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Jéssica Santos 
INTRODUÇÃO A NUTRIÇÃO 
 
A nutrição é um componente importante tanto nos cursos 
de Enfermagem quanto de Odontologia, pois a alimentação 
tem um impacto direto na saúde geral dos pacientes, 
influenciando diversos aspectos da prevenção e tratamento 
de doenças. 
1. No curso de Enfermagem: 
• Cuidado integral ao paciente: Enfermeiros 
cuidam dos pacientes de forma abrangente, o que 
inclui monitorar o estado nutricional e garantir 
que as necessidades alimentares sejam 
atendidas. A nutrição adequada é crucial para a 
recuperação, a cicatrização e a resposta positiva 
ao tratamento. 
• Nutrição clínica: Em hospitais, enfermeiros 
muitas vezes gerenciam a alimentação de 
pacientes com dietas restritivas ou especiais, 
como em casos de diabetes, hipertensão, doenças 
renais e cardiovasculares. Eles também 
administram nutrição enteral e parenteral quando 
necessário. 
• Prevenção e educação: Enfermeiros orientam 
os pacientes sobre práticas alimentares 
saudáveis, prevenindo doenças e complicações 
associadas a desequilíbrios nutricionais. A 
educação nutricional é uma parte importante da 
promoção de saúde. 
2. No curso de Odontologia: 
• Saúde bucal e nutrição: A nutrição está 
diretamente ligada à saúde oral. Uma dieta rica 
em açúcar e pobre em nutrientes pode levar a 
problemas como cáries, doenças gengivais e 
perda de dentes. Estudantes de odontologia 
aprendem como orientar pacientes sobre como 
uma alimentação equilibrada pode prevenir esses 
problemas. 
• Impacto da alimentação na saúde bucal: Certos 
nutrientes, como o cálcio, fósforo e vitamina D, 
são essenciais para a formação e manutenção de 
dentes e ossos fortes. A deficiência desses 
nutrientes pode afetar a saúde bucal, aumentando 
o risco de cáries e outras complicações. 
• Conexão com doenças sistêmicas: Problemas 
nutricionais podem agravar ou estar relacionados 
a condições como diabetes, que afeta a saúde 
bucal. Odontologistas precisam entender a 
relação entre a dieta e a inflamação bucal, como 
gengivite e periodontite, para tratar essas 
condições de maneira eficaz. 
Importância Geral da Nutrição: 
• Prevenção de doenças: Uma dieta equilibrada 
ajuda a prevenir várias condições que afetam 
tanto a saúde geral quanto a bucal, como a 
obesidade, doenças cardiovasculares e diabetes. 
• Recuperação e tratamento: Nos dois campos, 
uma boa nutrição é fundamental para a 
recuperação após cirurgias, tratamentos de 
doenças e até mesmo para a cicatrização de 
feridas. 
• Promoção da saúde: O entendimento de como a 
nutrição impacta o corpo permite que 
enfermeiros e odontologistas orientem seus 
pacientes sobre hábitos alimentares que 
promovem saúde a longo prazo. 
Tanto na enfermagem quanto na odontologia, o 
conhecimento sobre nutrição é essencial para oferecer um 
cuidado de saúde completo, prevenindo e tratando doenças 
que têm relação direta com a alimentação. 
 
PAPEL DA ENFERMAGEM E DA ODONTOLOGIA FRENTE ÀS 
QUESTÕES NUTRICIONAIS 
O papel da Enfermagem e da Odontologia frente às 
questões nutricionais é fundamental para garantir o 
cuidado integral e preventivo dos pacientes, além de atuar 
no tratamento de condições associadas à nutrição. Ambas 
as profissões, embora em áreas distintas, compartilham a 
responsabilidade de promover a saúde através de 
orientações e práticas nutricionais adequadas. 
1. Papel da Enfermagem nas Questões Nutricionais: 
• Avaliação do estado nutricional: Os 
enfermeiros realizam avaliações nutricionais em 
pacientes para identificar desequilíbrios ou 
deficiências que podem afetar sua recuperação 
ou bem-estar geral. Eles monitoram peso, 
ingestão alimentar, sinais de desnutrição ou 
obesidade, e fazem ajustes conforme necessário. 
