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Direito empresarial: sociedades regulamentadas no Código Civil Você vai conhecer os elementos básicos do direito empresarial e os modelos de sociedades previstos no Código Civil. Prof. Evandro Pereira Guimarães Ferreira Gomes 1. Itens iniciais Propósito Conhecer o direito empresarial é fundamental para o melhor desempenho da gestão da atividade econômica, pois permite compreender a estrutura em que serão desempenhadas as funções da empresa. Preparação Tenha em mãos o Código Civil para uma consulta rápida aos artigos na ordem sequencial em que são exibidos. Objetivos Reconhecer a atividade empresarial e as características do empresário. Distinguir os tipos societários. Identificar as regras de funcionamento das sociedades. Introdução O direito empresarial no Brasil, os modelos societários existentes e as regras para o funcionamento das sociedades empresariais são fundamentais para todo gestor empresarial. Todas as normas abordadas aqui estão previstas no Código Civil Brasileiro e são obrigatórias para empresários e sociedades empresárias em funcionamento no Brasil. Discutiremos a importância das sociedades empresariais para a geração de riquezas e para o desenvolvimento econômico e social do país. • • • Tania Highlight Tania Highlight 1. Atividade empresarial Do caixeiro viajante ao empresário O direito é um conjunto de normas destinadas a regular a atuação dos indivíduos em sociedade. Com suas leis, normas e códigos, são estabelecidos comportamentos esperados por parte das pessoas. O direito estipula as regras de como as atividades produtivas devem ser desenvolvidas. Considerando que a estrutura do sistema jurídico brasileiro está formatada para o modelo do sistema capitalista de produção, existem normas que promovem e incentivam o desenvolvimento das atividades econômicas. Essas normas buscam, de um modo equilibrado, proteger, ao mesmo tempo, as atividades econômicas, as sociedades empresárias, os trabalhadores e consumidores, que estão envolvidos no processo de geração de riqueza. As normas de direito empresarial tratam precisamente de como devem se organizar os entes que desenvolvem atividade econômica. Essa organização é necessária, uma vez que o exercício da atividade empresarial conjuga uma série de fatores e elementos produtivos que dependem dessa coordenação. A busca pela ampliação de mercados para a troca de excedentes foi um dos motivos que levaram à expansão do Império Romano. Da mesma forma, a Companhia das Índias Ocidentais, que resultou na invasão holandesa ao Brasil, também buscava expandir seus mercados. Alguns autores chegam a configurá-la como uma sociedade anônima, em razão de sua organização. Cena do mercado romano, Johannes Lingelbach, 1653. Inúmeros eventos históricos se relacionam com o exercício da atividade comercial pelo homem: mercantilismo, Revolução Industrial, globalização. Todos foram motivados pelo exercício de práticas comerciais e, para poder realizá-las com segurança, foi necessária a criação de regras específicas para esse ramo de atividades. Esses eventos históricos nos mostram como a regulamentação das práticas comerciais evoluiu ao longo do tempo. No contexto brasileiro, essa evolução também é evidente. Vamos conferir as mudanças realizadas para o exercício de práticas comerciais no Brasil! Tania Highlight Tania Highlight Tania Typewritten Text Tania Typewritten Text Tania Typewritten Text Tania Highlight Tania Highlight O comerciante de tapetes, Jean-Léon Gérôme, 1887. O antigo Código Comercial foi todo recortado e apenas a parte relacionada ao comércio marítimo ainda permanece em vigor. Conteúdos referentes ao direito empresarial estão no Código Civil, não mais no Código Comercial – que ainda é aplicável apenas para regular as transações econômicas que envolvem o transporte marítimo. A mudança do antigo Código Comercial pelo Código Civil de 2002 não foi apenas normativa: houve toda uma reformulação teórica que acompanhou a alteração dos conteúdos. O fundamento do antigo direito comercial estava centralizado na figura do comerciante, que sempre foi o responsável pelas obrigações assumidas nas trocas comerciais ao longo do desenvolvimento histórico da atividade comercial. A razão para esse destaque ao comerciante é simples: ele era o elemento que executava os atos de comércio, ou seja, as trocas comerciais. A antiga teoria dos atos de comércio servia para proteger o comerciante, aquele que realizava e praticava atos de comércio reconhecidos como tais. A mudança nesse raciocínio veio com a construção da teoria da empresa, em oposição à teoria dos atos de comércio. Essa nova teoria identificava a empresa, e não mais o comerciante, como o fundamento do direito comercial. Resumindo A partir da mudança do antigo Código Comercial pelo Código Civil de 2002, a figura jurídica da empresa passou a ser o elemento central a ser protegido e fomentado por meio do conjunto de normas jurídicas, que passou a ser reconhecido como direito empresarial, não mais direito comercial. Elementos do direito empresarial e a teoria da empresa Antes de 2002 O país possuía o Código Comercial, elaborado em 1950, que regulamentava o chamado direito comercial e era dividido em três partes: 1) Do comércio em geral; 2) Do comércio marítimo; 3) Das quebras. Após 2002 O Código Comercial foi substituído, em sua primeira parte, pelo Código Civil de 2002, que alterou o Código Civil e incorporou toda a parte sobre o comércio em geral. Os processos que regulam a falência e a recuperação judicial agora se encontram na Lei n° 11.101, de 2005. Tania Highlight Tania Highlight Tania Highlight Tania Highlight Tania Highlight Tania Highlight Tania Highlight Quando falamos de direito empresarial, estamos nos referindo não apenas à teoria da empresa, mas também às normas incorporadas pelo Código Civil. Os comercialistas não gostaram da mudança, pois consideram que o direito comercial foi descaracterizado em sua essência, em prol do destaque dado ao seu aspecto obrigacional. Atualmente, existem projetos de lei tramitando no Congresso com o objetivo de reativar e atualizar o Código Comercial, extrair o conteúdo do direito empresarial de dentro do Código Civil e restabelecer a autonomia do direito comercial. Tanto a teoria dos atos de comércio quanto a teoria da empresa nunca definiram de modo preciso quem deveria ser identificado como comerciante ou como empresário. A razão é bem simples: o ato de comerciar ou empresariar não é taxativo. As mudanças nos mercados, na economia e na vida contemporânea não permitem uma categorização específica, sob pena de deixar de fora inovações que possam ocorrer. Para não correr o risco de inviabilizar inovações, tanto as normas do Código Comercial quanto as do Código Civil tomam um caminho indireto: elas indicam quais atividades são consideradas empresariais e quais não são. Portanto, os empresários são os que desenvolvem as atividades empresariais. A partir da edição do Código Civil de 2002, com a incorporação da teoria da empresa, surge a necessidade de considerar algumas definições técnicas em relação aos termos: Empresa Empresário Sociedade empresária Conceituação Confira neste vídeo o conceito de atividade empresarial e as mudanças ocorridas antes e depois da edição do Código Civil de 2002. Conteúdo interativo Acesse a versão digital para assistir ao vídeo. Atividades empresariais Vamos examinar as definições técnicas de empresa, empresário e sociedade empresária, refletindo as mudanças introduzidas pelo Código Civil de 2002 na compreensão desses termos. Empresa É a atividade organizada pelo empresário para a circulação de bens e serviços, visando à obtenção de lucro. A expressão deixou de ser utilizada exclusivamente para designar a entidade organizada para exploração de fins econômicos. Ela se tornou reconhecida como atividade econômica, abrangendo a ação, o processo e o ato de empreender. Empresário É aquele que organiza os elementos de produção para efetivar o negócio, liderandoe gerenciando a atividade econômica organizada. • • • Tania Highlight Tania Highlight Tania Highlight Tania Highlight Tania Highlight Tania Highlight Sociedade empresária É a entidade organizada pela atividade de circulação de bens e serviços, visando à obtenção de lucro, ou seja, aquela que realiza os atos de empresa. Considerando a Lei nº 10.406/02 (Código Civil), podemos distinguir as definições técnicas dos termos a seguir. Pela definição legal, os indivíduos que exercem profissionalmente atividades