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Direitos e Deveres no ECA

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Tatiana Gomes

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Questões resolvidas

Rhaenyra, com 16 anos de idade e seu irmão Aegon, com 10 anos de idade, estão em programa de acolhimento institucional há seis meses.

Considerando esta situação, acerca do direito à convivência familiar e comunitária, nos termos do Estatuto da Criança e do Adolescente, assinale a alternativa correta:

1 Somente Aegon, por se tratar de uma criança, poderá participar de programa de apadrinhamento, não sendo permitido a Rhaenyra em razão de sua idade, uma vez que possui 16 anos de idade.
2 Somente Rhaenyra poderá participar de programa de apadrinhamento, o qual é exclusivo para adolescentes que se encontram em programa de acolhimento institucional.
3 Tanto Rhaenyra quanto Aegon podem ser incluídos em programas de apadrinhamento, o qual possui, dentre outros objetivos, o de estabelecer e proporcionar à criança e ao adolescente vínculos externos à instituição para fins de convivência familiar e comunitária.
4 Nem Rhaenyra nem Aegon podem participar de programa de apadrinhamento no momento, pois estão há menos de um ano em programa de acolhimento institucional, sendo exigida a permanência mínima de dezoito meses para participação em programa de apadrinhamento.
1 Somente Aegon, por se tratar de uma criança, poderá participar de programa de apadrinhamento, não sendo permitido a Rhaenyra em razão de sua idade, uma vez que possui 16 anos de idade.
2 Somente Rhaenyra poderá participar de programa de apadrinhamento, o qual é exclusivo para adolescentes que se encontram em programa de acolhimento institucional.
3 Tanto Rhaenyra quanto Aegon podem ser incluídos em programas de apadrinhamento, o qual possui, dentre outros objetivos, o de estabelecer e proporcionar à criança e ao adolescente vínculos externos à instituição para fins de convivência familiar e comunitária.
4 Nem Rhaenyra nem Aegon podem participar de programa de apadrinhamento no momento, pois estão há menos de um ano em programa de acolhimento institucional, sendo exigida a permanência mínima de dezoito meses para participação em programa de apadrinhamento.

Liliana é professora em uma escola municipal de educação infantil. Determinado dia, Liliana notou que João, de 5 anos, um dos alunos do educandário, apresentava alguns hematomas pelo corpo. Liliana comunicou o fato à diretora da escola, Cláudia. Mesmo ambas suspeitando de maus-tratos, por terem conhecimento de que o padrasto de João é um homem violento, Liliana e Cláudia decidiram não se envolver com a situação, deixando de comunicar à autoridade competente.

Considerando os fatos narrados, assinale a afirmativa correta.

(1) Liliana e Cláudia não praticaram nenhuma irregularidade, pois havia tão somente suspeita de maus-tratos contra criança, não confirmação.
2 Liliana e Cláudia praticaram infração administrativa por deixarem de comunicar à autoridade competente caso de suspeita de maus-tratos contra criança.
3 Cláudia praticou infração administrativa prevista no ECA, pois é quem tinha o dever de agir, enquanto Liliana não praticou nenhuma irregularidade.
4 Liliana e Cláudia praticaram crime tipificado no ECA, consubstanciado em não comunicarem à autoridade competente caso de suspeita de maus-tratos contra criança.
(1) Liliana e Cláudia não praticaram nenhuma irregularidade, pois havia tão somente suspeita de maus-tratos contra criança, não confirmação.
2 Liliana e Cláudia praticaram infração administrativa por deixarem de comunicar à autoridade competente caso de suspeita de maus-tratos contra criança.
3 Cláudia praticou infração administrativa prevista no ECA, pois é quem tinha o dever de agir, enquanto Liliana não praticou nenhuma irregularidade.
4 Liliana e Cláudia praticaram crime tipificado no ECA, consubstanciado em não comunicarem à autoridade competente caso de suspeita de maus-tratos contra criança.

A mãe de Joaquim, criança com necessidades especiais, requereu acompanhamento por professor especializado em atendimento de pessoas com deficiência à escola-creche pública municipal em que o filho estuda. A escola-creche, no entanto, alegou carência de tais profissionais, porque o custo muito alto impedia que a municipalidade os contratasse. Ao consultar você, como advogado(a), a genitora recebeu a seguinte orientação.

A criança tem direito à educação, não se inserindo nesse plexo, porém, o direito individual e específico de acompanhamento especializado.
2 Joaquim deve ter acesso à educação com metodologia especial, não significando, porém, que seja mandatória a presença de profissional especial.
3 A atenção especial por profissional especializado é devida a Joaquim, não sendo oponível a dificuldade orçamentária declarada pela municipalidade.
4 O ensino especializado é devido nas condições em que a entidade for capaz, não sendo obrigatória a presença de profissional especificamente capacitado, em razão da aplicabilidade da reserva do possível.
A criança tem direito à educação, não se inserindo nesse plexo, porém, o direito individual e específico de acompanhamento especializado.
2 Joaquim deve ter acesso à educação com metodologia especial, não significando, porém, que seja mandatória a presença de profissional especial.
3 A atenção especial por profissional especializado é devida a Joaquim, não sendo oponível a dificuldade orçamentária declarada pela municipalidade.
4 O ensino especializado é devido nas condições em que a entidade for capaz, não sendo obrigatória a presença de profissional especificamente capacitado, em razão da aplicabilidade da reserva do possível.

Pedro, adolescente de quinze anos, foi apreendido pela prática de ato infracional análogo ao crime de roubo. Realizados todos os procedimentos legais cabíveis, o juízo determinou cautelarmente que fosse recolhido à internação em instituição dedicada ao cumprimento de medida socioeducativa dessa natureza. Ocorre que não havia vaga na entidade de internação da comarca, pelo que Pedro foi recolhido a uma repartição policial, em seção isolada dos adultos e com instalações apropriadas, lá restando internado cautelarmente há vinte dias, aguardando o surgimento de vaga no estabelecimento dedicado. Com base nos fatos acima, assinale a afirmativa correta.

A internação jamais poderá ser realizada em repartição policial, nem mesmo cautelarmente, mesmo que seja impossível a transferência imediata.
É admissível a internação cautelar em estabelecimento policial ou prisional quando da situação exposta no enunciado, por prazo indeterminado, até que seja encontrada vaga em entidade apropriada.
A manutenção de Pedro na repartição policial, por mais de cinco dias, é ilegal, comportando habeas corpus para fazer cessar tal estado de ilicitude.
A internação em estabelecimento prisional é admissível quando neste local puderem ser desenvolvidas as atividades pedagógicas próprias dessa medida socioeducativa.
A internação jamais poderá ser realizada em repartição policial, nem mesmo cautelarmente, mesmo que seja impossível a transferência imediata.
É admissível a internação cautelar em estabelecimento policial ou prisional quando da situação exposta no enunciado, por prazo indeterminado, até que seja encontrada vaga em entidade apropriada.
A manutenção de Pedro na repartição policial, por mais de cinco dias, é ilegal, comportando habeas corpus para fazer cessar tal estado de ilicitude.
A internação em estabelecimento prisional é admissível quando neste local puderem ser desenvolvidas as atividades pedagógicas próprias dessa medida socioeducativa.

Lucas, de 22 anos, e Pedro, de 17 anos, subtraíram juntos um veículo que estava estacionado no centro da cidade. Após serem capturados, ambos passaram a responder ao respectivo processo judicial cabível. Na sentença proferida no juízo criminal, o juiz condenou Lucas como incurso nas sanções dos crimes de furto (art. 155 do CP) e corrupção de menor (art. 244-B do ECA). Outrossim, no Juizado da Infância e da Juventude, o juiz aplicou a Pedro a medida de internação por seis meses pela prática de ato infracional análogo ao crime de furto. Uma vez que Pedro não tinha advogado constituído, o juiz nomeou-lhe um defensor, o qual requereu o reconhecimento da prescrição da pretensão punitiva em abstrato intercorrente, pedido que não foi conhecido pelo magistrado sob o fundamento de que a prescrição penal não é aplicável nas medidas socioeducativas. Conduzido a uma entidade para o cumprimento da medida de internação, Pedro foi obrigado, pelo diretor do estabelecimento, a prestar serviços à comunidade, a fim de não ficar ocioso durante o dia.

Considerando apenas as informações narradas à luz do Estatuto da Criança e do Adolescente e do entendimento consolidado dos Tribunais Superiores, assinale a afirmativa correta.

Foi correta a decisão do juiz de negar conhecimento ao pedido de reconhecimento da prescrição, pois a prescrição penal não é aplicável nas medidas socioeducativas.
Agiu incorretamente o diretor do estabelecimento em aplicar a Pedro a medida de prestação de serviços à comunidade, pois não detém competência para isso.
O crime de corrupção de menor pelo qual Lucas foi condenado depende da prova da efetiva corrupção de Pedro.
Uma vez que Pedro possui defensor nomeado pelo juiz, não poderá constituir outro de sua preferência após a prolação da sentença de primeiro grau.
Foi correta a decisão do juiz de negar conhecimento ao pedido de reconhecimento da prescrição, pois a prescrição penal não é aplicável nas medidas socioeducativas.
Agiu incorretamente o diretor do estabelecimento em aplicar a Pedro a medida de prestação de serviços à comunidade, pois não detém competência para isso.
O crime de corrupção de menor pelo qual Lucas foi condenado depende da prova da efetiva corrupção de Pedro.
Uma vez que Pedro possui defensor nomeado pelo juiz, não poderá constituir outro de sua preferência após a prolação da sentença de primeiro grau.

Com os pais destituídos do poder familiar, Luiza, de 12 anos de idade, há dois anos vive em entidade de acolhimento institucional. Não havendo nenhum interessado, devidamente habilitado nos cadastros nacional ou internacional, em sua adoção, e, profundamente comovida com a situação da criança, Jéssica, de 20 anos de idade, que já possui uma filha com o nome de Clara, de 6 meses, através do programa de apadrinhamento, deseja acompanhar o desenvolvimento de Luiza, tanto nos estudos, quanto proporcionando à menina vínculos com sua família, ou seja com sua filha Clara e seu marido Antônio, levando-a para sua casa nos feriados e férias escolares.

