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o gene SRY está
presente somente no
cromossomo Y
Determinação e diferenciação sexual
O sexo
O sexo é dividido em 5 extratos e não somente o gonadal:
1) sexo genotípico: ou cromossomal (XX ou XY, no caso dos mamíferos)
2) sexo gonadal: relativo às gônadas sexuais (ovários e testículos
3) sexo fenotípico: características femininas e masculinas
4) sexo cerebral
5) sexo comportamental
Determinação sexual
mecanismo que determina o destino da gônada bipotencial
cromossômica -> gonadal -> fenotípica
como ocorre:
células germinativas primordiais presentes no saco vitelino, por volta de 5 semanas
de gestação, se depositam na crista urogenital
como são células pluripotentes podem dar origem a todos os tipos de células,
inclusive aos gametas femininos e masculinos
na presença ou ausência do gene SRY, essas células são induzidas a se diferenciarem
em células germinativas, de suporte e secretoras
os genes associados ao cromossomo Y que se expressão devido a presença do
gene SRY bloqueiam a expressão dos genes do cromossomo X
esse bloqueio apenas é possível, pois os genes do cromossomo Y se expressam
cerca de 1-2 semanas antes dos do X
NO MACHO:
gene SRY
fator de
desenvolvimento
testicular (TDF)
diferenciação das
gônadas em testículos
células de 
Leydig
células de
Sertoli
hormônio anti-
mulleriano (AMH)
involução do ducto
paramesonéfrico (Muller)
testosterona
evolução do ducto
mesonéfrico (Wolff)
1) próstata
2) escroto
3) pênis
DHT (metabólito da
testosterona -> di-
hidrotestosterona)
EXAME DE SEXAGEM FETAL:
com base na posição do tubérculo genital é possível saber se o feto é macho ou fêmea
aos 60 dias, uma vez que este dá origem à glande do pênis (entre o umbigo e os
membros pélvicos) ou ao clitóris (entre os membros pélvicos e a cauda)
GENITÁLIA EXTERNA:
na presença de DHT ocorre o fechamento da membrana cloacal, gerando a ‘’costura’’ no
pênis e no escroto -> rafe peniana
o não fechamento da rafe peniana é chamado de hipospadia
Sexo cerebral
ao falar de sexo cerebral, nos referimos ao hipotálamo principalmente que será o
responsável pela secreção de vários hormônios, consequentemente o comportamento
sexual do animal também é influenciado
a diferenciação ocorre pela influência do estrógeno:
na fêmea:
altas concentrações de estrógeno se ligam a alfa-fetoproteína (produzida no
fígado) -> alta afinidade
formação de uma molécula grande que não atravessa a barreira
hematoencefálica
portanto, o estrógeno não influencia o hipotálamo nas fêmeas
no macho:
possuem pouco estrógeno, porém, muita testosterona, a qual não se liga à alfa-
fetoproteína
a testosterona atravessa a barreira hematoencefálica e é convertida pela
aromatase em estrógeno
portanto, o estrógeno influencia o hipotálamo nos machos
Intersexo
indivíduos dotados de dois sexos distintos anatômica e funcionalmente
o tipo mais comum de intersexo é o hermafroditismo, o qual é considerado uma
patologia
classificados com base na anatomia do intersexo: hermafrodita verdadeiro ou
pseudohermafrodita macho/fêmea
ocorre devido a alterações na diferenciação sexual que pode ocorrer em qualquer fase
da diferenciação das gônadas, do sistema de ductos e do seio urogenital
intersexos de origem cromossômica: aberrações cromossômicas numerárias
intersexos gonadais: não relacionados a aberrações cromossômicas
intersexos fenotípicos: anomalias no desenvolvimento da genitália
no entanto, o hermafroditismo também pode ser hereditário, oriundo de um gene
autossômico recessivo:
suínos: 0,2 a 5% das leitegadas possuem hermafrodita verdadeiro
caprinos: 7,1% das progênies envolvendo característica mocha são pseudo-
hermafroditas
equinos > cães > bovinos* > raro em felinos
HERMAFRODITISMO VERDADEIRO:
consiste no indivíduos com gônadas e órgãos genitais internos de ambos os sexos
(anomalia do sexo gonadal)
ovário, testículo e ovotestis
há ambiguidade genital externa, porém, quase sempre características femininas -> vulva
rudimentar e clitóris hipertrofiado
+ frequente em caprinos e suínos
PSEUDO-HERMAFRODITA
apresenta uma das duas gônadas com características sexuais secundárias e genitália
externa do sexo oposto
pseudo-hermafrodita macho é mais comum:
translocação do gene SRY -> indivíduo XX com desenvolvimento testicular
pseudo-hermafrodita fêmea é raro -> associado a hiperplasia adrenal congênita
FREEMARTINISMO:
ocorre em gestação gemelar com presença de uma feto macho e um fêmea em bovinos,
onde há anastomose dos vasos coriônicos (precoce em bovinos - 69 dias) e,
consequentemente, há comunicação entre os fetos 
os hormônios do macho influenciam a fêmea, já que a diferenciação sexual é anterior
as fêmeas freemartin apresentam uma série de alterações genitais como:
vagina curta (1/3 do tamanho normal - 5-10cm)
vulva subdesenvolvida/infantil com tufos de pelos na comissura ventral
hipertrofia de clitóris
gônadas indiferenciadas ou ovotestis
tuba uterina ausente ou semelhante ao epidídimo
ausência de cérvix
útero subdesenvolvido
presença de glândulas vesiculares rudimentares (vesícula seminal)
estado geral: masculinização e comportamento típico
pode ocorrer o nascimento de uma fêmea freemartin e não nascer o macho, pois a vaca
pode ter perdido e absorvido o feto
*o vestíbulo da vagina possui epitélio diferente do da vagina e das outras estruturas
APARELHOS REPRODUTIVOS DAS FÊMEAS DE ANIMAIS DOMÉSTICOS
A origem do ligamento largo do útero (ligamento que se liga aos ovários e tuba e corpo do
útero → é nele também que ficam os vasos sanguíneos e os nervos que irrigam e inervam o
útero) é responsável pelo posicionamento distinto do útero da vaca e da égua.
A: vaca B: porca C: égua D: cadela
Os ligamentos são quem dão suporte ao trato reprodutivo durante a gestação, o parto, a
involução uterina e a captura do oócito. Existem dois deles:
ligamento largo: realiza a sustentação do ovário, tuba uterina, útero e vagina
mesométrio
mesossalpinge
mesovário
ligamento próprio do ovário ou ligamento útero-ovariano
Anatomia funcional da fêmea
A anatomia funcional da fêmea pode ser dividida em: clitóris, vulva, vestíbulo (área de
transição), vagina, útero (cérvix, corpo, 2 cornos uterinos), 2 tubas uterinas e 2 ovários.
Ovários
É a gônada feminina que age de maneira exócrina (oócito) e endócrina (produção e secreção
de E2 e P4). Posicionado na cavidade abdominal ou pélvica, os ovários estão caudais aos
rins, na região dorsal da cavidade. 
Pode possuir múltiplas formas:
multíparas: vários folículos, vários corpos lúteos (cacho de uva)
entre a vagina e o vestíbulo há
a membrana vaginal (hímen)
que pode romper após a
cópula ou permanecer
porca, cadela e gata → completamente (cadela) ou parcialmente (gata) oculto pela
bolsa/bursa ovariana
uníparas: apenas um folículo dominante (ovoide)
vaca, ovelha e égua (formato riniforme devido à fossa ovulatória → a córtex do ovário
da égua, onde crescem os folículos, fica na porção mais interna → cortical e medular
invertidas)
A: porca B: vaca (folículo) C: vaca (CL) D: égua
oócito imaturo (oriundo de células
germinativas primordiais) envolto
por única camada de células
epiteliais achatadas
FOLÍCULO PRIMÁRIO:
oócito circundado por células
cuboides ou colunares 
prece o aparecimento do antro
folicular
formação da zona pelúcida
FOLÍCULO SECUNDÁRIO:
oócito I em crescimento, circundado 
por epitélio estratificado
desenvolvimento da camada da
teca
FOLÍCULO TERCIÁRIO (ou de Graaf):
folículo em seu tamanho máximo
possui uma cavidade central
chamada antrum preenchida com
____
HISTOLOGIA:
envolto por epitélio superficial e túnica albugínea
córtex:
região externa
tecido predominante
estruturas funcionais como folículos, corpo lúteo, corpo
hemorrágico
estruturas vestigiais como corpus albicans e corpus fibrosum
medula:
região interna → tecido conjuntivo fibroeslástico
vasos linfáticos e sanguíneos e nevos
FOLÍCULO PRIMORDIAL:
líquido folicular
teca → 2 camadas: interna (produção de esteroides) e externa (estrutura fibrosa)
zona pelúcida
O crescimento folicular ocorre sob influência das alteraçõesZelândia → proibido o uso
de estradiol
uso de GnRH e prostaglandina:
D0 → aplicação de GnRH para indução de ovulação (24-48hrs)
D7 → aplicação de PGF2-alfa para indução de luteólise
D9 → aplicação de GnRH para indução e sincronização da ovulação
D9 + 16hrs → IA
dispositivo P4:
D0 → associação de P4 e E2
indução de atresia folicular → a progesterona deixa o animal em diestro,
permitindo que quando todos os dispositivos de P4 forem retirados, todos
sincronizarão em tempos próximos
sincronização da emergência folicular
D6 - 9 → retirada do dispositivo + PGF2α + eCG + CE
luteólise
crescimento folicular 
> fol dom = >CL = > P4
indução da ovulação
Dx + 48h → IA 
4 dias Dia 0 15 dias
D11
PGF2-alfa
variadas adaptações aos protocolos
eficiência da IATF é variável (35 a 60%), pois depende:
condição corporal
idade e paridade
precocidade sexual
dias pós-parto
produção leite dia
fertilidade do macho 
ambiente e conforto térmico
manejo sanitário e nutricional
PROTOCOLO DE RESSINCRONIZAÇÃO:
redução do intervalo entre inseminações
aceleração da concepção pós parto
redução do intervalo entre partos
melhoria da eficiência reprodutiva
IN VIVO:
fêmea doadora + inseminação artificial = coleta do embrião (apenas um embrião é
coletado) → transferido para uma fêmea receptora que deve passar por protocolo para a
preparação do útero
as fêmeas doadoras podem passar por um protocolo de superovulação (mais de um
embrião coletado), onde diversos folículos passam pela inseminação artificial, ou seja,
vários embriões, várias receptoras ou congelamento
a propriedade deve possuir várias receptoras para passar por protocolo hormonal
cerca de apenas ⅓ das receptoras irão responder ao protocolo hormonal, por isso,
ao realizar SOV deve-se, no mínimo, 3x o n° de embriões em doadoras
IN VITRO:
geração acontece fora da vaca
também chamado de PIVE → produção de embriões in vitro
dentro da PIVE, há a FIV (fertilização in vitro), ICSI (injeção intracitoplasmática de sptz)
e clonagem (também chamada de transferência de núcleo de embriões), sendo que a
FIV é a técnica mais utilizada
fertilização in vitro:
coleta de oócitos (aspiração folicular)
maturação ‘’in vitro’’ do oócito
fertilização do oócito
cultivo embrionário (acompanhamento do embrião para ver se está desenvolvendo)
congelamento do embrião (estado de mórula)
inovulação do embrião (transferir o embrião para a receptora)
Produção de Embriões
Origem do embrião
A inseminação artificial é uma biotécnica que visa a multiplicação da genética do macho,
sendo que um ejaculado serve para várias fêmeas. Já na produção de embriões, a genética
da fêmea é a maximizada.
A TE é uma biotécnica que permite recolher embriões de uma fêmea doadora e transferi-los
para fêmeas receptoras com a finalidade de completarem o período de gestação. 
Comercialmente, a PIVE é utilizada em bovinos e equinos, pois é mais rentável.
