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PERIODONTIA RESUMO De: João Gabriel de Sena Gomes ANATOMIA DO PERIODONTO PERIODONTO: 1. Esmalte 2. Dentina 3. Epitélio Juncional 4. Cemento 5. Ligamento Periodontal 6. Osso Alveolar 7. Sulco Gengival/Periodontal 8. Epitélio Sulcular 9. Gengiva Livre 10. Gengiva Inserida 11. Tecido Conjuntivo Adjacente FIBRAS DO LIGAMENTO PERIODONTAL: 1. Fibras da Crista Alveolar 2. Fibras Horizontais 3. Fibras Oblíquas 4. Fibras Apicais FIBRAS GENGIVAIS: 1. Fibras Circulares 2. Fibras Dentogengivais 3. Fibras Dentoperiosteais 4. Fibras Transeptais ESPAÇO BIOLÓGICO: → Corresponde à área de união entre a gengiva e a superfície dental; → Determina a aderência do tecido gengival ao redor do elemento dental; → É determinada pela distância da crista óssea a base do sulco gengival (fim da crista óssea alveolar a porção mais coronal do epitélio juncional); → Formado por: › Epitélio juncional; › Inserção conjuntiva; › Sulco gengival. 1. Sulco Periodontal ou Gengival 2. Epitélio Juncional 3. Iserção do Tecido Conjuntivo Importante: → O epitélio juncional pode ser uma área de risco para a doença periodontal, devido a frágil união com a superfície dentária por apresentar um menor número de queratinócitos e mais espaçados além de não ser queratinizado. HISTOLOGIA DO PERIODONTO LIGAMENTO PERIODONTAL: → É ligado no cemento radicular até o osso alveolar; → Composição: › Fibras oxitalânicas; › 90% são fibras de Colágeno tipo 1; › 10% são fibras de colágeno tipo 3. CEMENTO: → Todo mesênquima que forma o revestimento externo da raiz; → Tecido mineralizado especial sem inervação; → Ancora as fibras do ligamento periodontal ao osso alveolar; → Possui dois tipos: › Acelular: encontrado no terço cervical; › Celular: encontrado em ápice radicular e região de furca. É menos calcificado e aumenta com a idade. → Da junção cemento-esmalte, possui 3 tipos: › 60% a 65% o cimento recobre o esmalt; › 30% nenhum recobre o outro; › 5% a 10% o cemento não encontra o esmalte (exposição de dentina). Anormalidades cementarias: → Anquilose: › Fusão do cemento radicular ao osso alveolar com obliteração do ligamento periodontal. OSSO ALVEOLAR: → Osso que reveste o alvéolo e estende-se acima da crista óssea alveolar; → Aparece frequentemente como uma linha radiopaca nas imagens radiográficas (lâmina dura) Anormalidades do Osso Alveolar: → Fenestração: › Área da raiz que fica descoberta pelo osso ficando recoberta apenas pelo periósteo e pela gengiva; → Deiscência: › Áreas radiculares descobertas devido à ausência de osso marginal. MUCOSA: → Mastigatória: › Gengiva e palato duro → De revestimento: › Responsável por revestir a cavidade oral → Especializada: › Dorso da língua REVISÃO DA DIVISÃO DOS TECIDOS EPITELIAIS: 1. Camada Córnea: a. Ausência ou resquícios do núcleo. 2. Camada Granulosa: a. Produção de queratinócitos. 3. Camada Espinhosa: a. Possui prolongamentos citoplasmáticos dando aspecto de espinhoso. 4. Camada Basal: a. Células cilíndricas ou cúbicas em contato com a membrana basal com adesão via hemidesmossomos. MICROBIOLOGIA PERIODONTAL: → A microbiota (tanto bucal quanto fecal) começa a ser formado a partir de dois anos. Toda microbiota é formada por uma complexa coleção de diferentes tipos de bactérias; › A partir desse momento, o corpo humano contém 10 vezes mais bactérias que células humanas; → Algumas horas após o nascimento, a cavidade oral passa de ser estéril e passa a ser colonizada por bactérias tanto aeróbicas quanto facultativas; › Aeróbicas: necessita de oxigênio para viver; › Anaeróbicas: não vive em local com oxigênio; › Facultativa: vive em ambos os locais; → Com exceção dos micro-organismos presentes na face e em fluidos secretores, TODAS as bactérias se mantêm aderidas em uma superfície; → Os micro-organismos que se comunicam com a cavidade oral e faringe possuem um “sistema de crescimento aberto”, com ingestão contínua de micro- organismos e de seus nutrientes; EQUILÍBRIO DINÂMICO: Força de adesão e remoção: 1. Deglutição, mastigação e o ato de assoar o nariz; 2. Implementos de higiene oral e de língua; 3. O efeito de limpeza da saliva, nasal e fluido gengival; 4. Movimentação ativa dos cílios (paredes nasal e sinusal). → A habilidade de adesão das bactérias ao hospedeiro é crucial para as doenças: › Gengivite; › Periodontite. PRINCIPAIS BACTÉRIAS PATOGÊNICAS RELACIONADAS À ADESÕES: → Porphyromonas gingivalis; → Aggregatibacter actinomycetemcomitans. ECOSSISTEMAS OU NICHOS DA CAVIDADE ORAL: 1. Intra-oral, supra gengival, superfícies duras; 2. Bolsa periodontal/peri-implantar; 3. Epitélio bucal, palatino e do assoalho bucal; 4. Dorso da língua; 5. Amígdalas; 6. Saliva. → Muitas bactérias (com exceção das espiroquetas) são capazes de colonizar todos os nichos: › Amigdalite; › Muitos são capazes de colonizar o seio maxilar. → As superfícies dos tecidos moles não são