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o gene SRY está presente somente no cromossomo Y Determinação e diferenciação sexual O sexo O sexo é dividido em 5 extratos e não somente o gonadal: 1) sexo genotípico: ou cromossomal (XX ou XY, no caso dos mamíferos) 2) sexo gonadal: relativo às gônadas sexuais (ovários e testículos 3) sexo fenotípico: características femininas e masculinas 4) sexo cerebral 5) sexo comportamental Determinação sexual mecanismo que determina o destino da gônada bipotencial cromossômica -> gonadal -> fenotípica como ocorre: células germinativas primordiais presentes no saco vitelino, por volta de 5 semanas de gestação, se depositam na crista urogenital como são células pluripotentes podem dar origem a todos os tipos de células, inclusive aos gametas femininos e masculinos na presença ou ausência do gene SRY, essas células são induzidas a se diferenciarem em células germinativas, de suporte e secretoras os genes associados ao cromossomo Y que se expressão devido a presença do gene SRY bloqueiam a expressão dos genes do cromossomo X esse bloqueio apenas é possível, pois os genes do cromossomo Y se expressam cerca de 1-2 semanas antes dos do X NO MACHO: gene SRY fator de desenvolvimento testicular (TDF) diferenciação das gônadas em testículos células de Leydig células de Sertoli hormônio anti- mulleriano (AMH) involução do ducto paramesonéfrico (Muller) testosterona evolução do ducto mesonéfrico (Wolff) 1) próstata 2) escroto 3) pênis DHT (metabólito da testosterona -> di- hidrotestosterona) EXAME DE SEXAGEM FETAL: com base na posição do tubérculo genital é possível saber se o feto é macho ou fêmea aos 60 dias, uma vez que este dá origem à glande do pênis (entre o umbigo e os membros pélvicos) ou ao clitóris (entre os membros pélvicos e a cauda) GENITÁLIA EXTERNA: na presença de DHT ocorre o fechamento da membrana cloacal, gerando a ‘’costura’’ no pênis e no escroto -> rafe peniana o não fechamento da rafe peniana é chamado de hipospadia Sexo cerebral ao falar de sexo cerebral, nos referimos ao hipotálamo principalmente que será o responsável pela secreção de vários hormônios, consequentemente o comportamento sexual do animal também é influenciado a diferenciação ocorre pela influência do estrógeno: na fêmea: altas concentrações de estrógeno se ligam a alfa-fetoproteína (produzida no fígado) -> alta afinidade formação de uma molécula grande que não atravessa a barreira hematoencefálica portanto, o estrógeno não influencia o hipotálamo nas fêmeas no macho: possuem pouco estrógeno, porém, muita testosterona, a qual não se liga à alfa- fetoproteína a testosterona atravessa a barreira hematoencefálica e é convertida pela aromatase em estrógeno portanto, o estrógeno influencia o hipotálamo nos machos Intersexo indivíduos dotados de dois sexos distintos anatômica e funcionalmente o tipo mais comum de intersexo é o hermafroditismo, o qual é considerado uma patologia classificados com base na anatomia do intersexo: hermafrodita verdadeiro ou pseudohermafrodita macho/fêmea ocorre devido a alterações na diferenciação sexual que pode ocorrer em qualquer fase da diferenciação das gônadas, do sistema de ductos e do seio urogenital intersexos de origem cromossômica: aberrações cromossômicas numerárias intersexos gonadais: não relacionados a aberrações cromossômicas intersexos fenotípicos: anomalias no desenvolvimento da genitália no entanto, o hermafroditismo também pode ser hereditário, oriundo de um gene autossômico recessivo: suínos: 0,2 a 5% das leitegadas possuem hermafrodita verdadeiro caprinos: 7,1% das progênies envolvendo característica mocha são pseudo- hermafroditas equinos > cães > bovinos* > raro em felinos HERMAFRODITISMO VERDADEIRO: consiste no indivíduos com gônadas e órgãos genitais internos de ambos os sexos (anomalia do sexo gonadal) ovário, testículo e ovotestis há ambiguidade genital externa, porém, quase sempre características femininas -> vulva rudimentar e clitóris hipertrofiado + frequente em caprinos e suínos PSEUDO-HERMAFRODITA apresenta uma das duas gônadas com características sexuais secundárias e genitália externa do sexo oposto pseudo-hermafrodita macho é mais comum: translocação do gene SRY -> indivíduo XX com desenvolvimento testicular pseudo-hermafrodita fêmea é raro -> associado a hiperplasia adrenal congênita FREEMARTINISMO: ocorre em gestação gemelar com presença de uma feto macho e um fêmea em bovinos, onde há anastomose dos vasos coriônicos (precoce em bovinos - 69 dias) e, consequentemente, há comunicação entre os fetos os hormônios do macho influenciam a fêmea, já que a diferenciação sexual é anterior as fêmeas freemartin apresentam uma série de alterações genitais como: vagina curta (1/3 do tamanho normal - 5-10cm) vulva subdesenvolvida/infantil com tufos de pelos na comissura ventral hipertrofia de clitóris gônadas indiferenciadas ou ovotestis tuba uterina ausente ou semelhante ao epidídimo ausência de cérvix útero subdesenvolvido presença de glândulas vesiculares rudimentares (vesícula seminal) estado geral: masculinização e comportamento típico pode ocorrer o nascimento de uma fêmea freemartin e não nascer o macho, pois a vaca pode ter perdido e absorvido o feto *o vestíbulo da vagina possui epitélio diferente do da vagina e das outras estruturas APARELHOS REPRODUTIVOS DAS FÊMEAS DE ANIMAIS DOMÉSTICOS A origem do ligamento largo do útero (ligamento que se liga aos ovários e tuba e corpo do útero → é nele também que ficam os vasos sanguíneos e os nervos que irrigam e inervam o útero) é responsável pelo posicionamento distinto do útero da vaca e da égua. A: vaca B: porca C: égua D: cadela Os ligamentos são quem dão suporte ao trato reprodutivo durante a gestação, o parto, a involução uterina e a captura do oócito. Existem dois deles: ligamento largo: realiza a sustentação do ovário, tuba uterina, útero e vagina mesométrio mesossalpinge mesovário ligamento próprio do ovário ou ligamento útero-ovariano Anatomia funcional da fêmea A anatomia funcional da fêmea pode ser dividida em: clitóris, vulva, vestíbulo (área de transição), vagina, útero (cérvix, corpo, 2 cornos uterinos), 2 tubas uterinas e 2 ovários. Ovários É a gônada feminina que age de maneira exócrina (oócito) e endócrina (produção e secreção de E2 e P4). Posicionado na cavidade abdominal ou pélvica, os ovários estão caudais aos rins, na região dorsal da cavidade. Pode possuir múltiplas formas: multíparas: vários folículos, vários corpos lúteos (cacho de uva) entre a vagina e o vestíbulo há a membrana vaginal (hímen) que pode romper após a cópula ou permanecer porca, cadela e gata → completamente (cadela) ou parcialmente (gata) oculto pela bolsa/bursa ovariana uníparas: apenas um folículo dominante (ovoide) vaca, ovelha e égua (formato riniforme devido à fossa ovulatória → a córtex do ovário da égua, onde crescem os folículos, fica na porção mais interna → cortical e medular invertidas) A: porca B: vaca (folículo) C: vaca (CL) D: égua oócito imaturo (oriundo de células germinativas primordiais) envolto por única camada de células epiteliais achatadas FOLÍCULO PRIMÁRIO: oócito circundado por células cuboides ou colunares prece o aparecimento do antro folicular formação da zona pelúcida FOLÍCULO SECUNDÁRIO: oócito I em crescimento, circundado por epitélio estratificado desenvolvimento da camada da teca FOLÍCULO TERCIÁRIO (ou de Graaf): folículo em seu tamanho máximo possui uma cavidade central chamada antrum preenchida com ____ HISTOLOGIA: envolto por epitélio superficial e túnica albugínea córtex: região externa tecido predominante estruturas funcionais como folículos, corpo lúteo, corpo hemorrágico estruturas vestigiais como corpus albicans e corpus fibrosum medula: região interna → tecido conjuntivo fibroeslástico vasos linfáticos e sanguíneos e nevos FOLÍCULO PRIMORDIAL: líquido folicular teca → 2 camadas: interna (produção de esteroides) e externa (estrutura fibrosa) zona pelúcida O crescimento folicular ocorre sob influência das alteraçõesZelândia → proibido o uso de estradiol uso de GnRH e prostaglandina: D0 → aplicação de GnRH para indução de ovulação (24-48hrs) D7 → aplicação de PGF2-alfa para indução de luteólise D9 → aplicação de GnRH para indução e sincronização da ovulação D9 + 16hrs → IA dispositivo P4: D0 → associação de P4 e E2 indução de atresia folicular → a progesterona deixa o animal em diestro, permitindo que quando todos os dispositivos de P4 forem retirados, todos sincronizarão em tempos próximos sincronização da emergência folicular D6 - 9 → retirada do dispositivo + PGF2α + eCG + CE luteólise crescimento folicular > fol dom = >CL = > P4 indução da ovulação Dx + 48h → IA 4 dias Dia 0 15 dias D11 PGF2-alfa variadas adaptações aos protocolos eficiência da IATF é variável (35 a 60%), pois depende: condição corporal idade e paridade precocidade sexual dias pós-parto produção leite dia fertilidade do macho ambiente e conforto térmico manejo sanitário e nutricional PROTOCOLO DE RESSINCRONIZAÇÃO: redução do intervalo entre inseminações aceleração da concepção pós parto redução do intervalo entre partos melhoria da eficiência reprodutiva IN VIVO: fêmea doadora + inseminação artificial = coleta do embrião (apenas um embrião é coletado) → transferido para uma fêmea receptora que deve passar por protocolo para a preparação do útero as fêmeas doadoras podem passar por um protocolo de superovulação (mais de um embrião coletado), onde diversos folículos passam pela inseminação artificial, ou seja, vários embriões, várias receptoras ou congelamento a propriedade deve possuir várias receptoras para passar por protocolo hormonal cerca de apenas ⅓ das receptoras irão responder ao protocolo hormonal, por isso, ao realizar SOV deve-se, no mínimo, 3x o n° de embriões em doadoras IN VITRO: geração acontece fora da vaca também chamado de PIVE → produção de embriões in vitro dentro da PIVE, há a FIV (fertilização in vitro), ICSI (injeção intracitoplasmática de sptz) e clonagem (também chamada de transferência de núcleo de embriões), sendo que a FIV é a técnica mais utilizada fertilização in vitro: coleta de oócitos (aspiração folicular) maturação ‘’in vitro’’ do oócito fertilização do oócito cultivo embrionário (acompanhamento do embrião para ver se está desenvolvendo) congelamento do embrião (estado de mórula) inovulação do embrião (transferir o embrião para a receptora) Produção de Embriões Origem do embrião A inseminação artificial é uma biotécnica que visa a multiplicação da genética do macho, sendo que um ejaculado serve para várias fêmeas. Já na produção de embriões, a genética da fêmea é a maximizada. A TE é uma biotécnica que permite recolher embriões de uma fêmea doadora e transferi-los para fêmeas receptoras com a finalidade de completarem o período de gestação. Comercialmente, a PIVE é utilizada em bovinos e equinos, pois é mais rentável. VANTAGENS: aumento do número de descendentes produzidos/fêmea aceleração e maior precisão no processo de seleção animal obtenção de descendentes de fêmeas com distúrbios reprodutivos adquiridos redução do descarte precoce de fêmeas importantes técnica base para implementação de biotécnicas mais avançadas ESTRUTURA: curral em boas condições laboratório para manipulação dos embriões tronco de contenção disponibilidade de funcionários Transferência de embriões manejo sanitário adequado brucelose e tuberculose vacinação ecto/endoparasitas ETAPAS PARA EXECUÇÃO DA TRANSFERÊNCIA DE EMBRIÕES: seleção zootécnica das