VANTAGENS:
aumento do número de descendentes produzidos/fêmea
aceleração e maior precisão no processo de seleção animal
obtenção de descendentes de fêmeas com distúrbios reprodutivos adquiridos
redução do descarte precoce de fêmeas importantes
técnica base para implementação de biotécnicas mais avançadas
ESTRUTURA:
curral em boas condições
laboratório para manipulação dos embriões
tronco de contenção
disponibilidade de funcionários
Transferência de embriões
manejo sanitário adequado
brucelose e tuberculose
vacinação
ecto/endoparasitas
ETAPAS PARA EXECUÇÃO DA TRANSFERÊNCIA DE EMBRIÕES:
seleção zootécnica das doadoras
avaliação clínica e ginecológica das doadoras e receptoras
superovulação das doadoras
sincronização das receptoras
inseminação das doadoras
colheita e avaliação de embriões
criopreservação de embriões
inovulação do embrião
SELEÇÃO E MANEJO DA DOADORA:
pedigree com boas linhagens
premiação e mérito próprios ou de sua linhagem
produção (carne ou leite)
mérito de seus descendentes
fenótipo
escore de condição corporal 3 (1-5)
exame ginecológico:
animal ‘’vazio’’
pós parto > 45 dias
ausência de infecções
histórico de problemas reprodutivos
SUPEROVULAÇÃO:
o objetivo é promover a ovulação de múltiplos oócitos para fecundação para maior
eficiência econômica da técnica
ocorre em decorrência da aplicação de gonadotrofinas (FSH e análogos) no momento
anterior à divergência folicular 
antes da dominância, pois, se esse evento ocorrer, os outros folículos entrarão em
atresia
um dos empecilhos da técnica é que há variação da resposta ao tratamento, sendo as
raças zebuínas mais sensíveis ao FSH, ou seja, doses menores são necessárias
protocolo de SOV:
hormônios de escolha:
FSH (origem suína) ou eCG:
o eCG é produzido no cálice endometrial na égua
durante a gestação da égua, o eCG faz a luteinização de folículos,
transformando-os em CL acessório → mais P4 para manter a gestação no
início até a placenta assumir a produção de P4
na vaca o eCG atua nos receptores de FSH
GnRH:
meia dose (papel de FSH) para crescimento folicular (dose cheia é indutor de
ovulação → papel de LH)
*na égua, a superovulação não funciona, pois a fossa ovulatória permite que apenas 1 folículo seja ovulado de cada
vez → a presença do corpo hemorrágico no local de saída vai impedindo a saída dos outros 
**pode até tentar, mas no máximo 3 a 4 ovócitos, enquanto na vaca são de 30 a 40
quatro dias é a quantidade de tempo que ele precisa para atingir o tamanho
de 10 mm, que é o tamanho da divergência folicular
aplicação de PGF2-alfa nos últimos 2 dias
dessa maneira o CL é lisado (do folículo do cio), P4 cai e os folículos voltam a
serem sensíveis e voltam a crescer
2 dias de IA
coleta dos embriões entre 6 a 8 dias depois da IA
*com o protocolo de IATF, todas as vacas ficam sincronizadas e antes mesmo de retirar o
dispositivo de P4, já se inicia a aplicação de FSH (dia 5) e segue-se com o protocolo normal
de SOV
COLHEITA DE EMBRIÕES:
na vaca é necessário anestesia (epidural baixa), na égua não → anéis cartilaginosos!!!
lavagem uterina com meio DPBS (3, no mínimo por corno)
vaca: 10 mL por corno por lavado
égua: 1L ringer lactato por lavado
transposição de cérvix com sonda de Foley (16 a 22) entre D6-7
utilização de uma mandril para guiar a sonda
posicionamento da sonda em 1 corno uterino → enchimento do cuff que bloqueia a
saída do útero, para que o embrião não escapa
lavagem pelo menos 3x
etapas:
contenção da doadora em tronco de contenção
higienização da região perineal da doadora
aplicação de anestesia epidural baixa (lidocaína 2%)
transposição cervical com mandril/sonda de Foley
ancoragem da sonda (inflação do balonete)
perfusão uterina com meio DPBS aquecido
conexão de equipo, sonda e filtro coletor
infusão, massagem e retirada do meio pelo filtro coletor
9 a 12 dias depois do cio, inicia-se a SOV
para pegar a 2° onda folicular
2 injeções de FSH (BID) por 4 dias
ao longo dos dias as doses de FSH
decrescem, simulando o que
acontece realmente
normalmente os folículos são
sensíveis a FSH, ou seja, não é
necessária dose total já que são
sensíveis
RASTREAMENTO E CLASSIFICAÇÃO DO EMBRIÃO:
identificação do estágio do embrião → mórula, blastocisto, etc
identificação e determinação da qualidade das estruturas:
reflete a viabilidade do embrião
essa parte é bem subjetiva, pois é visual
diferenciar oócitos não fertilizados
identificar anormalidades morfológicas
ESTÁGIO DE DESENVOLVIMENTO SEGUNDO A IETS:
geralmente a coleta dos embriões é feita durante a fase de mórula, mas podem ser
coletados em outras fases também
QUALIDADE MORFOLÓGICA SEGUNDO A IETS:
a escolha de embriões é baseada nas suas características morfológicas e, aqueles
escolhidos devem ser os com código IETS iguais a 1 ou 2, em casos extremos, nunca 3, 4
ou 5
LAVAGEM E PURIFICAÇÃO DOS EMBRIÕES:
desinfecção dos embriões → redução da veiculação de doença
recomendação da IETS, incorporada pela Organização Internacional das Epizootias
procedimento (embriões bovinos):
10 lavagens sucessivas em meio de manutenção estéril
exposição do embrião à solução de tripsina 0,25% por 60 a 90'’ → na última gotapara
matar contaminantes virais
Processamento de embriões
A PIVE é uma biotécnica que envolve a coleta de oócitos imaturos presentes nos folículos
ovarianos, a maturação in vitro, a fecundação in vitro, e o cultivo embrionário in vitro. Nesse
processo, as estruturas são mantidas em ambiente artificial, utilizando-se meios de cultivos
específicos e dentro de incubudoras com controle de temperatura, de umidade e de gases.
OBTENÇÃO DE OÓCITOS:
ao aspirar o folículo, vem o líquido folicular que preenche o antro e o complexo cumulus
oophurus (COC)
a aspiração pode ser feita de duas maneiras:
ovários de abatedouro → somente para pesquisa
agulha e seringa
aspiração de folículos de 3 a 8 mm
possibilidade de fatiamento (slicing)
Produção in vitro de embriões (PIVE)
nem todos os oócitos coletados estão aptos também, por isso, deve-se fazer uma avaliação deles observando se há
células da granulosa, se elas estão em várias camadas (4 ou +), se essas camadas estão compactadas
tudo isso precisa ser avaliado, afinal são as células da granulosa as responsáveis pelo aporte nutricional do oócito
ovários de doadoras (in vivo)
por meio de ultrassonografia transvaginal (Ovum pick-up)
permite coletas seriadas quinzenalmente ou até bisemanal
ampla faixa etária de doadoras e condições reprodutivas
há a possibilidade de uso de protocolos hormonais para sincronização das ondas
foliculares
eliminação da dominância folicular
queremos folículos antes da dominância, pois se houver um folículo
dominante que seja, os subordinados já estão em atresia
folículos de 2 a 8 mm
MATURAÇÃO IN VITRO (MIV):
os oócitos são coletados em prófase II (diplóteno) e, portanto, ainda devem maturar para
chegar à fase de metáfase
usa-se um meio de maturação para realizar a sincronização entre maturação nuclear e
citoplasmática por meio da inibição de fatores inibidores nucleares
FSH, LH (pp, pois é ele o responsável pela maturação oocitária), EGF, IGF-I
o meio é suplementado com aminoácidos, vitaminas e AO’s
atmosfera gasosa de 5% CO2, umidade saturada
dura cerca de 22-24h a 38,5°C
Em A, os oócitos estão bons e
necessitam passar pela maturação.
Em B, se passaram 24 hrs e houve
expansão das camadas das células
da granulosa, o que indica que houve
maturação.
FECUNDAÇÃO IN VITRO (FIV):
trata-se da co-incubação de oócitos maturados com espermatozoides capacitados (deve
ser feita uma capacitação espermática que será vista em Reprodução II)
meio de fecundação:
penicilina, hipotaurina e epinefrina (PHE)
0,5 a 2 x 10 sptz/mL → 2 milhões de espermatozoides por mL6
100 complexos cumulus-oophurus (COC)
gotas de 100 uL
colocar mais sptz ou menos COC é aumentar a chance de poliploidia (embrião não
desenvolve)
atmosfera gasosa 5% CO2
umidade saturada
8 a 22hrs a 38,5°C
CULTIVO IN VITRO EMBRIONÁRIO:
transferência das estruturas para o meio de cultivo
depois de 2 dias apenas é possível ver se houve ou não fertilização, observando as
primeiras clivagens
incubação por 7 dias
dentro das primeiras 48 hrs há a remoção dos COC’s
É o processo de preservação celular a temperaturas extremamente baixas (-196°C), visando
a manutenção da sua viabilidade a longo prazo. O congelamento suspende o metabolismo
celular com manutenção da integridade estrutural embrionária. Associa-se curvas de
redução de temperatura com o uso de substâncias crioprotetoras (meios específicos com
substâncias que protegem do frio, reduzindo a produção de gelo dentro do embrião e a
instabilidade da membrana celular).
VANTAGENS:
otimização do uso de receptoras
formação de bancos de embriões
viabilização de comércio internacional
CRIOPROTETORES:
são substâncias que viabilizam a sobrevivência celular em processos de congelamento e
descongelamento, reduzindo a formação de cristais de gelo, preservando a integridade
das membranas celulares e possibilitando a osmose, o que ‘’desidrata’’ o embrião
intracelulares (permeáveis):
estabilizam a membrana por dentro e se ligam às moléculas de H20, reduzindo os
cristais de gelo
glicerol
dimetilsulfóxido (DMSO)
etilenoglicol
propanediol
metilformamida
dimetilformamida
extracelulares (impermeáveis):
formação de blastocistos
classificação dos embriões
SÍNDROME DO BEZERRO GRANDE:
o zigoto in vivo ainda depende do oócito materno, de sua maquinaria celular, e é ela e as
condições do útero que comandam as clivagens e montagens de células
há evidência que bezerros e cordeiros FIV não tem essa seleção/condições, uma vez que
são feitos em laboratório, resultando na síndrome do bezerro grande
na FIV, tenta-se mimetizar as condições uterinas e afins, mas nem sempre dá certo:
PIVE
co-cultura com células somáticas
suplementação com soro fetal bovino
suplementação com albumina sérica bovina (BSA)
altos níveis de nitrogênio na dieta materna
altos níveis de progesterona no desenvolvimento embrionário inicial
assincronia com o ambiente uterino
os bezerros nascem grandes, pode haver distocia no parto e retenção de placenta
Criopreservação de embriões
estabilidade da membrana e
aumentam a pressão osmótica
sacarose
rafinose
lactose
trealose
polivinilpirrolidona (PVP)
albumina sérica bovina (BSA)
CONGELAMENTO:
armazenamento a -196°C mediante curva lenta de redução de temperatura
primeiro uma curva de refrigeração, para só depois ir para o nitrogênio
minimiza a formação de cristais de gelo
menores concentrações de crioprotetor IC (5-10%)
os crioprotetores protegem, mas são tóxicos, então não deixar tanto tempo exposto
glicerol, etilenoglicol
descongelação lenta
reidratação e remoção de crioprotetor?
VITRIFICAÇÃO:
tanto a vitrificação quanto o congelamento tem resultados iguais, mas a técnica da
vitrificação é mais complexa e demanda muito equipamento, já a congelação é bem mais
simples, porém, demorado
congelação ultrarrápida
imersão direta em nitrogênio líquido
altas concentrações de crioprotetor IC (10-50%)
essa técnica não é muito utilizada, pois se não for feito muito rápido acaba matando
o embrião
DMSO, polietilenoglicol, glicerol
armazenamento em estado vítreo (parece um gel, mas mais viscoso)
sem formação de cristais de gelo
É a técnica pela qual o embrião obtido (in vivo ou in vitro) é transferido para o útero receptor.
É necessária a seleção adequada da receptora e a sincronização entre o estágio de
desenvolvimento embrionário e momento do ciclo da receptora.
A RECEPTORA:
é um dos principais gargalos em programas de transferência de embriões
há um custo de aquisição + manutenção
manejo sanitário e nutricional
sanidade geral
integridade anatômica e funcional da genitália
boa condição corporal
regularidade de ciclos estrais
adequadas condições de manejo
tamanho adequado ao esperado do embrião
histórico reprodutivo:
uso de novilhas?
animal ciclando ou em anestro?
sincronização D6-8
uso de protocolo ou cio natural
proporção de 3 receptoras para cada embrião
SINCRONIZAÇÃO:
embrião D7 → útero D6 a D8
Inovulação
cio natural - uso em fazendas especializadas (centrais de receptoras)
sincronização com PGF2-alfa - risco de dispersão de cios
sincronização com TETF - princípios básicos do IATF
Biotécnicas avançadas da reprodução
Apesar da produção in vitro de embriões (FIV) ser o mais prático e avançado para a espécie
bacima há espécies nas quais a FIV não é realizada, como por exemplo na égua uma vez que
o folículo se adere muito à parede, não sendo possível aspirá-lo. Para retirá-lo seria
necessária realizar a escarificação da parede interna do ovário. Atualmente, a técnica de
"scramb" é utilizada, na qual conchas/curetas/escarificadores "raspam" a parede do folículo.
