gravis Polirradiculoneirite • Intoxicação • Síndrome de Guillain-Barré É importante ressaltar que um resultado laboratorial positivo confirma o diagnóstico, no entanto, um resultado negativo não exclui a possibilidade da intoxicação. Além do bioensaio ser pouco sensível, geralmente quando o animal manifesta a sintomatologia da intoxicação, a maior parte da toxina já agiu e foi eliminada. PI de 12 horas a 18 dias, de acordo com a quantidade de toxina ingerida Downloaded by Luana Bugary (aluno.luana.santa@doctum.edu.br) lOMoARcPSD|52492445 TRATAMENTO (rápido): • Neutralizar a ação da toxina com soro anti-botulínico • Antibioticoter. no tipo por ferimento (não usar na infantil devido a agressividade nem na alimentar) • Lavagem estomacal e enemas → botulismo alimentar • Intenso suporte nutricional e respiratório, principalmente ventilação em riscos de óbito PREVENÇÃO: • Retirada e incineração de cadáveres do pasto (ou enterrar profundamente) • Vacinação polivalente → animais C e D (bovinos a partir de 120 dias, com reforço em 42 dias) o 2 doses com intervalo de 4 a 7 semanas e reforço anual o Vacina não induz proteção cruzada, devido as toxinas serem antigenicamente ≠ • Suplementação mineral para evitar que os animais consumam ossos no pasto • Boa conservação do feno e silagem • Boa conservação das carnes, queijos, enlatados, observando prazos e qualid. da esterilização • Inspeção periódica dos bebedouros e pastos • Educação sanitária Se a toxina já estiver instalada na junção neuromuscular, o soro não será eficiente, visto que a ação do soro anti-botulínico só ocorre na toxina circulante, que ainda não se ligou e nem realizou o bloqueio da Acetilcolina. Downloaded by Luana Bugary (aluno.luana.santa@doctum.edu.br) lOMoARcPSD|52492445 Mais de 150 espécies já descritas: 1. Clostridium tetani Tétano Introdução →Equinos são mais sensíveis. →Seguidos pelos ovinos, caprinos e suínos. →Menos frequentes: Bovinos, cães, gatos. →Anaeróbico estrito. -positivo. Etiologia: →Formador de esporos terminais – arredondados/ovais => raquete. →Esporos => forma vegetativa depende das condições de tensão de oxigênio local. →Origem telúrica – comumenteencontrado em solos contaminados por fezes. →A forma esporulada – alta resistência ambiental, extremos de temperatura e exposição à luz solar direta. → Os esporos – áreas cultiváveis, ricas em matéria orgânica, em pastos explorados para a criação de animais de produção e nas fezes de animais e humanos. →Cultivo em meios ricos e em anaerobiose. →Os esporos-áreas cultiváveis, ricas em matéria orgânica, em pastos Fatores de virulência Colstrídio em anaeróbiose produz três exotoxinas conhecidas: Neurotoxina - não espasmogênica, Tetanolisina – hemolisina oxigênio lábil que promove necrose tissular, Tetanoespasmina – neurotoxina termolábio que produz os sinais clínicos do tétano. Downloaded by Luana Bugary (aluno.luana.santa@doctum.edu.br) lOMoARcPSD|52492445 Patogenia: A atuação da neurotoxina tetânica: Inibine os neurônios inibitórios dos sinais exitatórios do SNC (sinais que liberam acecetilcolina), fazendo com que esta seja liberada sem controle fino, e ocorra a contração muscular irreversível e paralisia hipertônica ou rígida. →Tétano ascendente –somente os troncos nervosos próximos ao sítio toxigênico recebem toxina suficiente para induzir a sintomatologia. →Animais menos suscetíveis –cães e gatos. →Tétano descendente –há a disseminação da toxina para áreas distantes do sítio toxigênico. Downloaded by Luana Bugary (aluno.luana.santa@doctum.edu.br) lOMoARcPSD|52492445 →Comprometimento do SNC –tétano generalizado →Acometimento inicial dos nervos da cabeça e pescoço e depois membros. →Animais mais suscetíveis –humanos e equinos →O PI varia de 7 a 21 dias para a maioria das espécies susceptíveis. →Em bovinos, no entanto, o período de incubação pode variar de 18 horas a quatro semanas. Sinais clínicos: Formas Clínicas →Super-Aguda; →Aguda; →Sub-Aguda; →Crônica. A forma da evolução depende: →Resistência natural do hospedeiro →Característica da cepa →quantidade de neurotoxina formada, →toxigenicidade da cepa, →quantidade de toxina circulante ou ligada a neurônios Sinais gerais: → Andar rígido; →Orelhas em pé; →Protusão da membrana nictitante (3ª pálpebra); →Posição de Cavalete; →Cauda em bandeira; →Mandíbula cerrada (lock jaw); →Sudorese; →Opistótono; →Reflexos exarcebados; →Não há perda de consciência; →Morte por parada respiratória Super-Aguda: Downloaded by Luana Bugary (aluno.luana.santa@doctum.edu.br) lOMoARcPSD|52492445 →Convulsões seguidas; →Hiperexcitabilidade; →Morte em 1 -2 dias. Aguda: →Forma + frequente; →Duração de 5 a 7 dias; →Contração da musculatura; →Protrusão da membrana nictitante; →Orelhas em pé; →Posição de cavalete; →Cauda em bandeira; →Sudorese; →Não há febre, perda de consciência; →Morte por parada respiratória. Sub-Aguda: 7 a 14 dias; →Sintomas similares à fase aguda com intervalos maiores entre os espasmos Crônica →Duração de 21 dias; →Contração de grupos musculares sem generalização. Diagnóstico O diagnóstico é extremamente simples →Clínica da doença. →Geralmente a doença se apresenta após algum evento traumático ou cirúrgico, fato que deve ser questionado durante a anamnese do animal. →Confirmação →Esfregaço direto corado pelo Gram ou cultura anaeróbia de material da ferida e baço. →Determinação dos anticorpos séricos antitetânicos e ainda determinar a presença da toxina tetânica no soro proveniente do animal infectado. →PCR para a detecção da toxina tetânica em feridas têm sido utilizados. Tratamento e Downloaded by Luana Bugary (aluno.luana.santa@doctum.edu.br) lOMoARcPSD|52492445 O objetivo é eliminar a presença da bactéria e bloquear a ação da toxina. →Administração de antibióticos (ex: penicilina) e lavagem da ferida. →Penicilina benzatina (20 a 40.000UI/kg, via intramuscular, dose única). →O soro antitetânico bloqueia a ação da toxina; →Presença de sinais clínicos, o soro é eficaz apenas se administrado diretamente no sistema nervoso (isto é, na coluna vertebral) o que requer anestesia geral. →Soro antitetânico (100.000UI, via intravenosa, dose única). Tratamento de Suporte Inclui: →Correção do equilíbrio hidroeletrolítico e do energético (soluções à base de ringer com lactato, bicarbonato e glicose); →Relaxante muscular (Diazepam 0,5 a 1,5/mg/kg/IM ou IV/TID); →Higienização com peróxido de hidrogênio e iodo (1%) - nos animais com ferimentos aparentes e cateterização vesical. →Os animais foram mantidos em baias isoladas, escuras, em local de baixo ruído e de acesso restrito. →No decurso do tratamento, quando os animais adotaram posição de decúbito, foram mantidos em colchão apropriado, com alteração diária do posicionamento, evitando-se a ocorrência de escaras de decúbito e pneumonia por hipóstase. Prevenção A nível preventivo, quando um cavalo tem uma ferida, o soro antitetânico pode ser administrado por via subcutânea, intramuscular ou endovenosa, o que inativa a toxina antes desta atingir o sistema nervoso, evitando o aparecimento dos sinais clínicos da doença. →Vacinação - Éguas gestantes devem ser vacinadas 1 mês antes do parto de modo a otimizar a transferência de anticorpos ao potro recém-nascido. →Os potros deverão depois ser vacinados pela primeira vez entre as 10 e 12 semanas de idade, recebendo uma segunda vacina 4 semanas depois. →A terceira vacina é dada 1 ano mais tarde e a partir daí repetida anualmente ou cada 2 anos. Downloaded by Luana Bugary (aluno.luana.santa@doctum.edu.br) lOMoARcPSD|52492445 Carbúnculo Sintomático ou Manqueira Doença Infecciosa aguda, não contagiosa, e altamente fatal( mortalidade quase 100%) ocasionada Pelo Clostriduium chauvoei que acomete os bovinos jovens,principalmente, mas pode acometer caprinos e ovinos. O microorganismo é um invasor secundário comum de feridas traumáticas ou cirúgicas. Etiologia: Bactéria Gram + bastonete, altamente resistente às mudanças ambientais e a desinfetantes, perisistindo por muitos anos no solo na forma de esporos. Epidemiologia Em bovinos é comum em animais de 6 meses a 2 anos de idade.As bactérias podem ser encontrados no baço, fígado e trato digestivo de animais infectados, e a partir das fezes contaminam o solo e as pastagens. Além disso, as pastagens também podem ser contaminadas por meio de carcaças em decomposição de animais que morreram da doença. Sinais clínicos: Os animais jovens apresentam febre, anorexia, depressão e manqueira do membro atingindo (edemaciado). O membro onde há a proliferação da bactéria se torna edematoso e é observada creptação decorrente da produção de bolhas de gás; além do edema há hemorragia, necrose de miofibrilas. A morte ocorre em até 72 horas. Patogenia: Os esporos presentes no ambiente, no solo, água e carcaças, são ingeridos e as bactérias se multiplicam no intestino , cruzam a mucosa intestinal e invadem a circulação geral se depositando na musculatura até que , devido a alguma lesão traumática ou cirúrgica, ocorra hipóxia tecidual que favorece a sua proliferação no tecido. Nos músculos elas fermentam o glicogênio muscular e digerem proteína, produzindo gás e exotoxinas ( hemolisina, toxina necrosante e etc), ocasionando edema, necrose e hemorragia da musculatura Diagnóstico: O diagnótico definitivo é feito a partir de sinais clínicos e achados de necropsia. Ou pela visualização direta da bactéria pela imunofluorescência Controle e Prevenção: A vacinação ainda é a melhor forma de prevenção, mas deve ser feita a retirada de carcaças de animais das pastagens, e a correta suplementação mineral dos bovinos. Downloaded by Luana Bugary (aluno.luana.santa@doctum.edu.br) lOMoARcPSD|52492445 