doadoras avaliação clínica e ginecológica das doadoras e receptoras superovulação das doadoras sincronização das receptoras inseminação das doadoras colheita e avaliação de embriões criopreservação de embriões inovulação do embrião SELEÇÃO E MANEJO DA DOADORA: pedigree com boas linhagens premiação e mérito próprios ou de sua linhagem produção (carne ou leite) mérito de seus descendentes fenótipo escore de condição corporal 3 (1-5) exame ginecológico: animal ‘’vazio’’ pós parto > 45 dias ausência de infecções histórico de problemas reprodutivos SUPEROVULAÇÃO: o objetivo é promover a ovulação de múltiplos oócitos para fecundação para maior eficiência econômica da técnica ocorre em decorrência da aplicação de gonadotrofinas (FSH e análogos) no momento anterior à divergência folicular antes da dominância, pois, se esse evento ocorrer, os outros folículos entrarão em atresia um dos empecilhos da técnica é que há variação da resposta ao tratamento, sendo as raças zebuínas mais sensíveis ao FSH, ou seja, doses menores são necessárias protocolo de SOV: hormônios de escolha: FSH (origem suína) ou eCG: o eCG é produzido no cálice endometrial na égua durante a gestação da égua, o eCG faz a luteinização de folículos, transformando-os em CL acessório → mais P4 para manter a gestação no início até a placenta assumir a produção de P4 na vaca o eCG atua nos receptores de FSH GnRH: meia dose (papel de FSH) para crescimento folicular (dose cheia é indutor de ovulação → papel de LH) *na égua, a superovulação não funciona, pois a fossa ovulatória permite que apenas 1 folículo seja ovulado de cada vez → a presença do corpo hemorrágico no local de saída vai impedindo a saída dos outros **pode até tentar, mas no máximo 3 a 4 ovócitos, enquanto na vaca são de 30 a 40 quatro dias é a quantidade de tempo que ele precisa para atingir o tamanho de 10 mm, que é o tamanho da divergência folicular aplicação de PGF2-alfa nos últimos 2 dias dessa maneira o CL é lisado (do folículo do cio), P4 cai e os folículos voltam a serem sensíveis e voltam a crescer 2 dias de IA coleta dos embriões entre 6 a 8 dias depois da IA *com o protocolo de IATF, todas as vacas ficam sincronizadas e antes mesmo de retirar o dispositivo de P4, já se inicia a aplicação de FSH (dia 5) e segue-se com o protocolo normal de SOV COLHEITA DE EMBRIÕES: na vaca é necessário anestesia (epidural baixa), na égua não → anéis cartilaginosos!!! lavagem uterina com meio DPBS (3, no mínimo por corno) vaca: 10 mL por corno por lavado égua: 1L ringer lactato por lavado transposição de cérvix com sonda de Foley (16 a 22) entre D6-7 utilização de uma mandril para guiar a sonda posicionamento da sonda em 1 corno uterino → enchimento do cuff que bloqueia a saída do útero, para que o embrião não escapa lavagem pelo menos 3x etapas: contenção da doadora em tronco de contenção higienização da região perineal da doadora aplicação de anestesia epidural baixa (lidocaína 2%) transposição cervical com mandril/sonda de Foley ancoragem da sonda (inflação do balonete) perfusão uterina com meio DPBS aquecido conexão de equipo, sonda e filtro coletor infusão, massagem e retirada do meio pelo filtro coletor 9 a 12 dias depois do cio, inicia-se a SOV para pegar a 2° onda folicular 2 injeções de FSH (BID) por 4 dias ao longo dos dias as doses de FSH decrescem, simulando o que acontece realmente normalmente os folículos são sensíveis a FSH, ou seja, não é necessária dose total já que são sensíveis RASTREAMENTO E CLASSIFICAÇÃO DO EMBRIÃO: identificação do estágio do embrião → mórula, blastocisto, etc identificação e determinação da qualidade das estruturas: reflete a viabilidade do embrião essa parte é bem subjetiva, pois é visual diferenciar oócitos não fertilizados identificar anormalidades morfológicas ESTÁGIO DE DESENVOLVIMENTO SEGUNDO A IETS: geralmente a coleta dos embriões é feita durante a fase de mórula, mas podem ser coletados em outras fases também QUALIDADE MORFOLÓGICA SEGUNDO A IETS: a escolha de embriões é baseada nas suas características morfológicas e, aqueles escolhidos devem ser os com código IETS iguais a 1 ou 2, em casos extremos, nunca 3, 4 ou 5 LAVAGEM E PURIFICAÇÃO DOS EMBRIÕES: desinfecção dos embriões → redução da veiculação de doença recomendação da IETS, incorporada pela Organização Internacional das Epizootias procedimento (embriões bovinos): 10 lavagens sucessivas em meio de manutenção estéril exposição do embrião à solução de tripsina 0,25% por 60 a 90'’ → na última gotapara matar contaminantes virais Processamento de embriões A PIVE é uma biotécnica que envolve a coleta de oócitos imaturos presentes nos folículos ovarianos, a maturação in vitro, a fecundação in vitro, e o cultivo embrionário in vitro. Nesse processo, as estruturas são mantidas em ambiente artificial, utilizando-se meios de cultivos específicos e dentro de incubudoras com controle de temperatura, de umidade e de gases. OBTENÇÃO DE OÓCITOS: ao aspirar o folículo, vem o líquido folicular que preenche o antro e o complexo cumulus oophurus (COC) a aspiração pode ser feita de duas maneiras: ovários de abatedouro → somente para pesquisa agulha e seringa aspiração de folículos de 3 a 8 mm possibilidade de fatiamento (slicing) Produção in vitro de embriões (PIVE) nem todos os oócitos coletados estão aptos também, por isso, deve-se fazer uma avaliação deles observando se há células da granulosa, se elas estão em várias camadas (4 ou +), se essas camadas estão compactadas tudo isso precisa ser avaliado, afinal são as células da granulosa as responsáveis pelo aporte nutricional do oócito ovários de doadoras (in vivo) por meio de ultrassonografia transvaginal (Ovum pick-up) permite coletas seriadas quinzenalmente ou até bisemanal ampla faixa etária de doadoras e condições reprodutivas há a possibilidade de uso de protocolos hormonais para sincronização das ondas foliculares eliminação da dominância folicular queremos folículos antes da dominância, pois se houver um folículo dominante que seja, os subordinados já estão em atresia folículos de 2 a 8 mm MATURAÇÃO IN VITRO (MIV): os oócitos são coletados em prófase II (diplóteno) e, portanto, ainda devem maturar para chegar à fase de metáfase usa-se um meio de maturação para realizar a sincronização entre maturação nuclear e citoplasmática por meio da inibição de fatores inibidores nucleares FSH, LH (pp, pois é ele o responsável pela maturação oocitária), EGF, IGF-I o meio é suplementado com aminoácidos, vitaminas e AO’s atmosfera gasosa de 5% CO2, umidade saturada dura cerca de 22-24h a 38,5°C Em A, os oócitos estão bons e necessitam passar pela maturação. Em B, se passaram 24 hrs e houve expansão das camadas das células da granulosa, o que indica que houve maturação. FECUNDAÇÃO IN VITRO (FIV): trata-se da co-incubação de oócitos maturados com espermatozoides capacitados (deve ser feita uma capacitação espermática que será vista em Reprodução II) meio de fecundação: penicilina, hipotaurina e epinefrina (PHE) 0,5 a 2 x 10 sptz/mL → 2 milhões de espermatozoides por mL6 100 complexos cumulus-oophurus (COC) gotas de 100 uL colocar mais sptz ou menos COC é aumentar a chance de poliploidia (embrião não desenvolve) atmosfera gasosa 5% CO2 umidade saturada 8 a 22hrs a 38,5°C CULTIVO IN VITRO EMBRIONÁRIO: transferência das estruturas para o meio de cultivo depois de 2 dias apenas é possível ver se houve ou não fertilização, observando as primeiras clivagens incubação por 7 dias dentro das primeiras 48 hrs há a remoção dos COC’s É o processo de preservação celular a temperaturas extremamente baixas (-196°C), visando a manutenção da sua viabilidade a longo prazo. O congelamento suspende o metabolismo celular com manutenção da integridade estrutural embrionária. Associa-se curvas de redução de temperatura com o uso de substâncias crioprotetoras (meios específicos com substâncias que protegem do frio, reduzindo a produção de gelo dentro do embrião e a instabilidade da membrana celular). VANTAGENS: otimização do uso de receptoras formação de bancos de embriões viabilização de comércio internacional CRIOPROTETORES: são substâncias que viabilizam a sobrevivência celular em processos de congelamento e descongelamento, reduzindo a formação de cristais de gelo, preservando a integridade das membranas celulares e possibilitando a osmose, o que ‘’desidrata’’ o embrião intracelulares (permeáveis): estabilizam a membrana por dentro e se ligam às moléculas de H20, reduzindo os cristais de gelo glicerol dimetilsulfóxido (DMSO) etilenoglicol propanediol metilformamida dimetilformamida extracelulares (impermeáveis): formação de blastocistos classificação dos embriões SÍNDROME DO BEZERRO GRANDE: o zigoto in vivo ainda depende do oócito materno, de sua maquinaria celular, e é ela e as condições do útero que comandam as clivagens e montagens de células há evidência que bezerros e cordeiros FIV não tem essa seleção/condições, uma vez que são feitos em laboratório, resultando na síndrome do bezerro grande na FIV, tenta-se mimetizar as condições uterinas e afins, mas nem sempre dá certo: PIVE co-cultura com células somáticas suplementação com soro fetal bovino suplementação com albumina sérica bovina (BSA) altos níveis de nitrogênio na dieta materna altos níveis de progesterona no desenvolvimento embrionário inicial assincronia com o ambiente uterino os bezerros nascem grandes, pode haver distocia no parto e retenção de placenta Criopreservação de embriões estabilidade da membrana e aumentam a pressão osmótica sacarose rafinose lactose trealose polivinilpirrolidona (PVP) albumina sérica bovina (BSA) CONGELAMENTO: armazenamento a -196°C mediante curva lenta de redução de temperatura primeiro uma curva de refrigeração, para só depois ir para o nitrogênio minimiza a formação de cristais de gelo menores concentrações de crioprotetor IC (5-10%) os crioprotetores protegem, mas são tóxicos, então não deixar tanto tempo exposto glicerol, etilenoglicol descongelação lenta reidratação e remoção de crioprotetor? VITRIFICAÇÃO: tanto a vitrificação quanto o congelamento tem resultados iguais, mas a técnica da vitrificação é mais complexa e demanda muito equipamento, já a congelação é bem mais simples, porém, demorado congelação ultrarrápida imersão direta em nitrogênio líquido altas concentrações de crioprotetor IC (10-50%) essa técnica não é muito utilizada, pois se não for feito muito rápido acaba matando o embrião DMSO, polietilenoglicol, glicerol armazenamento em estado vítreo (parece um gel, mas mais viscoso) sem formação de cristais de gelo É a técnica pela qual o embrião obtido (in vivo ou in vitro) é transferido para o útero receptor. É necessária a seleção adequada da receptora e a sincronização entre o estágio de desenvolvimento embrionário e momento do ciclo da receptora. A RECEPTORA: é um dos principais gargalos em programas de transferência de embriões há um custo de aquisição + manutenção manejo sanitário e nutricional sanidade geral integridade anatômica e funcional da genitália boa condição corporal regularidade de ciclos estrais adequadas condições de manejo tamanho adequado ao esperado do embrião histórico reprodutivo: uso de novilhas? animal ciclando ou em anestro? sincronização D6-8 uso de protocolo ou cio natural proporção de 3 receptoras para cada embrião SINCRONIZAÇÃO: embrião D7 → útero D6 a D8 Inovulação cio natural - uso em fazendas especializadas (centrais de receptoras) sincronização com PGF2-alfa - risco de dispersão de cios sincronização com TETF - princípios