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classificado como direito privado especial, pois: 
• direito privado: ramo do direito que disciplina as relações entre os 
particulares, nas quais predomina o interesse de ordem privada; 
disciplina as relações entre pessoas físicas e jurídicas entre si. 
o especial (ramo): direito comercial. 
▪ justifica a aplicação subsidiária do direito civil (antes da 
unificação formal); mas há áreas do direito comercial sem 
paralelo geral no direito civil (como títulos de crédito). 
 
• código de hamurabi: contêm normas* que regulavam a atividade 
mercantil da época (porém sem configurar um sistema de normas que se 
possa denominar de direito comercial); 
• lex rhodia de jactu*: tratava de regulamentar o comércio 
internacional e os aspectos referentes às atividades marítimas; 
• nauticum foenus* (câmbio náutico): empréstimo a risco ou câmbio 
marítimo. embrião do seguro marítimo e terrestre; 
• os romanos criaram o sistema do ius gentium, que também teve caráter 
de internacionalidade e regulou o comércio internacional entre os 
romanos e os demais comerciantes da antiguidade. alguns institutos 
legados: 
o receptum nautarum: pacto para responsabilizar os capitães de 
navio e os estalajadeiros pelos danos ou furto das coisas por eles 
custodiadas (dig. 4, 9); 
o ação institória e exercitória: ação para responsabilizar os donos dos 
estabelecimentos comerciais pelos atos dos administradores 
(institores) (dig. 14, 1 e 14,3); 
o entrega dos bens do devedor insolvente aos credores pelo 
magistrado (embrião da falência). 
no entanto, o direito romano – mesmo nas normas particulares do 
comércio – não conhecera um sistema autônomo de direito comercial, 
apesar da dicotomia entre ius civile e honorarium. um sistema de 
direito comercial só começaria a nascer no contexto medievo. 
Comentado [GD1]: direito como produto/fato social; 
não se inventa e não nasce do arbítrio legislativo. 
Comentado [GD2]: 1. lembrando que não é o 
direito do comércio, pois não regula e nunca 
regulou todo o “comércio” e não corresponde a 
um específico setor do sistema econômico; 
 
2. não coincide com o direito de empresa (não é todo 
direito de empresa) e nem todas as empresas 
submetem-se ao direito comercial; 
 
3. não abrange todas as “empresas” – atividade 
agrícola), mas abrange atos que são praticados, talvez 
com muito mais frequência, por não empresários 
(títulos de crédito, por ex.); 
 
4. pode ser conceituado como o regime jurídico 
especial de direito privado que regula e 
disciplina as atividades econômicas e aqueles 
que as exercem do modo profissional. 
Comentado [GD3]: comércio e indústria. (economia de 
troca/economia de mercado – monetária) 
Comentado [GD4]: §§ 101 a 107 
Comentado [GD5]: “é a prática do alijamento de 
mercadorias quando, por excesso de carga ou outro 
motivo qualquer, a medida seja necessária para a 
salvação do restante das mercadorias ou do navio. o 
prejuízo causado ao dono das mercadorias lançadas ao 
mar, em proveito de todos, reparte-se entre todos, 
como é justo.” –eunápio borges 
Comentado [GD6]: “o nauticum foenus era um 
financiamento de expedições marítimas comerciais, em 
que capitalistas assumiam o risco de investir nas 
mesmas mediante a participação altamente vantajosa 
nas vendas das mercadorias trazidas ou a cobrança de 
juros elevados como compensação por eventuais 
prejuízos com o insucesso da empresa. a princípio, por 
mar, essa prática mercantil passou depois a ser 
também operada por terra.” – walter nascimento 
ª
• queda do império romano (sec. v) / domínio árabe (até séc. xi) do 
comércio entre o mediterrâneo oriental, ásia central e extremo oriente 
(rota da seda). surgimento dos termos bazar, magazine, armazém, 
caravana, alfândega, tarifa, tráfico, algodão e café; 
• aglutinação das classes humildes em torno dos senhores feudais (de 
início, busca pela segurança; após, união contra abusos destes); 
• formação das cidades (burgos) que voltam a se povoar e organizar 
em comunidades livres – novo sistema econômico precursor do 
capitalismo (da economia agrícola e fechada do feudalismo para a 
economia da riqueza mobiliária e urbana), a partir do séc. xi com a 
estabilização militar após queda do império e invasões germânicas; 
• movimento das cruzadas: por um lado, os cruzadistas tinham o 
interesse de expulsar os muçulmanos da terra santa. por outro, tinham 
visível interesse de buscar novas terras que pudessem atender a crescente 
demanda econômica da população europeia. os saques promovidos no 
oriente permitiram que uma expressiva quantidade de moedas 
adentrasse a economia feudal. com isso, os comerciantes tiveram 
condições para criar companhias de comércio que transitavam entre o 
ocidente e o oriente. rotas comerciais permitiram o desenvolvimento das 
cidades ocidentais e a aproximação dos saberes das civilizações europeia, 
muçulmana e bizantina. os senhores feudais, interessados pelas 
mercadorias que vinham do mundo oriental, reorganizaram o modelo de 
produção de suas terras buscando excedentes que pudessem sustentar 
esse novo padrão de consumo. além disso, a estrutura rígida do sistema 
servil cedeu espaço para o arrendamento de terras e a saída de servos 
atraídos pelo novo modo de vida existente nos espaços urbanos 
revitalizados. assim, o feudalismo dava os primeiros indícios de sua crise. 
consequências: 
o abertura do comércio com o mediterrâneo: o comércio na 
região havia sido impedido pela expansão dos muçulmanos; 
o enfraquecimento da nobreza europeia: muitos nobres 
perderam terras e servos durante as cruzadas; 
o fortalecimento da burguesia: com novas rotas comerciais 
criadas, a classe burguesa se fortaleceu; 
o intensificação da crise do feudalismo: com o enfraquecimento 
da nobreza e fortalecimento da burguesia, o feudalismo se 
encaminha para o seu fim; 
o renascimento das cidades: com o fortalecimento do comércio e 
da burguesia, as cidades começam a renascer. 
• surgimento das corporações de ofício (séc. xii): em razão da 
descentralização política, cada centro urbano tinha seus usos, costumes e 
práticas mercantis (subjetivismo explícito). com isso, surgiram 
associações para regulamentar as profissões e o processo produtivo 
artesanal nas cidades, formada por pessoas qualificadas para trabalhar 
numa determinada função, que se uniam a fim de se defenderem e de 
negociarem de forma mais eficiente. essas unidades de produção 
artesanal eram marcadas pela hierarquia (mestres, oficiais e aprendizes) 
e pelo controle da técnica de produção das mercadorias pelo produtor. as 
corporações de ofício tinham seus próprios “códigos” (estatutos) e 
“tribunais” (juízo consular*), aos quais apenas os seus membros se 
submetiam (caráter subjetivista / corporativista). o direito comercial 
medievo foi feito pelos comerciantes e para os comerciantes. 
• lex mercatoria (ou lei mercantil): sistema jurídico desenvolvido 
pelos comerciantes da europa medieval e que se aplicou aos comerciantes 
e marinheiros de todos os países do mundo até o século xvii. não era 
imposta por uma autoridade central, mas evoluiu a partir do uso e do 
costume, à medida que os próprios mercadores criavam princípios e 
regras para regular suas transações. este conjunto de regras era comum 
aos comerciantes europeus, com algumas diferenças locais. suas fontes 
eram: 
o costumes nascidos das práticas comerciais; 
o estatutos das corporações (direito ágil e vivo, que incorporava os 
costumes dos comerciantes já sedimentados); 
o decisões consulares (cônsules: embrião dos tribunais de comércio), 
que se baseavam numa justiça sem formalidades (sine strepitu et 
figura judicii*) e de acordo com a equidade (ex bono et aequo*); 
desenvolveu-se como um corpo de lei integrado que foi voluntariamente 
produzido, incorporado e aplicado de forma livre, aliviando o atrito 
decorrente das diversas origens e tradições locais dos participantes. 
devido ao contexto internacional, a lei estatal local nem sempre era 
aplicável e a lei comercial forneceu uma estruturaart. 282/lei nº 6.404/76 (lei das SAs) 
apenas o sócio ou acionista tem qualidade para 
administrar ou gerir a sociedade, e, como diretor ou 
gerente, responde, subsidiária mas ilimitada e 
solidariamente, pelas obrigações da sociedade. 
 
• sociedade limitada (LTDA) = a responsabilidade de cada sócio é 
restrita ao valor de suas quotas/ações subscritas, mas todos respondem 
solidariamente pela integralização do capital social. 
Comentado [GD75]: ou seja, na hipótese de haver 
credores p/ pagar, é atingido diretamente o patrimônio 
dos sócios sem a necessidade de se desconsiderar a 
personalidade jurídica em decorrência da 
responsabilidade solidária e ilimitada constada aqui. 
Comentado [GD76]: conceito usado no campo do 
comércio para nomear uma sociedade que se estabelece 
de maneira grupal, na qual os sócios têm diferentes 
responsabilidades. 
Comentado [GD77]: ex.: dois sócios montam uma 
empresa cujo capital social integralizado é de $200k: 
um deles contribui com $100k e o outro com $50k; 
cabendo a este último solver o restante. até então, o 
capital social real da empresa é de $150k. num dia, os 
sócios solicitam um empréstimo ao banco de $200k; 
gastam o dinheiro e não pagam o banco: de quem o 
banco cobraria então os $50k que faltam? simples: de 
qualquer um dos sócios – pagantes solvidos ou não – 
pois a responsabilidade é solidária e todos respondem 
igualmente pela integralização do capital social. 
• sociedade anônima (SA) = seus acionistas respondem limitadamente 
ao preço de emissão das ações adquiridas*. 
 