1. Etiolog ia Ceratoconjutivite Infecciosa Bovina É a doença ocular de maior importância econômica para criação de bovinos e ovinos, também conhecida por pinkeye, lágrima e olho branco, associada primariamente aos seguintes agentes: Moraxella bovis, M.ovis, M. bovoculi;• G-, • Aeróbia, • Imóvel, • Oxidase +, • Catalase e Colagenase variável, • Pleomórfica, • Não é capaz de esporular • Beta-hemólise, Em meio ágar sangue formam colônias lisas ou rugosas, circulares e esbranquiçadas **7 sorogrupos, em agar sangue produz colônias lisas ou rugosas, circulares e esbranquiçada 2. Transmissão É uma doença altamente contagiosa, transmitida por contato direto ou de maneira indireta (fômites contaminados), descarga nasal ou ocular e, principalmente por vetores mecânicos. A bactéria pode sobreviver por mais de três dias nas patas das moscas e pode ser isolada tanto de animais sadios, que não padeceram da doença, quanto de animais recuperados. Ocorre principalmente nas estações quentes, quando a população de vetores (Musca autumnalis e M. domestica) e o fotoperíodo aumentam. Após a manifestação clínica, o animal permanece portador de Moraxella spp. e desta forma pode ser um reservatório da enfermidade em um rebanho. Outros fatores predisponentes como irritação nos olhos causada por poeira, vento, pastagens e outros elementos que causam injúrias mecânicas aumentam a suscetibilidade à CI, assim como, fatores estressantes como o transporte prolongado dos animais. • Afeta animais de todas as idades • Em áreas endêmicas as taxas de incidência são maiores em animais jovens • Zebuínos e suas cruzas são menos frequentemente afetados 3. Patogenia A sucessão de eventos que leva à manifestação de CI inicia-se quando cepas patogênicas de Moraxella spp. sintetizam fímbrias de aderência. As fímbrias reconhecem receptores específicos presentes na conjuntiva e na córnea, fixando-se às células. Exotoxinas com atividade enzimática e inclusive lipopolissacarídeo somático provocam lesões na superfície da córnea permitindo a invasão das bactérias, que, através das exotoxinas produzem uma desorganização das fibras de colágeno (ARAÚJO; RICCIARDI, 1988). A lesão celular desencadeia um processo inflamatório que provoca edema de córnea e migração de células inflamatórias. Estudos indicam que cepas hemolíticas de M. bovis produzem a citotoxina produtora de poros na membrana citoplasmática das células alvo (epiteliais, leucócitos, hemácias), provocando efluxo de potássio e desequilíbrio osmótico, o que leva à necrose e perda do epitélio da córnea (úlcera de córnea) 4. Sinais Clínicos Durante essa sucessão de eventos o animal apresenta: • lacrimejamento, Downloaded by Luana Bugary (aluno.luana.santa@doctum.edu.br) lOMoARcPSD|52492445 • blefaroespasmo • fotofobia Após, a ceratite pode evoluir para conjuntivite, sendo que a secreção ocular que primariamente é aquosa passa a ser purulenta. Dentro de poucos dias o animal apresenta opacidade de córnea que pode evoluir para úlcera de córnea. Pode acometer um olho ou ambos . Outros sinais clínicos: • Anorexia; febre moderada; perda de peso; conjuntivite; epífora; inflamação e engrossamento das pálpebras; hiperemia progressiva dos vasos; congestão dos vasos; opacidade do centro da córnea; presença de úlcera; cegueira permanente ou temporária; pode haver prolapso de íris; secreção de aspecto purulento; dor; queda de produção; morte 5. Diagnóstico 5) Epidemiológico • Raças de bovinos, Hereford e Aberdeen Angus são mais predispostas que zebuínos ou suas cruzas • Hereford está associada a fatores como a falta de pigmentação da pálpebra e a ineficiente ação bactericida da solução lacrimal • Surtos ocorrem com maior frequência no verão e Outono; maior fotoperíodo e mais população de vetores • Acomete ambos os sexos • Maior acometimento de jovens (até 2 anos) • Morbidade: Alta • Letalidade: Nula • Reservatórios: Próprios animais doentes; portadores inaparentes • Fontes de Infecção : Secreções nasais e oculares 6) Diferenc ial Clinico: Diferente de IBR pois pode causar úlcera de córnea e direção da lesão de córnea (centro- periferia) 7) Laboratorial Bacterioscópico e Bacteriológico Isolamento a partir de swab e inoculação em ágar sangue; necessário avaliar fatores de virulência a partir de provas como hemólise. 6. Profilaxia e Controle Tratamento 8) Isolamento dos animais acometidos 9) Abrigos escuros 10) Pomadas e anestésicos oftálmicos com vitamina A 11) Antibióticos tópicos, subconjuntivais ou parenterais. 12) Lavagens diárias dos olhos com solução fisiológica (NaCl 0,9%) Profilaxia • Controle de vetores • Desinfecção adequada das instalações • Uso de Vacinas com antígenos de fimbrias (Polivalente ou monovalente) *** vacinas autógenas são mais eficazes tendo em vista que a vacina é produzida a partir do microorganismo que é isolado na propriedade. Downloaded by Luana Bugary (aluno.luana.santa@doctum.edu.br) lOMoARcPSD|52492445mundial de 1%, e no Brasil possui soroprevalencias variáveis: CE (83%) SP (5%), Proliferação da doença relacionada à densidade populacional, por isso a soroprevalência de 33% em gatis. 1. Etiologia • Família Retroviridae, Subfamília Orthoretrovirinae • Gênero Gamaretrovirus • RNA vírus • Envelopado • Capsídio helicoidal • 80 – 120 nm • Transcriptase reversa 2. Epidemiologia Transmissão por contato direto ou indireto(fômites), Saliva (1.000.000 virions/ml), Mordidas em brigas (?), Transmissão vertical já relatada, Infecção latente. 3. Patogenia 4. Sinais Clínicos Infecções oportunistas: Estomatite, gengivite crônicas, Lesões de pele e abcessos cutâneos (fungos), Doenças respiratórias crônicas, > risco de PIF e Toxoplasmose Linfosarcomas Leucemia Downloaded by Luana Bugary (aluno.luana.santa@doctum.edu.br) lOMoARcPSD|52492445 Anemia Variação dependendo do hospedeiro 5. Diagnóstico #Diagnostico clínico + Sinais inespecíficos + Imunossupressão (~FIV) #Diag Diferencial (toxoplasmose, neoplasias) #Diagnostico laboratorial: Ac ELISA, Antígenos virais RT-PCR e PCR (saliva) #Diagnóstico correto: Isolamento dos animais positivos, Limitação do acesso de gatos à rua. Vacinação (pouco eficiente), Vírus completo inativado ou recombinantes FEL-O-VAX® LKV IV Protocolo 1ª dose: 6-8 sem 2ª dose: 9-11 sem 3ª dose: 12-14 sem Downloaded by Luana Bugary (aluno.luana.santa@doctum.edu.br) lOMoARcPSD|52492445 IMUNODEFICIÊNCIA FELINA (FIV) Felídeos domésticos e selvagens, soroprevalência mundial de 12%.Animais > 1 ano (12-30% soroprevalentes). 1. Etiologia • Família Retroviridae • Subfamília Orthoretrovirinae • Gênero Lentivirus • RNA vírus • Envelopado • Capsídio elicoidal • Transcriptase reversa • 120 nm • 2 fitas simples RNA • Sensível aos desinfetantes e sabão comuns e sabão Relação filogenética: CAEV, MMV e HIV - Modelo animal de retrovírus ( Drogas anti-retroviral) Vacinas anti-HIV, Compreender a imunossupressão • 5 genotipos (A-E) A e B mais comum A e C EUA e Canadá B Brasil – MG, RJ, SP 2. Epidemiologia Idade > 1 ano Transmissão: Contato direto (Saliva, Mordidas, sêmen, leite materno, fômites) ou indireto (Gatas prenhas soropositivas - 70% possibilidade de contaminação do filhote). Downloaded by Luana Bugary (aluno.luana.santa@doctum.edu.br) lOMoARcPSD|52492445 3. Patogenia 4. Sinais Clínicos • Febre • Dermatite, Otite • Linfadenopatia • Estomatite, gengivite • Quadro neurológico e alt. comportamental • Uveíte, emaciação • Enterite com diarreia • Abcessos • IRC • Infecções respiratórias crônicas Downloaded by Luana Bugary (aluno.luana.santa@doctum.edu.br) lOMoARcPSD|52492445 5. Diagnóstico #Diagnóstico clínico: Sinais inespecíficos, Imunossupressão (~FeLV) = análise AC, Ag ou RNA, Diag. diferencial (Toxoplasmose, neoplasia, leucemia) #Diagnóstico laboratorial #Biologia molecular PCR (leucócitos)- determinação da variação genômica #Ag virais: Kits comerciais #AC: ELISA, RIFI, Western Blot - Negativo = reteste em 60 dias 6. Controle e Profilaxia Identificação e isolamento dos animais positivos Limitação do acesso à rua Controle de densidade população Vacinação disponíveis #Vírus atenuado Fel-O-Vax® FIV (subtipos A e D) -Iniciar aos 2 meses (3 doses a cada 21dias) #Vacinas de DNA -Diversidade genética = insucesso Downloaded by Luana Bugary (aluno.luana.santa@doctum.edu.br) lOMoARcPSD|52492445 1. Introduç ão FEBRE AFTOSA Febre Aftosa é uma doença altamente contagiosa de biungulados (com cascos bipartidos = ruminantes e suínos), caracterizada por febre e pela formação de vesículas sobre a superfície epitelial. Apesar de haver baixa mortalidade, a morbidade pode chegar a 100% do rebanho e elevar prejuízos à produção pecuária, sendo dessa forma, considerada a enfermidade de maior importância da pecuária nacional. A doença foi detectada pela primeira vez na Itália, em 1514. No Brasil, o primeiro registro ocorreu em 1895, no Triângulo Mineiro. Somente em 1964 as campanhas de controle e erradicação da doença, através de vacinas, tiveram início. Quem coordena o combate à febre aftosa no Brasil é o Ministério de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), por meio do Programa Nacional de Erradicação e Prevenção da Febre Aftosa (PNEFA). Os últimos focos ocorreram em 2005 nos Estados de Mato Grosso do Sul e Paraná, o que levou à suspensão da condição de zona livre nestes dois estados e em outros dez, inclusive São Paulo. Desde 2006 não ocorreram mais focos; no entanto, a região Norte (Amazonas, Roraima e Amapá) ainda não conquistou a classificação de livre com vacinação pela Organização Mundial da Saúde Animal (OIE), que é responsável por garantir a segurança sanitária do comércio mundial, elaborar