estruturas passivas no processo de adesão e colonização! → As bactérias podem se aderir às células do hospedeiro e formar uma relação comensal, benéfica para ambas as partes; → Vários estudos mostram que existem elevados números de bactérias inseridas em células epiteliais das bolsas periodontais in vivo; → Em áreas de inflamação gengival, há um número aumentado de bactérias; › Essas áreas aderidas também podem se infiltrar na parede da bolsa, em larga escala, e atingir o estroma (tecido nutritivo) subjacente. Em geral, existe uma correlação positiva entre a taxa de adesão de bactérias patogênicas em diferentes epitélio e a susceptibilidade do paciente a determinadas infecções. → Do ponto de vista microbiológico, dentes e implantes são únicos por duas razões: › Fornecem uma superfícies não desça ática dura, que permite o desenvolvimento de depósitos bacterianos estruturados; › Formam uma interrupção ectodérmica única. MODO DE VIDA BACTERIANA DO BIOFILME: → O biofilme é composto de células microbianas encaixados dentro de uma matriz de substâncias poliméricas extracelulares (SPE), como polissacarídeos, proteínas e ácidos nucleicos. Bactérias/biofilme: → Crescem em um meio de competição e múltiplas espécies que podem interagir; → Estas podem ser benéficas ou maléficas; → Maléficas competem através de moléculas antibacterianas (peróxido de hidrogênio e peptídeos inibidores); → Canais de água são comumente encontrados nos biofilmes, e esses funcionam como canais primitivos de sistema circulatório, removíveis residuais e trazendo nutrientes frescos para as camadas mais profundas do biofilme; → Os nutrientes se conectam às micro colônias sésseis (inseridas) por difusão de canais de água para as micro colônias, em vês de vir da matriz. As bactérias intracelular por onde passam os canais; → A matriz dispõe um ambiente especializado, onde se distinguem bactérias que existem dentro do biofilme daquelas são planctônicas, em soluções como a saliva ou o fluido gengival. Matriz Orgânica: → Polissacarídeos; → Proteínas; → Glicoproteínas; → Material lipídico; → DNA (talvez). Matriz inorgânica: → Cálcio; → Fósforo; → Sódio/Potássio/Flúor (vestígios). → A placa é composta por uma firme matriz extracelular, tornando impossível a sua remoção através do uso de bochechos ou sprays. Então, a placa pode ser diferenciada de ouros depósitos encontrados na superfícies dentária, com a matéria Alba e o cálculo dental. CLASSIFICAÇÃO DA PLACA: → A placa supragengival encontra-se na margem gengival ou acima desta, quando está em contato com a margem gengival denomina-se placa marginal; → A placa subgengival encontra-se abaixo da margem gengival, entre o dente e o epitélio da bolsa gengival. Placa supragengival: → Formação de cálculo, cárie coronária; → A placa supragengival apresenta-se geralmente, como uma organizaçãoestratificada de muitos tipos bacterianos; → Cocos e bastonetes gram-positivos predominam na superfície dentária; → Espiroquetas, bastonetes e filamentos gram-negativos predominam na superfície exterior da placa bacteriana. Placa subgengival: → Formação de cálculo e cárie radicular e destruição dos tecidos de suporte; → Difere da placa supragengival quanto à composição: › Principalmente pela disponibilidade local de produtos sanguíneos e pelo baixo potencial de oxirredução, o que caracteriza o ambiente anaeróbio. Bolsa profunda: → Denominado por micro-organismos menores sem uma orientação particular; → A borda apical da placa bacteriana é separada do epitélio juncional: › Camada de leucócitos; › Bactérias com maior concentração de bastonetes gram-positivos. → A composição da placa subgengival da profundidade da bolsa: › A porção apical tem maior predominância de espiroquetas, cocos e bastonetes; › Porção coronal são observados mais filamentosos. FORMAÇÃO DA PLACA BACTERIANA: Ordem da progressão: 1. Formação da película; 2. Aderência e fixação de bactérias; 3. Colonização e maturação da placa. Película adquirida: → Fina camada acelular que forma a base para adesão dos microrganismos que posteriormente desenvolvem a placa bacteriana; → Ao longo das primeiras quatros a oito horas, 60% a 80% das bactérias presentes fazem parte do grupo dos streptococcus; → Outra bactéria comumente encontrada nesse período são as espécies que não conseguem sobreviver sem oxigênio (aeróbios estritos); → Ao retirar o oxigênio, os colonizadores primários fornecem condições de baixa tensão de oxigênio. Etapas de colonização bacteriana: 1. Transporte até a superfície; 2. Adesão inicial; 3. Ligação forte. Complexos microbianos subgengivais: → As bactérias mais importantes a serem abordadas nesse tópico são: › P. Gingivalis › T. Forsythia › T. Denticoia FATORES QUE AFETAM A FORMAÇÃO DE PLACA DENTAL SUPRAGENGIVAL: → Durante as primeiras 24 horas após a limpeza da superfície do dente, o desenvolvimento da placa é insignificante do ponto