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PROJETO TÉCNICO PARA CORREDOR ECOLÓGICO – EAD CENTER 
 
 
Estado: São Paulo 
Bairro: Jardim América 
Cidade: São José dos Campos -SP 
Coordenada geográfica: 23°10'00" S (latitude) e 45°53'00" W (longitude). 
Representante legal 
Nome: Associação Corredor Ecológico do Vale do Paraíba (ACEVP) 
 
 
Os corredores ecológicos, ou corredores de biodiversidade, são grandes 
porções de terra que recebem ações coordenadas, cujo objetivo é a proteção da 
diversidade biológica. Segundo o Sistema Nacional de Unidades de Conservação da 
Natureza (SNUC), eles envolvem o fortalecimento e a conexão de áreas protegidas 
dentro do corredor, incentivando usos de baixo impacto ao implementar uma 
alternativa mais abrangente, descentralizada e participativa de conservação. 
Os corredores ecológicos surgiram por meio do Decreto nº 750, que abordava 
a exploração de vegetação em áreas de preservação e outros assuntos relacionados, 
estabeleceu uma base legal para a ideia de corredores ecológicos, embora tenha sido 
revogado como resposta à crescente fragmentação dos ecossistemas, causada 
principalmente pela ação humana. A ideia de conectar áreas naturais para facilitar o 
deslocamento de animais e a dispersão de sementes começou a ser discutida na 
comunidade científica nos anos 90. Essa estratégia surgiu como uma forma de mitigar 
os impactos negativos da fragmentação e promover a conservação da biodiversidade. 
Os corredores são criados com base em estudos sobre o deslocamento de 
espécies, sua área de vida e a distribuição de suas populações. A partir das 
informações obtidas são estabelecidas as regras de utilização destas áreas, a fim 
de amenizar e ordenar os impactos ambientais das atividades humanas. Estas 
regras farão parte do plano de manejo da Unidade de Conservação à qual o corredor 
estiver associado. Após os estudos, os corredores ecológicos só se tornam oficiais 
quando ganham reconhecimento do Ministério do Meio Ambiente. 
I. INFORMAÇÕES SOBRE O EAD CENTER 
II. CARACTERÍSTICAS GERAIS 
 
 
A história do Corredor Ecológico de São José dos Campos está 
intrinsecamente ligada à necessidade de restaurar e conectar áreas naturais 
degradadas, especialmente a Mata Atlântica, e garantir a conectividade entre áreas 
de preservação. Surgiu como uma iniciativa para mitigar os efeitos da fragmentação 
dos ecossistemas e promover a biodiversidade, tendo como objetivo principal conectar 
e restaurar fragmentos de Mata Atlântica, permitindo o fluxo de animais, sementes, 
variabilidade genética e a recuperação de áreas degradadas sendo regulamentado 
pela Lei 9985/2000, que institui o Sistema Nacional de Unidades de Conservação, 
e seu Decreto 4340/2002, e garantem a integridade dos processos ecológicos 
em áreas de conectividade entre Unidades de Conservação (UCs). 
Os corredores ecológicos têm como objetivo mitigar os efeitos decorrentes da 
fragmentação do habitat, promovendo uma ligação entre áreas desconectadas e 
permitindo a passagem de fauna, fluxo gênico, dispersão de sementes, manutenção 
de maiores populações e aumento da cobertura vegetal por exemplo. 
O principal objetivo desses corredores é possibilitar o deslocamento da fauna 
entre as áreas isoladas e garantir a troca genética entre as espécies. 
Assim, essas faixas de vegetação permitem que animais que seriam 
naturalmente isolados devido ao desmatamento possam passar de um fragmento 
florestal para o outro. Esse trânsito permite a dispersão de espécies e a recolonização 
de áreas degradadas, conciliando a conservação da biodiversidade e o 
desenvolvimento ambiental na região. 
A importância dos corredores é defendia por diversos estudiosos, que afirmam 
que o isolamento dos fragmentos de floresta está avançando rapidamente e que isso 
pode causar um colapso das funções ecológicas e da biodiversidade local. 
Como impacto ambiental positivo pode-se citar a recuperação das matas 
ciliares, a limpeza de rios e o replantio de árvores, bem como a criação de espaços 
verdes em grandes centros urbanos. Os impactos positivos colaboram para 
reconstituir o meio, para o retorno de espécies nativas e para melhoria da qualidade 
de vida de todos os envolvidos. 
 A biodiversidade do Parque Augusto Ruschi é bastante rica e diversificada, 
refletindo a importância da Mata Atlântica na região do Vale do Paraíba. Este parque 
abriga uma grande variedade de espécies de plantas, animais e microrganismos, 
contribuindo para a conservação da biodiversidade local. 
Algumas características da biodiversidade do Parque Augusto Ruschi incluem: 
 