básicos do IATF Biotécnicas avançadas da reprodução Apesar da produção in vitro de embriões (FIV) ser o mais prático e avançado para a espécie bacima há espécies nas quais a FIV não é realizada, como por exemplo na égua uma vez que o folículo se adere muito à parede, não sendo possível aspirá-lo. Para retirá-lo seria necessária realizar a escarificação da parede interna do ovário. Atualmente, a técnica de "scramb" é utilizada, na qual conchas/curetas/escarificadores "raspam" a parede do folículo. Outro problema está relacionada à capacitação espermática dos espermatozóides equinos que é de difícil realização. retira-se um oócito de uma fêmea doadora e transfere para a tuba uterina de uma fêmea receptora uma doadora produz vários oócitos para várias receptoras as receptoras vão ser aspiradas também se forem cíclicas, uma vez que para serem inseminadas precisam estar no cio, ou seja, elas tem folículo pré-ovulatório se inseminar essa fêmea, ela pode emprenhardo oócito dela ou da doadora, por isso o oócito da receptora deve ser aspirado a receptora produz um CL e o oócito da doadora é transferido → as duas fêmeas (receptora e doadora) precisam estar sincronizadas a receptora será inseminada com o sêmen desejado → fertilização in vitro pode usar fêmea acíclica em anestro sazonal? sim, mas apenas se as condições uterinas forem mimetizadas por meio de protocolo hormonal (E2, P4, etc) após isso, faz-se a inseminação dessa receptora Transferência de oócitos também utilizado em humanos tira-se o oócito da doadora, transfere para a tuba uterina de outra fêmea, coloca-se os espermatozóides já capacitados também na tuba uterina da receptora a transferência de oócitos utilizada em equinos veio como uma adaptação dessa técnica → como nos equinos há a problemática da capacitação espermática, essa técnica não seria eficaz realização da biotécnica: aspira-se o oócito da fêmea doadora seleciona o oócito e coloca em uma pipeta realiza-se uma laparotomia exploratória na receptora, expõe a tuba uterina e transfere-se o oócito com uma seringa e pipeta a inseminação é feita antes da transferência para o oócito chegar à tuba uterina com o espermatozóide no local no Brasil, essa técnica não é feita comercialmente Transferência intra-falopiana de gametas feita em equinos, humanos e outras espécies espermatozóide é injetado dentro do oócito por meio de uma agulha é utilizada em função da não possibilidade de utilização da FIV em termos comerciais indicações: égua ou garanhão subfértil: animais de produção espermática ruim são candidatos ___ Injeção intracitoplasmática de espermatozóides (ICSI) invisível para essa técnica, podendo-se otimizar doses e custos não é tão eficiente quanto a transferência de embriões realização da biotécnica: faz-se a aspiração da égua doadora com curetagem folículo é lavado e coletado (de preferência o folículo pré-ovulatório, pois a intenção é de coletar apenas um oócito para fazer a ICSI com um espermatozoide, mas folículos pequenos também podem ser coletados, porém, devem antes ser maturados) faz -se a indução da ovulação -> aspiração depois de 30hrs da indução da ovulação oócito deve ser colocado em meio de manutenção (não de maturação) seleção espermática com uso de percol (meio de densidade que só os espermatozóides conseguem atravessar) aqueles que conseguem atravessar são colocados em em uma gota com PVP (polivinilpirrolidona) que extremamente denso, impossibilitando a movimentação excessiva a cauda, com uma agulha é seccionada, e ele é aspirado com a cabeça para fora com um micromanipulador, o oócito é isolado, desnudado (retirada das células do cumulus oophorus) e a injeção com o sptz é feita a eficiência dessa técnica ultrapassa 30 a 40% dos oócitos injetados que darão origem ao embrião o embrião da ICSI é tão saudável quanto o embrião in vivo o embrião é transferido para a receptora (alta taxa de confirmação de embrião -> 60 a 80%) o potro nasce saudável, não possuindo o problema do gigantismo da FIV é um indivíduo que possui as mesmas características genéticas de outro indivíduo → gêmeos univitelinos são clones naturais a técnica de clonagem se iniciou no Japão quando se percebeu que era possível dividir um embrião em dois em certo momento da clivagem é uma técnica muito trabalhosa, cara e de baixa efetividade a produção de clones só é interessante a partir de indivíduos adultos que se mostraram muito importantes em termos de produção (ex: campeões olímpicos, vacas de alta produção) realização da técnica: consiste na transferência de núcleos de células somáticas (2n) para o citoplasma de um oócito não se pode utilizar qualquer tipo de célula, uma vez que o núcleo direciona a função prega-se pela utilização de núcleos de células indiferenciadas (totipotentes ou pluripotentes) como células mesenquimais ou fibroblastos da derme, retirados por biópsia inicia-se pela captação de um oócito de uma fêmea qualquer da mesma espécie e na sua enucleação, deixando apenas o citoplasma adição do núcleo de uma célula somática 2n do indivíduo desejado (doador) no citoplasma desse oócito núcleo é injetado no espaço perivitelínico do oócito feita uma despolarização de membranas por meio de descarga elétrica para que o núcleo da célula somática consiga se diferenciar ao ativar a maquinaria celular a maquinaria do oócito manda o núcleo se dividir, realizando as clivagens para gerar o embrião Clonagem ou transferência nuclear de células deixa no meio de cultivo acompanhando até mórula ou blastocisto e depois faz a transferência como é uma técnica de baixa efetividade, não se congela o clone, o embrião é transferido fresco para animais de produção, compensa o clone, uma vez que a genética é passada, no entanto, o manejo do animal ‘’clone’’ deve ser o mesmo do que o do animal doador características fenotípicas, por exemplo, muitas vezes não são atingidas 100%, pois dependem de outros fatores ademais, a clonagem não garante os mesmos resultados do animal clonado, pois a expressão genética depende de diversos fatores atualmente, a clonagem é muito utilizada para bovinos no Brasil com objetivo de produção, para outros animais (equinos, cães) é mais voltado para o lado afetivo é a técnica mais avançada atualmente em termos de biotecnologia da reprodução baseia-se na modificação dos genes dos indivíduos que serão produzindo, alterando o genoma, seja ativando ou bloqueando genes edição gênica de determinados indivíduos para que produza ou iniba características principais aplicações em termos de produção animal: produção de leite sem proteína alergênica → silencia o gene porcos transgênicos com o objetivo de aumentar a similaridade com o coração humano para realização de transplante Transgenia em animaishormonais cíclicas às quais a fêmea está exposta, de acordo com a fase do ciclo estral. FOLÍCULO ATRÉSICO: folículo em qualquer estágio de desenvolvimento em processo de degeneração que acaba por desaparecer e deixar uma estrutura vestigial, o corpus fibrosum CORPO HEMORRÁGICO: estrutura de consistência friável, semelhante a um coágulo que surge no local do folículo recém ovulado CORPO LÚTEO: estrutura de cor amarelada que substitui o corpo hemorrágico, resultante da proliferação e luteinização de células da teca e da granulosa após a ovulação CORPO ALBICANS: estrutura remanescente do corpo lúteo degenerado Tuba uterina Também chamada de salpinge ou oviduto, a tuba uterina é uma estrutura tubular flexível que ‘’liga’’ o ápice do corno uterino ao ovário. Pode ser dividida em 3 porções: istmo: região mais estreita da tuba localizada na porção proximal → liga-se ao lúmen uterino ovários da égua: 4 a 10 cm ovários de ruminantes: 2 a 4 cm ovários de suínos: dimensão ~5 cm ovários de cadela: 2 cm ovários de gata: 1 cm ampola: maior região da tuba mais dilatada distalmente onde ocorre a fecundação infundíbulo: abertura próxima ao ovário com formato de funil responsável por captar o oócito (fímbrias) HISTOLOGIA: pregas células epiteliais ciliadas → batimento ciliar flagelar abundantes na região de captação do oócito pulsação ciliar é afetada por hormônios facilita a remoção de células do cumulus células epiteliais não ciliadas: grânulos secretores: variam com a fase do ciclo estral fluido tubárico: capacitação e hiperativação dos espermatozoides, fecundação, desenvolvimento embrionário inicial camada muscular FUNÇÕES: captação do oócito desnudamento de oócitos sobrevivência dos gametas capacitação espermática e reação acrossomal fecundação e desenvolvimento embrionário inicial Composto por 2 cornos, 1 corpo e 1 cérvix, o útero tem suas proporções, formatos e disposição do cornos variando conforme as espécies. ÚTERO DIDELFO: órgão septado ou duplicado → tem 1 vulva, 1 vestíbulo, mas 2 aberturas para as 2 vaginas, 2 cérvix e 2 úteros comum em marsupiais (gambá, canguru), lagomorfos e alguns roedores Útero ÚTERO DUPLEX: corpo uterino e cérvix duplos comum em roedores → capivara, cutia, paca, coelha ÚTERO BICORNUAL: útero com corpo pequeno e cornos grandes característico de porca, cadela e gata → fêmeas multíparas ÚTERO BIPARTIDO: o útero apresenta um septo que separa os dois cornos uterinos do pequeno corpo uterino corpo do útero tem tamanho semelhante ao dos cornos uterinos é encontrado em vacas e éguas MEDIDAS (cm) E FORMATO DA CÉRVIX NOS ANIMAIS DOMÉSTICO cérvix vaca ovelha porca égua comprimento 8-10 4-10 10 7-8 diâmetro externo 3-4 2-3 2-3 3,5-4 forma da luz 2-5 anéis vários anéis espiral dobras na mucosa ÚTERO SIMPLEX: útero de corpo proeminente e cornos uterinos pequenos ou inexistentes característico de primatas e mulher ESTRUTURA: O útero é dividido em 3 camadas ou 3 túnicas: mucosa → endométrio: completamente influenciado por E2 e P4 glândulas endometriais: sofrem variações durante o ciclo estral produzem fluido → proteínas séricas e uteroespecíficas que realizam o controle embrionário e a implantação muscular → miométrio: camadas internas (circular) e externa (longitudinal) atividade afetada por hormônios ovarianos (E2 e P4) serosa → perimétrio: continua com o ligamento largo FUNÇÕES: transporte e sobrevivência espermática indução da regressão do corpo lúteo desenvolvimento do concepto gestação e parto! puerpério → involução uterina É quem separa o útero da vagina (o limpo do sujo), projetando-se caudalmente sobre ela e formando o fórnix vaginal (saco de fundo cego). É um órgão muscular com ou sem tecido fibroso com parede espessa e lúmen constrito. FUNÇÕES: barreira mecânica → proteção uterina transporte espermático reservatório espermático barreira seletiva aos espermatozoides inviáveis Cérvix uterina tampão mucoso → gestação órgão copulatório reservatório espermático canal do parto → tem camada muscular extensa com complascência alta revestimento por glândulas mucosas → produção de muco a camada mucosa sofre influência do E2 e cresce durante o ciclo estral Vagina possui inclinação de 45° → importante para IA é a transição entre vagina-vulva junção vestíbulo vagina → orifício/óstio uretral e hímen vestigial menor que a vulva (exceção - gatas) presença de músculo constritor → proteção da vagina funcionalmente comum aos tratos urinário e reprodutivo Vestíbulo VULVA: influenciada pelo E2 e P4 lábios vulvares depósitos de gordura, tecido elástico e fina camada de músculo liso comissura dorsal e ventral → junção dos lábios vulvares CLITÓRIS: tecido erétil, bem suprido por terminações nervosas encoberto pela comissura ventral Genitália externa Endocrinologia da reprodução A endocrinologia