de vista clínico; → Esse “tempo de latência” é devido ao fato de a população microbiana ter de alcançar certo tamanho antes de poder ser facilmente detectada por um clínico; → Durante os três dias seguintes, a cobertura progride rapidamente até o ponto em que, após quatro dias, uma média de 30% da área coronal total do dente será coberta por placa; → Crescimento da placa; → Microrrugosidade de superfície; → Variáveis individuais. Biofilme e a resistência a antimicrobianos: 1. Enzimas da bactéria comem e desativam os antibióticos; 2. Os antibióticos são ejetados pela bactéria; 3. A parede bacteriana impede que os antibióticos entrem; 4. A bactéria adota uma nova forma de processamento de energia (já que alguns antibióticos interferem no processo energético). → Bactérias que crescem em comunidades microbianas aderidas à superfície não se comportam da mesma maneira que bactérias em suspensão no meio líquido; → Estado nutricional, taxa de crescimento, temperatura, pH e exposições anteriores a concentrações subefetivas de agentes antimicrobianos; → Taxa mais lenta de crescimento de espécies bacterianas no biofilme, o que as torna menos suscetíveis a muitos, porém não a todos, antibióticos; → A matriz do biofilme, embora não seja uma barreira física significativa para difusão de antibióticos, tem certas propriedades que podem retardar a penetração do antibiótico. ESTUDO EPIDEMIOLÓGICO: Necessidade: → Tratamento; → Prevenção; → Diagnóstico; → Consequência sistêmica; → Agenda de pesquisas. HIPÓTESES: → A “fase relacionada a causa da terapia periodontal” tornou-se foçada em antimicrobianos, antibióticos e outras medidas de controle da placa; → Respeitadas instituições afirmaram que a doença periodontal destrutiva seria amplamente prevenida através de um programa de boa higiene bucal; → Uma vez que se supões que infecções médicas possam causar doenças sistêmicas crônicas não transmissíveis, então poderia, igualmente supor-se que as infecções periodontais, poderiam causar doenças sistêmicas; → Investigações foçadas em tópicos como: › Vacinas periodontais; › Diagnóstico microbiológico; › Consequências sistêmicas de infecções periodontais. OBJETIVO DO ESTUDO EPIDEMIOLÓGICO: → Epi (sobre), Demos (povo), Logia (estudo); → “Estudo da distribuição de doença ou de uma condição fisiológica nas populações humanas e dos fatores que influencia está distribuição.” -Lilienfield, 1978; → É um instrumento utilizado para entender como os fatores de risco da doença periodontal e como ele estão relacionados com as características clínicas de uma determinada população ou indivíduo. FATORES DE RISCO: → Prevalência: › Estudos transversais: o pesquisador não interage com a população amostral direto senão por análise e avaliação conseguidas através da observação. → Incidência: › Estudos longitudinais: é coleta consistente de feedbacks do mesmo grupo de indivíduos em um período específico. Estudos longitudinais permitem: monitorar a mudança de opinião e a experiência das pessoas. Identificar problemas a tempo de impedir resultados negativos. → Extensão; → Severidade (gravidade). OBJETIVOS: → Métodos para exame e avaliação da Doença Periodontal: › Escolha da amostra; › Escolha dos exames; › Critério diagnósticos; › Escolha dos índices (indicador); › Calibração dos profissionais; › Forma armazenamento dos dados; › Análises estáticas; › Forma de apresentação dos dados; › Avaliação clínica da inflamação dos tecidos periodontais; › Avaliação da perda do tecido periodontal de sustentação; › Radiografias. PRINCIPAIS ÍNDICES DE AVALIAÇÃO: → Avaliação clínica da inflamação dos tecidos periodontais: › Índice gengival; › Índice de sangramento sulcular e placa; › Índice de placa. → Cor; → Contorno; → Consistência; → Ausência de sangramento. Índice gengival: → Mede alterações qualitativas das gengivas; → Uso de espelho clínico e sonda periodontal Faces examinadas: MV, V, DV, ML, L e DL; → Todos os dentes ou 6 examinados: 16, 12, 24, 36, 32 e 44; → Níveis: › 0 (gengiva normal); › 1 (gengivite leve): alteração na cor e textura; › 2 (Gengivite moderada): rubor, edema brilhante e com sangramento sob estímulo; › 3 (gengivite severa): rubor intenso, edema, tendência a sangramento espontâneo. Índice de sangramento Sulcular e Placa: → 0: ausência de sangramento ou placa; → 1: presença de sangramento visível 15 segundos após a sondagem até o fundo da bolsa ou placa. Avaliação dos índices dos tecidos periodontais: → A distância entre a margem gengival até a posição em que a ponta da sonda periodontal, inserida no sulco, encontra resistência; → Nível de inserção clínica: › Medido da Junção amelocementária até o ponto mais apical de penetração da sonda. 1. Margem gengival; 2. Recessão gengival; 3. Junção Amelocementária; 4. Bolsa Periodontal; 5. Perda de Inserção Clínica. PERIODONTAL SCREENING & RECORDING (PSR): Código Situação Periodontal Conduta 0 Faixa colorida totalmente visível, SEM sangramento a sondagem, AUSÊNCIA de cálculo e excessos de margens restauradoras. Manter o paciente sob medidas preventivas. 