De acordo com o Estatuto da Criança e do Adolescente, assinale a alternativa correta:

(A) Jéssica não poderá ser madrinha de Luiza, pois podem ser padrinhos ou madrinhas apenas pessoas maiores de vinte e um anos não inscritas nos cadastros de adoção, desde que cumpram os requisitos exigidos pelo programa de apadrinhamento de que fazem parte.
(B) Jéssica poderá ser madrinha de Luiza, pois podem ser padrinhos e madrinhas apenas pessoas maiores de dezoito anos, desde que estejam inscritas nos cadastros de adoção.
(C) Jéssica não poderá ser madrinha de Luiza, pois podem ser padrinhos e madrinhas apenas pessoas maiores de vinte e um anos, desde que cumpram os requisitos exigidos pelo programa de apadrinhamento de que fazem parte.
(D) Jéssica poderá ser madrinha de Luiza, pois podem ser padrinhos ou madrinhas pessoas maiores de dezoito anos não inscritas nos cadastros de adoção, desde que cumpram os requisitos exigidos pelo programa de apadrinhamento de que fazem parte.
(A) Jéssica não poderá ser madrinha de Luiza, pois podem ser padrinhos ou madrinhas apenas pessoas maiores de vinte e um anos não inscritas nos cadastros de adoção, desde que cumpram os requisitos exigidos pelo programa de apadrinhamento de que fazem parte.
(B) Jéssica poderá ser madrinha de Luiza, pois podem ser padrinhos e madrinhas apenas pessoas maiores de dezoito anos, desde que estejam inscritas nos cadastros de adoção.
(C) Jéssica não poderá ser madrinha de Luiza, pois podem ser padrinhos e madrinhas apenas pessoas maiores de vinte e um anos, desde que cumpram os requisitos exigidos pelo programa de apadrinhamento de que fazem parte.
(D) Jéssica poderá ser madrinha de Luiza, pois podem ser padrinhos ou madrinhas pessoas maiores de dezoito anos não inscritas nos cadastros de adoção, desde que cumpram os requisitos exigidos pelo programa de apadrinhamento de que fazem parte.

Wilson, 13 anos, foi apreendido por Manoel quando estava em fuga, após praticar ato de subtração de uma caixa de mil unidades de doces em sua vendinha. No curso da perseguição, os doces se perderam porque Wilson os jogou em um bueiro para, desembaraçado, correr melhor. Esgotados todos os procedimentos legais para apuração do ato infracional e constatada sua prática, a autoridade competente fixou, além das medidas socioeducativas pertinentes a Wilson, a obrigatoriedade de reparar o dano, ou seja, restituir o valor correspondente aos doces perdidos por Manoel. Acerca dos fatos acima, assinale a opção que apresenta a medida compensatória adequada para o caso concreto.

(A) A compensação do dano não poderá ser exigida dos pais de Wilson.
(B) Wilson deverá prestar duas horas diárias de serviços de empacotamento de compras na vendinha, até que se compense o dano, caso ele ou seus pais não possam custear financeiramente o valor.
(C) Havendo manifesta impossibilidade de Wilson ou seus pais custearem a perda patrimonial de Manoel, não há como substituir a compensação por outra medida adequada.
(D) A autoridade poderá determinar que Wilson compense o prejuízo de Manoel, desde que não configure trabalho forçado.
(A) A compensação do dano não poderá ser exigida dos pais de Wilson.
(B) Wilson deverá prestar duas horas diárias de serviços de empacotamento de compras na vendinha, até que se compense o dano, caso ele ou seus pais não possam custear financeiramente o valor.
(C) Havendo manifesta impossibilidade de Wilson ou seus pais custearem a perda patrimonial de Manoel, não há como substituir a compensação por outra medida adequada.
(D) A autoridade poderá determinar que Wilson compense o prejuízo de Manoel, desde que não configure trabalho forçado.

Eduardo adotou Bernardo, criança de dois anos, regularmente e de forma unilateral, tornando-se seu pai. Quando Bernardo completou três anos, Eduardo, infelizmente, faleceu vítima de um infarto. Eduardo não deixou parentes conhecidos. Maria, a mãe biológica de Bernardo, sempre se arrependeu de tê-lo enviado à adoção. Sabendo do ocorrido e ciente de que não há o restabelecimento do vínculo de poder familiar, pelo fato de ter ocorrido a morte do adotante, Maria o procura, como advogado(a), para buscar uma solução que permita que Bernardo volte a ser seu filho. Assinale a opção que apresenta a solução proposta.

A mãe biológica, infelizmente, não tem ao seu alcance qualquer medida para restabelecer o vínculo de parentalidade com Bernardo.
A mãe biológica deverá se candidatar à adoção de Bernardo, da mesma forma e pelos mesmos procedimentos que qualquer outro candidato.
A mãe biológica não poderá se candidatar à readoção de seu filho biológico, pois a dissolução do vínculo familiar é perene.
A inexistência de parentes do adotante falecido causa a excepcional restauração do vínculo familiar com a mãe biológica, fugindo à regra geral.
A mãe biológica, infelizmente, não tem ao seu alcance qualquer medida para restabelecer o vínculo de parentalidade com Bernardo.
A mãe biológica deverá se candidatar à adoção de Bernardo, da mesma forma e pelos mesmos procedimentos que qualquer outro candidato.
A mãe biológica não poderá se candidatar à readoção de seu filho biológico, pois a dissolução do vínculo familiar é perene.
A inexistência de parentes do adotante falecido causa a excepcional restauração do vínculo familiar com a mãe biológica, fugindo à regra geral.

Carlos e Joana, pais da criança Paula, estão dissolvendo sua união estável, ainda sem judicialização, detendo Joana a guarda de fato de Paula enquanto não regularizados os regimes de visitação ou compartilhamento da guarda. Por razões profissionais, Carlos mudou-se para o município contíguo ao da residência de Joana e Paula. Ocorre que Carlos, estando insatisfeito com algumas decisões de Joana sobre a vida da criança, e não mais conseguindo ajustar amistosamente tais questões, precipitou o ajuizamento de processo para regulamentação da guarda e pensionamento, no Juízo da comarca em que está residindo. Joana procura você, como advogado(a), para representá-la, reclamando de ter que se defender em outra cidade. Com base no enunciado acima, sobre a questão da competência, assinale a orientação que você, corretamente, daria à Joana.

O juízo da residência de Carlos é tão competente quanto o da residência de Joana, eis que apenas quando da definição da guarda ? que é o que se está pretendendo ? a competência passa a ser do foro do guardião judicialmente definido.
A competência para este processo de regulamentação de guarda e pensão incumbe ao Juízo da comarca de residência de Paula, e não de Carlos, pois a guarda de fato já basta para tal fixação.
A competência será sempre definida em razão daquele que primeiro postular judicialmente a regulamentação da guarda.
A guarda é irrelevante para fins de determinação da competência, devendo ser processado o feito em razão do melhor interesse da criança, seja qual for o foro inicialmente escolhido.
O juízo da residência de Carlos é tão competente quanto o da residência de Joana, eis que apenas quando da definição da guarda ? que é o que se está pretendendo ? a competência passa a ser do foro do guardião judicialmente definido.
A competência para este processo de regulamentação de guarda e pensão incumbe ao Juízo da comarca de residência de Paula, e não de Carlos, pois a guarda de fato já basta para tal fixação.
A competência será sempre definida em razão daquele que primeiro postular judicialmente a regulamentação da guarda.
A guarda é irrelevante para fins de determinação da competência, devendo ser processado o feito em razão do melhor interesse da criança, seja qual for o foro inicialmente escolhido.

Marília tem oito anos e, desde muito pequena, vive sob os cuidados de Luísa, sua tia materna, e de Ricardo, o companheiro de Luísa. Os pais de Marília são usuários de drogas e jamais procuraram a filha. Marília, por sua vez, está tão habituada à convivência com os tios que os reconhece como seus pais.

Certo dia, o pai biológico de Marília reaparece, demonstrando interesse em ter para si a guarda da filha, embora a menina não o reconheça como pai e não deseje manter com ele vínculo afetivo. Preocupados com a situação, Luísa e Ricardo, que não são casados, mas convivem em união estável, decidem buscar sua orientação como advogado(a) a respeito da possibilidade de adoção da menina.

Diante da previsão do Estatuto da Criança e do Adolescente, assinale a afirmativa correta.

( Previamente à adoção, Luísa e Ricardo deverão se submeter a estágio de convivência e realizarem sua inscrição junto à Autoridade Central Estadual.
Havendo conflito entre direitos e interesses de Marília e de seu pai biológico, devem prevalecer os direitos e os interesses de Marília.
Sobrevindo a separação de Luísa e Ricardo, eles não poderão adotar conjuntamente Marília, pois a adoção conjunta pressupõe a existência de casal.
Se Marília for adotada, ela não poderá ter acesso aos autos do processo, inclusive após completar 18 anos de idade.
( Previamente à adoção, Luísa e Ricardo deverão se submeter a estágio de convivência e realizarem sua inscrição junto à Autoridade Central Estadual.
Havendo conflito entre direitos e interesses de Marília e de seu pai biológico, devem prevalecer os direitos e os interesses de Marília.
Sobrevindo a separação de Luísa e Ricardo, eles não poderão adotar conjuntamente Marília, pois a adoção conjunta pressupõe a existência de casal.
Se Marília for adotada, ela não poderá ter acesso aos autos do processo, inclusive após completar 18 anos de idade.

Bruno, de 17 anos, residente na cidade de Vera Cruz/RS, sem envolvimento pretérito com ato infracional, vendo seus genitores enfrentarem dificuldades financeiras, resolveu começar a vender drogas junto com seu amigo Ricardo, de 20 anos. Assim, Bruno passou a se deslocar diariamente à cidade de Santa Cruz do Sul/RS para ajudar Ricardo na venda das drogas. Porém, Bruno foi apreendido em uma grande operação da Polícia Civil contra o tráfico de drogas. Poucos dias depois, enquanto cumpria medida socioeducativa de internação provisória, Bruno completou 18 anos.

Considerando o caso hipotético narrado e que não está presente nenhuma hipótese de conexão, continência e prevenção, assinale a afirmativa correta de acordo com a legislação e com o entendimento consolidado dos Tribunais Superiores.

(A) Bruno deverá receber a medida socioeducativa de internação definitiva, imposta obrigatoriamente no caso de ato infracional análogo ao tráfico de drogas.
(B) Será competente para julgar Bruno o juiz da Comarca de Vera Cruz, o lugar de domicílio de seus pais.
(C) A superveniência da maioridade penal não interfere na aplicação da medida socioeducativa, enquanto Bruno não atingir a idade de 21 anos.
(D) A execução da medida socioeducativa, vedada a delegação, será de competência do juiz onde sediar-se a entidade que abrigar Bruno.
(A) Bruno deverá receber a medida socioeducativa de internação definitiva, imposta obrigatoriamente no caso de ato infracional análogo ao tráfico de drogas.
(B) Será competente para julgar Bruno o juiz da Comarca de Vera Cruz, o lugar de domicílio de seus pais.
(C) A superveniência da maioridade penal não interfere na aplicação da medida socioeducativa, enquanto Bruno não atingir a idade de 21 anos.
(D) A execução da medida socioeducativa, vedada a delegação, será de competência do juiz onde sediar-se a entidade que abrigar Bruno.