é a área da ciência que estuda os hormônios, os quais podem ser: hormônios proteicos: são a maioria e agem em receptores na membrana da célula → receptor G hormônios esteroides: são derivados do colesterol, por isso tem capacidade de penetrar na membrana celular → receptores no citoplasma e núcleo → tem efeito maior que podem ser irreversíveis hormônios amínicos Hormônios são mensageiros químicos que agem em locais distantes de onde são produzidos, passando pela corrente sanguínea. Eles nem sempre são produzidos por glândulas, por exemplo, podem ser produzidos pelo sistema nervoso central (SNC). Hormônios esteroidais da reprodução Os hormônios esteroidais da reprodução são produzidos através da conversão do colesterol em pregnolona que pode seguir por dois caminhos, podendo ir para a adrenal e transformados lá e para as gônadas, nos quais teremos os hormônios: androgênicos: derivados da testosterona não androgênicos: hormônios femininos Eixo hipotalâmico-hipofisário-gonadal HIPOTÁLAMO: possui núcleos distintos com diferentes centros reguladores (funções específicas) que produzem hormônios na reprodução: diretamente produz apenas 1 hormônio → GnRH hormônio liberador de gonadotrofinas (GnRH): tem função de liberar gonadotrofinas ao cair na corrente sanguínea, o GnRH age na hipófise (adeno-hipófise) HIPÓFISE: atuação na hipófise anterior ou adeno-hipófise o GnRH estimula os gonadotrofos (células produtoras de gonadotrofinas) a produzirem as gonadotrofinas FSH e LH → hormônios que tem tropismo/afinidade com as glândulas hormônio folículo estimulante (FSH) hormônio luteinizante (LH) OVÁRIOS: são as glândulas das fêmeas, portanto, o alvo das gonadotrofinas (FSH e LH) FSH: estimula o crescimento e desenvolvimento do folículo → alta frequência de secreção de GnRH e em baixa quantidade LH: estimula o processo de luteinização → ovulação → baixa frequência de secreção de GnRH e em alta quantidade os folículos ovarianos enquanto crescem são estimulados a produzir substâncias que mantem o oócito, a qual conhecemos como estrógeno (E2) → quanto maior o folículo, maior a produção de E2 estrógeno (E2): hormônio do cio aceitação da monta = cio aumento da vascularização local aumento da permeabilidade de vasos edema e hiperemia vulvar vagina hiperêmica: aumento da produção de muco, aumento da espessura docepitélio vaginal → protege contra a fricção do pênis no útero: relaxamento da cérvix: para o útero eliminar todo o resto que não presta (clearence) aumento da defesa uterina: aumento de infiltrado de células do sistema imune → acúmulo de líquido e edema fase proliferativa: produção de substrato (leite uterino) → só sai quando chega o embrião aumento da sensibilidade de receptor de P4 ocorre então a ovulação quando o aumento/pico de E2 bloqueia a secreção de FSH e induz a produção de LH → a ovulação é resultado da ação do LH, onde o folículo é rompido e o oócito secretado → formação do corpo lúteo (CL) progesterona (P4): produzida pelas células da teca e da granulosa luteinizadas manutenção da gestação → é necessário para garantir a viabilidade de uma gestação inibição do comportamento sexual → feedback negativo → FSH parcialmente bloqueado, ou seja, háestrógeno basal, enquanto P4 está alta diminui vascularização diminui permeabilidade dos vasos no útero: fase secretória: leite uterino quiescência uterina: diminui a contratilidade uterina → musculatura fica relaxada, permitindo o feto de crescer vacas: 235 mil cabras: 35 mil ovelhas: 160 mil mulher: 2 milhões égua: 100 mil porca: 400 mil Puberdade É a fase da vida reprodutiva da fêmea em que ocorre a primeira ovulação com manifestação de estro seguida de formação de CL funcional. MECANISMO DE CONTROLE: os animais, de uma maneira geral, atingem a puberdade quando atingem ~60% do peso adulto devido a isso a nutrição do animal é um importante fator e mecanismo de controle da puberdade a leptina é produzida pelos adipócitos e sinaliza que o animal possui reservas energéticas suficiente → influencia direta e indiretamente os neurotransmissores que estimulam a produção de GnRH peso ao desmame fatores genéticos também influenciam na puberdade herdabilidade 0,33-0,44 padrão racial → ex: taurinas tem puberdade mais precoce em relação a zebuínas FÊMEA CICLO ESTRAL (dias) DURAÇÃO DO ESTRO OVULAÇÃO Cadela 60 5-10d 48-60h após o início do estro Vaca 21 12-24hrs 10-12h após o fim do estro Ovelha 17 24-36hrs 24-30h após o início do estro Cabra 21 24-48hrs 24-36h após o início do estro Ciclos reprodutivos Ciclo estral É o período compreendido entre 2 estros, de duração variável conforme a espécie. Égua 21 5-7d 24-48h antes do final do estro ANESTRO: fase do ciclo estral onde não ocorre a manifestação do estro. Fisiologicamente, ocorre em fêmeas monoéstricas, poliéstricas estacionais e durante a gestação Ciclo ovariano OOGÊNESE: ocorre ainda na fase embrionária, onde todos os oócitos primordiais são formados FOLICULOGÊNESE: se inicia com o recrutamento folicular a partir das ondas foliculares, nas quais ocorrem a seleção de certos folículos e um deles exerce dominância terminando de crescer o folículo dominante pode ovular ou tornar-se atrésico LUTEOGÊNESE: é a transformação das células da teca e da granulosa em células luteínicas que serão responsáveis pela produção de P4 transformação do folículo em corpo lúteo LUTEÓLISE: ocorre sobre a ação da PGF2-alfa sobre o corpo lúteo, realizando sua lise As fêmeas, de acordo com a quantidade de ciclo estrais, podem ser classificadas em: monoéstricas: cadelas poliéstricas estacionais: égua, gata, ovelha, cabra → dias curtos e longos poliéstricas contínuas: vaca, porca, primata, mulher, coelha Suína 21 48-72hrs 30-36h após o início do estro Características O ciclo estral das fêmeas bovinas pode ser caracterizado pela: idade à puberdade: 18 a 25 meses (1 ½ a 2 anos): zebuínas 8 a 15 meses: taurinas duração média de 21 dias (17 a 25 dias) → poliéstricas contínuas 2 a 4 ondas foliculares Ciclo estral da vaca Fases do ciclo estral ESTRO: também chamado de cio → período em que a fêmea manifesta receptividade sexual dia 0 do ciclo duração média de 15 horas (10 a 18 horas) fase estrogênica → desenvolvimento máximo do folículo pré-ovulatório → pico de E2 folículo pré-ovulatório de 12 a 18mm (varia muito com a vaca) tônus uterino aumentado contratilidade uterina aumentada cérvix relaxada inquietude e vocalização muco vaginal cristalino micção frequente vulva edemaciada e hiperêmica aceita monta pico de LH METAESTRO: fase em que ocorre a ovulação (24 a 32 horas após o início do cio) formação do corpo hemorrágico luteinização das células foliculares → aumento gradual de P4 emergência da 1° onda folicular pode ocorrer uma pequena hemorragia do metaestro (50 a 70hrs após o início do cio) duração média de 3 a 5 dias termina com a maturidade do CL DIESTRO: período funcional do CL, onde há resposta à PGF2 alfa duração aproximada de 13 dias (D5 -D17) sinais do diestro: não aceita monta útero flácido e com menor vascularização cérvix fechada maior atividade glandular uterina PROESTRO: inicia com a regressão do CL (luteólise) e termina com o início do estro a queda da P4 (a qual bloqueia a secreção de GnRH e LH) desbloqueia o eixo hipotalâmico-hipofisário-gonadal → aumento da pulsatilidade de LH caracterizada pelo crescimento folicular e formação do folículo ovulatório → aumento gradativo do E2 duração de 3 a 5 dias início das alterações comportamentais: fêmea monta sobre as outras Exame ginecológico OBJETIVOS: diagnóstico de gestação diagnóstico de enfermidades → estabelecer causas de infertilidades determinação da fase do ciclo estral assistência obstétrica diagnóstico de distúrbios puerperais HISTÓRICO E ANAMNESE: exame deve ser realizada no local onde o animal é criado questões relacionadas ao potencial de fertilidade e último parto: número de partos prévios x idade alterações de comportamento histórico de abortos ou outras intercorrências manejo nutricional e sanitário parto eutócio x distócico retenção de membranas fetais doenças uterinas pós-parto EXAME CLÍNICO ESPECÍFICO: exame externo: inspeção visual geral: condição corporal presença de ectoparasitas aprumos inspeção visual e palpação da cavidade abdominal: simetria e volume abdominal tensão da cavidade abdominal palpação profunda do flanco inspeção visual e palpação da região lombo-sacra e perineal: tensão dos ligamos sacroisquiáticos avaliação vulvar: tamanho, posição, desvio e oclusão avaliação vestíbulo-vaginal corrimento vaginal: coloração, odor, consistência e aspecto exame interno (conforme objetivo do exame): palpação transretal: cérvix: localização da cérvix na linha média do assoalho pélvico com 7 a 10cm de comprimento e 2 a 7cm de diâmetro possui consistência firme e móvel sinuosidade útero: tracionado para a cavidade pélvica ventralmente identificação do ligamento intercornual mobilidade (ligamento largo do útero é mais frouxo) espessura dos cornos simetria entre cornos contratilidade posição consistência tônus tuba uterina: não palpável em condições normais ovários: 2 a 5cm de comprimento laterais ao útero mobilidade superfície lisa ou rugosa estruturas funcionais (folículo e corpo lúteo) tamanho do folículo (10-20mm) flutuação tamanho e consistência do corpo lúteo palpação vaginal inspeção visual indireta = vaginoscopia (45° → 90°) tamanho da vagina → vacas adultas varia de 30 a 50cm integridade da mucosa vaginal coloração da mucosa vaginal umidade da cérvix e vagina formato da cérvix grau de abertura exames complementares: metricheck → avaliação do conteúdo vaginal ultrassonografia avaliação por via transretal exame não invasivo características avaliadas: útero (espessura da parede uterina, edema uterino e presença de líquido intrauterino) e ovário (folículo e corpo lúteo) exame citolólogico exame histológico (biópsia uterina) exame microbiológico sorologia dosagem hormonal tamanho e posicionamento das estruturas pode variar conforme idade, raça e fase do ciclo estral A sazonalidade reprodutiva depende principalmente do fotoperíodo, ou seja, quantidade de luz ofertada e da quantidade de melanina produzida pelo animal. Dessa forma, as fêmeas sazonais podem ser divididas em dois grupos: dias longos: dias com maior atividade de luz, menor produção de melanina → primavera e verão dias curtos: dias com menor atividade de luz, maior produção de melanina → outono e inverno Solstício de verão: 21 a 23/12 Solstício de inverno: 21 a 23/06 A sazonalidade reprodutiva resulta de uma estratégia fisiológica que garante o nascimento da prole em épocas de maior disponibilidade de alimento e clima ameno. O comportamento reprodutivos e, em alguns casos, a gametogênese, é influenciado por fatores como o fotoperíodo, temperatura ambiental, status nutricional, interações sociais, data de parto e período de lactação. Sazonalidade reprodutiva Fotoperíodo LUZ: inibe a produção de melatonina ESCURO: nervo óptico é estimulado na ausência de luz glândula pineal recebe o sinal e produz mais melatonina para fêmeas sazonais de dias curtos (cabra, ovelha): feedback + hipotálamo produz GnRH e ela começa a ciclar para fêmeas sazonais de dias longos (éguae gata): feedback - bloqueio da produção de GnRH pelo hipotálamo → anestro sazonal assim que a quantidade de luz começa a diminuir e quantidade de melatonina começa a aumentar, a égua e a gata param de ciclar Efeito da melatonina Primavera _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ Verão Outono Inverno aumento da incidência de luz