1 Faixa colorida totalmente visível, COM sangramento a sondagem, AUSÊNCIA de cálculo e excessos de margens restauradoras. Eliminação de placa pelo profissional e instrução de higiene oral. 2 Faixa colorida totalmente visível, COM sangramento a sondagem, PRESENÇA de cálculo supra e/ou subgengival e/ou e excessos de margens restauradoras. Raspagem e polimento, remoção dos excessos de restaurações e instrução de higiene oral. 3 Faixa colorida PARCIALMENTE visível, presença de BOLSA de 3,5mm a 5,5mm.Necessidade de exame periodontal complementar no sextante com periograma, radiografias. Indica necessidade de tratamento periodontal especializado no complexo sextante. 4 Faixa colorida PARCIALMENTE visível, presença de BOLSA ACIMA de 5,5mm. Necessidade de exame periodontal complementar no sextante com periograma, radiografias. Indica necessidade de tratamento periodontal especializado no complexo sextante. x A inserção desse código significa a presença de outros problemas como: envolvimento de furcas, mobilidade, perda de gengiva inserida e recessão gengival acima de 3,5mm. - Na doença periodontal ativa: 1. Perda óssea > 3mm 2. Índice se sangramento > 10% 3. Índice de placa > 10% RESULTADOS EPIDEMIOLÓGICOS: EVIDÊNCIAS CIENTÍFICAS: → A gengivite não necessariamente progrediria para periodontite; → Nem todas as pessoas iriam ter periodontite; → A progressão da periodontite não era linear; → A perda dentária não seria o desfecho final da periodontite na maior parte dos casos; → Taxas de progressão de perda de inserção periodontal são maiores em países em desenvolvimento comparado a países desenvolvidos. FATORES DE RISCO PARA PERIODONTITE: → Fatores ambientais, comportamentais ou biológicos (genética) aumentam a probabilidade da doença e quando ausentes, diminuem essa probabilidade; → Tempo: exposição precede o desfecho. Fatores diretamente associados: 1. Tabagismo: a. Maior profundidade de sondagem; b. Maior perda de inserção clínica; c. Maior perda óssea; d. Maior perda dentária; e. Menor sangramento à sondagem (por causa da redução da resposta inflamatória!); f. Não respondem adequadamente ao tratamento; g. Conduta: necessário a raspagem (caso houver cálculo) e limpeza do sextante acometido, instrução de higiene oral adequada ao paciente, reposição de nicotina em menores quantidades e recomendação de clínica de reabilitação para o controle psicológico. 2. Diabetes Mellitus: a. Maior susceptível a desenvolver a doença periodontal por causa da dificuldade a reagir a processos inflamatórios e infecciosos; b. 76% apresentam Doença Periodontal; c. Descompensados tem 3x mais chances de desenvolver Doença Periodontal; i. Compensados possuem condições periodontais semelhante à paciente sem Diabetes Mellitus. PERIODONTO NA INFÂNCIA: Características: → Profundidade do sulco gengival dos dentes decíduos é menor que os permanentes: placa > cálculo; → Gengiva vermelha e inchada: › Orientar as crianças e os pais; › Mostrar de forma lúdica; › Mostrar os riscos. PERIODONTO NA FASE ADULTA: Características: → Ausência de perda de inserção (não pode ter uma gengiva flácida e bolsa) e podendo haver sangramento à sondagem; → Sulco menor ou igual que 3mm; → Ausência de edema, eritema e supuração (presença de pus). PERIODONTO NA TERCEIRA IDADE: Características: → Perda de elasticidade devido a diminuição da síntese de fibras; → Diminuição do epitélio juncional; → Diminuição da resposta imunológica, mesmo sem doença (retração gengival); → Diminuição do número de restos epiteliais do ligamento periodontal; → Alterações fisiológicas: › Desgaste natural dos dentes; › Diminuição da dimensão vertical; › Coordenação motora (escova elétrica); › Importância da higienização e dieta; › Ele não vai perder os dentes; › Ir a cada 3 meses ao invés de 6 meses; › Equilíbrio de oclusão; › Higiene correta (prótese). NOVA CLASSIFICAÇÃO DA DOENÇA PERIODONTAL “Doença inflamatória crônica multifatorial associada a um biofilme disbiótico e caracterizada pela destruição progressiva do aparato de inserção dental”. → Pode ser dividido em: › Gravidade e complexidade: ▪ Estágio I; ▪ Estágio II; ▪ Estágio III; ▪ Estágio IV. › Extensão e distribuição: ▪ Localizada; ▪ Generalizada; ▪ Padrão molar/incisivo. › Taxa de progressão, resposta antecipada ao tratamento e saúde sistêmica: ▪ Grau A; ▪ Grau B; ▪ Grau C. CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS DA SAÚDE GENGIVAL: PERIODONTO ÍNTEGRO PERIODONTO REDUZIDO Ausência de sangramento à sondagem Ausência de sangramento à sondagem Ausência de eritema e edema Ausência de eritema e edema Ausência de perda óssea e de inserção Presença de perda óssea e inserção clínica reduzida Níveis ósseos fisiológicos variam de 1,0 a 3,0mm apical à