intelectuais não podem ser considerados empresários. Exemplo Um escritor muito famoso, criador de uma grande saga, que comercializa seus direitos autorais e cujos filmes se tornam blockbusters, não é considerado empresário. Da mesma forma, um grande cantor brasileiro, com uma sólida carreira artística, que ficou milionário com a sua própria produção, também não é considerado empresário. Determinadas atividades profissionais, que são desenvolvidas por meio do elemento intelectual, não se enquadram no ato de empresariar. Qual a razão para isso? O regime jurídico empresarial possui características específicas que não devem submeter os profissionais que percorreram outros processos para alcançar suas atividades. Os meios de atuação de um empresário e de um profissional liberal são muito distintos, a começar pelo seu acesso. Vamos entender essa diferença! Para entendermos melhor, voltemos ao exemplo anterior do famoso escritor: se um escritor, por meio de seus atributos intelectuais, desenvolve uma grande obra literária e obtém lucro com ela, ele não pode ser considerado empresário. No entanto, se, em vez de vender seus direitos autorais para uma editora, ele cria sua própria editora e articula o processo produtivo editorial – que inclui contratos de distribuição do livro para livrarias, produção Empresário O art. 966 declara que empresário é “quem exerce profissionalmente atividade econômica organizada para a produção ou a circulação de bens ou de serviços”. Não empresário Segundo o parágrafo único do art. 966: “não se considera empresário quem exerce profissão intelectual, de natureza científica, literária ou artística, ainda com o concurso de auxiliares ou colaboradores, salvo se o exercício da profissão constituir elemento de empresa”. Empresário A criação de uma sociedade empresária é livre. Isso significa que para abrir um CNPJ, você não precisa de um diploma de curso superior. O reconhecimento como sociedade empresária depende de processos de produção em massa. Profissional liberal Para se tornar um profissional liberal é necessário o ingresso em uma faculdade e a conclusão do curso superior, com a expedição de um diploma. O profissional liberal pode exercer individualmente sua profissão. Tania Highlight Tania Highlight Tania Highlight Tania Highlight Tania Highlight Tania Highlight com gráficas e distribuição on-line da obra –, então ele poderá ser considerado empresário. Não pela atividade de criação de uma obra literária (atividade intelectual), mas pelo exercício dos atos empresariais de gestão, desempenhados como empresário. Contadores, advogados, médicos, dentistas, veterinários, fisioterapeutas, economistas, farmacêuticos, químicos, arquitetos, engenheiros e outros artistas e profissionais autônomos, ao realizarem suas profissões, não exercem atividades empresariais. Consequentemente, as regras relativas às empresas, como a falência, não se aplicam a esses profissionais. No entanto, isso não significa que esses profissionais não possam criar uma sociedade empresária para explorar atividades econômicas com o intuito de obter lucros. Exemplo Um engenheiro pode criar uma sociedade empresária no ramo da construção civil. No entanto, é importante distinguir entre as atividades do engenheiro e as atividades empresariais. As atividades de engenheiro precisam ser desempenhadas por alguém que possua diploma e registro no CREA. Para abrir uma sociedade empresária que ofereça serviços de engenharia, não é necessário ser engenheiro. Qualquer pessoa, como um economista, contador ou administrador, pode fazê-lo, e não é preciso ter curso superior. Isso ocorre porque a gestão dos atos empresariais não pressupõe o elemento intelectual para ser desempenhada. Para distinguir uma atividade empresária de uma atividade não empresária, além do elemento intelectual que se exclui da primeira, é necessário observar: Se a atividade está sendo desenvolvida de modo organizado, demonstrando uma lógica nas etapas de produção. Se a atividade está sendo desenvolvida com profissionalidade e habitualidade, não sendo algo esporádico. Se existe o objetivo de lucro, de gerar renda por meio do desempenho daquela atividade. Outro setor responsável por grande parte das trocas comerciais internacionais do Brasil e pela balança comercial não é considerado atividade empresária: as atividades relacionadas à agropecuária. Trata-se de uma compreensão atrasada e talvez bastante burguesa de que o trabalho desenvolvido no campo não possui os elementos mercantis essenciais para caracterizar uma atividade como empresária. Há muito tempo, essa visão poderia ainda ser válida. No entanto, nos dias atuais, com uma gama de produtos, serviços e tecnologia de ponta presentes na produção agropecuária do país, é difícil acreditar que um empresário rural precise de registro específico para ser considerado empresário. O produtor rural só é considerado empresário caso realize o registro da sua atividade no Registro Público de Empresas Mercantis. Isso é possível devido à facultatividade da escolha do local do registro dos atos constitutivos da empresa. Resumindo Existem situações específicas que não permitem a atuação como empresário, nem a construção de uma sociedade empresária. São aqueles casos de indivíduos impedidos de empresariar por determinação legal. • • • Tania Highlight Tania Highlight Tania Highlight Tania Highlight Atividades empresariais Falaremos neste vídeo sobre as atividades empresariais e como identificá-las, destacando suas principais características e requisitos. Assista! Conteúdo interativo Acesse a versão digital para assistir ao vídeo. Impedimentos legais Essa determinação está prevista no art. 972 do Código Civil que diz que: “[...] podem exercer a atividade de empresário os que estiverem em pleno gozo da capacidade civil e não forem legalmente impedidos”. A restrição relacionada à capacidade civil deve-se ao fato de que menores não podem ser empresários. Porém, isso não significa que menores não podem ser sócios. Os menores incapazes ou relativamente capazes podem figurar como sócios em sociedades empresárias, representados pelos pais ou assistidos por eles, sendo impedidos, todavia, de exercer a administração delas pela falta de capacidade civil. A regra sobre a capacidade civil vale para todos. Há algumas regras específicas que impedem certos profissionais de exercerem a atividade empresarial. Essa proibição visa evitar prejuízos à sociedade, aos consumidores e à livre concorrência. Vamos conferir quais são os profissionais que estão impedidos legalmente de exercerem a atuação empresarial: Militares da ativa, integrantes das forças militares nacionais. Servidores públicos civis, de todas as esferas da administração (Federal, Estadual e Nacional). Juízes, em razão da incompatibilidade ética com o desempenho de suas atribuições e funções. Médicos, em relação às farmácias, drogarias, óticas ou aos laboratórios de análises clínicas, por uma questão de concorrência desleal. Corretores e leiloeiros, em razão de vedação legal. Empresários que já faliram e ainda não foram reabilitados. Estrangeiros que não tenham residência no Brasil, sendo ainda vedados: o exercício da atividade empresarial dedicada à pesquisa e à lavra de recursos minerais e ao aproveitamento do potencial de energia hidráulica (por determinação constitucional, em razão da natureza estratégica de tais mercados); o estrangeiro não naturalizado e o naturalizado há menosde dez anos, para explorar empresa jornalística, de radiodifusão sonora e de sons e imagens. Agentes políticos, com limitações em razão de não poderem participar de sociedades que tenham negócios com o Estado, por uma questão de conflito de interesses. Tipos de empresários individuais Na atuação empresarial, existem diferentes formas de empreender, seja de forma individual ou coletiva. Agora, vamos conhecer os tipos de atuações empresariais individuais disponíveis. Vamos lá! • • • • • • • • Tania Highlight Tania Highlight Tania Highlight 1Empresário individual Quem exerce atividades de empresa organizando insumos, matéria-prima, fatores de produção, de modo profissional e com habitualidade, com objetivo de promover a circulação de riqueza com bens ou serviços economicamente valoráveis. Esse empresário individual responde com todos os seus bens perante as obrigações assumidas em decorrência de suas atividades empresariais. 