 
cc cc + lei nº 6404/76 
firma ou 
denominação 
só denominação 
empresária ou não 
empresária 
só empresária – aberta, fechada 
ou de capital autorizado 
contrato social estatuto social 
quotas iguais ou 
não 
ações (podendo ser ordinárias, 
preferenciais ou de fruição) e 
outros valores imobiliários 
pode, total ou 
parcialmente, a 
qualquer sócio sem 
anuência dos 
demais, ou para 
terceiro (se não 
houver oposição de 
¼ do capital) 
livre 
só quando estiver 
totalmente 
integralizado 
após integralização de ¾ (75%) 
se estiver 
totalmente 
integralizado, 
sofrer perdas 
irreparáveis ou se 
o capital se tornar 
excessivo 
se sofrer perdas irreparáveis ou 
se o capital se tornar excessivo 
sócio: se eleito no 
contrato social, o 
adm precisa ter 
aprovação de no 
mínimo ¾ do 
capital social; 
acionista ou não acionista 
(mandato de 3 anos); ou por 
conselho de administração 
(órgão facultativo, exceto se a SA 
for aberta, de economia mista ou 
cap. autorizado) 
Comentado [GD78]: reaproveitando o exemplo acima: 
a dívida do banco seria solvida com o patrimônio do 
sócio que devia os $50k, e não ao sócio que “quitou” sua 
parte no capital. 
Comentado [GD79]: registro feito na junta comercial. 
Comentado [GD80]: ex.: associações, cooperativas, 
atividades artísticas e etc. registro feito no RCPJ. 
Comentado [GD81]: comercializa suas ações no balcão 
ou na bolsa de valores, sendo tutelada pela CVM 
(comissão de valores mobiliários). quem compra essas 
ações se torna acionista. ex.: petrobras e banco do 
brasil. 
Comentado [GD82]: ações restritas e não 
comercializáveis. ex.: odebrecht, csn. 
Comentado [GD83]: aquela que prevê em seu estatuto 
a possibilidade de aumento do capital social. ex.: tenho 
uma empresa com capital social de $2 milhões com 
previsão de aumento para $8 milhões, portanto tenho 
$6 milhões de capital autorizado. 
Comentado [GD84]: ações ordinárias são aquelas que 
conferem direitos e obrigações de maneira igualitária a 
todos os tipos de acionistas; como o direito de 
fiscalização, direito de recebimento de dividendos, 
direito de voto e etc. 
Comentado [GD85]: tende a “preferir” um grupo de 
acionistas em detrimento de outros; por ex.: restringir o 
direito de voto a um grupo específico. 
Comentado [GD86]: ex.: debêntures (direito eventual 
de crédito). 
senão: mais da 
metade. 
não sócio: no 
caso do capital 
estiver totalmente 
integralizado, é 
necessário uma 
aprovação de no 
mínimo 2/3 do 
capital. caso não 
esteja, é necessário 
ter aprovação em 
unanimidade dos 
sócios. 
facultativo obrigatório 
reunião (se tiver 
até 10 sócios) ou 
assembleia (11 
sócios ou mais) 
com no mínimo ¾ 
do capital na 
primeira 
convocação ou 
qualquer número 
na segunda 
convocação. 
assembleia geral 
(ordinária/extraordinária) 
total: fim do prazo 
determinado ou 
por vontade do 
sócio 
parcial: direito de 
retirada, exclusão 
ou morte 
total: fim do prazo determinado 
parcial: exclusão, morte, direito 
de retirada (só se alterou objeto, 
reduziu dividendo obrigatório ou 
acarretou na transformação da 
sociedade). 
verificar o contrato 
social sobre o 
ingresso ou não 
dos herdeiros. se 
omisso, a decisão 
será em favor do 
falecido 
substituição automática do 
acionista falecido pelos herdeiros 
 
Comentado [GD87]: também chamada de AGO, é 
realizada ao menos 1x ao ano para a aprovação e 
escrituração do balanço patrimonial para fins de 
publicação. 
Comentado [GD88]: também chamada de AGE, é 
utilizada para fins esporádicos, como propor o aumento 
ou diminuição do capital social, inserção de novos 
acionistas e etc. 
Comentado [GD89]: a responsabilidade do sócio 
excluído ou que se retirou permanece consignada por 
dois anos após o arquivamento de retirada ou exclusão 
na junta comercial. 
não possuem personalidade jurídica, ou seja, não possuem autonomia nem 
separação patrimonial. a confusão patrimonial entre os sócios e a sociedade, 
nesses casos, é recorrente. 
• sociedade em comum* = enquanto não forem inscritos os atos 
constitutivos da sociedade, ela será regida pelas normas da sociedade em 
comum, exceto se for uma SA em processo de organização. 
 
art. 988/cc 
os bens e dívidas sociais constituem patrimônio especial, 
do qual os sócios são titulares em comum. 
 
art. 990/cc 
todos os sócios respondem solidária e 
ilimitadamente pelas obrigações sociais*, excluído do 
benefício de ordem, previsto no art. 1.024, aquele que 
contratou pela sociedade*. 
 
• sociedade em conta de participação: é aquela formada por dois 
grupos de sócios (ostensivo [ilimitada] e ocultos/participantes [limitada]) 
cuja atividade é exercida exclusivamente pelo sócio ostensivo. não é 
passível de registro na junta. 
 
art. 992/cc 
a constituição da sociedade em conta de participação 
independe de qualquer formalidade e pode provar-se 
por todos os meios de direito. 
 
art. 993/cc 
o contrato social produz efeito somente entre os sócios, e 
a eventual inscrição de seu instrumento em qualquer 
registro não confere personalidade jurídica à sociedade. 
parágrafo único. sem prejuízo do direito de fiscalizar a 
gestão dos negócios sociais, o sócio participante não 
Comentado [GD90]: também chamada de sociedade 
irregular ou de fato, pois muito embora a sociedade 
possa ter um contrato social efetivo, ele não foi 
efetivado na junta; o que não lhe confere validade e 
regularidade à atividade empresária. 
Comentado [GD91]: mesmo não tendo autonomia e 
separação patrimonial, o patrimônio da sociedade 
continua sendo especial e ilimitado; primeiro esgota 
ilimitadamente o patrimônio da sociedade; depois 
(ilimitadamente ou não) o dos sócios. 
Comentado [GD92]: ou seja, se eu constituo uma 
sociedade em comum, eu já sei que minha 
responsabilidade enquanto sócia é ilimitada. 
Comentado [GD93]: ex.: se eu contratei em nome da 
sociedade, o banco pode ir direto no meu patrimônio 
particular sem precisar perder tempo esgotando o 
patrimônio da sociedade. 
Comentado [GD94]: aquele a quem incumbe a gestão 
da sociedade, que pratica todos os atos necessários ao 
seu desenvolvimento; deve prestar contas perante os 
demais sócios. 
Comentado [GD95]: costuma aportar dinheiro e 
receber os lucros (como se fosse uma sociedade de 
investimento). 
Comentado [GD96]: ex.: documentos, atas notariais, 
testemunhas e etc. 
pode tomar parte nas relações do sócio 
ostensivo com terceiros, sob pena de responder 
solidariamentecom este pelas obrigações em 
que intervier. 
 
art. 994. 
a contribuição do sócio participante constitui, com a do 
sócio ostensivo, patrimônio especial, objeto da conta de 
participação relativa aos negócios sociais. 
• sociedade ≠ estabelecimento ≠ empresa 
• sociedade ≠ comunhão/condomínio 
• sociedade ≠ associação: o que distingue ambos é produção e a 
partilha de lucros. uma sociedade é composta por um grupo de pessoas 
que tem por objetivo um fim em comum, sendo uma atividade comercial 
ou empresarial com fins lucrativos. já uma associação e uma fundação 
trabalham para um bem social comum e não possuem a finalidade de 
gerar lucro. 
 
1. partes – negócio jurídico: agente capaz ou incapaz (com ressalvas); 
entre cônjuges (desde que não tenham casado no regime da comunhão 
universal de bens ou no da separação obrigatória); PJs. 
2. contribuição dos sócios para o capital social (ou, melhor dizendo, 
para o patrimônio social): dinheiro – expresso em moeda corrente ou 
bens suscetíveis de avaliação pecuniária – bens corpóreos/incorpóreos ou 
títulos de crédito. 
3. atividade (ou empresa, nas empresárias) (escopo meio). 
4. finalidade (escopo fim). 
5. instrumento do contrato social: forma escrita e registro no registro 
competente – pressupostos para a aquisição da personalidade jurídica. 
Comentado [GD97]: empresário é o gênero, do qual 
empresário individual e sociedade empresária 
(empresário coletivo) são espécies. 
Comentado [GD98]: estabelecimento empresarial é o 
conjunto de bens* dispostos de maneira organizada, que 
dá sustentáculo à atividade econômica desenvolvida 
pelo empresário, de modo a possibilitar o contato dos 
clientes com o serviço ou produto oferecido o que, 
consequentemente, derivará o lucro diante desse 
contato. 
 
* compreende-se como bens corpóreos, por exemplo, a 
sede da empresa, terrenos, máquinas, matérias-primas 
etc. e como bens incorpóreos, por exemplo, o nome 
empresarial, a marca, a patente etc. 
Comentado [GD99]: empresa: conceito econômico 
(organização dos fatores da produção) subjetivo, 
funcional, patrimonial e corporativo. 
Comentado [GD100]: condomínio empresarial é um 
conjunto de pequenas e médias empresas localizadas 
em uma mesma área e organizadas de forma contratual; 
que arcam com o custo de manter toda uma estrutura de 
maneira colaborativa e com todos os recursos 
necessários. 
Comentado [GD101]: contrato plurilateral, associativo 
e de organização. 
Comentado [GD102]: atividade = prática coordenada 
de atos (atos e negócios jurídicos, e atos materiais), 
imputáveis a uma mesma pessoa e organizados em vista 
de um objetivo comum. 
 
atividade é fato, que se prova: (i) no empresário 
individual, pela demonstração dos vários atos que a 
compõem; e (ii) na sociedade, pela demonstração de um 
ato dentre aqueles do seu objeto social. 
 
• não há sociedade de um ato só; 
• precisa ser uma atividade específica (um ou mais 
negócios determinados).nivelada para realizar 
transações, reduzindo a preliminar de uma segunda parte confiável. 
enfatizou a liberdade contratual e a inalienabilidade da propriedade, 
evitando tecnicismos legais e decidindo casos através do princípio ex 
bono et aequo. de início era aplicada apenas os comerciantes 
matriculados; posteriormente estendeu-se aos casos entre comerciantes e 
não comerciantes (como autores ou réus). é válido ressaltar que 
considerava-se comerciante qualquer um que agia em juízo em razão de 
um negócio mercantil. características: 
o direito profissional (corporativo, de classe); 
Comentado [GD7]: no sistema feudal os senhores 
exerciam funções do estado - o que causava 
fragmentações -, então veio à necessidade de uma 
regulamentação generalizada, fazendo também nascer a 
figura dos cônsules que eram os juízes eleitos pelos 
comerciantes para decidir conflitos comerciais. 
Comentado [GD8]: “sem forma nem figura de juízo” 
significa um procedimento oral, informal, simples e 
célere, com sentença ditada na própria audiência, sem 
qualquer recurso; e, também, com execução imediata, 
no próprio processo. 
Comentado [GD9]: “conforme o correto e válido” é 
utilizado quando as partes optam por conferir aos 
árbitros o poder de decidir o conflito, com base em seu 
leal saber e entender. assim, a questão é resolvida 
conforme o senso de justiça dos árbitros, que pode, 
inclusive, vir a ser contrário ao disposto na legislação 
aplicável. 
o consuetudinário; 
o urbano e mobiliário; 
o internacional (feiras livres e ligas dos comerciantes); 
o racional. 
 