• Administração da alimentação clínica: 
Enfermeiros desempenham um papel crucial no 
gerenciamento de nutrição enteral e parenteral 
para pacientes que não podem se alimentar de 
forma tradicional. Eles asseguram que os 
pacientes recebam os nutrientes necessários 
para a recuperação e sobrevivência. 
• Educação em saúde: Enfermeiros orientam 
pacientes e suas famílias sobre a importância de 
uma dieta equilibrada, especialmente em casos de 
doenças crônicas como diabetes, hipertensão e 
doenças renais. A educação nutricional inclui 
ensinar a escolher alimentos adequados para 
manter ou melhorar a saúde. 
• Prevenção de complicações: Enfermeiros 
trabalham para prevenir complicações 
associadas a desequilíbrios nutricionais, como 
úlceras de pressão em pacientes acamados, 
através de uma nutrição adequada e hidratação. 
• Promoção de práticas alimentares saudáveis: 
Enfermagem atua na promoção de hábitos 
alimentares saudáveis em diferentes cenários, 
como unidades de saúde, escolas, empresas e 
comunidades. 
2. Papel da Odontologia nas Questões Nutricionais: 
• Prevenção de doenças bucais relacionadas à 
alimentação: Dentistas orientam os pacientes 
sobre os efeitos da dieta, especialmente o 
consumo de açúcar, na formação de cáries, 
gengivite e periodontite. Eles ensinam como evitar 
alimentos que causam danos à saúde bucal e a 
importância de uma alimentação balanceada para 
a prevenção de doenças dentárias. 
• Promoção de uma dieta saudável para a saúde 
bucal: Odontologistas explicam como nutrientes 
como cálcio, vitamina D e fósforo são essenciais 
para dentes e ossos saudáveis. Eles orientam os 
pacientes a incluir alimentos ricos nesses 
nutrientes em sua dieta, ajudando a manter a 
saúde bucal a longo prazo. 
• Monitoramento de doenças sistêmicas com 
impacto na saúde bucal: Doenças como diabetes 
e outras condições sistêmicas podem afetar a 
saúde bucal e estão diretamente relacionadas à 
nutrição. O dentista pode identificar sinais 
precoces dessas doenças na cavidade oral e 
orientar os pacientes a melhorar sua dieta para 
controlar esses fatores. 
• Tratamento de condições bucais com causas 
nutricionais: A odontologia também está 
envolvida no tratamento de problemas bucais 
diretamente causados por deficiências 
nutricionais, como a má formação dentária em 
crianças devido à falta de vitaminas, ou perda de 
esmalte dentário associada à dieta ácida. 
O que é Nutrição? 
A nutrição é a ciência que estuda os alimentos e seu 
impacto no corpo humano, incluindo os processos de 
ingestão, digestão, absorção, transporte, utilização e 
excreção de nutrientes. Ela busca entender como os 
diferentes nutrientes (proteínas, carboidratos, gorduras, 
vitaminas, minerais e água) influenciam o crescimento, 
desenvolvimento, manutenção e saúde do organismo. 
A nutrição também se preocupa com o equilíbrio energético 
e a relação entre a alimentação e a prevenção ou 
tratamento de doenças. Uma nutrição adequada é 
fundamental para manter o corpo saudável e prevenir uma 
série de doenças, como obesidade, diabetes, doenças 
cardíacas e vários tipos de câncer. 
Fatores Condicionantes da Alimentação 
Os fatores que condicionam a alimentação são diversos e 
envolvem aspectos biológicos, psicológicos, sociais, 
econômicos, culturais e ambientais. A seguir estão os 
principais fatores que influenciam as escolhas alimentares: 
1. Fatores Biológicos: 
• Necessidades nutricionais: O corpo humano tem 
necessidades diferentes de nutrientes 
dependendo da idade, sexo, estado de saúde, nível 
de atividade física, entre outros fatores. 
• Metabolismo: Variações no metabolismo afetam 
o quanto e o que as pessoas precisam comer para 
manter a saúde. 
