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Hidrosfera CAPÍTULO 10 PÁGINA 20 DISTRIBUIÇÃO DA ÁGUA NO PLANETA 71% da superfície terrestre coberta por água. Categorias: Águas oceânicas: salgadas, formam mares e oceanos. Águas continentais: doces (rios, lagos, geleiras, águas subterrâneas). CICLO HIDROLÓGICO (CONCEITO) Dinâmica das águas presentes na superfície terrestre. Recurso renovável: circula entre atmosfera, solo, rochas e seres vivos. Movido principalmente pela energia solar. ETAPAS DO CICLO HIDROLÓGICO 1. Evapotranspiração: evaporação + transpiração das plantas. 2. Condensação: vapor vira líquido → formação de nuvens. 3. Precipitação: água volta à superfície (chuva, neve, granizo). 4. Retorno à superfície: Escoamento superficial: água corre até áreas mais baixas. Infiltração: penetra nos poros do solo. 5. Percolação: água infiltra até camadas mais profundas. 6. Água no subsolo: escoamento raso ou profundo. 7. Recarga dos aquíferos: água atinge lençol freático. 8. Descarga subterrânea: aquíferos alimentam rios, lagos e mares. BACIAS, REGIÕES HIDROGRÁFICAS E ÁGUAS SUBTERRÂNEAS RIOS Rio: curso de água doce continental, geralmente superficial e contínuo. Canal/leito: onde a água flui. Talvegue: parte mais profunda do leito. CURSO SUPERIOR ALTO CURSO MÉDIO CURSO INFERIOR BAIXO - Menos água - Mais desgaste Maior vazão Maior transporte Maior volume Menor velocidade Mais deposição ELEMENTOS DE UM RIO TIPOS DE FOZ Estuário: um único canal; água salobra. Delta: divide-se em vários subcanais por excesso de sedimentos. Mista: presença de ilhas impede a formação de estuário. VAZÃO DE UM RIO A vazão de um rio é a quantidade de água (m³/s) que passa por um ponto específico do rio em um determinado tempo. REGIMES DOS RIOS Vazante: estação seca, menor vazão; rios podem secar (temporários). Cheia: estação chuvosa, maior vazão, inunda várzeas. REGIMES FLUVIAIS (COMO SÃO ABASTECIDOS): Pluvial: chuvas. Glacial: geleiras. Nival: neve. Misto: combinação de fontes (ex.: Rio Amazonas). REDE HIDROGRÁFICA Rios se conectam de modo hierárquico com outros rios. Rio principal: maior e mais longo, recebe águas dos demais. Afluente: deságua no rio principal. Subafluente: deságua em um afluente. Padrões de drenagem: dendrítico, treliça, radial, retangular, centrífugo, anular, paralelo. BACIAS HIDROGRÁFICAS Área de terras drenadas por uma rede hidrográfica, delimitada por divisores de água. Água precipitada dentro da bacia escoa para a foz (exutório). CLASSIFICAÇÃO PELO ESCOAMENTO: Exorreica: vai ao mar (ex.: Amazonas). Endorreica: termina em lagos ou desertos (ex.: Okavango). Criptorreica: drenagem subterrânea (ex.: Vale do Ribeira). Arreica: sem escoamento definido (desertos). GESTÃO DAS BACIAS Recorte espacial natural Independentes de fronteiras políticas (ex.: Rio Amazonas em 6 países). Legislação de vários países. Comitês gestores: coordenam uso e preservação da água e do solo. No Brasil, também se usa o conceito de região hidrográfica (uma bacia ou bacias com características semelhantes agrupadas). DINÂMICAS SOCIOAMBIENTAIS EM BACIAS HIDROGRÁFICAS Rios modelam vales fluviais (talvegue e áreas de várzea) por erosão e deposição de sedimentos. Assoreamento: acúmulo de sedimentos no leito dos rios Reduz volume, vazão e profundidade da água. Várzeas são vulneráveis a inundações → ocupação aumenta riscos (enchente). Construções impermeabilizam o solo e aumentam escoamento. RIOS DE PLANALTO X RIOS DE PLANÍCIE O tipo de relevo influencia a forma dos rios e o potencial para utilização. Rios de planalto: Alta declividade e quedas-d’água. Potencial hidrelétrico. Necessitam de eclusas para navegação. Rios de planície: Baixa inclinação. Mais favoráveis à navegação. OCUPAÇÃO NAS ENCOSTAS Encostas de morro → alta declividade → suscetíveis à erosão. Riscos aumentam com ocupação, desmatamento, lixo e chuvas. Movimentos de massa: rastejo, deslizamento e corridas. TIPOS DE EROSÃO EM ENCOSTAS Splash: impacto da chuva. Erosão laminar: remoção superficial da camada superior do solo. Erosão linear: formação buracos no solo. Sulcos: até 50 cm. Ravinas: profundas em “V”, não atingem lençol freático. Voçorocas: atingem lençol freático, grande dano. OCUPAÇÃO EM MANANCIAIS E RIOS CANALIZADOS Mananciais: fontes de água doce para consumo e atividades econômicas. Poluição dificulta ou inviabiliza uso. Canalização de rios: Leito e margens ou tubular (rio invisível). Aumenta vazão e velocidade → pode gerar inundações. ÁGUAS SUBTERRÂNEAS E AQUÍFEROS Maior parte da água continental é subterrânea (armazenada no solo ou subsolo) em meio às rochas. Aquíferos: grandes reservatórios de recursos hídricos subterrâneos. Formados por infiltração e percolação da chuva. Partes: Zona não saturada (vadosa): mais ar que água. Lençol freático: limite superior da zona saturada. Zona saturada (freática): poros/fraturas preenchidos por água. TIPOS DE AQUÍFEROS POR ROCHA Porosos: rochas sedimentares/solos arenosos; maior recarga. Fraturados/fissurados: rochas magmáticas/metamórficas (impermeáveis); água nas fraturas. Cársticos: rochas carbonáticas (calcário), cavernas e rios subterrâneos. TIPOS DE AQUÍFEROS POR ESTRUTURA Livres (freáticos): áreas permeáveis e parcialmente saturadas; poços rasos; mais vulneráveis à contaminação. Confinados (artesianos): entre camadas impermeáveis e totalmente saturados; poços profundos; menos risco de contaminação. USO E PROBLEMAS DOS AQUÍFEROS Usados para abastecimento, irrigação e indústria. Problemas: depleção → compromete o abastecimento e risco de colapso do terreno. Área de recarga: entrada de água (chuva, rios, lagos). Área de descarga: saída de água (nascentes, rios). Poluição na recarga → risco grave para águas subterrâneas. image1.png image2.png image3.png image4.png image5.png image6.png image7.gif image8.png image9.png image10.png image11.png image12.png image13.png image14.png image15.png image16.png image17.png image18.png image19.png image20.png image21.png image22.png image23.png image24.gif image25.png image26.png image27.png image28.png image29.png image30.png image31.png image32.png image33.png image34.png