2 Microempreendedor individual (MEI) São uma categoria de empresários com restrições quanto às atividades permitidas, detalhadas no Portal do Empreendedor, um site governamental que guia a criação desses empreendimentos. Há também um limite de faturamento anual de 81 mil reais por ano. Muitos MEI estão envolvidos em uma prática chamada "pejotização" disfarçada, na qual o empregador encoraja o empregado a abrir um CNPJ para reduzir custos indiretos e evitar responsabilidades trabalhistas. 3 Sociedade limitada unipessoal (SLU) Nessa modalidade, também conhecida como Ltda. unipessoal, não há a exigência de um capital social mínimo. Com a promulgação da Lei de Liberdade Econômica (Lei nº 13.874/19), foi oficializada no Brasil a possibilidade de uma "sociedade de um". Isso implica que o empresário não precisa mais procurar um sócio apenas por formalidade para abrir uma sociedade. A partir dessa lei, ele pode estabelecer uma sociedade limitada com o capital social indicado e operar por meio dela sem a necessidade de envolver terceiros. Verificando o aprendizado Questão 1 No sistema jurídico nacional, não existe uma conceituação direta para a identificação da figura do empresário. Essa conceituação é feita por meio das atividades que ele pratica. Nesse sentido, podemos dizer que empresário é aquele que obtém lucro com o desenvolvimento de sua atividade profissional? A Sim, porque o que diferencia a atuação do empresário é a obtenção de lucros, em oposição às atividades sem fins lucrativos, que não são empresárias. B Não, porque existem atividades profissionais que também geram lucro, mas que não podem ser consideradas como atividades empresárias, por determinação legal. C Sim, porque a geração do lucro é o elemento central na definição de sociedade empresária. D Tania Highlight Tania Highlight Tania Highlight Não, porque é necessário o elemento habitualidade no desempenho da atividade profissional para que se caracterize como atividade empresária. E Sim, porque sem a geração de lucro há a descaracterização da atividade empresária. A alternativa B está correta. Existem atividades que não são consideradas empresárias pela legislação brasileira e, com isso, não podemos reputar como empresários os indivíduos que exploram economicamente a atividade intelectual. Questão 2 A família Doremi passou os últimos dois anos com problemas financeiros, em decorrência da demissão do marido e da chegada de mais um irmão para os três filhos que já tinham em casa. Pensando em alternativas para sair da crise, a mãe começou a fabricar bolos e doces para vender na vizinhança e na feira que era realizada todo domingo. Seus doces começaram a fazer muito sucesso e se tornaram a principal fonte de renda da família. A sra. Doremi decidiu formalizar a sua atividade para emitir nota fiscal e vender seus produtos para restaurantes. Marque a opção correta: A A sra. Doremi não pode abrir uma sociedade porque cozinhar não é uma atividade empresária, já que requer conhecimentos técnicos específicos, no sentido de conhecer boas receitas e saber fazer comidas deliciosas. B A sra. Doremi pode oferecer os seus serviços de doceira na esquina, no Restaurante Di Casa, que já existe há cerca de cinco anos e não possui doces no seu cardápio e, com isso, poderá emitir notas fiscais próprias. C A sra. Doremi pode abrir uma sociedade limitada unipessoal para vender seus produtos, uma vez que ela exerce com habitualidade, organiza as etapas de sua produção e possuiu o objetivo de lucro. D A sra. Doremi só pode abrir um MEI para emitir as suas notas fiscais, visto que a atividade de confeiteira independente está listada como uma das atividades permitidas para a criação de um CNPJ de microempresário individual. E A sra. Doremi só poderá abrir uma sociedade anônima porque a atividade de confeitaria se enquadra nas atividades permitidas na Lei das Sociedades Anônimas. A alternativa C está correta. A atividade de confeiteira pode ser uma atividade empresária, dependendo do modo como o empresário organize o seu funcionamento. E de acordo com a sua estratégia, existem diversas opções de modelos que ele pode utilizar para explorar o seu negócio: sociedade limitada unipessoal, MEI, EIRELI, empresário individual e até mesmo uma sociedade empresária. 2. Espécies societárias As diferentes espécies societárias e suas características Confira neste vídeo as diferentes espécies de sociedades empresárias previstas no direito societário e como identificá-las. Conteúdo interativo Acesse a versão digital para assistir ao vídeo. De acordo com o art. 981, do Código Civil, a sociedade é constituída por pessoas (físicas ou jurídicas), que reciprocamente se obrigam a contribuir, com bens ou serviços, para o exercício de atividade econômica e a partilhar entre si os resultados, sendo reconhecida como sujeito de direitos e obrigações pelo nosso ordenamento jurídico. Vamos conferir agora as características das diferentes espécies societárias. 1 Composição As sociedades são entidades criadas para a exploração de uma atividade econômica com mais de um empresário em sua composição. No caso do empresário individual, todo o risco do negócio está centralizado apenas em um indivíduo, que responderá, conforme for o caso, com a integralidade de seu patrimônio ou parte dele. 2 Riscos São compartilhados na sociedade com terceiros: seja com um sócio (em uma sociedade limitada) ou acionista (em uma sociedade anônima). Existem requisitos para estabelecer essa parceria comercial, e um deles é o chamado affectio societatis, que se refere ao desejo e à intenção de permanecer associado e manter o vínculo que constitui a sociedade. 3 Sócios Unem-se para combinar esforços a fim de alcançar seus objetivos e o propósito social previsto. Eles estão dispostos a enfrentar os riscos que surgem e a assumir os resultados do desempenho da atividade, sejam eles favoráveis ou desfavoráveis. A característica mais significativa, que impulsiona a formação e a existência da sociedade, é direcionada pelo comportamento dos sócios. 4 Ordem jurídica Diz-se que as sociedades são uma “criação jurídica”, uma vez que sua existência ocorre por meio de um reconhecimento da ordem jurídica. Isso porque, a partir do registro na Junta Comercial, a sociedade torna-se uma pessoa jurídica distinta das demais pessoas que a constituíram. Tania Highlight Tania Highlight Tania Highlight Tania Highlight Tania Highlight 5Personalidade jurídica Passa a existir no mundo das obrigações por meio de ordenamento jurídico, com nome empresarial, objeto social a ser desenvolvido, patrimônio próprio (distinto do patrimônio dos sócios) e obrigações específicas. Classificações de sociedades A Lei nº 10.406/02 (Código Civil) adota a teoria da empresa, ampliando a abrangência do direito comercial. Com isso, o estudo do direito comercial não se restringe apenas às sociedades empresárias, ou seja, aquelas que exercem atividade própria de empresário, mas também abrange as sociedades não empresárias, conhecidas como sociedades simples. Vamosentender melhor a diferença entre sociedades empresárias e não empresárias a seguir. Sociedades empresárias São formadas por meio de um contrato firmado entre duas ou mais pessoas físicas ou jurídicas, que organizarão os fatores produtivos para a exploração de atividade econômica com objetivo de produzir lucro. Sociedades não empresárias São aquelas em que indivíduos se unem para realizar uma atividade econômica de forma regular, eficiente e com fins lucrativos, sem serem oficialmente consideradas empresas. Por exemplo, um grupo de profissionais liberais pode formar uma sociedade para exercer sua atividade de forma organizada, visando lucro, mas sem se enquadrar na definição legal de empresário. Nesses casos, embora possam associar-se para realizar a atividade econômica, não se tornam empresários. Tais sociedades são geralmente classificadas como simples, conforme previsto pelo sistema jurídico, que permite a cooperação entre indivíduos para explorar atividades econômicas que não se enquadram na categoria empresarial. As sociedades podem ser compostas por indivíduos ou por outras sociedades empresárias e essa situação é extremamente comum. Os grupos que são formados por outras empresas também são chamados de grupos empresariais. A sociedade empresária é classificada como uma pessoa jurídica de direito privado, diferenciando- se das pessoas naturais (ou físicas) e das pessoas jurídicas de direito público, como a União, os estados, os municípios e o Distrito Federal. De acordo com o nosso Código Civil, as sociedades podem ser divididas, em razão de seu registro, do seguinte modo: sociedades personificadas e sociedades