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RESUMO BREVE SOBRE AFO
PPA, LDO E LOA
PPA: O PPA é o instrumento de planejamento de médio prazo do Governo Federal que estabelece, de forma regionalizada, as diretrizes, os objetivos e as metas (DOM) da Administração Pública Federal para as despesas de capital e outras delas decorrentes e para as relativas aos programas de duração continuada. Duração de quatro anos e nesse período serão elaboradas uma LDO e uma LOA a cada ano, compatíveis com o PPA a que se referem.
Plano estratégico de médio prazo.
O PPA não se confunde com o mandato do chefe do Executivo. O PPA é elaborado no primeiro ano de governo e entra em vigor no segundo ano. Tem sua vigência até o final do primeiro ano do mandato seguinte.
As diretrizes, os objetivos e as metas do PPA federal NÃO precisam ser refletidas nos planos dos entes estaduais e municipais.
Planos e programas nacionais, regionais serão elaborados em consonância com PPA e apreciados no CN.
Prazo: Encaminhado ao Legislativo até 4 meses e meio antes do fim do primeiro exercício financeiro – 31 agosto. Devolvido até o fim do segundo período da sessão legislativa – 22 dezembro.
DIRETRIZES: são normas gerais, amplas, estratégicas, que mostram o caminho a ser seguido na gestão dos recursos pelos próximos quatros anos.
OBJETIVOS: expressar as escolhas de políticas públicas para a transformação de determinada realidade.
METAS: são medidas do alcance do objetivo, podendo ser de natureza quantitativa ou qualitativa, a depender das especificidades de cada caso.
LDO: Compreende as metas e prioridades da Administração Federal (METAs e PRI DA ADM), inclui despesas de capital para exercício subsequente, orienta na LOA, disporá sobre alterações na legislação tributária, estabelece política de aplicação das Agências de Fomento.
- A sessão legislativa não será interrompida sem a LDO.
- A LDO também dispõem sobre a LIMITAÇÃO do empenho.
- A forma de utilização e montante da Reserva de Contingência estão na LDO, mas é a LOA que contém a reserva de contingência.
- A LDO também fala sobre normas relativas ao controle de custos e à avaliação dos resultados dos programas financiados com recursos dos orçamentos (art. 4º, I, e, da LRF).
 	
Prazo: encaminha ao Legislativo 8 meses e meio antes do fim do exercício financeiro – 15 abril. Devolve ao Executivo até encerramento do primeiro período da sessão legislativa – 17 julho.
RLF: anexo de metas fiscais e anexo de riscos fiscais integram a LDO.
LOA: A LOA deve conter apenas matérias atinentes à previsão das receitas e à fixação das despesas, sendo liberadas, em caráter de exceção, as autorizações para créditos suplementares e operações de crédito, inclusive por antecipação de receita orçamentária. Trata-se do princípio da exclusividade.
Ainda, o PLOA será acompanhado de demonstrativo regionalizado do efeito, sobre as receitas e despesas, decorrente de isenções, anistias, remissões, subsídios e benefícios de natureza financeira, tributária e creditícia.
LOA conterá o orçamento fiscal, o orçamento da seguridade social e o orçamento de investimento das empresas (ou investimentos das estatais).
Orçamentos fiscais e de investimentos das estatais: funções a de reduzir desigualdades inter-regionais, segundo critério populacional. -> Orçamento da seguridade NÃO tem essa função.
Orçamento Fiscal: Poderes da União, seus fundos, órgãos e entidades da direta e indireta, inclusive fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público.
Orçamento de investimento das empresas em que a União, direta ou indiretamente, detenha a maioria do capital social com direito a voto.
Orçamento da seguridade social, abrangendo todas as entidades e órgãos a ela vinculados, da direta ou indireta, bem como os fundos e fundações instituídos e mantidos pelo Poder Público.
É vedada a utilização, sem autorização legislativa específica, de recursos dos orçamentos fiscal e da seguridade social para suprir necessidade ou cobrir déficit de empresas, fundações e fundos, inclusive daqueles que compõem os próprios orçamentos fiscal, de investimentos das estatais e da seguridade social.
- O refinanciamento da dívida consta separadamente na LOA e nas de crédito adicional.
Prazo: o PLOA é encaminhada ao Legislativo 4 meses e meio antes do fim do exercício financeiro – 31 agosto. Devolvido ao Executivo até o fim da sessão legislativa – 22 dezembro.
PRINCÍPIOS ORÇAMENTÁRIOS
Os princípios orçamentários estão sujeitos a transformações de conceito e significação, pois não têm caráter absoluto ou dogmático e suas formulações originais não atendem, necessariamente, ao universo econômico-financeiro do Estado moderno.
Unidade ou Totalidade: Unidade: o orçamento deve ser uno, deve existir apenas um orçamento para cada ente da federação em cada exercício financeiro. Deve reunir, em única lei, os orçamentos referentes aos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário. Totalidade: há coexistência de múltiplos orçamentos que, entretanto, devem sofrer consolidação. (une orçamento dos poderes, não é um orçamento para cada poder, apenas um para cada ente U, E, M).
Universalidade ou Globalização: O orçamento/ a LOA deve conter todas as receitas e despesas referentes aos Poderes da União, seus fundos, órgãos e entidades da administração direta e indireta.
Anualidade ou Periodicidade: O orçamento deve ser elaborado e autorizado para um período de um ano. Doutrina majoritária defende que o fato do exercício financeiro coincidir ou não com o ano civil não afeta o princípio da anualidade.
Orçamento Bruto: Todas as receitas e despesas constarão da lei orçamentária pelos seus totais, vedadas quaisquer deduções.
Exclusividade: Regra: o orçamento deve conter apenas previsão de receita e fixação de despesas. 