• Sensações fisiológicas: Fome, saciedade e 
apetite são regulados por sinais hormonais e 
fisiológicos que influenciam a ingestão de 
alimentos. 
2. Fatores Psicológicos: 
• Emoções: O estado emocional (ansiedade, 
depressão, estresse) pode influenciar o apetite e 
o tipo de alimentos consumidos. Muitas vezes, as 
pessoas comem para lidar com emoções, o que 
pode resultar em escolhas alimentares não 
saudáveis. 
• Comportamento alimentar:Experiências 
anteriores com alimentos, como preferências 
adquiridas na infância ou dietas restritivas, 
moldam hábitos alimentares ao longo da vida. 
3. Fatores Sociais: 
• Influência familiar e social: As tradições 
familiares, os hábitos alimentares e as normas 
culturais influenciam o que e como as pessoas 
comem. A alimentação em eventos sociais e 
festas, por exemplo, pode ser moldada pelas 
interações com os outros. 
• Mídia e publicidade: A publicidade de alimentos, 
especialmente ultraprocessados, influencia as 
escolhas alimentares, incentivando o consumo de 
produtos pouco saudáveis. 
4. Fatores Econômicos: 
• Renda: O nível de renda de uma pessoa ou família 
afeta diretamente o tipo e a qualidade dos 
alimentos que podem ser comprados. Alimentos 
mais nutritivos e frescos tendem a ser mais 
caros, enquanto alimentos processados e de 
baixo valor nutricional podem ser mais acessíveis. 
• Disponibilidade de alimentos: A oferta de 
alimentos, especialmente em áreas rurais ou 
economicamente desfavorecidas, limita as 
escolhas alimentares, podendo levar ao consumo 
de alimentos ultraprocessados. 
5. Fatores Culturais: 
• Tradições e costumes: Diferentes culturas têm 
suas próprias tradições alimentares, que 
influenciam o que é considerado saudável ou 
apropriado para comer. Por exemplo, alguns 
países têm dietas predominantemente 
vegetarianas, enquanto outros consomem 
grandes quantidades de carne. 
• Religião: Algumas práticas religiosas impõem 
restrições alimentares, como o jejum, a 
abstinência de certos alimentos ou a combinação 
específica de alimentos. 
6. Fatores Ambientais: 
• Disponibilidade de alimentos: A localização 
geográfica e o clima afetam a disponibilidade de 
certos tipos de alimentos. Por exemplo, regiões 
com climas tropicais podem ter acesso a frutas 
frescas o ano todo, enquanto em climas frios, os 
alimentos frescos podem ser mais limitados. 
• Agricultura e sistemas de produção: A forma 
como os alimentos são produzidos e distribuídos 
afeta o que está disponível no mercado e, 
consequentemente, o que as pessoas consomem. 
7. Fatores Políticos: 
• Políticas de subsídios agrícolas: Governos que 
incentivam a produção de certos alimentos (como 
grãos ou carne) influenciam o preço e a 
disponibilidade de produtos alimentares, 
impactando as escolhas alimentares da 
população. 
• Regulamentações de alimentos: Leis sobre 
rotulagem, qualidade e segurança alimentar 
afetam o que é disponibilizado e consumido. 
➢ A nutrição envolve muito mais do que a simples 
ingestão de alimentos. Ela está profundamente 
conectada a fatores biológicos, psicológicos, sociais, 
econômicos, culturais e ambientais que moldam a 
alimentação de cada indivíduo. Compreender esses 
fatores é fundamental para promover hábitos 
alimentares saudáveis e para a criação de políticas 
públicas que garantam o acesso a uma alimentação 
equilibrada e nutritiva.
HÁBITOS ALIMENTARES 
Hábitos alimentares referem-se ao conjunto de práticas e 
comportamentos relacionados à escolha, preparação e 
consumo de alimentos, que são influenciados por fatores 
culturais, sociais, psicológicos, econômicos e até 
biológicos. A nutrição adequada é fundamental para a saúde 
e bem-estar, e os hábitos alimentares desempenham um 
papel crucial nesse processo. 