não personificadas. Vamos conferir! Sociedades personificadas Dizer que uma sociedade é personificada significa que ela possui personalidade jurídica, ou seja, está inscrita no Registro Público das Empresas Mercantis ou no Registro Civil das Pessoas Jurídicas. Essas sociedades podem ser organizadas tanto para o desenvolvimento de atividades econômicas reconhecidas como empresárias quanto para aquelas que não são classificadas como empresárias pela lei, como é o caso das sociedades simples. Tania Highlight Tania Highlight Tania Highlight Tania Highlight Tania Highlight Tania Highlight Tania Highlight Tania Highlight Tania Highlight Tania Highlight Tania Highlight Tania Highlight Tania Highlight Tania Highlight Exemplo Os escritórios de advocacia, os consultórios médicos e dentistas, e outros que exercem atividades intelectuais de modo organizado, mas que não são considerados empresários. Já as sociedades empresárias são as que praticam atos de empresa, ou seja, possuem como finalidade a exploração de atividades empresárias. As sociedades empresárias também podem assumir formas distintas, conforme esta classificação: Sociedade em nome coletivo Sociedade em comandita simples Sociedade limitada Sociedade anônima Sociedade em comandita por ações Existe ainda uma nova modalidade de sociedade que foi incluída pela recente Lei de Liberdade Econômica (Lei nº 13.874/19), que instituiu oficialmente no Brasil a possibilidade de sociedade limitada unipessoal (SLU), conforme apresentado no item sobre o exercício da função de empresário. Vamos entender melhor! Os demais modelos de sociedade praticamente não são mais utilizados atualmente, pois os empresários optam pelo modelo que oferece maior proteção patrimonial (sociedade limitada) ou maior acesso ao financiamento do negócio (sociedade anônima). Sociedades não personificadas São sociedades que não possuem personalidade jurídica constituída, ou seja, não possuem patrimônio jurídico próprio nem nome, mas são reconhecidas pelo direito devido às suas obrigações e deveres estabelecidos por meio de um contrato. Isso significa que são válidas entre os contratantes, porém não geram efeitos perante terceiros. As sociedades não personificadas podem ser classificadas em comum ou em conta de participação. Confira as diferenças! • • • • • Antes da Lei de Liberdade Econômica Não era possível formar uma sociedade com menos de dois participantes, o que criava uma anomalia. Na prática, muitas sociedades tinham sócios com 1% a 0,1% do capital social, desempenhando um papel irrelevante. Após a implementação da Lei de Liberdade Econômica Foi legalmente instituída a opção de criação de uma sociedade empresária de responsabilidade limitada com apenas um sócio, e o que a torna única é a ausência da exigência de um patrimônio mínimo. Tania Highlight Tania Highlight Tania Highlight Tania Highlight Tania Highlight Tania Highlight Sociedades não personificadas em comum Realizam atividades comerciais, mas não se registraram oficialmente como empresas mercantis. Chamamos essas empresas de sociedades de fato ou irregulares. O ponto importante é que mesmo sem registro, elas podem ser reconhecidas legalmente como empresas. Isso quer dizer que elas têm que cumprir compromissos e obrigações com terceiros, mesmo sem registro. A consequência é que, sem o registro, os donos da empresa são responsáveis ilimitadamente, podendo perder seus bens. A lei pune quem não segue as regras e protege terceiros de serem prejudicados por problemas desconhecidos. Sociedades não personificadas em conta de participação São aquelas não registradas pelos sócios, chamadas de sociedades ocultas, em que o valor é reconhecido apenas internamente. Elas surgem quando uma parte busca investimento sem revelar a parceria ou produto publicamente, como em algumas startups financiadas assim. Nesse modelo, os participantes estabelecem direitos e deveres entre si, sem criar um nome empresarial ou obter um CNPJ, focando em compartilhar lucros. Podem limitar-se a uma operação específica, e os acordos têm validade apenas entre os sócios. Apesar de não registradas, não são consideradas irregulares, podendo o contrato ser registrado em cartório de títulos e documentos. Além da distinção entre sociedades personificadas e não personificadas, existem outras formas de classificação entre as sociedades, por exemplo, com base na responsabilidade dos sócios, na nacionalidade da sociedade, na distinção entre sociedade de pessoas e sociedade de capital, entre outros aspectos mais teóricos sobre a constituição e o funcionamento das sociedades. Dada a natureza objetiva desse tema, serão enfocadas as modalidades de sociedades mais comumente utilizadas: a sociedade de responsabilidade limitada por cotas e a sociedade anônima. Sociedade limitada (Ltda.) É composta por apenas uma categoria de sócios, conhecidos como cotistas. Seu capital social é formado pela soma dos valores das cotas sociais, representando o aporte financeiro ou de bens que cada sócio contribui, integrando assim o patrimônio social. Essa contribuição pode ser em dinheiro ou em bens, conferindo direitos e deveres a cada sócio, especialmente o direito de participar dos resultados da sociedade, sejam eles positivos ou negativos. A sociedade limitada é o modelo mais comumente adotado no país devido à limitação da responsabilidade de cada sócio ao valor de suas cotas na sociedade. Apesar disso, todos os sócios respondem solidariamente pela integralização do capital social, o que também a caracteriza como sociedade por cotas de responsabilidade limitada. Essa responsabilidade dos sócios pela integralização das cotas é uma etapa muito relevante no processo de construção da sociedade porque, caso as cotas não sejam integralizadas, os sócios respondem pela integralização. O sócio tem o direito de deixar a sociedade, cedendo ou vendendo suas cotas, mesmo sem a aprovação dos demais sócios, desde que o contrato social não proíba essa possibilidade ou não estabeleça o contrário. No entanto, essa transferência pode ser impedida se mais de um quarto dos titulares do capital social se opuser formalmente. Vamos conferir agora como ocorre a administração e as deliberações em uma sociedade limitada. Tania Highlight Tania Highlight Tania Highlight Tania Highlight Tania Highlight Tania Highlight TaniaHighlight Tania Highlight Tania Highlight Tania Highlight Tania Highlight Administração da sociedade limitada Pode ser realizada por mais de uma pessoa, podendo ser sócios ou terceiros, e não é necessariamente designada no contrato social, podendo ser feita por meio de um ato separado. No entanto, um terceiro nomeado como administrador só poderá assumir o cargo após a lavratura do termo de posse no livro de atas da administração. O contrato social pode determinar que todos os sócios exerçam a administração da sociedade, mas, no caso da entrada de um novo sócio, essa atribuição não é automática e deve ser formalmente estabelecida no instrumento de alteração do quadro societário. Caso contrário, o novo sócio não terá autorização para exercer a administração da sociedade. Deliberações da sociedade limitada As decisões, conforme o art. 1.010 do Código Civil, são tomadas por maioria de votos, com base nas cotas de cada sócio, sendo a maioria absoluta mais da metade do capital. Em caso de empate, a decisão é do maior número de sócios, ou, persistindo o empate, cabe ao juiz decidir. Essas decisões são feitas em reuniões ou assembleias convocadas pelos administradores de acordo com a lei ou contrato (art. 1.172 do Código Civil). As assembleias são obrigatórias com mais de dez sócios, mas podem ser dispensadas se todos estiverem presentes ou declararem antecipadamente conhecimento dos detalhes. Quando todos os sócios concordam por escrito, tanto reunião quanto assembleia podem ser dispensadas. Em algumas situações, uma assembleia anual é necessária para aprovar o balanço, nomear administradores e prestar contas, dentro dos primeiros quatro meses após o fim do exercício social, conforme definido no contrato social. Sociedade anônima (SA) É uma pessoa jurídica de direito privado de natureza mercantil, cujo patrimônio é dividido em ações, limitando a responsabilidade dos acionistas ao preço de emissão das ações subscritas - o compromisso assumido pelo interessado na compra da ação. Esse processo preliminar à aquisição de ações é efetivamente a compra das ações por terceiros interessados ou adquirentes. A SA é regulamentada pela Lei nº 6.404/76. Aqui estão as duas espécies de