Exceção: autorizações de créditos suplementares e operações de crédito, inclusive por antecipação de receita orçamentária (ARO). Vedação à inclusão das chamadas caudas orçamentárias na lei que fixa as receitas e despesas.
Especificação ou Discriminação ou Especialização: Regra: na LOA as receitas e despesas devem ser discriminadas, demonstrando a origem e a aplicação dos recursos. Exceção: programas especiais de trabalho ou em regime de execução especial e reserva de contingência. As exceções são quanto à dotação global. Não são admitidas dotações ilimitadas, sem exceções. Evitando a chamada “ação guarda-chuva”, mal especificada, com demasiada flexibilidade. A LOA não consignará dotações globais destinadas a atender indiferentemente a despesas de pessoal, material, serviços de terceiros, transferências ou quaisquer outras.
Proibição do Estorno: Regra: são vedados a transposição, o remanejamento ou a transferência de recursos de uma categoria de programação para outra ou de um órgão para outro, sem prévia autorização legislativa.
Exceção: ato do Poder Executivo, sem prévia autorização legislativa, poderá transpor, remanejar ou transferir recursos de uma categoria de programação no âmbito das atividades de ciência, tecnologia e inovação, com o objetivo de viabilizar os resultados de projetos restritos a essas funções.
Quantificação dos Créditos Orçamentários: é vedada a concessão ou utilização de créditos ilimitados.
Publicidade: é condição de eficácia do ato a divulgação em veículos oficiais de comunicação para conhecimento público.
Transparência orçamentária: Ampla divulgação, inclusive em meio eletrônico, dos instrumentos de planejamento e orçamento, da prestação de contas e de diversos relatórios e anexos. Incentivo à participação popular e realização de audiências públicas; liberação ao pleno conhecimento e acompanhamento da sociedade, em tempo real, de informações pormenorizadas sobre a execução orçamentária e financeira, em meios eletrônicos de acesso público; adoção de sistema integrado de administração financeira e controle.
Legalidade Orçamentária: Para ser legal, a aprovação do orçamento deve observar o processo legislativo. Os projetos de lei relativos ao PPA, LDO, LOA e aos créditos adicionais serão apreciados pelas duas Casas do Congresso Nacional, na forma do regimentocomum.
Programação: O orçamento deve expressar as realizações e objetivos na forma programada e planejada. Vincula as normas orçamentárias à consecução e à finalidade do PPA e aos programas nacionais, regionais e setoriais. É decorrente da evolução das funções do orçamento.
Equilíbrio: assegurar que as despesas autorizadas não serão superiores à previsão das receitas. Os valores estabelecidos para a efetivação das despesas autorizadas deverão ser proporcionais aos valores previstos para a arrecadação das receitas.
Não Afetação ou não vinculação de receitas: Regra: é vedada a vinculação de receita de IMPOSTOS a órgão, fundo ou despesa. Exceções: a) Repartição constitucional dos impostos;
 b) Destinação de recursos para a Saúde;
 c) Destinação de recursos para o desenvolvimento do ensino;
 d) Destinação de recursos para a atividade de administração tributária;
 e) Prestação de garantias às operações de crédito por antecipação de receita;
 f) Garantia, contragarantia à União e pagamento de débitos para com esta.
Clareza: O orçamento deve ser expresso de forma clara, ordenada e completa.
Uniformidade ou Consistência: Orçamento de cada ente deve apresentar o mínimo de padronização ou uniformidade na apresentação de dados, de forma a permitir que os usuários realizem comparações entre os diversos períodos. Pode ser cumprido ainda que dois entes federativos classifiquem uma mesma despesa de formas diferentes.
Unidade de caixa: caixa único do Tesouro Nacional destina-se a efetivar esse princípio.
* As cotas de receitas que uma entidade pública deva transferir a outra se incluirão, como despesa, a no orçamento da entidade obrigada a transferência e, como receita, no orçamento da que as deva receber.
CRÉDITOS ADICIONAIS
- o crédito orçamentário é portador de uma dotação.
- crédito orçamentário: é constituído pelo conjunto de categorias classificatórias e contas que especificam as ações e operações autorizadas pela lei orçamentária, a fim de que sejam executados os programas de trabalho do Governo. 
- dotação: é o montante/limite de recursos financeiros com que conta o crédito orçamentário.
SOLICITAÇÃO DE ALTERAÇÕES ORÇAMENTÁRIAS
UO encaminha pedido para ÓRGÃO SETORIAL que analisa e se aprovar encaminha à SOF e se for aprovado, prepara os atos legais. O órgão setorial tbm pode encaminhar pedido.
CRÉDITOS ADICIONAIS:
Suplementares: são os créditos destinados a reforço de dotação orçamentária.
Especiais: são os créditos destinados a despesas para as quais não haja dotação orçamentária específica.
Extraordinários: são os créditos destinados a despesas urgentes e imprevisíveis, como em caso de guerra, comoção intestina ou calamidade pública.
- PPA, da LDO e da LOA e aos créditos adicionais serão apreciados pelas duas Casas do CN, na forma do regimento comum.
CRÉDITOS SUPLEMENTARES
- Reforço de dotação;
- Autorizado por lei (pode ser na LOA), aberto por decreto do PE;
- Vigência limitada ao exercício financeiro;
- INCORPORA-SE ao orçamento adicionando-se à dotação orçamentária que deva reforçar;
- Exceção ao princípio da exclusividade;
- Indicação obrigatória da fonte de recursos.
CRÉDITOS ESPECIAIS
- Autorizado por lei (não pode ser na LOA), aberto por decreto do PE;
- Não há dotação específica;
- Vigência limitada ao exercício financeiro, salvo: ato de autorização promulgado nos últimos 4 meses, daquele exercício, caso que, reabertos nos limites dos seus saldos, poderão viger até o fim do exercício subsequente.