junção amelocementária PERGUNTA: Saúde gengival em periodonto reduzido pode apresentar sangramento a sondagem? → NÃO!!!!!!!!!!!!!!! PASSO A PASSO: → Exame inicial: › Anamnese; › Periograma; › Radiografia. → Estabelecer o estágio: › Separar os casos de perda de inserção clínica não ocasionados por periodontite (restaurações ou cáries cervicais, fraturas radiculares, causas traumáticas etc.); › Determinar a máxima perda de inserção ou perda óssea radiográfica; › Confirmar os padrões de perda óssea radiográfica. → Estabelecer o grau: › Calcular o índice de perda óssea; › Observar a presença de fatores de risco (fumo, diabetes); › Observar a resposta ao tratamento periodontal. ESTÁGIO DA PERIODONTITE: → Estágio I: › 1-2mm. → Estágio II: › 3-4mm. → Estágio III: › Maior ou igual a 5mm; › Ou quando há perda de até 4 dentes devido à periodontite. → Estágio IV: › Maior ou igual a 5mm; › Ou quando há perda de 5 ou mais dentes devido à periodontite. EXTENSÃO E DISTRIBUIÇÃO: → Generalizada: › > 30% → Localizada: ›da sondagem no sulco periodontal (tendo bolsa ou não ou tecido hiperplásico); → Ex.: › 2mm; › 3mm; › 5mm; › 7mm. → Sonda utilizada: › Sonda Carolina do Norte ou Williams. SANGRAMENTO À SONDAGEM: → Nesse espaço deverá apenas ser colocado apenas UMA MARCAÇÃO nos pontos onde houveram sangramento à sondagem. → Ex.: › 22: Disto-vestibular; -> . › 21: Mesio-vestibular; -> . › 11: Mesio-vestibular e Vestibular; -> . › 12: Vestibular e Disto-vestibular. -> . RECESSÃO: → Nesse espaço deverá ser colocado o comprimento da recessão; → Esse comprimento é calculado a partir da junção amelocementária até a margem gengival; → Não é considerado o sulco periodontal! → Sonda utilizada: › Sonda Carolina do Norte. → Ex.: › Nesse caso da imagem acima, a recessão foi de 6mm; › Deverá ser colocado 6mm no espaço “Recessão”. HIPERPLASIA: → Nesse espaço deverá ser colocar o comprimento da hiperplasia; → Para se obter esse comprimento, é necessário que a sonda seja colocada até a junção amelocementária e seja anotado o comprimento tecido hiperplásico; → O comprimento será: › Junção amelocementária até a margem gengival. → Sonda utilizada: › Sonda OMS e Carolina do Corte. NÍVEL DE INSERÇÃO CLÍNICA (NIC): → Nesse espaço será colocado o a soma ou subtração da recessão e hiperplasia, respectivamente, à profundidade de sondagem; → Caso houver recessão: › Soma. → Caso houver hiperplasia: › Subtrai. → Ex.: › Foi notado que a profundidade de sondagem no ponto mésio-vestibular foi de 5mm e recessão de 3mm; › Dessa forma, deverá ser feito a soma, resultando em 8mm; › Esse valor será o Nível de Inserção Clínica. PERDA DE INSERÇÃO CLÍNICA (PIC): → A perda de inserção clínica se deve principalmente à perda de estrutura periodontal; → Sabe-se que o nível fisiológico do sulco periodontal é de até 3mm (espaço biológico); → Portanto, nesse espaço, deve-se subtrair 3mm do nível de inserção clínica para se obter o valor correspondente à perda de tecido do periodonto. → Foi notado que o NIC no ponto mésio-vestibular foi de 8mm; → Dessa forma, deverá subtrair 3mm (fisiológico – espaço biológico) do NIC, resultando em 5mm; → Esse valor será a Perda de Inserção Clínica. Obs.: caso o NIC for menor ou igual a 3mm, não será necessário fazer o cálculo pois não houve perda de inserção clínica!!! ÍNDICE DE SANGRAMENTO: → Para que seja feito o índice de sangramento é levado em consideração o cálculo dos pontos sangrantes à sondagem feita na confecção do periograma; → Passo a passo: › 1) Total dos pontos de punção (de todos os dentes mesmo não havendo sangramento) equivale 100%; › 2) Se soma os pontos sangrantes, que equivale a X; › 3) Efetuar a regra de três. → Diagnóstico: › Sendo maior que 10%: ▪ Gengivite. › Sendo menor que 10%: ▪ Saúde periodontal. → Ex.: › Foi notado que o paciente, em questão, possui 28 dentes. Dessa forma, é feito a multiplicação de 6 (pontos de punção que cada dente tem) pela quantidade de dentes, resultando em 168 pontos; › Esse valor equivale a 100%; › Foi notado que o paciente, em questão, possui 96 pontos sangrantes. › Esse valor é “X”; › Assim, se faz a regra de 3: ▪ 168 está para 100% e 96 está para X%. › Resultando em 57,15%; › Esse valor é maior que 10%, portanto o diagnóstico do paciente foi de: ▪ Gengivite. ESTÁGIO OU ESTÁDIO: → Para se obter o estágio, deve-se analisar a maior perda de inserção do paciente (a maior em comparação a TODOS os pontos de punção); → Deve-se atentar aos níveis de cada estágio: › Estágio I: 1 a 2mm; › Estágio II: 3 a 4mm; › Estágio III: maior ou igual a 5mm (fatores modificadores irão determinar o estágio, ex.: quantidade de dentes remanescentes, mobilidade); › Estágio IV: maior ou igual a 5mm (fatores modificadores irão determinar o estágio, ex.: quantidade de dentes remanescentes, mobilidade). → Ex.: › Foi notado que o paciente, em questão, obteve 5mm de maior perda de inserção (considerando que todos os outros pontos de punção dos outros dentes foram menores que 5mm); › Dessa forma, o diagnostico periodontal foi: ▪ Estágio III › Nesse caso, não houve fatores modificadores de estágio. EXTENSÃO E DISTRIBUIÇÃO: → Para que tenha a obtenção da extensão e distribuição é levado em consideração o cálculo dos pontos de punção que houve a perda de inserção clínica à sondagem feita na confecção do periograma; → Nesse caso, não se leva em consideração o comprimento do PIC dos pontos, mas sim os pontos de punção em si; → Caso a perda for superior a 30%: › Generalizada. → Caso a perda for inferior a 30%: › Localizada. → Passo a passo: › 1) Total dos pontos de punção (de todos os dentes mesmo não havendo PIC) equivale 100%; › 2) Se soma os pontos onde houve PIC, que equivale a X; › 3) Efetuar a regra de três. → Diagnóstico: › Caso a perda for superior a 30%: ▪ Generalizada. › Caso a perda for inferior a 30%: ▪ Localizada. → Ex.: › Foi notado que o paciente, em questão, possui 28 dentes. Dessa forma, é feito a multiplicação de 6 (pontos de punção que cada dente tem) pela quantidade de dentes, resultando em 168 pontos; › Esse valor equivale a 100%; › Foi notado que o paciente, em questão, possui 52 pontos com PIC. › Esse valor é “X”; › Assim, se faz a regra de 3: ▪ 168 está para 100% e 52 está para X%. › Resultando em 30,95%; › Esse valor é maior que 30%, portanto o diagnóstico do paciente foi de: ▪ Generalizada. ÍNDICE DE PERDA ÓSSEA (OBTENÇÃO DO GRAU DE VELOCIDADE): → Para que seja feito o cálculo, deve-se ser levado em consideração: › Comprimento da raiz (contado a partir da junção amelocementária); › Comprimento da perda óssea; › Idade do paciente. → Assim como é feito o cálculo do índice de sangramento, nesse tópico será da mesma forma; → Passo a passo: › 1) Comprimento da raiz equivale a 100%; › 2) Comprimento da perda óssea equivale a X% › 3) Efetuar a regra de três. › 4) A porcentagem obtida deverá ser dividida pela idade do paciente, obtendo, assim, o grau. → Deve-se atentar ao diagnóstico do grau sendo: › Grau A: 1 (progressão rápida) → Foi notado que o paciente, em questão, possui 37 anos, 9mm de comprimento da raiz, 6mm de perda óssea; → 9mm equivale a 100%; → 6mm equivale a X%; → Assim, se faz a regra de 3: › 9mm está para 100% e 6mm está para X%; → Resultando em 66,66% → Dividindo pela idade dele, 37 anos, se obtém 1,8; → Esse valor é maior que 1, portanto o diagnóstico do paciente foi de: › Grau C (progressão rápida). Obs.: lembrando que o diagnóstico preciso do grau é feito APÓS 5 ANOS do primeiro diagnóstico. Sendo: Grau A: nenhuma perda de inserção clínica vista em 5 anos. Grau B: perda de inserção clínica menor que 2mm em 5 anos. Grau C: perda de inserção clínica maior que 2mm em 5 anos. E sempre se atentar aos fatores modificadores como: tabagismo (quantidade de cigarros consumidos por dia) e diabetes. DIAGNÓSTICO FINAL DO PACIENTE USADO COMO EXEMPLO: → Periodontite Estágio III Generalizada Grau C; → Índice de sangramento: 57,15% Obs.: como houve sangramento excessivo (acima de 10%) em periodonto reduzido, a doença periodontal está ativa! Caso houvesse sangramento excessivo (acima de 10%) em periodonto íntegro seria apenas gengivite. Para o paciente ter saúde periodontal em periodonto reduzido, NÃO SE DEVE HAVER SANGRAMENTO ACIMA QUE 10%. ERGONOMIA E RASPAGEM LESÕES PERIODONTAIS/ENDOPERIODONTAIS ABSCESSOS PERIODONTAIS: ETIOLOGIA: → Patofisiologia: › Invasão bacteriana > inflamação > destruição tecidual e pus; → Microbiologia: › Bactérias similares as da periodontite;→ Histopatologia: › Epitélio > lâmina própria > infiltrado inflamatório > tecido conectivo destruído e necrótico > epitélio da bolsa destruído e ulcerado. APRESENTAÇÃO CLÍNICA: → Acúmulo de pus localizado na parede gengival da bolsa periodontal com grande destruição tecidual por um tempo limitado e com sintomas clínicos facilmente detectáveis. IMPORTÂNCIA: → Rápida destruição dos tecidos periodontais afetando muito o prognóstico do dente afetado, principal causa da extração dentária em pacientes em manutenção periodontal; → Consequências sistêmicas severas. DIAGNÓSTICO: → Anamnese: › História geral e dental; → Exame físico: › Inspeção Extra e Intra-Bucal; › Palpação; › Percussão; › Exploração; › Vitalidade pulpar. Diagnóstico diferencial do Abscesso Periapical X Periodontal: ABSCESSO PERIAPICAL ABSCESSO PERIODONTAL Dente com polpa necrosada Dente com polpa íntegra ou canal sem lesão periapical Dente com história de cárie (cavidade ou restauração). Podendo ter ausência de bolsa periodontal. Ao inserir a sonda não há comunicação com a área de abscesso Bolsa periodontal tem comunicação com a área do abscesso (sondagem) Radioluscência apical Presença de perda óssea e inserção clínica reduzida Nenhuma ou mínima mobilidade Mobilidade maior, inclusive no sentido ocluso/apical Sensível à percussão vertical