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NOME DO PROFESSOR | TURMA CENTRO UNIVERSITÁRIO LEONARDO DA VINCI – UNIASSELVI CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM ESTÁGIO SUPERVISIONADO II ESTUDO DE CASO: Processo de enfermagem em um paciente com necessidade de cuidados intensivos decorrente de abdome obstrutivo por aderências. Vitor Hugo Moreira Autor Prof. Enfª. Carla Cristina dos Santos Borges Orientador (a) Blumenau/SC 2025 INTRODUÇÃO Obstrução intestinal é a interrupção da passagem do conteúdo intestinal (causas mecânicas ou funcionais); Aderências pós-operatórias: principais responsáveis (60–75% dos casos). Tratamento inclui: suporte clínico e, se necessário, abordagem cirúrgica; Necessidade de cuidados intensivos no pós-operatório; Apresentar o processo de enfermagem aplicado a um paciente com abdome obstrutivo por aderências internado na UTI. OBJETIVO METODOLOGIA Estudo de caso realizado no estágio supervisionado na UTI; Aplicação do Processo de Enfermagem conforme resolução COFEN 736/2024; Etapas do processo de enfermagem: Avaliação, Diagnóstico, Planejamento de enfermagem, Implementação e evolução de enfermagem; Coleta de dados foi realizado beira-leito e através do prontuário eletrônico; Diagnósticos de enfermagem baseados na NANDA-I 2024–2026.; Etapa de planejamento foi realizado como caráter sugestivo; Etapas de Implementação e evolução de enfermagem não foi possível realizar devido limitação temporal. RELATO DE CASO Paciente: Jovem adulto, masculino, com déficit cognitivo. Histórico: Déficit cognitivo, cirurgia abdominal prévia devido obstrução intestinal, realizado colostomia (posteriormente revertida). Quadro clínico: Dor abdominal intensa, distensão, sinais de peritonite. Diagnóstico por imagem: Fecalização do intestino delgado; distensão gástrica e intestinal. Conduta cirúrgica: Laparotomia exploratória, liberação de aderências, colectomia parcial e colostomia terminal. Pós-operatório: Transferência para UTI. AVALIAÇÃO DE ENFERMAGEM História da Saúde pregressa: Déficit cognitivo; Cirurgia previa devido obstrução intestinal com ressecção de intestino e colostomia, posteriormente reconstruído trânsito. Sem evidencias de alergia. • Aspectos culturais/Religioso: Família Testemunhas de Jeová, recusa transfusão. EXAME FÍSICO (Resumido) Neurológico: RASS -3, sedado, pupilas isocóricas e fotoreagentes. Respiratório: Expansão pulmonar simétrica, VM em traqueostomia, SpO₂ 95%, FR 21, ausculta pulmonar murmúrios vesiculares presentes. Cardiovascular: FC 77, pulsos cheios e rítmicos, ausculta cardíaca bulhas normofóneticas em 2 tempos, CVC em VJD, Uso de noradrenalina, PA 111x83 mmHg. Digestório: Dieta via SNE, Abdome globoso, RHA +, colostomia funcionante. Tegumentar: Lesões em membros superiores/inferiores, ferida operatória com dreno. Outros: Diurese presente em fralda, sem edemas periféricos. DIAGNÓSTICO DE ENFERMAGEM Diagnóstico de enfermagem Relação/evidências Risco de infecção Cateter Venoso, ferida operatória, dreno, traqueostomia Recuperação cirúrgica prejudicada Tempo prolongado de internação hospitalar. Integridade da pele prejudicada Ferida operatória, lesão em MSE e MIE. Débito cardíaco diminuído Pressão arterial sustentada por uso de drogas vasoativas. Risco de queda Mobilidade prejudicada, internação em UTI. Risco de lesão por pressão Mobilidade prejudicada, diurese em fralda. PLANEJAMENTO DE ENFERMAGEM Intervenção Monitorar e registrar sinais vitais - 2/2h Mudança de decúbito - 2/2h Trocar Curativo de Acesso vascular (CVC). Higiene oral – 6/6h Monitorar padrão neurológico - 2/2h Aspiração traqueal Monitorar perfusão periférica - 2/2h Esvaziar Bolsa de colostomia Monitorar balanço hídrico - 6/6h Esvaziar e mensurar dreno Hidratação cutânea 6/6h Cuidados com drogas vasoativas Realizar curativo FO – 1 vez ao dia Manter grades elevadas Banho no leito – 1 vez ao dia O caso evidencia a importância do Processo de Enfermagem na condução de cuidados a pacientes críticos; Intervenções baseadas em evidências, escalas e diagnóstico permitem uma assistência mais segura e eficaz; A experiência contribuiu para o fortalecimento das competências clínicas e do raciocínio crítico na prática profissional; CONSIDERAÇÕES FINAIS COFEN. RESOLUÇÃO COFEN Nº 736 DE 17 DE JANEIRO DE 2024. Conselho Federal de Enfermagem, jan 2024. Disponível em: https://www.cofen.gov.br/resolucao-cofen-no-736-de-17-de-janeiro-de-2024/ Acesso em 02 de abril de 2025. Diagnósticos de enfermagem da NANDA-I. Definições e classificação 2024-2026. 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