- NÃO se incorporam, conservam sua especificidade;
- Exceção ao princípio da anualidade;
- Indicação obrigatória da fonte de recursos.
 		
-> Créditos suplementar e especiais, destinados aos órgãos do PJ, PL, MP e Defensoria: entregues em duodécimos até dia 20 de cada mês.
- Enquanto o crédito suplementar é incorporado ao orçamento, por adição da importância autorizada à dotação orçamentária, a despesa com crédito especial e com crédito extraordinário apresenta-se separadamente do orçamento.
- Os créditos especiais e extraordinários terão vigência no exercício financeiro em que forem autorizados, salvo se o ato de autorização for promulgado nos últimos quatro meses daquele exercício, caso em que, reabertos nos limites de seus saldos, serão incorporados ao orçamento do exercício financeiro subsequente.
CRÉDITOS EXTRAORDINÁRIOS
- Despesas urgentes e imprevisíveis.
- NÃO depende de autorização legislativa prévia;
- Abertos por MEDIDA PROVISÓRIA;
- Indicação da fonte de recursos é facultativa, ou seja, não depende da existência de fontes de recursos disponíveis para a sua abertura;
- Vigência limitada ao exercício financeiro, salvo: ato de autorização promulgado nos últimos 4 meses, daquele exercício, caso que, reabertos nos limites dos seus saldos, poderão viger até o fim do exercício subsequente.
- Exceção ao princípio da anualidade;
Juris: STF “A lei de conversão não convalida os vícios na medida provisória.”; “Compete ao STF verificar a imprevisibilidade ou não de um crédito orçamentário para o fim de julgar a possibilidade ou não de ele constar como crédito extraordinário em medida provisória.”
FONTES PARA A ABERTURA DE CRÉDITOS ADICIONAIS
- Superávit financeiro apurado em balanço patrimonial do exercício anterior;
- Os provenientes de excesso de arrecadação;
- Resultantes de anulação parcial ou total de dotações orçamentárias ou de créditos adicionais, autorizados em Lei;
- de operações de crédito autorizadas, em forma que juridicamente possibilite ao poder executivo realizá-las.
- § 8.º Os recursos que, em decorrência de veto, emenda ou rejeição do projeto de lei orçamentária anual, ficarem sem despesas correspondentes poderão ser utilizados, mediante créditos especiais ou suplementares, com prévia e específica autorização legislativa.
- Sob a denominação de Reserva de Contingência, o orçamento anual poderá conter dotação global não especificamente destinada a determinado órgão, UO, programa ou categoria econômica, cujos recursos serão utilizados para abertura de créditos adicionais.
VEDAÇÕES CONSTITUCIONAIS EM MATÉRIA ORÇAMENTÁRIA
Art. 167. São vedados:
I - o início de programas ou projetos não incluídos na lei orçamentária anual;
II - a realização de despesas ou a assunção de obrigações diretas que excedam os créditos orçamentários ou adicionais;
III – REGRA DE OURO: a realização de operações de créditos que excedam o montante das despesas de capital, SALVO as autorizadas mediante créditos suplementares ou especiais com finalidade precisa, aprovados pelo PL por maioria absoluta;
IV - a vinculação de receita de impostos a órgão, fundo ou despesa, ressalvadas a repartição do produto da arrecadação dos impostos a que se referem os arts. 158 e 159, a destinação de recursos para as ações e serviços públicos de saúde, para manutenção e desenvolvimento do ensino e para realização de atividades da administração tributária e a prestação de garantias às operações de crédito por antecipação de receita.
V - a abertura de crédito suplementar ou especial sem prévia autorização legislativa e sem indicação dos recursos correspondentes;
VI - a transposição, o remanejamento ou a transferência de recursos de uma categoria de programação para outra ou de um órgão para outro, sem prévia autorização legislativa salvo: 
No âmbito das atividades de ciência, tecnologia e inovação, mediante ato do PE, sem necessidade da prévia autorização legislativa;
VII - a concessão ou utilização de créditos ilimitados;
VIII - a utilização, sem autorização legislativa específica, de recursos dos orçamentos fiscal e da seguridade social para suprir necessidade ou cobrir déficit de empresas, fundações e fundos.
IX - a instituição de fundos de qualquer natureza, sem prévia autorização legislativa.
X - a transferência voluntária de recursos e a concessão de empréstimos, inclusive por antecipação de receita, pelos Governos Federal e Estaduais e suas instituições financeiras, para pagamento de despesas com pessoal ativo, inativo e pensionista, dos Estados, do distrito Federal e dos Municípios.
XI - a utilização dos recursosprovenientes das contribuições sociais para a realização de despesas distintas do pagamento de benefícios do RGPS.
DESPESAS COM PESSOAL NA CONSTITUIÇÃO FEDERAL
- Art. 169. A despesa com pessoal ativo e inativo da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios não poderá exceder os limites estabelecidos em lei complementar (é a LRF).
- A concessão de vantagem/remuneração, a criação de cargos, admissão de pessoal, a qualquer título, pelos órgãos e entidades da administração direta ou indireta, inclusive fundações instituídas e mantidas pelo poder público, só poderão ser feitas:
1. Se houver prévia dotação orçamentária suficiente;
2. Se houver autorização na LDO, salvo as EP e SEM.
Juris: STF “Não é exigível prévia dotação orçamentária quando se tratar de recomposição salarial orientada pela reposição do poder aquisitivo em virtude da inflação; “A ausência de dotação orçamentária prévia em legislação específica não autoriza a declaração de inconstitucionalidade da lei, impedindo tão somente a sua aplicação naquele exercício Financeiro.”