Camila, com 17 anos de idade, ganhou uma viagem para a Disney, nos Estados Unidos, em decorrência de uma promoção do curso de inglês onde estudava. Entretanto, os genitores de Camila não possuem condições financeiras para acompanhar a adolescente na viagem. Desse modo, Renata, professora de inglês de Camila, que é americana e tem domicílio nos Estados Unidos, mas estava de passagem no Brasil, ofereceu-se para acompanhar a jovem na viagem, uma vez que possui experiência em voos internacionais.

Considerando o disposto no Estatuto da Criança e do Adolescente, assinale a alternativa correta.

(A) Camila poderá viajar sem a necessidade de autorização dos genitores, visto que possui mais de 16 anos de idade.
(B) Camila poderá viajar desde que ambos os genitores assinem autorização com firma reconhecida em cartório em favor de Renata.
(C) Camila poderá viajar desde que possua autorização judicial para tanto.
(D) Camila poderá viajar desde que o genitor que possua a guarda assine autorização com firma reconhecida em cartório em favor de Renata.
(A) Camila poderá viajar sem a necessidade de autorização dos genitores, visto que possui mais de 16 anos de idade.
(B) Camila poderá viajar desde que ambos os genitores assinem autorização com firma reconhecida em cartório em favor de Renata.
(C) Camila poderá viajar desde que possua autorização judicial para tanto.
(D) Camila poderá viajar desde que o genitor que possua a guarda assine autorização com firma reconhecida em cartório em favor de Renata.

Maria deu à luz um bebê cujo nome ainda não havia escolhido. No momento do parto, o médico optou por escrever apenas "José" na pulseira de identificação do bebê. Ocorre que, por obra do destino, naquele mesmo dia, nasceram mais três bebês, dois dos quais foram nomeados pelos pais de José, e o médico acabou por confundir os bebês ao entregá-los às mães. Temeroso de que tal situação viesse a Ihe criar problema, o médico escondeu de todos a confusão e entregou um dos bebês, ao acaso, para Maria amamentar, ficando a cargo do destino ser ele o correto ou não. A situação descrita revela, especificamente,

(A) o cometimento de infração administrativa, consubstanciada em negligência profissional, passível de investigação ética, somente.
(B) a prática de crime específico previsto no ECA, consubstanciado na conduta de deixar o médico de identificar corretamente o neonato e a parturiente.
(C) a prática de crime do Código Penal, consubstanciado na conduta de falsidade ideológica ao obliterar as informações de identificação do neonato.
(D) a prática de crime do Código Penal, consubstanciado na conduta de falsidade documental pela certificação inverídica da identificação do neonato.
(A) o cometimento de infração administrativa, consubstanciada em negligência profissional, passível de investigação ética, somente.
(B) a prática de crime específico previsto no ECA, consubstanciado na conduta de deixar o médico de identificar corretamente o neonato e a parturiente.
(C) a prática de crime do Código Penal, consubstanciado na conduta de falsidade ideológica ao obliterar as informações de identificação do neonato.
(D) a prática de crime do Código Penal, consubstanciado na conduta de falsidade documental pela certificação inverídica da identificação do neonato.

Eduardo foi adotado quando criança, vivendo em excelentes condições afetiva, material e social junto a seus pais adotivos. Mesmo assim, Eduardo demonstrou ser um adolescente rebelde, insurgente, de difícil trato e convívio - o que em nada abalou o amor e os cuidados de seus pais adotivos em nenhum momento. Hoje, com 19 anos completos, Eduardo manifesta interesse em conhecer seus pais biológicos, com o claro intuito de rebelar-se - repita-se, injustificadamente - contra seus adotantes. Sobre o caso acima, assinale a afirmativa correta.

Eduardo tem direito de conhecer sua origem biológica, seja qual for o motivo íntimo que o leve a tanto.
A motivação para a busca do conhecimento da origem biológica é inválida, pelo que não deve ser facultado o direito ao acesso a tal informação a Eduardo.
A informação da origem biológica somente pode ser revelada em caso imperativo de saúde, para a pesquisa do histórico genético.
O conhecimento da origem biológica somente se revela necessário caso o processo de adoção tenha alguma causa de nulidade.
Eduardo tem direito de conhecer sua origem biológica, seja qual for o motivo íntimo que o leve a tanto.
A motivação para a busca do conhecimento da origem biológica é inválida, pelo que não deve ser facultado o direito ao acesso a tal informação a Eduardo.
A informação da origem biológica somente pode ser revelada em caso imperativo de saúde, para a pesquisa do histórico genético.
O conhecimento da origem biológica somente se revela necessário caso o processo de adoção tenha alguma causa de nulidade.

Maria perdeu a mãe com 2 anos de idade, ficando sob a guarda de seu pai, Rodrigo, desde então. Quando Maria estava com 5 anos, Rodrigo se casou novamente, com Paula. Paula, contudo, nunca desejou ter filhos e sempre demonstrou não ter qualquer afeto por Maria, chegando, até mesmo, a praticar verdadeiras violências psicológicas contra a criança, frequentemente chamando-a de estúpida, idiota e inúmeras outras palavras aviltantes. Como exercia forte influência sobre Rodrigo, esse nada fez para cessar as agressões. A mãe de Rodrigo, Joana, e a irmã de Rodrigo, Fernanda, após alguns anos percebendo tais atitudes, decidiram intervir em defesa da criança. Porém, as conversas com Rodrigo e Paula foram de mal a pior, não trazendo qualquer solução ou melhora à vida de Maria. Percebendo que não teriam como, sozinhas, evitar mais danos psicológicos à criança, Fernanda e Joana procuram você, como advogado(a), para saber o que poderiam fazer, legalmente, em face de Rodrigo e Paula. Com base no enunciado acima, assinale a opção que apresenta a resposta juridicamente correta que você, como advogado(a), ofereceu.

Informaria que, por ser Rodrigo o pai da criança e detentor da guarda e do poder familiar, a ele incumbe a educação de Maria, não cabendo à avó ou à tia qualquer intervenção nessa relação.
Orientaria que procurassem o Ministério Público da localidade em que Maria reside, porque apenas esse órgão tem competência constitucional e legal para intervir em situação de tal natureza.
Orientaria que buscassem o Conselho Tutelar da localidade em que Maria reside, a fim de relatar a situação e solicitar a averiguação e as providências voltadas a cessar a violação dos direitos da criança.
Informaria que poderá ser ajuizado processo de anulação do casamento de Rodrigo e Paula, dado que a sua omissão perante as agressões de sua esposa contra Maria permite tal providência, em razão da prevalência do interesse da criança.
Informaria que, por ser Rodrigo o pai da criança e detentor da guarda e do poder familiar, a ele incumbe a educação de Maria, não cabendo à avó ou à tia qualquer intervenção nessa relação.
Orientaria que procurassem o Ministério Público da localidade em que Maria reside, porque apenas esse órgão tem competência constitucional e legal para intervir em situação de tal natureza.
Orientaria que buscassem o Conselho Tutelar da localidade em que Maria reside, a fim de relatar a situação e solicitar a averiguação e as providências voltadas a cessar a violação dos direitos da criança.
Informaria que poderá ser ajuizado processo de anulação do casamento de Rodrigo e Paula, dado que a sua omissão perante as agressões de sua esposa contra Maria permite tal providência, em razão da prevalência do interesse da criança.

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Questões resolvidas

Rhaenyra, com 16 anos de idade e seu irmão Aegon, com 10 anos de idade, estão em programa de acolhimento institucional há seis meses.

Considerando esta situação, acerca do direito à convivência familiar e comunitária, nos termos do Estatuto da Criança e do Adolescente, assinale a alternativa correta:

1 Somente Aegon, por se tratar de uma criança, poderá participar de programa de apadrinhamento, não sendo permitido a Rhaenyra em razão de sua idade, uma vez que possui 16 anos de idade.
2 Somente Rhaenyra poderá participar de programa de apadrinhamento, o qual é exclusivo para adolescentes que se encontram em programa de acolhimento institucional.
3 Tanto Rhaenyra quanto Aegon podem ser incluídos em programas de apadrinhamento, o qual possui, dentre outros objetivos, o de estabelecer e proporcionar à criança e ao adolescente vínculos externos à instituição para fins de convivência familiar e comunitária.
4 Nem Rhaenyra nem Aegon podem participar de programa de apadrinhamento no momento, pois estão há menos de um ano em programa de acolhimento institucional, sendo exigida a permanência mínima de dezoito meses para participação em programa de apadrinhamento.
1 Somente Aegon, por se tratar de uma criança, poderá participar de programa de apadrinhamento, não sendo permitido a Rhaenyra em razão de sua idade, uma vez que possui 16 anos de idade.
2 Somente Rhaenyra poderá participar de programa de apadrinhamento, o qual é exclusivo para adolescentes que se encontram em programa de acolhimento institucional.
3 Tanto Rhaenyra quanto Aegon podem ser incluídos em programas de apadrinhamento, o qual possui, dentre outros objetivos, o de estabelecer e proporcionar à criança e ao adolescente vínculos externos à instituição para fins de convivência familiar e comunitária.
4 Nem Rhaenyra nem Aegon podem participar de programa de apadrinhamento no momento, pois estão há menos de um ano em programa de acolhimento institucional, sendo exigida a permanência mínima de dezoito meses para participação em programa de apadrinhamento.

Liliana é professora em uma escola municipal de educação infantil. Determinado dia, Liliana notou que João, de 5 anos, um dos alunos do educandário, apresentava alguns hematomas pelo corpo. Liliana comunicou o fato à diretora da escola, Cláudia. Mesmo ambas suspeitando de maus-tratos, por terem conhecimento de que o padrasto de João é um homem violento, Liliana e Cláudia decidiram não se envolver com a situação, deixando de comunicar à autoridade competente.

Considerando os fatos narrados, assinale a afirmativa correta.

(1) Liliana e Cláudia não praticaram nenhuma irregularidade, pois havia tão somente suspeita de maus-tratos contra criança, não confirmação.
2 Liliana e Cláudia praticaram infração administrativa por deixarem de comunicar à autoridade competente caso de suspeita de maus-tratos contra criança.
3 Cláudia praticou infração administrativa prevista no ECA, pois é quem tinha o dever de agir, enquanto Liliana não praticou nenhuma irregularidade.
4 Liliana e Cláudia praticaram crime tipificado no ECA, consubstanciado em não comunicarem à autoridade competente caso de suspeita de maus-tratos contra criança.
(1) Liliana e Cláudia não praticaram nenhuma irregularidade, pois havia tão somente suspeita de maus-tratos contra criança, não confirmação.
2 Liliana e Cláudia praticaram infração administrativa por deixarem de comunicar à autoridade competente caso de suspeita de maus-tratos contra criança.
3 Cláudia praticou infração administrativa prevista no ECA, pois é quem tinha o dever de agir, enquanto Liliana não praticou nenhuma irregularidade.
4 Liliana e Cláudia praticaram crime tipificado no ECA, consubstanciado em não comunicarem à autoridade competente caso de suspeita de maus-tratos contra criança.