normas sanitárias para o controle das epizootias (enfermidades contagiosas de animais). A classificação de níveis de risco por febre aftosa, leva em consideração não só a presença do vírus ou ocorrência de casos clínicos da doença, mas também a qualidade do serviço veterinário, a situação de áreas vizinhas, a cobertura vacinal, entre outros critérios Em 2016, todos os estados e o Distrito Federal participam das campanhas de vacinação, exceto Santa Catarina, reconhecido pela OIE como livre de febre aftosa sem vacinação desde 2007. A meta do MAPA era tornar o país Livre de Febre Aftosa com Vacinação até 2015 (atualmente a meta é que seja alcançada até 2023), o que não ocorreu, sendo o programa de defesa agropecuário que possui mais verba destinada para sua execução. As vantagens de manter o estado Livre Sem Vacinação, são: • Evita que o animal (vacinado) continue portador (faringe e líquido esofágico), mantendo o vírus circulante • Evita gastos com as vacinas (produção, distribuição) • Evita lesões nos animais (abcessos) causados por reação à vacina 2. Etiologia Família: Picornaviridae ➔ família de vírus que possui os menores exemplares ➔ diâmetro de 25 a 30 nm (vírus da gripe comum possui diâmetro de 80-120 nm) – aumenta a capacidade de disseminação Gênero: Aphtovirus ➔ provocam lesões vesiculares Downloaded by Luana Bugary (aluno.luana.santa@doctum.edu.br) lOMoARcPSD|52492445 RNA-Vírus ➔ possui uma certa capacidade de mutagenicidade Não-Envelopado ➔ confere uma certa resistência ao vírus Existem sete diferentes sorotipos de vírus da Febre Aftosa: O O sorotipo mais comum no Brasil e presente na vacina A Registrado no Brasil e presente na vacina C Presente na vacina, mas está processo de remoção. SAT-1 (South African Territory-1) Nunca registrado no Brasil. Ausente na vacina. SAT-2 (South African Territory-2) Nunca registrado no Brasil. Ausente na vacina. SAT-3 (South African Territory-3) Nunca registrado no Brasil. Ausente na vacina. Ásia–1 Nunca registrado no Brasil. Ausente na vacina. Não há proteção cruzada: A vacinação contra um sorotipo não garante proteção contra o outro Atualmente as vacinas possuem dose de 5mL (reforçada), mas devem ser reduzidas à 2mL em um futuro próximo, removendo o Sorotipo C e reduzindo o adjuvante responsável por abcessos. O vírus é resistente a influências externas, incluindo desinfetantes comuns, e às práticas usuais de armazenamento de carne. CARACTERÍSTICAS DE SOBREVIVÊNCIA DO VÍRUS PRESERVAÇÃO INATIVAÇÃO Temperatura Refrigeração e Congelamento Superior à 50 ºC pH Neutro, levemente básico. (7,0 – 8,0) Acima de 6,0 ou Abaixo de 9,0 Na carne, após a morte, o glicogênio (pH ≅ 6,0) é metabolizado em lactato (pH ≅ 5,0) inativando o vírus. Desinfetantes Iodóforos, compostos quaternários de amônio, hipoclorito e fenol, especialmente na presença de matéria orgânica. Hidróxido de sódio (2%), carbonato de sódio (4%), e ácido cítrico (0,2%). Sobrevivênci a Sobrevive nos gânglios linfáticos e na medula óssea com pH neutro, mas se destrói nos músculos a pH menorque 6,0, ou seja, depois do rigor mortis. Pode persistir em forragem contaminada e no meio ambiente até 1 mês, dependendo da temperatura e pH. 3. Epidemiologia I. Animais Susceptíveis: • Ovinos e caprinos são considerados hospedeiros mantenedores. Eles podem ter sinais leves da doença, adiando o diagnóstico e dando tempo para a disseminação e para a contaminação ambiental. • Os suínos são considerados hospedeiros amplificadores, por eliminar grandes quantidades de vírus (até 3.000 x mais que outras espécies) quando estão infectados. • Os bovinos e bubalinos são, geralmente, os primeiros a manifestar os sinais de FA, por isso são considerados “indicadores” da doença, pois são mais susceptíveis. As lesões nos bovinos e Downloaded by Luana Bugary (aluno.luana.santa@doctum.edu.br) lOMoARcPSD|52492445 bubalinos são normalmente mais severas e progridem mais rapidamente comparados com outras espécies. ➢ É proibido vacinar outros animais que não sejam os Bovinos, para que estes, sejam tratados como sentinelas e sejam detectados a presença dos vírus no ambiente. II. Fontes de Infecção: • Animal em Período de Incubação (3-5 dias) e os clinicamente afetados • Excreções e Secreções de animais afetados (saliva, fezes, urina, leite e sêmen) • Carnes e derivados (pH > 6,0) • Portadores, inclusive o homem III. Formas de Transmissão: A transmissão ocorre principalmente por aerossóis respiratórios e contato direto ou indireto com animais infectados. Os animais também se infectam pela ingestão de produtos de origem animal contaminados com o vírus como carne, leite, ossos e queijo. Adicionalmente, objetos contaminados, como botas, mãos, roupas e veículos ou equipamentos podem disseminar o vírus de um animal para outro ou de uma fazenda para outra. Contato direto com: Vesículas, ferimentos, aerossóis, excreções e secreções Contato indireto por: Ingestão de POA e disseminado no ar por transporte aéreo (até 60 km por terra e até 300 km por mar). Morbidade ≅ 100% Mortalidade ≅ 1% Em surtos ou em animais jovens, pode haver mortalidade de até 40% na forma apoplética (superaguda) [degeneração cérea dos cardiomiócitos causando “♥ tigrado”] 4. Patogenia O vírus possui epiteliotropismo e sua contaminação acontece geralmente através das vias oral (mais comum) e nasal (necessita de ↑ [ ] viral). A 1ª replicação viral acontece no revestimento epitelial da porta de entrada do vírus ➔ causa um desequilíbrio hidroeletrolítico nas células e promove uma vesícula. Quando as vesículas se rompem os vírus invadem a corrente sanguínea (viremia) e são distribuídos aos órgãos de predileção ➔ Cavidade Oral (gengivas, língua e bochecha) - +comum em bovinos e bubalinos ➔ Patas (vesículas e lesões podais) - +comum em suínos, ovinos e caprinos. Downloaded by Luana Bugary (aluno.luana.santa@doctum.edu.br) lOMoARcPSD|52492445 ➢ Melhor época para isolamento viral ➔ realiza aspiração nas vesículas não rompidas (ou nas patas, mas são mais contaminadas), e acondiciona em meio Vallé refrigerado ou realiza o LEF nas vesículas rompidas e acondiciona em meio Earle congelado. ➢ Melhor época para colheita do soro➔ sorologia pareada (com 14 dias de diferença) no período de recuperação. MÁCULA PÁPULA VESÍCULA PÚSTULA ÚLCERA CROSTA Muda de cor ↑ tumefação e edema intracelular “bolha”, edema extracelular Migração de células de defesa➔ pus Rompimento da vesícula Processo de cicatrização Período de incubação ≅ 7 dias Manifestação Clínica depende: Cepa viral, [ ] viral, estado imune do animal e idade 5. Sinais Clínicos Febre 40-41 ºC com presença de vesículas na boca, narinas, focinho, patas ou tetas. Salivação profusa, com baba em filete Formação de vesículas orais Claudicação Infecção bacteriana secundária Emagrecimento Downloaded by Luana Bugary (aluno.luana.santa@doctum.edu.br) lOMoARcPSD|52492445 • Bovinos tem mais manifestação oral • Ovi, cap, sui tem mais manifestação podal Vírus não atravessa a placenta, mas pode causar aborto devido a pirexia. 6. Diagnóstico Epidemiológico aliada ao clínico, diferencial e laboratorial contribuem para o diagnóstico Não há como distinguir apenas clinicamente a FA da Estomatite Vesicular, Doença Vesicular dos Suínos e Exantema Vesicular Suíno, IBR e BVD. Direto ➢ Identificação agente (vírus): o ELISA o Isolamento Viral Indireto ➢ Detecção de Ac no soro o ELISA o Prova de neutralização viral Amostras Fluído vesicular, epitélio (vesículas), sangue total, soro, fezes, LEF (Sonda esofágica – PROBANG) 7. Controle Controle e fiscalização do trânsito de animais e produtos de animais susceptíveis à FA (GTA, quarentena) Sacrifícios de animais infectados, recuperados e que entraram em contato com demais infectados Destruição de cadáveres, desinfecção do local e de todo material contaminado A vacinação é a melhor forma de prevenção. No Ceará, o calendário de vacinação é: • Maio➔ todos os bovinos acima de 5 meses de idades • Novembro➔ apenas os bovinos de até 24 meses Proibido vacinar ovinos, caprinos, suínos e qualquer outra espécie susceptível Vacina trivalente (cepas A24, O1 e C3), adjuvante oleoso e inativada Controle de temperatura (2 a 8ºC) Armazenada sob refrigeração, nunca congelada, sendo recomendado o transporte em caixa de isopor com gelo reciclável Aplicada 5ml na tábua do pescoço Downloaded by Luana Bugary (aluno.luana.santa@doctum.edu.br) lOMoARcPSD|52492445 Família: flaviviridae Gênero: pestivirus Diarréia Viral Bovina (BVDV) 1. ETIOLOGIA: Hospedeiros: ruminantes, suínos, javalis, caprinos, bubalinos, cervos. Espécies: • Vírus da peste suína clássica (csfv) • Vírus da “border disease” (bdv) • Bvdv 1: bvdv 1a, bvdv 1b • Bvdv 2: bvdv 2ª e bvdv 2b → vírus novo e altamente virulento. Biótipos: mesma constituição genética, porém com diferenças na indução de alterações microscópicas visíveis (vacuolização e lise) em cultivos celulares epiteliais in vitro citopatogênico (CP): (in vivo): restritas ao trato digestório e (in vitro) provoca morte celular em cultivos celulares epiteliais ou linfóides não citopatogênico (NCP): (in vivo): tropismo por leucócitos, órgãos linfóides e pelo trato respiratório e (in vitro) não causa morte celular em cultivos celulares epiteliais ou cultivo de células linfóides; linfocitopatogênico: (in vitro) que não causa morte celular em cultivo de células epiteliais, mas causa morte de células em cultivo linfóide. OBS: fato de um dos biótipos não ser CP não significa que o mesmo não seja patogênico e somente cause infecções subclínicas nos animais. Portanto, os biótipos são classificados pela habilidade em causar alterações visíveis em culturas celulares epiteliais e não quanto à capacidade de causar enfermidade no animal. Todos os vírus altamente virulentos, até então estudados, eram NCP. 2. EPIDEMIOLOGIA: Persistentemente infectado (PI): soronegativos! A infecção do feto bovino com o biótipo NCP antes do desenvolvimento da competência imunológica (até 125 dias de gestação, mais entre 30 e 90 dias ou 1/3), proteínas virais são reconhecidas erroneamente como próprias e imunologicamente tolerantes ao BVDV e eliminam por toda sua vida uma grande quantidade de vírus em secreções e excreções, disseminação rápida. Taxa de letalidade dos bezerros PI: > 50% no primeiro ano de vida (prematuros, fracos, letárgicos ou com malformação congênita). Os que sobrevivem: tem atraso no crescimento e alterações funcionais de linfócitos e neutrófilos, que causam imunossupressão. Podem ser clinicamente saudáveis, mas com expectativa de vida seja baixa → Doença das Mucosas Se alcançar a idade adulta: fêmeas PI → progênie PI. Transitoriamente infectado: o bovino que está na fase aguda da enfermidade A eliminação do vírus pelos animais TI: diasou semanas com disseminação é mais lenta. 