sociedades anônimas. Veja! Agora, vamos conferir como ocorre a administração e os valores mobiliários em uma sociedade anônima. Administração da sociedade anônima A Lei nº 6.404/76 organiza a administração das sociedades anônimas, distribuindo o poder entre órgãos como a assembleia geral, o conselho de administração, a diretoria e o conselho fiscal. O acionista controlador, definido pelo art. 116 da mesma lei, detém a maioria dos votos em assembleias e, portanto, elege os administradores. Ele também tem influência sobre as atividades da empresa e seus órgãos. No entanto, o parágrafo único do artigo mencionado destaca que o acionista controlador deve agir em conformidade com o objeto social da empresa, sua função social e seus deveres para com outros acionistas, funcionários e a comunidade. Sociedades anônimas abertas Possuem registro dos seus valores mobiliários na Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e os negociam no mercado de valores mobiliários. Sociedades anônimas fechadas Não possuem registro na Comissão de Valores Mobiliários (CVM), e os valores mobiliários são negociados diretamente por seus fundadores na constituição, e pelos diretores após a constituição. Tania Highlight Tania Highlight Tania Highlight Tania Highlight Tania Highlight Tania Highlight Tania Highlight Tania Highlight Tania Highlight Tania Highlight Tania Highlight Tania Highlight Tania Highlight Tania Highlight Tania Highlight Valores mobiliários da sociedade anônima A Lei nº 6.385/76 regula o mercado de valores mobiliários e enumera, em seu art. 2º, o que são considerados valores mobiliários, incluindo ações, partes beneficiárias, debêntures e bônus de subscrição, os quais são emitidos e negociados por sociedades anônimas com o objetivo de captar recursos financeiros no mercado. Diferentemente dos outros valores mobiliários, a posse de ações confere ao titular a qualidade de sócio, permitindo-lhe participar da vida da sociedade e, dependendo do tipo de ação detida, desfrutar de privilégios e vantagens em relação aos demais. Outros tipos de valores mobiliários correspondem a investimentos financeiros vinculados a mecanismos específicos de remuneração. Sociedade simples As sociedades não empresariais são formadas por duas ou mais pessoas que buscam lucro, mas sem a estrutura empresarial, com cada sócio contribuindo diretamente com seu conhecimento em áreas científicas, literárias ou artísticas. Exemplo Sociedades de médicos, odontólogos, contadores etc. Além das sociedades não empresariais, as cooperativas também são estabelecidas como sociedades simples. O Código Civil, a partir do art. 997, estabelece as características da sociedade simples, que se aplicam subsidiariamente a todas as demais sociedades, na ausência de particularidades específicas. É importante destacar que a sociedade simples deve limitar-se à atividade para a qual foi criada, como a prestação de serviços relacionados à habilidade técnica e intelectual dos sócios, evitando a inclusão de demais serviços que poderiam transformá-la em uma sociedade empresarial. Qual é o melhor modelo de sociedade? Depende (como muitas respostas jurídicas são). Depende do modelo de negócios que o criador da empresa tem em mente. Depende dos objetivos que se pretende alcançar com a criação daquela sociedade. A finalidade, a ideia do comércio e a oportunidade vêm antes de decidir qual tipo de sociedade deve ser escolhido. Caso queira desenvolver um produto a ser comercializado em massa, por exemplo, uma vacina que terá distribuição mundial, a sociedade anônima pode ser uma boa opção, pois permitirá arrecadar valores e alavancar investimentos nos produtos que se pretende desenvolver. Se a opção for mais modesta, por exemplo, a criação de uma linha de acessórios infantis, ou de uma marca de roupas homewear do tipo pijamas chiques, com distribuição e mercado regionais, ou ainda para participar de feiras, pode ser que a melhor opção seja uma sociedade de cotas por responsabilidade limitada. A grande aposta da Lei de Liberdade Econômica, com a criação da sociedade unipessoal de responsabilidade limitada, é a de que a sociedade limitada unipessoal (SLU) será o modelo de sociedade mais utilizado futuramente por causa de suas facilidades. Classificação das sociedades Vamos falar neste vídeo sobre os diferentes tipos societários e esclarecer as diferenças entre a sociedade empresária e a não empresária. Assista! Tania Highlight Tania Highlight Tania Highlight Tania Highlight Tania Highlight Tania Highlight Tania Highlight Conteúdo interativo Acesse a versão digital para assistir ao vídeo. Verificando o aprendizado Questão 1 Existem diversos tipos societários previstos em nossa legislação. Sobre esse assunto, classifique em verdadeiras (V) ou falsas (F) as assertivas abaixo e, depois, marque a alternativa certa. ( ) As sociedades simples exercem atividade empresária. ( ) Não é admissível a sociedade limitada composta por apenas um sócio. ( ) Sociedades empresárias em comum exercem atividade econômica empresarial, mas não estão regularmente inscritas no registro de sociedades mercantis. ( ) As sociedades em conta de participação são uma das espécies de sociedades personificadas. A V – V – F – V B F – F – V – F C F – V – F – V D F – F – V – V E V – F – F – F A alternativa B está correta. As sociedades simples são sociedades que não exercem atividade econômica empresária, configurando sociedades civis. Quanto à segunda assertiva, cabe lembrar que é admitida a sociedade limitada unipessoal. A terceira afirmativa é verdadeira, pois as sociedades empresárias em comum não se encontram devidamente registradas. Finalmente, as sociedades em conta de participação não são personificadas, configurando um acordo entre as partes. Questão 2Antônio e Pedro formaram-se no curso de engenharia química e, ao longo do estágio que realizaram juntos, descobriram uma fórmula que permitia transformar a cor do café, sem alterar o seu sabor. Depois de terem patenteado a invenção, estruturaram um plano de negócios para viabilizar a comercialização de seu produto. Entre as opções possíveis para a formalização do plano de negócios dos amigos, assinale as assertivas verdadeiras e falsas e, depois, marque a alternativa certa. ( ) Como a atividade empresária será desempenhada pelos dois amigos, e o plano de negócios deles prevê a comercialização do produto, não será possível optar pela sociedade em comandita. ( ) Como o produto foi descoberto pelos dois, em parceria, e eles integrarão a sociedade para levar o produto à comercialização, não pode ser feito por meio de uma sociedade limitada unipessoal. ( ) Eles poderão abrir um MEI, uma vez que a atividade está listada como permitida para a atuação empresária. A F – F – V B V – F – V C F – V – F D V – V – F E F – V – V A alternativa D está correta. De acordo com o caso apresentado, a única hipótese incorreta é a terceira, uma vez que o pressuposto do MEI é que seja apenas um indivíduo e não uma dupla. O MEI não pode ser formado por mais de uma pessoa. 3. Sociedades empresárias Atos constitutivos e elementos dos contratos Assim como nós, indivíduos, possuímos certidões de nascimento com dados essenciais, as pessoas jurídicas, como empresas, têm seus equivalentes: Contrato social, para sociedades limitadas por cotas. Estatuto social, para sociedades anônimas. Esses documentos detalham as elementos constitutivos fundamentais de cada entidade, e é a partir dele que inferimos questões relacionadas ao tipo de sociedade a que cada uma delas pertence. Existem alguns elementos padrões nos contratos ou estatutos, ou seja, que aparecem em todos eles. São elementos que definem minimamente a sociedade. Vamos conhecê-los! Qualificação dos sócios É fundamental para a identificação daqueles que são os responsáveis pela atuação da sociedade, sejam eles pessoas físicas ou jurídicas. Devem constar, nessa parte, nome completo, CPF ou CNPJ, residência, nacionalidade e todos os demais elementos que individualizem seus integrantes. Denominação social É o nome oficial pelo qual a sociedade é registrada, podendo ser formada pelos sobrenomes dos sócios ou abreviações de seus nomes, desde que único e não registrado anteriormente. Já o nome fantasia é o nome que consta no letreiro da loja ou do ponto empresarial. A expressão nome fantasia decorre do fato de que, usualmente, o nome empresarial não é o mesmo que consta como título do estabelecimento. Por exemplo, ao realizar compras com cartão de crédito, é comum não identificar o estabelecimento