Outro problema está relacionada à capacitação espermática dos espermatozóides equinos
que é de difícil realização.
retira-se um oócito de uma fêmea doadora e transfere para a tuba uterina de uma
fêmea receptora 
uma doadora produz vários oócitos para várias receptoras 
as receptoras vão ser aspiradas também se forem cíclicas, uma vez que para serem
inseminadas precisam estar no cio, ou seja, elas tem folículo pré-ovulatório 
se inseminar essa fêmea, ela pode emprenhardo oócito dela ou da doadora, por
isso o oócito da receptora deve ser aspirado
a receptora produz um CL e o oócito da doadora é transferido → as duas fêmeas
(receptora e doadora) precisam estar sincronizadas 
a receptora será inseminada com o sêmen desejado → fertilização in vitro
pode usar fêmea acíclica em anestro sazonal?
sim, mas apenas se as condições uterinas forem mimetizadas por meio de protocolo
hormonal (E2, P4, etc)
após isso, faz-se a inseminação dessa receptora 
Transferência de oócitos
também utilizado em humanos
tira-se o oócito da doadora, transfere para a tuba uterina de outra fêmea, coloca-se os
espermatozóides já capacitados também na tuba uterina da receptora 
a transferência de oócitos utilizada em equinos veio como uma adaptação dessa técnica
→ como nos equinos há a problemática da capacitação espermática, essa técnica não
seria eficaz
realização da biotécnica:
aspira-se o oócito da fêmea doadora
seleciona o oócito e coloca em uma pipeta
realiza-se uma laparotomia exploratória na receptora, expõe a tuba uterina e
transfere-se o oócito com uma seringa e pipeta
a inseminação é feita antes da transferência para o oócito chegar à tuba uterina com
o espermatozóide no local
no Brasil, essa técnica não é feita comercialmente
Transferência intra-falopiana de gametas
feita em equinos, humanos e outras espécies
espermatozóide é injetado dentro do oócito por meio de uma agulha 
é utilizada em função da não possibilidade de utilização da FIV em termos comerciais
indicações: 
égua ou garanhão subfértil: animais de produção espermática ruim são candidatos
___
Injeção intracitoplasmática de espermatozóides (ICSI)
invisível para essa técnica, podendo-se otimizar doses e custos 
não é tão eficiente quanto a transferência de embriões 
realização da biotécnica:
faz-se a aspiração da égua doadora com curetagem
folículo é lavado e coletado (de preferência o folículo pré-ovulatório, pois a intenção é
de coletar apenas um oócito para fazer a ICSI com um espermatozoide, mas folículos
pequenos também podem ser coletados, porém, devem antes ser maturados)
faz -se a indução da ovulação -> aspiração depois de 30hrs da indução da ovulação 
oócito deve ser colocado em meio de manutenção (não de maturação)
seleção espermática com uso de percol (meio de densidade que só os
espermatozóides conseguem atravessar)
aqueles que conseguem atravessar são colocados em em uma gota com PVP
(polivinilpirrolidona) que extremamente denso, impossibilitando a movimentação
excessiva
a cauda, com uma agulha é seccionada, e ele é aspirado com a cabeça para fora
com um micromanipulador, o oócito é isolado, desnudado (retirada das células do
cumulus oophorus) e a injeção com o sptz é feita
a eficiência dessa técnica ultrapassa 30 a 40% dos oócitos injetados que darão origem ao
embrião
o embrião da ICSI é tão saudável quanto o embrião in vivo
o embrião é transferido para a receptora (alta taxa de confirmação de embrião -> 60 a
80%)
o potro nasce saudável, não possuindo o problema do gigantismo da FIV
é um indivíduo que possui as mesmas características genéticas de outro indivíduo →
gêmeos univitelinos são clones naturais
a técnica de clonagem se iniciou no Japão quando se percebeu que era possível dividir
um embrião em dois em certo momento da clivagem
é uma técnica muito trabalhosa, cara e de baixa efetividade
a produção de clones só é interessante a partir de indivíduos adultos que se mostraram
muito importantes em termos de produção (ex: campeões olímpicos, vacas de alta
produção)
realização da técnica:
consiste na transferência de núcleos de células somáticas (2n) para o citoplasma de
um oócito
não se pode utilizar qualquer tipo de célula, uma vez que o núcleo direciona a
função
prega-se pela utilização de núcleos de células indiferenciadas (totipotentes ou
pluripotentes) como células mesenquimais ou fibroblastos da derme, retirados
por biópsia
inicia-se pela captação de um oócito de uma fêmea qualquer da mesma espécie e na
sua enucleação, deixando apenas o citoplasma
adição do núcleo de uma célula somática 2n do indivíduo desejado (doador) no
citoplasma desse oócito
núcleo é injetado no espaço perivitelínico do oócito
feita uma despolarização de membranas por meio de descarga elétrica para que
o núcleo da célula somática consiga se diferenciar ao ativar a maquinaria celular
a maquinaria do oócito manda o núcleo se dividir, realizando as clivagens para gerar
o embrião 
Clonagem ou transferência nuclear de células
deixa no meio de cultivo acompanhando até mórula ou blastocisto e depois faz a
transferência
como é uma técnica de baixa efetividade, não se congela o clone, o embrião é transferido
fresco
para animais de produção, compensa o clone, uma vez que a genética é passada, no
entanto, o manejo do animal ‘’clone’’ deve ser o mesmo do que o do animal doador
características fenotípicas, por exemplo, muitas vezes não são atingidas 100%, pois
dependem de outros fatores
ademais, a clonagem não garante os mesmos resultados do animal clonado, pois a
expressão genética depende de diversos fatores
atualmente, a clonagem é muito utilizada para bovinos no Brasil com objetivo de
produção, para outros animais (equinos, cães) é mais voltado para o lado afetivo
é a técnica mais avançada atualmente em termos de biotecnologia da reprodução
baseia-se na modificação dos genes dos indivíduos que serão produzindo, alterando o
genoma, seja ativando ou bloqueando genes
edição gênica de determinados indivíduos para que produza ou iniba características
principais aplicações em termos de produção animal:
produção de leite sem proteína alergênica → silencia o gene
porcos transgênicos com o objetivo de aumentar a similaridade com o coração
humano para realização de transplante 
Transgenia em animaishormonais cíclicas às quais a
fêmea está exposta, de acordo com a fase do ciclo estral.
FOLÍCULO ATRÉSICO:
folículo em qualquer estágio de desenvolvimento em processo de degeneração que
acaba por desaparecer e deixar uma estrutura vestigial, o corpus fibrosum
CORPO HEMORRÁGICO:
estrutura de consistência friável, semelhante a um coágulo que surge no local do folículo
recém ovulado
CORPO LÚTEO:
estrutura de cor amarelada que substitui o corpo hemorrágico, resultante da
proliferação e luteinização de células da teca e da granulosa após a ovulação
CORPO ALBICANS:
estrutura remanescente do corpo lúteo degenerado
Tuba uterina
Também chamada de salpinge ou oviduto, a tuba uterina é uma estrutura tubular flexível
que ‘’liga’’ o ápice do corno uterino ao ovário. Pode ser dividida em 3 porções:
istmo:
região mais estreita da tuba
localizada na porção proximal → liga-se ao lúmen uterino
ovários da égua: 4 a 10 cm
ovários de ruminantes: 2 a 4 cm
ovários de suínos: dimensão ~5 cm
ovários de cadela: 2 cm
ovários de gata: 1 cm
ampola:
maior região da tuba
mais dilatada distalmente
onde ocorre a fecundação
infundíbulo:
abertura próxima ao ovário com formato de funil
responsável por captar o oócito (fímbrias)
HISTOLOGIA:
pregas
células epiteliais ciliadas → batimento ciliar flagelar
abundantes na região de captação do oócito
pulsação ciliar é afetada por hormônios
facilita a remoção de células do cumulus
células epiteliais não ciliadas:
grânulos secretores: variam com a fase do ciclo estral
fluido tubárico: capacitação e hiperativação dos espermatozoides, fecundação,
desenvolvimento embrionário inicial
camada muscular
FUNÇÕES:
captação do oócito 
desnudamento de oócitos
sobrevivência dos gametas
capacitação espermática e reação acrossomal
fecundação e desenvolvimento embrionário inicial
Composto por 2 cornos, 1 corpo e 1 cérvix, o útero tem suas proporções, formatos e
disposição do cornos variando conforme as espécies. 
ÚTERO DIDELFO:
órgão septado ou duplicado → tem 1 vulva, 1 vestíbulo, mas 2 aberturas para as 2
vaginas, 2 cérvix e 2 úteros
comum em marsupiais (gambá, canguru), lagomorfos e alguns roedores
Útero
ÚTERO DUPLEX:
corpo uterino e cérvix duplos
comum em roedores → capivara, cutia, paca, coelha
ÚTERO BICORNUAL:
útero com corpo pequeno e cornos grandes
característico de porca, cadela e gata → fêmeas multíparas
ÚTERO BIPARTIDO:
o útero apresenta um septo que separa os dois cornos uterinos do pequeno corpo
uterino
corpo do útero tem tamanho semelhante ao dos cornos uterinos
é encontrado em vacas e éguas
MEDIDAS (cm) E FORMATO DA CÉRVIX NOS ANIMAIS DOMÉSTICO
cérvix vaca ovelha porca égua
comprimento 8-10 4-10 10 7-8
diâmetro
externo 3-4 2-3 2-3 3,5-4
forma da luz 2-5 anéis vários anéis espiral
dobras na
mucosa
ÚTERO SIMPLEX:
útero de corpo proeminente e cornos uterinos pequenos ou inexistentes
característico de primatas e mulher
ESTRUTURA:
O útero é dividido em 3 camadas ou 3 túnicas:
mucosa → endométrio:
completamente influenciado por E2 e P4
glândulas endometriais:
sofrem variações durante o ciclo estral
produzem fluido → proteínas séricas e uteroespecíficas que realizam o controle
embrionário e a implantação 
muscular → miométrio:
camadas internas (circular) e externa (longitudinal)
atividade afetada por hormônios ovarianos (E2 e P4)
serosa → perimétrio:
continua com o ligamento largo
FUNÇÕES:
transporte e sobrevivência espermática
indução da regressão do corpo lúteo
desenvolvimento do concepto
gestação e parto!
puerpério → involução uterina
É quem separa o útero da vagina (o limpo do sujo), projetando-se caudalmente sobre ela e
formando o fórnix vaginal (saco de fundo cego). É um órgão muscular com ou sem tecido
fibroso com parede espessa e lúmen constrito.
FUNÇÕES:
barreira mecânica → proteção uterina
transporte espermático
reservatório espermático
barreira seletiva aos espermatozoides inviáveis
Cérvix uterina
tampão mucoso → gestação
órgão copulatório
reservatório espermático
canal do parto → tem camada muscular extensa com complascência alta
revestimento por glândulas mucosas → produção de muco
a camada mucosa sofre influência do E2 e cresce durante o ciclo estral
Vagina
possui inclinação de 45° → importante para IA
é a transição entre vagina-vulva
junção vestíbulo vagina → orifício/óstio uretral e hímen vestigial
menor que a vulva (exceção - gatas)
presença de músculo constritor → proteção da vagina
funcionalmente comum aos tratos urinário e reprodutivo
Vestíbulo
VULVA:
influenciada pelo E2 e P4
lábios vulvares
depósitos de gordura, tecido elástico e fina camada de músculo liso
comissura dorsal e ventral → junção dos lábios vulvares
CLITÓRIS:
tecido erétil, bem suprido por terminações nervosas
encoberto pela comissura ventral
Genitália externa
Endocrinologia da reprodução
A endocrinologia é a área da ciência que estuda os hormônios, os quais podem ser:
hormônios proteicos: são a maioria e agem em receptores na membrana da célula →
receptor G
hormônios esteroides: são derivados do colesterol, por isso tem capacidade de penetrar
na membrana celular → receptores no citoplasma e núcleo → tem efeito maior que
podem ser irreversíveis
hormônios amínicos
Hormônios são mensageiros químicos que agem em locais distantes de onde são
produzidos, passando pela corrente sanguínea. Eles nem sempre são produzidos por
glândulas, por exemplo, podem ser produzidos pelo sistema nervoso central (SNC).
