Prévia do material em texto
classificado como direito privado especial, pois: • direito privado: ramo do direito que disciplina as relações entre os particulares, nas quais predomina o interesse de ordem privada; disciplina as relações entre pessoas físicas e jurídicas entre si. o especial (ramo): direito comercial. ▪ justifica a aplicação subsidiária do direito civil (antes da unificação formal); mas há áreas do direito comercial sem paralelo geral no direito civil (como títulos de crédito). • código de hamurabi: contêm normas* que regulavam a atividade mercantil da época (porém sem configurar um sistema de normas que se possa denominar de direito comercial); • lex rhodia de jactu*: tratava de regulamentar o comércio internacional e os aspectos referentes às atividades marítimas; • nauticum foenus* (câmbio náutico): empréstimo a risco ou câmbio marítimo. embrião do seguro marítimo e terrestre; • os romanos criaram o sistema do ius gentium, que também teve caráter de internacionalidade e regulou o comércio internacional entre os romanos e os demais comerciantes da antiguidade. alguns institutos legados: o receptum nautarum: pacto para responsabilizar os capitães de navio e os estalajadeiros pelos danos ou furto das coisas por eles custodiadas (dig. 4, 9); o ação institória e exercitória: ação para responsabilizar os donos dos estabelecimentos comerciais pelos atos dos administradores (institores) (dig. 14, 1 e 14,3); o entrega dos bens do devedor insolvente aos credores pelo magistrado (embrião da falência). no entanto, o direito romano – mesmo nas normas particulares do comércio – não conhecera um sistema autônomo de direito comercial, apesar da dicotomia entre ius civile e honorarium. um sistema de direito comercial só começaria a nascer no contexto medievo. Comentado [GD1]: direito como produto/fato social; não se inventa e não nasce do arbítrio legislativo. Comentado [GD2]: 1. lembrando que não é o direito do comércio, pois não regula e nunca regulou todo o “comércio” e não corresponde a um específico setor do sistema econômico; 2. não coincide com o direito de empresa (não é todo direito de empresa) e nem todas as empresas submetem-se ao direito comercial; 3. não abrange todas as “empresas” – atividade agrícola), mas abrange atos que são praticados, talvez com muito mais frequência, por não empresários (títulos de crédito, por ex.); 4. pode ser conceituado como o regime jurídico especial de direito privado que regula e disciplina as atividades econômicas e aqueles que as exercem do modo profissional. Comentado [GD3]: comércio e indústria. (economia de troca/economia de mercado – monetária) Comentado [GD4]: §§ 101 a 107 Comentado [GD5]: “é a prática do alijamento de mercadorias quando, por excesso de carga ou outro motivo qualquer, a medida seja necessária para a salvação do restante das mercadorias ou do navio. o prejuízo causado ao dono das mercadorias lançadas ao mar, em proveito de todos, reparte-se entre todos, como é justo.” –eunápio borges Comentado [GD6]: “o nauticum foenus era um financiamento de expedições marítimas comerciais, em que capitalistas assumiam o risco de investir nas mesmas mediante a participação altamente vantajosa nas vendas das mercadorias trazidas ou a cobrança de juros elevados como compensação por eventuais prejuízos com o insucesso da empresa. a princípio, por mar, essa prática mercantil passou depois a ser também operada por terra.” – walter nascimento ª • queda do império romano (sec. v) / domínio árabe (até séc. xi) do comércio entre o mediterrâneo oriental, ásia central e extremo oriente (rota da seda). surgimento dos termos bazar, magazine, armazém, caravana, alfândega, tarifa, tráfico, algodão e café; • aglutinação das classes humildes em torno dos senhores feudais (de início, busca pela segurança; após, união contra abusos destes); • formação das cidades (burgos) que voltam a se povoar e organizar em comunidades livres – novo sistema econômico precursor do capitalismo (da economia agrícola e fechada do feudalismo para a economia da riqueza mobiliária e urbana), a partir do séc. xi com a estabilização militar após queda do império e invasões germânicas; • movimento das cruzadas: por um lado, os cruzadistas tinham o interesse de expulsar os muçulmanos da terra santa. por outro, tinham visível interesse de buscar novas terras que pudessem atender a crescente demanda econômica da população europeia. os saques promovidos no oriente permitiram que uma expressiva quantidade de moedas adentrasse a economia feudal. com isso, os comerciantes tiveram condições para criar companhias de comércio que transitavam entre o ocidente e o oriente. rotas comerciais permitiram o desenvolvimento das cidades ocidentais e a aproximação dos saberes das civilizações europeia, muçulmana e bizantina. os senhores feudais, interessados pelas mercadorias que vinham do mundo oriental, reorganizaram o modelo de produção de suas terras buscando excedentes que pudessem sustentar esse novo padrão de consumo. além disso, a estrutura rígida do sistema servil cedeu espaço para o arrendamento de terras e a saída de servos atraídos pelo novo modo de vida existente nos espaços urbanos revitalizados. assim, o feudalismo dava os primeiros indícios de sua crise. consequências: o abertura do comércio com o mediterrâneo: o comércio na região havia sido impedido pela expansão dos muçulmanos; o enfraquecimento da nobreza europeia: muitos nobres perderam terras e servos durante as cruzadas; o fortalecimento da burguesia: com novas rotas comerciais criadas, a classe burguesa se fortaleceu; o intensificação da crise do feudalismo: com o enfraquecimento da nobreza e fortalecimento da burguesia, o feudalismo se encaminha para o seu fim; o renascimento das cidades: com o fortalecimento do comércio e da burguesia, as cidades começam a renascer. • surgimento das corporações de ofício (séc. xii): em razão da descentralização política, cada centro urbano tinha seus usos, costumes e práticas mercantis (subjetivismo explícito). com isso, surgiram associações para regulamentar as profissões e o processo produtivo artesanal nas cidades, formada por pessoas qualificadas para trabalhar numa determinada função, que se uniam a fim de se defenderem e de negociarem de forma mais eficiente. essas unidades de produção artesanal eram marcadas pela hierarquia (mestres, oficiais e aprendizes) e pelo controle da técnica de produção das mercadorias pelo produtor. as corporações de ofício tinham seus próprios “códigos” (estatutos) e “tribunais” (juízo consular*), aos quais apenas os seus membros se submetiam (caráter subjetivista / corporativista). o direito comercial medievo foi feito pelos comerciantes e para os comerciantes. • lex mercatoria (ou lei mercantil): sistema jurídico desenvolvido pelos comerciantes da europa medieval e que se aplicou aos comerciantes e marinheiros de todos os países do mundo até o século xvii. não era imposta por uma autoridade central, mas evoluiu a partir do uso e do costume, à medida que os próprios mercadores criavam princípios e regras para regular suas transações. este conjunto de regras era comum aos comerciantes europeus, com algumas diferenças locais. suas fontes eram: o costumes nascidos das práticas comerciais; o estatutos das corporações (direito ágil e vivo, que incorporava os costumes dos comerciantes já sedimentados); o decisões consulares (cônsules: embrião dos tribunais de comércio), que se baseavam numa justiça sem formalidades (sine strepitu et figura judicii*) e de acordo com a equidade (ex bono et aequo*); desenvolveu-se como um corpo de lei integrado que foi voluntariamente produzido, incorporado e aplicado de forma livre, aliviando o atrito decorrente das diversas origens e tradições locais dos participantes. devido ao contexto internacional, a lei estatal local nem sempre era aplicável e a lei comercial forneceu uma estruturaart. 282/lei nº 6.404/76 (lei das SAs) apenas o sócio ou acionista tem qualidade para administrar ou gerir a sociedade, e, como diretor ou gerente, responde, subsidiária mas ilimitada e solidariamente, pelas obrigações da sociedade. • sociedade limitada (LTDA) = a responsabilidade de cada sócio é restrita ao valor de suas quotas/ações subscritas, mas todos respondem solidariamente pela integralização do capital social. Comentado [GD75]: ou seja, na hipótese de haver credores p/ pagar, é atingido diretamente o patrimônio dos sócios sem a necessidade de se desconsiderar a personalidade jurídica em decorrência da responsabilidade solidária e ilimitada constada aqui. Comentado [GD76]: conceito usado no campo do comércio para nomear uma sociedade que se estabelece de maneira grupal, na qual os sócios têm diferentes responsabilidades. Comentado [GD77]: ex.: dois sócios montam uma empresa cujo capital social integralizado é de $200k: um deles contribui com $100k e o outro com $50k; cabendo a este último solver o restante. até então, o capital social real da empresa é de $150k. num dia, os sócios solicitam um empréstimo ao banco de $200k; gastam o dinheiro e não pagam o banco: de quem o banco cobraria então os $50k que faltam? simples: de qualquer um dos sócios – pagantes solvidos ou não – pois a responsabilidade é solidária e todos respondem igualmente pela integralização do capital social. • sociedade anônima (SA) = seus acionistas respondem limitadamente ao preço de emissão das ações adquiridas*. cc cc + lei nº 6404/76 firma ou denominação só denominação empresária ou não empresária só empresária – aberta, fechada ou de capital autorizado contrato social estatuto social quotas iguais ou não ações (podendo ser ordinárias, preferenciais ou de fruição) e outros valores imobiliários pode, total ou parcialmente, a qualquer sócio sem anuência dos demais, ou para terceiro (se não houver oposição de ¼ do capital) livre só quando estiver totalmente integralizado após integralização de ¾ (75%) se estiver totalmente integralizado, sofrer perdas irreparáveis ou se o capital se tornar excessivo se sofrer perdas irreparáveis ou se o capital se tornar excessivo sócio: se eleito no contrato social, o