pelo nome na fatura, que corresponde à denominação social da sociedade, diferenciando-se do nome fantasia utilizado no dia a dia. Objetivo social Define as atividades a serem realizadas pela empresa. Embora as sociedades empresárias possam atuar em diversos setores, é essencial que essas atividades estejam claramente descritas no objeto social. Em certos casos, como para participar de licitações específicas, é importante que a empresa tenha as atividades exigidas em seu objeto social para se qualificar. Por exemplo, para concorrer a uma licitação de concessão de bloco petrolífero, a empresa deve ser descrita como produtora de petróleo e gás natural, não bastando apenas fornecer serviços de enfermagem. O Cadastro Nacional de Atividades Econômicas (CNAE), mantido pelo IBGE, é uma importante ferramenta para consultar as atividades que as empresas podem desenvolver. Formas de integralização do capital A integralização do capital subscrito pelo sócio pode ser realizada de uma só vez ou em parcelas, mediante aceitação da sociedade. Como a responsabilidade dos sócios é solidária, caso um deles deixe de cumprir com essa obrigação, a sociedade pode tomar medidas, como designá-lo como sócio remisso, assumir sua parte ou transferi-la a terceiros, e eventualmente excluí-lo da sociedade, restituindo-lhe o que já foi pago. Todas essas possibilidades devem ser detalhadas no contrato social, desde as disposições gerais até as especificidades de cada caso. • • Tania Highlight Tania Highlight Tania Highlight Tania Highlight Tania Highlight Tania Highlight Tania Highlight Tania Highlight Tania Highlight Tania Highlight Tania Highlight Tania Highlight Tania Highlight Tania Highlight Sede da sociedade É o local onde suas atividades de uma sociedade são desenvolvidas, podendo ter mais de uma sede, mas elas precisam estar descritas no contrato social. É o modo de localização geográfica da sociedade, mesmo que desenvolva serviços virtualmente. Mesmo empresas multinacionais, como a Amazon e o Facebook, têm sedes registradas nos diversos países onde operam, mesmo que suas atividades sejam predominantemente virtuais. Responsabilidades dos sócios Vão variar de acordo com a modalidade de sociedade adotada. Cerca de 90% das companhias abertas no Brasil optam pelo modelo de sociedades por cotas de responsabilidade limitada e é nesse item que são especificadas as responsabilidades de cada sócio. Administração da sociedade Deve constar no contrato social qual sócio irá responder judicial e extrajudicialmente pela administração da sociedade, ou seja, aquele que efetivamente atuará em nome da sociedade. Essa função intitulada de “administrador” pode ser desempenhada por um dos sócios, desde que não haja impedimentos para tanto, e poderá também constar no documento o valor do pró-labore a ser recebido por ele. Direitos e obrigações de cada um dos sócios Podem ser descritos também nesse documento o que se espera no desempenho da atividade de cada sócio e o que estará impedido de ser realizado. Um exemplo pode ser a cláusula de não concorrência, ou a cláusula de não competitividade, que impede que um sócio de determinada sociedade seja também sócio em outra concorrente. Cláusula de encerramento do exercício social Período de atividades da sociedade, determinando quando devem ser apresentados o balanço patrimonial, inventário e os resultados econômicos. Esse período pode ou não coincidir com o ano fiscal. Cláusula de eleição de foro contratual Determina o local onde serão resolvidas as disputas decorrentes do contrato. Geralmente, o foro é o mesmo local da sede da sociedade ou onde ela desenvolve suas atividades. Também é possível optar pela arbitragem comercial, especificando o tribunal arbitral e as regras aplicáveis às disputas. No caso da arbitragem comercial, é comum escolher um tribunal estrangeiro especializado para certos temas e setores. Nesse caso, é importante definir como serão divididos os custos do procedimento arbitral, que podem ser mais elevados do que os custos judiciais. É importante ressaltar que não basta a elaboração de um excelente contrato social se este não for devidamente registrado na Junta Comercial! Enquanto os atos constitutivos não forem registrados, a sociedade será regida pelas regras de uma sociedade comum, ou seja, os sócios responderão integralmente com seus respectivos patrimônios pelas dívidas da sociedade. Quais documentos efetivamente criam a sociedade? Tania Highlight Tania Highlight Tania Highlight Tania Highlight Tania Highlight Tania Highlight Tania Highlight Tania Highlight Tania Highlight Tania Highlight Tania Highlight Tania Highlight Tania Highlight Tania Highlight Acompanhe neste vídeo os documentos necessários para abertura de uma sociedade, destacando os elementos padrões nos contratos ou estatutos e a importância do registro. Conteúdo interativo Acesse a versão digital para assistir ao vídeo. Restrição da constituição societária Embora a constituição de uma sociedade ofereça ampla liberdade, algumas restrições se aplicam, seja devido à qualificação de um dos sócios ou às exigências de setores específicos da economia para iniciar um empreendimento. Vejamos quais são as circunstânciasem que as restrições são aplicadas. Relação marital, com regime de comunhão universal de bens Prevalece a proteção do patrimônio da família. No entanto, essa restrição ocorreu após a edição do Código Civil, que é de 2002, sendo possível existirem ainda sociedades com esse tipo de configuração. Sociedades estrangeiras Sua atuação depende da autorização por parte do Poder Executivo. O Departamento de Registro Empresarial e Integração (DREI) é responsável pela tramitação. Elas devem acrescentar ao nome a expressão “do Brasil” ou “Brasileira”. Com a sua abertura, elas se sujeitam às leis nacionais e também poderão se naturalizar, mas devem trazer a sua sede para o Brasil. Alguns setores possuem requisitos específicos para a criação de sociedades, demandando maior atenção do Estado, seja pelo Poder Executivo ou por agências reguladoras. Essas entidades estabelecem critérios e restrições para garantir conformidade e segurança na operação das empresas nesses setores. Setores estratégicos, ligados ao abastecimento e à segurança nacional, frequentemente apresentam requisitos específicos para a constituição de sociedades. Eles se destacam em importância no desenvolvimento econômico e nacional, diferenciando-se de outros mercados, como a comercialização de produtos alimentícios e vestuários. Vejamos alguns desses setores! Sociedades ou instituições financeiras Em razão da Lei nº 4.728/65, todas as sociedades que atuem no mercado financeiro, comercializem títulos financeiros, sejam corretoras, administrem fundos de títulos ou valores mobiliários devem receber autorização específica do Banco Central do Brasil para funcionar. Sociedades que comercializem seguro Nos termos do Decreto-lei n° 73/66, as sociedades que comercializam resseguro, capitalização e previdência, de igual forma, necessitam de autorização para funcionamento. Tania Highlight Tania Highlight Tania Highlight Tania Highlight Tania Highlight Tania Highlight Tania Highlight Tania Highlight Tania Highlight Tania Highlight Sociedade operadoras de planos de saúde Por força da Lei n° 9.656/96, necessitam de autorização especial para funcionar. Restrição da constituição societária Neste vídeo, falaremos sobre as restrições de constituição societária, abordando como elas podem estar relacionadas a um dos sócios ou ao setor econômico específico em que a empresa atua. Confira! Conteúdo interativo Acesse a versão digital para assistir ao vídeo. Aquisição de personalidade jurídica A personalidade jurídica é conferida às sociedades devidamente registradas no Registro de Empresas Mercantis ou no Registro de Pessoas Jurídicas, proporcionando uma identificação única por meio do CNPJ (Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica). A aquisição da personalidade jurídica ocorre através do registro público das sociedades, regulado pela Lei nº 8.934/94 e pelo Decreto nº 1.800/96. O serviço é conduzido pelo Sistema Nacional de Registro de Empresas Mercantis. Conheça a composição do Sinrem! Departamento Nacional de Registro do Comércio (DNRC) Desempenha função supletiva no campo administrativo e, no técnico, exerce função normativa, de supervisão, orientação e coordenação, com competência nacional. Juntas Comerciais (JC) Têm jurisdição estadual e estão administrativamente subordinadas a cada estado, tecnicamente ao DNRC. Cada