 Fauna: Diversas espécies de aves, mamíferos, répteis, anfíbios e insetos. É 
um habitat importante para aves como tucanos, beija-flores, e espécies de aves 
migratórias. Também há mamíferos como macacos, tamanduás e pequenos 
roedores. 
 Flora: Vegetação típica da Mata Atlântica, incluindo árvores de grande porte, 
epífitas, orquídeas, bromélias e uma variedade de plantas medicinais e 
alimentícias 
 Ecossistemas: Além da Mata Atlântica, o parque possui áreas de nascente, 
rios e fragmentos de floresta secundária, que contribuem para a diversidade de 
habitats. 
Essa biodiversidade é fundamental para a manutenção dos serviços 
ambientais, como a polinização, o controle de pragas, a conservação do solo e a 
qualidade da água. 
 
Objetivo é estabelecer uma proposta de corredor ecológico ligando a APP do 
EAD Center e a unidade de conservação Augusto Ruschi com a missão de preservar 
a diversidade genética da fauna e fora estabelecendo uma permuta genética 
entre elas, preservar a mata ciliar, nascentes, e a área de preservação permanente 
(APP).Assim, a fauna, que presta importantes serviços ambientais como a 
dispersão de sementes e equilíbrio das cadeias tróficas, colaborando para 
a recomposição de ecossistemas naturais, fica restrita às áreas de 
preservação permanente, reservas legais e bosques urbanos. 
A manutenção de espaços adequados para a reintrodução de animais é 
fundamental para o funcionamento saudável do ecossistema local. Esses espaços, 
especialmente os corredores ecológicos, proporcionam condições ideais para a 
dispersão de espécies e a recolonização de áreas degradadas, ajudando a manter 
populações de animais que são essenciais para a biodiversidade. De acordo com o 
Sistema Nacional de Unidades de Conservação (SNUC), Lei nº 9.985/2000, Art. 2º 
inciso XIX, essas áreas são essenciais para garantir o direito de todos a um meio 
ambiente equilibrado, conforme previsto na Constituição Federal. Enquanto as 
Unidades de Conservação (UCs) promovem o uso sustentável ou indireto dessas 
áreas, as Áreas de Preservação Permanente (APPs) são áreas naturais intocáveis, 
III. PROPOSTA PARA ELABORAÇÃO DO CORREDOR ECOLÓGICO 
 