Sensível à percussão horizontal Via de drenagem na região apical (fístula mais apical) Via de drenagem localizada na lateral da raiz (fístula mais coronal) Teste de vitalidade positivo ou negativo Teste de vitalidade sempre positivo Dor aguda, intensa, intermitente, difusa, dor à percussão severa, paciente pode não saber apontar o dente Dor: localizada, dor à percussão menos severa, paciente identifica o dente TRATAMENTO: Fase aguda (Tratamento emergencial): → Promover dessensibilização da área; → Localizar embocadura da bolsa; → Promover limpeza delicada – remoção de placa, corpos estranhos, drenagem (com curetas) via sulco; → Irrigação da bolsa (sem pressão); → Recomendações caseiras: aplicação de calor (bochechos) com solução salina quente a cada hora. Fase aguda: → Repetir procedimentos clínicos após 24/48/72h conforme regressão e controlar até cronificação; → Drenagem com incisão externa na mucosa – só quando houver flutuação ou insucesso na tentativa via sulco; → Excepcionalmente (bolsas sinuosas) quando não se consegue drenagem adequada – confecção de retalho com curetagem a campo aberto; → Presença de problemas oclusais – ajuste/contenção. Fase crônica: → Drenagem do exsudato purulento retido - Recursos cirúrgicos: ▪ Incisão/retalho total. › Incisão vertical/horizontal; › Colocação do dreno; › Cicatrização por 2ª intenção; › Incisões intra-suculares; › Deslocamento do retalho; › Limpeza e irrigação; › Sutura. → Avaliação de múltiplos aspectos para o tratamento da bolsa periodontal; Antibiótico sistêmico: → Envolvimento sistêmico › Penicilinas (500mg, 8-8hs, 7-8 dias). → Pacientes de risco; › Amoxicilina + ácido clavulânico. → Infecção difusa; › Tetraciclina (250mg, 6-6hs, 10 dias). → Dificuldade de drenagem; › Azitromicina (50mg, 1x/dia, 3dias). → Drenagem via retalho; LESÕES ENDO-PERIODONTAIS (EP): CONCEITOS A SEREM ABORDADOS: 1. Breve histórico 2. Comunicações anatômicas 3. Etiologia 4. Classificações 5. Diagnóstico e prognóstico BREVE HISTÓRICO: → Histórico do paciente: › Tratamento de endodôntico; › Tratamento periodontal; › Local habitacional e hábitos de escovação; › Etc. COMUNICAÇÃOES PULPO-PERIODONTAIS: → Túbulos dentínarios; → Canais laterais e canais acessórios; → Forame apical; → Fraturas radiculares verticais; → Perfurações radiculares; → Sulco palatogengival. Canais laterais: → Clinicamente detectáveis apenas por radiografias (se o material obturador os preencher). Outras vias de comunicação: → Fraturas radiculares: › Restaurações intracoronárias, dentes desvitalizados, pinos intra-radiculares curtos, pilares de próteses, contatos oclusais traumáticos, traumas; → Perfurações ou trepanações iatrogênicas, tratamento endodônticos ou protéticos; → Reabsorções radiculares, trauma externo, trauma oclusal, clareamento, movimentação ortodôntica; → Medidas de tratamento da doença periodontal: exposição de túbulos; › Alterações na polpa: ▪ Alterações inflamatórias, localizadas, dentina reparadora e hipersensibilidade; › Alterações no periodonto: ▪ Resultado cicatricial prejudicando se há comprometimento pulpar. ETIOPATOGENIA: → Influência das condições patológicas da polpa sobre o periodonto. Reversíveis (polpa inflamada, mas vital): → Ruptura da lâmina dura apical; → Espessamento do ligamento periodontal. Irreversíveis (necrose pulpar infectada): → Lesões apicais; → Lesões laterais; → Lesões de furca. Polpa necrótica: alterações irreversíveis (contaminação via forame apical, canais laterais e acessórios etc.): → Drenagem via LP (bolsas profundas em um único ponto); → Manifestações agudas da polpa. Porém.... → Existe pouca evidência de que ocorre contaminação do periodonto pela polpa necrótica via túbulos dentínarios, se o cemento estive intacto porque este funciona como barreira à penetração de produtos bacterianos no ligamento periodontal. CLASSIFICAÇÕES DA LESÕES ENDO-PERIODONTAIS (EP): 1. Lesões endodônticas primárias 2. Lesões endodônticas primárias com envolvimento periodontal secundário 3. Lesões periodontais primárias; 4. Lesões periodontais primárias com envolvimento endodôntico secundário; 5. Lesões periodontais primárias com envolvimento endodôntico secundário 6. Lesões combinadas “verdadeiras”. Classificação das lesões EP se houver ou não dano radicular: → Com dano radicular: › Fratura e trinca; › Perfuração; › Reabsorção externa. → Sem dano radicular: › Com periodontite: ▪ Grau 1 ▪ Grau 2 ▪ Grau 3 › Sem periodontite: ▪ Grau 1 ▪ Grau 2 ▪ Grau 3 → Especificação dos graus: › Grau 1: ▪ Bolsa periodontal estreita profunda em uma superfície radicular. › Grau 2: ▪ Bolsa periodontal larga profunda em uma superfície radicular. › Grau 3: ▪ Bolsa periodontal profunda em duas ou mais superfícies radicular. PRINCIPAIS SINAIS E SINTOMAS: → Bolsas periodontais profundas – Ápice; → Resposta negativa ou alterada; → Reabsorção óssea periapical ou na furca; → Dor espontânea ou dor a