• compilações 
o de costumes (consuetudines de gênova [1056]; constitutum usus de 
pisa [1161], liber consuetudinem de milão [1216]); 
o de decisões consulares (do tribunal da rota de gênova, o capitulare 
nauticum de veneza [1255]); 
o de direito marítimo (consolato del mare de barcelona, séc. xi). 
• sistematizações científicas – inicialmente por juristas italianos (sécs. 
xvi e xvii – primeira obra de d. comercial: tractatus de mercatura seu 
mercatore, de benvenuto stracca, veneza [1553]). outros nomes: 
sigismondo scaccia; rafaele de turri; francesco rocco; ansaldo de ansaldi; 
giovanni batista de luca; giusepe maria lorenzo di casaregis – criadores 
da ciência do direito comercial. 
• principais institutos: matrícula do comerciante (embrião do registro 
do comércio), firma ou razão social, capacidade ampliada dos menores, 
casa comercial e filiais, marca comercial privada (corporação certificava a 
qualidade), escrituração mercantil (com destaque ao frei luca pacioli 
[1445-1517]*), bancos, falência e crime falimentar (crime de bancarrota), 
letra de câmbio, seguros e sociedades comerciais (nome coletivo e 
comandita simples). 
 
ª
• a partir do séc. xvi a atividade comercial desloca-se para centros na 
frança, bélgica, holanda e inglaterra; 
o surgimento dos grandes bancos da itália, holanda e inglaterra nos 
sécs. xvi e xvii; 
• fortalecimento do poder central dos soberanos – formação dos 
estados nacionais; 
• expansão colonialista e o surgimento das companhias 
colonizadoras – “verdadeiros estados dentro do estado”; 
• transformações: (i) de direito universal passa a direito nacional; e (ii) 
de direito de classe, criado e julgado pelas corporações, passa a 
direito estatal, criado e julgado pelo estado (embora os tribunais 
Comentado [GD10]: é considerado o pai da 
contabilidade moderna por conta de seu pioneirismo no 
método das partidas dobradas, que consiste num 
sistema padronizado de escrituração usado em 
empresas e outras organizações para registrar 
transações financeiras. 
do comércio fossem formados por comerciantes, estes passam a ser 
indicados pelo rei, investidos de soberania); apesar disso, as leis 
comerciais, promulgadas pelo estado, são baseadas na lex mercatoria: o 
navigation act, de cromwell (1651), ordonnance sur le commerce de 
terre ou código savary de 1673 (jacques savary foi comerciante que se 
destacou na comissão elaboradora), e ordonnance sur le commerce de 
mer de 1681 (superior à primeira); e, ao ser aplicado pelo estado, acaba 
por influenciar o direito comum. 
• principais institutos: 
o constituição da companhia das índias orientais (1602) e da 
companhia das índias ocidentais holandesas, embrião das 
modernas sociedades anônimas (maurício de nassau, brasil; 
bolsa de amsterdam); 
o patentes de invenção (inglaterra, statute of monopolies, 1624) – 
política mercantilista do estado coincidia com as aspirações da 
burguesia – o direito comercial como ramo do “direito público”; 
o mobilização do crédito – letra de câmbio se aperfeiçoa e ganha 
autonomia. 
 
em razão do monopólio estatal da jurisdição, o direito comercial deixa de ser 
um direito consuetudinário e passa a ser um direito posto e aplicado pelo 
estado. há uma divisão clara do direito privado (civil x comercial), e a teoria 
dos atos de comércio passa a orientar a aplicação das regras mercantis. o 
direito comercial perde seu caráter subjetivista/corporativista). 
 
ª
• teoria dos atos do comércio: enfraquecimento do subjetivismo 
explicito e consequente necessidade de um direito comercial que não 
fosse restrito. logo, o direito comercial deixa de ser o direito dos 
comerciantes (caráter subjetivo) para ser o direito dos atos de comércio 
(caráter objetivo) – ou a menos essa foi a intenção (que, ao que pareça, 
nunca foi plenamente alcançada) 
o antecedentes: 
▪ individualismo na economia (revolução industrial: o mais 
importante movimento de transformação social de todos os 
tempos; novo modo de produção: com a expropriação dos 
antigos produtores, tal movimento desenvolveu-se graças aos 
institutos de direito comercial – títulos de crédito e valores 
mobiliários, sociedades mercantis, seguros e bancos); 
▪ liberalismo na política (revolução francesa: negação dos 
privilégios de classe e abolição das corporações pela lei le 
chapelier* (1791); introdução da disciplina das invenções 
industriais (1791) e das marcas (1803); 
▪ divisão da burguesia proprietária e da mercantil; 
• jean-baptiste colbert (1619-1683) produziu duas ordenações, sendo elas o 
code savary (que regulava o comércio terrestre) e outra elaborada em 
1762 por boutigny, para regular o comércio marítimo. esses documentos 
serviram como base para o código comercial francês ou code napoleon de 
1807 – que foi o mais importante documento da fase objetiva. os “atos de 
comércio” desse código atribuíam qualidade mercantil descrevendo o que 
era comércio e não mais quem exercia o comércio. com a definição do que 
era matéria comercial, a competência dos cônsules foi delimitada; 
o código comercial francês (1807): para se qualificar como 
comerciante e submeter-se ao direito comercial, deixou de ser 
necessário à pessoa que se dedica a exploração de uma atividade 
econômica pertencer a uma corporação, bastando a prática habitual 
de atos de comércio. o direito comercial passa então a ser baseado 
na prática de atos de comércio enumerados na lei segundo critérios 
históricos, deixando de ser aplicado somente aos comerciantes 
matriculados nas corporações. 
nas palavras do prof. adamek: “o código é virtuoso (cristalizou 
usos) e, ao mesmo tempo, defeituoso (ao fazê-lo, já nasceu 
envelhecido)”*; 
ccom fr. 1807 - art. 1° 
“são comerciantes aqueles que exercem atos de comércio e 
disso fazem a sua profissão habitual” – ideia de atividade já 
introjetada. 
✓ o ato de comércio é mercantil, independentemente de quem o 
pratica, seja comerciante ou não. estabelece-se, assim, o 
princípio da livre iniciativa: se todos são iguais perante a lei, 
não interessam distinções subjetivas; 
✓ os atos de comércio – por natureza, por conexão (ou 
acessórios) e por força da lei – não eliminou o aspecto 
subjetivo e já se referia à noção de atividade. 
 
adotaram o sistema objetivo: 
o código comercial alemão (1861); 
Comentado [GD11]: proibia os sindicatos, as greves e 
as manifestações dos trabalhadores. alegando a defesa 
da "livre empresa"e da iniciativa privada, as penas a 
aplicar aos sindicalistas podiam ir desde avultadas 
quantias em dinheiro e privação de direitos de cidadania 
até à pena de morte (artº 7 e 8). 
 
Comentado [GD12]: na enumeração realizada nos 
artigos 632 e 633 do código francês, o legislador 
considerou de natureza comercial os atos que eram 
tradicionalmente realizados pelos comerciantes na sua 
atividade, não sendo possível identificar nessa 
enumeração legal qualquer critério científico para 
definir quando um ato é ou não de comércio. ao 
enumerar os atos de comércio, o legislador 
baseou-se em fatores históricos, sendo esse o 
grande problema da teoria francesa, que se 
mostrou bastante limitada diante da rápida 
evolução das atividades econômicas, tornando-
se uma teoria ultrapassada por não identificar 
com precisão a matéria comercial, já que não foi 
possível a identificação de um elemento de 
ligação entre os atos de comércio previstos na 
lei. 
 
as atividades econômicas que tradicionalmente não 
eram desenvolvidas pelos comerciantes, como a 
atividade imobiliária, a prestação de serviços em geral e 
a atividade agrícola, foram afastadas do regime 
comercial. a ausência de um critério científico na 
separação das atividades econômicas em civis e 
comerciais e a exclusão de importantes atividades do 
regime comercial em razão do seu gênero, constituíram 
os principais fatores para o desprestígio da teoria 
francesa, contribuindo para a sua superação. 
 
o código comercial espanhol (1829 + o atual em vigor desde 
1885) 
o código comercial italiano (1882); 
o código comercial brasileiro (1850). 
 
ª
surgindo a necessidade de um direito dinâmico, inicia-se a fase do direito 
comercial (denominado de teoria da empresa), que teve surgimento na itália e 
possui caráter subjetivista, não se preocupando com o gênero da 
atividade econômica e sim com quem exerce a atividade. a teoria da 
empresa substitui a teoria dos atos do comércio adotada pelo código comercial 
de 1850*. de acordo com a teoria, empresa é uma atividade economicamente 
organizada, voltada à produção ou circulação de produtos ou serviços, com o 
fim de lucro. empresário, a seu turno, é o sujeito que realiza a empresa. 
• código civil italiano de 1942: tentativa de unificação formal do 
direito privado com o direito trabalhista*, bem como o estabelecimento 
de um novo critério para delimitar o regime jurídico disciplinador do 
mercado: a teoria da empresa. surge então o direito empresarial, que 
agora regula não apenas os atos de comércio, mas toda e qualquer 
atividade econômica organizada. antecedentes dessa ideia: 
o razões da unificação na itália: 
▪ ideológica: o fascismo não admitia dois códigos “de classe”; 
▪ político-econômica: “capitalização” da itália – levando ainda à 
depreciação dos usos comerciais – o estado como única fonte 
legislativa. 
o substituição do comerciante pelo empresário (empresa como 
centro do direito comercial): 
▪ acentuar o aspecto socialmente útil da atividade mercantil, 
mais que o aspecto especulativo, apresentando a empresa 
como um “serviço social”; 
▪ identificar, juridicamente, o empresário (como produtor, 
principalmente), para controlá-lo, submetendo-o às leis 
fascistas (arts. 2088 a 2091 do cc it); 
▪ superação da radical separação entre industriais, 
comerciantes, artesões e produtores rurais. 
 