diminuição do fotoperíodo _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ Primavera pico de produção de melatonina Outono FÊMEAS DE DIAS LONGOS: começam a ciclar na primavera (Setembro - Março) aumento gradativo de luz → aumento gradativo folicular → período de transição durante a diminuição do fotoperíodo, elas começam a espaçar mais as ovulações (podem ter cios falsos → picos de LH insuficientes → não ovulam) programa de luz para éguas: se inicia no solstício de inverno (aumentar artificialmente o fotoperíodo) → aumento significativo de luz, elas começam a ciclar antes não se estende o programa de luz para raças como o Mangalarga Marchador, pois os potros nasceriam no período da seca o programa de luz é estendido para categorias de cavalos europeus que seguem calendário/ano hípico FÊMEAS DE DIAS CURTOS: começam a ciclar no outono (Abril - Agosto) diminuição do fotoperíodo → maior produção de melatonina → feedback + para produção de GnRH → crescimento folicular Enquanto a ovelha é mais reclusa, a cabra é mais promíscua: aceita monta inquietação vocalização aumento da micção cauda agitada → cabra monta em outras fêmeas edemaciação e hiperemia de vulva corrimento vulvar: corrimento vulvar da cabra: também tem muco quanto + perto do fim do estro, + branco/caseoso → importante para manejo de IA devido a ovulação no final do estro (sêmen congelado) Ciclo estral da cabra e ovelha Tanto as cabras quanto as ovelhas tem sua puberdade iniciada dos 8 aos 14 meses. O ciclo estral da ovelha (A) tem duração de 15 a 18 dias, enquanto o da cabra (B) tem duração de 21 dias. Características Apesar de começarem a ovular muito cedo, deve-se esperar pelo menos 3 ovulações para iniciar o manejo reprodutivo, tanto para esperar a maturidade sexual, quanto ao fato de que se a vida reprodutiva começa + cedo, + cedo ela termina. Sinais de estro Manejo reprodutivo PROGRAMA DE LUZ ARTIFICIAL: cabras: põe luz (16 hrs de luz, 6 horas de escuro) e depois tira → organismo entende que houve diminuição da quantidade da luz e produz mais __ melatonina → começa a ciclar EFEITO MACHO: o macho é introduzido quando há a diminuição da luz no programa cabras* próximas a um bode* são afetadas por seus ferormônios que fazem as fêmeas entrarem mais rápido na estação de monta ferormônios do macho estimulam o pico de LH O ultrassom são ondas sonoras com frequência maias alta do que os sons audíveis → no exame ultrassonográfico, utilizamos frequências de 1 a 20MHz O aparelho de ultrassom emite uma onda sonora, que é uma onda mecânica, portanto, uma onda mecânica que interage com superfícies. Quanto mais denso o material, maior o eco, ou seja, mais volta na imagem. EFEITO PIEZOELÉTRICO: é uma transformação de energias propriedade física que quando recebe energia elétrica, vibra, gerando energia sonora → a réplica é verdadeira → quando recebe onda sonora, gera energia elétrica e forma a imagem cristais piezoelétricos: naturais: turmalina e quartzo sintéticos: titanato zirconato de chumbo (PZT) IMPEDÂNCIA ACÚSTICA: capacidade do tecido de impedir a transmissão do som, gerando ecos densidade tecidual é o determinante primário da impedância → quanto maior a densidade, maior a impedância a interface entre os tecidos também interfere, portanto, realizar tricotomia e gel para contato é importante ECOGENICIDADE: capacidade de diferentes estruturas em refletir as ondas de ultrassom, gerando ecos: anecogênico ou anecoico: imagem fica preta ausência de eco pouco denso → líquido com baixa celularidade hipoecogênico ou hipoecoico: - denso que hiperecogênico ou hiperecoico: + denso que isoecogênico ou isoecoico ecotextura: homogênea heterogênea Ultrassonografia aplicada à reprodução das fêmeas Princípios físicos da ultrassonografia → em relação a um ponto de referência MODO A: Modos de exibição dos ecos ultrassom de amplitude emissão/recepção de um único feixe utilizado na oftalmologia MODO B: modo brilho ou bidimensional ecogenicidade tecidual → toons de cinza brilho proporcional à intensidade da reflexão mais utilizado na medicina veterinária MODO M: modo movimento estruturas com mobilidade representação gráfica avaliação cardíaca MODO DOPPLER: reflexão baseada no movimento de um objeto refletor → consegue visualizar o fluxo sanguíneo → movimentação hemácia ângulo de insonação entre 0 e 70° A ultrassonografia ou ecografia é um método diagnóstico que se baseia no eco emitido pelo ultrassom ao encontrar tecidos ou estruturas de um organismo, cujas reflexões são visibilizadas por meio de computação gráfica em tempo real. TRANSDUTOR (PROBE): onde se localizam os cristais pizoelétricos recebe a energia elétrica e emite ondas sonoras ultrassônicas que retornam e são transformadas novamente em energia elétrica, a qual é lida por um software e transformada nas intensidades da imagem formada é a parte mais cara do aparelho de ultrassom → CUIDADO Aparelho de ultrassom determinação da atividade ovariana: diagnóstico de puberdade determinação da fase do ciclo estral triagem para protocolos hormonais predição da resposta a protocolos hormonais diagnóstico de patologias da reprodução Exame ginecológico de rotina Ciclo estral da cadela e da gata PUBERDADE: varia com raça, porte e predisposições individuais, além de peso e idade adequadas porte pequeno (6 a 10 meses) vs porte grande (18 a 24 meses) maturidade sexual ao 2° ou 3° cio FÊMEAS MONOÉSTRICAS NÃO ESTACIONAIS: possuem de um a dois ciclos estrais por ano não sofrem interferência sazonal (estação de monta) exceto as raças Basenji e Mastim Tibetano → sempre no inverno duração do ciclo estral: 5 a 12 meses PROESTRO: duração média de 7 a 9 dias (5 a 20 dias) fase de recrutamento folicular aumento gradual da concentração de E2 sinais: edema vulvar discreto (hiperemia) atração do macho (feromônios) sem aceitação de monta descarga vulvar sanguinolenta → devido o aumento da permeabilidade vascular, há a diapedese de hemácias ESTRO: duração média de 7 a 9 dias (5 a 15 dias) → fim com a ovulação ocorre 24hrs após o pico de E2 → marcada pela queda do E2 pico de LH 24 horas após o pico de E2 → folículo começa a ser luteinizado antes da ovulação → luteinização pré ovulatória → aumento da concentração de P4 ovulação 48 horas após o pico de LH → ovulação em prófase I (exclusivo) maturação oocitária dura de 2 a 5 dias até metáfase II sinais: edema vulvar máximo fim ou redução da descarga vulvar aceita a monta DIESTRO: fase progesterônica → alta concentração de P4 duração entre 60 a 70 dias não há luteólise abrupta → o corpo lúteo sofre processo apoptótico lento (após o pico de P4 aos 25 dias) sinais: não há sinais clínicos ausência de comportamento sexual ANESTRO: período de quiescência/repouso sexual fisiológico hormônios em níveis basais fêmeas não tem comportamento sexual nem sinais de receptividade sexual Cadelas aumento de E2 → aumento da permeabilidade vascular → aumento da vascularização das células basais → + nutrientes, + crescimento → quanto + afastadas das camadas basais, - nutriente → morte celular proteção mecânica do epitélio vagina contra fricção do pênis categorias de células são formadas: células superficiais: núcleo picnótico ou ausente, células disforme → ESTRO células intermediárias: células achatadas com núcleo menor, disforme, amorfas e grandes → FIM DO PROESTRO células parabasais: citoplasma grande e núcleo grande → PROESTRO células basais: células cilíndricas, raramente são encontradas O exame colpocitológico é realizado no fim/redução da descarga vulvare deve ser repetido a cada 48 hrs. Quando > 80% das células na lâmina forem células superficiais, o animal está em estro, a partir desse momento pode-se inseminar ou colocá-la com o macho até que ela comece a rejeitar a monta. A desvantagem é que esse exame é impreciso em relação ao momento da ovulação. DOSAGEM DE PROGESTERONA: CONCENTRAÇÃO EVENTO 10 ng/mL pós-ovulação (maturação oocitária completa) ocorre independentemente da presença de gestação pode durar de 1 a 6 meses → no fim do anestro, os pulsos de FSH aumentam amplitude e frequência EXAME COLPOCITOLÓGICO: É realizado para avaliar o epitélio vaginal, identificar o estro para monta natural/IA. É feita com swab estéril e depois avaliação microscópica. E2 FÊMEAS POLIÉSTRICA SAZONAIS DE DIAS LONGOS: período reprodutivo específico → entram no cio na primavera e verão puberdade entre 4 a 12 meses raças de pelo curto vs pelo longo PROESTRO: Gatas duração de 1 a 2 dias marcado pelo crescimento folicular → aumento gradual da concentração de E2 sinais pouco específicos: vocalização pressionar a cabeça contra objetos atração do macho, sem aceitar monta ESTRO: duração de 3 a 21 dias (média de 7 dias) alta concentração de E2 sinais: inquietação redução do apetite pode haver descarga mucosa intensificação dos sinais do proestro aceitação de monta reflexo de lordose a ovulação é induzida (característica exclusiva) → mecanismo de ovulação: reflexo neuroendócrino: a lesão ocasionada pelas espículas penianas levam à ativação de mecanorreceptores na vagina que levam a informação para o eixo neuroendócrino → repetidas montas → vários picos de LH até alcançar a [ ] suficiente para a ovulação fator indutor da ovulação (OIF): substância isolada do sêmen do gato INTERESTRO: fase exclusiva do ciclo estral da gata só ocorre quando não há ovulação período de repouso sexual (níveis hormonais basais) sem sinais de comportamento sexual duração média de 7 dias (2 a 20 dias) retorno ao proestro DIESTRO: depende da ocorrência e ovulação alta concentração de P4 duração depende da presença ou ausência de gestação: CL gestante: ~60 dias CL não gestante: 40 a 50 dias CL depende de fatores luteotróficos placentários (relaxina e prolactina) produzidos pela placenta que irão estimular o CL a continuar produzindo P4 até o fim da gestação ~35 dias após a ovulação se inicia o processo de apoptose do CL fêmeas gestantes: apresentam anestro lactacional pós-parto (até 8 semanas) só volta a ciclar depois de 2 meses → período de amamentação Ciclo estral da égua São monoéstricas sazonais de dias longos, ou seja, em dias com maior fotoperíodo (primavera e verão), com menor produção de melatonina as éguas começam a ciclar. PUBERDADE: As éguas entram na puberdade próximo aos 15 a 18 meses (1 ano e ½), no entanto só atingem a maturidade sexual a partir de 24-36 meses → 3 anos (colocar a égua para emprenhar antes disso eleva as taxas de mortalidade da égua e do potro) É importante ressaltar que para entrar na estação reprodutiva a égua TEM que ovular → muitas vezes ela pode ter a onda folicular, apresentar sinais de cio e não ovular ESTRO: duração de ~5 a 7 dias com intervalo entre ovulações de ~21 dias fase estrogênica ou folicular → crescimento folicular → aumento da [E2] sinais de cio: permite a aproximação do garanhão aceitação de monta → comportamento normal é agressivo perto do garanhão aumento da micção → pp. quando há machos por perto posição em cavalete → afastamento de posteriores e lateralização da cauda para mostrar a vulva para o macho que deve lamber, morder, entre outras coisa que fazem parte do cortejo eversão de clitóris → pisca a vulva, mostrando-a para o macho ovulação: ocorre nas 48 hrs finais do estro, antes do pico de LH, pois a [LH] necessária para luteinizar completamente o folículo é muito maior do que para fazê-la ovular Informações adicionais: 1.hierarquia das éguas: faz parte do comportamento animal → éguas mais velhas podem inibir o cio das mais novas, por isso deve-se separá-las por categorias 