CICLO ORÇAMENTÁRIO ou PROCESSO ORÇAMENTÁRIO
-O ciclo orçamentário é um processo contínuo,NÃO é autossuficiente, é dinâmico e flexível, por meio do qual se elabora/planeja, aprova, executa, controla/avalia a programação de dispêndios do setor público nos aspectos físico e financeiro.
- ciclo orçamentário não se confunde com o ano civil. # exercício financeiro coincide com o ano civil.
- O PE de cada ente colocará à disposição dos demais Poderes e do MP, no mínimo trinta dias antes do prazo final para encaminhamento de suas propostas orçamentárias, os estudos e as estimativas das receitas para o exercício subsequente, inclusive da corrente líquida, e as respectivas memórias de cálculo.
Nos termos da CF/1988, o ciclo orçamentário ampliado desdobrar-se em oito fases, são insuscetíveis de aglutinação, quais sejam:
ELABORAÇÃO
DISCUÇÃO
EXECUÇÃO
AVALIAÇÃO
CONTROLE
_ formulação do planejamento plurianual, pelo Executivo;
_ apreciação e adequação do plano, pelo Legislativo;
_ proposição de metas e prioridades para a administração e da política de alocação de recursos pelo Executivo;
_ apreciação e adequação da LDO, pelo Legislativo;
_ elaboração da proposta de orçamento, pelo Executivo;
_ apreciação, adequação e autorização legislativa;
_ execução dos orçamentos aprovados;
_ avaliação da execução e julgamento das contas.
PRAZOS
PPA: Encaminhamento ao CN: até 4 meses antes do encerramento do 1° exercício financeiro (31.08).
Devolução para sanção: até o encerramento da sessão legislativa (22.12).
LDO: Encaminhamento ao CN: até 8 meses e 1/2 antes do encerramento do exercício financeiro (15.04).
Devolução para sanção: até o encerramento do 1º período da sessão legislativa (17.07).
LOA: Encaminhamento ao CN: até 4 meses antes do encerramento do exercício financeiro (31.08).
Devolução para sanção: até o encerramento da sessão legislativa (22.12).
EMENDAS NA CF/1988
Emendas ao projeto de lei do orçamento anual ou aos projetos que o modifiquem somente podem ser aprovadas caso:
I - sejam compatíveis com o PPA e LDO;
II - indiquem os recursos necessários, admitidos apenas os provenientes de anulação de despesa, excluídas as que incidam sobre:
a) dotações para pessoal e seus encargos
b) serviço da dívida;
c) transferências tributárias constitucionais para Estados, Municípios e o Distrito Federal; ou
III - sejam relacionadas:
a) com a correção de erros ou omissões; ou
b) com os dispositivos do texto do projeto de lei.
EMENDAS NA LEI 4320/1964
- O Poder Executivo publicará, até 30 dias após o encerramento de cada bimestre, relatório resumido da execução orçamentária (RREO).
CONTROLE
CONTROLE INTERNO: os Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário manterão, de forma integrada, sistema de CONTROLE INTERNO com a finalidade de:
- Avaliar o cumprimento das metas previstas no PPA, a execução dos programas de governo e LOAS da União;
- Apoiar o controle externo no exercício de sua missão institucional.
CONTROLE EXTERNO: a cargo do Congresso Nacional, será exercido com auxílio do TCU, que compete:
- Fiscalizar as contas nacionais das empresas supranacionais de cujo capital social a União participe, de forma direta ou indireta, nos termos do tratado constitutivo;
- Fiscalizar a aplicação de quaisquer recursos repassados pela União mediante convênio, acordo, ajuste ou outros instrumentos congêneres, a Estado, ao DF ou a Município;
- Sustar, se não atendido, a execução do ato impugnado, comunicando a decisão à Câmara dos Deputados e ao Senado Federal
RECEITA PÚBLICA
1.º DÍGITO: CATEGORIA ECONÔMICA DA RECEITA
1. Receitas Correntes
Impostos, Taxas e Contribuições de Melhoria
Contribuições
Receita Patrimonial
Receita Agropecuária
Receita Industrial
Receita de Serviços
Transferências Correntes
Outras Receitas Correntes
2. Receitas de Capital
Operações de Crédito
Alienação de Bens
Amortização de Empréstimos
Transferências de Capital
Outras Receitas de Capital
Receita Corrente Líquida:
Corresponde ao somatório das receitas tributárias, de contribuições, patrimoniais, industriais, agropecuárias, de serviços, transferências correntes e outras receitas também correntes, com as deduções (deduzidos, entre outros, a contribuição dos servidores para o custeio do seu sistema de previdência e assistência social e as receitas provenientes da compensação financeira citada no § 9.º do art. 201 da CF/1988 (compensação entre os diversos sistemas previdenciários).
- É o montante LÍQUIDO e não bruto!
-Apuração da RCL é feita durante o período de um ano, não necessariamente coincidente com o ano civil. Somente se o mês de referência for dezembro é que haverá tal coincidência.
- RCL = apurada somando as receitas arrecadadas no mês de referência e nos 11 meses anteriores, não necessariamente no mesmo ano!
DESPESA PÚBLICA
CLASSIFICAÇÃO DA DESPESA POR NATUREZA
Na LOA, a discriminação da despesa, quanto à sua natureza, far-se-á, no mínimo, por categoria econômica, grupo de natureza de despesa e modalidade de aplicação.
- As despesas orçamentárias são aquelas fixadas nas leis orçamentárias ou nas de créditos adicionais.
1.º nível: Categoria Econômica
- Despesas Correntes;
- Despesas de Capital.