3. PATOGENIA: Complexo de síndromes que afetam os sistemas reprodutivo, respiratório: doença respiratória em bezerros, digestório: Enfermidade gastroentérica aguda ou crônica, circulatório: síndrome hemorrágica com trombocitopenia, imunológico: imunossupressão, linfático, musculoesquelético, sistema nervoso central, e patologias cutâneas. 4. MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS: Downloaded by Luana Bugary (aluno.luana.santa@doctum.edu.br) lOMoARcPSD|52492445 Período de incubação → 5 a 7 dias Viremia → 24 horas e perdura até 15 dias 70 a 90% subclínica Sinais inespecíficos: hipertermia transitória, leucopenia, imunossupressão → infecções secundárias. S imune: Imunossupressão: replicação do BVDV nos monócitos, nos linfócitos B, nos linfócitos T, nas células epiteliais do trato digestório e do trato respiratório superior. TR: agente infeccioso primário ou como agente imunossupressor e/ou sinérgico. Rinotraqueíte infecciosa dos bovinos (BoHV-1), vírus respiratório sincicial bovino (BRSV) ou pela Mainhemia haemolytica, broncopneumonia fibronecrótica. TGI: sinergismo com Coronavirus e Rotavirus SNC: isolado do cérebro de fetos abortados e natimortos. S reprodutivo: infecção transplacentária: teratogênico → reabsorção embrionária, mumificação fetal, aborto, deformidades congênitas (cerebrais: hipoplasia cerebelar, microcefalia, hidranencefalia, mielinização deficiente na medula espinhal nos olhos: atrofia ou displasia da retina, catarata, microftalmia, também aplasia tímica e braquignatismo) retardo de crescimento e artrogripose, imunotolerância (PI), natimortos, nascimento de bezerros fracos, débeis, prematuros e com alterações no crescimento. Infecção fetal no final de gestação → comprometimento do sistema imune dos bezerros. FÊMEAS: • Falhas reprodutivas: antes da concepção, durante a fecundação e nos primeiros dias de vida do embrião. • Tropismo por células germinativas de ambos os sexos: alterações da dinâmica ovariana e no comprometimento transitório da fertilidade. Infecta o ovário por 60 dias: Ovarite e ausência de ovulação. Inflamação nas mucosas do oviduto e útero. MACHOS: • Defeitos morfológicos dos espermatozóides, à baixa qualidade do sêmen, com diminuição da mobilidadee da concentração espermática. • Replica nas vesículas seminais e na próstata. • Infecção persistente nos túbulos seminíferos após a infecção aguda durante a puberdade: O BVD atravessa a barreira hemato-testicular, mas os anticorpos neutralizantes não. Liberação constante no sêmen. Hemorrágica: trombocitopenia, lesões hemorrágicas nas mucosas e serosas do trato digestivo, em músculos, além de úlceras na mucosa do trato digestivo. Diarreia Viral Bovina tradicional: infecção aguda, de poucos dias de duração, baixa letalidade, qualquer idade. Depressão, anorexia, atonia ruminal, fezes pastosas, escuras e fétidas, seguidas de diarreia escura, tenesmo, desidratação, respiração ofegante, corrimento nasal seropurulento, presença de úlceras profundas e confluentes na mucosa da língua, do terço anterior do palato e do esôfago, além de hiperemia da mucosa do rúmen e do intestino; febril, hipersalivação, tosse, agalactia. Doença das Mucosas: baixa morbidade e alta letalidade, pois ocorre em bovinos que apresentam imunotolerância específica ao vírus infectante (animais PI) e não desenvolvem anticorpos. Infecção pelo BVDV 1 ou BVDV 2 em PI com NCP se infeccionam com uma estirpe homóloga do vírus CP. Na maioria das vezes, o vírus CP origina-se do vírus NCP persistente por meio de recombinações genéticas. • FORMA AGUDA: febre (40-41º C), salivação, descarga nasal e ocular, diarréia profusa hemorrágica, desidratação, depressão e morte, Laminite e coronite, severa leucopenia, úlceras e Downloaded by Luana Bugary (aluno.luana.santa@doctum.edu.br) lOMoARcPSD|52492445 erosões em toda a mucosa do trato digestivo. No esôfago, essas lesões "arranhão de gato". Papilas ruminais diminuídas, conteúdo intestinal escuro e aquoso, enterite catarral ou hemorrágica. As placas de Peyer estão edematosas, hemorrágicas e necróticas. necrose das placas de Peyer, dos centros germinativos do baço e linfonodos, e edema, degeneração balonosa, necrose e infiltrado inflamatório nas mucosas do trato digestivo. • FORMA CRÔNICA: inapetência, perda de peso e apatia progressiva, diarréia contínua ou intermitente, descarga nasal e descarga ocular persistente, Áreas alopécicas e de hiperqueratinização comum no pescoço. Lesões erosivas crônicas podem ser vistas na mucosa oral e na pele. Laminite, necrose interdigital e deformação do casco. FATORES DE RISCO Criação de corte: onde o bezerro fica em contato permanente com a mãe, caso seja PI infecta as gestantes. ELIMINAÇÃO ESPONTÂNEA - “SELF CLEARANCE” eliminação espontânea do BVDV no rebanho sem qualquer intervenção técnica (morte dos PI e TI) 5. DIAGNÓSTICO Amostras: • sangue com anticoagulante (para detecção de animais PI ou de • animais na infecção aguda) • soro (preferencialmente pareado) • órgãos (baço, timo, intestino e linfonodos e com lesões) • fetos e envoltórios fetais (placenta e placentomas) Testes: • PADRÃO OURO: Soroneutralização ou isolamento viral com cultivo e IFA (Imunofluorescência) + IPX (Imunoperoxidase em monocamada de células) ???????????????? • Isolamento viral (isolamento de vírus em cultivo celular): os órgãos ou tecidos devem ser conservados em gelo: amostras de fetos abortados, natimortos e/ou membranas fetais, soro de animais jovens (PI) de rebanhos com problemas reprodutivos e de casos clínicos de doença gastroentérica. leucócitos de animais de rebanhos com problemas reprodutivos, sêmen de touros de centrais de IA e encéfalos de animais com sinais neurológicos • PCR: pesquisa de RNA de BVDV no encéfalo, amostras de fetos abortados, natimortos e/ou membranas fetais, sêmen, fezes, em secreções/swabs nasais, e em órgãos de animais necropsiados • Histopatológico: formalina à 10%. • IHC (imunoistoquimica): detecção de antígenos virais em cortes histológicos. • ELISA: para detecção de anticorpos contra o BVDV. Diagnóstico de PI: isolamento do vírus em cultivo celular. Quando se obtém o isolamento viral a partir de duas coletas de sangue separadas, no mínimo, por 3 semanas. 6. CONTROLE E PROFILAXIA Vacinação: Vacinas inativas associadas a vacinas para outros agentes infecciosos: herpesvírus bovino-1, vírus da Parainfluenza-3 e vírus respiratório sincicial (BRSV). E produzidas com cepas tipo I induzem proteção parcial ou incompleta contra cepas de BVDV-II Vacinas autógenas com vírus vivo modificado (proibida) ou com cepas inativas do tipo I e II juntas estão sendo elaboradas e testadas. Esquema: Downloaded by Luana Bugary (aluno.luana.santa@doctum.edu.br) lOMoARcPSD|52492445 bezerros são vacinados aos 4-6 meses e revacinados 30 a 40 dias após e revacinação aos 8-12 mese e a cada 6 a 12 meses. Fêmeas: antes da temporada de monta (2-3 semanas antes da cobertura) Quarentena Eutanásia dos PI Rinotraqueíte Infecciosa Bovina (IBR) 1. Etiologia O HBV-1 (BoHV-1), pertencente à família Herpeviridae, subfamília Alfaherpesvirinae, é responsável por desenvolver distúrbios respiratórios e reprodutivos. Os subtipos do HBV-1 foram determinados baseados na análise das diferenças no DNA (PCR) e são HVB-1.1 (Doenças respiratórias e reprodutivas), 1.2ª (Doenças Genitais) e 1.2b(VIP e IBP). A importância biológica desta classificação não está bem definida, porém uma menor virulência tem sido indicada para o subtipo 2b. # DNA vírus – fita dupla # Envelopado 2. Transmissão A IBR é uma doença cosmopolita, facilmente transmitida através de secreções respiratórias, oculares e reprodutivas, sendo a última, a via de entrada mais comum em rebanhos. Touros utilizados para produção de sêmen que possuem o vírus em estado de latência apresentam- se como um problema especial, uma vezque o sêmen pode sofre contaminação com grandes quantidades de HBV-1 nos episódios de reativação viral. Os touros começam a eliminar o HBV-1 na mucosa prepulcial por volta de dois a sete dias após a infecção pelo coito. Este primeiro período de eliminação viral pode levar algumas semanas, e após esta primeira fase de infecção o vírus entra então em latência. Portanto, o sêmen contaminado pelo HBV-1 desempenha um papel fundamental na cadeia epidemiológica, podendo transmitir o agente pela monta natural e inseminação artificial (IA). O HBV-1 presente no sêmen permanece viável quando preservado a 4°C por sete dias e em temperatura ambiente por cinco