 
Comentado [GD13]: ao contrário da teoria dos atos do 
comércio, a teoria da empresa não adota um rol 
exaustivo de atos e atividades para serem utilizados 
como critérios de qualificação do empresário. 
 
segundo alberto asquini, a empresa seria um fenômeno 
econômico poliédrico, com os seguintes perfis: 
 
a) perfil subjetivo, considerando a empresa como sendo 
um sujeito empresário; 
 
b) perfil funcional, considerando a empresa como uma 
atividade economicamente organizada, destinada à 
produção ou circulação de produtos ou serviços com o 
fim de lucro; 
 
c) perfil objetivo ou patrimonial, considerando a 
empresa com um conjunto de bens organizados ao 
exercício da atividade empresarial (ou seja, o 
estabelecimento); e 
 
e) perfil corporativo, considerando a empresa como 
uma corporação reunida para alcançar um fim 
econômico comum. 
 
apesar desses perfis, de acordo com a teoria da empresa, 
adotada pelo código civil brasileiro, empresa deve ser 
considerada uma atividade econômica exercida por um 
sujeito de direito denominado empresário. 
Comentado [GD14]: apesar da unificação legislativa do 
direito privado, o direito comercial não perdeu sua 
autonomia, apenas o centro das relações comerciais que 
passou do comerciante para a empresa. 
 
• a revolução comercial do século xiv e a prematura ascensão burguesa; 
• as expedições marítimas como grandes empreendimentos mercantis; 
• a índole comercial da colonização portuguesa no brasil; 
• a decadência econômica portuguesa, logo após os grandes 
descobrimentos: 
o mercantilismo e pacto colonial: companhias de comércio 
monopolistas; a exploração do ouro e dos diamantes nas minas 
gerais; 
o anti-industrialismo na metrópole e nas colônias: tratado de 
methuen (1703)* e o alvará de 1785*. 
 
• antes da vinda da família real portuguesa para o brasil: atividade restrita; 
aplicação da legislação portuguesa para solução de conflitos; 
• 1808 – chegada da família real portuguesa ao brasil; 
o no mesmo ano entra em vigor a lei de abertura de portos (ou 
“alvará de 1° de abril”); 
o surgimento de instituições próprias de comércio (real junta do 
comércio, agricultura, fábricas e navegação): esforço em adequar a 
estrutura administrativa colonial às novas necessidades; 
• 1822 – independência; 
• lei imperial de 1823 determinando a aplicação do direito português. 
alguns códigos aplicados: ordenações filipinas (que vigeu em matéria civil 
até 1916) e a lei da boa razão*; 
o com a independência e a constituição imperial, outorgada em 1824, 
as numerosas disposições das ordenações filipinas se tornaram 
obsoletas ou contrárias à ordem pública, criando um clima de 
confusão completa. a cf/1824 determinou então que se elaborasse, 
com urgência, um código civil e um criminal (art. 179, xviii); porém 
sem alusões a um código comercial. 
• lei de terras de 1850; 
Comentado [GD15]: também conhecido como tratado 
de panos e vinhos, foi assinado em 27 de dezembro de 
1703. essencialmente, este regulamentou as relações 
comerciais entre portugal e inglaterra, no que tange o 
comércio, justamente, de panos (por parte dos ingleses) 
e vinhos (por parte dos portugueses). 
 
de acordo com os termos ali estabelecidos, tecidos de 
origem bretã estariam novamente habilitados a entrar 
no mercado português – o que havia sido proibido na 
segunda metade do século xvii. por sua vez, vinhos 
lusitanos passariam a ter vantagens fiscais no mercado 
inglês, especialmente frente aos seus maiores 
concorrentes nesse ramo, os franceses. 
Comentado [GD16]: o alvará de 1785 foi uma lei de 5 
de janeiro desse ano que proibia as indústrias no brasil. 
 
durante o período colonial, apenas uma pequena 
indústria para consumo interno era permitida, devido às 
distâncias entre a metrópole e a colônia, e eram, 
principalmente, as manufaturas têxteis e a do ferro, 
abrindo assim uma concorrência ao comércio do reino e 
poderiam tornar a colônia independente 
financeiramente, adquirindo também a possibilidade da 
independência política. assim, em 5 de janeiro de 1785, 
d. maria i assinou um alvará, extinguindo todas as 
manufaturas têxteis da colônia, exceto a dos panos 
grossos para uso dos escravos e trabalhadores. 
Comentado [GD17]: permitia a aplicação de leis 
externas (como as da espanha e frança) em caso de 
lacunas. 
• código comercial de 1850: inspirou-se na codificação napoleônica e 
adotou a teoria dos atos de comércio, os quais foram elencados no 
regulamento 737; regulamentou as atividades comerciais e a 
profissão de comerciante, bem como estabeleceu garantias 
para a realização das operações comerciais e instituiu um 
aparato burocráticoexclusivo para as causas mercantis, como 
os tribunais e juízos comerciais. 
o representava os interesses da classe mercantil e sua aprovação 
revela as articulações entre as instituições estatais e uma burguesia 
em formação, que ganhava espaço e possibilidade de participação 
em alguns processos decisórios do governo; 
o o código regulamentou ainda as praças de comércio, definindo-as 
não só como o local, mas também a reunião dos comerciantes. 
ficavam definidos quais eram os “agentes auxiliares do comércio”, 
sujeitos às leis comerciais: corretores, guarda-livros e caixeiros, 
administradores de armazéns e etc. ficavam estabelecidas as 
garantias legais a serem oferecidas para as operações comerciais, 
tendo sido regulados instrumentos como hipotecas, penhor 
mercantil, contratos, juros, fianças e cartas de crédito, definidos os 
diferentes tipos de companhias e sociedades comerciais, notas 
promissórias e créditos mercantis, o comércio marítimo e falências. 
• dec. n° 434/1891 (lei acionária até 1940, substituída pelo dl n° 
2.627/1940): consolida as disposições legislativas e regulamentares sobre 
as sociedades anônimas; 
• dec. n° 916/1890 (registro mercantil); 
• dec. n° 917/1890 (lei falimentar); 
• dec. n° 1.102/1903 – ainda em vigor: institui regras para o 
estabelecimento de empresas de armazéns gerais, determinando os 
direitos e obrigações destas; 
• lei n° 2.044/1908 (lei saraiva): define a letra de câmbio* e a nota 
promissória e regula as operações cambiais. 
• o código civil de 1916 incorporou muitas regras que o direito comercial 
de outros países já havia estabelecido para as obrigações mercantis (o 
fenômeno da “comercialização” do direito civil); 
• o código civil de 2002, por sua vez, inspirou-se na codificação italiana de 
1942 e adotou a teoria subjetivista da empresa*, definindo o empresário 
em seu art. 966. tal código resulta da parcial unificação formal do direito 
privado, porém sem esquecer que a segunda parte (comercio marítimo) 
do código de 1850 não foi revogada. 
Comentado [GD18]: a letra de câmbio ou letra 
comercial é um título emitido por instituições 
financeiras que representa uma ordem de pagamento. 
Comentado [GD19]: algumas leis da década de 1990 
(como o código de defesa do consumidor, a lei das 
locações e a lei do registro de comércio) já se 
orientavam por essa nova teoria. 
• fontes materiais: as fontes materiais do direito empresarial são os 
fatos econômicos. tais fatos, geralmente encadeados, compõem uma 
malha complexa de fatores que, combinados, formam as mais variadas 
feições mercadológicas. nesse caso, o estudo dos fatos econômicos e dos 
seus efeitos revela-se fundamental para a compreensão adequada dos 
sentidos e dos alcances das normas que compõem o direito empresarial. 
este estudo compreende, inclusive, a economia de mercado. 
• fontes formais (primárias e diretas): constituição federal 
(princípios reitores da ordem econômica; liberdade de associação etc) e 
leis infraconstitucionais*; 
• fontes secundárias (subsidiárias ou indiretas): usos e costumes, 
além nas normas de direito civil* – principalmente as que tratam das 
obrigações e negócios jurídicos. os usos e os costumes representam 
referências essenciais para a interpretação de inúmeras questões que 
envolvem o direito empresarial, sobretudo no âmbito do agronegócio. 
isso decorre do fato de que o estado nem sempre regula determinadas 
atividades ligadas à empresa. nesses casos, a despeito da ausência 
eventual de uma lei expressa, muitos conflitos empresariais 
poderão ser superados pela utilização dos usos e costumes 
(opinio juris sive necessitatis). 
 
• cosmopolitismo: o direito empresarial é cosmopolita e o seu 
cosmopolitismo decorre da sua transcendência sobre os limites 
territoriais dos estados; 
• fragmentariedade: característica das disciplinas que são subdivididas 
em ramos. são ramos distintos do direito empresarial: o direito 
societário, o direito falimentar, o direito cambial, entre outros*; 
• informalismo e simplicidade: a atividade empresarial é 
essencialmente informal. essa informalidade é uma necessidade para a 
dinâmica das relações empresariais. os entraves burocráticos – sobretudo 
pelo excesso de regulamentação normativa – representam fatores 
impeditivos ao desenvolvimento célere das atividades econômicas; 
• elasticidade (ou flexibilidade): decorre do dinamismo do mercado, 
que não admite parâmetros rígidos e inflexíveis. assim, o direito 
empresarial deve ser flexível para se adaptar as particularidades dos 
casos concretos; 
Comentado [GD20]: merecem destaque o código civil 
de 2002 (arts. 966 e seguintes) e a segunda parte do 
código comercial de 1850; além de inúmeras leis 
especiais que regulam a atividade empresarial (e.g. lei 
8934/94, 9279/96, 6404/76 etc.) 
Comentado [GD21]: importância no sistema do ccom: 
sociedade (art. 291) e outros casos tinham precedência 
em relação à lei civil. 
Comentado [GD22]: conexões com outros ramos: 
 
1. direito constitucional (princípios da ordem econômica 
etc.); 
2. direito administrativo (estatais em geral, agências 
reguladoras, processos sancionadores etc.); 
3. direito tributário (regimes tributários, operações 
societárias, responsabilidades etc.); 
4. direito econômico (regulação, sistema financeiro 
etc.); 
5. direito do trabalho (cogestão, colaboradores internos 
e externos etc.); 
6. direito do consumidor (ccom, art. 191, fronteiras, 
responsabilidade da empresa, condições gerais etc.); 
7. direito processual (processo empresarial). 
• onerosidade: característica que advém da própria natureza da 
empresa, que objetiva o lucro; 
• uniformização: lug, uncitral (comissão das nações unidas para o 
direito comercial internacional – órgão auxiliar da assembleia geral da 
onu), unidroit (instituto internacional para unificação do direito 
privado), icc, banco mundial, etc. 
 
resumidamente, a história do direito comercial é marcada pelos costumes de 
cada fase, dispensando por vezes o formalismo e levando mais em 
consideração as reais práticas utilizadas pela sociedade. o direito de comércio 
no brasil é a única matéria que usa costumes como fonte, deixando ainda mais 
evidenciado que cada mudança e cada evolução da humanidade reflete 
diretamente no direito comercial. 
 