2.º nível: Grupo de natureza da despesa à GND
Despesas Correntes
1 Pessoal e Encargos Sociais: despesas orçamentárias com pessoal ativo, inativo e pensionistas, relativas a mandatos eletivos, cargos, funções ou empregos, civis, militares e de membros de Poder, com quaisquer espécies remuneratórias, tais como vencimentos e vantagens, fixas e variáveis, subsídios, proventos da aposentadoria, reformas e pensões, inclusive adicionais, gratificações, horas extras e vantagens pessoais de qualquer natureza, bem como encargos sociais e contribuições recolhidas pelo ente às entidades de previdência.
2 Juros e Encargos da Dívida: despesas com o pagamento de juros, comissões e outros encargos de operações de crédito internas e externas contratadas, bem como da dívida pública mobiliária.
3 Outras Despesas Correntes: despesas com aquisição de material de consumo, pagamento de diárias, contribuições, subvenções*, auxílio-alimentação, auxílio-transporte.
* transferências destinadas a cobrir despesas de custeio das entidades beneficiadas, distinguindo-se como (art. 12, § 3º, da CF/1988):
_ subvenções sociais, as que se destinem a instituições públicas ou privadas de caráter assistencial ou cultural, sem finalidade lucrativa;
_ subvenções econômicas, as que se destinem a empresas públicas ou privadas de caráter industrial, comercial, agrícola ou pastoril.
_ A subvenção econômica será concedida a empresas públicas ou privadas de caráter industrial, comercial, agrícola ou pastoril, mediante expressa autorização em lei especial.
Despesas de Capital
4 Investimentos: softwares e com o planejamento e a execução de obras, inclusive com a aquisição de imóveis considerados necessários à realização destas últimas, e com a aquisição de instalações, equipamentos e material permanente.
5 Inversões financeiras: despesas orçamentáriascom a aquisição de imóveis ou bens de capital já em utilização; aquisição de títulos representativos do capital de empresas ou entidades de qualquer espécie, já constituídas.
6 Amortização da Dívida: pagamento e/ou refinanciamento do principal e da atualização monetária ou cambial da dívida pública interna e externa, contratual ou mobiliária.
- parcelas de amortização do principal da dívida.
3.º nível: Modalidade de Aplicação
4.º nível: Elemento da Despesa
5.º nível: Desdobramento Facultativo do Elemento da Despesa
Orçamentária: são as despesas fixadas nas leis orçamentárias ou nas de créditos adicionais, instituídas em bases legais. Obedecem aos estágios da despesa: fixação, empenho, liquidação e pagamento.
Extraorçamentária: são as despesas não consignadas no orçamento ou nas leis de créditos
adicionais. Correspondem à devolução de recursos transitórios que foram obtidos como receitas extraorçamentárias, ou seja, pertencem a terceiros e não aos órgãos públicos, como as restituições de cauções, pagamentos de restos a pagar, resgate de operações por antecipação de receita orçamentária, etc.
CLASSIFICAÇÃO DA LEI 4320/1964
Despesas Correntes
Despesas de Custeio: as dotações para manutenção de serviços anteriormente criados, inclusive as destinadas a atender a obras de conservação e adaptação de bens imóveis.
Transferências Correntes: as dotações para despesas as quais não corresponda contraprestação direta em bens ou serviços, inclusive para contribuições e subvenções destinadas a atender à manifestação de outras entidades de direito público ou privado, juros e encargos das dívida.
Despesas de Capital
Investimentos: as dotações para o planejamento e a execução de obras, inclusive as destinadas à aquisição de imóveis considerados necessários à realização destas últimas, bem como para os programas especiais de trabalho, aquisição de instalações.
Inversões Financeiras: as dotações destinadas a aquisição de imóveis, ou de bens de capital já em utilização; aquisição de títulos representativos do capital de empresas ou entidades de qualquer espécie, já constituídas, quando a operação não importe aumento do capital. concessão de um empréstimo.
Transferências de Capital: as dotações para investimentos ou inversões financeiras que outras pessoas de direito público ou privado devam realizar, independentemente de contraprestação direta em bens ou serviços, constituindo essas transferências auxílios ou contribuições, segundo derivem diretamente da Lei de Orçamento ou de lei especialmente anterior, bem como as dotações para amortização da dívida pública (PRINCIPAL).
- Na Lei de Orçamento a discriminação da despesa far-se-á no mínimo por elementos.
- Reservas de contingências não devem estar vinculadas à ação geradora da despesa, pois compreendem o volume de recursos destinados ao atendimento de passivos contingentes e outros riscos, bem como eventos fiscais imprevistos.
- A modalidade de aplicação indica se os recursos serão aplicados mediante transferência financeira, inclusive a decorrente de descentralização orçamentária para outros níveis de Governo, seus órgãos ou entidades, ou diretamente para entidades privadas sem fins lucrativos e outras instituições; A modalidade de aplicação é uma informação gerencial que objetiva,
principalmente, eliminar a dupla contagem dos recursos transferidos ou descentralizados. Por tudo isso, pode ser dizer que É estratégia para a realização da despesa.
- As programações orçamentárias estão organizadas em programas de trabalho com informações
qualitativas e quantitativas (que podem ser físicas ou financeiras). No aspecto qualitativo, o Programa de Trabalho define qualitativamente a programação orçamentária e
deve responder, de maneira clara e objetiva, às perguntas clássicas que caracterizam o ato de orçar, sendo, do ponto de vista operacional, composto dos seguintes blocos de informação: Classificação por Esfera, Classificação Institucional, Classificação Funcional e Estrutura Programática.
DESPESA PÚBLICA – CLASSIFICAÇÕES
Programação qualitativa é a classificação por esfera orçamentária.