estado tem sua própria Junta Comercial, responsável por serviços como registro, matrícula e cancelamento, arquivamento de atos constitutivos e autenticação de documentos de empresários e profissionais, como leiloeiros, sujeitos a registro. O registro e arquivamento do ato constitutivo conferem personalidade jurídica, emitindo pela Junta Comercial o Número de Identificação de Registro de Empresa (NIRE). Mais do que um simples número, a criação de uma pessoa jurídica traz aos seus integrantes uma garantia: de que eles não terão seu patrimônio pessoal afetado em caso de insucesso. A ideia de separar o patrimônio dos sócios ou acionistas das sociedades é um reconhecimento por parte da legislação de que os riscos inerentes aos negócios não devem penalizar, a priori, aqueles que exploram comercialmente uma atividade econômica. Uma sociedade que ainda não está registrada, não significa que não exista. O direito societário reconhece seu funcionamento e obrigações, mas ela será tratada como uma sociedade comum, em que os sócios respondem integralmente com seus patrimônios pelas dívidas contraídas em nome da empresa. Na tensão existente entre o sucesso e o fracasso empresarial, estão inseridas muitas variáveis que devem ser consideradas, como a participação da sociedade na economia nacional, regional e local, a oferta de empregos, o recolhimento de tributos, enfim, uma série de elementos que fazem das sociedades empresárias um ponto fundamental para o nosso modelo econômico. A seguir, veja quais são as vantagens e as desvantagens da personalidade jurídica. Tania Highlight Tania Highlight Tania Highlight Tania Highlight Tania Highlight Tania Highlight Tania Highlight Tania Highlight Tania Highlight Tania Highlight Aquisição de personalidade jurídica Neste vídeo, falaremos sobre os modos de aquisição da personalidade jurídica, explicando quando ela de fato se constitui e os processos que garantem sua legalidade. Não deixe de conferir! Conteúdo interativo Acesse a versão digital para assistir ao vídeo. Desconsideração da personalidade jurídica Explore neste vídeo a teoria da desconsideração da personalidade jurídica e veja como ela permite responsabilizar indivíduos por atos de suas empresas. Conteúdo interativo Acesse a versão digital para assistir ao vídeo. A teoria da desconsideração da personalidade jurídica surge diante de situações como abuso ou confusão patrimonial, em que não há distinção nítida entre os patrimônios da empresa e dos sócios. Isso ocorre quando, por exemplo, a sociedade assume obrigações dos sócios, transfere ativos ou passivos sem efetivas contraprestações, bem como se verificam atos de descumprimento da autonomia patrimonial. Apenas por meio de sentença judicial, com direito de resposta dos acusados, a desconsideração da personalidade jurídica pode ser decretada, visando satisfazer credores sem dissolver a sociedade. Essa medida, prevista na legislação brasileira, permite em casos específicos alcançar o patrimônio dos sócios ou acionistas, sem extinguir a entidade empresarial. Exemplo Quando, em função de dívidas pessoais do sócio, se utiliza a sociedade para encobrir o seu patrimônio e não arcar com as suas obrigações perante os seus credores pessoais. Nesse contexto, também deve estar presente a figura da confusão patrimonial entre a sociedade e o sócio. Inicialmente, a legislação não definiu o abuso da personalidade jurídica ou a situação de confusão patrimonial, deixando ampla margem de discricionariedade para o juiz. Com a Lei de Liberdade Econômica (LLE), foram estabelecidos parâmetros mais específicos para a aplicação da teoria da desconsideração da personalidade jurídica. Vantagens da personalidade jurídica A empresa se separa financeiramente dos indivíduos que a fundaram e de seus próprios patrimônios, proporcionando aos empresários certa tranquilidade de que seus bens pessoais não serão afetados em caso de falência. Desvantagens da personalidade jurídica Pode ser uma “brecha” para a utilização deturpada do patrimônio da sociedade em benefício de seus sócios ou acionistas, desvirtuando sua finalidade. Não são raros os casos em que a sociedade quebra e os sócios saem do processo sem o menor prejuízo. Tania Highlight Tania Highlight Tania Highlight Tania Highlight Tania Highlight Tania Highlight Tania Highlight O art. 50 do Código Civil, define que o desvio de finalidade ocorre quando a pessoa jurídica é utilizada com o objetivo de lesar credores e cometer atos ilícitos por meio da sociedade. Essa alteração permite que seja possível identificar os sócios ou acionistas que foram beneficiados pelo uso abusivo da pessoa jurídica e que somente eles tenhamseu patrimônio afetado. A personalidade jurídica representa uma conquista significativa para o modelo econômico atual, porém, seu uso inadequado por indivíduos pode distorcer o propósito das sociedades. O funcionamento adequado dessas entidades é vital para a manutenção do sistema produtivo, gerando empregos, arrecadando tributos e impulsionando inovações. A função social da empresa, derivada do princípio constitucional da função social da propriedade, enfatiza a importância do respeito às normas de funcionamento. Essa expressão destaca que, mesmo com um proprietário, há uma finalidade comum para os bens e patrimônios, que não devem ser desvirtuados. Ao reconhecermos a função social das sociedades empresárias, entendemos que há uma responsabilidade que vai além dos interesses de sócios e acionistas: envolve também o bem-estar da comunidade, incluindo: Empregados. Consumidores. Fornecedores. Governo, que receberá o pagamento de seus tributos. As sociedades empresárias integram um elo produtivo, um círculo virtuoso que produz e distribui riquezas na sociedade, e a sociedade espera delas um funcionamento ético e correto no exercício de suas atividades. Verificando o aprendizado Questão 1 A empresa Fraudes e Fakes Ltda. foi processada por seus credores, que obtiveram a desconsideração da personalidade jurídica decretada por sentença. Os sócios Joselito das Neves e José Pereira foram condenados pelo desvio de finalidade do objeto social da sociedade. Marque a alternativa correta sobre o destino da sociedade Fraudes e Fakes Ltda.: A A empresa deverá recorrer da sentença, uma vez que a decretação da desconsideração da personalidade jurídica violou o princípio da autonomia patrimonial da sociedade empresária. B Com a sentença extinguindo a personalidade jurídica da sociedade Fraudes e Fakes Ltda., ela será liquidada. C Diante da sentença decretando a desconsideração da personalidade jurídica da sociedade Fraudes e Fakes Ltda., ela terá, na sequência, a decretação da sua falência e deixará de existir. D Com a decretação da desconsideração da personalidade jurídica, a autonomia patrimonial da sociedade será momentaneamente suspensa para atingir os bens pessoais dos sócios e satisfazer a dívida dos credores, com a manutenção da sociedade no mercado. • • • • Tania Highlight Tania Highlight E Não poderia haver a desconsideração da personalidade jurídica da empresa Fraudes e Fakes Ltda., pois o desvio de finalidade não é considerado uma justificativa válida. A alternativa D está correta. A desconsideração da personalidade jurídica não é instrumento para o encerramento das atividades empresárias da sociedade, sendo apenas uma ferramenta para corrigir o uso desvirtuado da pessoa jurídica em casos de confusão patrimonial e abuso. Questão 2 Joselito das Neves pretendia iniciar um negócio, mas sem assumir os ônus trabalhistas de seus funcionários. Com isso, realizou um contrato social com seu cunhado, criando a sociedade Spertos Ltda., na modalidade sociedade empresária por cotas de responsabilidade limitada, e não a registrou na Junta Comercial, prevendo que, em casos de ações trabalhistas, não iriam localizar o registro da sociedade e, assim, escaparia desses débitos. Assinale a resposta correta para o caso em questão: A A sociedade empresária só se constitui a partir do registro de seu contrato social na Junta Comercial e a ausência dele implica a inexistência para fins jurídicos da empresa. B A sociedade empresária, independentemente de seu registro, é válida, uma vez que a sua existência ocorre com o exercício dos atos empresariais, limitando as responsabilidades dos sócios aos valores de suas cotas. C A sociedade que pratica atos empresariais sem ter o contrato social registrado na Junta Comercial é reputada como sociedade comum e os sócios respondem ilimitadamente com seu patrimônio pelas dívidas contraídas por ela. D A sociedade que pratica atos empresariais está em vigor e a responsabilidade dos sócios está limitada às suas cotas, respondendo subsidiariamente cada um deles pelos débitos trabalhistas. E Uma vez que a sociedade empresária não tem o registro na Junta Comercial, não pode responder por processos trabalhistas. A alternativa C está correta. A sociedade que pratica atos empresariais e não está registrada é reputada como sociedade comum, uma das hipóteses das sociedades não personificadas, e implica a responsabilidade ilimitada dos sócios quanto às dívidas contraídas pela mesma. 