palpação e percussão; → Fístula ou exsudato purulento; → Mobilidade; → Alteração de cor da coroa dental. INTER-RELAÇÃO ENDO-PERIO (EP): → Se não houver somatória das lesões endodôntica e periodontal, não é uma lesão endo-periodontal; → Necrose pulpar tem repercussão no periodonto, mas não é lesão EP; → Uma bolsa periodontal pode influenciar o comportamento da polpa, determinando inflamação, sem levar a uma lesão combinada, porque mesmo que a bolsa possa produzir necrose pulpar, essa lesão será periapical e não EP. ABSCESSO DE ORIGEM ENDODÔNTICA (VIAS DE DRENAGEM): → Via sulco gengival através do ligamento periodontal; → Fistulação extra-óssea. LESÃO ENDODÔNTICA X LESÃO PERIODONTAL: Endodôntica: → Usualmente o tratamento é mais fácil e rápido. Periodontal: → Comunicação com o meio bucal permite contaminação constante. DIAGNÓSTICO DAS LESÕES ENDO-PERIODONTAIS: → Dor: › Quadro agudo: ▪ Dor pulsátil, o paciente procura tratamento rápido. → Quadro crônico: › A dor pode ser discreta (sensação de dente “crescido”) ou ausente. → Sondagem da fístula: › É importante para se fazer o diagnóstico diferencial; › Usar fio de aço 0,10 (flambado) ao invés de cone de gutta-percha. → Mobilidade; → Teste: › Percussão, palpação, frio e calor; → Avaliação radiográfica: › Presença de uma lesãoúnica comunicando ápice e área marginal. LESÃO ENDODÔNTICA PRIMÁRIA COM ENVOLVIMENTO PERIODONTAL SECUNDÁRIO: → Teste de vitalidade pulpar negativo; → Se a lesão endodôntica primária que está drenando via sulco não for diagnosticada no início, acúmulo de placa marginal cria um problema periodontal secundário; → Observar o tempo que tem a lesão para raspar antes ou depois do tratamento endodôntico: › Antes: ▪ Lesões antigas. › Depois: ▪ Lesões recentes. → Presença de bolsa periodontal profunda; → Sinais de inflamação; → Acúmulo de placa e cálculo sub-gengival; → Doença periodontal em outros dentes; → Falta de indícios radiográficos e de fatores etiológicos de lesão pulpar (como cáries profundas, restaurações infiltradas). LESÃO COMBINADA VERDADEIRA: → Ocorre quando um dente com bolsa periodontal apresenta também lesão endodôntica, com origens independentes, os quais, em um determinado momento, ao progredirem, se comunicam; → Grande perda de inserção e teste de vitalidade pulpar negativo. Obs.: NUNCA será possível saber qual lesão começou primeiro, se foi endodôntica ou periodontal!!! GENGIVITE GENGIVITE ASSOCIADA SOMENTE AO BIOFILME: → Gengivite em periodonto íntegro; → Gengivite em periodonto reduzido; → Gengivite em periodonto tratado periodontalmente. GENGIVITE MEDIADA POR FATORES DE RISCO SISTÊMICOS, LOCAIS OU POR MEDICAMENTOS : → Tabagismo; → Hiperglicemia; → Fatores nutricionais; → Agentes farmacológicos; → Hormônios esteroidais; → Condições Hematológicas; → Fatores de retenção do biofilme; → Secura bucal. DOENÇAS GENGIVAIS NÃO INDUZIDA PELO BIOFILME: → Desordens Genéticas e de Desenvolvimento; → Infecções Específicas; → Condições Inflamatórias e Imunes; → Processos Reacionais; → Doenças Endócrinas, Nutricionais e Metabólicas; → Lesões Traumáticas; → Pigmentação Gengival. CIRURGIA PERIODONTAL INDICAÇÕES: → Dificuldade de acesso para raspagem; → Dificuldade de acesso para higiene; → Redução da profundidade de bolsa; → Correção de hiperplasias ou hipertrofias; → Facilitar a terapia restauradora; → Alterar a margem gengival em relação a restaurações. CONTRA-INDICAÇÃO: → Falta de cooperação do paciente a curto e longo prazo. OBJETIVOS: → Acesso; → Mucogengival; → Regenerativa; → Estética; → Corretiva (aumenta de coroa clínica). PRECAUÇÕES E CONDUTAS DE DOENÇAS PRÉ- ESTABELECIDAS: Doenças cardiovasculares: → Hipertensão arterial: baixas doses de adrenalina e cuidados com injeção intravascular; → Angina pectores: baixas doses de adrenalina e cuidados com injeção intravascular; → Pacientes infartados: 6 meses depois + acompanhamento médico; → Tratamento com anti-coagulantes: controle adequado dos níveis de protrombina leva de 2 a 3 dias; → Evitar silicatos e o uso de tetraciclina no pós- operatório. → Endocardite reumática, lesões congênitas e implantes vasculares: uso de anti-séptico local e antibiótico sistêmico profilático; → 3g de amoxicilina 1h antes, seguido de 1.5g 6h após a dose inicial; → Alternativa: eritromicina ou clindamicina; → Desaconselhável: tetraciclina. Transplantados: → Ciclosporina A – supressor imune; → Bloqueadores da bomba de cálcio; → Antibiótico profilático e anti-séptico local. Desordens sanguíneas: → Leucemias, agranulocitose e lifogranulomatoses contra-indicam cirurgias; → Anemia: risco na anemia severa. Desordens hormonais e neurológicas: → Diabetes mellitus; → Função adrenal – longo uso de corticosteróides; → Esclerose múltipla e mal de Parkinson; → Epilepsia. Fumo: → Menor chance na redução profundidade da bolsa e na melhora no nível de inserção. __________________________//________________________