 
• codigo civil suíço de 1907 (ou zivilgesetzbuch): o direito comercial é 
integrado ao direito das obrigações. é o exemplo das sociedades 
comerciais, disciplina do nome empresarial e títulos de crédito; 
• teixeira de freitas: 
o “não se pode separar impunemente as partes de um corpo, que 
deve ser homogêneo”; 
o iniciativa pioneira*; 
o autor da consolidação das leis civis brasileiras de 1858 (que 
perdurou por mais de meio século [1858-1917]); 
o escreveu o esboço de código civil de 1865 (com 4.908 artigos) 
▪ em 1867, e aproveitando-se do esboço, elabora novo projeto e 
o apresenta ao ministro da justiça, só que agora bipartido em 
dois códigos: o geral, com preceitos que abrangeriam todos os 
ramos do direito, e um civil, onde pretendia unificar o direito 
privado, pois, para ele, não se justifica a dualidade de códigos, 
um civil e outro comercial, vez que as relações que ambos 
regiam eram as mesmas – este foi um dos principais pretextos 
Comentado [GD23]: o governo imperial brasileiro, com 
o intuito de sistematizar a legislação civil e prepará-la 
para formulação de um código civil, contratou teixeira 
de freitas em 1855 para as seguintes tarefas: a) 
classificar a legislação existente, portuguesa e brasileira, 
revogada ou vigente, por ordem cronológica e observada 
a divisão em pública e privada e; b) consolidar a 
legislação civil brasileira. 
 
as maiores dificuldades com que teixeira de freitas se 
deparou relacionaram-se com a definição dos limites de 
aplicação da legislação civil, a estipulação de um 
princípio organizador e coordenador do direito civil, 
bem como a compilação das leis propriamente ditas. 
 
o trabalho de teixeira de freitas foi formulado segundoos ideais do iluminismo e deu ênfase no método 
racionalista sintético de estudo do direito ao invés do 
analítico da escolástica medieval. além disso, priorizou o 
estudo da história do direito português, bem como do 
direito romano moderno (que as nações civilizadas 
aplicavam) e dos valores humanistas e universalistas. 
para isso aprofundou ao máximo o estudo das fontes 
históricas do direito brasileiro, que, naturalmente 
provinham do direito português. concluiu que o direito 
romano era a base substancial da legislação portuguesa 
e estudou o direito romano de modo científico e 
sistemático, com o objetivo de esclarecer a verdadeira 
natureza dos institutos jurídicos. 
 
é necessário notar que teixeira de freitas não se detinha 
nas influências ideológicas que pairavam sobre os 
institutos jurídicos, mas buscava naqueles a essência 
lógico-científica. ele próprio não se considerava um 
filósofo do direito, mas um romanista e civilista que 
buscava a definição técnica do direito de modo a dar 
uma coerência ao fenômeno jurídico. 
que levou o governo imperial a abandonar teixeira de freitas 
por clóvis bevilacqua. 
• o regulamento 737/1850 assegurava jurisdição exclusiva aos mercadores. 
não eram poucas as causas que discutiam a jurisdição competente: 
assumindo especial relevância a interpretação do art. 4º do código 
comercial e do art. 19 do regulamento 737; ambos de 1850. os debates 
sobre a competência arrastavam-se, prejudicando a solução das lides 
comerciais. 
• em 1875, com a revogação do regulamento 738, deu-se a supressão dos 
tribunais de comércio, de forma que sua função judicante acumulou-se 
nos juízes de direito. em 1890, o decreto 763 de 19 de setembro unificou 
os processos civil e comercial. mandando "observar no processo das 
causas cíveis em geral o regulamento 737" , uma vez que não havia 
"fundamento de direito para que os interesses sujeitos á competência do 
foro civil não sejam igualmente resguardados pela garantia de uma 
justiça pronta e eficaz. entretanto, embora uniformizados as regras 
processuais, as varas privativas de comércio continuavam a existir. 
• a partir de 1891, com a progressiva superação do regulamento 737 pelos 
códigos de processo, em muitos estágios brasileiros cai a jurisdição 
especial. em 1939, com a promulgação do então novo código de processo 
civil, os estados que adoravam o regulamento 737 também suprimem as 
jurisdições especiais. ou seja: as regras processuais diferenciadas para os 
comerciantes deram de existir no brasil a partir de 1890. no ano seguinte, 
a dicotomia relação à jurisdição foi superada em diversos estados, 
desaparecendo definitivamente em 1939; 
• código civil italiano de 1942. 
 
cesare vivante (1855-1944) defendeu a ideia de unificar o direito das 
obrigações, superando assim a dicotomia entre direito comercial e o direito 
civil; em aula proferida na universidade de bolonha em 1892. a dicotomia 
havia de ser superada porque: (i) mantinha-se mais pela tradição do que pelas 
boas razões; (ii) causava danos de índole social e jurídica – pessoas que não 
são comerciantes ficavam sujeitas às suas regras, talhadas para os mercadores; 
(iii) trazia prejuízos para o progresso científico, pois os comercialistas não 
estudariam as regras gerais. 
já alfredo rocco (1875-1935) era contra essa unificação ao dizer que havia 
duas espécies de normas de direito comercial: (i) normas que derivam da 
legislação civil, mas ganham contorno especial face as relações especiais e (ii) 
normas totalmente novas, decorrentes de relações sem correlação nas relações 
civis. tanto da diferença de tratamento nas primeiras normas, quando no 
tratamento complemente novo dado às segundas normas, ele retira o conteúdo 
próprio do direito comercial, o que impede a unificação dos dois ramos. 
• importante destacar que, apesar de ser contrário a unificação, alfredo 
rocco não rejeita o fato de que o direito civil é uma fonte do direito 
comercial. e afirma que este deve ser usado para suprir as lacunas da 
legislação comercial, tais como os costumes e os princípios gerais de 
direito. 
após o embate com rocco, vivante se retratou em 1919*, afirmando “ser 
impossível a unificação das obrigações e que estava convencido da 
necessidade da autonomia do direito civil e do direito comercial”. para ele, há 
diferenças de método que impedem a unificação: o direito comercial vale-se do 
método indutivo (conclui-se a regra com base nos fatos e, portanto, a 
conclusão é mais geral do que a premissa), enquanto, no direito civil, o método 
é dedutivo (parte-se da premissa geral para se chegar à conclusão individual). 
ademais, apenas o direito comercial assume índole cosmopolita, que decorre 
do próprio comércio. somente ao direito comercial toca a regulação dos 
negócios de massa. por fim, há institutos típicos e exclusivos do direito 
comercial, tais como os títulos de crédito. 
 
• dimensão econômica do mercado (mercado e arena de trocas). a sua 
origem ligada ao “locus” onde se davam as trocas entre comerciantes ou 
vendas para adquirentes finais (ccom, arts. 32 e 33); 
• dimensão política do mercado: (i) o mercado como uma (mas não a 
única) forma de organização e alocação de recursos na sociedade 
(monopólios/restrições legais da concorrência = decisão política; além 
disso, resultados distributivos decorrentes de políticas públicas); (ii) o 
papel da competição (ou o modelo de competição) como fatos de alocação 
de recursos na sociedade é decisão política; e (iii) os princípios reitores da 
ordem econômica fundada no mercado (livre iniciativa, livre 
concorrência, liberdade de contratar, direito de propriedade, função 
social da propriedade e dos meios de produção e proteção ao 
consumidor); 
• dimensão social do mercado (e a instrumentalidade dos princípios 
econômicos): as dimensões política e econômica do mercado existirão 
nos limites impostos pela sua dimensão social. 
Comentado [GD24]: isso ocorreu no momento em que 
foi nomeado para presidir a comissão do projeto de um 
novo código comercial para a itália, que acabou por não 
ser concluído. contudo, em 1942, foi promulgado o 
código civil italiano, que primeiramente unificou as 
matérias, abordando o tema comercial/empresarial no 
quinto livro, título ii, denominado del lavoro 
nell’impresa. 
• dimensão jurídica do mercado (como conjunto de regras e de 
princípios que pautam o comportamento dos agentes econômicos): (i) 
mercado é uma ordem porque pautada em comportamentos previsíveis e 
calculáveis; (ii) normas endógenas (usos e costumes) e exógenas (leis). 
 
• a tutela não é (só) do agente, mas do funcionamento do mercado. 
• ideia do direito comercial como um conjunto de regras e princípios que 
regem a organização das empresas e as relações das empresas no âmbito 
do mercado. 
o limitações: direito comercial não é o direito da ordem jurídica do 
mercado, mas apenas de parte dela; o direito público intervém, em 
primeiro plano, para impor limites à ordem jurídica do mercado. 
• os empresários não existem per si; inserem-se e operam no mercado. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
• exploração da empresa pela iniciativa privada; 
• propriedade privada dos meios de produção; 
• apropriação dos lucros pelos titulares da empresa; 
• livre concorrência. 
 
 
propriedade 
privada
liberdade de 
iniciativa 
econômica
modelo de 
desenvolvimento 
econômico baseado 
na economia de 
mercado (ou 
economia de 
mercado de 
natureza 
capitalista)
 
 
 
consistem em ‘direitos 
fundamentais econômicos’ contra 
qualquer ação estatal que limite o 
exercício de direitos econômicos 
subjetivos por parte dos 
empreendedores; 
 
 
 
formam a macroestrutura normativa institucional da própria atividade 
empresarial. 
 