- A esfera orçamentária tem por finalidade identificar se o orçamento é fiscal, da seguridade social ou investimento das empresas estatais.
- Classificação por esfera tem por objetivo identificar em que orçamento a despesa deverá ser realizada.
- Classificação por esfera orçamentária: pode ser vista pela ótica da receita ou da despesa.
(CESPE/TCE-SC - 2016) O objetivo da classificação da receita pública por esfera orçamentária é identificar se o item a ser classificado pertence ao orçamento fiscal, ao orçamento da seguridade social ou ao orçamento de investimento das empresas estatais. (CERTA)
(CESPE à Administrador à MPOG - 2015) O campo destinado à esfera orçamentária é composto de dois dígitos e deve ser associado à ação orçamentária. (CERTA)
CLASSIFICAÇÃO INSTITUCIONAL: 
-Que relaciona os órgãos orçamentários e suas respectivas unidades orçamentárias. A classificação institucional reflete a estrutura organizacional de alocação dos créditos orçamentários, e está estruturada em dois níveis hierárquicos: órgão orçamentário e unidade orçamentária.
UO: unidades orçamentárias podem corresponder a vários órgãos (repartições) ou apenas a uma parte de um único órgão. Órgão ou UO pode não corresponder a uma estrutura administratiuva.
Agrupamento de serviços subordinados ao mesmo órgão ou repartição a que serão consignadas dotações próprias.
ÓRGÃO ORÇAMENTÁRIO: é o agrupamento de unidades orçamentárias.
Classificação INSTITUCIONAL (não é econômica!) explicita os gastos relacionados a cada órgão público e é fundamental para o estabelecimento da responsabilidade administrativa pela formulação, pela execução e pelo controle dos orçamentos.
CLASSIFICAÇÃO FUNCIONAL
Responde a questão: “em que ÁREA do governo a despesa será usada?”
Nas leis orçamentárias e nos balanços, as ações serão identificadas em termos de funções, subfunções, programas, projetos, atividades e operações especiais.
Classificação funcional: representada por cinco dígitos, os 2 primeiros referem-se à função e os 3 últimos à subfunção.
Matricialidade na classificação funcional é possível combinar qualquer função com qualquer subfunção.
FUNÇÃO: o maior nível de agregação das diversas áreas de atuação do setor público e está relacionada com a missão institucional do órgão. Função típica do órgão, pode ter mais de uma função típica. Exceção:
OPERAÇÕES ESPECIAIS (agregação neutra): relacionadas a despesas que não contribuem para a manutenção, expansão ou aperfeiçoamento das ações de governo, das quais não resulta um produto, e não gera contraprestação direta sob a forma de bens ou serviços. NÃO integra o PPA.
SUBFUNÇÃO: representa um nível de agregação imediatamente inferior à função e deve evidenciar cada área da atuação governamental, por intermédio da agregação de determinado subconjunto de despesas e identificação da natureza básica das ações que se aglutinam em torno das funções. Podem ser combinadas com funções diferentes daquelas às quais estão Relacionadas. Ações são conectadas às subfunções.
ESTRUTURA PROGRAMÁTICA DA DESPESA
PROGRAMA: instrumento de ação do governo visando concretizar objetivos, mensurado pelo PPA.
Programas Telemáticos: para entrega de bens e serviços à população.
Programas de Gestão: apoio, manutenção da ação do governo.
AÇÕES: a partir dos programas são identificadas as ações: são operações que resultam em produtos e contribuem para um programa. São classificadas como atividades, projeto ou operações especiais.
- ATIVIDADE é um instrumento de programação utilizado para alcançar o objetivo de um programa e envolve um conjunto de operações que se realizam de modo contínuo e permanente e de que resulta um produto ou serviço necessário à manutenção da ação de governo.
- PROJETO: utilizado para alcançar o objetivo de um programa, envolvendo um conjunto de operações, limitadas no tempo, das quais resulta um produto que concorre para a expansão ou o aperfeiçoamento.
- OPERAÇÃOESPECIAL: despesas que não contribuem para a manutenção, expansão ou aperfeiçoamento das ações de governo, das quais não resulta um produto, e não gera contraprestação direta sob a forma de bens ou serviços.
Ações Padronizadas: implementação realizada em mais de um órgão ou UO.
Setorial: implementadas por mais de uma UO do mesmo órgão.
Multisetorial: executadas por mais de um órgão ou UO de órgãos diferentes considerando o tema.
SUBTÍTULO: utilizado especialmente para especificar a localização física da ação, não poed haver alteração da finalidade da ação. Pode ser nacional, por região, por estado, no exterior e EXCEPCIONALMENTE por critério específico quando necessário. MENOR NÍVEL DE CATEGORIA DE PROGRAMAÇÃO. possui atributos.
 PLANO ORÇAMENTÁRIO
- É uma identificação orçamentária, de caráter gerencial (não constante da LOA), vinculada à ação orçamentária.
- Finalidade: permitir que tanto a elaboração do orçamento quanto o acompanhamento físico e financeiro da execução ocorram em um nível mais detalhado do que o do subtítulo (localizador de gasto) da ação.
- É opcional, PORÉM em ações de acompanhamento intensivo ele é obrigatório!
Tipos de PO:
- Produção Pública Intermediária
- Etapas do Projeto
- Mecanismos de acompanhamento intensivo
- Funcionamento de estruturas descentralizadas.
CÓDIGO do PLANO ORÇAMENTÁRIO é uma identificação alfanumérica de quatro posições. É gerado automaticamente pelo SIOP, pode ser alterada pelo usuário.