 
com limites rígidos para exploração, sem permissão para atividades econômicas 
diretas. 
 Segundo o Código Florestal, Lei nº 12.651/12, uma Área de Preservação 
Permanente (APP) é uma área protegida, que pode estar coberta ou não por 
vegetação nativa. Sua função principal é proteger recursos essenciais como os 
recursos hídricos, a paisagem, a estabilidade geológica e a biodiversidade. Além 
disso, as APP´s facilitam o fluxo gênico de fauna e flora, protegem o solo e garantem 
o bem-estar das populações humanas. Essas áreas são fundamentais para manter o 
equilíbrio ambiental e garantir a sustentabilidade do ecossistema, além de contribuir 
para a qualidade de vida de todos. 
A metodologia que você descreveu é bastante completa e importante para a 
conservação de corredores ecológicos. O uso do plantio direto com um grupo de 
espécies nativas, intercalando espécies produtivas, exóticas e formando a extensão 
do corredor, ajuda a promover a biodiversidade e a estabilidade do ecossistema. 
O diagnóstico e a compilação de dados coletados, além doarmazenamento 
adequado dessas informações, são essenciais para caracterizar o plano de manejo e 
acompanhar a biodiversidade ao longo do tempo. Essas ações permitem aprimorar as 
técnicas de preservação, considerando tanto os agentes bióticos quanto os abióticos, 
e identificar espécies endêmicas ou ameaçadas de extinção, reforçando a importância 
de um planejamento bem estruturado. Ter um plano de manejo que observe a área, 
suas zonas de amortecimento e corredores ecológicos, incluindo medidas para 
promover a integração econômica e social das comunidades vizinhas, é fundamental 
para garantir a sustentabilidade social e ambiental. 
Objetivo do plano 
Estabelecer normas específicas regulamentando a ocupação e o uso dos 
recursos da Zona de amortecimento e dos Corredores Ecológicos, visando a proteção 
da Unidade de Conservação da (APP) do EAD, promover a integração 
socioeconômica das comunidades do entorno com a Unidade de Conservação e a 
app do EAD, fortalecer a proteção da das unidades envolvidas estimular as atividades 
de pesquisa científica e o monitoramento ambiental da área da Unidade de 
Conservação e da app de forma a subsidiar a atualização do seu manejo. 
Diagnostico da área 
Implementação das mudas um viveiro de muda formado na UC, em parceira 
com EAD. Consoante um estudo realizado no local para caracterização 
biodiversidade, crescente devido à regeneração natural de sua vegetação nativa, que 
 
proteger a biodiversidade local, especialmente os remanescentes de Mata Atlântica e 
Cerrado que originalmente pertencente ao bioma da Mata Atlântica que abriga 
a Floresta Ombrófila Densa Montana onde atualmente, a maior parte da sua área é 
um refúgio para diversas espécies de flora e fauna, incluindo plantas nativas como 
cedro-rosa, copaíba e palmeiras, além de animais. Os remanescentes de mata nativa 
estão situados ao longo nascentes e córregos, contribuindo para a formação de 
importantes cursos d'água que abastecem a região, atributo a diagnóstico do meio 
físico, no clima são abordados os atributos de temperatura, umidade relativa do ar, 
precipitação, qualidade do ar, variações sazonais e diárias, entre outros. Já na 
hidrologia os aspectos avaliados são as redes hidrográficas superficiais e a 
quantidade, além da qualidade dessas águas. 
O solo apresenta características diversificadas devido à sua localização e 
histórico de uso. Predomina a vegetação em diferentes estágios de sucessão 
ecológica, com áreas de mata atlântica em estágio médio a avançado, além de áreas 
de campo antrópico, indicando influência humana que podem variar de acordo com a 
geologia local e a topografia. É importante considerar que a cobertura vegetal e o 
histórico de uso do solo influenciam a composição e fertilidade do solo estudo 
detalhado do solo é crucial para o manejo e conservação e a compreensão das 
características do solo auxilia na implementação de ações de recuperação de áreas 
degradadas, controle de erosão e prevenção de impactos negativos sobre a 
vegetação e a fauna local. 
A floresta do Parque Natural Municipal Augusto Ruschi, em São José dos 
Campos, pertence à bacia hidrográfica do rio Paraíba do Sul é utilizado principalmente 
para a conservação da biodiversidade, a pesquisa científica, a educação ambiental e 
o lazer. Ele serve como um espaço para proteger a flora e a fauna da Mata Atlântica, 
promovendo a preservação dos recursos naturais da região. Além disso, o parque é 
um local ideal para atividades educativas, caminhadas, observação de aves e contato 
com a natureza, ajudando a sensibilizar a comunidade sobre a importância da 
conservação ambiental. 
Também se identifica as origens dessas ameaças, identifica-se aquelas 
espécies que existam no passado e se analisa há quanto tempo essas espécies não 
são mais avistadas, além de estimar ou detectar o seu reaparecimento, caso não 
estejam extintas. A região possui extensas áreas de produção agrícola, que alteram a 
paisagem e diminuem habitats. Relacionado essas áreas ao meio químico, para a 
unidade de conservação as áreas vizinhas e zoneadas são fundamentalmente 
 