dias. O processo de congelação do sêmen não desativa o vírus, permanecendo este com seu potencial infectivo ativo, e o uso dos antimicrobianos neste processo não afeta em nada o este patógeno. Assim a IA é uma forma potencial de transmissão do vírus nas populações. Devido a este motivo, touros utilizados para a IA devem ser submetidos a exames sorológicos para a doença periodicamente. Outro fator importante ligado aos touros na epidemiologia da IBR é a não existência de uma correlação obrigatória entre a detecção de anticorpos específicos circulantes e a eliminação do vírus pelo sêmen uma vez que tem sido relatada a detecção do HBV-1 em amostras obtidas de animais soronegativos, e vice-versa. #Acomete todo o país #Todas as idades e raças são suscetíveis a infecção, porém muitos trabalhos reportam maior ocorrência da doença em animais acima dos 6 meses. #Animais leiteiros possuem maiores porcentagens de animais positivos, quando comparados aos de corte. Isso talvez possa ser explicado pela maior aglomeração que animais de exploração leiteira são submetidos. #Transmissão indireta: fômites e aerossóis Downloaded by Luana Bugary (aluno.luana.santa@doctum.edu.br) lOMoARcPSD|52492445 No caso da infecção pelo trato genital, a transmissão ocorre pelo coito ou por fômites. Transmissões cruzadas entre a forma respiratória e genital podem ocorrer. Estado de latência nervos T e S. Distúrbios na arquitetura celular, com o aparecimento de inclusões intra- nucleares, marginação da cromatina e destruição dos nucléolos. #A resposta imune humoral e celular ocorre após sete dias da infecção; #Os anticorpos persistem em níveis detectáveis por três anos após a vacinação Aborto Infecções Secundária Lesão necrosante Perda de Cílios Laringite Meningocefalite Replicação nas tonsilas Traqueíte Nervo Trigemio e Sistema Genital Corrente Sanguínea ORAL Rinite Região Ocular Penetra e Replica na mucosa no sítio de entrada BoHV-1 # PERÍODO DE LATÊNCIA: A ocorrência da latência existente nas infecções por BHV-1 tem papel importante na patogenia e nas medidas de controle deste vírus, pois uma vez infectado, o animal torna-se portador para o resto da vida. Após o vírus penetrar no hospedeiro, e se ligar às células epiteliais do sítio de inoculação e se replicar, o BHV-1 se dissemina através de feixes nervosos, alcançando principalmente os gânglios trigeminais e sacral, onde permanece em estado latente, podendo ser reativado em condições de estresse, ou baixa da imunidade (ESTRESSE, CORTICÓIDE, GESTAÇÃO, TEMPORADA DE MONTA, OUTRAS DOENÇAS). Durante a reativação viral, o HBV- 1 torna-se passível de ser excretado novamente, podendo contaminar outros animais susceptíveis, e ressalta ainda que nos animais latentes, os sinais clínicos geralmente não estão presentes durante a reativação viral. 3. Patogenia 4. Sinais Clínicos # A forma genital ocasionada pelo BHV-1 manifesta-se pela IPV e IPB. Nos machos, a balanopostite pustular infecciosa (IPB) ocorre de forma clínica ou subclínica. Após um período de incubação de um a três dias, a mucosa do pênis e prepúcio tornam-se hiperêmicas. A IPB pode ser acompanhada por febre, depressão e perda de apetite. # Em bezerros infectados no final da gestação, durante ou logo após o parto, podem apresentar a forma sistêmica da doença. Os animais infectados desenvolvem lesões necróticas no sistema digestivo e respiratório, principalmente no fígado e também linfonodos, nascendo mortos ou debilitados. Bezerros Fracos. # Nas fêmeas há o aparecimento de pequenas vesículas, que evoluem para pústulas e erosões localizadas na vulva e vagina. O epitélio vulvar encontra-se edemaciado, hiperêmico e com secreção que podem tornar-se mucopurulenta devido à contaminação bacteriana secundária. Vulvovaginite Postular Infecciosa. Downloaded by Luana Bugary (aluno.luana.santa@doctum.edu.br) lOMoARcPSD|52492445 Ainda podem apresentar lesões oculares, e respiratórias, como aumento da frequência respiratória, descarga nasal serosa e mucosa, dispnéia respiratória, tosse. 5. Diagnóstico 1) Epidemiológico O histórico sanitário do rebanho, relacionado com as taxas de produtividade, programas de vacinação e manejo alimentar, são fundamentais importância na elaboração do diagnóstico. Porém, somente com o apoio de técnicas laboratoriais o diagnóstico do HBV-1 é conclusivo. 2) Diferencial Vulvovaginite pustular infecciosa e infecções por Micoplasma, bovinogenitalium, e Ureaplasma diversum agentes causadores de vulvovaginites; infecção respiratória pelo HBV-1 e outros patógenos agrupados no Complexo Respiratório Bovino, como o vírus respiratório sincicial bovino (BRSV), vírus parainfluenza tipo 3 (PI-3) e bactérias do gênero Pasteurella; e distúrbios reprodutivos ocasionados pelo HBV-1 e brucelose, leptospirose, campilobacteriose, neosporose, tricomonose, BVD e micoplasmose, além de descartar também, as causas não infecciosas, relacionadas ao manejo (nutrição, estresse térmico), corticóides exógenos, endotoxinas, desordens genéticas, etc) 3) Manifestações Clínicas 4) Laboratorial Os testes sorológicos podem ser utilizados para vários fins, sendo muito prático para detecção de infecções agudas e convalescentes nos animais. Os testes de vírusneutralização e os vários testes de ELISA são geralmente usados para detectar anticorpos para HBV-1 no soro sangüíneo. Por causa da latência, a identificação sorológica de anticorpos fornece uma útil e confiável indicação do estado da infecção no rebanho. Qualquer animal com anticorpos para o vírus é considerado um transportador e potencial excretor intermitente do vírus, com exceção dos animais muito novos (com anticorpos colostrais) e vacinados. # Sorológico ELISA #Soroneutralização #Isolamento Viral (sêmem) #PCR 6. Profilaxia e Controle #Quarentena de animais recém chegados com observação de possíveis sinais clínicos e realização de testes sorológicos. #Barreira sanitária – Controle do sêmem #Vacinações (principalmente em sistemas de recria e confinamento) Tem diferentes tipos: Atenuada (animais em latência), Intativa, Termosensível, Vírus marcado e Recombinante. Downloaded by Luana Bugary (aluno.luana.santa@doctum.edu.br) lOMoARcPSD|52492445 Lingua Azul 1. Etiologia A língua azul (LA) ou bluetongue (BT) é uma doença infecciosa, não contagiosa. Transmitida por mosquitos fêmeas do gênero Culicoides sp. (50 espécies), capaz de infectar todas as espécies de ruminantes domésticos e selvagens, apesar de a ocorrência da doença clínica ter sido demonstrada principalmente em ovinos e em algumas espécies de cervídeos. Bovinos são reservatórios. # É considerada Sazonal pela presença dos vetores (UMIDADE x CALOR) # O vírus da Língua Azul é membro do gênero Orbivirus e da família Reoviridae e 26 sorotipos e diferentes vetores. # RNA de fita dupla segmentado (mutações/recombinações) # Dois sorotipos principais no Brasil, 4 e 12. Mas sete já foram identificados 4, 6, 12, 14,17, 19 e 20. 2. Epidemiologia # Regiões tropicais e subtropicais do mundo, se estendendo também para muitas regiões temperadas. Nas zonas endêmicas, a infecção é comum, mas o aparecimento da doença clínica é rara devida à presença de grande número de animais imunes.Nestas áreas, a prevalência do vírus determinada através de testes sorológicos é alta e o vírus pode ser isolado de vetores ou de animais virêmicos. Porém, geralmente a doença clínica não é reportada nos rebanhos. Nas zonas epidêmicas, o número de animais com anticorpos contra a doença varia e geralmente é focal. Assim, surtos esporádicos podem ocorrer. Na zona incursiva, animais soropositivos são raros, assim como o aparecimento da doença. A presença do vetor proporcionou a sua disseminação. No Brasil infecção amplamente disseminada, mas sem manifestação clínica na maioria dos casos. Animais de regiões diferentes introduzidos no rebanho apresentam sorotipos diferentes do da região, e assim se tornam mais susceptíveis. Além disso, as condições de temperatura e umidade na grande parte do país favorecem a multiplicação e manutenção dos vetores do vírus, devendo assim mantê-lo endemicamente, com uma grande parte da população de ruminantes imunes da infecção pelos sorotipos presentes na área. # A importância e a complexidade do papel do gado bovino como reservatório, o contínuo surgimento de focos de infecção e/ou da doença em diversos países e a contaminação de produtos biológicos dificultam o comércio destes nos países do Mercosul, nos EUA e na Europa. A viremia é essencial para a transmissão do VLA e a sua duração nas diferentes espécies animais tem relação direta com o papel dessas na disseminação do vírus. Os bovinos têm sido considerados como os mais importantes na epidemiologia da LA. Várias espécies de Culicoides se alimentam preferencialmente em bovinos, considerados como reservatórios. Um dos fatores que contribui para a ocorrência de elevado número de bovinos soropositivos em uma região é o fato de esses animais poderem apresentar viremia prolongada, podendo chegar a 100 dias, o que aumenta a probabilidade de infecção de mais mosquitos transmissores e consequentemente, eleva o número de animais infectados. A viremia em caprinos e em ovinos de diferentes raças foi detectada inicialmente do terceiro para o sexto dia após a infecção, com duração de 27 a 54 dias. Downloaded by Luana Bugary (aluno.luana.santa@doctum.edu.br) lOMoARcPSD|52492445 # Algumas raças de ovinos são mais suscetíveis à LA. Ovinos nativos de regiões tropicais e subtropicais onde o VLA é endêmico são frequentemente resistentes, enquanto que raças europeias de lã fina, como a raça Merino, são altamente suscetíveis Pode ocorrer a