A mãe de Joaquim, criança com necessidades especiais, requereu acompanhamento por professor especializado em atendimento de pessoas com deficiência à escola-creche pública municipal em que o filho estuda. A escola-creche, no entanto, alegou carência de tais profissionais, porque o custo muito alto impedia que a municipalidade os contratasse. Ao consultar você, como advogado(a), a genitora recebeu a seguinte orientação.

A criança tem direito à educação, não se inserindo nesse plexo, porém, o direito individual e específico de acompanhamento especializado.
2 Joaquim deve ter acesso à educação com metodologia especial, não significando, porém, que seja mandatória a presença de profissional especial.
3 A atenção especial por profissional especializado é devida a Joaquim, não sendo oponível a dificuldade orçamentária declarada pela municipalidade.
4 O ensino especializado é devido nas condições em que a entidade for capaz, não sendo obrigatória a presença de profissional especificamente capacitado, em razão da aplicabilidade da reserva do possível.
A criança tem direito à educação, não se inserindo nesse plexo, porém, o direito individual e específico de acompanhamento especializado.
2 Joaquim deve ter acesso à educação com metodologia especial, não significando, porém, que seja mandatória a presença de profissional especial.
3 A atenção especial por profissional especializado é devida a Joaquim, não sendo oponível a dificuldade orçamentária declarada pela municipalidade.
4 O ensino especializado é devido nas condições em que a entidade for capaz, não sendo obrigatória a presença de profissional especificamente capacitado, em razão da aplicabilidade da reserva do possível.

Pedro, adolescente de quinze anos, foi apreendido pela prática de ato infracional análogo ao crime de roubo. Realizados todos os procedimentos legais cabíveis, o juízo determinou cautelarmente que fosse recolhido à internação em instituição dedicada ao cumprimento de medida socioeducativa dessa natureza. Ocorre que não havia vaga na entidade de internação da comarca, pelo que Pedro foi recolhido a uma repartição policial, em seção isolada dos adultos e com instalações apropriadas, lá restando internado cautelarmente há vinte dias, aguardando o surgimento de vaga no estabelecimento dedicado. Com base nos fatos acima, assinale a afirmativa correta.

A internação jamais poderá ser realizada em repartição policial, nem mesmo cautelarmente, mesmo que seja impossível a transferência imediata.
É admissível a internação cautelar em estabelecimento policial ou prisional quando da situação exposta no enunciado, por prazo indeterminado, até que seja encontrada vaga em entidade apropriada.
A manutenção de Pedro na repartição policial, por mais de cinco dias, é ilegal, comportando habeas corpus para fazer cessar tal estado de ilicitude.
A internação em estabelecimento prisional é admissível quando neste local puderem ser desenvolvidas as atividades pedagógicas próprias dessa medida socioeducativa.
A internação jamais poderá ser realizada em repartição policial, nem mesmo cautelarmente, mesmo que seja impossível a transferência imediata.
É admissível a internação cautelar em estabelecimento policial ou prisional quando da situação exposta no enunciado, por prazo indeterminado, até que seja encontrada vaga em entidade apropriada.
A manutenção de Pedro na repartição policial, por mais de cinco dias, é ilegal, comportando habeas corpus para fazer cessar tal estado de ilicitude.
A internação em estabelecimento prisional é admissível quando neste local puderem ser desenvolvidas as atividades pedagógicas próprias dessa medida socioeducativa.

Lucas, de 22 anos, e Pedro, de 17 anos, subtraíram juntos um veículo que estava estacionado no centro da cidade. Após serem capturados, ambos passaram a responder ao respectivo processo judicial cabível. Na sentença proferida no juízo criminal, o juiz condenou Lucas como incurso nas sanções dos crimes de furto (art. 155 do CP) e corrupção de menor (art. 244-B do ECA). Outrossim, no Juizado da Infância e da Juventude, o juiz aplicou a Pedro a medida de internação por seis meses pela prática de ato infracional análogo ao crime de furto. Uma vez que Pedro não tinha advogado constituído, o juiz nomeou-lhe um defensor, o qual requereu o reconhecimento da prescrição da pretensão punitiva em abstrato intercorrente, pedido que não foi conhecido pelo magistrado sob o fundamento de que a prescrição penal não é aplicável nas medidas socioeducativas. Conduzido a uma entidade para o cumprimento da medida de internação, Pedro foi obrigado, pelo diretor do estabelecimento, a prestar serviços à comunidade, a fim de não ficar ocioso durante o dia.

Considerando apenas as informações narradas à luz do Estatuto da Criança e do Adolescente e do entendimento consolidado dos Tribunais Superiores, assinale a afirmativa correta.

Foi correta a decisão do juiz de negar conhecimento ao pedido de reconhecimento da prescrição, pois a prescrição penal não é aplicável nas medidas socioeducativas.
Agiu incorretamente o diretor do estabelecimento em aplicar a Pedro a medida de prestação de serviços à comunidade, pois não detém competência para isso.
O crime de corrupção de menor pelo qual Lucas foi condenado depende da prova da efetiva corrupção de Pedro.
Uma vez que Pedro possui defensor nomeado pelo juiz, não poderá constituir outro de sua preferência após a prolação da sentença de primeiro grau.
Foi correta a decisão do juiz de negar conhecimento ao pedido de reconhecimento da prescrição, pois a prescrição penal não é aplicável nas medidas socioeducativas.
Agiu incorretamente o diretor do estabelecimento em aplicar a Pedro a medida de prestação de serviços à comunidade, pois não detém competência para isso.
O crime de corrupção de menor pelo qual Lucas foi condenado depende da prova da efetiva corrupção de Pedro.
Uma vez que Pedro possui defensor nomeado pelo juiz, não poderá constituir outro de sua preferência após a prolação da sentença de primeiro grau.

Com os pais destituídos do poder familiar, Luiza, de 12 anos de idade, há dois anos vive em entidade de acolhimento institucional. Não havendo nenhum interessado, devidamente habilitado nos cadastros nacional ou internacional, em sua adoção, e, profundamente comovida com a situação da criança, Jéssica, de 20 anos de idade, que já possui uma filha com o nome de Clara, de 6 meses, através do programa de apadrinhamento, deseja acompanhar o desenvolvimento de Luiza, tanto nos estudos, quanto proporcionando à menina vínculos com sua família, ou seja com sua filha Clara e seu marido Antônio, levando-a para sua casa nos feriados e férias escolares.

De acordo com o Estatuto da Criança e do Adolescente, assinale a alternativa correta:

(A) Jéssica não poderá ser madrinha de Luiza, pois podem ser padrinhos ou madrinhas apenas pessoas maiores de vinte e um anos não inscritas nos cadastros de adoção, desde que cumpram os requisitos exigidos pelo programa de apadrinhamento de que fazem parte.
(B) Jéssica poderá ser madrinha de Luiza, pois podem ser padrinhos e madrinhas apenas pessoas maiores de dezoito anos, desde que estejam inscritas nos cadastros de adoção.
(C) Jéssica não poderá ser madrinha de Luiza, pois podem ser padrinhos e madrinhas apenas pessoas maiores de vinte e um anos, desde que cumpram os requisitos exigidos pelo programa de apadrinhamento de que fazem parte.
(D) Jéssica poderá ser madrinha de Luiza, pois podem ser padrinhos ou madrinhas pessoas maiores de dezoito anos não inscritas nos cadastros de adoção, desde que cumpram os requisitos exigidos pelo programa de apadrinhamento de que fazem parte.
(A) Jéssica não poderá ser madrinha de Luiza, pois podem ser padrinhos ou madrinhas apenas pessoas maiores de vinte e um anos não inscritas nos cadastros de adoção, desde que cumpram os requisitos exigidos pelo programa de apadrinhamento de que fazem parte.
(B) Jéssica poderá ser madrinha de Luiza, pois podem ser padrinhos e madrinhas apenas pessoas maiores de dezoito anos, desde que estejam inscritas nos cadastros de adoção.
(C) Jéssica não poderá ser madrinha de Luiza, pois podem ser padrinhos e madrinhas apenas pessoas maiores de vinte e um anos, desde que cumpram os requisitos exigidos pelo programa de apadrinhamento de que fazem parte.
(D) Jéssica poderá ser madrinha de Luiza, pois podem ser padrinhos ou madrinhas pessoas maiores de dezoito anos não inscritas nos cadastros de adoção, desde que cumpram os requisitos exigidos pelo programa de apadrinhamento de que fazem parte.

Wilson, 13 anos, foi apreendido por Manoel quando estava em fuga, após praticar ato de subtração de uma caixa de mil unidades de doces em sua vendinha. No curso da perseguição, os doces se perderam porque Wilson os jogou em um bueiro para, desembaraçado, correr melhor. Esgotados todos os procedimentos legais para apuração do ato infracional e constatada sua prática, a autoridade competente fixou, além das medidas socioeducativas pertinentes a Wilson, a obrigatoriedade de reparar o dano, ou seja, restituir o valor correspondente aos doces perdidos por Manoel. Acerca dos fatos acima, assinale a opção que apresenta a medida compensatória adequada para o caso concreto.

(A) A compensação do dano não poderá ser exigida dos pais de Wilson.
(B) Wilson deverá prestar duas horas diárias de serviços de empacotamento de compras na vendinha, até que se compense o dano, caso ele ou seus pais não possam custear financeiramente o valor.
(C) Havendo manifesta impossibilidade de Wilson ou seus pais custearem a perda patrimonial de Manoel, não há como substituir a compensação por outra medida adequada.
(D) A autoridade poderá determinar que Wilson compense o prejuízo de Manoel, desde que não configure trabalho forçado.
(A) A compensação do dano não poderá ser exigida dos pais de Wilson.
(B) Wilson deverá prestar duas horas diárias de serviços de empacotamento de compras na vendinha, até que se compense o dano, caso ele ou seus pais não possam custear financeiramente o valor.
(C) Havendo manifesta impossibilidade de Wilson ou seus pais custearem a perda patrimonial de Manoel, não há como substituir a compensação por outra medida adequada.
(D) A autoridade poderá determinar que Wilson compense o prejuízo de Manoel, desde que não configure trabalho forçado.

Eduardo adotou Bernardo, criança de dois anos, regularmente e de forma unilateral, tornando-se seu pai. Quando Bernardo completou três anos, Eduardo, infelizmente, faleceu vítima de um infarto. Eduardo não deixou parentes conhecidos. Maria, a mãe biológica de Bernardo, sempre se arrependeu de tê-lo enviado à adoção. Sabendo do ocorrido e ciente de que não há o restabelecimento do vínculo de poder familiar, pelo fato de ter ocorrido a morte do adotante, Maria o procura, como advogado(a), para buscar uma solução que permita que Bernardo volte a ser seu filho. Assinale a opção que apresenta a solução proposta.