Fatores que influenciam os hábitos alimentares 
1. Cultura e Tradição: Diferentes culturas têm 
dietas específicas e práticas alimentares que 
podem variar bastante de uma região para outra. 
A tradição familiar também desempenha um papel 
importante na formação de hábitos alimentares. 
2. Disponibilidade de Alimentos: O acesso aos 
alimentos influencia diretamente o que as 
pessoas comem. Regiões rurais podem ter acesso 
mais fácil a alimentos frescos e naturais, 
enquanto em áreas urbanas, alimentos 
processados e rápidos são mais comuns. 
3. Fatores Sociais: As refeições são muitas vezes 
momentos de socialização, e as escolhas 
alimentares podem ser influenciadas por eventos 
sociais, amizades e a vida em família. 
4. Estado Emocional e Psicologia: O estado 
emocional pode impactar a forma como as 
pessoas comem. O estresse, ansiedade e até a 
felicidade podem levar a comer mais ou menos, ou 
a escolher alimentos reconfortantes, muitas 
vezes menos saudáveis. 
5. Educação e Conhecimento: O nível de 
entendimento sobre nutrição e saúde influencia 
diretamente a qualidade das escolhas 
alimentares. Pessoas com maior conhecimento 
tendem a fazer escolhas mais saudáveis. 
6. Economia: A condição econômica de uma pessoa 
ou família pode limitar o acesso a alimentos mais 
saudáveis, como frutas, vegetais e carnes 
magras, e promover o consumo de alimentos mais 
baratos, processados e calóricos. 
7. Influências da Mídia: A publicidade e as redes 
sociais podem influenciar diretamente os hábitos 
alimentares, promovendo certos alimentos e 
estilos de vida. 
Impacto dos Hábitos Alimentares na Saúde 
• Dietas Equilibradas: Uma dieta equilibrada, rica 
em frutas, vegetais, proteínas magras e 
carboidratos complexos, promove uma boa saúde, 
ajudando a prevenir doenças crônicas como 
diabetes, doenças cardíacas e obesidade. 
• Excessos e Deficiências: O consumo excessivo 
de alimentos processados, açúcares e gorduras 
pode levar ao ganho de peso e problemas de 
saúde. Por outro lado, deficiências nutricionais 
podem resultar em problemas como anemia, 
osteoporose e baixa imunidade. 
• Hábitos Sustentáveis: O desenvolvimento de 
hábitos alimentares saudáveis ao longo da vida 
pode contribuir para o bem-estar a longo prazo e 
a prevenção de doenças. 
Adotar hábitos alimentares saudáveis é um processo 
gradual que envolve educação, planejamento e, muitas 
vezes, mudanças no estilo de vida, além de levar em 
consideração as necessidades nutricionais específicas de 
cada indivíduo. 
ALIMENTAÇÃO COMO DIREITO E PROMOÇÃO A SAÚDE 
Algumas políticas e iniciativas importantes no Brasil, 
como: 
PNAN (1999): A Política Nacional de Alimentação e 
Nutrição, que tem como objetivo promover a alimentação 
saudável e prevenir doenças relacionadas à nutrição. 
EC 64 (2010): Emenda Constitucional que reconhece a 
alimentação como um direito fundamental do ser humano. 
Atenção Básica: Referência ao sistema de saúde básico no 
Brasil, que inclui a promoção de hábitos alimentares 
saudáveis. 
SAN: Segurança Alimentar e Nutricional, que visa garantir 
o acesso à alimentação adequada e de qualidade para toda 
a população. 
DHAA: Direito Humano à Alimentação Adequada, reforçando 
o direito de todos à alimentação saudável e suficiente. 
Promoção da Alimentação Saudável: Iniciativas e 
políticas públicas para incentivar uma alimentação 
balanceada, como uma estratégia para prevenir doenças e 
promover o bem-estar da população. 
POLÍTICA NACIONAL DE ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO 
(PNAN) NO BRASIL 
Visa garantir a qualidade dos alimentos oferecidos à 
população, além de promover práticas alimentares 
saudáveis. Também menciona a prevenção e controle de 
distúrbios nutricionais e a importância de ações 
intersetoriais que garantam o acesso universal aos 
alimentos. 