• princípio da livre iniciativa: princípio reitor da ordem econômica; 
• liberdade contratual (ou liberdade de contratar): liberdade de auto-
regulamentação dos próprios interesses (autonomia privada); liberdade 
de celebração ou conclusãode contratos, liberdade de escolha da 
contraparte. 
• princípio da liberdade de associação: constituir associações; 
ingressar; sair; e organizar as relações internadas, sem interferência 
estatal. 
• princípio da livre concorrência: pressuposto para que se possa 
instaurar um regime objetivo de livre concorrência; porém a liberdade de 
inciativa econômica não vale para assegurar efetivamente a presença no 
mercado de vários operadores econômicos, não vale para eliminar a 
possibilidade de um empresário ou um grupo influir nos preços e demais 
condições de mercado, e não vale para impedir que, por meio de acordos, 
se possa eliminar concorrentes. 
• princípio da função social da empresa: referente à funcionalização 
dos institutos de direito privado – a autonomia privada em uma 
perspectiva funcional; a propriedade pessoal (bens de consumo e uso 
pessoal) e propriedade empresarial (bens de produção) com regimes 
distintos (restrições de uso e função social da propriedade). 
• favorecimento das empresas de pequeno porte. 
 
 
dimensão 
subjetiva
dimensão 
objetiva
Comentado [GD25]: “os princípios jurídicos são 
normas superiores, que regulam a criação, 
interpretação e aplicação de outras normas. os 
princípios constituem o “mandamento nuclear de um 
sistema” – c. a. bandeira de mello 
 
a economia política considera com relevância o papel da empresa como uma 
organização dos fatores de produção. a empresa é, portanto, um organismo 
econômico, ou seja, se assenta sobre uma organização fundada em princípios 
técnicos e leis econômicas. 
 
subjetivo: empresário ou sociedade empresária 
funcional: atividade 
objetivo ou patrimonial: estabelecimento 
corporativo: instituição
• perfil subjetivo: remete ao empresário enquanto um sujeito de 
direitos. não apenas, a empresa é o empresário, pois empresário é quem 
exercita a atividade econômica organizada, de forma continuada. nesse 
sentido, a empresa pode ser uma pessoa física ou uma pessoa jurídica, 
pois ela é titular de direitos e obrigações. quando se diz "arrumei um 
emprego em uma empresa", temos a palavra empresa empregada com 
esse significado. 
• perfil funcional: a empresa é uma atividade, que realiza produção e 
circulação de bens e serviços, mediante organização de fatores de 
produção (capital, trabalho, matéria prima etc). quando se diz "a empresa 
de estudar será proveitosa", temos a palavra empresa empregada com 
esse significado. 
• perfil objetivo: a empresa é um conjunto de bens, e tais bens estão 
unidos para uma atividade específica, que é o exercício da atividade 
econômica. 
• perfil corporativo*: a empresa é uma instituição, uma organização 
pessoal, formada pelo empresário e pelos colaboradores (empregados e 
prestadores de serviços), todos voltados para uma finalidade comum. 
 
os quatro 
perfis 
Comentado [GD26]: tal perfil é criticado pela doutrina 
por não corresponder a qualquer significado jurídico, 
mas apenas por estar de acordo com a ideologia fascista, 
que controlava o estado italiano por ocasião da 
positivação da teoria da empresa. 
 
empresário ou sociedade é o sujeito de direito. estabelecimento é o objeto do 
direito e a atividade é o fato jurídico. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
art. 966 
considera-se empresário quem exerce profissionalmente 
atividade econômica organizada para a produção ou a 
circulação de bens ou de serviços. 
parágrafo único. não se considera empresário quem 
exerce profissão intelectual, de natureza científica, 
literária ou artística, ainda com o concurso de auxiliares 
ou colaboradores, salvo se o exercício da profissão 
constituir elemento de empresa. 
 
 
• capacidade civil plena: podem exercer a atividade de empresário os 
que estiverem em pleno gozo da capacidade civil* e não forem legalmente 
impedidos* (art. 972, cc). 
• nome empresarial*: uso exclusivo para fins de identificação; não pode 
ser alienado. 
o firma*: nome civil do empresário e/ou sócios. ex: souza & silva 
ltda. 
estabelecimento 
empresário ou 
sociedade empresária 
empresa (atividade) 
Comentado [GD27]: atividade, não o local. 
Comentado [GD28]: titular da atividade; não se 
confunde com a figura do sócio. 
Comentado [GD29]: a profissão pode ser definida 
como uma ocupação não-simples que requer 
conhecimentos e habilidades específicas executadas de 
maneira habitual, e que envolve algum tipo de 
remuneração. determinadas atividades profissionais 
requerem estudos de um dado conhecimento, como as 
profissões de médico, advogado, engenheiro, vigilante e 
gestor de segurança. 
Comentado [GD30]: a atividade (escopo meio) não se 
confunde com o lucro (consequência da finalidade – 
escopo fim). o objetivo é sempre o lucro, de fato, mas 
este pode não existir: o resultado pode ser negativo e 
acarretar em perdas – daí a razão pela qual o legislador 
corretamente menciona a “partilha, entre si, dos 
resultados”. 
Comentado [GD31]: envolve o controle do trabalho, do 
capital e da matéria-prima necessária para a circulação 
do bem ou serviço destinado 
Comentado [GD32]: ex.: se dois médicos resolvem se 
reunir e montar uma clínica/hospital juntos, com a 
organização e circulação de diversos bens e serviços 
distintos afim de agregar elemento de empresa em suas 
atividades (como atendimento em outras 
especialidades, lanchonetes, etc.), então eles são 
considerados empresários. 
Comentado [GD33]: capacidade de direito + 
capacidade de fato (exercício) = capacidade civil plena 
Comentado [GD34]: ex.: funcionários públicos, 
leiloeiros, falidos (incapacidade temporária até o 
término do processo falimentar*). 
 
* se houver crime falimentar = espera de 10 anos; 
se não houver = espera de 5 anos. 
Comentado [GD35]: nome ≠ marca: é possível ter 
várias marcas, mas só é possível ter um só nome 
empresarial. 
Comentado [GD36]: pode ser social ou individual. 
a social (ou razão social) só pode ser adotada pelos 
sócios que possuem responsabilidade ilimitada. caso 
contrário, todos terão responsabilidade solidária e 
ilimitada pelas obrigações contraídas. 
o denominação*: ramo de atividade. ex: abc produtos eletrônicos. 
• registro: é obrigatória* a inscrição do empresário individual no registro 
público de empresas mercantis da respectiva sede (junta comercial*) 
antes do início de sua atividade (art 967, cc). 
• estruturação e balanço patrimonial: o empresário e a sociedade 
empresária são obrigados a seguir um sistema de contabilidade, 
mecanizado ou não, com base na escrituração uniforme de seus livros, em 
correspondência com a documentação respectiva, e a levantar 
anualmente o balanço patrimonial* e o de resultado econômico* (art. 
1179, cc). 
 
✓ pessoa física* 
✓ possui responsabilidade ilimitada: caso venha a contrair alguma 
obrigação, é o patrimônio individual do empresário que responderá por 
isso. 
 
“o empresário pode ser um incapaz?” o sócio pode, mas um incapaz só pode 
ser empresário desde que sua capacidade seja superveniente (posterior à 
atividade empresária) ou através de uma sucessão causa mortis, estando 
devidamente assistido por um tutor (ex.: menor de idade herdando a loja do 
pai). 
“o empresário pode ter empresa com o cônjuge?” sim, desde que ambos não 
estejam em regime de comunhão universal de bens ou de separação universal 
obrigatória* de bens. 
• [extinta pela lei 14.195/21 – atual SLU] empresa individual de 
responsabilidade limitada (EIRELI): alternativa ao exercício de 
atividade empresária individual, só que aqui o empresário responde de 
forma limitada: apenas se responsabiliza pelo aporte que fez durante a 
atividade empresária, e não com o seu patrimônio individual. 
Comentado [GD37]: só pode ser utilizada por sócios 
que tenham responsabilidade limitada e pode ser 
formada por qualquer expressão linguística + ramo da 
atividade. 
Comentado [GD38]: o registro não é obrigatório e a 
empresa pode operar de maneira irregular, embora isso 
implique diversas desvantagens, como por ex. não poder 
participar de licitações públicas e nem estarapto à pedir 
recuperação judicial. 
Comentado [GD39]: atividades que não se enquadram 
nos termos do art. 966/cc são registradas no registro 
civil de pessoas jurídicas (rcpj). todavia, apesar das 
cooperativas serem qualificadas como atividades 
simples e não empresariais, elas são registradas nas 
juntas comerciais. 
Comentado [GD40]: todo o ativo + passivo da 
sociedade empresária. 
Comentado [GD41]: deve ser publicado nos quatro 
meses subsequentes ao final do exercício. 
Comentado [GD42]: é obrigatório o empresário possuir 
cnpj, mas devido à sua condição individual ele é sempre 
considerado pessoa física no exercício de atividade 
empresarial; sendo apenas considerado pessoa jurídica 
no regime SLU. 
Comentado [GD43]: a obrigatória não, mas a 
convencional pode.
Comentado [GD44]: sociedade limitada unipessoal 
o pessoa jurídica constituída por apenas uma única pessoa física; não 
admite duas ou mais pessoas. [classificação mantida pela SLU] 
o deve possuir no mínimo 100x o maior salário mínimo vigente no 
país (necessário comprovar a existência de um capital integralizado 
que atenda a esse requisito). – com a aprovação da SLU, já não há 
exigência de valor mínimo para compor o capital social. 
 
não são espécies de sociedade e sim 
classificações tributárias, referentes 
ao faturamento da empresa. a carga 
tributária que será aplicada nessas 
empresas será proporcional ao seu 
rendimento anual*. 
• até $80k ao ano: microempresário individual (MEI) 
• até r$360k ao ano: microempresa [ativ. emp. coletiva] (ME) – 
podem contratar entre 9 e 19 funcionários, dependendo da atividade; e 
escolher entre os regimes tributários simples nacional, lucro real ou lucro 
presumido. 
• de r$360k até r$4.8kk: empresa de pequeno porte [ativ. emp. 
coletiva] (EPP) 
 
é a forma prescrita em lei (l8934) de efetuar a inscrição e o cadastramento de 
empresas no brasil. o registro comercial terá as seguintes finalidades: 
• cadastrar as empresas nacionais e estrangeiras em funcionamento no 
país e manter atualizadas as informações pertinentes; 
• dar garantia, publicidade, autenticidade, segurança e eficácia aos atos 
jurídicos das empresas mercantis, submetidos a registro na forma da lei; 
• proceder à matrícula dos agentes auxiliares do comércio, bem como ao 
seu cancelamento. 
Comentado [GD45]: art. 970 
a lei assegurará tratamento favorecido, diferenciado e 
simplificado ao empresário rural e ao pequeno 
empresário, quanto à inscrição e aos efeitos daí 
decorrentes. 
 