2. inexperiência: éguas mais velhas não aceitam garanhões inexperientes (pode matar ele e você) → uma solução é peiar a égua DIESTRO: por volta do 13° dia, caso não esteja gestante, há o pico de PGF2-alfa → luteólise palpação e ultrassonografia a cada 48 horas quando a égua começar a apresentar sinais de cio e realizar até ela ovular quando inseminar? → depende do tipo de sêmen sêmen fresco: dura cerca de 24 a 48 hrs cavalo está em casa → realiza-se monta natural quando apresenta sinais de cio e acaba quando ela parar de aceitar o garanhão não necessita palpação e ultrassom colocar os dois juntos de 48 em 48hrs (2 em 2 dias) sêmen resfriado: vem a 5°C (custoso para preservar) e dura cerca de 24 hrs observar o tamanho do folículo na palpação e ultrassom (média de 35mm) edema do útero no ultrassom → aumento da vascularização → aumento de edema → gomo de laranja ou roda de carroça Manejo reprodutivo tônus uterino verificado na palpação: grau de contração do miométrio: tônus - → estro tônus + → diestro folículo está em tamanho OK e há edema uterino aplica-se um indutor de ovulação (leva de 24 a 42 hrs para fazer efeito) e após um dia insemina a égua (sptz tem vida de 24 hrs sêmen congelado: -196°C no nitrogênio → dura em média de 8 a 12 horas depois de descongelado folículo está > 35mm e edema ¾ realiza a indução da ovulação e depois de 30hrs começa-se a observar de 6 em 6 horas para pegar o momento (mais próximo possível) da sua ovulação só depois que a égua ovular que ela deve ser inseminada, pois os sptz só duram de 8 a 12 horas e o oócito de 6 a 8 hrs OBJETIVOS: diagnóstico de gestação diagnóstico de enfermidades estabelecer causas de infertilidade avaliar a fase do ciclo estral determinar momento da IA assistência obstétrica diagnóstico de distúrbios puerperais EXAME CLÍNICO GERAL: identificação do animal anamnese: último parto, cobertura/IA e cio observado histórico de aborto protocolo sanitário manejo nutricional local do manejo extensão da EM categoria reprodutiva inspeção visual externa geral: ECC aprumos EXAME CLÍNICO ESPECÍFICO: conformação externa: vulva, prega vestíbulo vaginal e cérvix → infecções ascendente elasticidade abertura de vestíbulo AVALIAÇÃO TRANSRETAL x ULTRASSOM: tônus uterino e cervical atividade uterina presença de saculações, cistos e neoplasias Exame ginecológico acúmulo de líquido intrauterino (LIU) → edema uterino pré e pós IA EXAME VAGINAL: palpação: avaliação do tônus da cérvix → fase do ciclo fibrose? aderências cervicais? → reservatório de infecções lesões internas? espéculo vaginal: análise da coloração da mucosa varicosidades? presença de exsudato? → espumoso (pneumovagina), urina ou fezes CULTURA UTERINA: swab, escova citológico resultado falso negativo: ~40% das éguas contaminadas tem infecções localizadas e swab ou a escova citológica não alcança resultado falso positivo: contaminação externa lavado com volume reduzidos determinados agentes não provocam reação inflamatória considerável resultado deve ser correlacionado com outros achados BIÓPSIA UTERINA: alterações fisiológicas relacionadas à atividade ovariana processos infecciosos: aguda x crônica alterações inflamatórias e/ou degenerativas intensidade da fibrose endometrial dá o prognóstico sobre potencial reprodutivo da fêmea A fertilização deu certo quando 24hrs após é possível visualizar a extrusão do 2° corpúsculo polar → houve retomada da meiose formação de pronúcleo feminino e masculino que se encontram (óvulo) para passar seus cromossomos e gerar um indivíduo diploide (2n) as maiores taxas de perda gestacional precoce são na fase de zigoto para embrião devido às sucessivas mitoses frágeis a 1ª clivagem (divisão) acontece nas primeiras 24hrs, já a 2ª clivagem ocorre 24hrs após a primeira (clivagem rotacional) Fertilização e clivagem gametas da mesma espécie: os gametas se reconhecempor meio de proteínas específicas na membrana do oócito (zona pelúcida → ZP1, ZP2 e ZP3) e espermatozoides reação acrossomal: induzida pela ligação entre o espermatozoide e o ZP3 lesa a zona pelúcida para o sptz entrar no oócito quando ZP3 se liga ao sptz ela lisa o acrossomo que libera enzimas que irão ‘’digerir’’ a zona pelúcida bloqueio à polispermia: ocorre assim que um sptz se liga ao oócito ocorre devido à alteração do potencial de ação → repele espermatozoides influxo de Ca leva à reação cortical: membranas pericorticais migram para o exterior que ao entrar em contato com a zona pelúcida cimentam ela → bloqueio da zona pelúcida Princípios da fertilização Clivagem ZIGOTO: resultado do encontro dos pronúcleos femininos e masculinos se desenvolve por meio de sucessivas mitoses de células indiferenciadas EMBRIÃO: realiza mitoses sucessivas, porém, as células começam a diferenciar → estabelecer funções distintas as células começam a se organizar → organogênese mórula: um monte de células agrupadas atinge 32 células em média que se chamam blastômeros atinge essa fase 5-6 dias pós fertilização → é também quando cai no útero, onde continua se dividindo blastocisto: blastômeros se organizam no polo e na periferia do embrião + blastocele células da periferia do blastocisto: trofoblasto → formarão placenta células do polo do blastocisto: botão embrionário ou embrioblasto → formarão o indivíduo ainda possui zona pelúcida (se mantem até a fase de blastocisto) fica para proteger o embrião de fazer a placentação no lugar correto (útero) quando a zona pelúcida sai, é chamado de blastocisto eclodido → possibilita o encontro de trofoblasto e endométrio → gera a placenta quando a zona pelúcida se rompe, a pressão negativa do útero achata o embrião e ele começa a crescer alongado (intenção de aumentar superfície de contato) → alongamento embrionário → ruminantes e suínos FETO: quando todos os órgãos estão formados (diferenciação celular definida) as células só precisam crescer presença de placenta na égua: durante a fase de mórula, forma-se uma cápsula no blastocisto entre a zona pelúcida e o trofoblasto que serve de indicativo (reconhecimento materno da gestação) que o embrião chegou ao útero → cápsula permanece após a eclosão até o 20º dia → serve de proteção durante a migração uterina até o 15º dia nas cadelas: os oócitos são ovulados em meiose I (terminam de maturar no oviduto em 2 a 5 dias) → o embrião chega ao útero por volta do 10º dia na forma de mórula compacta ou blastocisto inicial → migração uterina PALPAÇÃO TRANSRETAL: detecção da vesícula amniótica: a partir de 30 dias não é indicada porque corre o risco de lesionar ela e matar o embrião comumente localizada na borda cranial ao ligamento intercornual assimetria do corno uterino e palpação do ovário com corpo lúteo → é indicação de gestação, mas não é certeza deslizamento das membranas fetais: a partir dos 45 dias pinçamento da placenta, reflexo da parede dupla ou teste do beliscamento dá para sentir a membrana deslizando entre os dedos detecção de placentomas: próximo dos 90 dias palpação dos placentomas (carúnculas + cotilédones) → 75 a 120 carúnculas tamanho variável conforme a idade gestacional detecção do feto: próximo dos 90 dias de gestação teste do balotamento pressiona ventralmente o feto, ele vai para baixo e depois bate na sua mão descida abdominal: ocorre por volta dos 120 dias útero da vaca (e égua) desce para a cavidade abdominal frêmito da artéria uterina: a partir dos 120 dias → lado gestante a partir dos 150 dias → lado contralateral possível sentir o fluxo de sangue jorrando ultrassonografia transretal: permite o diagnóstico com 30 dias (precoce) reexaminar os animais após 30 e 60 dias → quando ocorre maior taxa de PEP (10- 20%) observando estruturas como batimentos cardíacos (25 dias), formação da coluna _______ recomendação: exame clínico Diagnóstico de gestação método mais utilizado atualmente para diagnóstico de gestação permite que o diagnóstico seja precoce, seguro e eficaz o custo já foi um problema na veterinária, no entanto, como hoje faz parte da rotina, ele se paga Ultrassonografia Diagnóstico gestacional na vaca também pode ser utilizado para diagnóstico de gestação quando o animal não retorna ao cio é um método simples e de baixo custo, mas não é 100% certeiro fatores limitantes: falhas na detecção do cio apresenta cio mesmo gestante (vaca e égua) retorno irregular ao estro Não retorno ao estro vertebral (40 - 45 dias) é possível acurar a idade gestacional → quando é embrião (60 dias) a partir dos 55 a 60 dias, a fetometria é utilizada: distância entre o ápice da cabeça e final da garupa diâmetro da cabeça diâmetro do tórax jogar essas informações em uma base de dados → dá a estimativa de idade após 60 dias, avaliar a órbita SEXAGEM FETAL: localização do tubérculo genital no ultrassom deve se identificar o cordão umbilical, membros pélvicos e base da cauda ULTRASSONOGRAFIA EM DOPPLER: avaliação do fluxo sanguíneo em corpo lúteo MENSURAÇÃO BIOQUÍMICA: não se aplica na prática é caro e demora PALPAÇÃO TRANSRETAL: detecção da vesícula embrionária: + precoce, pois há cápsula a cápsula se rompe aos 18 dias (útero muito firme → salsicha) e com vesícula embrionária (parece um limão) ultrassonografia transretal: por volta do dia 9 - 15: visualização da vesícula embrionária (esférica) migração do broto embrionário para o centro da vesícula → possível identificar a idade gestacional por volta do dia 60º dia: fetometria SEXAGEM FETAL: a partir de 120 dias é possível ver as gônadas do feto MÉTODOS LABORATORIAIS Diagnóstico gestacional na égua PALPAÇÃO TRANSABDOMINAL: a partir de 100 dias ULTRASSONOGRAFIA EM DOPPLER: a partir de 40-80 dias detecção de pulso fetal ULTRASSONOGRAFIA Diagnóstico gestacional nos pequenos ruminantes PALPAÇÃO TRASNRETAL Diagnóstico gestacional de porca ULTRASSONOGRAFIA TRANSRETAL ULTRASSONOGRAFIA TRANSABDOMINAL DESENVOLVIMENTO MAMÁRIO: por volta do dia 35-45 glândulas mamárias se enchem DISTENSÃO ABDOMINAL: 5ª semana PALPAÇÃO ABDOMINAL: sentir as vesículas embrionárias ULTRASSONOGRAFIA: o mais precoce possível para dar para contar o número de filhotes a partir de 25 dias → embrião com batimentos cardíacos NÃO FAÇA! → precoce (15 dias), pois a cadela pode perder a partir de 30 dias → acompanhamento se houver dúvida da quantidade de filhote fazer Raio X identificação do momento exato da cesariana RADIOGRAFIA: contar o número de cabeças também é recomendado em casos de distocia pelvemetria é feita (>60 dias) para ver se o filhote passa ou não pela pelve braquicefálicos ou cadelas com problemas que possam interferir no parto MÉTODOS LABORATORIAIS: produz relaxina (fator placentário) → método precoce (teste-rápido) Diagnóstico gestacional na cadela FATORES MATERNOS: idade da mãe x ordem de parto: fêmeas mais novas tendem a ter parto precoce → são menores, estresse fetal maior, parto + cedo FATORES AMBIENTAIS: modificações comportamentais ou de manejo que resultem em estresse fármacos: P4 Gestação A gestação pode ser dividida em dois tipos: artificial → realizada em laboratórios de alta tecnologia fisiológica: uterina extra-uterina (ectópica) Duração da gestação glicocorticoides (vai abortar se a terapêutica for prolongada e com dose alta) ocitocina (aumenta a contratilidade do útero) FATORES GENÉTICOS: anormalidades de desenvolvimento da hipófise altas [ ] de P4 próximo ao parto padrões raciais cruzamentos híbridos FATORES FETAIS: nº de fetos x tamanho de fetos sexo fetal → fêmeas tendem a ser precoces período de ovo: fecundação clivagens zigoto período de embrião: eclosão do blastocisto formação de órgãos