Essa política, criada em 2005, reflete um esforço de saúde 
pública para melhorar as condições alimentares e 
nutricionais no país, envolvendo várias áreas e iniciativas 
para assegurar que todos tenham acesso a alimentos de 
qualidade. 
ALIMENTAÇÃO ADEQUADA 
Fatores que contribuem: 
Diversidade: Variedade de alimentos para garantir uma 
dieta equilibrada. 
Adequação nutricional: Os alimentos devem atender às 
necessidades nutricionais das pessoas. 
Livre de contaminantes: A alimentação deve estar livre de 
agrotóxicos, organismos geneticamente modificados e 
outros contaminantes. 
Acesso a recursos financeiros e naturais: A população 
deve ter acesso a recursos como terra, água e 
financiamento para garantir a produção de alimentos. 
Acesso à informação: As pessoas devemter informações 
adequadas para fazer escolhas alimentares conscientes. 
Respeito à cultura alimentar: Deve-se valorizar a cultura 
alimentar nacional e regional. 
Realização de outros direitos: A alimentação adequada 
está relacionada à realização de outros direitos humanos. 
Qualidade sanitária: Os alimentos devem ser seguros e de 
boa qualidade para o consumo. 
➢ A alimentação adequada vai além da simples disponibilidade 
de alimentos, abrangendo questões culturais, ambientais e 
de saúde
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL (SAN) 
 
• Segurança Alimentar e Nutricional (SAN): O direito 
de todos ao acesso regular e permanente a alimentos 
de qualidade, em quantidade suficiente, sem 
comprometer outras necessidades essenciais. Envolve 
práticas alimentares saudáveis, respeitando a 
diversidade cultural, e é social, econômica e 
ambientalmente sustentável. 
Macro objetivo da Segurança Alimentar e Nutricional (SAN) 
é garantir políticas públicas baseadas em dois conceitos 
fundamentais: soberania alimentar e o Direito Humano à 
Alimentação Adequada (DHAA). 
- Soberania alimentar: Refere-se ao direito dos povos de 
decidir sobre suas políticas agrícolas e alimentares, 
incluindo o que cultivar e comercializar. Esse conceito 
valoriza a autonomia das populações em relação à 
produção de alimentos. 
- DHAA (Direito Humano à Alimentação Adequada): 
Trata-se de um direito humano que assegura o acesso à 
alimentação de qualidade, em quantidade suficiente, para 
todos os indivíduos. 
➢ O DHAA é um direito humano e que a SAN é um 
dever do Estado e uma responsabilidade da 
sociedade. Isso significa que cabe ao governo 
implementar políticas para garantir esse direito, 
ao mesmo tempo em que a sociedade tem um 
papel importante em sua efetivação. 
2. Papel do Governo e da Sociedade: 
• O governo e a sociedade são responsáveis por 
garantir o acesso a alimentos seguros e 
adequados. 
• O governo implementa políticas públicas, como o 
SISAN (Sistema Nacional de Segurança Alimentar 
e Nutricional), para assegurar o direito à 
alimentação. 
• A sociedade tem um papel crucial em cobrar 
essas políticas e garantir sua eficácia. 
3. Evolução Histórica da Segurança Alimentar e 
Nutricional: 
• II Guerra Mundial trouxe a questão da 
insegurança alimentar à tona, com ênfase na 
insuficiência da produção e uso de pesticidas e 
agrotóxicos. 
• Brasil, 1930s: Josué de Castro reconhece a fome 
como um problema social e político. 
• 1972: Criação do Instituto Nacional de 
Alimentação e Nutrição (INAN) para combater 
problemas nutricionais. 
• 1980: Criação do CONSEA, propondo políticas de 
Segurança Alimentar e Nutricional. 
• 1996: Cúpula Mundial da Alimentação reconhece o 
direito de todos a alimentos seguros e nutritivos. 
• 1999: Aprovação da PNAN, integrando-a à Política 
Nacional de Saúde. 
• 2003: Lançamento do Programa Fome Zero, 
priorizando o combate à fome. 
• 2006: Criação da Lei 11.346, estabelecendo o 
SISAN e garantindo o direito humano à 
alimentação adequada (DHAA). 
