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RESUMO BIOSSEGURANÇA E BOAS PRATICAS LABORATORIAIS A biossegurança é um campo essencial para a proteção da saúde humana, do meio ambiente e dos ecossistemas, abrangendo um conjunto de práticas e normas destinadas a prevenir riscos biológicos, químicos e físicos. Ela é fundamental em áreas como pesquisa científica, saúde pública, biotecnologia e indústria, especialmente quando envolve a manipulação de organismos geneticamente modificados (OGMs), agentes patogênicos e substâncias potencialmente perigosas. O objetivo principal da biossegurança é garantir que atividades que possam oferecer riscos, como experimentos em laboratórios ou tratamentos médicos, sejam realizadas de forma controlada e segura, minimizando as chances de contaminação e danos ambientais. Além disso, inclui a adoção de protocolos rigorosos para o uso de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs), gestão de resíduos biológicos e o cumprimento de normas regulatórias internacionais e nacionais, como as da Organização Mundial da Saúde (OMS) e da ANVISA. A implementação adequada dessas práticas é crucial para que os avanços científicos e tecnológicos sejam feitos com responsabilidade, protegendo tanto os profissionais envolvidos quanto a sociedade em geral. A biossegurança, de maneira geral, refere-se a um conjunto de medidas voltadas para a prevenção, controle, mitigação ou eliminação de riscos associados a atividades que possam afetar a saúde humana, a qualidade de vida e o meio ambiente (BRASIL; ORGANIZAÇÃO PAN-AMERICANA DA SAÚDE, 2010). Laboratório moderno com símbolos de biossegurança e elementos de sustentabilidade, destacando práticas seguras e proteção ambiental. Laboratório moderno com símbolos de biossegurança e elementos de sustentabilidade, destacando práticas seguras e proteção ambiental. Objetivos gerais e específicos da biossegurança A biossegurança tem como objetivo principal a proteção da saúde humana, do meio ambiente e dos ecossistemas, por meio da implementação de medidas e práticas que minimizem ou eliminem os riscos associados a agentes biológicos, químicos e físicos. Esse campo abrange uma série de objetivos gerais e específicos que orientam ações preventivas e corretivas em diversas áreas, como laboratórios, hospitais e na manipulação de organismos geneticamente modificados (OGMs). Laboratório moderno com símbolos de biossegurança e elementos de sustentabilidade, destacando práticas seguras e proteção ambiental. Objetivos gerais e específicos da biossegurança A biossegurança tem como objetivo principal a proteção da saúde humana, do meio ambiente e dos ecossistemas, por meio da implementação de medidas e práticas que minimizem ou eliminem os riscos associados a agentes biológicos, químicos e físicos. Esse campo abrange uma série de objetivos gerais e específicos que orientam ações preventivas e corretivas em diversas áreas, como laboratórios, hospitais e na manipulação de organismos geneticamente modificados (OGMs). Objetivos gerais da biossegurança Proteção da saúde humana: Garantir a segurança dos indivíduos envolvidos em atividades que lidam com agentes biológicos, minimizando os riscos de contaminação, infecção ou lesões (BRASIL, 2005). Proteção ambiental: Preservar o meio ambiente e evitar que práticas laboratoriais ou industriais contaminem ecossistemas locais ou globais, como o uso de produtos químicos ou organismos geneticamente modificados (SILVA et al., 2019). Promoção de boas práticas em pesquisa e trabalho: Estabelecer normas e protocolos que assegurem a execução segura de atividades que envolvem riscos biológicos e químicos, como em hospitais, clínicas e laboratórios de pesquisa (OMS, 2020). Objetivos específicos da biossegurança Clique no (+) para saber mais: Prevenção e controle de riscos biológicos Minimizar os riscos de infecção e exposição a agentes patogênicos, por meio de práticas adequadas, como o uso de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs), e o controle rigoroso de práticas laboratoriais e de saúde (ANVISA, 2021) Gerenciamento adequado de resíduos biológicos e perigosos Garantir que materiais potencialmente contaminados sejam descartados de maneira segura, conforme as regulamentações vigentes, para evitar riscos à saúde pública e ao meio ambiente (SILVA et al., 2019) Treinamento e capacitação profissional Capacitar profissionais da saúde e pesquisadores, garantindo que eles compreendam os riscos biológicos e saibam como adotar práticas seguras e seguir as normas de biossegurança adequadas (BRASIL, 2005) Desenvolvimento e implementação de normas regulamentadoras Criar e aplicar