adm precisa ter aprovação de no mínimo ¾ do capital social; acionista ou não acionista (mandato de 3 anos); ou por conselho de administração (órgão facultativo, exceto se a SA for aberta, de economia mista ou cap. autorizado) Comentado [GD78]: reaproveitando o exemplo acima: a dívida do banco seria solvida com o patrimônio do sócio que devia os $50k, e não ao sócio que “quitou” sua parte no capital. Comentado [GD79]: registro feito na junta comercial. Comentado [GD80]: ex.: associações, cooperativas, atividades artísticas e etc. registro feito no RCPJ. Comentado [GD81]: comercializa suas ações no balcão ou na bolsa de valores, sendo tutelada pela CVM (comissão de valores mobiliários). quem compra essas ações se torna acionista. ex.: petrobras e banco do brasil. Comentado [GD82]: ações restritas e não comercializáveis. ex.: odebrecht, csn. Comentado [GD83]: aquela que prevê em seu estatuto a possibilidade de aumento do capital social. ex.: tenho uma empresa com capital social de $2 milhões com previsão de aumento para $8 milhões, portanto tenho $6 milhões de capital autorizado. Comentado [GD84]: ações ordinárias são aquelas que conferem direitos e obrigações de maneira igualitária a todos os tipos de acionistas; como o direito de fiscalização, direito de recebimento de dividendos, direito de voto e etc. Comentado [GD85]: tende a “preferir” um grupo de acionistas em detrimento de outros; por ex.: restringir o direito de voto a um grupo específico. Comentado [GD86]: ex.: debêntures (direito eventual de crédito). senão: mais da metade. não sócio: no caso do capital estiver totalmente integralizado, é necessário uma aprovação de no mínimo 2/3 do capital. caso não esteja, é necessário ter aprovação em unanimidade dos sócios. facultativo obrigatório reunião (se tiver até 10 sócios) ou assembleia (11 sócios ou mais) com no mínimo ¾ do capital na primeira convocação ou qualquer número na segunda convocação. assembleia geral (ordinária/extraordinária) total: fim do prazo determinado ou por vontade do sócio parcial: direito de retirada, exclusão ou morte total: fim do prazo determinado parcial: exclusão, morte, direito de retirada (só se alterou objeto, reduziu dividendo obrigatório ou acarretou na transformação da sociedade). verificar o contrato social sobre o ingresso ou não dos herdeiros. se omisso, a decisão será em favor do falecido substituição automática do acionista falecido pelos herdeiros Comentado [GD87]: também chamada de AGO, é realizada ao menos 1x ao ano para a aprovação e escrituração do balanço patrimonial para fins de publicação. Comentado [GD88]: também chamada de AGE, é utilizada para fins esporádicos, como propor o aumento ou diminuição do capital social, inserção de novos acionistas e etc. Comentado [GD89]: a responsabilidade do sócio excluído ou que se retirou permanece consignada por dois anos após o arquivamento de retirada ou exclusão na junta comercial. não possuem personalidade jurídica, ou seja, não possuem autonomia nem separação patrimonial. a confusão patrimonial entre os sócios e a sociedade, nesses casos, é recorrente. • sociedade em comum* = enquanto não forem inscritos os atos constitutivos da sociedade, ela será regida pelas normas da sociedade em comum, exceto se for uma SA em processo de organização. art. 988/cc os bens e dívidas sociais constituem patrimônio especial, do qual os sócios são titulares em comum. art. 990/cc todos os sócios respondem solidária e ilimitadamente pelas obrigações sociais*, excluído do benefício de ordem, previsto no art. 1.024, aquele que contratou pela sociedade*. • sociedade em conta de participação: é aquela formada por dois grupos de sócios (ostensivo [ilimitada] e ocultos/participantes [limitada]) cuja atividade é exercida exclusivamente pelo sócio ostensivo. não é passível de registro na junta. art. 992/cc a constituição da sociedade em conta de participação independe de qualquer formalidade e pode provar-se por todos os meios de direito. art. 993/cc o contrato social produz efeito somente entre os sócios, e a eventual inscrição de seu instrumento em qualquer registro não confere personalidade jurídica à sociedade. parágrafo único. sem prejuízo do direito de fiscalizar a gestão dos negócios sociais, o sócio participante não Comentado [GD90]: também chamada de sociedade irregular ou de fato, pois muito embora a sociedade possa ter um contrato social efetivo, ele não foi efetivado na junta; o que não lhe confere validade e regularidade à atividade empresária. Comentado [GD91]: mesmo não tendo autonomia e separação patrimonial, o patrimônio da sociedade continua sendo especial e ilimitado; primeiro esgota ilimitadamente o patrimônio da sociedade; depois (ilimitadamente ou não) o dos sócios. Comentado [GD92]: ou seja, se eu constituo uma sociedade em comum, eu já sei que minha responsabilidade enquanto sócia é ilimitada. Comentado [GD93]: ex.: se eu contratei em nome da sociedade, o banco pode ir direto no meu patrimônio particular sem precisar perder tempo esgotando o patrimônio da sociedade. Comentado [GD94]: aquele a quem incumbe a gestão da sociedade, que pratica todos os atos necessários ao seu desenvolvimento; deve prestar contas perante os demais sócios. Comentado [GD95]: costuma aportar dinheiro e receber os lucros (como se fosse uma sociedade de investimento). Comentado [GD96]: ex.: documentos, atas notariais, testemunhas e etc. pode tomar parte nas relações do sócio ostensivo com terceiros, sob pena de responder solidariamentecom este pelas obrigações em que intervier. art. 994. a contribuição do sócio participante constitui, com a do sócio ostensivo, patrimônio especial, objeto da conta de participação relativa aos negócios sociais. • sociedade ≠ estabelecimento ≠ empresa • sociedade ≠ comunhão/condomínio • sociedade ≠ associação: o que distingue ambos é produção e a partilha de lucros. uma sociedade é composta por um grupo de pessoas que tem por objetivo um fim em comum, sendo uma atividade comercial ou empresarial com fins lucrativos. já uma associação e uma fundação trabalham para um bem social comum e não possuem a finalidade de gerar lucro. 1. partes – negócio jurídico: agente capaz ou incapaz (com ressalvas); entre cônjuges (desde que não tenham casado no regime da comunhão universal de bens ou no da separação obrigatória); PJs. 2. contribuição dos sócios para o capital social (ou, melhor dizendo, para o patrimônio social): dinheiro – expresso em moeda corrente ou bens suscetíveis de avaliação pecuniária – bens corpóreos/incorpóreos ou títulos de crédito. 3. atividade (ou empresa, nas empresárias) (escopo meio). 4. finalidade (escopo fim). 5. instrumento do contrato social: forma escrita e registro no registro competente – pressupostos para a aquisição da personalidade jurídica. Comentado [GD97]: empresário é o gênero, do qual empresário individual e sociedade empresária (empresário coletivo) são espécies. Comentado [GD98]: estabelecimento empresarial é o conjunto de bens* dispostos de maneira organizada, que dá sustentáculo à atividade econômica desenvolvida pelo empresário, de modo a possibilitar o contato dos clientes com o serviço ou produto oferecido o que, consequentemente, derivará o lucro diante desse contato. * compreende-se como bens corpóreos, por exemplo, a sede da empresa, terrenos, máquinas, matérias-primas etc. e como bens incorpóreos, por exemplo, o nome empresarial, a marca, a patente etc. Comentado [GD99]: empresa: conceito econômico (organização dos fatores da produção) subjetivo, funcional, patrimonial e corporativo. Comentado [GD100]: condomínio empresarial é um conjunto de pequenas e médias empresas localizadas em uma mesma área e organizadas de forma contratual; que arcam com o custo de manter toda uma estrutura de maneira colaborativa e com todos os recursos necessários. Comentado [GD101]: contrato plurilateral, associativo e de organização. Comentado [GD102]: atividade = prática coordenada de atos (atos e negócios jurídicos, e atos materiais), imputáveis a uma mesma pessoa e organizados em vista de um objetivo comum. atividade é fato, que se prova: (i) no empresário individual, pela demonstração dos vários atos que a compõem; e (ii) na sociedade, pela demonstração de um ato dentre aqueles do seu objeto social. • não há sociedade de um ato só; • precisa ser uma atividade específica (um ou mais negócios determinados).nivelada para realizar transações, reduzindo a preliminar de uma segunda parte confiável. enfatizou a liberdade contratual e a inalienabilidade da propriedade, evitando tecnicismos legais e decidindo casos através do princípio ex bono et aequo. de início era aplicada apenas os comerciantes matriculados; posteriormente estendeu-se aos casos entre comerciantes e não comerciantes (como autores ou réus). é válido ressaltar que considerava-se comerciante qualquer um que agia em juízo em razão de um negócio mercantil. características: o direito profissional (corporativo, de classe); Comentado [GD7]: no sistema feudal os senhores exerciam funções do estado - o que causava fragmentações -, então veio à necessidade de uma regulamentação generalizada, fazendo também nascer a figura dos cônsules que eram os juízes eleitos pelos comerciantes para decidir conflitos comerciais. Comentado [GD8]: “sem forma nem figura de juízo” significa um procedimento oral, informal, simples e célere, com sentença ditada na própria audiência, sem qualquer recurso; e, também, com execução imediata, no próprio processo. Comentado [GD9]: “conforme o correto e válido” é utilizado quando as partes optam por conferir aos árbitros o poder de decidir o conflito, com base em seu leal saber e entender. assim, a questão é resolvida conforme o senso de justiça dos árbitros, que pode, inclusive, vir a ser contrário ao disposto na legislação aplicável. o consuetudinário; o urbano e mobiliário; o internacional (feiras livres e ligas dos comerciantes); o racional. • compilações o de costumes (consuetudines de gênova [1056]; constitutum usus de pisa [1161], liber consuetudinem de milão [1216]); o de decisões consulares (do tribunal da rota de gênova, o