IDUSO : A classificação por Identificador de Uso, indica se os recursos se destinam à contrapartida nacional e é utilizado para discriminar empréstimos, doações e outras aplicações. Vem completar a informação concernente à aplicação dos recursos e destina-se a indicar se os recursos compõem contrapartida nacional de empréstimos, doações ou destinam-se a outras aplicações, constando da lei orçamentária e de seus créditos adicionais.
 ESTÁGIOS DA RECEITA E DA DESPESA
ESTÁGIOS DA RECEITA
Planejamento: PREVISÃO
Execução: LANÇAMENTO, ARRECADAÇÃO E RECOLHIMENTO.
Controle e avaliação: esta fase compreende a fiscalização realizada pela própria Administração, pelos órgãos de controle e pela sociedade.
Nem todos os estágios ocorrem para todas as receitas orçamentáriaS! Ex: doações em espécie recebidas pelos entes públicos.
LANÇAMENTO:
- Ato da repartição competente, que verifica a procedência do crédito fiscal e a pessoa que é devedora e inscreve o débito desta.
- Objetos do lançamento: impostos diretos e qualquer outra renda com vencimento determinado em lei, regulamento ou contrato.
- Verifica a ocorrência do fato gerador da obrigação correspondente, determinar a matéria tributável, calcula montante do tributo devido, identifica sujeito passivo, propõem aplicação penalidade cabível.
- As doações em espécie recebidas pelos entes públicos não passam pelo estágio do lançamento. (CESPE/TRT 8 – 2016 Analista Jud)
LANÇAMENTO POR DECLARAÇÃO OU MISTO:
- Espontaneidade do sujeito passivo em declarar corretamente.
- feito pela autoridade administrativa em face de uma declaração fornecida pelo contribuinte ou responsável.
- Ex: ITCMD ( imposto de transmissão causa mortis e doação) e IE (imposto de exportação).
LANÇAMENTO POR HOMOLOGAÇÃO OU AUTOLANÇAMENTO:
- Pagamento e informações prestadas pelo contribuinte são feitas sem qualquer exame prévio.
- A legislação atribui ao contribuinte ou responsável o dever de realizar pagamento de forma antecipada, sem exame prévio da autoridade.
- Ex: IR, ICMS, IPI.
LANÇAMENTO DE OFÍCIO OU DIRETO:
- Efetuado pela Administração sem a participação do contribuinte. 
- Têm como fato gerador uma situação cujos dados constam dos cadastros fiscais, basta à autoridade administrativa a consulta aos registros para que se tenha às mãos dados fáticos necessários à realização do lançamento.
- Ex: IPTU, IPVA
ARRECADAÇÃO:
- É a entrega dos recursos devidos ao Tesouro, realizada pelos contribuintes ou devedores aos agentes arrecadadores ou bancos autorizados pelo ente.
RECOLHIMENTO:
- consiste no depósito em conta do Tesouro, aberta especificamente para esse fim, pelos caixas ou bancos arrecadadores. Feita em estrita observância do princípio de unidade de tesouraria ou de caixa, vedada qualquer fragmentação.
ESTÁGIOS DA DESPESA
Planejamento: FIXAÇÃO
Execução: EMPENHO, LIQUIDAÇÃO E PAGAMENTO.
Controle e avaliação
FIXAÇÃO ou PROGRAMAÇÃO
- É a dotação inicial da LOA
- É concluída com a autorização do PL por meio da LOA, salvo os créditos adicionais.
- Nem todas as despesas passam pelo estágio da programação.
EMPENHO
- É o ato emanado de autoridade competente que cria para o Estado obrigação de pagamento pendente ou não de implemento de condição.
- Empenho da despesa não poderá exceder o limite dos créditos concedidos.
- O que pode ser dispensada é a nota de empenho e nunca o empenho. A nota de empenho (NE) é a materialização do empenho.
EMPENHO ORDINÁRIO:
- Previamente conhecido e pagamento ocorre uma só vez.
POR ESTIMATIVA:
- montante não se pode determinar.
GLOBAL:
- Montante definido, é para atender despesas contratuais ou sujeitas a parcelamento.
Empenho insuficiente = reforço
Empenho excedente = anulação parcial
Empenho incorreto ou objeto não cumprido = anulação total.
- A redução ou cancelamento, no exercício financeiro, de compromisso que caracterizou o empenho, implicará sua anulação parcial ou total. A importância correspondente será revertida à
respectiva dotação orçamentária.
LIQUIDAÇÃO
- consiste na verificação do direito adquirido pelo credor (ou entidade beneficiária) tendo por base os títulos e os documentos comprobatórios do respectivo crédito (ou da habilitação ao benefício).
- Tem por finalidade reconhecer ou apurar:
- A origem e o objeto do que se deve pagar.
- A importância exata a pagar.
- A quem se deve pagar a importância para extinguir a obrigação.
As despesas com fornecimento ou com serviços prestados terão por base:
- O contrato, ajuste ou acordo respectivo.
- A nota de empenho.
- Os comprovantes da entrega de material ou da prestação efetiva dos serviços.
PAGAMENTO
- Consiste na entrega de numerário ao credor mediante cheque nominativo, ordens de pagamentos ou crédito em conta.
- O pagamento da despesa será efetuado por tesouraria ou pagadoria , em casos excepcionais, por meio de adiantamento.
- O regime de adiantamento é aplicável aos casos de despesas expressamente definidos em lei e
consiste na entrega de numerário a servidor, sempre precedida de empenho na dotação própria
para o fim de realizar despesas, que não possam subordinar-se ao processo normal de aplicação.
ENFOQUE ORÇAMENTÁRIO E ENFOQUE PATRIMONIAL
- REGIME DE CAIXA: receitas são contabilizadas quando recebidas (entram em caixa) e despesas são contabilizadas quando são pagas (saem do caixa).