persistência do vírus durante o inverno: 3. Transmissão # As lesões são particularmente evidentes na cavidade oral, ao redor da boca e na coroa do casco e podem ser complicadas por infecção bacteriana secundária. Entretanto, as principais consequências da infecção pelo VLA, tanto para bovinos quanto para ovinos, são as perdas indiretas devido ao A infecção em células endoteliais bovinas resultou em ativação endotelial (mediadores vasoativos e inflamatórios), infecção similar em células endoteliais ovinas resultou em mínima ativação desses componentes. Foi confirmada transmissão vertical (placenta) pelo sorotipo 8. Bezerros imunotolerantes ou fracos. Pode ocorrer Aborto. Ocasionalmente ter transmissão venérea (Sêmem) Viremia por células sanguíneas Células Endoteliais e células do sistema linforeticular (FAGOCITOS Os vetores picam o animal infectante e podem transmitir o vírus após o período extrínseco de incubação de 4 a 20 d pela SALIVA. Danos na microcirculação. LESÃO ENDOTELIAL. TROMBOSE EDEMA CONGESTÃO Altera permeabilidade e fragiliza células Disseminação por todo o organismo ERITRÓCITOS Plaquetas Leucócitos 1 ª replicação no sítio da picada e linfonodos regionais Mosquito infectado pica animal susceptível VLA Vírus da Língua Downloaded by Luana Bugary (aluno.luana.santa@doctum.edu.br) lOMoARcPSD|52492445 abortamento, à queda do desempenho reprodutivo, à perda da condição corporal e à queda na produção de leite, para bovinos, ou convalescença prolongada, para ovinos. A doença é mais grave quando ocorre exposição prévia (sensibilização). Em casos esporádicos da doença clínica em bovinos, acredita-se que estejam envolvidas reações de hipersensibilidade do tipo I, com participação de imunoglobulina E (IgE) como um resultado da exposição prévia ao VLA ou a orbivírus relacionados. 4. Sinais Clínicos O período de incubação é de cinco a 20 dias. A forma aguda da doença, que ocorre mais comumente em ovinos e alguns cervídeos, caracteriza-se por: # febre de até 42°C; # Corrimento nasal e salivação # Língua exteriorizada # Hiperemia e Ulcerações nos lábios # Laminite # Enterite # Edema Facial # depressão; inflamação, ulceração, erosão e necrose da mucosa oral; edema e às vezes cianose da língua; laminite devido à coronite; pododermatite; miosite; abortamento; complicações de pneumonia; emagrecimento; morte com oito a 10 dias ou longo período de convalescença com alopecia, esterilidade e retardo de crescimento. A forma inaparente é a mais comum em bovinos e outros ruminantes 5. Diagnóstico 1) Epidemiológico - Presença de vetores, importação de animais recente, notificações na região 2) Diferencial - Principalmente em relação a ectima contagioso, pododermatite, fotossensibilização, estomatite vesicular e febre aftosa 3) Sinais Clínicos 4) Laboratorial - Isolamento do agente, através da inoculação em ovinos, em ovos embrionados ou em cultivos celulares; identificação e tipificação do agente por soroneutralização ou neutralização viral; em testes sorológicos, utilizando-se as técnicas de cELISA, IDGA e fixação de complemento (FC) e através de técnicas de biologia molecular, pelo método de RT-PCR. 6. Controle e Profilaxia # Restrição de movimento de animais, seguindo rígidas regras de importação e quarentena, geralmente acompanhada de duas sorologias. Uma vez instalada em região livre, o diagnóstico rápido associado ao sacrifício, desinfecção rigorosa e controle de vetores são as medidas a serem adotadas. Dentre as provas diagnósticas exigidas para a importação de sêmen no Brasil, destacam-se as realizadas para a LA. Deve-se submeter uma amostra de soro sanguíneo de cada doador de sêmen ao teste de IDGA ou ELISA com resultados negativos no dia da primeira coleta do sêmen e novamente entre trinta e sessenta dias após a última coleta do sêmen. Pode ser também por PCR. Downloaded by Luana Bugary (aluno.luana.santa@doctum.edu.br) lOMoARcPSD|52492445 Vacinação? As vacinas de vírus atenuado estimulam uma forte resposta imune humoral relacionada com a capacidade de replicação no hospedeiro vacinado porém a vacina possui somente cepas internacionais e pode introduzir cepa patogênica no rebanho, ou seja, tem que ser uma vacina desenvolvida com as cepas da região. Downloaded by Luana Bugary (aluno.luana.santa@doctum.edu.br) lOMoARcPSD|52492445 Mastite A mamite (do latim mammae) ou mastite (do grego mastos) bovina é uma das patologias mais frequentes na bovinocultura leiteira e caracteriza-se por um processo inflamatório da glândula mamária. Várias são as causas de ocorrência da mastite, podendo ser por estresse, lesões traumáticas ou lacerações, mas a principal ocorrência está relacionada com a infecção por microrganismos invasivos, como bactérias e, possivelmente, fungos, leveduras e vírus. # Pode acometer mamíferos machos e fêmeas # Causa grandes prejuízos para a pecuária leiteira e é um problema de saúde pública # Altera composição e qualidade dos produtos lácteos (diminuição de CCS diminui lactose, gordura, caseína, e aumento de CCS causa elevação do Ph, e de proteínas microbianas no leite, diminui o rendimento para fermentação) Por esse motivo os produtos lácteos brasileiros tem menor competitividade no mercado internacional. 1. Etiologia A mastite bovina pode ser causada por uma grande variedade de agentes, incluindo bactérias, micoplasmas, leveduras, fungos e algas. Esses agentes infecciososdistintos geralmente são classificados em dois grandes grupos: CONTAGIOSA (Dentro da glândula mamária, transmissão na ordenha) Causadores de mastite infecciosa, que se disseminam de um quarto infectado para outro através da ordenha e de fômites não higienizados, ou ainda, de um animal infectado para outro sadio, e os promotores de mastites ambientais, que geralmente encontram-se presentes no meio ambiente da vaca. Os organismos contagiosos incluem o Streptococcus agalactiae, Staphylococcus aureus e o Mycoplasma bovis (A prevalência desses microrganismos varia de 7 a 40% para Staphylococcus aureus, 1 a 8% para Streptococcus agalactiae nos rebanhos). (Geralmente mastite subclínica, com maior contagem de CCS) AMBIENTAL (fezes, água, lama) Entre as espécies de microrganismos ambientais estão incluídos: Escherichia coli, coliformes, Streptococcus uberis, Enterococcus spp, Streptococcus equinus (anteriormente S. bovis) e outros Streptococcus do ambiente. No grupo dos coliformes ambientais encontram-se as bactérias gram- negativas Escherichia coli, Klebsiella spp., Citrobacter spp, Enterobacter spp., Enterococcus faecalis e Enterococus faecium. Outras bactérias gram-negativas envolvidas são: Serratia spp, Pseudomonas spp e Proteus spp, com uma prevalência que varia de 1 a 2%. (Geralmente causa mastite clínica, aguda, Menor contagem de células somática do que as infecciosas) 2. Epidemiologia # A mastite é a enfermidade mais comum em vacas leiteiras, sendo responsável por 38% de toda a morbidade. # A prevalência de patógenos contagiosos como Staphylococcus aureus em um rebanho leiteiro varia amplamente de 7% a 40%, podendo atingir níveis mais elevados em alguns rebanhos. # As infecções por coliformes ambientais em um rebanho geralmente fica em torno de 1% a 2%. Sua principal característica é a curta duração, persistindo por um período de sete dias. Downloaded by Luana Bugary (aluno.luana.santa@doctum.edu.br) lOMoARcPSD|52492445 3. Patogenia 4. Sinais Clínicos # Depende do tipo de microrganismo invasor e o grau da lesão. # Com a infecção aumenta muito a quantidade de leucócitos presentes na glândula mamária favorecendo a formação de GRUMOS e PÛS. Os leucócitos aumentados são quantificados na CCS. Anormalidades na secreção láctea, alterações no tamanho e consistência da glândula mamária, assim como disparidades entre os quartos e a elevação da temperatura do úbere. A queda na produção de leite do animal pode ser observada durante todo o processo de desenvolvimento da patologia, sendo um dos maiores indicadores das mastites subclínicas. # Hiperaguda: a infecção superaguda ocorre frequentemente em vacas em repouso de produção ou em infecção inicial. A infecção superaguda provoca enfermidade sistêmica caracterizada por febre alta (40,5 a 41,6ºC), depressão, inapetência e um quarto duro inchado e dolorosamente inflamado. O animal também apresenta dificuldade de locomoção devido ao inchaço e dor do quarto acometido. # Aguda: inflamação grave com a presença de reações sistêmicas marcantes. Caracteriza-se pela manifestação de dor e aumento de volume da glândula que pode ser edematosa ou muito dura, dificultando o caminhar do animal. O leite pode se apresentar anormal em alguns casos. Os sinais sistêmicos são anorexia e aumento da temperatura retal. # Subaguda: inflamação moderada com anormalidades marcantes na secreção láctea que variam de acordo com o agente infectante. “A porta de entrada para a bactéria é o esfíncter do teto. Se esta estrutura se mantiver íntegra, dificilmente ocorrerá o crescimento de microrganismos neste meio”. Aumento de tamanho excessivo e elevação da temperatura do úbere. Em estágios agudos e hiperagudos, pode ocorrer gangrena e, em processos crônicos, a atrofia da glândula mamária, com a formação de tecido fibroso nos quartos acometidos. 3º INFLAMAÇÂO Alterações anormais na glândula mamária e vários efeitos sistêmicos no animal. Pode ocorrer produção de endotoxinas que acarretam em efeitos sistêmicos. 