4. Conclusão Considerações finais Exploramos o papel fundamental das sociedades no cenário econômico do Brasil, compreendendo suas atividades empresariais e aquelas que não se enquadram nesse perfil. Além disso, destacamos a figura do empresário e suas responsabilidades para com as sociedades. Analisamos a variedade de classificações das sociedades, seus métodos de constituição e os contratos que regem suas operações, enfatizando a importância da personalidade jurídica. Também examinamos as situações que podem levar à desconsideração dessa personalidade jurídica, visando responsabilizar os sócios ou acionistas que abusam da estrutura societária. Explore + O conteúdo legislativo trabalhado pode ser encontrado no texto da Constituição Federal do Brasil de 1988 e no Código Civil. No site da Receita Federal, você encontra as descrições das classificações de atividades econômicas que podem ser desenvolvidas pelas sociedades empresárias. Conheça mais sobre os microempreendedores individuais no site oficial do governo, o Portal do Empreendedor. Existem muitos filmes que exploram a temática das sociedades, recomendamos que assista ao documentário A Corporação, que explica o funcionamento das sociedades e sua importância no mundo atual, bem como a necessidade de estabelecermos regras para o seu bom funcionamento. Referências ALMEIDA, A. P. Manual das sociedades comerciais. São Paulo: Saraiva, 2005. BERTOLDI, M. M.; RIBEIRO, M. C. P. Curso avançado de direito comercial. 7. ed. São Paulo: RT, 2013. BORBA, J. E. T. Direito Societário, São Paulo: Atlas, 2015. BRASIL. Casa Civil. Lei n. 4.728, de 14 de julho de 1965. Disciplina o mercado de capitais e estabelece medidas para o seu desenvolvimento. Brasília, 1965. BRASIL. Casa Civil. Lei n. 6.404, de 15 de dezembro de 1976. Dispõe sobre as Sociedades por Ações. Brasília, 1976. BRASIL. Casa Civil. Lei n. 6.385, de 7 de dezembro de 1976. Dispõe sobre o mercado de valores mobiliários e cria a Comissão de Valores Mobiliários. Brasília, 1976. BRASIL. Casa Civil. Lei n. 8.934, de 18 de novembro de 1994. Dispõe sobre o Registro Público de Empresas Mercantis e Atividades Afins e dá outras providências. Brasília, 1994. BRASIL. Casa Civil. Lei n. 9.656, de 3 de junho de 1998. Dispõe sobre os planos e seguros privados de assistência à saúde. Brasília, 1998. • • • • BRASIL. Casa Civil. Lei n. 10.406, de 10 de janeiro de 2002. Institui o Código Civil. Brasília, 2002. BRASIL. Casa Civil. Lei n. 11.101, de 9 de fevereiro de 2005. Regula a recuperação judicial, a extrajudicial e a falência do empresário e da sociedade empresária. Brasília, 2005. BRASIL. Casa Civil. Lei n. 12.441, de 11 de julho de 2011. Altera a Lei n. 10.406, de 10 de janeiro de 2002 (Código Civil), para permitir a constituição de empresa individual de responsabilidade limitada. Brasília, 2011. BRASIL. Casa Civil. Lei n. 13.874, de 20 de setembro de 2019. Institui a Declaração de Direitos de Liberdade Econômica. Brasília, 2019. COELHO, F. U. Manual de direito comercial. 26. ed. São Paulo: Saraiva, 2014. EIZIRIK, N. A Lei das S/A Comentada. São Paulo: Quartier Latin, 2011. FORGIONI, P. A. A Evolução do Direito Comercial Brasileiro: Da mercancia ao mercado. São Paulo: RT, 2009. FRANÇA, E. V. A. N. (coord.). Direito Societário Contemporâneo. São Paulo: Quartier Latin, 2009. LAMY FILHO, A.; PEDREIRA, J. L. B. Direito das Companhias. Rio de Janeiro: Forense, 2017. MARTINS, F. Curso de direitocomercial: empresa comercial, empresários individuais, microempresas, sociedades empresárias, fundo de comércio. Rio de Janeiro: Forense, 2010. NEGRÃO, R. Curso de Direito Comercial e Empresa. v. 1, 14. ed. São Paulo: Saraiva, 2020. NETO, A. A. G. Direito de empresa. 4. ed. São Paulo: RT, 2012. PARGENDLER, M. Cinco mitos sobre a história das sociedades anônimas no Brasil. In: KUYVEN, L. F. M. (Coord.). Temas Essenciais de Direito Empresarial: Estudos em Homenagem a Modesto Carvalhosa. São Paulo: Saraiva, 2012. TOMAZETTE, M. Curso de direito empresarial: Teoria geral e direito societário, v. 1, 8. ed. rev. e atual. São Paulo: Atlas, 2017. BRASIL. Casa Civil. Lei n. 12.441, de 11 de julho de 2011. Altera a Lei n. 10.406, de 10 de janeiro de 2002 (Código Civil), para permitir a constituição de empresa individual de responsabilidade limitada. Brasília, 2011. BRASIL. Casa Civil. Lei n. 13.874, de 20 de setembro de 2019. Institui a Declaração de Direitos de Liberdade Econômica. Brasília, 2019. COELHO, F. U. Manual de direito comercial. 26. ed. São Paulo: Saraiva, 2014. EIZIRIK, N. A Lei das S/A Comentada. São Paulo: Quartier Latin, 2011. FORGIONI, P. A. A Evolução do Direito Comercial Brasileiro: Da mercancia ao mercado. São Paulo: RT, 2009. FRANÇA, E. V. A. N. (coord.). Direito Societário Contemporâneo. São Paulo: Quartier Latin, 2009. LAMY FILHO, A.; PEDREIRA, J. L. B. Direito das Companhias. Rio de Janeiro: Forense, 2017. MARTINS, F. Curso de direito comercial: empresa comercial, empresários individuais, microempresas, sociedades empresárias, fundo de comércio. Rio de Janeiro: Forense, 2010. NEGRÃO, R. Curso de Direito Comercial e Empresa. v. 1, 14. ed. São Paulo: Saraiva, 2020. NETO, A. A. G. Direito de empresa. 4. ed. São Paulo: RT, 2012. PARGENDLER, M. Cinco mitos sobre a história das sociedades anônimas no Brasil. In: KUYVEN, L. F. M. (Coord.). Temas Essenciais de Direito Empresarial: Estudos em Homenagem a Modesto Carvalhosa. São Paulo: Saraiva, 2012. TOMAZETTE, M. Curso de direito empresarial: Teoria geral e direito societário, v. 1, 8. ed. rev. e atual. São Paulo: Atlas, 2017. Direito empresarial: sociedades regulamentadas no Código Civil 1. Itens iniciais Propósito Preparação Objetivos Introdução 1. Atividade empresarial Do caixeiro viajante ao empresário Resumindo Elementos do direito empresarial e a teoria da empresa Conceituação Conteúdo interativo Atividades empresariais Empresa Empresário Sociedade empresária Exemplo Exemplo Resumindo Atividades empresariais Conteúdo interativo Impedimentos legais Tipos de empresários individuais Empresário individual Microempreendedor individual (MEI) Sociedade limitada unipessoal (SLU) Verificando o aprendizado 2. Espécies societárias As diferentes espécies societárias e suas características Conteúdo interativo Composição Riscos Sócios Ordem jurídica Personalidade jurídica Classificações de sociedades Sociedades empresárias Sociedades não empresárias Sociedades personificadas Exemplo Sociedades não personificadas Sociedades não personificadas em comum Sociedades não personificadas em conta de participação Sociedade limitada (Ltda.) Administração da sociedade limitada Deliberações da sociedade limitada Sociedade anônima (SA) Administração da sociedade anônima Valores mobiliários da sociedade anônima Sociedade simples Exemplo Qual é o melhor modelo de sociedade? Classificação das sociedades Conteúdo interativo Verificando o aprendizado 3. Sociedades empresárias Atos constitutivos e elementos dos contratos Qualificação dos sócios Denominação social Objetivo social Formas de integralização do capital Sede da sociedade Responsabilidades dos sócios Administração da sociedade Direitos e obrigações de cada um dos sócios Cláusula de encerramento do exercício social Cláusula de eleição de foro contratual Quais documentos efetivamente criam a sociedade? Conteúdo interativo Restrição da constituição societária Relação marital, com regime de comunhão universal de bens Sociedades estrangeiras Sociedades ou instituições financeiras Sociedades que comercializem seguro Sociedade operadoras de planos de saúde Restrição da constituição societária Conteúdo interativo Aquisição de personalidade jurídica Departamento Nacional de Registro do Comércio (DNRC) Juntas Comerciais (JC) Aquisição de personalidade jurídica Conteúdo interativo Desconsideração da personalidade jurídica Conteúdo interativo Exemplo Verificando o aprendizado 4. Conclusão Considerações finais Explore + Referências