Hormônios esteroidais da reprodução
Os hormônios esteroidais da reprodução são produzidos através da conversão do colesterol
em pregnolona que pode seguir por dois caminhos, podendo ir para a adrenal e
transformados lá e para as gônadas, nos quais teremos os hormônios:
androgênicos: derivados da testosterona
não androgênicos: hormônios femininos
Eixo hipotalâmico-hipofisário-gonadal
HIPOTÁLAMO:
possui núcleos distintos com diferentes centros reguladores (funções específicas) que
produzem hormônios
na reprodução: diretamente produz apenas 1 hormônio → GnRH
hormônio liberador de gonadotrofinas (GnRH): tem função de liberar gonadotrofinas
ao cair na corrente sanguínea, o GnRH age na hipófise (adeno-hipófise)
HIPÓFISE:
atuação na hipófise anterior ou adeno-hipófise
o GnRH estimula os gonadotrofos (células produtoras de gonadotrofinas) a produzirem
as gonadotrofinas FSH e LH → hormônios que tem tropismo/afinidade com as glândulas
hormônio folículo estimulante (FSH)
hormônio luteinizante (LH)
OVÁRIOS:
são as glândulas das fêmeas, portanto, o alvo das gonadotrofinas (FSH e LH)
FSH: estimula o crescimento e desenvolvimento do folículo → alta frequência de
secreção de GnRH e em baixa quantidade
LH: estimula o processo de luteinização → ovulação → baixa frequência de
secreção de GnRH e em alta quantidade
os folículos ovarianos enquanto crescem são estimulados a produzir substâncias que
mantem o oócito, a qual conhecemos como estrógeno (E2) → quanto maior o folículo,
maior a produção de E2
estrógeno (E2): hormônio do cio
aceitação da monta = cio
aumento da vascularização local
aumento da permeabilidade de vasos
edema e hiperemia vulvar
vagina hiperêmica: aumento da produção de muco, aumento da espessura
docepitélio vaginal → protege contra a fricção do pênis
no útero:
relaxamento da cérvix: para o útero eliminar todo o resto que não presta
(clearence)
aumento da defesa uterina: aumento de infiltrado de células do sistema
imune → acúmulo de líquido e edema
fase proliferativa: produção de substrato (leite uterino) → só sai quando
chega o embrião
aumento da sensibilidade de receptor de P4
ocorre então a ovulação quando o aumento/pico de E2 bloqueia a secreção de FSH e
induz a produção de LH → a ovulação é resultado da ação do LH, onde o folículo é
rompido e o oócito secretado → formação do corpo lúteo (CL)
progesterona (P4): produzida pelas células da teca e da granulosa luteinizadas
manutenção da gestação → é necessário para garantir a viabilidade de uma
gestação
inibição do comportamento sexual → feedback negativo → FSH parcialmente
bloqueado, ou seja, háestrógeno basal, enquanto P4 está alta
diminui vascularização
diminui permeabilidade dos vasos
no útero:
fase secretória: leite uterino
quiescência uterina: diminui a contratilidade uterina → musculatura fica
relaxada, permitindo o feto de crescer
vacas: 235 mil
cabras: 35 mil
ovelhas: 160 mil
mulher: 2 milhões
égua: 100 mil
porca: 400 mil
Puberdade
É a fase da vida reprodutiva da fêmea em que ocorre a primeira ovulação com manifestação
de estro seguida de formação de CL funcional.
MECANISMO DE CONTROLE:
os animais, de uma maneira geral, atingem a puberdade quando atingem ~60% do peso
adulto
devido a isso a nutrição do animal é um importante fator e mecanismo de
controle da puberdade
a leptina é produzida pelos adipócitos e sinaliza que o animal possui reservas
energéticas suficiente → influencia direta e indiretamente os neurotransmissores
que estimulam a produção de GnRH
peso ao desmame
fatores genéticos também influenciam na puberdade
herdabilidade 0,33-0,44
padrão racial → ex: taurinas tem puberdade mais precoce em relação a zebuínas
FÊMEA CICLO ESTRAL (dias) DURAÇÃO DO ESTRO OVULAÇÃO
Cadela 60 5-10d 48-60h após o início do estro
Vaca 21 12-24hrs 10-12h após o fim do estro
Ovelha 17 24-36hrs 24-30h após o início do estro
Cabra 21 24-48hrs 24-36h após o início do estro
Ciclos reprodutivos
Ciclo estral
É o período compreendido entre 2 estros, de duração variável conforme a espécie.
Égua 21 5-7d 24-48h antes do final do estro
ANESTRO: fase do ciclo
estral onde não ocorre a
manifestação do estro.
Fisiologicamente, ocorre em
fêmeas monoéstricas,
poliéstricas estacionais e
durante a gestação
Ciclo ovariano
OOGÊNESE:
ocorre ainda na fase embrionária, onde todos os oócitos primordiais são formados
FOLICULOGÊNESE:
se inicia com o recrutamento folicular a partir das ondas foliculares, nas quais ocorrem a
seleção de certos folículos e um deles exerce dominância terminando de crescer
o folículo dominante pode ovular ou tornar-se atrésico
LUTEOGÊNESE:
é a transformação das células da teca e da granulosa em células luteínicas que serão
responsáveis pela produção de P4
transformação do folículo em corpo lúteo
LUTEÓLISE:
ocorre sobre a ação da PGF2-alfa sobre o corpo lúteo, realizando sua lise
As fêmeas, de acordo com a quantidade de ciclo estrais, podem ser classificadas em:
monoéstricas: cadelas
poliéstricas estacionais: égua, gata, ovelha, cabra → dias curtos e longos
poliéstricas contínuas: vaca, porca, primata, mulher, coelha
Suína 21 48-72hrs 30-36h após o início do estro
Características
O ciclo estral das fêmeas bovinas pode ser caracterizado pela:
idade à puberdade:
18 a 25 meses (1 ½ a 2 anos): zebuínas
8 a 15 meses: taurinas
duração média de 21 dias (17 a 25 dias) → poliéstricas contínuas
2 a 4 ondas foliculares
Ciclo estral da vaca
Fases do ciclo estral
ESTRO:
também chamado de cio → período em que a fêmea manifesta receptividade sexual
dia 0 do ciclo
duração média de 15 horas (10 a 18 horas)
fase estrogênica → desenvolvimento máximo do folículo pré-ovulatório → pico de E2
folículo pré-ovulatório de 12 a 18mm (varia muito com a vaca)
tônus uterino aumentado
contratilidade uterina aumentada
cérvix relaxada
inquietude e vocalização
muco vaginal cristalino
micção frequente
vulva edemaciada e hiperêmica
aceita monta
pico de LH
METAESTRO:
fase em que ocorre a ovulação (24 a 32 horas após o início do cio)
formação do corpo hemorrágico
luteinização das células foliculares → aumento gradual de P4
emergência da 1° onda folicular
pode ocorrer uma pequena hemorragia do metaestro (50 a 70hrs após o início do cio)
duração média de 3 a 5 dias
termina com a maturidade do CL 
DIESTRO:
período funcional do CL, onde há resposta à PGF2 alfa
duração aproximada de 13 dias (D5 -D17)
sinais do diestro:
não aceita monta
útero flácido e com menor vascularização
cérvix fechada
maior atividade glandular uterina
PROESTRO:
inicia com a regressão do CL (luteólise) e termina com o início do estro
a queda da P4 (a qual bloqueia a secreção de GnRH e LH) desbloqueia o eixo
hipotalâmico-hipofisário-gonadal → aumento da pulsatilidade de LH
caracterizada pelo crescimento folicular e formação do folículo ovulatório → aumento
gradativo do E2
duração de 3 a 5 dias
início das alterações comportamentais:
fêmea monta sobre as outras
Exame ginecológico
OBJETIVOS:
diagnóstico de gestação
diagnóstico de enfermidades → estabelecer causas de infertilidades
determinação da fase do ciclo estral
assistência obstétrica
diagnóstico de distúrbios puerperais
HISTÓRICO E ANAMNESE:
exame deve ser realizada no local onde o animal é criado
questões relacionadas ao potencial de fertilidade e último parto:
número de partos prévios x idade
alterações de comportamento
histórico de abortos ou outras intercorrências
manejo nutricional e sanitário
parto eutócio x distócico
retenção de membranas fetais
doenças uterinas pós-parto
EXAME CLÍNICO ESPECÍFICO:
exame externo:
inspeção visual geral:
condição corporal
presença de ectoparasitas
aprumos
inspeção visual e palpação da cavidade abdominal:
simetria e volume abdominal
tensão da cavidade abdominal
palpação profunda do flanco
inspeção visual e palpação da região lombo-sacra e perineal:
tensão dos ligamos sacroisquiáticos
avaliação vulvar: tamanho, posição, desvio e oclusão
avaliação vestíbulo-vaginal
corrimento vaginal: coloração, odor, consistência e aspecto
exame interno (conforme objetivo do exame):
palpação transretal:
cérvix:
localização da cérvix na linha média do assoalho pélvico com 7 a 10cm de
comprimento e 2 a 7cm de diâmetro
possui consistência firme e móvel
sinuosidade
útero:
tracionado para a cavidade pélvica ventralmente
identificação do ligamento intercornual
mobilidade (ligamento largo do útero é mais frouxo)
espessura dos cornos
simetria entre cornos
contratilidade
posição
consistência
tônus
tuba uterina:
não palpável em condições normais
ovários:
2 a 5cm de comprimento
laterais ao útero
mobilidade
superfície lisa ou rugosa
estruturas funcionais (folículo e corpo lúteo)
tamanho do folículo (10-20mm)
flutuação
tamanho e consistência do corpo lúteo
palpação vaginal
inspeção visual indireta = vaginoscopia (45° → 90°)
tamanho da vagina → vacas adultas varia de 30 a 50cm
integridade da mucosa vaginal
coloração da mucosa vaginal
umidade da cérvix e vagina
formato da cérvix
grau de abertura
exames complementares:
metricheck → avaliação do conteúdo vaginal 
ultrassonografia
avaliação por via transretal
exame não invasivo
características avaliadas: útero (espessura da parede uterina, edema uterino e
presença de líquido intrauterino) e ovário (folículo e corpo lúteo)
exame citolólogico 
exame histológico (biópsia uterina)
exame microbiológico
sorologia
dosagem hormonal
tamanho e posicionamento das
estruturas pode variar conforme idade,
raça e fase do ciclo estral
A sazonalidade reprodutiva depende principalmente do fotoperíodo, ou seja, quantidade de
luz ofertada e da quantidade de melanina produzida pelo animal. Dessa forma, as fêmeas
sazonais podem ser divididas em dois grupos:
dias longos: dias com maior atividade de luz, menor produção de melanina → primavera
e verão
dias curtos: dias com menor atividade de luz, maior produção de melanina → outono e
inverno
Solstício de verão: 21 a 23/12 Solstício de inverno: 21 a 23/06
A sazonalidade reprodutiva resulta de uma estratégia fisiológica que garante o nascimento
da prole em épocas de maior disponibilidade de alimento e clima ameno. O comportamento
reprodutivos e, em alguns casos, a gametogênese, é influenciado por fatores como o
fotoperíodo, temperatura ambiental, status nutricional, interações sociais, data de
parto e período de lactação.
Sazonalidade reprodutiva
Fotoperíodo
LUZ:
inibe a produção de melatonina
ESCURO:
nervo óptico é estimulado na ausência de luz
glândula pineal recebe o sinal e produz mais melatonina
para fêmeas sazonais de dias curtos (cabra, ovelha):
feedback +
hipotálamo produz GnRH e ela começa a ciclar
para fêmeas sazonais de dias longos (éguae gata):
feedback -
bloqueio da produção de GnRH pelo hipotálamo → anestro sazonal
assim que a quantidade de luz começa a diminuir e quantidade de melatonina
começa a aumentar, a égua e a gata param de ciclar
Efeito da melatonina
Primavera
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Verão
Outono Inverno
aumento da
incidência de
luz
diminuição do
fotoperíodo
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Primavera
pico de
produção de
melatonina
Outono
FÊMEAS DE DIAS LONGOS:
começam a ciclar na primavera (Setembro - Março)
aumento gradativo de luz → aumento gradativo folicular → período de transição
durante a diminuição do fotoperíodo, elas começam a espaçar mais as ovulações
(podem ter cios falsos → picos de LH insuficientes → não ovulam)
programa de luz para éguas:
se inicia no solstício de inverno (aumentar artificialmente o fotoperíodo) → aumento
significativo de luz, elas começam a ciclar antes 
não se estende o programa de luz para raças como o Mangalarga Marchador,
pois os potros nasceriam no período da seca
o programa de luz é estendido para categorias de cavalos europeus que seguem
calendário/ano hípico
FÊMEAS DE DIAS CURTOS:
começam a ciclar no outono (Abril - Agosto)
diminuição do fotoperíodo → maior produção de melatonina → feedback + para
produção de GnRH → crescimento folicular
Enquanto a ovelha é mais reclusa, a cabra é mais promíscua:
aceita monta
inquietação
vocalização
aumento da micção
cauda agitada → cabra
monta em outras fêmeas
edemaciação e hiperemia de vulva
corrimento vulvar:
corrimento vulvar da cabra:
também tem muco
quanto + perto do fim do estro, + branco/caseoso → importante para manejo de
IA devido a ovulação no final do estro (sêmen congelado)
Ciclo estral da cabra e ovelha
Tanto as cabras quanto as ovelhas tem sua puberdade iniciada dos 8 aos 14 meses. O ciclo
estral da ovelha (A) tem duração de 15 a 18 dias, enquanto o da cabra (B) tem duração de 21
dias.