e sistemas placentação período de feto: intensas trocas materno-fetais → placenta crescimento fetal parto Vida pré-natal terço inicial (período de ovo e embrião) da gestação: muito frágil, onde pode haver PEP → qualquer alteração o indivíduo morre terço médio da gestação: placenta formada ligação de mãe efeto é forte terço final da gestação: feto grande estresse fetal → parto PGF2-alfa é produzida pelo endométrio Durante o ciclo estral ocorrem ondas foliculares que mantém o E2 basal → receptores de E2 quando estão ligados, aumentam a sensibilização dos receptores de ocitocina CL a partir de certa idade começa a produzir ocitocina que se liga aos receptores de ocitocina → estímulo de produção a PGF2-alfa pelo endométrio corpo lúteo deve estar viável e ativo durante a gestação → produção de P4 a P4 promove relaxamento uterino (exceção da égua) e produção de leite uterino para a nutrição do embrião é necessário o bloqueio da ação da PGF2-alfa ocorre a modificação do seu padrão de ação para que ela não tenha efeito luteolítico essa sinalização vem do embrião MECANISMO DOS RUMINANTES: IFNT (intérferon-tau): produzido pelo embrião bloqueia os receptores de estrógeno → também bloqueia enzimas conversoras da cadeia inflamatória, não deixando o ácido araquidônico ser convertido em PGF2-alfa sensibiliza os rec. P4 → + potência MECANISMO DOS SUÍNOS: embrião produz E2, mas tem que ser alta [E2] (a partir de 4 embriões) E2 altera o local de secreção de PGF2-alfa ao invés da PGF2-alfa cair na corrente sanguínea, ela cai na luz do útero MECANIMSO DA ÉGUA: PGE2 (prostaglandina E2): produzida pelo embrião quando na tuba uterina o embrião da égua é muito grande e para ele conseguir sair da tuba uterina, deve produzir PGE2 que relaxa a musculatura para chegar ao útero migração embrionária: embrião é empurrado de um lado para o outro pelas contrações uterinas → fundamental para a gestação acontecer nesse processo nada ocorre com o embrião porque ele tem CÁPSULA MECANISMO DA CADELA: não faz reconhecimento materno da gestação → na verdade, não sabemos se tem ou não, então dizemos que não lembrando que o CL dura 60 dias normalmente, então não é necessário algum mecanismo Reconhecimento materno da gestação TIPOS DE PLACENTA: Há dois tipos de placenta: verdadeira ou deciduada: placenta que solta, que sai de acordo com o nível de profundidade de implantação há tipos (quanto menor a placenta, mais profunda a implantação) zonária: encontrada em carnívoros Placenta implantação tão profunda que não precisa de tanta área discoidal: primatas semi-placenta ou adeciduada: que não necessariamente se solta no parto células da placenta se implantam superficialmente difusa: égua e porca cotiledonária: ruminantes FUNÇÕES DA PLACENTA: por volta dos 70 dias na ovelha e dos 90 dias na égua, a placenta assume a produção de P4, ou seja, elas não precisam mais do CL ativo não são corpo-lúteo dependentes na gestação a partir de 70-90 dias a placenta equina ainda produz eCG (gonadotrofina coriônica equina) quando o feto entra em estado de estresse fetal ele produz cortisol o cortisol age sobre a alta [P4] que mantém a inércia uterina a P4 é convertida em E2 o qual age: relaxando os ligamentos da via do parto relaxando a cérvix → dilatação do canal do parto aumenta a sensibilização dos receptores de ocitocina a ocitocina é secreta pela neuro-hipófise → isso é chamado de reflexo de Fergunson Parto HIPOPLASIA OVARIANA: multiplicação anormal das células ovarianas com afuncionalidade anomalia de desenvolvimento mais comum patogênese: falha na diferenciação dos gonócitos falha na migração das CGP falha na colonização da crista gonadal condição hereditária irreversível → caráter hereditário autossômico → filhos e filhas dessa fêmea pode também ser hipoplásicos ocorre em todas as espécies, mas é mais comum em vacas, especificamente em taurinos mais do que zebuínos uni ou bilateral unilateral esquerdo: 87% dos casos parcial ou total se bilateral total → não tem funcionalidade, ou seja genitália hipoplásica, inclusive glândula mamária → animal ESTÉRIL ovário de tamanho reduzido (frequentemente em formato fusiforme, ou com borda lisa ou borda rugosa) ausência de estruturas funcionais medular superdesenvolvida diagnósticos diferenciais: atrofia ovariana hipotrofia ovariana ovários afuncionais tratamento: descarte HIPOTROFIA OVARIANA: redução do tamanho das células (menor funcionalidade) → pode evoluir para atrofia resultante da falha na produção de gonadotrofinas ausência de maturação oocitária e ovulação causas: nutricional (corrija a nutrição) amamentação prolongada (bovinos de corte) sintomas: anestro diagnóstico é terapêutico → anamnese! histórico! manejo! CISTOS OVARIANOS: frequência alta em todas as espécies consistem de formações circunscritas, de tamanho variável, repletas de líquido de aspecto seroso com localização intra, peri ou para-ovariana, podendo ser grandes ou pequenos, uni ou pluriloculados cisto folicular em bovinos: definições: clássica: estrutura folicular anovulatória, de diâmetro igual ou superior a 25mm, que permanece no ovário por mais de 10 dias na ausência de CL e que interferem Patologias da reprodução Anormalidades ovarianas e de tuba uterina na ciclicidade ovariana atual: folículo(s) com diâmetro de pelo menos 20 mm, presente(s) em um ou ambos os ovários na ausência de qualquer tecido luteal ativo, que claramente interfere(m) na ciclicidade ovariana normal mais comum em vacas uni ou bilateral únicos ou múltiplos parede delgada! patogênese: não compreendida → falha na ovulação? fatores predisponentes: distocia hipocalcemia puerperal retenção de placenta vacas idosas vacas elite em intenso programa de TE cisto folicular produz muito E2, esgotando a cascata de conversão de testosterona em E2 acúmulo de testosterona → comportamento de macho, agressividade, comportamento de monta, espinhas e pelos (mulher) sintomas: ninfomania x anestro > 60d pós parto: ninfomania virilização relaxamento dos ligamentos sacroisquiáticos com afundamento das porções laterais da cauda (elevação da cauda) relaxamento dos ligamentos do úbere agressividade e emagrecimento exame ginecológico (efeito do E2): vulva edemaciada com tendência a prolapso corrimento de muco espesso vulvar mucosa vaginal úmida e edemaciada cérvix projetada caudalmente e aumentada de tamanho útero edemaciado processo persistente: fadiga miometrial e hipotrofia → mucometra ou hidrometra pode estar associado a endometrite presença de cistos nos ovários com tamanho superior a 16mm ausência de CL em ambos os ovários quando presente, inativo diagnóstico: palpação retal a cada 10 a 40 dias persistência folicular folículo > 20 mm diagnóstico diferencial: cisto luteinizado → deve ser feita na ultrasonografia tratamento: 100 ug GnRH IM + PGF (7 a 10d) – 72 a 85% das vacas retornam ao estro → indutores de ovulação (análogos de GNRH - relina, análogos de LH - hCG) P4 exógena (implante) por 3 a 7 dias e PGF na retirada 10.000 UI IM cisto folicular em porcas: Possíveis causas: excesso de concentrado, carência de minerais e vitaminas, estresse, hipotireoidismo e distúrbios metabólicos mais comuns em pluríparas muito associados a estresse pós desmama sintomas: ciclo estral prolongado ou irregular anestro infertilidade redução na taxa de concepção alterações comportamentais tratamento: 100 ug GnRH IM BID cisto folicular em cabras e ovelhas: diâmetro > 10 mm necessidade de US transretal diagnóstico diferencial: hidrossalpinge cisto folicular em cadelas: maior frequência em fêmeas mais velhas diâmetro > 2mm incidência: 10 a 24% → relativamente alta sintomas: ninfomania e irregularidade do ciclo estral edemaciação vulvar com hipertrofia clitoriana ginecomastia → maior risco de desenvolvimento de neoplasias mamárias alopecia ventral bilateral e simétrica hiperplasia endometrial cística cornificação persistente do epitélio vaginal maior risco de desenvolvimento de neoplasias mamárias anemia e trombocitopenia tratamento: avaliar o interesse reprodutivo (a condição de saúde do animal vai afetar!) tratamento hormonal: hCG: 450 a 3000 UI IV BID (até 6 aplicações) GnRH: 6 a 12 ug SC BID ou TID PGF (após): 1 a 2,5 ug/Kg IM a cd 48 (até 3 aplicações) evitar em nefropatas, hepatopatas, cardiopatas e braquicefálicosefeitos colaterais (êmese, tremores, diarreia) aspiração cística: US guiada – 50 a 70% eficácia cistectomia simples ovariectomia unilateral → pois a recorrência do cisto é muito grande cisto folicular em éguas: não ocorre → ao invés de produzir E2, ele se enche de sangue a égua possui o Folículo Anovulatório Hemorrágico comumente observado nas fases de transição da estação de monta → o folículo cresce, mas não tem pico de LH ineficiência no pico de LH → falha ovulatória fatores predisponentes: quadros febris e toxêmicos → estresse uso de AINE próximo à ovulação uso de cloprostenol sintomas: Diestrus like diagnóstico diferencial: corpo hemorrágico diagnóstico: por ultrassom espessura de parede do CL > 5mm tratamento: NÃO TEM cisto luteinizado: também denominado cisto luteínico folículo não ovula e tem sua parede luteinizada produção de P4 anestro diagnóstico diferencial: corpo lúteo cavitário → deve fazer acompanhamento para ver se a vaca vai dar cio ou não diagnóstico: similar a cistos foliculares + US espessura de parede > 3 mm P4 > 1ng/mL (padrão ouro) tratamento: PGF2-alfa IM agentes luteolíticos: cloprostenol sódico (CIOSIN) → + comum em vacas dinoprost trometamina (Lutalyse) NEOPLASIA OVARIANAS: relativamente incomuns geralmente unilaterais fêmeas idosas tratamento: ovariectomia → a maioria é benigno, porém, há alguns que afetam a funcionalidade na reprodução diagnóstico definitivo: histopatológico Alterações progressivas TUMOR DE CÉLULAS DA GRANULOSA: também denominado tumor de células da granulosa-teca crescimento desordenado de folículos → muitos folículos → efeito de E2 alto derivados dos cordões sexuais neoplasia mais comum de ovário (vacas e éguas) geralmente unilateral e benigno sólido ou cístico incidência aumenta com a idade hormonalmente ativo hiperestrogenismo e hiperandrogenismo sintomas: ninfomania virilismo: aumento de massa corporal hipertrofia de clitóris aumento do ovário acometido: aparência policística ao US hipotrofia do ovário contralateral tratamento cirúrgico → 1 a 2 meses depois a fêmea volta a ciclar HIDROSSALPINGE: acúmulo de exsudato com dilatação da tuba uterina resultante de obstrução congênita ou adquirida: aplasia processos inflamatórios crônicos aderências CISTOS INTRAEPITELIAIS: origem desconhecida hiperestrogenismo? sem relação com a fertilidade SALPINGITE: processo inflamatório da tuba uterina maior frequência na vaca, porca e coelha origem ascendente infecciosa brucelose, campilobacteriose, tricomoníase, micoplasmose tuberculose: inflamação granulomatosa Taylorella equigenitalis PIOSSALPINGITE: acúmulo de exsudato purulento pode ocorrer também em decorrência da piometra casos crônicos: fibrose, cistos e obstrução oclusão de tuba uterina: ocorre mais em éguas velhas; fluido entope a saída da tuba que é estreita → tto com PGE2 → relaxamento da tuba tratamento: de causa, se conseguir tratar Alterações degenerativas e inflamatórias das tubas uterinas APLASIA SEGMENTAR: uni ou bilateral segmentar formação de histerólitos total: unicorno → CL persistente HIPOPLASIA UTERINA: subdesenvolvimento do órgão Alterações de desenvolvimento do útero comumente associada a hipoplasia de cérvix e vagina HIPOPLASIA ENDOMETRIAL: ausência de glândulas