• EC 64/2010: Inseriu o direito à alimentação no 
Artigo 6º da Constituição Federal. 
4. Dimensões da Segurança Alimentar e Nutricional: 
• Acesso e Utilização de Alimentos: A SAN envolve 
garantir que as pessoas tenham acesso a 
alimentos em quantidade e qualidade adequadas. 
• Sustentabilidade Social e Ambiental: A 
produção de alimentos deve ser feita de forma 
que respeite o meio ambiente e promova a saúde. 
• O Sistema de Monitoramento de SAN no Brasil 
inclui seis dimensões, relacionadas às 
necessidades individuais e ao ambiente saudável. 
5. Intersetorialidade do Conceito de SAN: 
• O conceito de SAN é intersetorial, ou seja, envolve 
a participação de diferentes setores, como saúde, 
educação e agricultura. 
• Problemas como o aumento do preço dos 
alimentos saudáveis e o impacto da publicidade de 
alimentos densamente calóricos afetam a SAN. 
• O enfrentamento da insegurança alimentar 
requer o envolvimento de vários sujeitos e 
saberes. 
6. Escala Brasileira de Insegurança Alimentar (EBIA): 
• EBIA mede a percepção de insegurança alimentar 
e fome em nível domiciliar. 
• Essa ferramenta quantifica um fenômeno 
subjetivo e tem alta confiabilidade para medir a 
prevalência de insegurança alimentar no Brasil. 
7. Insegurança Alimentar e Excesso de Peso: O 
Paradoxo: 
• Existe um paradoxo entre insegurança 
alimentar e o aumento do excesso de peso 
(sobrepeso e obesidade). 
• Teorias sugerem que o aumento do consumo de 
alimentos de baixo custo, com alta densidade 
calórica, contribui para o excesso de peso em 
populações que enfrentam insegurança 
alimentar. 
8. Deficiências Nutricionais: 
• Problemas como hipovitaminose A, deficiência 
de ferro, deficiência de ácido fólico e 
deficiência de iodo afetam grande parte da 
população, especialmente em áreas de maior 
pobreza. 
• Programas governamentais, como a 
suplementação de ferro e vitamina A, são 
essenciais para combater essas carências. 
9. Complexidade do Perfil de Saúde e Nutrição no 
Brasil: 
• O Brasil enfrenta uma "complexificação" de seu 
perfil de saúde e nutrição, com a coexistência de 
subnutrição e supernutrição (sobrepeso e 
obesidade). 
• Isso reflete um quadro de epidemia de doenças 
crônicas e distúrbios nutricionais, agravado por 
carências de micronutrientes. 
10. Políticas de Enfrentamento: 
• Políticas públicas para enfrentar a insegurança 
alimentar incluem: 
o Promoção do aleitamento materno. 
o Programas de suplementação 
nutricional (ferro, vitamina A, iodo). 
o Programas de alimentação escolar e 
agricultura familiar. 
o Bolsa Família e outros programas 
sociais intersetoriais. 
11. 10 Passos para uma Alimentação Saudável (Guia 
Alimentar Brasileiro): 
1. Prefira alimentos in natura ou minimamente 
processados. 
2. Utilize óleos, gorduras, sal e açúcar com 
moderação. 
3. Limite o consumo de alimentos processados. 
4. Evite alimentos ultraprocessados. 
5. Coma regularmente e com atenção. 
6. Compre alimentos de locais com variedade de 
alimentos in natura. 
7. Desenvolva suas habilidades culinárias. 
8. Planeje seu tempo para preparar refeições. 
9. Ao comer fora, prefira locais que façam a comida 
na hora. 
10. Seja crítico em relação à publicidade e marketing 
de alimentos. 
 
• A alimentação de qualidade é um direito de todos, 
e sua garantia é fundamental para a saúde da 
população. 
• A formação de hábitos alimentares saudáveis 
deve começar na infância. 
• A alimentação é um fator modificável nas 
enfermidades crônicas e é essencial que os 
profissionais de saúde entendam os conceitos 
nutricionais para promover a segurança 
alimentar e nutricional.

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