diretrizes e regulamentações que assegurem que todos os ambientes de trabalho e pesquisa estejam em conformidade com as melhores práticas de biossegurança (OMS, 2020) Esses objetivos são fundamentais para garantir a segurança e a eficiência de atividades que envolvem riscos biológicos e químicos, protegendo tanto os profissionais envolvidos quanto a sociedade como um todo. Órgãos responsáveis pela condução da biossegurança no Brasil No Brasil, a Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio) é a entidade responsável pela legislação, regulamentação e controle de biossegurança. A CTNBio é vinculada ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI) e tem como objetivo principal assessorar o governo federal na formulação, implementação e fiscalização da política nacional de biossegurança. Funções da CTNBio: Avaliar riscos associados ao uso de Organismos Geneticamente Modificados (OGMs) e seus derivados. Estabelecer normas de biossegurança para pesquisa, produção e comercialização de OGMs. Fornecer pareceres técnicos para subsidiar decisões governamentais sobre atividades que envolvam OGMs. Fiscalizar e garantir que instituições sigam normas de biossegurança. Além da CTNBio, outras instituições também desempenham papéis complementares no controle e fiscalização de biossegurança, como a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), o Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) e o Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA). Essas entidades atuam em conjunto para assegurar que as atividades relacionadas à biotecnologia e à manipulação de agentes biológicos sejam realizadas de forma segura para a saúde humana, animal e ambiental. Lei de Biossegurança CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL 11.105 (2005) Estabelece normas de segurança e mecanismos de fiscalização sobre a construção, o cultivo, a produção, a manipulação, o transporte, a transferência, a importação, a exportação, o armazenamento, a pesquisa, a comercialização, o consumo, a liberação no meio ambiente e o descarte de organismos geneticamente modificados (OGM) e seus derivados As atividades e projetos que envolvam OGM e seus derivados, relacionados ao ensino com manipulação de organismos vivos, à pesquisa científica, ao desenvolvimento tecnológico e à produção industrial ficam restritos ao âmbito de entidades de direito público ou privado, que serão responsáveis pela obediência aos preceitos desta Lei e de sua regulamentação, bem como pelas eventuais consequências ou efeitos advindos de seu descumprimento (não podem entrar em contato com o meio ambiente, pois podem causam um desequilíbrio ecológico, ou danos à saúde aos animais e/ou pessoas) Conclusão da aula Em conclusão, a biossegurança é um campo essencial para a proteção da saúde humana, do meio ambiente e dos ecossistemas. A compreensão de seus conceitos, objetivos e regulamentações é crucial para o desenvolvimento profissional de estudantes em áreas como biomedicina, saúde e biotecnologia. O conhecimento das normas e leis relacionadas à biossegurança, como a Lei de Biossegurança e a atuação de órgãos como a CTNBio, prepara os profissionais para lidar com riscos biológicos, químicos e físicos, garantindo que suas práticas sejam realizadas de forma segura, responsável e ética. Ao seguir esses preceitos, é possível promover avanços científicos e tecnológicos sem comprometer a segurança pública ou ambiental. VIDEOAULA 1: Biossegurança:O que é e a sua importância para alunos da área da saúde. Descubra a essência da Biossegurança! Nesta videoaula, você entenderá o que é biossegurança e por que ela é crucial para proteger profissionais, pacientes e o meio ambiente na área da saúde. 🛡️🌍 Balança representando normas e justiça, com símbolos de biossegurança e ambiente laboratorial seguro. Legislação e normas de biossegurança: fundamentos e aplicações para a área da saúde Os profissionais da área da saúde devem aprender e compreender uma série de leis e normas de biossegurança que regulam a segurança nas práticas clínicas, laboratoriais e de pesquisa. Esses regulamentos visam proteger a saúde humana, o meio ambiente e garantir o cumprimento de boas práticas no manejo de substâncias biológicas e químicas. A seguir, estão algumas das principais leis e normas de biossegurança que os profissionais da área da saúde devem conhecer: Organismos Geneticamente modificados (OGM) Organismo cujo seu material genético foi modificado por qualquer técnica de engenharia genética – adição, modificação ou inativação de um gene (bactéria, fungo, animais, vegetais) TRANSGENICO Adição de um gene proveniente de uma espécie não sexualmente compatível. GISGENICO Adição de um gene de uma espécie com a qual poderia haver um cruzamento natural. pode ter um ou mais de seus genes deletados ou silenciados. Pode ser algum microrganismo, planta e/ou animais (óvulo manipulado geneticamente) – organismo artificial 1. Lei nº 11.105/2005 – Lei de biossegurança Esta lei regula a pesquisa, o desenvolvimento e a aplicação de organismos geneticamente modificados (OGMs) no Brasil. A Lei de Biossegurança estabelece normas de segurança e fiscalização para a construção, cultivo, manipulação, transporte, descarte e comercialização de OGMs. Ela também determina a obrigatoriedade de certificados e registros para as atividades envolvendo OGMs e impõe restrições rigorosas quanto à liberação desses organismos no meio ambiente, visando evitar danos à saúde humana e ao ecossistema. Relevância para os alunos: Fundamental para estudantes envolvidos com biotecnologia, genética e pesquisa científica. Conclusão O aprendizado dessas leis e normas de biossegurança é fundamental para que os alunos da área da saúde possam atuar de forma segura, ética e legal. Elas garantem a proteção dos profissionais, dos pacientes e do meio ambiente, além de assegurar que as atividades científicas e clínicas sejam realizadas de acordo com as melhores práticas de segurança e em conformidade com a legislação vigente. Aula 2 - Acidentes laboratoriais e a aplicação da biossegurança Laboratório limpo e organizado, focado em biossegurança, com sinalização de segurança destacando a prevenção de acidentes e derramamentos. Acidentes laboratoriais e a aplicação da biossegurança Acidente laboratorial é qualquer evento inesperado e indesejado que ocorre durante a realização de atividades em um laboratório, resultando em danos à saúde humana, ao meio ambiente ou à infraestrutura. Esses acidentes podem envolver exposição a agentes biológicos, químicos, físicos ou radiação, e podem ocorrer devido a falhas no cumprimento de protocolos de biossegurança, erros humanos, uso inadequado de equipamentos, ou condições inadequadas de trabalho. Os acidentes laboratoriais podem ter consequências variadas, desde lesões leves até danos graves à saúde ou ao ambiente. Tipos de acidentes laboratoriais Acidentes Biológicos Exposição a agentes patogênicos: Contato com vírus, bactérias, fungos e parasitas durante experimentos. Exemplo: Contaminação acidental durante manipulação de amostras biológicas. Picadas e cortes com material contaminado: Exposição ao sangue, fluidos corporais ou outras substâncias biológicas. Exemplo: Acidente com agulhas ou lâminas contaminadas. Acidentes químicos Exposição a substâncias químicas perigosas: Inalação, ingestão ou contato com produtos químicos tóxicos. Exemplo: Derramamento de reagentes químicos em contato com a pele ou nos olhos. Queimaduras e irritações: Acidentes com substâncias químicas corrosivas ou inflamáveis. Exemplo: Queimaduras ao manusear soluções ácidas ou bases fortes. Acidentes físicos Quedas e lesões por equipamentos: Acidentes relacionados a manuseio de equipamentos laboratoriais pesados ou de alta precisão. Exemplo: Queda de vidrarias, que podem causar lesões ou contaminações. Exposição à radiação: Manuseio inadequado de equipamentos emissores de radiação, como em laboratórios de diagnóstico por imagem. Exemplo: Exposição à radiação sem o uso adequado de EPIs. Acidentes Ambientais Contaminação de águas e solo: Descarte inadequado de resíduos biológicos ou químicos. Exemplo: Descarte inadequado de amostras biológicas em esgoto. Exposição a condições de trabalho insalubres: Falta de ventilação, temperatura inadequada, entre outros. Causas comuns de acidentes laboratoriais Falta de treinamento adequado: Funcionários e estudantes sem o conhecimento necessário para realizar procedimentos de forma segura. Uso indevido ou Falta de EPIs: Equipamentos de proteção inadequados ou ausentes durante manipulação de substâncias perigosas. Falta de protocolos de biossegurança: Ausência de procedimentos claros e regulamentos que orientem as práticas laboratoriais. Condutas inadequadas: Impropriedades no armazenamento, manuseio ou descarte de materiais biológicos e químicos. Equipamentos e infraestrutura inadequados: Equipamentos mal calibrados, danificados ou ausentes, e infraestrutura inadequada para realização de experimentos. Práticas de biossegurança para prevenção de acidentes PROTOCOLO E NORMAS DE BIOSSEGURANÇA Manuais e procedimentos de segurança: Cada laboratório deve possuir um manual de biossegurança contendo os protocolos para manuseio seguro de agentes biológicos, produtos químicos e equipamentos. Exemplo prático: Protocolos de descarte de resíduos biológicos, como o uso de recipientes adequados para o descarte de seringas, lâminas e amostras. TREINAMENTO CONTINUO E CAPACITAÇÃO Treinamento inicial e periódico: Os profissionais de saúde, pesquisadores e alunos devem ser treinados continuamente sobre as práticas de biossegurança, especialmente no início de suas atividades no laboratório. Exemplo prático: Realização de workshops sobre biossegurança, com ênfase em como agir em caso de acidentes. Procedimentos para prevenção de acidentes químico Ventilação adequada: Garantir que o laboratório possua sistemas de exaustão adequados para manipulação de substâncias tóxicas. Armazenamento Seguro: Produtos químicos devem ser armazenados corretamente para evitar reações perigosas ou contaminações acidentais. O Que fazer em caso de acidente laboratorial? Ações imediatas Acidente biológico: Lavar imediatamente a área afetada com água e sabão, e notificar a supervisão do laboratório. Caso seja necessário, realizar o uso de antídotos ou tratamentos adequados. Acidente químico: Lavar imediatamente com água abundante, especialmente nos olhos ou na pele. Acionar a equipe de segurança do laboratório. Acidente físico: Prestar os primeiros socorros e procurar ajuda médica, caso necessário. Exposição à Radiação: Seguir os protocolos de segurança específicos para radiação, notificar a área responsável e fazer exames médicos, se necessário. Comunicação e registro Relatar o acidente: Preencher o relatório de acidente laboral conforme as normativas do local. Notificação às autoridades: Em casos graves, notificar a Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA), CTNBio ou outras autoridades responsáveis. Conclusão A aplicação de práticas de biossegurança no laboratório é essencial para a prevenção de acidentes e a proteção dos profissionais e do meio ambiente. A biossegurança não se limita ao uso de EPIs, mas também envolve o treinamento adequado, o cumprimento rigoroso de protocolos e o monitoramento constante das condições do ambiente. A correta gestão de riscos, o descarte de resíduos e o uso de boas práticas são fundamentais para garantir a segurança de todos os envolvidos nas atividades laboratoriais.Acidente: é todo evento anormal no local de trabalho com danos ao patrimônio da entidade ou empresa, ferimentos leves ou graves em colaboradores e que deve ser investigado, para evitar que a repetição acarrete outras vítimas. Acidente de trabalho: é aquele que ocorre pelo exercício do trabalho, a serviço da empresa, provocando lesão corporal, perturbação funcional, causando morte e perda ou redução permanente ou temporária da capacidade para o trabalho. Agente de risco: qualquer componente de natureza física, química, biológica ou radioativa que possa vir a comprometer a saúde do homem, dos animais, do meio ambiente ou a qualidade dos trabalhos desenvolvidos. Descontaminação e Esterilização A descontaminação e esterilização são processos essenciais na área da saúde, utilizados para garantir a segurança dos pacientes, profissionais e do ambiente. Estes procedimentos visam eliminar ou reduzir microrganismos potencialmente patogênicos, prevenindo infecções associadas ao ambiente hospitalar ou laboratorial. Neste conteúdo, será abordado o uso de autoclaves como equipamento padrão para esterilização, explorando conceitos, práticas, tipos de materiais tratados e a relevância desses processos na área da saúde. Conceitos fundamentais 1.1. Descontaminação A descontaminação é o processo de remoção de agentes patogênicos de objetos ou superfícies para torná-los seguros para manuseio. Este processo pode envolver: Limpeza mecânica: Uso de detergentes para remoção de sujeira e matéria orgânica. Desinfecção: Uso de agentes químicos ou físicos para reduzir significativamente a carga microbiana. Esterilização: Eliminação completa de todas as formas de vida microbiana, incluindo esporos bacterianos. 1.2. Esterilização A esterilização é um processo que destrói ou remove todos os microrganismos, garantindo um ambiente ou equipamento completamente asséptico. Este procedimento é indispensável em materiais utilizados em: Procedimentos cirúrgicos. Culturas microbiológicas. Laboratórios de análise clínica. Conclusão A descontaminação e esterilização com autoclaves são práticas indispensáveis na área da saúde. Dominar o uso desse equipamento e compreender os processos envolvidos são competências fundamentais para profissionais que atuam em laboratórios, hospitais e clínicas. Ao seguir as boas práticas descritas, é possível garantir a segurança de pacientes, profissionais e do ambiente. image1.png image2.png image3.jpeg