A mãe biológica, infelizmente, não tem ao seu alcance qualquer medida para restabelecer o vínculo de parentalidade com Bernardo.
A mãe biológica deverá se candidatar à adoção de Bernardo, da mesma forma e pelos mesmos procedimentos que qualquer outro candidato.
A mãe biológica não poderá se candidatar à readoção de seu filho biológico, pois a dissolução do vínculo familiar é perene.
A inexistência de parentes do adotante falecido causa a excepcional restauração do vínculo familiar com a mãe biológica, fugindo à regra geral.
A mãe biológica, infelizmente, não tem ao seu alcance qualquer medida para restabelecer o vínculo de parentalidade com Bernardo.
A mãe biológica deverá se candidatar à adoção de Bernardo, da mesma forma e pelos mesmos procedimentos que qualquer outro candidato.
A mãe biológica não poderá se candidatar à readoção de seu filho biológico, pois a dissolução do vínculo familiar é perene.
A inexistência de parentes do adotante falecido causa a excepcional restauração do vínculo familiar com a mãe biológica, fugindo à regra geral.

Carlos e Joana, pais da criança Paula, estão dissolvendo sua união estável, ainda sem judicialização, detendo Joana a guarda de fato de Paula enquanto não regularizados os regimes de visitação ou compartilhamento da guarda. Por razões profissionais, Carlos mudou-se para o município contíguo ao da residência de Joana e Paula. Ocorre que Carlos, estando insatisfeito com algumas decisões de Joana sobre a vida da criança, e não mais conseguindo ajustar amistosamente tais questões, precipitou o ajuizamento de processo para regulamentação da guarda e pensionamento, no Juízo da comarca em que está residindo. Joana procura você, como advogado(a), para representá-la, reclamando de ter que se defender em outra cidade. Com base no enunciado acima, sobre a questão da competência, assinale a orientação que você, corretamente, daria à Joana.

O juízo da residência de Carlos é tão competente quanto o da residência de Joana, eis que apenas quando da definição da guarda ? que é o que se está pretendendo ? a competência passa a ser do foro do guardião judicialmente definido.
A competência para este processo de regulamentação de guarda e pensão incumbe ao Juízo da comarca de residência de Paula, e não de Carlos, pois a guarda de fato já basta para tal fixação.
A competência será sempre definida em razão daquele que primeiro postular judicialmente a regulamentação da guarda.
A guarda é irrelevante para fins de determinação da competência, devendo ser processado o feito em razão do melhor interesse da criança, seja qual for o foro inicialmente escolhido.
O juízo da residência de Carlos é tão competente quanto o da residência de Joana, eis que apenas quando da definição da guarda ? que é o que se está pretendendo ? a competência passa a ser do foro do guardião judicialmente definido.
A competência para este processo de regulamentação de guarda e pensão incumbe ao Juízo da comarca de residência de Paula, e não de Carlos, pois a guarda de fato já basta para tal fixação.
A competência será sempre definida em razão daquele que primeiro postular judicialmente a regulamentação da guarda.
A guarda é irrelevante para fins de determinação da competência, devendo ser processado o feito em razão do melhor interesse da criança, seja qual for o foro inicialmente escolhido.

Marília tem oito anos e, desde muito pequena, vive sob os cuidados de Luísa, sua tia materna, e de Ricardo, o companheiro de Luísa. Os pais de Marília são usuários de drogas e jamais procuraram a filha. Marília, por sua vez, está tão habituada à convivência com os tios que os reconhece como seus pais.

Certo dia, o pai biológico de Marília reaparece, demonstrando interesse em ter para si a guarda da filha, embora a menina não o reconheça como pai e não deseje manter com ele vínculo afetivo. Preocupados com a situação, Luísa e Ricardo, que não são casados, mas convivem em união estável, decidem buscar sua orientação como advogado(a) a respeito da possibilidade de adoção da menina.

Diante da previsão do Estatuto da Criança e do Adolescente, assinale a afirmativa correta.

( Previamente à adoção, Luísa e Ricardo deverão se submeter a estágio de convivência e realizarem sua inscrição junto à Autoridade Central Estadual.
Havendo conflito entre direitos e interesses de Marília e de seu pai biológico, devem prevalecer os direitos e os interesses de Marília.
Sobrevindo a separação de Luísa e Ricardo, eles não poderão adotar conjuntamente Marília, pois a adoção conjunta pressupõe a existência de casal.
Se Marília for adotada, ela não poderá ter acesso aos autos do processo, inclusive após completar 18 anos de idade.
( Previamente à adoção, Luísa e Ricardo deverão se submeter a estágio de convivência e realizarem sua inscrição junto à Autoridade Central Estadual.
Havendo conflito entre direitos e interesses de Marília e de seu pai biológico, devem prevalecer os direitos e os interesses de Marília.
Sobrevindo a separação de Luísa e Ricardo, eles não poderão adotar conjuntamente Marília, pois a adoção conjunta pressupõe a existência de casal.
Se Marília for adotada, ela não poderá ter acesso aos autos do processo, inclusive após completar 18 anos de idade.

Bruno, de 17 anos, residente na cidade de Vera Cruz/RS, sem envolvimento pretérito com ato infracional, vendo seus genitores enfrentarem dificuldades financeiras, resolveu começar a vender drogas junto com seu amigo Ricardo, de 20 anos. Assim, Bruno passou a se deslocar diariamente à cidade de Santa Cruz do Sul/RS para ajudar Ricardo na venda das drogas. Porém, Bruno foi apreendido em uma grande operação da Polícia Civil contra o tráfico de drogas. Poucos dias depois, enquanto cumpria medida socioeducativa de internação provisória, Bruno completou 18 anos.

Considerando o caso hipotético narrado e que não está presente nenhuma hipótese de conexão, continência e prevenção, assinale a afirmativa correta de acordo com a legislação e com o entendimento consolidado dos Tribunais Superiores.

(A) Bruno deverá receber a medida socioeducativa de internação definitiva, imposta obrigatoriamente no caso de ato infracional análogo ao tráfico de drogas.
(B) Será competente para julgar Bruno o juiz da Comarca de Vera Cruz, o lugar de domicílio de seus pais.
(C) A superveniência da maioridade penal não interfere na aplicação da medida socioeducativa, enquanto Bruno não atingir a idade de 21 anos.
(D) A execução da medida socioeducativa, vedada a delegação, será de competência do juiz onde sediar-se a entidade que abrigar Bruno.
(A) Bruno deverá receber a medida socioeducativa de internação definitiva, imposta obrigatoriamente no caso de ato infracional análogo ao tráfico de drogas.
(B) Será competente para julgar Bruno o juiz da Comarca de Vera Cruz, o lugar de domicílio de seus pais.
(C) A superveniência da maioridade penal não interfere na aplicação da medida socioeducativa, enquanto Bruno não atingir a idade de 21 anos.
(D) A execução da medida socioeducativa, vedada a delegação, será de competência do juiz onde sediar-se a entidade que abrigar Bruno.

Camila, com 17 anos de idade, ganhou uma viagem para a Disney, nos Estados Unidos, em decorrência de uma promoção do curso de inglês onde estudava. Entretanto, os genitores de Camila não possuem condições financeiras para acompanhar a adolescente na viagem. Desse modo, Renata, professora de inglês de Camila, que é americana e tem domicílio nos Estados Unidos, mas estava de passagem no Brasil, ofereceu-se para acompanhar a jovem na viagem, uma vez que possui experiência em voos internacionais.

Considerando o disposto no Estatuto da Criança e do Adolescente, assinale a alternativa correta.

(A) Camila poderá viajar sem a necessidade de autorização dos genitores, visto que possui mais de 16 anos de idade.
(B) Camila poderá viajar desde que ambos os genitores assinem autorização com firma reconhecida em cartório em favor de Renata.
(C) Camila poderá viajar desde que possua autorização judicial para tanto.
(D) Camila poderá viajar desde que o genitor que possua a guarda assine autorização com firma reconhecida em cartório em favor de Renata.
(A) Camila poderá viajar sem a necessidade de autorização dos genitores, visto que possui mais de 16 anos de idade.
(B) Camila poderá viajar desde que ambos os genitores assinem autorização com firma reconhecida em cartório em favor de Renata.
(C) Camila poderá viajar desde que possua autorização judicial para tanto.
(D) Camila poderá viajar desde que o genitor que possua a guarda assine autorização com firma reconhecida em cartório em favor de Renata.

Maria deu à luz um bebê cujo nome ainda não havia escolhido. No momento do parto, o médico optou por escrever apenas "José" na pulseira de identificação do bebê. Ocorre que, por obra do destino, naquele mesmo dia, nasceram mais três bebês, dois dos quais foram nomeados pelos pais de José, e o médico acabou por confundir os bebês ao entregá-los às mães. Temeroso de que tal situação viesse a Ihe criar problema, o médico escondeu de todos a confusão e entregou um dos bebês, ao acaso, para Maria amamentar, ficando a cargo do destino ser ele o correto ou não. A situação descrita revela, especificamente,

(A) o cometimento de infração administrativa, consubstanciada em negligência profissional, passível de investigação ética, somente.
(B) a prática de crime específico previsto no ECA, consubstanciado na conduta de deixar o médico de identificar corretamente o neonato e a parturiente.
(C) a prática de crime do Código Penal, consubstanciado na conduta de falsidade ideológica ao obliterar as informações de identificação do neonato.
(D) a prática de crime do Código Penal, consubstanciado na conduta de falsidade documental pela certificação inverídica da identificação do neonato.
(A) o cometimento de infração administrativa, consubstanciada em negligência profissional, passível de investigação ética, somente.
(B) a prática de crime específico previsto no ECA, consubstanciado na conduta de deixar o médico de identificar corretamente o neonato e a parturiente.
(C) a prática de crime do Código Penal, consubstanciado na conduta de falsidade ideológica ao obliterar as informações de identificação do neonato.
(D) a prática de crime do Código Penal, consubstanciado na conduta de falsidade documental pela certificação inverídica da identificação do neonato.

Eduardo foi adotado quando criança, vivendo em excelentes condições afetiva, material e social junto a seus pais adotivos. Mesmo assim, Eduardo demonstrou ser um adolescente rebelde, insurgente, de difícil trato e convívio - o que em nada abalou o amor e os cuidados de seus pais adotivos em nenhum momento. Hoje, com 19 anos completos, Eduardo manifesta interesse em conhecer seus pais biológicos, com o claro intuito de rebelar-se - repita-se, injustificadamente - contra seus adotantes. Sobre o caso acima, assinale a afirmativa correta.