capitulare nauticum de veneza [1255]); o de direito marítimo (consolato del mare de barcelona, séc. xi). • sistematizações científicas – inicialmente por juristas italianos (sécs. xvi e xvii – primeira obra de d. comercial: tractatus de mercatura seu mercatore, de benvenuto stracca, veneza [1553]). outros nomes: sigismondo scaccia; rafaele de turri; francesco rocco; ansaldo de ansaldi; giovanni batista de luca; giusepe maria lorenzo di casaregis – criadores da ciência do direito comercial. • principais institutos: matrícula do comerciante (embrião do registro do comércio), firma ou razão social, capacidade ampliada dos menores, casa comercial e filiais, marca comercial privada (corporação certificava a qualidade), escrituração mercantil (com destaque ao frei luca pacioli [1445-1517]*), bancos, falência e crime falimentar (crime de bancarrota), letra de câmbio, seguros e sociedades comerciais (nome coletivo e comandita simples). ª • a partir do séc. xvi a atividade comercial desloca-se para centros na frança, bélgica, holanda e inglaterra; o surgimento dos grandes bancos da itália, holanda e inglaterra nos sécs. xvi e xvii; • fortalecimento do poder central dos soberanos – formação dos estados nacionais; • expansão colonialista e o surgimento das companhias colonizadoras – “verdadeiros estados dentro do estado”; • transformações: (i) de direito universal passa a direito nacional; e (ii) de direito de classe, criado e julgado pelas corporações, passa a direito estatal, criado e julgado pelo estado (embora os tribunais Comentado [GD10]: é considerado o pai da contabilidade moderna por conta de seu pioneirismo no método das partidas dobradas, que consiste num sistema padronizado de escrituração usado em empresas e outras organizações para registrar transações financeiras. do comércio fossem formados por comerciantes, estes passam a ser indicados pelo rei, investidos de soberania); apesar disso, as leis comerciais, promulgadas pelo estado, são baseadas na lex mercatoria: o navigation act, de cromwell (1651), ordonnance sur le commerce de terre ou código savary de 1673 (jacques savary foi comerciante que se destacou na comissão elaboradora), e ordonnance sur le commerce de mer de 1681 (superior à primeira); e, ao ser aplicado pelo estado, acaba por influenciar o direito comum. • principais institutos: o constituição da companhia das índias orientais (1602) e da companhia das índias ocidentais holandesas, embrião das modernas sociedades anônimas (maurício de nassau, brasil; bolsa de amsterdam); o patentes de invenção (inglaterra, statute of monopolies, 1624) – política mercantilista do estado coincidia com as aspirações da burguesia – o direito comercial como ramo do “direito público”; o mobilização do crédito – letra de câmbio se aperfeiçoa e ganha autonomia. em razão do monopólio estatal da jurisdição, o direito comercial deixa de ser um direito consuetudinário e passa a ser um direito posto e aplicado pelo estado. há uma divisão clara do direito privado (civil x comercial), e a teoria dos atos de comércio passa a orientar a aplicação das regras mercantis. o direito comercial perde seu caráter subjetivista/corporativista). ª • teoria dos atos do comércio: enfraquecimento do subjetivismo explicito e consequente necessidade de um direito comercial que não fosse restrito. logo, o direito comercial deixa de ser o direito dos comerciantes (caráter subjetivo) para ser o direito dos atos de comércio (caráter objetivo) – ou a menos essa foi a intenção (que, ao que pareça, nunca foi plenamente alcançada) o antecedentes: ▪ individualismo na economia (revolução industrial: o mais importante movimento de transformação social de todos os tempos; novo modo de produção: com a expropriação dos antigos produtores, tal movimento desenvolveu-se graças aos institutos de direito comercial – títulos de crédito e valores mobiliários, sociedades mercantis, seguros e bancos); ▪ liberalismo na política (revolução francesa: negação dos privilégios de classe e abolição das corporações pela lei le chapelier* (1791); introdução da disciplina das invenções industriais (1791) e das marcas (1803); ▪ divisão da burguesia proprietária e da mercantil; • jean-baptiste colbert (1619-1683) produziu duas ordenações, sendo elas o code savary (que regulava o comércio terrestre) e outra elaborada em 1762 por boutigny, para regular o comércio marítimo. esses documentos serviram como base para o código comercial francês ou code napoleon de 1807 – que foi o mais importante documento da fase objetiva. os “atos de comércio” desse código atribuíam qualidade mercantil descrevendo o que era comércio e não mais quem exercia o comércio. com a definição do que era matéria comercial, a competência dos cônsules foi delimitada; o código comercial francês (1807): para se qualificar como comerciante e submeter-se ao direito comercial, deixou de ser necessário à pessoa que se dedica a exploração de uma atividade econômica pertencer a uma corporação, bastando a prática habitual de atos de comércio. o direito comercial passa então a ser baseado na prática de atos de comércio enumerados na lei segundo critérios históricos, deixando de ser aplicado somente aos comerciantes matriculados nas corporações. nas palavras do prof. adamek: “o código é virtuoso (cristalizou usos) e, ao mesmo tempo, defeituoso (ao fazê-lo, já nasceu envelhecido)”*; ccom fr. 1807 - art. 1° “são comerciantes aqueles que exercem atos de comércio e disso fazem a sua profissão habitual” – ideia de atividade já introjetada. ✓ o ato de comércio é mercantil, independentemente de quem o pratica, seja comerciante ou não. estabelece-se, assim, o princípio da livre iniciativa: se todos são iguais perante a lei, não interessam distinções subjetivas; ✓ os atos de comércio – por natureza, por conexão (ou acessórios) e por força da lei – não eliminou o aspecto subjetivo e já se referia à noção de atividade. adotaram o sistema objetivo: o código comercial alemão (1861); Comentado [GD11]: proibia os sindicatos, as greves e as manifestações dos trabalhadores. alegando a defesa da "livre empresa"e da iniciativa privada, as penas a aplicar aos sindicalistas podiam ir desde avultadas quantias em dinheiro e privação de direitos de cidadania até à pena de morte (artº 7 e 8). Comentado [GD12]: na enumeração realizada nos artigos 632 e 633 do código francês, o legislador considerou de natureza comercial os atos que eram tradicionalmente realizados pelos comerciantes na sua atividade, não sendo possível identificar nessa enumeração legal qualquer critério científico para definir quando um ato é ou não de comércio. ao enumerar os atos de comércio, o legislador baseou-se em fatores históricos, sendo esse o grande problema da teoria francesa, que se mostrou bastante limitada diante da rápida evolução das atividades econômicas, tornando- se uma teoria ultrapassada por não identificar com precisão a matéria comercial, já que não foi possível a identificação de um elemento de ligação entre os atos de comércio previstos na lei. as atividades econômicas que tradicionalmente não eram desenvolvidas pelos comerciantes, como a atividade imobiliária, a prestação de serviços em geral e a atividade agrícola, foram afastadas do regime comercial. a ausência de um critério científico na separação das atividades econômicas em civis e comerciais e a exclusão de importantes atividades do regime comercial em razão do seu gênero, constituíram os principais fatores para o desprestígio da teoria francesa, contribuindo para a sua superação. o código comercial espanhol (1829 + o atual em vigor desde 1885) o código comercial italiano (1882); o código comercial brasileiro (1850). ª surgindo a necessidade de um direito dinâmico, inicia-se a fase do direito comercial (denominado de teoria da empresa), que teve surgimento na itália e possui caráter subjetivista, não se preocupando com o gênero da atividade econômica e sim com quem exerce a atividade. a teoria da empresa substitui a teoria dos atos do comércio adotada pelo código comercial de 1850*. de acordo com a teoria, empresa é uma atividade economicamente organizada, voltada à produção ou circulação de produtos ou serviços, com o fim de lucro. empresário, a seu turno, é o sujeito que realiza a empresa. • código civil italiano de 1942: tentativa de unificação formal do direito privado com o direito trabalhista*, bem como o estabelecimento de um novo critério para delimitar o regime jurídico disciplinador do mercado: a teoria da empresa. surge então o direito empresarial, que agora regula não apenas os atos de comércio, mas toda e qualquer atividade econômica organizada. antecedentes dessa ideia: o razões da unificação na itália: ▪ ideológica: o fascismo não admitia dois códigos “de classe”; ▪ político-econômica: “capitalização” da itália – levando ainda à depreciação dos usos comerciais – o estado como única fonte legislativa. o substituição do comerciante pelo empresário (empresa como centro do direito comercial): ▪ acentuar o aspecto socialmente útil da atividade mercantil, mais que o aspecto especulativo, apresentando a empresa como um “serviço social”; ▪ identificar, juridicamente, o empresário (como produtor, principalmente), para controlá-lo, submetendo-o às leis fascistas (arts. 2088 a 2091 do cc it); ▪ superação da radical separação entre industriais, comerciantes, artesões e produtores rurais. Comentado [GD13]: ao contrário da teoria dos atos do comércio, a teoria da empresa não adota um rol exaustivo de atos e atividades para serem utilizados como critérios de qualificação do empresário. segundo alberto asquini, a empresa seria um fenômeno econômico poliédrico, com os seguintes perfis: a) perfil subjetivo, considerando a empresa como sendo um sujeito empresário; b) perfil funcional, considerando a empresa como uma atividade economicamente organizada, destinada à produção ou circulação de produtos ou serviços com o fim de lucro; c) perfil objetivo ou patrimonial, considerando a empresa com um conjunto de bens organizados ao exercício da atividade empresarial (ou seja, o estabelecimento); e e) perfil