importantes para a questão química, pois essas áreas agrícolas utilizam agrotóxicos 
e adubação química do solo que podem atingir as áreas de preservação a app e o 
corredor desta forma, é o diagnóstico químico, com coleta de amostras da água e do 
solo, que pode detectar as quantidades que estão presentes e, então, indicar o 
monitoramento. 
Assim, a fauna fica restrita às áreas de preservação permanente, reservas 
legais e bosques urbanos. A manutenção de espaços para reintrodução de animais é 
fundamental para a região leste paulista – a bacia do rio Paraíba do Sul possui da 
maior parte da área do que é classificada como vegetação em estágio médio a 
avançado (40,74%), seguida por vegetação em estágio médio (39,32%) e, em menor 
proporção, vegetação em estágio inicial (16,23%). 
O diagnóstico do meio antrópico das unidades de conservação deve ser o mais 
completo possível, pois é através deste que será possível cruzar informações com os 
dados levantados nos outros componentes: biótico e físico. Diagnostico social, 
registrar as manifestações culturais e os usos tradicionais da flora e da fauna 
silvestres, que tenham algum significado para a caracterização das comunidades da 
região é fundamental. 
O monitoramento também faz parte da etapa de reunião dos dados, apesar de 
ser uma etapa posterior, mas de grande importância. Ela se diferencia de um simples 
acompanhamento, pois além de documentar sistematicamente o processo de 
implantação do plano de manejo para a unidade, identifica os desvios na execução 
das atividades propostas, fornecendo as ferramentas para a avaliação. 
Os diagnósticos temporais e espaciais e a avaliação da qualidade dos recursos 
hídricos podem ser realizados pela análise dos resultados obtidos das amostras com 
relação comparativa aos padrões de qualidade estabelecidos por resoluções, como a 
Conama nº 357/2005 (BRASIL, 2005), utilizada para comparar o nível de qualidade 
das águas brasileiras para as diversas classes de usos. Já para o solo, a legislação 
aplicada é a Conama nº 420/2009, que dispõe sobre critérios e valores orientadores 
de qualidade do solo quanto à presença de substâncias químicas e estabelece 
diretrizes para o gerenciamento ambiental de áreas contaminadas por essas 
substâncias em decorrência de atividades antrópicas. 
Devido a extensas áreas de produção agrícola, relacionado essas áreas ao 
meio químico, para a unidade de conservação as áreas vizinhas e zoneadas são 
fundamentalmente importantes para a questão química pois essas áreas agrícolas 
utilizam agrotóxicos e adubação química do solo que podem atingir as áreas de 
 
preservação a app e o corredor desta forma, é o diagnóstico químico, com coleta de 
amostras da água e do solo, que pode detectar as quantidades que estão presentes 
e, então, indicar o monitoramento. 
Monitoramento através de pesquisa de campo, as espécies vegetais são 
reconhecidas também através de pesquisas de campo, as quais possibilitam a 
caracterização das principais formações vegetais da unidade de conservação e sua 
distribuição, abordando também as espécies mais representativas de cada formação, 
as espécies ameaçadas de extinção, as raras, os bioindicadores, as endêmicas, as 
de importância econômica, as invasoras, bem como o reaparecimento de espécies e 
também as que são novas. 
 
Referências 
BRASIL, https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/1990-1994/d750.htm 
BRASIL, https://www.planalto .gov.br/ccivil_03/leis/l9985.htm 
BRASIL, https://www.planalto.gov.br/ /ccivil_03/decreto/2002/d4340.htm 
BRASIL, https://www.planalto.gov.br/ ccivil_03/_ato2011-2014/2012/lei/l12651.htm 
CONAMA,https://www.suape.pe.gov.br/pt/publicacoes/245-resolucao/1344-resolucao-conama-n-
357-2005?layout=publicacoes. 
CONAMA, https://www.gov.br/ibama/pt-br/assuntos/quimicos-e-biologicos/áreascontaminadas.

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