Eduardo tem direito de conhecer sua origem biológica, seja qual for o motivo íntimo que o leve a tanto.
A motivação para a busca do conhecimento da origem biológica é inválida, pelo que não deve ser facultado o direito ao acesso a tal informação a Eduardo.
A informação da origem biológica somente pode ser revelada em caso imperativo de saúde, para a pesquisa do histórico genético.
O conhecimento da origem biológica somente se revela necessário caso o processo de adoção tenha alguma causa de nulidade.
Eduardo tem direito de conhecer sua origem biológica, seja qual for o motivo íntimo que o leve a tanto.
A motivação para a busca do conhecimento da origem biológica é inválida, pelo que não deve ser facultado o direito ao acesso a tal informação a Eduardo.
A informação da origem biológica somente pode ser revelada em caso imperativo de saúde, para a pesquisa do histórico genético.
O conhecimento da origem biológica somente se revela necessário caso o processo de adoção tenha alguma causa de nulidade.

Maria perdeu a mãe com 2 anos de idade, ficando sob a guarda de seu pai, Rodrigo, desde então. Quando Maria estava com 5 anos, Rodrigo se casou novamente, com Paula. Paula, contudo, nunca desejou ter filhos e sempre demonstrou não ter qualquer afeto por Maria, chegando, até mesmo, a praticar verdadeiras violências psicológicas contra a criança, frequentemente chamando-a de estúpida, idiota e inúmeras outras palavras aviltantes. Como exercia forte influência sobre Rodrigo, esse nada fez para cessar as agressões. A mãe de Rodrigo, Joana, e a irmã de Rodrigo, Fernanda, após alguns anos percebendo tais atitudes, decidiram intervir em defesa da criança. Porém, as conversas com Rodrigo e Paula foram de mal a pior, não trazendo qualquer solução ou melhora à vida de Maria. Percebendo que não teriam como, sozinhas, evitar mais danos psicológicos à criança, Fernanda e Joana procuram você, como advogado(a), para saber o que poderiam fazer, legalmente, em face de Rodrigo e Paula. Com base no enunciado acima, assinale a opção que apresenta a resposta juridicamente correta que você, como advogado(a), ofereceu.

Informaria que, por ser Rodrigo o pai da criança e detentor da guarda e do poder familiar, a ele incumbe a educação de Maria, não cabendo à avó ou à tia qualquer intervenção nessa relação.
Orientaria que procurassem o Ministério Público da localidade em que Maria reside, porque apenas esse órgão tem competência constitucional e legal para intervir em situação de tal natureza.
Orientaria que buscassem o Conselho Tutelar da localidade em que Maria reside, a fim de relatar a situação e solicitar a averiguação e as providências voltadas a cessar a violação dos direitos da criança.
Informaria que poderá ser ajuizado processo de anulação do casamento de Rodrigo e Paula, dado que a sua omissão perante as agressões de sua esposa contra Maria permite tal providência, em razão da prevalência do interesse da criança.
Informaria que, por ser Rodrigo o pai da criança e detentor da guarda e do poder familiar, a ele incumbe a educação de Maria, não cabendo à avó ou à tia qualquer intervenção nessa relação.
Orientaria que procurassem o Ministério Público da localidade em que Maria reside, porque apenas esse órgão tem competência constitucional e legal para intervir em situação de tal natureza.
Orientaria que buscassem o Conselho Tutelar da localidade em que Maria reside, a fim de relatar a situação e solicitar a averiguação e as providências voltadas a cessar a violação dos direitos da criança.
Informaria que poderá ser ajuizado processo de anulação do casamento de Rodrigo e Paula, dado que a sua omissão perante as agressões de sua esposa contra Maria permite tal providência, em razão da prevalência do interesse da criança.