corporativo, considerando a empresa como uma corporação reunida para alcançar um fim econômico comum. apesar desses perfis, de acordo com a teoria da empresa, adotada pelo código civil brasileiro, empresa deve ser considerada uma atividade econômica exercida por um sujeito de direito denominado empresário. Comentado [GD14]: apesar da unificação legislativa do direito privado, o direito comercial não perdeu sua autonomia, apenas o centro das relações comerciais que passou do comerciante para a empresa. • a revolução comercial do século xiv e a prematura ascensão burguesa; • as expedições marítimas como grandes empreendimentos mercantis; • a índole comercial da colonização portuguesa no brasil; • a decadência econômica portuguesa, logo após os grandes descobrimentos: o mercantilismo e pacto colonial: companhias de comércio monopolistas; a exploração do ouro e dos diamantes nas minas gerais; o anti-industrialismo na metrópole e nas colônias: tratado de methuen (1703)* e o alvará de 1785*. • antes da vinda da família real portuguesa para o brasil: atividade restrita; aplicação da legislação portuguesa para solução de conflitos; • 1808 – chegada da família real portuguesa ao brasil; o no mesmo ano entra em vigor a lei de abertura de portos (ou “alvará de 1° de abril”); o surgimento de instituições próprias de comércio (real junta do comércio, agricultura, fábricas e navegação): esforço em adequar a estrutura administrativa colonial às novas necessidades; • 1822 – independência; • lei imperial de 1823 determinando a aplicação do direito português. alguns códigos aplicados: ordenações filipinas (que vigeu em matéria civil até 1916) e a lei da boa razão*; o com a independência e a constituição imperial, outorgada em 1824, as numerosas disposições das ordenações filipinas se tornaram obsoletas ou contrárias à ordem pública, criando um clima de confusão completa. a cf/1824 determinou então que se elaborasse, com urgência, um código civil e um criminal (art. 179, xviii); porém sem alusões a um código comercial. • lei de terras de 1850; Comentado [GD15]: também conhecido como tratado de panos e vinhos, foi assinado em 27 de dezembro de 1703. essencialmente, este regulamentou as relações comerciais entre portugal e inglaterra, no que tange o comércio, justamente, de panos (por parte dos ingleses) e vinhos (por parte dos portugueses). de acordo com os termos ali estabelecidos, tecidos de origem bretã estariam novamente habilitados a entrar no mercado português – o que havia sido proibido na segunda metade do século xvii. por sua vez, vinhos lusitanos passariam a ter vantagens fiscais no mercado inglês, especialmente frente aos seus maiores concorrentes nesse ramo, os franceses. Comentado [GD16]: o alvará de 1785 foi uma lei de 5 de janeiro desse ano que proibia as indústrias no brasil. durante o período colonial, apenas uma pequena indústria para consumo interno era permitida, devido às distâncias entre a metrópole e a colônia, e eram, principalmente, as manufaturas têxteis e a do ferro, abrindo assim uma concorrência ao comércio do reino e poderiam tornar a colônia independente financeiramente, adquirindo também a possibilidade da independência política. assim, em 5 de janeiro de 1785, d. maria i assinou um alvará, extinguindo todas as manufaturas têxteis da colônia, exceto a dos panos grossos para uso dos escravos e trabalhadores. Comentado [GD17]: permitia a aplicação de leis externas (como as da espanha e frança) em caso de lacunas. • código comercial de 1850: inspirou-se na codificação napoleônica e adotou a teoria dos atos de comércio, os quais foram elencados no regulamento 737; regulamentou as atividades comerciais e a profissão de comerciante, bem como estabeleceu garantias para a realização das operações comerciais e instituiu um aparato burocráticoexclusivo para as causas mercantis, como os tribunais e juízos comerciais. o representava os interesses da classe mercantil e sua aprovação revela as articulações entre as instituições estatais e uma burguesia em formação, que ganhava espaço e possibilidade de participação em alguns processos decisórios do governo; o o código regulamentou ainda as praças de comércio, definindo-as não só como o local, mas também a reunião dos comerciantes. ficavam definidos quais eram os “agentes auxiliares do comércio”, sujeitos às leis comerciais: corretores, guarda-livros e caixeiros, administradores de armazéns e etc. ficavam estabelecidas as garantias legais a serem oferecidas para as operações comerciais, tendo sido regulados instrumentos como hipotecas, penhor mercantil, contratos, juros, fianças e cartas de crédito, definidos os diferentes tipos de companhias e sociedades comerciais, notas promissórias e créditos mercantis, o comércio marítimo e falências. • dec. n° 434/1891 (lei acionária até 1940, substituída pelo dl n° 2.627/1940): consolida as disposições legislativas e regulamentares sobre as sociedades anônimas; • dec. n° 916/1890 (registro mercantil); • dec. n° 917/1890 (lei falimentar); • dec. n° 1.102/1903 – ainda em vigor: institui regras para o estabelecimento de empresas de armazéns gerais, determinando os direitos e obrigações destas; • lei n° 2.044/1908 (lei saraiva): define a letra de câmbio* e a nota promissória e regula as operações cambiais. • o código civil de 1916 incorporou muitas regras que o direito comercial de outros países já havia estabelecido para as obrigações mercantis (o fenômeno da “comercialização” do direito civil); • o código civil de 2002, por sua vez, inspirou-se na codificação italiana de 1942 e adotou a teoria subjetivista da empresa*, definindo o empresário em seu art. 966. tal código resulta da parcial unificação formal do direito privado, porém sem esquecer que a segunda parte (comercio marítimo) do código de 1850 não foi revogada. Comentado [GD18]: a letra de câmbio ou letra comercial é um título emitido por instituições financeiras que representa uma ordem de pagamento. Comentado [GD19]: algumas leis da década de 1990 (como o código de defesa do consumidor, a lei das locações e a lei do registro de comércio) já se orientavam por essa nova teoria. • fontes materiais: as fontes materiais do direito empresarial são os fatos econômicos. tais fatos, geralmente encadeados, compõem uma malha complexa de fatores que, combinados, formam as mais variadas feições mercadológicas. nesse caso, o estudo dos fatos econômicos e dos seus efeitos revela-se fundamental para a compreensão adequada dos sentidos e dos alcances das normas que compõem o direito empresarial. este estudo compreende, inclusive, a economia de mercado. • fontes formais (primárias e diretas): constituição federal (princípios reitores da ordem econômica; liberdade de associação etc) e leis infraconstitucionais*; • fontes secundárias (subsidiárias ou indiretas): usos e costumes, além nas normas de direito civil* – principalmente as que tratam das obrigações e negócios jurídicos. os usos e os costumes representam referências essenciais para a interpretação de inúmeras questões que envolvem o direito empresarial, sobretudo no âmbito do agronegócio. isso decorre do fato de que o estado nem sempre regula determinadas atividades ligadas à empresa. nesses casos, a despeito da ausência eventual de uma lei expressa, muitos conflitos empresariais poderão ser superados pela utilização dos usos e costumes (opinio juris sive necessitatis). • cosmopolitismo: o direito empresarial é cosmopolita e o seu cosmopolitismo decorre da sua transcendência sobre os limites territoriais dos estados; • fragmentariedade: característica das disciplinas que são subdivididas em ramos. são ramos distintos do direito empresarial: o direito societário, o direito falimentar, o direito cambial, entre outros*; • informalismo e simplicidade: a atividade empresarial é essencialmente informal. essa informalidade é uma necessidade para a dinâmica das relações empresariais. os entraves burocráticos – sobretudo pelo excesso de regulamentação normativa – representam fatores impeditivos ao desenvolvimento célere das atividades econômicas; • elasticidade (ou flexibilidade): decorre do dinamismo do mercado, que não admite parâmetros rígidos e inflexíveis. assim, o direito empresarial deve ser flexível para se adaptar as particularidades dos casos concretos; Comentado [GD20]: merecem destaque o código civil de 2002 (arts. 966 e seguintes) e a segunda parte do código comercial de 1850; além de inúmeras leis especiais que regulam a atividade empresarial (e.g. lei 8934/94, 9279/96, 6404/76 etc.) Comentado [GD21]: importância no sistema do ccom: sociedade (art. 291) e outros casos tinham precedência em relação à lei civil. Comentado [GD22]: conexões com outros ramos: 1. direito constitucional (princípios da ordem econômica etc.); 2. direito administrativo (estatais em geral, agências reguladoras, processos sancionadores etc.); 3. direito tributário (regimes tributários, operações societárias, responsabilidades etc.); 4. direito econômico (regulação, sistema financeiro etc.); 5. direito do trabalho (cogestão, colaboradores internos e externos etc.); 6. direito do consumidor (ccom, art. 191, fronteiras, responsabilidade da empresa, condições gerais etc.); 7. direito processual (processo empresarial). • onerosidade: característica que advém da própria natureza da empresa, que objetiva o lucro; • uniformização: lug, uncitral (comissão das nações unidas para o direito comercial internacional – órgão auxiliar da assembleia geral da onu), unidroit (instituto internacional para unificação do direito privado), icc, banco mundial, etc. resumidamente, a história do direito comercial é marcada pelos costumes de cada fase, dispensando por vezes o formalismo e levando mais em consideração as reais práticas utilizadas pela sociedade. o direito de comércio no brasil é a única matéria que usa costumes como fonte, deixando ainda mais evidenciado que cada mudança e cada evolução da humanidade reflete diretamente no direito comercial. • codigo civil suíço de 1907 (ou zivilgesetzbuch): o direito comercial é integrado ao direito das obrigações. é o exemplo das