2º INFECCÇÃO Microrganismo se fixa no tecido mamário e inicia sua proliferação por todo parênquima mamário. Patógeno 1º INVASÃO Penetra o teto por infecção ascendente ou descendente Downloaded by Luana Bugary (aluno.luana.santa@doctum.edu.br) lOMoARcPSD|52492445 # Subclínica: quando existem indícios de inflamação, sem a presença dos sinais clínicos marcantes, observa-se queda na produção, leve alteração no leite e um aumento marcante na CCS. # Crônica: os animais com essa forma de mastite geralmente não manifestam sinais clínicos durante intervalos prolongados. Em geral, são detectadas pela queda de produção e elevação da CCS, podendo se estender de uma lactação para outra. 5. Diagnóstico 1) Epidemiológico 2) Diferencial 3) Sinais Clínicos Mastite clínica: inflamação do úbere, secreção láctea com grumos, sangue e pus. # CANECA DE FUNDO ESCURO (grumos visíveis) Mastite Subclínica: # CMT “California Mastite Test” (Raquete para cada quarto mamário com reagente – Se a reação formar um GEL é positivo para mastite). # CCS: Eletrônico ou Câmara de Newbower Contagem de células somáticas (Não possibilita identificar em qual quarto mamário está a infecção). Um equipamento avalia a quantidade de células somáticas presentes no leite (até 200und/ml OK no Brasil) # KMT (Mesmo princípio do CMT, porém menos subjetivo – Tubo graduado.) 4) Laboratorial Bacterioscopia: Fazer uma lâmina, corar com GRAM e visualizar microorganismo. Bacteriologia: Cultura do Leite (com assepsia) • Despreza 3 primeiros jatos em balde • Coleta-se o leite em tubo estéril com boca estreita • Refrigera ou Congela (até 24 hs) • Inocula leite em placa Agar Sangue • Identificação da patógeno por morfologia da colônia Realizar TSA (Teste de sensibilidade antimicrobiana) 6. Tratamento # Fazer separadamente a ordenha dos tetos acometidos – Descartar leite infectado de forma adequada. # Antes de aplicar medicação: Higienização das mãos, Seringa com canula (Individual e descartável), AB com base no resultado da cultura e possivelmente do TSA (Dose e duração depende do veterinário). Pela aplicação ser intramamária a assepsia é essencial para não ocorrer a entrada de outro patógeno. Princípios indicados para mastite: B Lactâmicos (penicilina, cefalosporina); Aminoglicosídeos (Genta, Neo); Sulfa; Tetraciclinas e Ubiquinona. a. Higienização e material estéril e indivisual b. Canula introduzida na teta e inoculação de 2-3 ml c. Inoculação do produto lentamente e com firmeza d. 1º nos tetos mais próximos e. Para distribuir fazer massagem em movimeto ascendente Downloaded by Luana Bugary (aluno.luana.santa@doctum.edu.br) lOMoARcPSD|52492445 f. Assepsia depois da aplicação # Leite descartado 7. Prevenção e Controle # Agentes presentes no ambiente (diminuir exposição), Agente contagiosos (Higienização e Manejo de ordenha adequado). 1. HIGIENE O ambiente em que acontece a ordenha e que as vacas ficam deve ter o piso lavado, água corrente, balde limpo (!). O pessoal envolvido deve usar EPI’s e lavar as mãos. MANUTENÇÃO DOS EQUIPAMENTOS. Cuidado com sob ordenha (leite residual), sobre ordenha e pressão muito forte (lesão na teta), todos os três podem predispor a mastite. 2. ORDENHA Os tetos devem ser preparados para a ordenha (SECO, LIMPO, SECO). O Teto é limpo com água, realiza-se o teste do fundo escuro, PRÉ DIPPING (mergulhar teto em solução), enxugar com papel toalha, coloca-se o conjunto de ordenha na parte higienizada, 1 minuto após a desinfecção ordenha (pico de ocitocina liberado de 5-7m), PÓS DIPPING. 3. MANEJO Estabelecer Metas e Estratégias (programas de redução de células somáticas) Alimentação balanceada (VIT A e E, e MINERAIS cobre e selênio) Ambiente livre de estresse Respeitar ROTINA Logo após ordenhar fornecer alimentação (Fechamento do teto) Secagem (realizamaplicação intramamária do AB) Registrar CCS, e casos e Mastite clínica e subclínica na propriedade. # Linha de ordenha: 1º vacas primíparas e que nunca apresentaram mastite, 2º vacas sadias que já apresentaram mastite, 3º vacas problema. Resumindo: a. MANEJO DE ORDENHA (pré e pós dipping) b. LIMPEZA E MANUTENÇÃO EQUIPAMENTOS c. TRATAMENTO IMEDIATO DE MASTITE CLÍNICA d. TERAPIA DA VACA SECA e. DESCARTE/SEGREGAÇÃO DE ANIMAIS COM MASTITE CRÔNICA (3 ou + mastites clínicas no mesmo ciclo) Downloaded by Luana Bugary (aluno.luana.santa@doctum.edu.br) lOMoARcPSD|52492445 Leptospirose Canina Zoonoze de distribuição mundial que acomete animais domésticos e silvestres. Agente Etiológico: Ocasionada por bactérias do gênero Lepstospira, bactéria gram -, espiroqueta, alta motilidade. Epidemiologia: A doença é mais comum em países em desenvolvimento devido ao crescimento desordenado das cidades e a falta de estrutura sanitária básica, além da falta de educação sanitária .Estes fatores favorecem a proliferação de roedores que atuam como reservatório da doença. A infecção ocorre por meio do contato da bactéria com a pele íntegra ou mucosas . Além dos ratos, o cães são de extrema importância epidemiológica, pois há uma alta prevalência da bactéria nas populações caninas, além de haver um grande número de animais assintomáticos, atuando como prepetuadores do microorganismo do meio ambiente. Patogenia: Após a infecão a bactéria se prolifera no subcutâneo e invade os vasos, iniciando a fase de Leptospiremia onde se dissemina principalmente para fígado e rim, devido as características de perfusão desses órgãos. Ocorre o desenvolvimento de vasculite devido a presença direta da bactéria nos vasos, produção de toxinas ( hemolisina) que forma poros no endotélio, e pelo desenvolvimento da resposta imune ( Reação de hipersensibilidade do tipo 3) ocorre deposição de imunoxomplexos no vaso e consequente lesão endotelial. Isso ocasiona hemoragias devido a perda da integridade do vaso. Os mecanismos de lesão em outros órgãos estão diretamente relacionados com o processo de vasculite e a presença do parasita. No caso dos rins, a bactéria pode ser encontrada nos túbulos renais, sendo excretada na urina (Fase de Leptospnúria). Sinais clínicos: O período de incubação é de 5 a 14 dias e os sinais clínicos variam de acordo com a espécie animal, a susceptibilidade individual, a patogenicidade e a virulência do sorovar envolvido. Devido a vasculite ocasionada, os órgãos mais afetados são rins, fígado e pulmão.No rim as lesões observadas são: nefrite intersticial e necrose tubular que levam a IRA, agravada devido a hipovolemia ocasionada por vômito e diarreia; no fígado ocorre necrose centro lobular devido a hipóxia; no pulmão pode ocorrer áreas hemorrágicas e necróticas, podendo haver casos de síndrome da agústia respiratória, caracterizada por hemorragia pulmonar . Sendo que no homem e no cão os sintomas mais frequentes são nefrite e hepatite grave. Sendo comum a visualização de icterícia em caninos, além de mialgia, febre, prostação, anúria, oligúria ou poliúria ( dependendo do grau de comprometimento renal). Diagnótico: Para que o diagnóstico da leptospirose canina aconteça é necessário a realização de alguns exames laboratoriais, porém, sendo em definitivo o bacteriológico (R.C. OLIVEIRA et al., 2005). Segundo Greene (2012) , para que ocorra uma identificação rápida e eficiente de leptospiras, é necessária a observação por meio da microscópia de campo escuro, que tem sido utilizada em amostras de urina durante a fase de leptospirúria. Nas provas sorológicas, a soroaglutinação microscópica (SAM) com é a mais utilizada em todo mundo Provas laboratoriais como a dosagem dos valores séricos de uréia e creatinina, hemograma e urinálise, indicam as alterações funcionais nos diferentes órgãos acometidos e podem ser utilizadas como exames complementares, contribuindo assim para a avaliação clínica do animal Tratamento: Downloaded by Luana Bugary (aluno.luana.santa@doctum.edu.br) lOMoARcPSD|52492445 Em cães, o tratamento varia de acordo com cada caso específico e indivíduo. Entre os protocolos terapêuticos, os que se destacam incluem a hidratação e correção dos distúrbios hidroeletrolíticos, diálise, transfusão sanguínea e antibioticoterapia. Existem muitos antibióticos (doxiciclina, penicilina, ampicilina, amoxicilina, quinolonas e macrolídeos) de diferentes formulações e doses que podem ser considerados no tratamento da leptospirose canina, dentre eles a doxiciclina por via oral na dose de 5 mg/kg a cada 12 horas durante o período de três semanas, é considerada a droga de eleição . Prevenção: A vacinação dos cães com vacinas contendo bacterinas específicas da região é de extrema importância como medida preventiva, de forma a reduzir a prevalência da leptospirose canina e evitar o estado portador. Além disso, a implementação de medidas de controle tais como investimentos no setor de saneamento básico com melhoria das condições higiênico-sanitárias da população, controle de roedores e educação ambiental auxiliaria na diminuição do númerod e caso em humanos. Downloaded by Luana Bugary (aluno.luana.santa@doctum.edu.br) lOMoARcPSD|52492445 Leptospirose em Animais de Produção 1. Introdução Uma doença infecciosa de caráter zoonótico, de distribuição mundial e de prevalência nas Américas. Sua ocorrência tem forte associação com os períodos de chuvas, ao qual anualmente acarreta prejuízos econômicos (pois afeta severamente animais de produção: equinos, suínos, pequenos e grandes ruminantes) e de saúde pública (atingindo diretamente médicos veterinários, trabalhadores do meio rural, trabalhadores de limpeza pública e esgoto e mineradores). #Frequente em períodos de chuvas #Zoonose de maior difusão mundial #Incidência anual média de 300.000 a 500.000 casos no mundo #Letalidade que varia de 5% a 20% 2. Agente Etiológico Bactéria Espiroqueta (Gram-negativa) o Flexíveis e Helicoidais o Espiraladas o Formato de gancho nas extremidades # Aeróbias obrigatórias #Temperatura ótima: 28-30 ºC Ordem: Spirochaetales Família: Leptospiraceae Gênero: Leptospira Mede: 6 a 20µm comprimento e 0,1 a 0,2µm de diâmetro # Tem sua sobrevivência prejudicada em temperatura menor que 07-10 ºC ou em maior que 34-36 ºC # Tem sua sobrevivência inibida em pH menor que 6,0 ou pH maior que 8,0 Possui diversas espécies e centenas de sorovares que se diferenciam em Patogênicas e Saprófitas, sendo que as saprófitas raríssimamente causam problemas aos seus hospedeiros. 