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1 Q13379 ECA > Infrações administrativas às normas de proteção à criança e adolescente
Ano: 2023 Banca: Ceisc Instituição: OAB Dificuldade: Normal
Rhaenyra, com 16 anos de idade e seu irmão Aegon, com 10 anos de idade, estão em programa de acolhimento institucional há seis meses.
Considerando esta situação, acerca do direito à convivência familiar e comunitária, nos termos do Estatuto da Criança e do Adolescente,
assinale a alternativa correta:
Somente Aegon, por se tratar de uma criança, poderá participar de programa de apadrinhamento, não sendo permitido a Rhaenyra em razão
de sua idade, uma vez que possui 16 anos de idade.
Somente Rhaenyra poderá participar de programa de apadrinhamento, o qual é exclusivo para adolescentes que se encontram em programa
de acolhimento institucional.
Tanto Rhaenyra quanto Aegon podem ser incluídos em programas de apadrinhamento, o qual possui, dentre outros objetivos, o de
estabelecer e proporcionar à criança e ao adolescente vínculos externos à instituição para fins de convivência familiar e comunitária.
Nem Rhaenyra nem Aegon podem participar de programa de apadrinhamento no momento, pois estão há menos de um ano em programa de
acolhimento institucional, sendo exigida a permanência mínima de dezoito meses para participação em programa de apadrinhamento.
2 Q13378 ECA > Infrações administrativas às normas de proteção à criança e adolescente
Ano: 2023 Banca: Ceisc Instituição: OAB Dificuldade: Normal
Liliana é professora em uma escola municipal de educação infantil. Determinado dia, Liliana notou que João, de 5 anos, um dos alunos do
educandário, apresentava alguns hematomas pelo corpo. Liliana comunicou o fato à diretora da escola, Cláudia. Mesmo ambas
suspeitando de maus-tratos, por terem conhecimento de que o padrasto de João é um homem violento, Liliana e Cláudia decidiram não se
envolver com a situação, deixando de comunicar à autoridade competente.
Considerando os fatos narrados, assinale a afirmativa correta.  
Liliana e Cláudia não praticaram nenhuma irregularidade, pois havia tão somente suspeita de maus-tratos contra criança, não confirmação. 
Liliana e Cláudia praticaram infração administrativa por deixarem de comunicar à autoridade competente caso de suspeita de maus-tratos
contra criança. 
Cláudia praticou infração administrativa prevista no ECA, pois é quem tinha o dever de agir, enquanto Liliana não praticou nenhuma
irregularidade. 
Liliana e Cláudia praticaram crime tipificado no ECA, consubstanciado em não comunicarem à autoridade competente caso de suspeita de
maus-tratos contra criança.
3 Q13310 ECA > Direitos da Criança e do Adolescente > Direito à educação, cultura, ao esporte e ao lazer
Ano: 2023 Banca: FGV Instituição: OAB Exame: 38º Exame de Ordem Unificado Dificuldade: Normal
A mãe de Joaquim, criança com necessidades especiais, requereu acompanhamento por professor especializado em atendimento de
pessoas com deficiência à escola-creche pública municipal em que o filho estuda. A escola-creche, no entanto, alegou carência de tais
profissionais, porque o custo muito alto impedia que a municipalidade os contratasse. Ao consultar você, como advogado(a), a genitora
recebeu a seguinte orientação.
A criança tem direito à educação, não se inserindo nesse plexo, porém, o direito individual e específico de acompanhamento especializado.
Joaquim deve ter acesso à educação com metodologia especial, não significando, porém, que seja mandatória a presença de profissional
especial.
A atenção especial por profissional especializado é devida a Joaquim, não sendo oponível a dificuldade orçamentária declarada pela
municipalidade.
O ensino especializado é devido nas condições em que a entidade for capaz, não sendo obrigatória a presença de profissional
especificamente capacitado, em razão da aplicabilidade da reserva do possível. 
1
4 Q13309 ECA > Ato infracional > Apuração de Ato Infracional Atribuído a Adolescente
Ano: 2023 Banca: FGV Instituição: OAB Exame: 38º Exame de Ordem Unificado Dificuldade: Normal
Pedro, adolescente de quinze anos, foi apreendido pela prática de ato infracional análogo ao crime de roubo. Realizados todos os
procedimentos legais cabíveis, o juízo determinou cautelarmente que fosse recolhido à internação em instituição dedicada ao cumprimento
de medida socioeducativa dessa natureza. Ocorre que não havia vaga na entidade de internação da comarca, pelo que Pedro foi recolhido
a uma repartição policial, em seção isolada dos adultos e com instalações apropriadas, lá restando internado cautelarmente há vinte dias,
aguardando o surgimento de vaga no estabelecimento dedicado. Com base nos fatos acima, assinale a afirmativa correta.
A internação jamais poderá ser realizada em repartição policial, nem mesmo cautelarmente, mesmo que seja impossível a transferência
imediata.
É admissível a internação cautelar em estabelecimento policial ou prisional quando da situação exposta no enunciado, por prazo
indeterminado, até que seja encontrada vaga em entidade apropriada.
A manutenção de Pedro na repartição policial, por mais de cinco dias, é ilegal, comportando habeas corpus para fazer cessar tal estado de
ilicitude.
A internação em estabelecimento prisional é admissível quando neste local puderem ser desenvolvidas as atividades pedagógicas próprias
dessa medida socioeducativa.
5 Q11928 ECA > Ato infracional
Ano: 2023 Banca: Ceisc Instituição: OAB Dificuldade: Dificil
Lucas, de 22 anos, e Pedro, de 17 anos, subtraíram juntos um veículo que estava estacionado no centro da cidade. Após serem capturados,
ambos passaram a responder ao respectivo processo judicial cabível. Na sentença proferida no juízo criminal, o juiz condenou Lucas como
incurso nas sanções dos crimes de furto (art. 155 do CP) e corrupção de menor (art. 244-B do ECA). Outrossim, no Juizado da Infância e da
Juventude, o juiz aplicou a Pedro a medida de internação por seis meses pela prática de ato infracional análogo ao crime de furto. Uma vez
que Pedro não tinha advogado constituído, o juiz nomeou-lhe um defensor, o qual requereu o reconhecimento da prescrição da pretensão
punitiva em abstrato intercorrente, pedido que não foi conhecido pelo magistrado sob o fundamento de que a prescrição penal não é
aplicável nas medidas socioeducativas. Conduzido a uma entidade para o cumprimento da medida de internação, Pedro foi obrigado, pelo
diretor do estabelecimento, a prestar serviços à comunidade, a fim de não ficar ocioso durante o dia.
Considerando apenas as informações narradas à luz do Estatuto da Criança e do Adolescente e do entendimento consolidado dos
Tribunais Superiores, assinale a afirmativa correta.
Foi correta a decisão do juiz de negar conhecimento ao pedido de reconhecimento da prescrição, pois a prescrição penal não é aplicável nas
medidas socioeducativas.
Agiu incorretamente o diretor do estabelecimento em aplicar a Pedro a medida de prestação de serviços à comunidade, pois não detém
competência para isso.
O crime de corrupção de menor pelo qual Lucas foi condenado depende da prova da efetiva corrupção de Pedro.
Uma vez que Pedro possui defensor nomeado pelo juiz, não poderá constituir outro de sua preferência após a prolação da sentença de
primeiro grau.
2
6 Q11927 ECA > Direitos da Criança e do Adolescente > Direito à convivência familiar e comunitária
Ano: 2023 Banca: Ceisc Instituição: OAB Dificuldade: Facil
Com os pais destituídos do poder familiar, Luiza, de 12 anos de idade, há dois anos vive em entidade de acolhimento institucional. Não
havendo nenhum interessado, devidamente habilitado nos cadastros nacional ou internacional, em sua adoção, e, profundamente
comovida com a situação da criança, Jéssica, de 20 anos de idade, que já possui uma filha com o nome de Clara, de 6 meses, através do
programa de apadrinhamento, deseja acompanhar o desenvolvimento de Luiza, tanto nos estudos, quanto proporcionando à menina
vínculos com sua família, ou seja com sua filha Clara e seu marido Antônio, levando-a para sua casa nos feriadose férias escolares.
De acordo com o Estatuto da Criança e do Adolescente, assinale a alternativa correta:
Jéssica não poderá ser madrinha de Luiza, pois podem ser padrinhos ou madrinhas apenas pessoas maiores de vinte e um anos não
inscritas nos cadastros de adoção, desde que cumpram os requisitos exigidos pelo programa de apadrinhamento de que fazem parte.
Jéssica poderá ser madrinha de Luiza, pois podem ser padrinhos e madrinhas apenas pessoas maiores de dezoito anos, desde que estejam
inscritas nos cadastros de adoção.
Jéssica não poderá ser madrinha de Luiza, pois podem ser padrinhos e madrinhas apenas pessoas maiores de vinte e um anos, desde que
cumpram os requisitos exigidos pelo programa de apadrinhamento de que fazem parte.
Jéssica poderá ser madrinha de Luiza, pois podem ser padrinhos ou madrinhas pessoas maiores de dezoito anos não inscritas nos cadastros
de adoção, desde que cumpram os requisitos exigidos pelo programa de apadrinhamento de que fazem parte.
7 Q11667 ECA > Ato infracional
Ano: 2023 Banca: FGV Instituição: OAB Exame: 37º Exame de Ordem Unificado Dificuldade: Normal
Wilson, 13 anos, foi apreendido por Manoel quando estava em fuga, após praticar ato de subtração de uma caixa de mil unidades de doces
em sua vendinha. No curso da perseguição, os doces se perderam porque Wilson os jogou em um bueiro para, desembaraçado, correr
melhor. Esgotados todos os procedimentos legais para apuração do ato infracional e constatada sua prática, a autoridade competente
fixou, além das medidas socioeducativas pertinentes a Wilson, a obrigatoriedade de reparar o dano, ou seja, restituir o valor
correspondente aos doces perdidos por Manoel. Acerca dos fatos acima, assinale a opção que apresenta a medida compensatória
adequada para o caso concreto.
A compensação do dano não poderá ser exigida dos pais de Wilson.
Wilson deverá prestar duas horas diárias de serviços de empacotamento de compras na vendinha, até que se compense o dano, caso ele ou
seus pais não possam custear financeiramente o valor.
Havendo manifesta impossibilidade de Wilson ou seus pais custearem a perda patrimonial de Manoel, não há como substituir a compensação
por outra medida adequada.
A autoridade poderá determinar que Wilson compense o prejuízo de Manoel, desde que não configure trabalho forçado.
8 Q11666 ECA > Política de atendimento
Ano: 2023 Banca: FGV Instituição: OAB Exame: 37º Exame de Ordem Unificado Dificuldade: Normal
A entidade governamental Casa dos Anjos, destinada a programa de internação de adolescentes em conflito com a lei, recebeu
inspeção de fiscalização por parte do Ministério Público. Nesta visita, restou constatado que a instituição não dispunha de diversos
elementos essenciais para a manutenção condigna dos adolescentes sujeitos à medida socioeducativa, inexistindo, por exemplo, cuidados
médicos, psicológicos, odontológicos e farmacêuticos adequados. Com base nos fatos acima, assinale a afirmativa correta.
Poderá ser interrompido o repasse de verbas públicas para a entidade, enquanto ela não sanar as irregularidades.
Poderá ser determinado o afastamento temporário dos dirigentes da Casa dos Anjos.
Poderá haver a cassação do registro da instituição em questão.
Tratando-se de entidade governamental, não há medidas sancionatórias específicas cabíveis.
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9 Q15803 ECA > Direitos da Criança e do Adolescente > Direito à convivência familiar e comunitária
Ano: 2023 Banca: FGV Instituição: OAB Exame: 39º Exame de Ordem Unificado Dificuldade: Normal
Eduardo adotou Bernardo, criança de dois anos, regularmente e de forma unilateral, tornando-se seu pai. Quando Bernardo completou três
anos, Eduardo, infelizmente, faleceu vítima de um infarto. Eduardo não deixou parentes conhecidos. Maria, a mãe biológica de Bernardo,
sempre se arrependeu de tê-lo enviado à adoção. Sabendo do ocorrido e ciente de que não há o restabelecimento do vínculo de poder
familiar, pelo fato de ter ocorrido a morte do adotante, Maria o procura, como advogado(a), para buscar uma solução que permita que
Bernardo volte a ser seu filho. Assinale a opção que apresenta a solução proposta.
A mãe biológica, infelizmente, não tem ao seu alcance qualquer medida para restabelecer o vínculo de parentalidade com Bernardo.
A mãe biológica deverá se candidatar à adoção de Bernardo, da mesma forma e pelos mesmos procedimentos que qualquer outro
candidato. 
A mãe biológica não poderá se candidatar à readoção de seu filho biológico, pois a dissolução do vínculo familiar é perene.
 A inexistência de parentes do adotante falecido causa a excepcional restauração do vínculo familiar com a mãe biológica, fugindo à regra
geral.
10 Q15804 ECA > Acesso à Justiça > Competência
Ano: 2023 Banca: FGV Instituição: OAB Exame: 39º Exame de Ordem Unificado Dificuldade: Normal
Carlos e Joana, pais da criança Paula, estão dissolvendo sua união estável, ainda sem judicialização, detendo Joana a guarda de fato de
Paula enquanto não regularizados os regimes de visitação ou compartilhamento da guarda. Por razões profissionais, Carlos mudou-se
para o município contíguo ao da residência de Joana e Paula. Ocorre que Carlos, estando insatisfeito com algumas decisões de Joana
sobre a vida da criança, e não mais conseguindo ajustar amistosamente tais questões, precipitou o ajuizamento de processo para
regulamentação da guarda e pensionamento, no Juízo da comarca em que está residindo. Joana procura você, como advogado(a), para
representá-la, reclamando de ter que se defender em outra cidade. Com base no enunciado acima, sobre a questão da competência,
assinale a orientação que você, corretamente, daria à Joana. 
O juízo da residência de Carlos é tão competente quanto o da residência de Joana, eis que apenas quando da definição da guarda ? que é o
que se está pretendendo ? a competência passa a ser do foro do guardião judicialmente definido.
A competência para este processo de regulamentação de guarda e pensão incumbe ao Juízo da comarca de residência de Paula, e não de
Carlos, pois a guarda de fato já basta para tal fixação.
A competência será sempre definida em razão daquele que primeiro postular judicialmente a regulamentação da guarda. 
A guarda é irrelevante para fins de determinação da competência, devendo ser processado o feito em razão do melhor interesse da criança,