sociedades comerciais, disciplina do nome empresarial e títulos de crédito; • teixeira de freitas: o “não se pode separar impunemente as partes de um corpo, que deve ser homogêneo”; o iniciativa pioneira*; o autor da consolidação das leis civis brasileiras de 1858 (que perdurou por mais de meio século [1858-1917]); o escreveu o esboço de código civil de 1865 (com 4.908 artigos) ▪ em 1867, e aproveitando-se do esboço, elabora novo projeto e o apresenta ao ministro da justiça, só que agora bipartido em dois códigos: o geral, com preceitos que abrangeriam todos os ramos do direito, e um civil, onde pretendia unificar o direito privado, pois, para ele, não se justifica a dualidade de códigos, um civil e outro comercial, vez que as relações que ambos regiam eram as mesmas – este foi um dos principais pretextos Comentado [GD23]: o governo imperial brasileiro, com o intuito de sistematizar a legislação civil e prepará-la para formulação de um código civil, contratou teixeira de freitas em 1855 para as seguintes tarefas: a) classificar a legislação existente, portuguesa e brasileira, revogada ou vigente, por ordem cronológica e observada a divisão em pública e privada e; b) consolidar a legislação civil brasileira. as maiores dificuldades com que teixeira de freitas se deparou relacionaram-se com a definição dos limites de aplicação da legislação civil, a estipulação de um princípio organizador e coordenador do direito civil, bem como a compilação das leis propriamente ditas. o trabalho de teixeira de freitas foi formulado segundoos ideais do iluminismo e deu ênfase no método racionalista sintético de estudo do direito ao invés do analítico da escolástica medieval. além disso, priorizou o estudo da história do direito português, bem como do direito romano moderno (que as nações civilizadas aplicavam) e dos valores humanistas e universalistas. para isso aprofundou ao máximo o estudo das fontes históricas do direito brasileiro, que, naturalmente provinham do direito português. concluiu que o direito romano era a base substancial da legislação portuguesa e estudou o direito romano de modo científico e sistemático, com o objetivo de esclarecer a verdadeira natureza dos institutos jurídicos. é necessário notar que teixeira de freitas não se detinha nas influências ideológicas que pairavam sobre os institutos jurídicos, mas buscava naqueles a essência lógico-científica. ele próprio não se considerava um filósofo do direito, mas um romanista e civilista que buscava a definição técnica do direito de modo a dar uma coerência ao fenômeno jurídico. que levou o governo imperial a abandonar teixeira de freitas por clóvis bevilacqua. • o regulamento 737/1850 assegurava jurisdição exclusiva aos mercadores. não eram poucas as causas que discutiam a jurisdição competente: assumindo especial relevância a interpretação do art. 4º do código comercial e do art. 19 do regulamento 737; ambos de 1850. os debates sobre a competência arrastavam-se, prejudicando a solução das lides comerciais. • em 1875, com a revogação do regulamento 738, deu-se a supressão dos tribunais de comércio, de forma que sua função judicante acumulou-se nos juízes de direito. em 1890, o decreto 763 de 19 de setembro unificou os processos civil e comercial. mandando "observar no processo das causas cíveis em geral o regulamento 737" , uma vez que não havia "fundamento de direito para que os interesses sujeitos á competência do foro civil não sejam igualmente resguardados pela garantia de uma justiça pronta e eficaz. entretanto, embora uniformizados as regras processuais, as varas privativas de comércio continuavam a existir. • a partir de 1891, com a progressiva superação do regulamento 737 pelos códigos de processo, em muitos estágios brasileiros cai a jurisdição especial. em 1939, com a promulgação do então novo código de processo civil, os estados que adoravam o regulamento 737 também suprimem as jurisdições especiais. ou seja: as regras processuais diferenciadas para os comerciantes deram de existir no brasil a partir de 1890. no ano seguinte, a dicotomia relação à jurisdição foi superada em diversos estados, desaparecendo definitivamente em 1939; • código civil italiano de 1942. cesare vivante (1855-1944) defendeu a ideia de unificar o direito das obrigações, superando assim a dicotomia entre direito comercial e o direito civil; em aula proferida na universidade de bolonha em 1892. a dicotomia havia de ser superada porque: (i) mantinha-se mais pela tradição do que pelas boas razões; (ii) causava danos de índole social e jurídica – pessoas que não são comerciantes ficavam sujeitas às suas regras, talhadas para os mercadores; (iii) trazia prejuízos para o progresso científico, pois os comercialistas não estudariam as regras gerais. já alfredo rocco (1875-1935) era contra essa unificação ao dizer que havia duas espécies de normas de direito comercial: (i) normas que derivam da legislação civil, mas ganham contorno especial face as relações especiais e (ii) normas totalmente novas, decorrentes de relações sem correlação nas relações civis. tanto da diferença de tratamento nas primeiras normas, quando no tratamento complemente novo dado às segundas normas, ele retira o conteúdo próprio do direito comercial, o que impede a unificação dos dois ramos. • importante destacar que, apesar de ser contrário a unificação, alfredo rocco não rejeita o fato de que o direito civil é uma fonte do direito comercial. e afirma que este deve ser usado para suprir as lacunas da legislação comercial, tais como os costumes e os princípios gerais de direito. após o embate com rocco, vivante se retratou em 1919*, afirmando “ser impossível a unificação das obrigações e que estava convencido da necessidade da autonomia do direito civil e do direito comercial”. para ele, há diferenças de método que impedem a unificação: o direito comercial vale-se do método indutivo (conclui-se a regra com base nos fatos e, portanto, a conclusão é mais geral do que a premissa), enquanto, no direito civil, o método é dedutivo (parte-se da premissa geral para se chegar à conclusão individual). ademais, apenas o direito comercial assume índole cosmopolita, que decorre do próprio comércio. somente ao direito comercial toca a regulação dos negócios de massa. por fim, há institutos típicos e exclusivos do direito comercial, tais como os títulos de crédito. • dimensão econômica do mercado (mercado e arena de trocas). a sua origem ligada ao “locus” onde se davam as trocas entre comerciantes ou vendas para adquirentes finais (ccom, arts. 32 e 33); • dimensão política do mercado: (i) o mercado como uma (mas não a única) forma de organização e alocação de recursos na sociedade (monopólios/restrições legais da concorrência = decisão política; além disso, resultados distributivos decorrentes de políticas públicas); (ii) o papel da competição (ou o modelo de competição) como fatos de alocação de recursos na sociedade é decisão política; e (iii) os princípios reitores da ordem econômica fundada no mercado (livre iniciativa, livre concorrência, liberdade de contratar, direito de propriedade, função social da propriedade e dos meios de produção e proteção ao consumidor); • dimensão social do mercado (e a instrumentalidade dos princípios econômicos): as dimensões política e econômica do mercado existirão nos limites impostos pela sua dimensão social. Comentado [GD24]: isso ocorreu no momento em que foi nomeado para presidir a comissão do projeto de um novo código comercial para a itália, que acabou por não ser concluído. contudo, em 1942, foi promulgado o código civil italiano, que primeiramente unificou as matérias, abordando o tema comercial/empresarial no quinto livro, título ii, denominado del lavoro nell’impresa. • dimensão jurídica do mercado (como conjunto de regras e de princípios que pautam o comportamento dos agentes econômicos): (i) mercado é uma ordem porque pautada em comportamentos previsíveis e calculáveis; (ii) normas endógenas (usos e costumes) e exógenas (leis). • a tutela não é (só) do agente, mas do funcionamento do mercado. • ideia do direito comercial como um conjunto de regras e princípios que regem a organização das empresas e as relações das empresas no âmbito do mercado. o limitações: direito comercial não é o direito da ordem jurídica do mercado, mas apenas de parte dela; o direito público intervém, em primeiro plano, para impor limites à ordem jurídica do mercado. • os empresários não existem per si; inserem-se e operam no mercado. • exploração da empresa pela iniciativa privada; • propriedade privada dos meios de produção; • apropriação dos lucros pelos titulares da empresa; • livre concorrência. propriedade privada liberdade de iniciativa econômica modelo de desenvolvimento econômico baseado na economia de mercado (ou economia de mercado de natureza capitalista) consistem em ‘direitos fundamentais econômicos’ contra qualquer ação estatal que limite o exercício de direitos econômicos subjetivos por parte dos empreendedores; formam a macroestrutura normativa institucional da própria atividade empresarial. • princípio da livre iniciativa: princípio reitor da ordem econômica; • liberdade contratual (ou liberdade de contratar): liberdade de auto- regulamentação dos próprios interesses (autonomia privada); liberdade de celebração ou conclusãode contratos, liberdade de escolha da contraparte. • princípio da liberdade de associação: constituir associações; ingressar; sair; e organizar as relações internadas, sem interferência estatal. • princípio da livre concorrência: pressuposto para que se possa instaurar um regime objetivo de livre concorrência; porém a liberdade de inciativa econômica não vale para assegurar efetivamente a presença no mercado de vários operadores econômicos, não vale para eliminar a possibilidade de um empresário ou um grupo influir nos preços e demais condições de mercado, e não vale para impedir que, por meio de acordos, se possa eliminar concorrentes. • princípio da função social da empresa: referente à funcionalização dos institutos de direito privado – a autonomia privada em uma perspectiva