Características
Apesar de começarem a ovular muito cedo, deve-se esperar pelo menos 3 ovulações para
iniciar o manejo reprodutivo, tanto para esperar a maturidade sexual, quanto ao fato de que
se a vida reprodutiva começa + cedo, + cedo ela termina.
Sinais de estro
Manejo reprodutivo
PROGRAMA DE LUZ ARTIFICIAL:
cabras:
põe luz (16 hrs de luz, 6 horas de
escuro) e depois tira → organismo
entende que houve diminuição da
quantidade da luz e produz mais
__
melatonina → começa a ciclar
EFEITO MACHO:
o macho é introduzido quando há a
diminuição da luz no programa
cabras* próximas a um bode* são
afetadas por seus ferormônios que
fazem as fêmeas entrarem mais
rápido na estação de monta
ferormônios do macho estimulam o
pico de LH
O ultrassom são ondas sonoras com frequência maias alta do que os sons audíveis → no
exame ultrassonográfico, utilizamos frequências de 1 a 20MHz
O aparelho de ultrassom emite uma onda sonora, que é uma onda mecânica, portanto, uma
onda mecânica que interage com superfícies. Quanto mais denso o material, maior o eco, ou
seja, mais volta na imagem.
EFEITO PIEZOELÉTRICO:
é uma transformação de energias
propriedade física que quando recebe energia elétrica, vibra, gerando energia sonora →
a réplica é verdadeira → quando recebe onda sonora, gera energia elétrica e forma a
imagem
cristais piezoelétricos:
naturais: turmalina e quartzo
sintéticos: titanato zirconato de chumbo (PZT)
IMPEDÂNCIA ACÚSTICA:
capacidade do tecido de impedir a transmissão do som, gerando ecos
densidade tecidual é o determinante primário da impedância → quanto maior a
densidade, maior a impedância
a interface entre os tecidos também interfere, portanto, realizar tricotomia e gel para
contato é importante
ECOGENICIDADE:
capacidade de diferentes estruturas em refletir as ondas de ultrassom, gerando ecos:
anecogênico ou anecoico: 
imagem fica preta
ausência de eco
pouco denso → líquido com baixa celularidade
hipoecogênico ou hipoecoico: - denso que
hiperecogênico ou hiperecoico: + denso que
isoecogênico ou isoecoico
ecotextura:
homogênea
heterogênea
Ultrassonografia aplicada à reprodução das fêmeas
Princípios físicos da ultrassonografia
→ em relação a um ponto
de referência 
MODO A:
Modos de exibição dos ecos
ultrassom de amplitude
emissão/recepção de um único feixe
utilizado na oftalmologia
MODO B:
modo brilho ou bidimensional
ecogenicidade tecidual → toons de cinza
brilho proporcional à intensidade da reflexão
mais utilizado na medicina veterinária
MODO M:
modo movimento
estruturas com mobilidade
representação gráfica
avaliação cardíaca
MODO DOPPLER:
reflexão baseada no movimento de um objeto refletor → consegue visualizar o fluxo
sanguíneo → movimentação hemácia
ângulo de insonação entre 0 e 70°
A ultrassonografia ou ecografia é um método diagnóstico que se baseia no eco emitido pelo
ultrassom ao encontrar tecidos ou estruturas de um organismo, cujas reflexões são
visibilizadas por meio de computação gráfica em tempo real.
TRANSDUTOR (PROBE):
onde se localizam os cristais pizoelétricos
recebe a energia elétrica e emite ondas sonoras ultrassônicas que retornam e são
transformadas novamente em energia elétrica, a qual é lida por um software e
transformada nas intensidades da imagem formada
é a parte mais cara do aparelho de ultrassom → CUIDADO
Aparelho de ultrassom
determinação da atividade ovariana:
diagnóstico de puberdade
determinação da fase do ciclo estral
triagem para protocolos hormonais
predição da resposta a protocolos hormonais
diagnóstico de patologias da reprodução
Exame ginecológico de rotina
Ciclo estral da cadela e da gata
PUBERDADE:
varia com raça, porte e predisposições individuais, além de peso e idade adequadas
porte pequeno (6 a 10 meses) vs porte grande (18 a 24 meses)
maturidade sexual ao 2° ou 3° cio
FÊMEAS MONOÉSTRICAS NÃO ESTACIONAIS:
possuem de um a dois ciclos estrais por ano
não sofrem interferência sazonal (estação de monta)
exceto as raças Basenji e Mastim Tibetano → sempre no inverno
duração do ciclo estral: 5 a 12 meses
PROESTRO:
duração média de 7 a 9 dias (5 a 20 dias)
fase de recrutamento folicular
aumento gradual da concentração de E2
sinais:
edema vulvar discreto (hiperemia)
atração do macho (feromônios) sem aceitação de monta
descarga vulvar sanguinolenta → devido o aumento da permeabilidade vascular,
há a diapedese de hemácias
ESTRO:
duração média de 7 a 9 dias (5 a 15 dias) → fim com a ovulação
ocorre 24hrs após o pico de E2 → marcada pela queda do E2
pico de LH 24 horas após o pico de E2 → folículo começa a ser luteinizado antes da
ovulação → luteinização pré ovulatória → aumento da concentração de P4
ovulação 48 horas após o pico de LH → ovulação em prófase I (exclusivo)
maturação oocitária dura de 2 a 5 dias até metáfase II 
sinais:
edema vulvar máximo
fim ou redução da descarga vulvar
aceita a monta
DIESTRO:
fase progesterônica → alta concentração de P4
duração entre 60 a 70 dias
não há luteólise abrupta → o corpo lúteo sofre processo apoptótico lento (após o pico de
P4 aos 25 dias)
sinais:
não há sinais clínicos
ausência de comportamento sexual
ANESTRO:
período de quiescência/repouso sexual fisiológico
hormônios em níveis basais
fêmeas não tem comportamento sexual nem sinais de receptividade sexual
Cadelas
aumento de E2 → aumento da
permeabilidade vascular → aumento
da vascularização das células basais 
→ + nutrientes, + crescimento →
quanto + afastadas das camadas
basais, - nutriente → morte celular 
proteção mecânica do epitélio vagina
contra fricção do pênis 
categorias de células são formadas:
células superficiais: núcleo
picnótico ou ausente, células
disforme → ESTRO
células intermediárias: células achatadas com núcleo menor, disforme, amorfas e
grandes → FIM DO PROESTRO
células parabasais: citoplasma grande e núcleo grande → PROESTRO
células basais: células cilíndricas, raramente são encontradas 
O exame colpocitológico é realizado no fim/redução da descarga vulvare deve ser repetido a
cada 48 hrs. Quando > 80% das células na lâmina forem células superficiais, o animal está
em estro, a partir desse momento pode-se inseminar ou colocá-la com o macho até que ela
comece a rejeitar a monta. A desvantagem é que esse exame é impreciso em relação ao
momento da ovulação.
DOSAGEM DE PROGESTERONA:
CONCENTRAÇÃO EVENTO
 10 ng/mL pós-ovulação (maturação oocitária completa)
ocorre independentemente da presença de gestação
pode durar de 1 a 6 meses → no fim do anestro, os pulsos de FSH aumentam amplitude
e frequência
EXAME COLPOCITOLÓGICO:
É realizado para avaliar o epitélio vaginal, identificar o estro para monta natural/IA. É feita
com swab estéril e depois avaliação microscópica.
E2
FÊMEAS POLIÉSTRICA SAZONAIS DE DIAS LONGOS:
período reprodutivo específico → entram no cio na primavera e verão
puberdade entre 4 a 12 meses
raças de pelo curto vs pelo longo
PROESTRO:
Gatas
duração de 1 a 2 dias
marcado pelo crescimento folicular → aumento gradual da concentração de E2
sinais pouco específicos:
vocalização
pressionar a cabeça contra objetos
atração do macho, sem aceitar monta
ESTRO:
duração de 3 a 21 dias (média de 7 dias)
alta concentração de E2
sinais:
inquietação
redução do apetite
pode haver descarga mucosa
intensificação dos sinais do proestro
aceitação de monta
reflexo de lordose
a ovulação é induzida (característica exclusiva) → mecanismo de ovulação:
reflexo neuroendócrino: a lesão ocasionada pelas espículas penianas levam à
ativação de mecanorreceptores na vagina que levam a informação para o eixo
neuroendócrino → repetidas montas → vários picos de LH até alcançar a [ ] suficiente
para a ovulação
fator indutor da ovulação (OIF): substância isolada do sêmen do gato
INTERESTRO:
fase exclusiva do ciclo estral da gata
só ocorre quando não há ovulação
período de repouso sexual (níveis hormonais basais)
sem sinais de comportamento sexual
duração média de 7 dias (2 a 20 dias)
retorno ao proestro
DIESTRO:
depende da ocorrência e ovulação
alta concentração de P4
duração depende da presença ou ausência de gestação:
CL gestante: ~60 dias
CL não gestante: 40 a 50 dias
CL depende de fatores luteotróficos placentários (relaxina e prolactina)
produzidos pela placenta que irão estimular o CL a continuar produzindo P4 até o fim
da gestação
~35 dias após a ovulação se inicia o processo de apoptose do CL
fêmeas gestantes: apresentam anestro lactacional pós-parto (até 8 semanas)
só volta a ciclar depois de 2 meses → período de amamentação
Ciclo estral da égua
São monoéstricas sazonais de dias longos, ou seja, em dias com maior fotoperíodo
(primavera e verão), com menor produção de melatonina as éguas começam a ciclar.
PUBERDADE:
As éguas entram na puberdade próximo aos 15 a 18 meses (1 ano e ½), no entanto só
atingem a maturidade sexual a partir de 24-36 meses → 3 anos (colocar a égua para
emprenhar antes disso eleva as taxas de mortalidade da égua e do potro)
É importante ressaltar que para entrar na estação reprodutiva a égua TEM que ovular →
muitas vezes ela pode ter a onda folicular, apresentar sinais de cio e não ovular
ESTRO:
duração de ~5 a 7 dias com intervalo entre ovulações de ~21 dias
fase estrogênica ou folicular → crescimento folicular → aumento da [E2]
sinais de cio:
permite a aproximação do garanhão
aceitação de monta → comportamento normal é agressivo perto do garanhão
aumento da micção → pp. quando há machos por perto
posição em cavalete → afastamento de posteriores e lateralização da cauda 
para mostrar a vulva para o macho que deve lamber, morder, entre outras coisa
que fazem parte do cortejo
eversão de clitóris → pisca a vulva, mostrando-a para o macho
ovulação: ocorre nas 48 hrs finais do estro, antes do pico de LH, pois a [LH] necessária
para luteinizar completamente o folículo é muito maior do que para fazê-la ovular 
Informações adicionais:
1.hierarquia das éguas: faz parte do comportamento animal → éguas mais velhas podem
inibir o cio das mais novas, por isso deve-se separá-las por categorias
2. inexperiência: éguas mais velhas não aceitam garanhões inexperientes (pode matar ele e
você) → uma solução é peiar a égua
DIESTRO:
por volta do 13° dia, caso não esteja gestante, há o pico de PGF2-alfa → luteólise
palpação e ultrassonografia a cada 48 horas quando a égua começar a apresentar sinais
de cio e realizar até ela ovular
quando inseminar? → depende do tipo de sêmen
sêmen fresco: dura cerca de 24 a 48 hrs
cavalo está em casa → realiza-se monta natural quando apresenta sinais de cio e
acaba quando ela parar de aceitar o garanhão
não necessita palpação e ultrassom
colocar os dois juntos de 48 em 48hrs (2 em 2 dias)
sêmen resfriado: vem a 5°C (custoso para preservar) e dura cerca de 24 hrs
observar o tamanho do folículo na palpação e ultrassom (média de 35mm)
edema do útero no ultrassom → aumento da vascularização → aumento de
edema → gomo de laranja ou roda de carroça
Manejo reprodutivo
tônus uterino verificado na palpação:
grau de contração do miométrio:
tônus - → estro
tônus + → diestro
folículo está em tamanho OK e há edema uterino
aplica-se um indutor de ovulação (leva de 24 a 42
hrs para fazer efeito) e após um dia insemina a
égua (sptz tem vida de 24 hrs
sêmen congelado: -196°C no nitrogênio → dura em média de 8 a 12 horas depois de
descongelado
folículo está > 35mm e edema ¾ realiza a indução da ovulação e depois de 30hrs
começa-se a observar de 6 em 6 horas para pegar o momento (mais próximo
possível) da sua ovulação
só depois que a égua ovular que ela deve ser inseminada, pois os sptz só duram
de 8 a 12 horas e o oócito de 6 a 8 hrs
OBJETIVOS:
diagnóstico de gestação
diagnóstico de enfermidades 
estabelecer causas de infertilidade
avaliar a fase do ciclo estral
determinar momento da IA
assistência obstétrica
diagnóstico de distúrbios puerperais
EXAME CLÍNICO GERAL:
identificação do animal
anamnese:
último parto, cobertura/IA e cio observado
histórico de aborto
protocolo sanitário
manejo nutricional
local do manejo
extensão da EM
categoria reprodutiva
inspeção visual externa geral:
ECC 
aprumos 
EXAME CLÍNICO ESPECÍFICO:
conformação externa:
vulva, prega vestíbulo vaginal e cérvix → infecções ascendente
elasticidade
abertura de vestíbulo
AVALIAÇÃO TRANSRETAL x ULTRASSOM:
tônus uterino e cervical
atividade uterina
presença de saculações, cistos e neoplasias
Exame ginecológico
acúmulo de líquido intrauterino (LIU) → edema uterino pré e pós IA
EXAME VAGINAL:
palpação:
avaliação do tônus da cérvix → fase do ciclo
fibrose?