• estatal, em princípio. em matéria de s/a, há um registro não-estatal* 
(lsa, art. 100, § 1º); 
• normas sobre registros públicos são de competência federal, mas a 
organização das juntas comerciais pode ser regulada, concorrentemente, 
pela união, os estados e o distrito federal; 
• aberto ao público, irrestritamente*. na s/a, com restrições*; 
• diz respeito a todos os empresários e sociedades empresárias e às 
cooperativas. 
• matrícula: nome que se dá ao registro dos auxiliares do comércio, que 
são os leiloeiros, tradutores públicos e intérpretes comerciais, 
trapicheiros e administradores de armazéns-gerais. as atribuições 
conferidas por lei a esses profissionais são: 
o passar certidões, fazer traduções em língua vernácula de 
todos os livros, documentos e papéis escritos em qualquer 
língua estrangeira que tiverem de ser apresentados em juízo ou 
em repartição pública federal, estadual ou municipal ou entidade 
mantida, orientada ou fiscalizada pelos poderes públicos; 
o intervir, quando nomeados judicialmente ou pela repartição 
competente, nos exames a que se tenha de proceder para a 
verificação da exatidão de tradução que tenha sido arguida de 
errada, dolosa ou menos conforme com o original; 
o interpretar e verter verbalmente em língua vulgar, quando 
também para isso forem nomeados judicialmente, as respostas ou 
depoimentos dados em juízo por estrangeiros que não falarem o 
idioma do país e no mesmo juízo tenham de ser interrogados na 
qualidade de interessados, testemunhas ou informantes, bem assim, 
no foro extrajudicial, repartições públicas federais, estaduais ou 
municipais; 
o examinar, quando solicitado pelas repartições públicas fiscais ou 
administrativas competentes ou por qualquer autoridade judicial, a 
falta de exatidão com que for impugnada tradução feita por 
corretores de navios dos manifestos e documentos que as 
embarcações estrangeiras tiverem de apresentar para despacho nas 
Comentado [GD46]: lsa, art. 100, § 1º 
Comentado [GD47]: l. 8.934/94, art. 29; d. 1.800/96, 
art. 79/84 
Comentado [GD48]: 1º do art. 100 
alfândegas, bem assim a realizada, em razão de suas funções, por 
ocupantes de cargos públicos de tradutores e intérpretes. 
sem a tradução atestada por esses profissionais, os serventuários de 
notas e os cartórios de registro de títulos e documentos não poderão 
registrar, passar certidões ou publicar documento no todo ou em 
parte redigido em língua estrangeira. 
• arquivamento: nome de registro de constituição, alteração, dissolução 
e extinção das empresas mercantis individuais, sociedades mercantis e 
cooperativas*. o termo arquivamento abrange dois tipos de atos: a 
inscrição, que é a constituição dos empresários, sociedades empresárias 
e cooperativas, e a averbação, que são as modificações posteriores, 
abrangendo as alterações contratuais, dissolução e extinção da pessoa 
jurídica, declarações de microempresa e outros atos previstos em lei. 
• autenticação: nome do registro dos instrumentos de escrituração do 
empresário individual, da sociedade empresária e dos agentes auxiliares 
do comércio. é, pois, o registro dos livros empresariais e das fichas 
escriturais. 
 
• [função normativa] 
o órgãos federais de coordenação, supervisão e orientação 
das juntas: 
▪ DREI* – departamento de registro de empresas 
▪ SINREM – sistema nacional de registro das empresas 
mercantis 
• [função executiva] 
o órgãos estaduais: 
▪ juntas comerciais: organizadas sob a forma de autarquias 
ou órgãos de administração direta. 
• atualmente, cada unidade da federação possui uma junta 
comercial, com sede em sua capital e jurisdição na 
circunscrição territorial respectiva*. são, portanto, 27 as 
juntas comerciais, as quais têm o poder para criar 
delegacias regionais, órgãos locais do registro do 
comércio, nos termos da legislação estadual respectiva*. 
o órgãos locais – delegacias das juntas comerciais. 
 
Comentado [GD49]: únicas sociedades simples 
registradas na junta comercial. 
Comentado [GD50]: embora possua poderes para 
disciplinar e fiscalizar as juntas comerciais, o DREI não 
possui meios para intervir nestas, ainda que adotem 
conduta contrária a uma de suas recomendações gerais 
ou se recusem a acatar alguma recomendação de 
correção. resta ao DREI, tão-somente, representar às 
autoridades competentes (governo do estado ou do df, o 
ministério público estadual e outros). 
 
em resumo, os órgãos do registro de empresas, estão em 
dois âmbitos: no federal, atua o drei, órgão central do 
sistema de registro, a quem compete, essencialmente, a 
normatização e fiscalização das atividades a ele 
relativas; por sua vez, em nível estadual, estão as juntas 
comerciais, a quem cumpre executar e administrar as 
atividades de registro, observando as diretrizes 
estabelecidas pelo drei. 
Comentado [GD51]: art. 5º da lei 8.934/94 
Comentado [GD52]: art. 9º, parágrafo 2º, da lei 
8.934/94 
 
• estabelecimento principal (matriz): sede principal ou local de gestão 
da empresa, onde há a primazia da direção a qual estão subordinados 
todos os demais estabelecimentos da empresa. 
• estabelecimentos secundários (filiais, sucursais, agências, galpões 
etc). 
• estabelecimentos virtuais 
 
art. 1.142/cc 
considera-se estabelecimento todo complexo de bens 
organizado, para exercício da empresa, por 
empresário, ou por sociedade empresária. 
§ 1º o estabelecimento não se confunde com o local 
onde se exerce a atividade empresarial, que poderáser físico ou virtual. 
§ 2º quando o local onde se exerce a atividade 
empresarial for virtual, o endereço informado 
para fins de registro poderá ser, conforme o caso, o 
endereço do empresário individual ou de um dos 
sócios da sociedade empresária. 
§ 3º quando o local onde se exerce a atividade 
empresarial for físico, a fixação do horário de 
funcionamento competirá ao município, observada 
a regra geral prevista no inciso ii do caput do art. 
3º da lei nº 13.874, de 20/09/19*. 
 
 
art. 1.143/cc 
pode o estabelecimento ser objeto unitário de direitos 
e de negócios jurídicos, translativos* ou 
constitutivos*, que sejam compatíveis com a sua 
natureza. 
• translativo – art. 1.146/cc – compra e 
venda do estabelecimento comercial 
(trespasse mercantil) 
Comentado [GD53]: é uma universalidade de fato, e 
não de direito: o titular pode escolher quais bens 
compõem essa universalidade (por ex.: escolher quais 
livros irão compor o acervo de uma livraria) 
Comentado [GD54]: estabelecimento derivado da 
matriz que representa a direção principal, sem, contudo, 
ter poderes ou alçada deliberativa e/ou executiva. ela 
pratica atos que tem validade jurídica e obrigam a 
organização como um todo, porque este 
estabelecimento possui poder de representação ou 
mandato da matriz e, por esta razão, a filial deve 
adotar a mesma firma ou denominação do 
estabelecimento principal. 
Comentado [GD55]: diferentemente da filial, a 
sucursal detém uma maior autonomia 
administrativa, possuindo uma direção própria 
atribuída à faculdades de operação independente, com 
maior liberdade de atuação, apesar de ligada às 
orientações e direção da matriz. pode-se dizer, por isso, 
que a sucursal possui uma posição hierarquia mais 
elevada do que a filial, podendo, inclusive, que a 
sucursal tenha suas próprias filiais. 
Comentado [GD56]: estabelecimento comercial 
localizado fora da sede e a esta subordinado, com a 
finalidade de promover a intermediação de negócios. 
também pode ser considerado um escritório comercial 
ou de gestão de parte dos negócios que não depende de 
uma matriz, como uma agência de leilões, corretagem, 
transporte, etc. 
Comentado [GD57]: se enquadram aqui os bens 
móveis, imóveis, corpóreos e incorpóreos. não se 
aplicam aos atributos de aviamento (lucro 
potencial/expectativa de lucro) e clientela (reflexo 
externo do aviamento); bem como os contratos e os 
débitos. 
Comentado [GD58]: ii - desenvolver atividade 
econômica em qualquer horário ou dia da semana, 
inclusive feriados, sem que para isso esteja sujeita a 
cobranças ou encargos adicionais, observadas: 
 
a) as normas de proteção ao meio ambiente, incluídas 
as de repressão à poluição sonora e à perturbação do 
sossego público; 
b) as restrições advindas de contrato, de regulamento 
condominial ou de outro negócio jurídico, bem como as 
decorrentes das normas de direito real, incluídas as de 
direito de vizinhança; e 
c) a legislação trabalhista. 
Comentado [GD59]: o objeto pode ser tanto total 
(todos os bens da empresa) como parcial. 
Comentado [GD60]: transferem a titularidade. ex.: 
compra e venda, doação. 
Comentado [GD61]: são aqueles que não transferem a 
propriedade. ex.: contrato de comodato; cessão de 
marca para outro empresário. 
Comentado [GD62]: trespasse é uma forma de contrato 
que tem por objetivo a transferência da 
titularidade de um bem ou imobilizado a outrem. 
o adquirente do estabelecimento responde 
pelo pagamento dos débitos anteriores à 
transferência*, desde que regularmente 
contabilizados, continuando o devedor 
primitivo (vendedor) solidariamente 
obrigado pelo prazo de um ano, a partir, 
quanto aos créditos vencidos, da publicação, 
e, quanto aos outros (não 
vencidos/vincendas), da data do vencimento. 
+ (art 1.147) não havendo autorização 
expressa, o alienante do estabelecimento não 
pode fazer concorrência ao adquirente, nos 
cinco anos subsequentes à transferência. 
• constitutivo – art. 51 da lei nº 8245/91 – 
lei do inquilinato – locação do 
estabelecimento empresarial (ação 
renovatória) 
nas locações de imóveis destinados ao 
comércio, o locatário terá direito a renovação 
do contrato, por igual prazo, desde que, 
cumulativamente: 
i - o contrato a renovar tenha sido 
celebrado por escrito e com prazo 
determinado; 
ii - o prazo mínimo do contrato a 
renovar ou a soma dos prazos 
ininterruptos dos contratos escritos seja 
de cinco anos; 
iii - o locatário esteja explorando seu 
comércio, no mesmo ramo, pelo prazo 
mínimo e ininterrupto de três anos. 
art. 52. o locador não estará obrigado a 
renovar o contrato se: 
i - por determinação do poder público, 
tiver que realizar no imóvel obras que 
importarem na sua radical 
transformação; ou para fazer 
modificações de tal natureza que 
aumente o valor do negócio ou da 
propriedade; 
Comentado [GD63]: salvo as obrigações 
personalíssimas. 
Comentado [GD64]: visa resguardar o comerciante e 
seu estabelecimento quando este aluga um imóvel 
comercial. como regra, é automática, desde que 
respeitados todos os termos dos artigos 51 e 52. 
Comentado [GD65]: ex.: se num contrato de locação 
está registrado 10 anos, então ele é renovado por mais 
10 anos. 
ii - o imóvel vier a ser utilizado por ele 
próprio ou para transferência de fundo 
de comércio existente há mais de um 
ano, sendo detentor da maioria do 
capital o locador, seu cônjuge, 
ascendente ou descendente*. 
 