funcional; a propriedade pessoal (bens de consumo e uso pessoal) e propriedade empresarial (bens de produção) com regimes distintos (restrições de uso e função social da propriedade). • favorecimento das empresas de pequeno porte. dimensão subjetiva dimensão objetiva Comentado [GD25]: “os princípios jurídicos são normas superiores, que regulam a criação, interpretação e aplicação de outras normas. os princípios constituem o “mandamento nuclear de um sistema” – c. a. bandeira de mello a economia política considera com relevância o papel da empresa como uma organização dos fatores de produção. a empresa é, portanto, um organismo econômico, ou seja, se assenta sobre uma organização fundada em princípios técnicos e leis econômicas. subjetivo: empresário ou sociedade empresária funcional: atividade objetivo ou patrimonial: estabelecimento corporativo: instituição • perfil subjetivo: remete ao empresário enquanto um sujeito de direitos. não apenas, a empresa é o empresário, pois empresário é quem exercita a atividade econômica organizada, de forma continuada. nesse sentido, a empresa pode ser uma pessoa física ou uma pessoa jurídica, pois ela é titular de direitos e obrigações. quando se diz "arrumei um emprego em uma empresa", temos a palavra empresa empregada com esse significado. • perfil funcional: a empresa é uma atividade, que realiza produção e circulação de bens e serviços, mediante organização de fatores de produção (capital, trabalho, matéria prima etc). quando se diz "a empresa de estudar será proveitosa", temos a palavra empresa empregada com esse significado. • perfil objetivo: a empresa é um conjunto de bens, e tais bens estão unidos para uma atividade específica, que é o exercício da atividade econômica. • perfil corporativo*: a empresa é uma instituição, uma organização pessoal, formada pelo empresário e pelos colaboradores (empregados e prestadores de serviços), todos voltados para uma finalidade comum. os quatro perfis Comentado [GD26]: tal perfil é criticado pela doutrina por não corresponder a qualquer significado jurídico, mas apenas por estar de acordo com a ideologia fascista, que controlava o estado italiano por ocasião da positivação da teoria da empresa. empresário ou sociedade é o sujeito de direito. estabelecimento é o objeto do direito e a atividade é o fato jurídico. art. 966 considera-se empresário quem exerce profissionalmente atividade econômica organizada para a produção ou a circulação de bens ou de serviços. parágrafo único. não se considera empresário quem exerce profissão intelectual, de natureza científica, literária ou artística, ainda com o concurso de auxiliares ou colaboradores, salvo se o exercício da profissão constituir elemento de empresa. • capacidade civil plena: podem exercer a atividade de empresário os que estiverem em pleno gozo da capacidade civil* e não forem legalmente impedidos* (art. 972, cc). • nome empresarial*: uso exclusivo para fins de identificação; não pode ser alienado. o firma*: nome civil do empresário e/ou sócios. ex: souza & silva ltda. estabelecimento empresário ou sociedade empresária empresa (atividade) Comentado [GD27]: atividade, não o local. Comentado [GD28]: titular da atividade; não se confunde com a figura do sócio. Comentado [GD29]: a profissão pode ser definida como uma ocupação não-simples que requer conhecimentos e habilidades específicas executadas de maneira habitual, e que envolve algum tipo de remuneração. determinadas atividades profissionais requerem estudos de um dado conhecimento, como as profissões de médico, advogado, engenheiro, vigilante e gestor de segurança. Comentado [GD30]: a atividade (escopo meio) não se confunde com o lucro (consequência da finalidade – escopo fim). o objetivo é sempre o lucro, de fato, mas este pode não existir: o resultado pode ser negativo e acarretar em perdas – daí a razão pela qual o legislador corretamente menciona a “partilha, entre si, dos resultados”. Comentado [GD31]: envolve o controle do trabalho, do capital e da matéria-prima necessária para a circulação do bem ou serviço destinado Comentado [GD32]: ex.: se dois médicos resolvem se reunir e montar uma clínica/hospital juntos, com a organização e circulação de diversos bens e serviços distintos afim de agregar elemento de empresa em suas atividades (como atendimento em outras especialidades, lanchonetes, etc.), então eles são considerados empresários. Comentado [GD33]: capacidade de direito + capacidade de fato (exercício) = capacidade civil plena Comentado [GD34]: ex.: funcionários públicos, leiloeiros, falidos (incapacidade temporária até o término do processo falimentar*). * se houver crime falimentar = espera de 10 anos; se não houver = espera de 5 anos. Comentado [GD35]: nome ≠ marca: é possível ter várias marcas, mas só é possível ter um só nome empresarial. Comentado [GD36]: pode ser social ou individual. a social (ou razão social) só pode ser adotada pelos sócios que possuem responsabilidade ilimitada. caso contrário, todos terão responsabilidade solidária e ilimitada pelas obrigações contraídas. o denominação*: ramo de atividade. ex: abc produtos eletrônicos. • registro: é obrigatória* a inscrição do empresário individual no registro público de empresas mercantis da respectiva sede (junta comercial*) antes do início de sua atividade (art 967, cc). • estruturação e balanço patrimonial: o empresário e a sociedade empresária são obrigados a seguir um sistema de contabilidade, mecanizado ou não, com base na escrituração uniforme de seus livros, em correspondência com a documentação respectiva, e a levantar anualmente o balanço patrimonial* e o de resultado econômico* (art. 1179, cc). ✓ pessoa física* ✓ possui responsabilidade ilimitada: caso venha a contrair alguma obrigação, é o patrimônio individual do empresário que responderá por isso. “o empresário pode ser um incapaz?” o sócio pode, mas um incapaz só pode ser empresário desde que sua capacidade seja superveniente (posterior à atividade empresária) ou através de uma sucessão causa mortis, estando devidamente assistido por um tutor (ex.: menor de idade herdando a loja do pai). “o empresário pode ter empresa com o cônjuge?” sim, desde que ambos não estejam em regime de comunhão universal de bens ou de separação universal obrigatória* de bens. • [extinta pela lei 14.195/21 – atual SLU] empresa individual de responsabilidade limitada (EIRELI): alternativa ao exercício de atividade empresária individual, só que aqui o empresário responde de forma limitada: apenas se responsabiliza pelo aporte que fez durante a atividade empresária, e não com o seu patrimônio individual. Comentado [GD37]: só pode ser utilizada por sócios que tenham responsabilidade limitada e pode ser formada por qualquer expressão linguística + ramo da atividade. Comentado [GD38]: o registro não é obrigatório e a empresa pode operar de maneira irregular, embora isso implique diversas desvantagens, como por ex. não poder participar de licitações públicas e nem estarapto à pedir recuperação judicial. Comentado [GD39]: atividades que não se enquadram nos termos do art. 966/cc são registradas no registro civil de pessoas jurídicas (rcpj). todavia, apesar das cooperativas serem qualificadas como atividades simples e não empresariais, elas são registradas nas juntas comerciais. Comentado [GD40]: todo o ativo + passivo da sociedade empresária. Comentado [GD41]: deve ser publicado nos quatro meses subsequentes ao final do exercício. Comentado [GD42]: é obrigatório o empresário possuir cnpj, mas devido à sua condição individual ele é sempre considerado pessoa física no exercício de atividade empresarial; sendo apenas considerado pessoa jurídica no regime SLU. Comentado [GD43]: a obrigatória não, mas a convencional pode. Comentado [GD44]: sociedade limitada unipessoal o pessoa jurídica constituída por apenas uma única pessoa física; não admite duas ou mais pessoas. [classificação mantida pela SLU] o deve possuir no mínimo 100x o maior salário mínimo vigente no país (necessário comprovar a existência de um capital integralizado que atenda a esse requisito). – com a aprovação da SLU, já não há exigência de valor mínimo para compor o capital social. não são espécies de sociedade e sim classificações tributárias, referentes ao faturamento da empresa. a carga tributária que será aplicada nessas empresas será proporcional ao seu rendimento anual*. • até $80k ao ano: microempresário individual (MEI) • até r$360k ao ano: microempresa [ativ. emp. coletiva] (ME) – podem contratar entre 9 e 19 funcionários, dependendo da atividade; e escolher entre os regimes tributários simples nacional, lucro real ou lucro presumido. • de r$360k até r$4.8kk: empresa de pequeno porte [ativ. emp. coletiva] (EPP) é a forma prescrita em lei (l8934) de efetuar a inscrição e o cadastramento de empresas no brasil. o registro comercial terá as seguintes finalidades: • cadastrar as empresas nacionais e estrangeiras em funcionamento no país e manter atualizadas as informações pertinentes; • dar garantia, publicidade, autenticidade, segurança e eficácia aos atos jurídicos das empresas mercantis, submetidos a registro na forma da lei; • proceder à matrícula dos agentes auxiliares do comércio, bem como ao seu cancelamento. Comentado [GD45]: art. 970 a lei assegurará tratamento favorecido, diferenciado e simplificado ao empresário rural e ao pequeno empresário, quanto à inscrição e aos efeitos daí decorrentes. • estatal, em princípio. em matéria de s/a, há um registro não-estatal* (lsa, art. 100, § 1º); • normas sobre registros públicos são de competência federal, mas a organização das juntas comerciais pode ser regulada, concorrentemente, pela união, os estados e o distrito federal; • aberto ao público, irrestritamente*. na s/a, com restrições*; • diz respeito a todos os empresários e sociedades empresárias e às cooperativas. • matrícula: nome que se dá ao registro dos auxiliares do comércio, que são os leiloeiros, tradutores públicos e intérpretes comerciais, trapicheiros e administradores de armazéns-gerais. as atribuições conferidas por lei a esses profissionais são: o passar certidões, fazer traduções em língua vernácula de todos os livros, documentos e papéis escritos em qualquer língua estrangeira que tiverem de ser apresentados em juízo ou em repartição pública federal, estadual ou municipal ou entidade mantida, orientada ou fiscalizada pelos poderes públicos; o intervir, quando nomeados judicialmente ou pela repartição competente, nos exames a que se tenha de proceder para a verificação da exatidão de tradução que tenha sido arguida de errada, dolosa ou menos conforme com o original; o interpretar e verter verbalmente em língua vulgar, quando também para isso forem nomeados judicialmente, as respostas ou depoimentos dados em juízo por estrangeiros que não falarem o idioma do país e no mesmo juízo tenham de ser interrogados na qualidade de interessados, testemunhas ou informantes, bem assim, no foro extrajudicial, repartições públicas federais, estaduais ou municipais; o examinar, quando solicitado pelas repartições públicas fiscais ou administrativas competentes ou por qualquer autoridade judicial, a falta de exatidão com que for impugnada tradução feita por corretores de navios dos manifestos e documentos que as embarcações estrangeiras tiverem de apresentar para despacho nas Comentado [GD46]: lsa, art. 100, § 1º Comentado [GD47]: l. 8.934/94, art. 29; d. 1.800/96, art. 79/84 Comentado [GD48]: 1º do art. 100 alfândegas, bem assim a realizada, em razão de suas funções, por ocupantes de cargos públicos de tradutores e intérpretes. sem a tradução atestada por esses profissionais, os serventuários de notas e os cartórios de registro de títulos e documentos não poderão registrar, passar certidões ou publicar documento no todo ou em parte redigido em língua estrangeira. • arquivamento: nome de registro de constituição, alteração, dissolução e extinção das empresas mercantis individuais, sociedades mercantis e cooperativas*. o termo arquivamento abrange dois tipos de atos: a inscrição, que é a constituição dos empresários, sociedades empresárias e cooperativas, e a averbação, que são as modificações posteriores, abrangendo as alterações contratuais, dissolução e extinção da pessoa jurídica, declarações de microempresa e outros atos previstos em lei. • autenticação: nome do registro dos instrumentos de escrituração do empresário individual, da sociedade empresária e dos agentes auxiliares do comércio. é, pois, o registro dos livros empresariais e das fichas escriturais. • [função normativa] o órgãos federais de coordenação, supervisão e orientação das juntas: ▪ DREI* – departamento de registro de empresas ▪ SINREM – sistema nacional de registro das empresas mercantis • [função executiva] o órgãos estaduais: ▪ juntas comerciais: organizadas sob a forma de autarquias ou órgãos de administração direta. • atualmente, cada unidade da federação possui uma junta comercial, com sede em sua capital e jurisdição na circunscrição territorial respectiva*. são, portanto, 27 as juntas comerciais, as quais têm o poder para criar delegacias regionais, órgãos locais do registro do comércio, nos termos da legislação estadual respectiva*. o órgãos locais – delegacias das juntas comerciais. Comentado [GD49]: únicas sociedades simples registradas na junta comercial. Comentado [GD50]: embora possua poderes para disciplinar e fiscalizar as juntas comerciais, o DREI não possui meios para intervir nestas, ainda que adotem conduta contrária a uma de suas recomendações gerais ou se recusem a acatar alguma recomendação de correção. resta ao DREI, tão-somente, representar às autoridades competentes (governo do estado ou do df, o ministério público estadual e outros). em resumo, os órgãos do registro de empresas, estão em dois âmbitos: no federal, atua o drei, órgão central do sistema de registro, a quem compete, essencialmente, a normatização e fiscalização das atividades a ele relativas; por sua vez, em nível estadual, estão as juntas comerciais, a quem cumpre executar e administrar as atividades de registro, observando as diretrizes estabelecidas pelo drei. Comentado [GD51]: art. 5º da lei 8.934/94 Comentado [GD52]: art. 9º, parágrafo 2º, da lei 8.934/94 • estabelecimento principal (matriz): sede principal ou local de gestão da empresa, onde há a primazia da direção a qual estão subordinados todos os demais estabelecimentos da empresa. • estabelecimentos secundários (filiais, sucursais, agências, galpões etc). • estabelecimentos virtuais art. 1.142/cc considera-se estabelecimento todo complexo de bens organizado, para exercício da empresa, por empresário, ou por sociedade empresária. § 1º o estabelecimento não se confunde com o local onde se exerce a atividade empresarial, que poderáser físico ou virtual. § 2º quando o local onde se exerce a atividade empresarial for virtual, o endereço informado para fins de registro poderá ser, conforme o caso, o endereço do empresário individual ou de um dos sócios da sociedade empresária. § 3º quando o local onde se exerce a atividade empresarial for físico, a fixação do horário de funcionamento competirá ao município, observada a regra geral prevista no inciso ii do caput do art. 3º da lei nº 13.874, de 20/09/19*. art. 1.143/cc pode o estabelecimento ser objeto unitário de direitos e de negócios jurídicos, translativos* ou constitutivos*, que sejam compatíveis com a sua natureza. • translativo – art. 1.146/cc – compra e venda do estabelecimento comercial (trespasse mercantil) Comentado [GD53]: é uma universalidade de fato, e não de direito: o titular pode escolher quais bens compõem essa universalidade (por ex.: escolher quais livros irão compor o acervo de uma livraria) Comentado [GD54]: estabelecimento derivado da matriz que representa a direção principal, sem, contudo, ter poderes ou alçada deliberativa e/ou executiva. ela pratica atos que tem validade jurídica e obrigam a organização como um todo, porque este estabelecimento possui poder de representação ou mandato da matriz e, por esta razão, a filial deve adotar a mesma firma ou denominação do estabelecimento principal. Comentado [GD55]: diferentemente da filial, a sucursal detém uma maior autonomia administrativa, possuindo uma direção própria atribuída à faculdades de operação independente, com maior liberdade de atuação, apesar de ligada às orientações e direção da matriz. pode-se dizer, por isso, que a sucursal possui uma posição hierarquia mais elevada do que a filial, podendo, inclusive, que a sucursal tenha suas próprias filiais. Comentado [GD56]: estabelecimento comercial localizado fora da sede e a esta subordinado, com a finalidade de promover a intermediação de negócios. também pode ser considerado um escritório comercial ou de gestão de parte dos negócios que não depende de uma matriz, como uma agência de leilões, corretagem, transporte, etc. Comentado [GD57]: se enquadram aqui os bens móveis, imóveis, corpóreos e incorpóreos. não se aplicam aos atributos de aviamento (lucro potencial/expectativa de lucro) e clientela (reflexo externo do aviamento); bem como os contratos e os débitos. Comentado [GD58]: ii - desenvolver atividade econômica em qualquer horário ou dia da semana, inclusive feriados, sem que para isso esteja sujeita a cobranças ou encargos adicionais, observadas: a) as normas de proteção ao meio ambiente, incluídas as de repressão à poluição sonora e à perturbação do sossego público; b) as restrições advindas de contrato, de regulamento condominial ou de outro negócio jurídico, bem como as decorrentes das normas de direito real, incluídas as de direito de vizinhança; e c) a legislação trabalhista. Comentado [GD59]: o objeto pode ser tanto total (todos os bens da empresa) como parcial. Comentado [GD60]: transferem a titularidade. ex.: compra e venda, doação. Comentado [GD61]: são aqueles que não transferem a propriedade. ex.: contrato de comodato; cessão de marca para outro empresário. Comentado [GD62]: trespasse é uma forma de contrato que tem por objetivo a transferência da titularidade de um bem ou imobilizado a outrem. o adquirente do estabelecimento responde pelo pagamento dos débitos anteriores à transferência*, desde que regularmente contabilizados, continuando o devedor primitivo (vendedor) solidariamente obrigado pelo prazo de um ano, a partir, quanto aos créditos vencidos, da publicação, e, quanto aos outros (não vencidos/vincendas), da data do vencimento. + (art 1.147) não havendo autorização expressa, o alienante do estabelecimento não pode fazer concorrência ao adquirente, nos cinco anos subsequentes à transferência. • constitutivo – art. 51 da lei nº 8245/91 – lei do inquilinato – locação do estabelecimento empresarial (ação renovatória) nas locações de imóveis destinados ao comércio, o locatário terá direito a renovação do contrato, por igual prazo, desde que, cumulativamente: i - o contrato a renovar tenha sido celebrado por escrito e com prazo determinado; ii - o prazo mínimo do contrato a renovar ou a soma dos prazos ininterruptos dos contratos escritos seja de cinco anos; iii - o locatário esteja explorando seu comércio, no mesmo ramo, pelo prazo mínimo e ininterrupto de três anos. art. 52. o locador não estará obrigado a renovar o contrato se: i - por determinação do poder público, tiver que realizar no imóvel obras que importarem na sua radical transformação; ou para fazer modificações de tal natureza que aumente o valor do negócio ou da propriedade; Comentado [GD63]: salvo as obrigações personalíssimas. Comentado [GD64]: visa resguardar o comerciante e seu estabelecimento quando este aluga um imóvel comercial. como regra, é automática, desde que respeitados todos os termos dos artigos 51 e 52. Comentado [GD65]: ex.: se num contrato de locação está registrado 10 anos, então ele é renovado por mais 10 anos. ii - o imóvel vier a ser utilizado por ele próprio ou para transferência de fundo de comércio existente há mais de um ano, sendo detentor da maioria do capital o locador, seu cônjuge, ascendente ou descendente*. • inalienável: não pode ser cedido e nem vendido. o direito inerente à personalidade, se tomado em seu aspecto subjetivo (função identificadora), não podendo