aderências cervicais? → reservatório de infecções
lesões internas?
espéculo vaginal:
análise da coloração da mucosa
varicosidades?
presença de exsudato? → espumoso (pneumovagina), urina ou fezes
CULTURA UTERINA:
swab, escova citológico
resultado falso negativo: ~40% das éguas contaminadas tem infecções localizadas e 
swab ou a escova citológica não alcança
resultado falso positivo: contaminação externa
lavado com volume reduzidos
determinados agentes não provocam reação inflamatória considerável
resultado deve ser correlacionado com outros achados
BIÓPSIA UTERINA:
alterações fisiológicas relacionadas à atividade ovariana
processos infecciosos: 
aguda x crônica
alterações inflamatórias e/ou degenerativas
intensidade da fibrose endometrial
dá o prognóstico sobre potencial reprodutivo da fêmea
A fertilização deu certo quando 24hrs após é possível visualizar a
extrusão do 2° corpúsculo polar → houve retomada da meiose
formação de pronúcleo feminino e masculino que se encontram
(óvulo) para passar seus cromossomos e gerar um indivíduo
diploide (2n)
as maiores taxas de perda gestacional precoce são na fase de zigoto para embrião
devido às sucessivas mitoses frágeis
a 1ª clivagem (divisão) acontece nas primeiras 24hrs, já a 2ª clivagem ocorre 24hrs
após a primeira (clivagem rotacional)
Fertilização e clivagem
gametas da mesma espécie:
os gametas se reconhecempor meio de proteínas específicas na membrana do
oócito (zona pelúcida → ZP1, ZP2 e ZP3) e espermatozoides
reação acrossomal:
induzida pela ligação entre o espermatozoide e o ZP3
lesa a zona pelúcida para o sptz entrar no oócito
quando ZP3 se liga ao sptz ela lisa o acrossomo que libera enzimas que irão ‘’digerir’’
a zona pelúcida
bloqueio à polispermia:
ocorre assim que um sptz se liga ao oócito
ocorre devido à alteração do potencial de ação → repele espermatozoides
influxo de Ca leva à reação cortical: membranas pericorticais migram para o exterior
que ao entrar em contato com a zona pelúcida cimentam ela → bloqueio da zona
pelúcida
Princípios da fertilização
Clivagem
ZIGOTO: 
resultado do encontro dos pronúcleos femininos e masculinos
se desenvolve por meio de sucessivas mitoses de células indiferenciadas
EMBRIÃO:
realiza mitoses sucessivas, porém, as células começam a diferenciar → estabelecer
funções distintas
as células começam a se organizar → organogênese
mórula:
um monte de células agrupadas
atinge 32 células em média que se chamam blastômeros
atinge essa fase 5-6 dias pós fertilização → é também quando cai no útero, onde
continua se dividindo
blastocisto:
blastômeros se organizam no polo e na periferia do embrião + blastocele
células da periferia do blastocisto: trofoblasto → formarão placenta
células do polo do blastocisto: botão embrionário ou embrioblasto → formarão o
indivíduo
ainda possui zona pelúcida (se mantem até a fase de blastocisto)
fica para proteger o embrião de fazer a placentação no lugar correto (útero)
quando a zona pelúcida sai, é chamado de blastocisto eclodido → possibilita o
encontro de trofoblasto e endométrio → gera a placenta
quando a zona pelúcida se rompe, a pressão negativa do útero achata o embrião
e ele começa a crescer alongado (intenção de aumentar superfície de contato) →
alongamento embrionário → ruminantes e suínos
FETO:
quando todos os órgãos estão formados (diferenciação celular definida)
as células só precisam crescer
presença de placenta
na égua: durante a fase de mórula, forma-se uma cápsula no blastocisto entre a zona
pelúcida e o trofoblasto que serve de indicativo (reconhecimento materno da
gestação) que o embrião chegou ao útero → cápsula permanece após a eclosão até o
20º dia → serve de proteção durante a migração uterina até o 15º dia
nas cadelas: os oócitos são ovulados em meiose I (terminam de maturar no oviduto
em 2 a 5 dias) → o embrião chega ao útero por volta do 10º dia na forma de mórula
compacta ou blastocisto inicial → migração uterina
PALPAÇÃO TRANSRETAL:
detecção da vesícula amniótica:
a partir de 30 dias
não é indicada porque corre o risco de lesionar ela e matar o embrião
comumente localizada na borda cranial ao ligamento intercornual
assimetria do corno uterino e palpação do ovário com corpo lúteo → é indicação
de gestação, mas não é certeza
deslizamento das membranas fetais:
a partir dos 45 dias
pinçamento da placenta, reflexo da parede dupla ou teste do beliscamento
dá para sentir a membrana deslizando entre os dedos
detecção de placentomas:
próximo dos 90 dias
palpação dos placentomas (carúnculas + cotilédones) → 75 a 120 carúnculas
tamanho variável conforme a idade gestacional
detecção do feto:
próximo dos 90 dias de gestação
teste do balotamento
pressiona ventralmente o feto, ele vai para baixo e depois bate na sua mão
descida abdominal:
ocorre por volta dos 120 dias
útero da vaca (e égua) desce para a cavidade abdominal
frêmito da artéria uterina:
a partir dos 120 dias → lado gestante
a partir dos 150 dias → lado contralateral
possível sentir o fluxo de sangue jorrando
ultrassonografia transretal:
permite o diagnóstico com 30 dias (precoce)
reexaminar os animais após 30 e 60 dias → quando ocorre maior taxa de PEP (10-
20%)
observando estruturas como batimentos cardíacos (25 dias), formação da coluna
_______
recomendação: exame clínico
Diagnóstico de gestação
método mais utilizado atualmente para diagnóstico de gestação
permite que o diagnóstico seja precoce, seguro e eficaz
o custo já foi um problema na veterinária, no entanto, como hoje faz parte da rotina, ele
se paga
Ultrassonografia
Diagnóstico gestacional na vaca
também pode ser utilizado para diagnóstico de gestação quando o animal não retorna
ao cio
é um método simples e de baixo custo, mas não é 100% certeiro
fatores limitantes:
falhas na detecção do cio
apresenta cio mesmo gestante (vaca e égua)
retorno irregular ao estro
Não retorno ao estro
vertebral (40 - 45 dias) é possível acurar a idade gestacional → quando é embrião (60
dias)
a partir dos 55 a 60 dias, a fetometria é utilizada:
distância entre o ápice da cabeça e final da garupa
diâmetro da cabeça
diâmetro do tórax
jogar essas informações em uma base de dados → dá a estimativa de idade
após 60 dias, avaliar a órbita
SEXAGEM FETAL:
localização do tubérculo genital
no ultrassom deve se identificar o cordão umbilical, membros pélvicos e base da cauda
ULTRASSONOGRAFIA EM DOPPLER:
avaliação do fluxo sanguíneo em corpo lúteo
MENSURAÇÃO BIOQUÍMICA:
não se aplica na prática
é caro e demora
PALPAÇÃO TRANSRETAL:
detecção da vesícula embrionária:
+ precoce, pois há cápsula 
a cápsula se rompe aos 18 dias (útero muito firme → salsicha) e com vesícula
embrionária (parece um limão)
ultrassonografia transretal:
por volta do dia 9 - 15: visualização da vesícula embrionária (esférica)
migração do broto embrionário para o centro da vesícula → possível identificar a
idade gestacional
por volta do dia 60º dia: fetometria
SEXAGEM FETAL:
a partir de 120 dias é possível ver as gônadas do feto
MÉTODOS LABORATORIAIS
Diagnóstico gestacional na égua
PALPAÇÃO TRANSABDOMINAL:
a partir de 100 dias
ULTRASSONOGRAFIA EM DOPPLER:
a partir de 40-80 dias
detecção de pulso fetal
ULTRASSONOGRAFIA
Diagnóstico gestacional nos pequenos ruminantes
PALPAÇÃO TRASNRETAL
Diagnóstico gestacional de porca
ULTRASSONOGRAFIA TRANSRETAL
ULTRASSONOGRAFIA TRANSABDOMINAL
DESENVOLVIMENTO MAMÁRIO:
por volta do dia 35-45
glândulas mamárias se enchem
 
DISTENSÃO ABDOMINAL:
5ª semana
PALPAÇÃO ABDOMINAL:
sentir as vesículas embrionárias
ULTRASSONOGRAFIA:
o mais precoce possível para dar para contar o número de filhotes
a partir de 25 dias → embrião com batimentos cardíacos
NÃO FAÇA! → precoce (15 dias), pois a cadela pode perder
a partir de 30 dias → acompanhamento
se houver dúvida da quantidade de filhote fazer Raio X
identificação do momento exato da cesariana
 
RADIOGRAFIA:
contar o número de cabeças
também é recomendado em casos de distocia
pelvemetria é feita (>60 dias) para ver se o filhote passa ou não pela pelve
braquicefálicos ou cadelas com problemas que possam interferir no parto
MÉTODOS LABORATORIAIS:
produz relaxina (fator placentário) → método precoce (teste-rápido)
Diagnóstico gestacional na cadela
FATORES MATERNOS:
idade da mãe x ordem de parto:
fêmeas mais novas tendem a
ter parto precoce → são
menores, estresse fetal maior,
parto + cedo
FATORES AMBIENTAIS:
modificações comportamentais ou
de manejo que resultem em
estresse
fármacos: 
P4
Gestação
A gestação pode ser dividida em dois tipos:
artificial → realizada em laboratórios de alta tecnologia
fisiológica:
uterina
extra-uterina (ectópica)
Duração da gestação
glicocorticoides (vai abortar se a terapêutica for prolongada e com dose alta)
ocitocina (aumenta a contratilidade do útero)
FATORES GENÉTICOS:
anormalidades de desenvolvimento da hipófise
altas [ ] de P4 próximo ao parto
padrões raciais
cruzamentos híbridos
FATORES FETAIS:
nº de fetos x tamanho de fetos
sexo fetal → fêmeas tendem a ser precoces
período de ovo:
fecundação
clivagens
zigoto
período de embrião:
eclosão do blastocisto 
formação de órgãos e sistemas
placentação
período de feto:
intensas trocas materno-fetais →
placenta
crescimento fetal
parto
Vida pré-natal
terço inicial (período de ovo e embrião) da
gestação:
muito frágil, onde pode haver PEP →
qualquer alteração o indivíduo morre
terço médio da gestação:
placenta formada
ligação de mãe efeto é forte
terço final da gestação:
feto grande
estresse fetal → parto
PGF2-alfa é produzida pelo
endométrio
Durante o ciclo estral ocorrem ondas
foliculares que mantém o E2 basal →
receptores de E2 quando estão ligados,
aumentam a sensibilização dos
receptores de ocitocina
CL a partir de certa idade começa a
produzir ocitocina que se liga aos
receptores de ocitocina → estímulo de
produção a PGF2-alfa pelo endométrio
corpo lúteo deve estar viável e ativo durante a gestação → produção de P4
a P4 promove relaxamento uterino (exceção da égua) e produção de leite uterino
para a nutrição do embrião
é necessário o bloqueio da ação da PGF2-alfa
ocorre a modificação do seu padrão de ação para que ela não tenha efeito luteolítico
essa sinalização vem do embrião
MECANISMO DOS RUMINANTES:
IFNT (intérferon-tau):
produzido pelo embrião
bloqueia os receptores de estrógeno →
também bloqueia enzimas conversoras
da cadeia inflamatória, não deixando o 
ácido araquidônico ser convertido em 
PGF2-alfa
sensibiliza os rec. P4 → + potência
MECANISMO DOS SUÍNOS:
embrião produz E2, mas tem que ser alta 