 
• inalienável: não pode ser cedido e nem vendido. 
o direito inerente à personalidade, se tomado em seu aspecto 
subjetivo (função identificadora), não podendo ser objeto de 
propriedade; como tal, seria um direito insuscetível de alienação, 
mas que o adquirente do estabelecimento pode usar o nome do 
alienante, precedido do seu próprio, c/a qualificação de sucessor. 
mas no seu aspecto objetivo (função econômico-concorrencial), é 
bem móvel incorpóreo – objeto de tutela própria. 
• imprescritível: sua não utilização não implica em perda, apesar de 
estar sujeito à anulação por infração legal ou contratual*. 
• tem que ser autêntico; 
• tem que ser verídico; 
• tem que ser inédito* 
• tem que ser único*. 
• sua proteção decorre da junta onde foi efetuado o registro 
do nome. 
 
 
 
 
 
busca proteger a clientela e o acesso a crédito (até por isso não se admite 
homonímia) 
• proteção no âmbito penal – a utilização indevida do nome 
constitui crime: 
Comentado [GD66]: exceto os shoppings centers 
Comentado [GD67]: art. 1.167/cc 
cabe ao prejudicado, a qualquer tempo, ação para 
anular a inscrição do nome empresarial feita com 
violação da lei ou do contrato. 
Comentado [GD68]: não pode existir dois nomes 
empresariais idênticos ou muito parecidos (princípio da 
novidade). em caso de conflito, o nome mais antigo 
prevalece o mais novo será proibido de ser registrado. 
 
art. 1.163/cc 
o nome de empresário deve distinguir-se de qualquer 
outro já inscrito no mesmo registro. parágrafo único. 
se o empresário tiver nome idêntico ao de outros já 
inscritos, deverá acrescentar designação que o 
distinga. 
 
art. 34/ lrpem 
o nome empresarial obedecerá aos princípios da 
veracidade e da novidade. 
Comentado [GD69]: princípio da unicidade: não é 
possível mais de um nome para o mesmo empresário ou 
sociedade empresária. 
art. 194/cpi 
usar marca, nome comercial, título de estabelecimento, 
insígnia, expressão ou sinal de propaganda ou qualquer outra 
forma que indique procedência que não a verdadeira, ou 
vender ou expor à venda produto com esses sinais. 
pena - detenção, de 1 (um) a 3 (três) meses, ou multa. 
art. 195/cpi 
comete crime de concorrência desleal quem: v - usa, 
indevidamente, nome comercial, título de estabelecimento ou 
insígnia alheios ou vende, expõe ou oferece à venda ou tem em 
estoque produto com essas referências. 
pena - detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano, ou multa. 
• proteção no âmbito civil – ação anulatória, com pedido 
cominatório, e indenização por perdas e danos: 
art. 1.167/cc 
cabeao prejudicado, a qualquer tempo, ação para anular a 
inscrição do nome empresarial feita com 
violação da lei ou do contrato. 
 
art. 209/cpi 
fica ressalvado ao prejudicado o direito de haver perdas e 
danos em ressarcimento de prejuízos causados por atos de 
violação de direitos de propriedade industrial e atos de 
concorrência desleal não previstos nesta lei, tendentes a 
prejudicar a reputação ou os negócios alheios, a criar 
confusão entre estabelecimentos comerciais, industriais ou 
prestadores de serviço, ou entre os produtos e serviços postos 
no comércio. 
• proteção no âmbito administrativo: impugnação ao 
arquivamento e cancelamento 
 
são as pessoas que agem em nome de uma empresa ou organização, 
como se titular fosse. preponente é aquele que constitui o preposto, para 
ocupar-se dos negócios. ex.: gerentes, representantes comerciais e etc. 
• o preposto substitui o empresário seja na órbita interna, seja na 
externa perante terceiros. 
 
≠
• preposto é diferente de empregado: nem todo empregado é 
preposto. o que caracteriza o preposto é seu poder de 
representação. 
• o contrato de trabalho do preposto é do tipo contrato de 
preposição, que possui elementos da locação de serviços e do 
mandato. mas a dependência distingue a preposição do mandato e 
os poderes de representação denunciam não ser a preposição um 
mero contrato de trabalho (locação de serviços). 
 
≠
• auxiliares do empresário: aqueles que trabalham como 
empregados do empresário (individual ou sociedade empresária), 
numa relação pautada por todos os elementos caracterizadores de 
uma relação típica de emprego: subordinação hierárquica, 
pessoalidade, não-eventualidade e dependência 
econômica. estão entre os auxiliares dependentes os prepostos (o 
empregado e o gerente, por exemplo). 
o a natureza do serviço prestado pelo empregado, porém, 
vai mais além, podendo compreender (e no mais das 
vezes compreende) certa capacidade para concluir 
negócios jurídicos, pelos quais responde o patrimônio do 
empresário. o que ocorre, na verdade, é uma 
superposição de contratos, pois há, a um só tempo, 
contrato de trabalho (este regulado pela clt) e contrato de 
mandato, voluntário ou legal (regulado penas normas de 
direito empresarial, mais especificamente pelas 
disposições do código civil atinentes a esse tipo 
contratual e pelas referentes aos prepostos) 
▪ relação de confiança (personalismo da 
relação) – não pode se fazer substituir por outra 
pessoa, salvo autorização do empregador (cc, 
1.169). 
▪ pautada pelo dever de lealdade – o 
empregado tem acesso a segredos e a informações 
privilegiadas. deve o empregado agir de forma 
leal, não podendo prejudicar o empregador. 
desdobramentos: + não concorrer + não usurpar 
oportunidades do empresário + não 
divulgar/utilizar informação privilegiada + 
informar o descumprimento desses deveres pode 
acarretar em demissão por justa causa e o dever 
de indenizar os prejuízos causados. 
• auxiliares da atividade empresarial: são aqueles que, via de 
regra, não estão a serviço exclusivo de determinado empresário, 
não possuindo relação que possa ser descrita como de 
subordinação e dependência econômica, isto é, gozam de total 
autonomia econômica e não estão hierarquicamente subordinados 
a nenhum empresário. seus serviços ficam à disposição de 
quem deles precisar, até mesmo a não-empresário. como 
cooperam para a realização de negócios, poderiam ser chamados 
de auxiliares da atividade empresarial, enquanto a categoria dos 
auxiliares dependentes poderia ser descrita como a dos auxiliares 
do empresário. 
 
 
 
ligado a atividades de natureza científica, literária, artística, entre outras. 
explora prioritariamente atividades de prestação de serviços de natureza 
notadamente cooperativa, e por esse motivo o objeto descrito no contrato deve 
necessariamente não corresponder a atividades mercantis*. ex.: fundações e 
associações. 
são sociedades que, diferentemente das simples, exploram a sua atividade de 
modo empresarial, ou seja, exercem profissionalmente uma atividade 
econômica organizada para a esfera econômica através da produção e 
circulação de bens ou serviços. 
Comentado [GD70]: lembrando que ela possui sua 
constituição, alteração e extinção registradas em 
cartório de registro civil das pessoas jurídicas, enquanto 
a do tipo empresarial tem esses dados registrados na 
junta comercial, por se tratar de sociedade na qual 
prevalece a atividade comercial/empresarial. 
Comentado [GD71]: exceção: o art. 251 da lei 6404/76 
(lei das SAs) contempla uma modalidade societária 
chamada de subsidiária integral) sociedade formada por 
uma única pessoa) que pode ser outra empresa. ex.: a 
transpetro é uma subsidiária integral da petróleo 
brasileiro s.a. (petrobrás) 
 
art. 981/cc 
celebram contrato de sociedade as pessoas que 
reciprocamente se obrigam a contribuir, com 
bens ou serviços, para o exercício de atividade 
econômica e a partilha, entre si, dos resultados. 
 
as sociedades adquirem personalidade jurídica com o arquivamento de seus 
atos constitutivos no registro público de empresas mercantis (junta comercial). 
• confere autonomia patrimonial: separa o patrimônio da sociedade do 
patrimônio dos sócios; 
• responsabilidade da sociedade: SEMPRE ILIMITADA 
 
 
 
art. 1024/cc 
os bens particulares dos sócios não podem ser 
executados por dívidas da sociedade, senão 
depois de executados os bens sociais. 
 
 
• responsabilidade pessoal dos sócios: sempre subsidiária – dependendo 
do modelo societário, os sócios podem responder de forma ilimitada ou 
limitada. no primeiro caso, os sócios respondem com seu patrimônio 
“automaticamente”, caso a dívida não seja solvida com o capital da 
sociedade, já no segundo caso, só é possível atingir o patrimônio 
particular dos sócios por meio de uma desconsideração da personalidade 
jurídica (art. 133-137, cpc); que consiste no afastamento da sociedade de 
forma temporária objetivando o contato com o patrimônio destes. 
o teoria maior: é possível a desconsideração da personalidade 
jurídica em situações de (i) confusão patrimonial entre o capital da 
sociedade com os dos sócios, (ii) quando o sócio exceder os limites 
do contrato social, em caso de má gestão ou outros motivos (art. 50, 
cc). 
Comentado [GD72]: [para túlio ascarelli] gera 
obrigações plurilaterais, na medida em que o interesse 
individual de cada contratante é convergente à 
realização de uma mesma finalidade; de acordo com o 
convencionado no contrato firmado entre as partes. 
Comentado [GD73]: tanto na LTDA como na S/A, os 
sócios devem contribuir sempre com bens móveis e 
imóveis, créditos ou qualquer coisa que seja passível de 
contribuição monetária. portanto, ambas não possuem 
sócio de serviço (pessoa que não contribui 
monetariamente com o capital social, mas contribui 
com o seu trabalho). 
Comentado [GD74]: não se confunde com as pessoas 
jurídicas, que não interessam ao direito empresarial 
(com exceção das sociedades empresárias e da EIRELI). 
o teoria menor: é possível pedir a desconsideração da 
personalidade jurídica quando a não desconsideração causar um 
obstáculo ao recebimento dos créditos pelos credores (art. 28, p.5, 
cdc). 
 
possuem personalidade jurídica, titularidade obrigacional, processual e 
patrimonial. 
• sociedade em nome coletivo = somente os sócios – estritamente 
pessoas físicas, não PJs*– podem administrar a sociedade; respondendo 
solidária e limitadamente pelas obrigações sociais*. 
• sociedade em comandita simples 
 
art. 1.045 
na sociedade em comandita simples tomam parte sócios 
de duas categorias: os comanditados, pessoas físicas, 
responsáveis solidária e ilimitadamente pelas 
obrigações sociais; e os comanditários, obrigados 
somente pelo valor de sua quota. 
parágrafo único. o contrato deve discriminar os 
comanditados e os comanditários. 
 
• sociedade em comandita por ações = tem o capital dividido em 
ações, e não em quotas.

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