seja qual for o foro inicialmente escolhido.
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11 Q12091 ECA > Crimes praticados contra crianças e adolescentes > Crimes em espécie
Ano: 2022 Banca: Ceisc Instituição: OAB Dificuldade: Facil
Santos, maior e capaz, utilizando um software, criou um jogo de computador no qual simula a participação de crianças e adolescentes em
cenas de sexo explícito por meio de representação visual. Após, Santos disponibilizou o jogo na plataforma XYZ, um site de jogos adultos
de responsabilidade de João. A Associação SOS Infância, entidade privada destinada ao combate a crimes sexuais praticados contra
crianças e adolescentes, ao tomar conhecimento do conteúdo produzido por Santos, notificou o site XYZ, por meio de seu advogado,
solicitando que o conteúdo ilícito fosse removido do ar. João, contudo, removeu o conteúdo apenas uma semana após receber a
notificação.
Considerando a situação hipotética narrada, assinale a afirmativa correta.
A conduta de Santos é atípica, pois o Estatuto da Criança e do Adolescente apenas tipifica como crime simular a participação de criança ou
adolescente em cena de sexo explícito ou pornográfica por meio de fotografia ou vídeo.
A conduta de João é atípica, pois a responsabilidade é do criador do conteúdo ilícito e em nenhuma hipótese o Estatuto da Criança e do
Adolescente prevê que o responsável legal pela prestação do serviço responda criminalmente.
Santos praticou crimes previstos no Estatuto da Criança e do Adolescente, pois a expressão ?cena de sexo explícito ou pornográfica?
compreende qualquer situação que envolva criança ou adolescente em atividades sexuais explícitas, reais ou simuladas.
João praticou crime previsto no Estatuto da Criança e do Adolescente,pois, após ser devidamente notificado, deixou de desabilitar o acesso
ao conteúdo ilícito no prazo legal de 48 horas.
12 Q12090 ECA > Direitos da Criança e do Adolescente
Ano: 2022 Banca: Ceisc Instituição: OAB Dificuldade: Normal
Marília tem oito anos e, desde muito pequena, vive sob os cuidados de Luísa, sua tia materna, e de Ricardo, o companheiro de Luísa. Os
pais de Marília são usuários de drogas e jamais procuraram a filha. Marília, por sua vez, está tão habituada à convivência com os tios que
os reconhece como seus pais. 
Certo dia, o pai biológico de Marília reaparece, demonstrando interesse em ter para si a guarda da filha, embora a menina não o reconheça
como pai e não deseje manter com ele vínculo afetivo. Preocupados com a situação, Luísa e Ricardo, que não são casados, mas convivem
em união estável, decidem buscar sua orientação como advogado(a) a respeito da possibilidade de adoção da menina.
Diante da previsão do Estatuto da Criança e do Adolescente, assinale a afirmativa correta.
Previamente à adoção, Luísa e Ricardo deverão se submeter a estágio de convivência e realizarem sua inscrição junto à Autoridade Central
Estadual.
Havendo conflito entre direitos e interesses de Marília e de seu pai biológico, devem prevalecer os direitos e os interesses de Marília.
Sobrevindo a separação de Luísa e Ricardo, eles não poderão adotar conjuntamente Marília, pois a adoção conjunta pressupõe a existência
de casal.
Se Marília for adotada, ela não poderá ter acesso aos autos do processo, inclusive após completar 18 anos de idade.
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13 Q12011 ECA > Ato infracional > Medidas socioeducativas em espécie
Ano: 2022 Banca: Ceisc Instituição: OAB Dificuldade: Normal
Bruno, de 17 anos, residente na cidade de Vera Cruz/RS, sem envolvimento pretérito com ato infracional, vendo seus genitores enfrentarem
dificuldades financeiras, resolveu começar a vender drogas junto com seu amigo Ricardo, de 20 anos. Assim, Bruno passou a se deslocar
diariamente à cidade de Santa Cruz do Sul/RS para ajudar Ricardo na venda das drogas. Porém, Bruno foi apreendido em uma grande
operação da Polícia Civil contra o tráfico de drogas. Poucos dias depois, enquanto cumpria medida socioeducativa de internação
provisória, Bruno completou 18 anos.
Considerando o caso hipotético narrado e que não está presente nenhuma hipótese de conexão, continência e prevenção, assinale a
afirmativa correta de acordo com a legislação e com o entendimento consolidado dos Tribunais Superiores.
Bruno deverá receber a medida socioeducativa de internação definitiva, imposta obrigatoriamente no caso de ato infracional análogo ao
tráfico de drogas.
Será competente para julgar Bruno o juiz da Comarca de Vera Cruz, o lugar de domicílio de seus pais.
A superveniência da maioridade penal não interfere na aplicação da medida socioeducativa, enquanto Bruno não atingir a idade de 21 anos.
A execução da medida socioeducativa, vedada a delegação, será de competência do juiz onde sediar-se a entidade que abrigar Bruno.
14 Q12010 ECA > Crimes praticados contra crianças e adolescentes > Crimes em espécie
Ano: 2022 Banca: Ceisc Instituição: OAB Dificuldade: Facil
Alceu, policial civil no regular exercício de suas funções, em um domingo de folga, recebeu pelo celular um vídeo que contém cenas de
sexo explícito envolvendo crianças e adolescentes. Alceu decidiu não apagar o vídeo e deixá-lo armazenado em seu celular para, durante o
expediente na segunda-feira, comunicar o fato à Delegacia de Polícia onde trabalha. No dia seguinte, na delegacia, Alceu adota as
providências necessárias à apuração do fato, anexando aos autos do procedimento investigatório o vídeo que recebera.
Sobre o caso hipotético narrado, o armazenamento do vídeo por Alceu 
é conduta atípica, pois Alceu armazenou o vídeo com a finalidade de comunicar o fato à autoridade competente.
configura crime previsto no ECA, porém Alceu terá direito a uma causa de diminuição de pena.
é conduta atípica, pois Alceu não participou dos vídeos, requisito do crime de posse de material pornográfico previsto no art. 241-B do ECA.
configura crime previsto no ECA, e Alceu não possui direito à causa excludente de ilicitude, pois não integra o rol de pessoas que fazem jus a
tal excludente.
15 Q11848 ECA > Prevenção especial > Regra de viagens
Ano: 2022 Banca: Ceisc Instituição: OAB Dificuldade: Normal
Camila, com 17 anos de idade, ganhou uma viagem para a Disney, nos Estados Unidos, em decorrência de uma promoção do curso de
inglês onde estudava. Entretanto, os genitores de Camila não possuem condições financeiras para acompanhar a adolescente na viagem.
Desse modo, Renata, professora de inglês de Camila, que é americana e tem domicílio nos Estados Unidos, mas estava de passagem no
Brasil, ofereceu-se para acompanhar a jovem na viagem, uma vez que possui experiência em voos internacionais.    
Considerando o disposto no Estatuto da Criança e do Adolescente, assinale a alternativa correta. 
Camila poderá viajar sem a necessidade de autorização dos genitores, visto que possui mais de 16 anos de idade. 
Camila poderá viajar desde que ambos os genitores assinem autorização com firma reconhecida em cartório em favor de Renata.  
Camila poderá viajar desde que possua autorização judicial para tanto.
Camila poderá viajar desde que o genitor que possua a guarda assine autorização com firma reconhecida em cartório em favor de Renata.
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16 Q11847 ECA > Direitos da Criança e do Adolescente > Direito à profissionalização e à proteção ao trabalho
Ano: 2022 Banca: Ceisc Instituição: OAB Dificuldade: Normal
Antonella, com 13 anos de idade, foi convidada a participar de um programa de televisão semanal. Entretanto, em razão da idade e
considerando o recebimento de valores em dinheiro, os genitores da menina procuraram um advogado de confiança, especialista em
Direito da Criança e do Adolescente, para esclarecer sobre a possibilidade de assinatura de um contrato com a emissora de televisão. 
Com base no enunciado acima, assinale a opção que apresenta a resposta juridicamente correta que você, como advogado(a), ofereceu. 
É proibida qualquer forma de trabalho, em razão de Antonella ter menos de 14 anos de idade. 
É permitido o trabalho por meio de contrato de aprendizagem, sendo necessário apenas que os genitores assinem o contrato como
representantes legais. 
É permitido o trabalho, desde que autorizado por meio de alvará pelo juiz da infância e juventude. 
É permitido o trabalho, desde que autorizado por meio de parecer do Conselho Tutelar.
17 Q10993 ECA > Direitos da Criança e do Adolescente > Direito à convivência familiar e comunitária
Ano: 2022 Banca: FGV Instituição: OAB Exame: 36º Exame de Ordem Unificado Dificuldade: Normal
Luiza, hoje com cinco anos, foi adotada regularmente por Maria e Paulo quando tinha três anos. Ocorre que ambos os adotantes vieram a
falecer em um terrível acidente automobilístico. Ciente disso, a mãe biológica de Luiza, que sempre se arrependera da perda da sua filha,
manifestou-se em ter sua maternidade biológica restaurada. Com base nos fatos acima, assinale a afirmativa correta.
O falecimento dos pais adotivos conduz à imediata e automática restauração do poder familiar da ascendente biológica.
O falecimento dos pais adotivos não restabelece o poder familiar dos pais naturais.
O falecimento dos pais adotivos não transfere o poder familiar sobre o adotado supérstite ao parente mais próximo dos obituados, devendo
ser reaberto processo de adoção.
Falecendo ambos os pais e inexistindo parentes destes aptos à tutela, somente então se restaura o poder familiar dos pais naturais.
18 Q10992 ECA > Direitos da Criança e do Adolescente > Direito à vida e à saúde
Ano: 2022 Banca: FGV Instituição: OAB Exame: 36º Exame de Ordem Unificado Dificuldade: Normal
Maria deu à luz um bebê cujo nome ainda não havia escolhido. No momento do parto, o médico optou por escrever apenas "José" na
pulseira de identificação do bebê. Ocorre que, por obra do destino, naquele mesmo dia,nasceram mais três bebês, dois dos quais foram
nomeados pelos pais de José, e o médico acabou por confundir os bebês ao entregá-los às mães. Temeroso de que tal situação viesse a
lhe criar problema, o médico escondeu de todos a confusão e entregou um dos bebês, ao acaso, para Maria amamentar, ficando a cargo do
destino ser ele o correto ou não. A situação descrita revela, especificamente,
o cometimento de infração administrativa, consubstanciada em negligência profissional, passível de investigação ética, somente.
a prática de crime específico previsto no ECA, consubstanciado na conduta de deixar o médico de identificar corretamente o neonato e a
parturiente.
a prática de crime do Código Penal, consubstanciado na conduta de falsidade ideológica ao obliterar as informações de identificação do
neonato.
a prática de crime do Código Penal, consubstanciado na conduta de falsidade documental pela certificação inverídica da identificação do
neonato.
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19 Q10384 ECA > Direitos da Criança e do Adolescente > Direito à convivência familiar e comunitária
Ano: 2022 Banca: FGV Instituição: OAB Exame: 35º Exame de Ordem Unificado Dificuldade: Normal
Eduardo foi adotado quando criança, vivendo em excelentes condições afetiva, material e social junto a seus pais adotivos. Mesmo assim,
Eduardo demonstrou ser um adolescente rebelde, insurgente, de difícil trato e convívio - o que em nada abalou o amor e os cuidados de
seus pais adotivos em nenhum momento. Hoje, com 19 anos completos, Eduardo manifesta interesse em conhecer seus pais biológicos,
com o claro intuito de rebelar-se - repita-se, injustificadamente - contra seus adotantes. Sobre o caso acima, assinale a afirmativa correta.
Eduardo tem direito de conhecer sua origem biológica, seja qual for o motivo íntimo que o leve a tanto.
A motivação para a busca do conhecimento da origem biológica é inválida, pelo que não deve ser facultado o direito ao acesso a tal
informação a Eduardo.
A informação da origem biológica somente pode ser revelada em caso imperativo de saúde, para a pesquisa do histórico genético.
O conhecimento da origem biológica somente se revela necessário caso o processo de adoção tenha alguma causa de nulidade.
20 Q10383 ECA > Conselho Tutelar
Ano: 2022 Banca: FGV Instituição: OAB Exame: 35º Exame de Ordem Unificado Dificuldade: Normal
Maria perdeu a mãe com 2 anos de idade, ficando sob a guarda de seu pai, Rodrigo, desde então. Quando Maria estava com 5
anos, Rodrigo se casou novamente, com Paula. Paula, contudo, nunca desejou ter filhos e sempre demonstrou não ter qualquer afeto por
Maria, chegando, até mesmo, a praticar verdadeiras violências psicológicas contra a criança, frequentemente chamando-a de estúpida,
idiota e inúmeras outras palavras aviltantes. Como exercia forte influência sobre Rodrigo, esse nada fez para cessar as agressões. A mãe
de Rodrigo, Joana, e a irmã de Rodrigo, Fernanda, após alguns anos percebendo tais atitudes, decidiram intervir em defesa da criança.
Porém, as conversas com Rodrigo e Paula foram de mal a pior, não trazendo qualquer solução ou melhora à vida de Maria. Percebendo
que não teriam como, sozinhas, evitar mais danos psicológicos à criança, Fernanda e Joana procuram você, como advogado(a), para saber
o que poderiam fazer, legalmente, em face de Rodrigo e Paula. Com base no enunciado acima, assinale a opção que apresenta a resposta
juridicamente correta que você, como advogado(a), ofereceu.
Informaria que, por ser Rodrigo o pai da criança e detentor da guarda e do poder familiar, a ele incumbe a educação de Maria, não cabendo à
avó ou à tia qualquer intervenção nessa relação.
Orientaria que procurassem o Ministério Público da localidade em que Maria reside, porque apenas esse órgão tem competência
constitucional e legal para intervir em situação de tal natureza.
Orientaria que buscassem o Conselho Tutelar da localidade em que Maria reside, a fim de relatar a situação e solicitar a averiguação e as
providências voltadas a cessar a violação dos direitos da criança.
Informaria que poderá ser ajuizado processo de anulação do casamento de Rodrigo e Paula, dado que a sua omissão perante as agressões
de sua esposa contra Maria permite tal providência, em razão da prevalência do interesse da criança
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Gabarito:
01: C 02: B 03: C 04: C 05: B 06: D 07: D 08: B 09: B 10: B
11: C 12: B 13: C 14: A 15: C 16: C 17: B 18: B 19: A 20: C
9

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