ser objeto de propriedade; como tal, seria um direito insuscetível de alienação, mas que o adquirente do estabelecimento pode usar o nome do alienante, precedido do seu próprio, c/a qualificação de sucessor. mas no seu aspecto objetivo (função econômico-concorrencial), é bem móvel incorpóreo – objeto de tutela própria. • imprescritível: sua não utilização não implica em perda, apesar de estar sujeito à anulação por infração legal ou contratual*. • tem que ser autêntico; • tem que ser verídico; • tem que ser inédito* • tem que ser único*. • sua proteção decorre da junta onde foi efetuado o registro do nome. busca proteger a clientela e o acesso a crédito (até por isso não se admite homonímia) • proteção no âmbito penal – a utilização indevida do nome constitui crime: Comentado [GD66]: exceto os shoppings centers Comentado [GD67]: art. 1.167/cc cabe ao prejudicado, a qualquer tempo, ação para anular a inscrição do nome empresarial feita com violação da lei ou do contrato. Comentado [GD68]: não pode existir dois nomes empresariais idênticos ou muito parecidos (princípio da novidade). em caso de conflito, o nome mais antigo prevalece o mais novo será proibido de ser registrado. art. 1.163/cc o nome de empresário deve distinguir-se de qualquer outro já inscrito no mesmo registro. parágrafo único. se o empresário tiver nome idêntico ao de outros já inscritos, deverá acrescentar designação que o distinga. art. 34/ lrpem o nome empresarial obedecerá aos princípios da veracidade e da novidade. Comentado [GD69]: princípio da unicidade: não é possível mais de um nome para o mesmo empresário ou sociedade empresária. art. 194/cpi usar marca, nome comercial, título de estabelecimento, insígnia, expressão ou sinal de propaganda ou qualquer outra forma que indique procedência que não a verdadeira, ou vender ou expor à venda produto com esses sinais. pena - detenção, de 1 (um) a 3 (três) meses, ou multa. art. 195/cpi comete crime de concorrência desleal quem: v - usa, indevidamente, nome comercial, título de estabelecimento ou insígnia alheios ou vende, expõe ou oferece à venda ou tem em estoque produto com essas referências. pena - detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano, ou multa. • proteção no âmbito civil – ação anulatória, com pedido cominatório, e indenização por perdas e danos: art. 1.167/cc cabeao prejudicado, a qualquer tempo, ação para anular a inscrição do nome empresarial feita com violação da lei ou do contrato. art. 209/cpi fica ressalvado ao prejudicado o direito de haver perdas e danos em ressarcimento de prejuízos causados por atos de violação de direitos de propriedade industrial e atos de concorrência desleal não previstos nesta lei, tendentes a prejudicar a reputação ou os negócios alheios, a criar confusão entre estabelecimentos comerciais, industriais ou prestadores de serviço, ou entre os produtos e serviços postos no comércio. • proteção no âmbito administrativo: impugnação ao arquivamento e cancelamento são as pessoas que agem em nome de uma empresa ou organização, como se titular fosse. preponente é aquele que constitui o preposto, para ocupar-se dos negócios. ex.: gerentes, representantes comerciais e etc. • o preposto substitui o empresário seja na órbita interna, seja na externa perante terceiros. ≠ • preposto é diferente de empregado: nem todo empregado é preposto. o que caracteriza o preposto é seu poder de representação. • o contrato de trabalho do preposto é do tipo contrato de preposição, que possui elementos da locação de serviços e do mandato. mas a dependência distingue a preposição do mandato e os poderes de representação denunciam não ser a preposição um mero contrato de trabalho (locação de serviços). ≠ • auxiliares do empresário: aqueles que trabalham como empregados do empresário (individual ou sociedade empresária), numa relação pautada por todos os elementos caracterizadores de uma relação típica de emprego: subordinação hierárquica, pessoalidade, não-eventualidade e dependência econômica. estão entre os auxiliares dependentes os prepostos (o empregado e o gerente, por exemplo). o a natureza do serviço prestado pelo empregado, porém, vai mais além, podendo compreender (e no mais das vezes compreende) certa capacidade para concluir negócios jurídicos, pelos quais responde o patrimônio do empresário. o que ocorre, na verdade, é uma superposição de contratos, pois há, a um só tempo, contrato de trabalho (este regulado pela clt) e contrato de mandato, voluntário ou legal (regulado penas normas de direito empresarial, mais especificamente pelas disposições do código civil atinentes a esse tipo contratual e pelas referentes aos prepostos) ▪ relação de confiança (personalismo da relação) – não pode se fazer substituir por outra pessoa, salvo autorização do empregador (cc, 1.169). ▪ pautada pelo dever de lealdade – o empregado tem acesso a segredos e a informações privilegiadas. deve o empregado agir de forma leal, não podendo prejudicar o empregador. desdobramentos: + não concorrer + não usurpar oportunidades do empresário + não divulgar/utilizar informação privilegiada + informar o descumprimento desses deveres pode acarretar em demissão por justa causa e o dever de indenizar os prejuízos causados. • auxiliares da atividade empresarial: são aqueles que, via de regra, não estão a serviço exclusivo de determinado empresário, não possuindo relação que possa ser descrita como de subordinação e dependência econômica, isto é, gozam de total autonomia econômica e não estão hierarquicamente subordinados a nenhum empresário. seus serviços ficam à disposição de quem deles precisar, até mesmo a não-empresário. como cooperam para a realização de negócios, poderiam ser chamados de auxiliares da atividade empresarial, enquanto a categoria dos auxiliares dependentes poderia ser descrita como a dos auxiliares do empresário. ligado a atividades de natureza científica, literária, artística, entre outras. explora prioritariamente atividades de prestação de serviços de natureza notadamente cooperativa, e por esse motivo o objeto descrito no contrato deve necessariamente não corresponder a atividades mercantis*. ex.: fundações e associações. são sociedades que, diferentemente das simples, exploram a sua atividade de modo empresarial, ou seja, exercem profissionalmente uma atividade econômica organizada para a esfera econômica através da produção e circulação de bens ou serviços. Comentado [GD70]: lembrando que ela possui sua constituição, alteração e extinção registradas em cartório de registro civil das pessoas jurídicas, enquanto a do tipo empresarial tem esses dados registrados na junta comercial, por se tratar de sociedade na qual prevalece a atividade comercial/empresarial. Comentado [GD71]: exceção: o art. 251 da lei 6404/76 (lei das SAs) contempla uma modalidade societária chamada de subsidiária integral) sociedade formada por uma única pessoa) que pode ser outra empresa. ex.: a transpetro é uma subsidiária integral da petróleo brasileiro s.a. (petrobrás) art. 981/cc celebram contrato de sociedade as pessoas que reciprocamente se obrigam a contribuir, com bens ou serviços, para o exercício de atividade econômica e a partilha, entre si, dos resultados. as sociedades adquirem personalidade jurídica com o arquivamento de seus atos constitutivos no registro público de empresas mercantis (junta comercial). • confere autonomia patrimonial: separa o patrimônio da sociedade do patrimônio dos sócios; • responsabilidade da sociedade: SEMPRE ILIMITADA art. 1024/cc os bens particulares dos sócios não podem ser executados por dívidas da sociedade, senão depois de executados os bens sociais. • responsabilidade pessoal dos sócios: sempre subsidiária – dependendo do modelo societário, os sócios podem responder de forma ilimitada ou limitada. no primeiro caso, os sócios respondem com seu patrimônio “automaticamente”, caso a dívida não seja solvida com o capital da sociedade, já no segundo caso, só é possível atingir o patrimônio particular dos sócios por meio de uma desconsideração da personalidade jurídica (art. 133-137, cpc); que consiste no afastamento da sociedade de forma temporária objetivando o contato com o patrimônio destes. o teoria maior: é possível a desconsideração da personalidade jurídica em situações de (i) confusão patrimonial entre o capital da sociedade com os dos sócios, (ii) quando o sócio exceder os limites do contrato social, em caso de má gestão ou outros motivos (art. 50, cc). Comentado [GD72]: [para túlio ascarelli] gera obrigações plurilaterais, na medida em que o interesse individual de cada contratante é convergente à realização de uma mesma finalidade; de acordo com o convencionado no contrato firmado entre as partes. Comentado [GD73]: tanto na LTDA como na S/A, os sócios devem contribuir sempre com bens móveis e imóveis, créditos ou qualquer coisa que seja passível de contribuição monetária. portanto, ambas não possuem sócio de serviço (pessoa que não contribui monetariamente com o capital social, mas contribui com o seu trabalho). Comentado [GD74]: não se confunde com as pessoas jurídicas, que não interessam ao direito empresarial (com exceção das sociedades empresárias e da EIRELI). o teoria menor: é possível pedir a desconsideração da personalidade jurídica quando a não desconsideração causar um obstáculo ao recebimento dos créditos pelos credores (art. 28, p.5, cdc). possuem personalidade jurídica, titularidade obrigacional, processual e patrimonial. • sociedade em nome coletivo = somente os sócios – estritamente pessoas físicas, não PJs*– podem administrar a sociedade; respondendo solidária e limitadamente pelas obrigações sociais*. • sociedade em comandita simples art. 1.045 na sociedade em comandita simples tomam parte sócios de duas categorias: os comanditados, pessoas físicas, responsáveis solidária e ilimitadamente pelas obrigações sociais; e os comanditários, obrigados somente pelo valor de sua quota. parágrafo único. o contrato deve discriminar os comanditados e os comanditários. • sociedade em comandita por ações = tem o capital dividido em ações, e não em quotas.