endometriais HIDROMETRA E MUCOMETRA: acúmulo de secreção endometrial o que vai diferenciar se é hidrometra ou mucometra é o grau de hidratação da mucina, pois o muco é mais denso e pode até se tornar sólido causas: hiperplasia endometrial hiperestrogenismo → E2 → cisto folicular? obstrução mecânica aplasia segmentar consequências: hipotrofia endometrial adelgaçamento da parede uterina formação de histerólitos é a principal causa de subfertilidade em cabras → prevalência de 10% associada à persistência de CL → como afeta endométrio que produz PGF2-alfa, pode gerar a interrupção da atividade luteolítica nas cabras, esses quadros podem ser chamados de pseudociese, porque se parecem com a gestação e há persistência de CL tratamento com luteólise → relaxamento de cérvix → conteúdo sai CISTOS ENDOMETRIAIS: origem glandular ou linfática isolados ou difusos fêmeas mais velhas: éguas: não tem tratamento (cauterização química?) associado à endometrite crônica → fibrose entope a glândula endometrial, a secreção acumula e forma o cisto pequenos animas: tratamento: castração → se não piometra! o estímulo em alta [E2] + P4 prolongada levam a cistos endometriais → HEC (hiperplasia endometrial cística Alterações degenerativas do útero As alterações inflamatórias nos animais (vaca, égua e cadela) são um problema multifatorial que depende de: idade/ordem de parto integridade genital questões metabólicas exposição a agentes microbianos: conformação da genitália anomalias anatômicas eventos pós-parto técnicas reprodutivas Alterações inflamatórias INFLAMAÇÃO UTERINA NA VACA: geralmente relacionados ao período puerperal: retenção de placenta distocia hipocalcemia puerperal abortamento parto gemelar deficiência nutricional doenças infecciosas: brucelose leptospirose BVD campilobacteriose tricomonose metrite: infecção uterina multibacteriana: S. coli Trueperella pyogenes Fusobacterium necrophorum ocorre nas 2 primeiras semanas do pós-parto incidência: até 35% descarte redução desemprenho reprodutivo redução da produtividade fatores de risco e prevenção: natimortos parto gemelar distocia retenção de membranas fetais primiparidade hipocalcemia subclínica má higiene perineal classificação: metrite puerperal: metrite tóxica útero aumentado e flácido secreção fétida coloração vermelho-amarronzado sinais sistêmicos: febre (>39,5º C), anorexia e depressão e redução da produção metrite clínica: útero aumentado secreção purulenta ocorrência dentro de 21 dias pós-parto ausência de sinais sistêmicos auto-cura (?) diagnóstico: por meio da avaliação do conteúdo uterino na base da cauda, recuperação por palpação transretal, vaginoscopia e Metricheck tratamento: antibacteriano: Ceftiofur (cloridrato 2,2 mg/Kg IM SID/5d) Penicilina procaína G (22.000 unidades/Kg IM SID/5d) Ampicilina (11 mg/Kg IV SID/5d) terapia de suporte: hipocalcemia, hipoglicemia e cetose hidratação anti-inflamatório e anti-térmico: Flunixim meglumine (2,2 mg/Kg) Cetoprofeno (3 mg/Kg) Ácido acetilsalicílico (15,6 g/d 5d) endometrite: principal causa de redução da fertilidade em rebanhos leiteiros: redução da concepção/IA (20%) aumento da perda gestacional aumento do intervalo parto-concepção (+30d) aumento no descarte de animais (70%) parece estar relacionada ao balanço energético negativo prejuízo à resposta imunológica local classificação: endometrite clínica: ocorrência a partir de 21 dias pós-parto secreção vaginal purulenta ou mucopurulenta endometrite subclínica: ausência de sinais clínicos macroscópicos presença de infiltrado inflamatório (PMN+) uterino diagnóstico: visualização do conteúdo uterino: ultrassonografia Metricheck base da cauda mão enluvada vaginoscopia cervicite e vaginite presença de PMN: >18% para 20 a 33 dias pós-parto >10% para 34 a 47 dias pós-parto tratamento: autocura em 50 a 70% dos casos (5-7 semanas pós-parto) 2mL IM PGF2-alfa (CL) - 3 dias - Cefapirina benzatina IU → reavaliar em 14 dias piometra: acúmulo de exsudato purulento no lúmen uterino presença de CL cérvix fechada anestro *a endometrite é + superficial, por isso + branda que a metrite, porém, na maioria dos casos é subclínica e, portanto, subdiagnosticada incidênciaendometrite: maior causa de infertilidade em éguas éguas susceptíveis > 70% PEP (perda embrionária precoce) éguas normais 15mm ou edema >3 citológico: swab escova citológica lavado com volume reduzido cultura: swab escova citológica lavado com volume reduzido resultado falso negativo: a infecção pode ser localizada e a amostra colhida não foi representativa resultado falso positivo: pode ter havido contaminação externa biopsia uterina: alterações fisiológicas ~ atividade ovariana processos infecciosos aguda x crônica alterações inflamatórias e/ou degenerativas intensidade da fibrose endometrial a biópsia permite um prognóstico sobre o potencial reprodutivo da fêmea tratamento: segue os princípios terapêuticos: eliminação dos agentes infecciosos do útero não causar dano ao endométrio e miométrio não inibir os mecanismos fisiológicos de defesa orgânica tratamento no estro não deixar resíduos indesejáveis do medicamentos utilizados agentes ecbólicos: ocitocina: contrações de curta duração (45 min) 10 a 20 UI PGF2-alfa: contrações prolongadas (5hrs) cloprostenol → 0,25mg (1mL) dinoprost → 5mg (1mL) lavagem uterina: ringer lactato ou salina 0,9% 1 a 3 L possível associação com agentes quelantes ou mucolíticos imunomoduladores: glicorticoides: 1 horas pré IA dexametasona 50mg AINEs??? inibição da via das PGs → vai reduzir a contratilidade uterina (não é bom), falha ovulatória (FAH) COX2 seletivos (melhor) → firocoxibe 0,09mg/Kg IV antibióticos: depende do caso → vai ser por infusão IU, pré ou pós IA, qual a frequência, fez teste de sensibilidade? antibióticos alteram o pH uterino, fazem o desequilíbrio da microbiota e a endometrite pode ser fúngica antifúngicos piometra: persistência de CL exsudato purulento de volume variável causas potenciais: fibrose cervical → distocia ou iatrogênica (veterinário porco) útero penduloso ou disfuncional pode levar à necrose e fibrose endometrial prognóstico desfavorável diagnóstico: descarga vaginal visualização LIU intervalos interestros irregulares cultura + citologia + biopsia podem haver alterações hematológicas como anemia, leucopenia (neutropenia) tratamento: lavagem uterina frequência: até completa remoção do conteúdo → retorno límpido agente luteolítico antibioticoterapia adequada se fibrose cervical: pessário oco antiinflamatório local PGE2 metrite pós-parto: também pode ser chamada de síndrome da metrite-laminite-sepse baixa incidência comumente observado pós distocia (partos gemelares!!!) e retenção de placenta 1 a 10 dias pós-parto quadro de curso grave: septicemia/toxemia laminite óbito tratamento: lavagem uterina SID ou BID ocitocina 10 a 20 UI QID antibioticoterapia de amplo espectro sistêmica gentamicina 6 mg/Kg IV SID + penicilina procaína 22000 UI IM BID anti-toxêmico: polimixina B 1000 a 6000 U/Kg IV lenta TID ou QID pentoxifilina 7,5 a 10 mg/Kg PO ou IV TID FM 0,25mg/Kg IV TID crioterapia otimização do melhoramento genético prevenção de doenças infecto-contagiosas otimização do uso de machos superiores a menor custo possibilidade de cruzamentos diversos maior padronização do rebanho prevenção de acidentes possibilidade de uso de sêmen de animais debilitados ou que vieram a óbito maior controle zootécnico possibilidade de escolha do sexo (bovinos) → sêmen sexado estabelecimento de banco de germoplasma Inseminação artificial Vantagens Técnica em que é realizado o depósito de sêmen de um reprodutor no fundo da vagina ou dentro de útero da fêmea, a depender da espécie. Considerada a biotécnica que causa o maior impacto nos programas de melhoramento animal, por multiplicar e difundir a genética de reprodutores de elevado mérito genético. APLICAÇÕES: animais de produção: aumento da produtividade/ha animais de companhia: produção de ninhadas provenientes de animais incapacitados animais selvagens: reprodução de animais em cativeiro e ameaçados de extinção necessidade de mão de obra especializada detecção do cio/ determinação do momento ideal para IA complicações derivadas da má aplicação da técnica Limitações TÉCNICO CAPACITADO: conhecimento da anatomia da fêmea organização e ficha de acompanhamento higiene MATERIAL E INSTALAÇÕES ADEQUADAS: local de contenção cômodo para equipamentos e materiais disponibilidade de água MANEJO ADEQUADO DOS ANIMAIS: nutrição x sanidade x bem-estar Requisitos básicos SÊMEN FRESCO → DEPÓSITO INTRAVAGINAL acabou de coletar deve ser diluído utilizado em cães* e equinos *inseminação de cadelas é realizada no fundo da vagina (angulação) Tipos de inseminação artificial Hoje em dia, cerca de 80% dos bezerros nascidos são provenientes da monta natural. A baixa eficiência de detecção de estro é um dos motivos pelos quais a IA não é muito utilizada, sendo que em zebuínos o estro é mais curto (1 a 20, 9hrs), o comportamento do animal é menos intenso e ocorre à noite. Cios silenciosos e manejo nutricional também são um problema. A puberdade tardia e a alta incidência de anestro pós-parto também contribuem para essa porcentagem. MÉTODOS DE DETECÇÃO DE CIO: uso de rufiões com buçal touros com desvio lateral ou fixação da flexura sigmoide fêmeas androgenizadas pedômetro ou colares monitores sistema de detecção por radiotelemetria transmissores sensíveis à pressão sonda de resistência intravaginal bastão ou adesivo marcador observação visual do rebanho: 2x por dia por no mínimo 1 hora no início da manhã e no final da tarde influenciado pelo n° de montas/hora experiência do observador taxa de eficiência de 50 a 70% MÉTODO DE TRIMBERGER (1948): TÉCNICA: contenção da fêmea e higienização da vulva preparação do aplicador retirada do sêmen do botijão descongelamento da palheta secagem da palheta corte do lacre e montagem do aplicador transpasse de todos os anéis cervicais o melhor momento para inseminar a vaca é 12 horas após a detecção do cio SÊMEN REFRIGERADO: deposição uterina cão e equino → 5°C suíno → 15°C SÊMEN CONGELADO: ruminantes e equinos pode fazer em cães, mas praticamente não se usa, pois a qualidade de sêmen não é muito boa deposição uterina profunda Inseminação artificial em bovinos DEFINIÇÃO: É uma técnica que permite a inseminação artificial (IA) de fêmeas sem que seja necessário observar o cio, ou seja, são utilizados fármacos específicos em dias e horários definidos pelo médico veterinário. Ao serem administrados, simulam o ciclo estral normal da fêmea (mimetizam a fisiologia endócrina do animal) e sincronizam o cio de um lote de fêmeas, permitindo programar a IA para um determinado dia e hora (tempo fixo). VANTAGENS: melhoria da eficiência reprodutiva redução do intervalo entre partos otimização da programação das atividades reprodutivas racionalização da mão de obra uniformização de lotes aumento no número de bezerros/IA sem necessidade de observação de cio HISTÓRICO: surgimento em meados da década de 90 desenvolvimento de protocolos hormonais o objetivo da introdução da IA no Brasil foi aumentar a viabilidade econômica dos sistemas de produção da pecuária de corte e leite, aumentando o emprego do melhoramento genético e ganho produtivo de rebanhos TÉCNICA: as prostaglandinas foram os primeiros fármacos dos protocolos de sincronização quando aplicada, ela age sobre o CL, lisando-o e, dentro de 2 a 6 dias, as vacas entram em cio CL > 5 dias Inseminação artificial em Tempo Fixo (IATF) PGF2-alfa Dia 0 D2 D6 D11 PGF2-alfa CL