[E2] (a partir de 4 embriões)
E2 altera o local de secreção de PGF2-alfa
ao invés da PGF2-alfa cair na corrente sanguínea, ela cai na luz do útero
MECANIMSO DA ÉGUA:
PGE2 (prostaglandina E2):
produzida pelo embrião quando na tuba uterina
o embrião da égua é muito grande e para ele conseguir sair da tuba uterina, deve
produzir PGE2 que relaxa a musculatura para chegar ao útero
migração embrionária:
embrião é empurrado de um lado para o outro pelas contrações uterinas →
fundamental para a gestação acontecer
nesse processo nada ocorre com o embrião porque ele tem CÁPSULA
MECANISMO DA CADELA:
não faz reconhecimento materno da gestação → na verdade, não sabemos se tem ou
não, então dizemos que não
lembrando que o CL dura 60 dias normalmente, então não é necessário algum
mecanismo
Reconhecimento materno da gestação
TIPOS DE PLACENTA:
Há dois tipos de placenta:
verdadeira ou deciduada:
placenta que solta, que sai
de acordo com o nível de profundidade de implantação há tipos (quanto menor a
placenta, mais profunda a implantação)
zonária:
encontrada em carnívoros
Placenta
implantação tão profunda que não precisa de tanta área
discoidal:
primatas
semi-placenta ou adeciduada: que não necessariamente se solta no parto
células da placenta se implantam superficialmente
difusa:
égua e porca
cotiledonária:
ruminantes
FUNÇÕES DA PLACENTA:
por volta dos 70 dias na ovelha e dos 90 dias na égua, a placenta assume a produção de
P4, ou seja, elas não precisam mais do CL ativo
não são corpo-lúteo dependentes na gestação a partir de 70-90 dias
a placenta equina ainda produz eCG (gonadotrofina coriônica equina)
quando o feto entra em estado de estresse fetal ele produz cortisol
o cortisol age sobre a alta [P4] que mantém a inércia uterina
a P4 é convertida em E2 o qual age:
relaxando os ligamentos da via do parto
relaxando a cérvix → dilatação do canal do parto
aumenta a sensibilização dos receptores de ocitocina
a ocitocina é secreta pela neuro-hipófise → isso é chamado de reflexo de
Fergunson
Parto
HIPOPLASIA OVARIANA:
multiplicação anormal das células ovarianas com afuncionalidade
anomalia de desenvolvimento mais comum
patogênese:
falha na diferenciação dos gonócitos
falha na migração das CGP
falha na colonização da crista gonadal
condição hereditária irreversível → caráter hereditário autossômico → filhos e filhas
dessa fêmea pode também ser hipoplásicos
ocorre em todas as espécies, mas é mais comum em vacas, especificamente em taurinos
mais do que zebuínos
uni ou bilateral
unilateral esquerdo: 87% dos casos
parcial ou total
se bilateral total → não tem funcionalidade, ou seja
genitália hipoplásica, inclusive glândula mamária → animal ESTÉRIL
ovário de tamanho reduzido (frequentemente em formato fusiforme, ou com borda lisa
ou borda rugosa)
ausência de estruturas funcionais
medular superdesenvolvida
diagnósticos diferenciais:
atrofia ovariana
hipotrofia ovariana
ovários afuncionais
tratamento: descarte
HIPOTROFIA OVARIANA:
redução do tamanho das células (menor funcionalidade) → pode evoluir para atrofia
resultante da falha na produção de gonadotrofinas
ausência de maturação oocitária e ovulação
causas:
nutricional (corrija a nutrição)
amamentação prolongada (bovinos de corte)
sintomas:
anestro
diagnóstico é terapêutico → anamnese! histórico! manejo!
CISTOS OVARIANOS:
frequência alta em todas as espécies
consistem de formações circunscritas, de tamanho variável, repletas de líquido de
aspecto seroso com localização intra, peri ou para-ovariana, podendo ser grandes ou
pequenos, uni ou pluriloculados
cisto folicular em bovinos:
definições:
clássica: estrutura folicular anovulatória, de diâmetro igual ou superior a 25mm,
que permanece no ovário por mais de 10 dias na ausência de CL e que interferem 
Patologias da reprodução
Anormalidades ovarianas e de tuba uterina
na ciclicidade ovariana
atual: folículo(s) com diâmetro de pelo menos 20 mm, presente(s) em um ou
ambos os ovários na ausência de qualquer tecido luteal ativo, que claramente
interfere(m) na ciclicidade ovariana normal
mais comum em vacas
uni ou bilateral
únicos ou múltiplos
parede delgada!
patogênese: não compreendida → falha na ovulação?
fatores predisponentes:
distocia
hipocalcemia puerperal
retenção de placenta
vacas idosas
vacas elite em intenso programa de TE
cisto folicular produz muito E2, esgotando a cascata de conversão de
testosterona em E2
acúmulo de testosterona → comportamento de macho, agressividade,
comportamento de monta, espinhas e pelos (mulher)
sintomas:
ninfomania x anestro
> 60d pós parto: ninfomania
virilização
relaxamento dos ligamentos sacroisquiáticos com afundamento das porções
laterais da cauda (elevação da cauda)
relaxamento dos ligamentos do úbere
agressividade e emagrecimento
exame ginecológico (efeito do E2):
vulva edemaciada com tendência a prolapso
corrimento de muco espesso vulvar
mucosa vaginal úmida e edemaciada
cérvix projetada caudalmente e aumentada de tamanho
útero edemaciado
processo persistente: fadiga miometrial e hipotrofia → mucometra ou
hidrometra
pode estar associado a endometrite
presença de cistos nos ovários com tamanho superior a 16mm
ausência de CL em ambos os ovários
quando presente, inativo
diagnóstico:
palpação retal a cada 10 a 40 dias 
persistência folicular
folículo > 20 mm 
diagnóstico diferencial: cisto luteinizado → deve ser feita na ultrasonografia
tratamento:
100 ug GnRH IM + PGF (7 a 10d) – 72 a 85% das vacas retornam ao estro →
indutores de ovulação (análogos de GNRH - relina, análogos de LH - hCG)
P4 exógena (implante) por 3 a 7 dias e PGF na retirada 
10.000 UI IM
cisto folicular em porcas:
Possíveis causas: 
excesso de concentrado, carência de
minerais e vitaminas, estresse,
hipotireoidismo e distúrbios
metabólicos
mais comuns em pluríparas
muito associados a estresse pós desmama
sintomas:
ciclo estral prolongado ou irregular 
anestro
infertilidade
redução na taxa de concepção
alterações comportamentais
tratamento:
100 ug GnRH IM BID 
cisto folicular em cabras e ovelhas:
diâmetro > 10 mm
necessidade de US transretal
diagnóstico diferencial: hidrossalpinge
cisto folicular em cadelas:
maior frequência em fêmeas mais velhas
diâmetro > 2mm
incidência: 10 a 24% → relativamente alta
sintomas:
ninfomania e irregularidade do ciclo estral
edemaciação vulvar com hipertrofia clitoriana
ginecomastia → maior risco de desenvolvimento de neoplasias mamárias
alopecia ventral bilateral e simétrica
hiperplasia endometrial cística
cornificação persistente do epitélio vaginal
maior risco de desenvolvimento de neoplasias mamárias
anemia e trombocitopenia 
tratamento:
avaliar o interesse reprodutivo (a condição de saúde do animal vai afetar!)
tratamento hormonal:
hCG: 450 a 3000 UI IV BID (até 6 aplicações)
GnRH: 6 a 12 ug SC BID ou TID
PGF (após): 1 a 2,5 ug/Kg IM a cd 48 (até 3 aplicações)
evitar em nefropatas, hepatopatas, cardiopatas e braquicefálicosefeitos colaterais (êmese, tremores, diarreia)
aspiração cística: 
US guiada – 50 a 70% eficácia
cistectomia simples
ovariectomia unilateral → pois a recorrência do cisto é muito grande 
cisto folicular em éguas:
não ocorre → ao invés de produzir E2, ele se enche de sangue
a égua possui o Folículo Anovulatório Hemorrágico
comumente observado nas fases de transição da estação de monta → o folículo
cresce, mas não tem pico de LH
ineficiência no pico de LH → falha ovulatória
fatores predisponentes:
quadros febris e toxêmicos → estresse
uso de AINE próximo à ovulação
uso de cloprostenol
sintomas:
Diestrus like
diagnóstico diferencial: 
corpo hemorrágico
diagnóstico: 
por ultrassom
espessura de parede do CL > 5mm
tratamento: 
NÃO TEM
cisto luteinizado:
também denominado cisto luteínico
folículo não ovula e tem sua parede
luteinizada
produção de P4
anestro
diagnóstico diferencial:
corpo lúteo cavitário → deve fazer
acompanhamento para ver se a vaca vai
dar cio ou não
diagnóstico: similar a cistos foliculares + US
espessura de parede > 3 mm
P4 > 1ng/mL (padrão ouro)
tratamento:
PGF2-alfa IM
agentes luteolíticos:
cloprostenol sódico (CIOSIN) → +
comum em vacas
dinoprost trometamina (Lutalyse)
NEOPLASIA OVARIANAS:
relativamente incomuns
geralmente unilaterais
fêmeas idosas
tratamento: ovariectomia → a maioria é benigno, porém, há alguns que afetam a
funcionalidade na reprodução
diagnóstico definitivo: histopatológico
Alterações progressivas
TUMOR DE CÉLULAS DA GRANULOSA:
também denominado tumor de células da
granulosa-teca
crescimento desordenado de folículos → muitos
folículos → efeito de E2 alto
derivados dos cordões sexuais 
neoplasia mais comum de ovário (vacas e éguas)
geralmente unilateral e benigno
sólido ou cístico
incidência aumenta com a idade
hormonalmente ativo
hiperestrogenismo e hiperandrogenismo 
sintomas:
ninfomania
virilismo:
aumento de massa corporal
hipertrofia de clitóris
aumento do ovário acometido:
aparência policística ao US
hipotrofia do ovário contralateral
tratamento cirúrgico → 1 a 2 meses depois a fêmea volta a ciclar
HIDROSSALPINGE:
acúmulo de exsudato com dilatação da tuba uterina
resultante de obstrução congênita ou adquirida:
aplasia
processos inflamatórios crônicos
aderências 
CISTOS INTRAEPITELIAIS:
origem desconhecida
hiperestrogenismo?
sem relação com a fertilidade
SALPINGITE:
processo inflamatório da tuba uterina
maior frequência na vaca, porca e coelha
origem ascendente infecciosa
brucelose, campilobacteriose, tricomoníase, micoplasmose
tuberculose: inflamação granulomatosa 
Taylorella equigenitalis
PIOSSALPINGITE:
acúmulo de exsudato purulento
pode ocorrer também em decorrência da piometra 
casos crônicos: fibrose, cistos e obstrução
oclusão de tuba uterina: ocorre mais em éguas velhas; fluido entope a saída da tuba
que é estreita → tto com PGE2 → relaxamento da tuba
tratamento: de causa, se conseguir tratar
Alterações degenerativas e inflamatórias das tubas uterinas
APLASIA SEGMENTAR:
uni ou bilateral
segmentar
formação de histerólitos
total: unicorno → CL persistente
HIPOPLASIA UTERINA:
subdesenvolvimento do órgão
Alterações de desenvolvimento do útero
comumente associada a hipoplasia de cérvix e vagina
HIPOPLASIA ENDOMETRIAL:
ausência de glândulas endometriais
HIDROMETRA E MUCOMETRA:
acúmulo de secreção endometrial
o que vai diferenciar se é hidrometra ou mucometra é o grau de hidratação da
mucina, pois o muco é mais denso e pode até se tornar sólido
causas:
hiperplasia endometrial
hiperestrogenismo → E2 → cisto folicular? 
obstrução mecânica
aplasia segmentar
consequências:
hipotrofia endometrial 
adelgaçamento da parede uterina
formação de histerólitos
é a principal causa de subfertilidade em cabras → prevalência de 10%
associada à persistência de CL → como afeta endométrio que produz PGF2-alfa,
pode gerar a interrupção da atividade luteolítica
nas cabras, esses quadros podem ser chamados de pseudociese, porque se parecem
com a gestação e há persistência de CL
tratamento com luteólise → relaxamento de cérvix → conteúdo sai
CISTOS ENDOMETRIAIS:
origem glandular ou linfática
isolados ou difusos
fêmeas mais velhas:
éguas: 
não tem tratamento (cauterização química?)
associado à endometrite crônica → fibrose entope a glândula endometrial, a
secreção acumula e forma o cisto
pequenos animas:
tratamento: castração → se não piometra!
o estímulo em alta [E2] + P4 prolongada levam a cistos endometriais → HEC
(hiperplasia endometrial cística 
Alterações degenerativas do útero
As alterações inflamatórias nos animais (vaca, égua e cadela) são um problema multifatorial
que depende de:
idade/ordem de parto
integridade genital
questões metabólicas
exposição a agentes microbianos:
conformação da genitália
anomalias anatômicas
eventos pós-parto
técnicas reprodutivas
Alterações inflamatórias
INFLAMAÇÃO UTERINA NA VACA:
geralmente relacionados ao período puerperal:
retenção de placenta
distocia
hipocalcemia puerperal
abortamento
parto gemelar
deficiência nutricional
doenças infecciosas:
brucelose
leptospirose 
BVD
campilobacteriose
tricomonose
metrite:
infecção uterina multibacteriana:
S. coli
Trueperella pyogenes
Fusobacterium necrophorum
ocorre nas 2 primeiras semanas do pós-parto
incidência: até 35%
descarte
redução desemprenho reprodutivo
redução da produtividade
fatores de risco e prevenção:
natimortos
parto gemelar
distocia
retenção de membranas fetais
primiparidade
hipocalcemia subclínica
má higiene perineal
classificação:
metrite puerperal:
metrite tóxica 
útero aumentado e flácido
secreção fétida 
coloração vermelho-amarronzado 
sinais sistêmicos: febre (>39,5º C), anorexia e depressão e redução da
produção 
metrite clínica:
útero aumentado
secreção purulenta 
ocorrência dentro de 21 dias pós-parto 
ausência de sinais sistêmicos 
auto-cura (?) 
diagnóstico: 
por meio da avaliação do conteúdo uterino na base da cauda, recuperação por
palpação transretal, vaginoscopia e Metricheck 
tratamento:
antibacteriano:
Ceftiofur (cloridrato 2,2 mg/Kg IM SID/5d) 
Penicilina procaína G (22.000 unidades/Kg IM SID/5d)
Ampicilina (11 mg/Kg IV SID/5d)
terapia de suporte:
hipocalcemia, hipoglicemia e cetose 
hidratação
anti-inflamatório e anti-térmico:
Flunixim meglumine (2,2 mg/Kg)
Cetoprofeno (3 mg/Kg)
Ácido acetilsalicílico (15,6 g/d 5d) 
endometrite:
principal causa de redução da fertilidade em rebanhos leiteiros:
redução da concepção/IA (20%)
aumento da perda gestacional
aumento do intervalo parto-concepção (+30d) 
aumento no descarte de animais (70%)
parece estar relacionada ao balanço energético negativo
prejuízo à resposta imunológica local
classificação:
endometrite clínica:
ocorrência a partir de 21 dias pós-parto
secreção vaginal purulenta ou mucopurulenta
endometrite subclínica:
ausência de sinais clínicos macroscópicos
presença de infiltrado inflamatório (PMN+) uterino
diagnóstico:
visualização do conteúdo uterino:
ultrassonografia 
Metricheck 
base da cauda
mão enluvada 
vaginoscopia 
cervicite e vaginite 
presença de PMN:
>18% para 20 a 33 dias pós-parto
>10% para 34 a 47 dias pós-parto
tratamento:
autocura em 50 a 70% dos casos (5-7 semanas pós-parto)
2mL IM PGF2-alfa (CL) - 3 dias - Cefapirina benzatina IU → reavaliar em 14 dias
piometra:
acúmulo de exsudato purulento no lúmen uterino
presença de CL
cérvix fechada
anestro
*a endometrite é + superficial, por isso + branda que a metrite, porém, na maioria dos
casos é subclínica e, portanto, subdiagnosticada
incidênciaendometrite:
maior causa de infertilidade em éguas
éguas susceptíveis > 70% PEP (perda embrionária precoce)
éguas normais 15mm ou edema >3
citológico: 
swab
escova citológica
lavado com volume reduzido
cultura:
swab
escova citológica
lavado com volume reduzido
resultado falso negativo: a infecção pode ser localizada e a amostra colhida
não foi representativa
resultado falso positivo: pode ter havido contaminação externa
biopsia uterina:
alterações fisiológicas ~ atividade ovariana 
processos infecciosos
aguda x crônica
alterações inflamatórias e/ou degenerativas
intensidade da fibrose endometrial
a biópsia permite um prognóstico sobre o potencial reprodutivo da fêmea
tratamento:
segue os princípios terapêuticos:
eliminação dos agentes infecciosos do útero
não causar dano ao endométrio e miométrio
não inibir os mecanismos fisiológicos de defesa orgânica
tratamento no estro 
não deixar resíduos indesejáveis do medicamentos utilizados 
agentes ecbólicos:
ocitocina:
contrações de curta duração (45 min)
10 a 20 UI
PGF2-alfa:
contrações prolongadas (5hrs)
cloprostenol → 0,25mg (1mL)
dinoprost → 5mg (1mL)
lavagem uterina:
ringer lactato ou salina 0,9%
1 a 3 L
possível associação com agentes quelantes ou mucolíticos
imunomoduladores:
glicorticoides:
1 horas pré IA
dexametasona 50mg
AINEs???
inibição da via das PGs → vai reduzir a contratilidade uterina (não é bom),
falha ovulatória (FAH)
COX2 seletivos (melhor) → firocoxibe 0,09mg/Kg IV
antibióticos:
depende do caso → vai ser por infusão IU, pré ou pós IA, qual a
frequência, fez teste de sensibilidade?
antibióticos alteram o pH uterino, fazem o desequilíbrio da microbiota e a
endometrite pode ser fúngica
antifúngicos
piometra:
persistência de CL
exsudato purulento de volume variável
causas potenciais:
fibrose cervical → distocia ou iatrogênica (veterinário porco)
útero penduloso ou disfuncional 
pode levar à necrose e fibrose endometrial
prognóstico desfavorável 
diagnóstico:
descarga vaginal
visualização LIU
intervalos interestros irregulares
cultura + citologia + biopsia 
podem haver alterações hematológicas como anemia, leucopenia (neutropenia)
tratamento:
lavagem uterina
frequência: até completa remoção do conteúdo → retorno límpido 
agente luteolítico
antibioticoterapia adequada 
se fibrose cervical:
pessário oco
antiinflamatório local 
PGE2 
metrite pós-parto:
também pode ser chamada de síndrome da metrite-laminite-sepse
baixa incidência
comumente observado pós distocia (partos gemelares!!!) e retenção de placenta
1 a 10 dias pós-parto
quadro de curso grave:
septicemia/toxemia
laminite
óbito
tratamento:
lavagem uterina SID ou BID
ocitocina 10 a 20 UI QID
antibioticoterapia de amplo espectro sistêmica
gentamicina 6 mg/Kg IV SID + penicilina procaína 22000 UI IM BID
anti-toxêmico:
polimixina B 1000 a 6000 U/Kg IV lenta TID ou QID
pentoxifilina 7,5 a 10 mg/Kg PO ou IV TID
FM 0,25mg/Kg IV TID
crioterapia
otimização do melhoramento genético
prevenção de doenças infecto-contagiosas
otimização do uso de machos superiores a menor custo
possibilidade de cruzamentos diversos
maior padronização do rebanho
prevenção de acidentes
possibilidade de uso de sêmen de animais debilitados ou que vieram a óbito
maior controle zootécnico
possibilidade de escolha do sexo (bovinos) → sêmen sexado
estabelecimento de banco de germoplasma 
Inseminação artificial
Vantagens
Técnica em que é realizado o depósito de sêmen de um reprodutor no fundo da vagina ou
dentro de útero da fêmea, a depender da espécie. Considerada a biotécnica que causa o
maior impacto nos programas de melhoramento animal, por multiplicar e difundir a
genética de reprodutores de elevado mérito genético. 
APLICAÇÕES:
animais de produção: aumento da produtividade/ha
animais de companhia: produção de ninhadas provenientes de animais incapacitados
animais selvagens: reprodução de animais em cativeiro e ameaçados de extinção
necessidade de mão de obra especializada
detecção do cio/ determinação do momento ideal para IA
complicações derivadas da má aplicação da técnica
Limitações 
TÉCNICO CAPACITADO:
conhecimento da anatomia da fêmea
organização e ficha de acompanhamento
higiene
MATERIAL E INSTALAÇÕES ADEQUADAS:
local de contenção
cômodo para equipamentos e materiais
disponibilidade de água
MANEJO ADEQUADO DOS ANIMAIS:
nutrição x sanidade x bem-estar
Requisitos básicos
SÊMEN FRESCO → DEPÓSITO INTRAVAGINAL
acabou de coletar
deve ser diluído
utilizado em cães* e equinos 
*inseminação de cadelas é realizada no fundo da vagina (angulação)
Tipos de inseminação artificial
Hoje em dia, cerca de 80% dos bezerros nascidos são provenientes da monta natural. A
baixa eficiência de detecção de estro é um dos motivos pelos quais a IA não é muito
utilizada, sendo que em zebuínos o estro é mais curto (1 a 20, 9hrs), o comportamento do
animal é menos intenso e ocorre à noite. Cios silenciosos e manejo nutricional também são
um problema. A puberdade tardia e a alta incidência de anestro pós-parto também
contribuem para essa porcentagem.
MÉTODOS DE DETECÇÃO DE CIO:
uso de rufiões com buçal
touros com desvio lateral ou fixação da flexura sigmoide
fêmeas androgenizadas
pedômetro ou colares monitores
sistema de detecção por radiotelemetria
transmissores sensíveis à pressão
sonda de resistência intravaginal
bastão ou adesivo marcador
observação visual do rebanho:
2x por dia
por no mínimo 1 hora
no início da manhã e no final da tarde
influenciado pelo n° de montas/hora
experiência do observador
taxa de eficiência de 50 a 70%
MÉTODO DE TRIMBERGER (1948):
TÉCNICA:
contenção da fêmea e higienização da vulva
preparação do aplicador
retirada do sêmen do botijão
descongelamento da palheta
secagem da palheta
corte do lacre e montagem do aplicador
transpasse de todos os anéis cervicais
o melhor momento para
inseminar a vaca é 12 horas
após a detecção do cio
SÊMEN REFRIGERADO:
deposição uterina 
cão e equino → 5°C
suíno → 15°C
SÊMEN CONGELADO:
ruminantes e equinos
pode fazer em cães, mas praticamente não se usa, pois a qualidade de sêmen não é
muito boa
deposição uterina profunda
Inseminação artificial em bovinos
DEFINIÇÃO:
É uma técnica que permite a inseminação artificial (IA) de fêmeas sem que seja necessário
observar o cio, ou seja, são utilizados fármacos específicos em dias e horários definidos pelo
médico veterinário. Ao serem administrados, simulam o ciclo estral normal da fêmea
(mimetizam a fisiologia endócrina do animal) e sincronizam o cio de um lote de fêmeas,
permitindo programar a IA para um determinado dia e hora (tempo fixo).
VANTAGENS:
melhoria da eficiência reprodutiva
redução do intervalo entre partos
otimização da programação das atividades reprodutivas
racionalização da mão de obra
uniformização de lotes
aumento no número de bezerros/IA
sem necessidade de observação de cio
HISTÓRICO:
surgimento em meados da década de 90
desenvolvimento de protocolos hormonais
o objetivo da introdução da IA no Brasil foi aumentar a viabilidade econômica dos
sistemas de produção da pecuária de corte e leite, aumentando o emprego do
melhoramento genético e ganho produtivo de rebanhos
TÉCNICA: 
as prostaglandinas foram os primeiros fármacos dos protocolos de sincronização
quando aplicada, ela age sobre o CL, lisando-o e, dentro de 2 a 6 dias, as vacas
entram em cio
CL > 5 dias
Inseminação artificial em Tempo Fixo (IATF)
PGF2-alfa
Dia 0 D2 D6 D11
PGF2-alfa
CL

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