3. Epidemiologia Os principais reservatórios no ambiente urbano são os roedores sinantrópicos; No meio rural o contato com os animais e a aproximação e manipulação de tecidos animais, predispõe ao risco de infecção por Leptospira spp. Os animais domésticos têm como consequência da infecção a colonização dos túbulos renais e com isso a eliminação de leptospiras pela urina (leptospirúria) O homem é considerado um hospedeiro acidental da bactéria, sendo, portanto, altamente susceptível à doença. As principais fontes de infecção da doença para o homem são: Roedores sinantrópicos (50%), Ruminantes (16,3%), Cães (9,1%), Equinos (3,6%) e outros roedores selvagens (11%). Downloaded by Luana Bugary (aluno.luana.santa@doctum.edu.br) lOMoARcPSD|52492445 Formas de Transmissão: Água, Pastos e Alimentos contaminados por: Urina e sêmen; fetos e anexos abortados; secreções uterinas. Formas de Contaminação: Usualmente: Penetração na pele ou mucosa lesionada ou íntegra Ocasionalmente: Inalação ou ingestão Ambientes de Riscos: Pastos muito irrigados; pastagens enlameadas; campos pantanosos; água represada. Fatores de Resistência: Solo úmido: sobrevive por até 183 dias. Solo seco: sobrevive por até 30 minutos. No Organismo: sobrevive no mínimo 42 dias 4. Patogenia I. A bactéria penetra no organismo principalmente pela pele ou mucosa lesionada ou íntegraII. Após 4-10 dias, ganha a corrente circulatória inicia as primeiras replicações, provocando bacteremia III. Instalam-se nos: (órgãos parenquimatosos) rins, fígado, baço; (órgãos nervosos) SNC, olhos e (aparelho reprodutivo) g. mamária e trato genital. Nesses órgãos, causam basicamente lesões ao endotélio vascular, promovendo: i. Isquemia endotelial, necroso tubular renal, injúria hepatocelular e pulmonar, meningite e placentite. ii. Em fêmeas gestantes, a infecção fetal causa aborto ou nascimento de neonatos fracos (As fêmeas abortam somente uma vez, tendo suas gestações posteriores normalmente) a. Rins: Os animais domésticos têm como consequência da infecção a colonização dos túbulos renais e com isso a eliminação de leptospiras pela urina (leptospirúria) ➔ Mesmo após a eliminação das bactérias da corrente sanguínea, muitas leptospiras continuam alojadas nos rins e sistema genital por períodos prolongados ➔ A ausência de fagócitos na urina permite a multiplicação destes microrganismos nos túbulos contorcidos renais formando microcolônias (a leptospirúria pode durar a vida inteira). b. ♥: Miocardite, pericardite e disritmia são algumas manifestações que podem resultar da hipoperfusão endotelial. c. Fígado: Lesões hepáticas e icterícia (comumente em equinos e suínos) d. Olhos: Uveítes recorrentes em equinos é o principal indicativo nessa espécie; sufusão, cataratas e descoloração do cristalino e. SNC: Incoordenação motora, acessos convulsivos com movimentos de pedalagem, encefalite e meningite, comum em leitões f. Genito-urinário: Hematúria, hemoglobinúria; aborto, mumificação fetal (incomum), natimortos e nascidos fracos/enviáveis, infertilidade, retenção de placenta (comum em ruminantes), mastite Downloaded by Luana Bugary (aluno.luana.santa@doctum.edu.br) lOMoARcPSD|52492445 g. Sistêmico: Anorexia, depressão, apatia, febre, relutância em se mover, anemia, morte. Taxa de mortalidade é baixa, porém a taxa de morbidade é alta podendo atingir 100% do rebanho. 4. Diagnóstico A sorologia é a técnica mais utilizada no diagnóstico da leptospirose, por ser de baixo custo útil para definir sorogrupos presentes em populações O teste de microaglutinação é o "padrão ouro" na leptospirose devido a sua alta sensibilidade e especificidade. # São consideradas positivas as amostras que: Apresentam um aumento de até quatro vezes nos títulos da segunda amostra em relação à primeira, Ou a conversão de negativo para um título de 1/100 ou maior. 6. Controle e Profilaxia #Vacinação ainda é a melhor escolha; Manejo: Melhorar as condições de higiene das instalações, quarentena de animais novos, isolamento de animais doentes, impedimento de acesso e contato com fetos e anexos abortados; Desinfecção: Vazio sanitário (all in all out), sensibilidade a detergentes e desinfetantes, limpeza de instalações e materiais e controle de outras espécies domésticas e silvestres (cães e roedores). 7. Tratamento Baseado principalmente ao uso de Estreptomicina e/ou Penicilina # em suinocultura industrial são utilizados antibióticos em pequenas quantidades misturado à ração para prevenir abortamentos ou eliminar o estado de portadores renais. Downloaded by Luana Bugary (aluno.luana.santa@doctum.edu.br) lOMoARcPSD|52492445 Zoonoses SUSCETÍVEIS: imunocompetentes, imunodeprimidos, extremos de idade, trabalhadores da saúde pública, vet. CLASSIFICAÇÃO: De acordo com o sentido da transmissão Antropozoonos e Animal transmite para o homem Ex: Arboviroses, Leishmanioses Zooantroponos e Homem transmite ao animal Ex: Tuberculose Amphixenosis Homem e animal são hospedeiros do agente Ex: Estafilococose De acordo com o ciclo de vida do agente Direta Agente passa de hospedeiro → hospedeiro (vertebrado) Ex: Raiva Ciclozoonose Agente passa por mais de um hospedeiro (vertebrado) Ex: Cisticercose Metazoonose Hosp invertebrado (parte do ciclo) x Hosp vertebrado Ex: Leishmaniose Saprozoonose Reservatório não animal (solo, planta) x Hosp vertebrado Ex: Ancilostomíase De acordo com o modo de transmissão Entéricas Agentes compartilhados por meio de fezes Ex: Dipylidium caninum Morded./Arranh ad. Por meio de exsudatos em mordidas e arranhões Ex: Raiva, FELV Respirat. e ocular Transmissão do agente por via respiratória e ocular Ex: Clamydia felis Ambiental Adquire a partir do mesmo ambiente, sem contato direto Ex: Aspergillus spp Vetores Transmissão do agente por meio de vetores Ex: Ehrlichia spp Genito-urinário Transmissão do agente por via genito-urinária Ex: Leptospira spp Ocorre pelo contado do homem com animais (e seus excrementos) → agente infeccioso Downloaded by Luana Bugary (aluno.luana.santa@doctum.edu.br) lOMoARcPSD|52492445 Doenças de Notificação Compulsória QUANDO NOTIFICAR: mediante a ocorrência de casos novos de doença ou agravo, passível de prevenção e controle pelos serviços de saúde, que possa expor a população a risco ou ameaças à saúde. POR QUE NOTIFICAR: para que sejam detectadas e controladas ainda em seus estágios iniciais. QUEM PODE NOTIFICAR: qualquer profissional de saúde, inclusive o médico veterinário (compulsório), e qualquer cidadão que tiver conhecimento ou suspeite de caso de doença transmissível. PARA QUEM NOTIFICAR: para qualquer órgão que compõe o serviço veterinário oficial (Vigilância Epidemiológica, Vigilância Sanitária, Vigilância Ambiental, CCZ, Centro Integrado de Vigilância Toxicológica, etc) O QUE NOTIFICAR: data da ocorrência, local onde estão os animais doentes ou suspeitos, síntese da ocorrência (sinais clínicos, resultados laboratoriais preliminares, espécies envolvidas, doentes, mortos etc), informações clínicas e epidemiológicas. COMO NOTIFICAR: contato presencial, telefones (inclusive números 0800 disponibilizados pelo MAPA e por parte dos SVOs), fax ou e-mail. SUBNOTIFICAÇÃO: aquilo que não foi formalizado e gera índices abaixo da realidade, comprometendo as ações do poder público para enfrentar os problemas de saúde pública, além de gerar prejuízos substanciais à medida que as doenças subnotificadas constituem risco à saúde da população. CLASSIFICAÇÃO DAS DNC: Classificação conforme Manual do Sistema Nacional de Informação Zoossanitária (SIZ) Categoria 1 Doenças erradicadas ou nunca registradas no País, que requerem notificação imediata de caso suspeito ou diagnóstico laboratorial Categoria 2 Doenças que requerem notificação imediata de qualquer caso suspeito Categoria 3 Doenças que requerem notificação imediata de qualquer caso confirmado Categoria 4 Doenças que requerem notificação mensal de qualquer caso confirmado • As categorias 1, 2 e 3 referem-se às doenças que requerem acompanhamento obrigatório do SVO pela necessidade de se aplicar medidas para confirmação do diagnóstico, controle, prevenção e erradicação. • A categoria 4 é constituída de doenças que não são passíveis de aplicação de medidas sanitárias obrigatórias pelo SVO, mas é desejável que sua ocorrência seja monitorada devido a sua importância para a saúde animal ou saúde pública, e para atender a requisitos de certificação sanitária. Independente de qualquer classificação ou prazo de notificação, a suspeita ou ocorrência de qualquer doença presente na lista de notificação deve ser informada imediatamente ao SVO, num prazo máximo de 24 horas, quando: • Ocorrer pela primeira vez ou reaparecer no País, zona ou compartimento declarado oficialmente livre; • Qualquer nova cepa de agente patogênico ocorrer pela primeira vez no País, zona ou compartimento; Doença inscrita em uma lista pela autoridade veterinária (MAPA) que deve ser levada ao seu conhecimento assim que for detectada ou observada uma suspeita, em conformidade com a regulamentação nacional. Downloaded by Luana Bugary (aluno.luana.santa@doctum.edu.br) lOMoARcPSD|52492445 • Ocorrerem mudanças repentinas e inesperadas nos parâmetros epidemiológicos como: