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O termo Necessidades Educativas Especiais (NEE) está associado a pessoas com problemas sensoriais, físicos, intelectuais, emocionais e com dificuldades de aprendizagem derivadas de fatores orgânicos e/ou ambientais. 
Necessidades educativas especiais 
Existem dois tipos de NEE, que são: permanentes e temporárias.
 Permanentes: exigem adaptações generalizadas do currículo escolar, devendo o mesmo ser adaptado às características do aluno, durante grande parte ou todo o percurso escolar do aluno (Ex: problemas de tipo sensorial, mental, físico-motor e emocional ou psicossocial).
Tipos de Necessidades educativas especial (NEE)
Temporárias: exigem modificações parciais do currículo escolar, adaptando-o às características do aluno num determinado momento do seu desenvolvimento (Ex: Problemas ligeiros relacionados com a aprendizagem da leitura, escrita e cálculo).
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Tipos de Necessidades educativas especial (NEE)
Crianças com Necessidades Educativas Especiais na escola- refere-se a crianças que precisam de serviços de educação especial e que devem ter um programa educativo individual. Portanto, são crianças que estão a demonstrar dificuldades no ensino e que, por várias razões, precisam de ajuda ou de atenção adicionais por parte dos educadores.
Necessidade educativas nas escolas
As crianças com Necessidades Educativas Especiais, podem ser crianças que não são parcialmente deficientes, ou não possuem deficiência ou perturbações de carácter permanente, apenas necessitam de qualquer tipo de apoio em educação especial durante a sua vida escolar.
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Necessidade educativas nas escolas
Portanto, as crianças com Necessidades Educativas Especiais podem necessitar de apoios e serviços de educação especial durante todo ou parte do seu percurso escolar, por forma a facilitar o seu desenvolvimento académico, pessoal e socioemocional, por exibirem determinadas condições específicas.
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Necessidade educativas nas escolas
Na escola inclusiva, todos os alunos estão na escola para aprender, participando. Eles não estão presentes apenas fisicamente, pertencem à escola e ao grupo, e que por sua vez os alunos sentem que pertencem à escola, e sentem responsável pelos seus colegas alunos. Dessa forma, o aluno não é uma parte do todo, faz parte do todo. 
Escola inclusiva 
Como fazer com que o aluno com NEE senta-se incluso na escola? 
Actividade
Os alunos se aceitarão mais prontamente uns aos outros como membros iguais da sala de aula, se eles o vêm tratando cada um deles como participantes iguais, valorizando a contribuição única de cada aluno como indivíduos e como aprendizes. 
a) Traga a igualdade para a sala de aula
Incentivar alunos da mesma turma a ajudar ou ensinar conceitos a um aluno que precisa de apoio adicional para a aprendizagem. 
Essa é uma oportunidade de desenvolver uma conexão de qualidade com seus colegas.
b) Utilize o apoio de colegas para fazer conexões
Em consistência com a construção de uma apreciação da diversidade em sua sala de aula, você deve facilitar a aceitação de quaisquer ajustes que são necessários para o seu aluno com deficiência, explicando seu propósito e benefícios para os colegas do aluno. 
As explicações também ajudam outros alunos a ver as adaptações como “justas”. Ajustes que são compreendidos são mais facilmente aceitos.
c) Compreenda e aceite ajustes individuais ou atividades necessárias
A inclusão significa ser participante, ser considerado, “fazer parte de”, ser levado a sério e ser encorajado, por isso requer a promoção das qualidades próprias de cada um, sem discriminação. Seja na escola ou noutro contexto.
A inclusão é fazer com que todas as pessoas brinquem, trabalhem e aprendam de acordo com o seu nível próprio de desenvolvimento em cooperação, permitindo atingir o máximo rendimento em função do seu potencial.
Inclusão 
Para que a educação inclusiva seja uma realidade é necessário que sejam introduzidas alterações na sala de aula, nomeadamente, a nível dos instrumentos e estratégias que têm vindo a ser utilizadas e que precisam ser diferentes, que exista participação familiar; e o envolvimento da comunidade escolar e do meio envolvente. 
Assim sendo, passa, fundamentalmente, por uma diferenciação pedagógica, pela gestão e organização das turmas e da escola. 
Estratégias para uma Educação Inclusiva na escola
O professor deve ver a heterogeneidade do grupo como um factor a explorar, pelo que precisa conhecer muito bem os seus alunos do ponto de vista pessoal e sociocultural, para que essas características sejam tidas em conta quando com eles trabalha. 
Também deve ter conhecimentos pedagógicos que lhe permitam criar instrumentos de diferenciação pedagógica, que passa por organizar as actividades e as interacções, de maneira a que cada aluno se depare regularmente com situações didácticas enriquecedoras para ele, adequadas às suas características, interesses, necessidades e saberes.
a) O Papel do Professor
É pois essencial a participação dos pais ou encarregados de educação em todo o processo educativo, através de uma estreita colaboração entre escola/família. 
Os pais ou encarregados de educação são participantes indispensáveis na medida em que contribuem com o conhecimento específico que têm da criança e da sua situação familiar e manifestam as suas preocupações e expectativas relativamente ao seu futuro.
b) Envolvimento Familiar
Para os envolver em todo o processo educativo, há que ter em consideração as suas necessidades e prioridades na organização e na elaboração do programa educativo individual; devem ser criadas condições para que possam colaborar com o trabalho a desenvolver na escola e dar-lhe continuidade em casa e na comunidade; respeitar as suas expectativas, assim como as suas tradições e valores culturais; mantê-los informados acerca dos progressos do filho, fazendo uso de uma linguagem simples e positiva; criar espaços de comunicação para os pais poderem manifestar as suas preocupações, os seus desejos e as suas necessidades
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b) Envolvimento Familiar
Melhoria dos resultados escolares;
Melhoraria do comportamento social;
Maior facilidade em jogos e brincadeiras;
Redução da estigmatização;
Crescimento em ambientes integrados.
Vantagens da inclusão nas crianças com Necessidades Educativas Especiais (NEE)
Maior aceitação e respeito pela diferença;
Participação e partilha de aprendizagens;
Desenvolvimento da autoestima;
Desenvolvimento de apoio e companheirismo mutuo;
Construção de uma sociedade mais solidária.
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Vantagens da inclusão nas crianças com Necessidades Educativas Especiais
Estratégias para ajudar na inclusão para Crianças
Necessidade de se aproximar mais das coisas;
Realizar jogos maiores;
Usar figuras e textos maiores, com alto contraste e visibilidade;
Controlar luminosidade;
Disponibilidade de material didáctico específico (bengala branca, punção, ábaco, cubarítimo, maquina braille, para ampliação das letras).
a) Crianças com dificuldade de visão
Falar diretamente para a criança;
Falar alto e calmamente;
Usar gestos, objetos, expressões faciais;
Repetir se for preciso ou dizer de forma diferente; 
Acentuar o início e o fim das frases.
Distribuir os documentos escritos com os pontos- chaves
b) Crianças com dificuldade de audição
Ensinar jogos e exemplificar;
Convidar a criança para as brincadeiras;
Fortalecer os pulsos e dedos;
Estimular a coordenação olhos/mãos;
Oferecer oportunidades para interagir com outras crianças;
C) Crianças com dificuldades motoras
Utilizar equipamento especial (Ex: tesouras adaptáveis que requeiram menor força de mãos);
Utilizar atividades variadas e multissensoriais (são aquelas que estimulam os sentidos das crianças, ou seja, audição, olfato, paladar, tato, visão);
Alternância entre atividades ativas e atividades passivas.
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C) Crianças com dificuldades motoras
Interpretar figuras;
Leitura com qualquer livro que achar interessante que tenha acção ou humor;
Se perceber queo aluno não consegue acompanhar um determinado texto, procure livros com impressões em letras grandes, ou amplie o texto que pretende aplicar;
Quando o aluno tem de ler leia alternadamente com ele em voz alta, faça uma paragem em cada parágrafo para lhe perguntar sobre aquilo que foi lido;
d) Crianças com dificuldade de leitura
Os professores podem usar em sala de aula cópias de letras maiúsculas e minúsculas ampliadas;
A melhor forma de adquirir ou melhorar as actividades de escrita é através do treino da escrita;
Caso a memória seja deficiente é necessário a elaboração de pistas ou perguntas que direccione o pensamento e a selecção de ideias pois haverá dificuldades em transformar em algo real e concreto como é o caso da escrita com coerência.
e) Crianças com dificuldade de escrita 
Usar frases simples;
Dar tempo para processar e responder;
Usar gestos;
Ajudar com os exercícios das aulas.
Usar frases curtas, simples e com vocabulário pouco ambíguo;
Verificar a se compreendeu o que lhe disse;
Convencer as crianças a convidarem a outra para se juntar a elas e mostrarem-lhe o que estão a fazer. 
Se o professor pretende colocar uma questão a toda classe, o aluno com transtorno de fala deve ser questionada previamente. 
f) Crianças com dificuldade de compreensão
Ouvir cuidadosamente;
Encorajar a criança a explicar-se com base em figuras e objetos;
Mesmo que a criança não fale, é possível fazer algum tipo de jogos (Ex: Brincadeiras com nome; Brincadeiras com números)
Dar tempo para a criança responder.
Encorajar a criança a falar mais (por exemplo: fazer perguntas que não sejam de resposta direta);
Encorajar convívio com crianças que a estimulem;
Escutar realmente o que a criança diz e como o diz;
Manter contacto visual;
g) Crianças com dificuldade de expressão
A intervenção a nível da linguagem engloba a fonética, a semântica e a sintaxe;
A palavra falada para se transformar em escrita, primeiro ocorrerá uma análise acústica dos sons relacionando os fonemas com as palavras, depois há o sistema semântico, ou seja, a extracção do sentido, para então a forma ortográfica que está armazenada no léxico passa ao módulo gráfico;
Se o deficit é de informação deve-se proporcionar ou criar meios para que o aluno possa gerar ideias para serem escritas.
h) Crianças com dificuldade de linguagem 
Procure usar situações concretas, nos problemas;
Procure iniciar cada período de aula com um resumo da sessão e uma visão geral dos novos temas; 
Escrever no quadro o tema a aprender, os passos ou procedimentos a serem seguidos e o que o aluno deverá tomar nota;
Promover no aluno o uso e desenvolvimento de estratégias de memorização e recuperação da informação.
i) Crianças com dificuldade de cálculos 
Dar o exemplo e encorajar a criança a juntar-se a ele na atividade, mostrando interesse.
Simplificar atividades;
Alterar ou reduzir o número de etapas de uma atividade;
Utilizar as preferências da criança;
Adaptar materiais, tornando mais apelativos visualmente.
j) Crianças com dificuldades de concentração
Devido a híper-sensibilidade aos estímulos, sempre que possível o aluno não deve sentar perto da janela, da porta ou de qualquer outra área movimenta porque estes podem facilmente distrair-se por qualquer estímulo que possa dar azo;
As actividades devem ser divididas em pequenos passos ou segmentos mostrando mais do que uma vez os passos a seguir;
Dependendo da idade o professor deve desenvolver no aluno competências ao nível da organização. Porque estes alunos geralmente as suas carteiras ficam muito desorganizadas, repleta de objectos. Pelo que o professor deve ajudar o aluno a organizar o seu material. Deve-se manter na carteira do aluno apenas o que vai usar na aula.
k) Crianças com problema de atraso mental 
As crianças com necessidades educativas especiais são capazes de atingir os mesmo resultados como outras crianças, apenas necessitam de abordagens de ensino e formas de contactar distintas.
Todos temos um papel ativo na sociedade e na forma como a mesma procede à inclusão de crianças com necessidades educativas especiais. Este papel passa por garantir a igualdade de oportunidades para todos, de forma a atingir o melhor resultado no expoente do potencial de cada um.
Conclusão 
O mais importante no contacto com as crianças com necessidades educativas especiais é disponibilizar ajuda, incentivar e elogiar as mesmas quando o merecem, respeitando o seu espaço e privacidade sem as excluir de atividades e “brincadeiras”, promovendo ativamente a criação de oportunidades para que elas mostrem o seu verdadeiro potencial.
Cont… Conclusão 
Muito obrigado
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