- REGIME DE COMPETÊNCIA: receitas e despesas são contabilizadas a depender do momento que são comprometidas, independente do momento que a receita ou despesa entre ou saia do caixa.
Qual o regime usado na Admnistração Pública.
R: Depende se o enfoque é PATRIMONIAL ou ORÇAMENTÁRIO.
O regime adotado para reconhecimento das receitas decorre do enfoque orçamentário dessa lei (4320) com o objetivo de evitar o risco de que a execução das despesas orçamentárias ultrapasse a arrecadação efetivada. O art. 35 refere-se ao enfoque orçamentário e não ao enfoque patrimonial.
 RESTOS A PAGAR
 (CESPE Técnico Municipal de Controle Interno - CGM/JP 2018) Uma despesa empenhada e não paga no exercício social em que havia sido prevista integra os restos a pagar e será classificada como despesa extraorçamentária do exercício em que se der o seu efetivo pagamento.
Certa.
- Restos a Pagar são constituídos por recursos correspondentes a exercícios financeiros já encerrados. No entanto, integram a programação financeira do exercício em curso.
- São as despesas empenhadas, mas não pagas dentro do exercício financeiro. Podem ser:
Processados: empenhados, liquidados e não pagos.
Ou seja: restos a pagar processados = liquidado - pago.
Não Processados: empenhados, não liquidadose não pagos.
Ou seja: restos a pagar não processados = empenhado – liquidado
Os restos a pagar, excluídos os serviços da dívida, constituem-se em modalidade de dívida pública flutuante e são registradas por exercício e por credor, distinguindo-se as despesas processadas das não processadas2.
Restos a pagar não processado a liquidar: registrado o empenho, mas não ocorrido o fato gerador da obrigação, e caso comprovadas as condições necessárias para inscrição de restos a pagar. Nesse caso, houve o empenho dentro do exercício financeiro e o credor só entregará o produto no exercício seguinte (se for um bem, por exemplo).
Restos a pagar não processado em liquidação: ocorrido o fato gerador da obrigação antes do término do exercício em curso, sem que se tenha procedido o estágio da liquidação, deve-se reconhecer o impacto patrimonial da despesa. Nesse caso, houve o empenho dentro do exercício financeiro, o credor entregou o produto no mesmo exercício, mas a liquidação só estará concluída no exercício seguinte, não está terminada. E, se ela está ocorrendo, é porque o fornecedor JÁ ENTREGOU O PRODUTO.
Restos a pagar NÃO processados: válido até 30 de junho do segundo ano subsequente a sua inscrição. Exceto: (permanecem válidos após 30/06):
1. De despesas executadas diretamente por órgãos ou entidades da União.
2. Sejam relativos às despesas de PAC, Ministério da Saúde, Educação.
- Restos a pagar processados não podem ser cancelados. = o fornecedor cumpriu com a obrigação de fazer logo a Administração não pode deixar de pagar = prescreve em 5 ANOS.
- Restos a pagar com prescrição interrompida, inscrição cancelada = ainda vigente o direito do credor, poderão ser pagos à conta de despesas de exercícios anteriores (DEA), respeitada a categoria própria, no exercício que forem liquidados.
 - Redução ou Cancelamento, no exercício financeiro, de compromisso que caracterizou o empenho, implicará sua anulação parcial ou total. A importância correspondente será revertida à respectiva dotação orçamentária.
- Anulação de despesa ocorrer após o encerramento do exercício,(de acordo com a 4.320/64) considerar-se-á receita orçamentária do ano em que se efetivar. De acordo com o Manual de Contabilidade Aplicada ao Setor Público - MCASP dispõe que não devem ser reconhecidos como receitas orçamentárias os recursos financeiros oriundos de cancelamento de despesas inscritas em restos a pagar, o qual consiste na baixa da obrigação constituída em exercícios anteriores
Situações de RP como receita e como despesa extraorçamentária
- Inicialmente é despesa orçamentária, se for inscrita em RP no fim do exercício será receita extraorçamentária.
- Na contrapartida, quando os RP forem pagos serão despesa extraorçamentária.
Anulação de suprimento de fundos no mesmo exercício: anulação de despesa
Anulação de suprimento de fundos em outro exercício: receita orçamentária.
-Servidor declarado em alcance é  aquele que não tenha prestado contas do suprimento no prazo regulamentar ou cujas contas não tenham sido aprovadas.
DESPESAS DE EXERCÍCIOS ANTERIORES
- São orçamentárias!
- São as despesas relativas a exercícios encerrados, para as quais o orçamento respectivo consignava crédito próprio, com saldo suficiente para atendê-las, que não se tenham processado na época própria, bem como os Restos a Pagar com prescrição interrompida e os compromissos reconhecidos após o encerramento do exercício correspondente. Poderão ser pagos à conta de dotação específica consignada no orçamento, discriminada por elementos, obedecida,
sempre que possível, a ordem cronológica.
LEI DE RESPONSABILIDADE FISCAL
PRINCÍPIOS:
- Planejamento
- Transparência
- Responsabilização
- Controle
ABRANGÊNCIA:
A LRF obrigam a União, os estados, o Distrito Federal e os municípios. U, E, DF e Mun:compreendidos o PE, o P, o PJ, neste abrangidos os Tribunais de Contas, o Poder Judiciário e o Ministério Público; bem como as respectivas Administrações diretas, fundos, autarquias,
fundações e empresas estatais dependentes (não é independentes, nem “não dependentes” ).
Empresa estatal dependente é uma empresa controlada, recebe do ente controlador recursos financeiros para pagamento de despesas com pessoal ou de custeio em geral ou de capital, excluídos, no último caso, aqueles provenientes de aumento de participação acionária (art. 2º, III, da LRF).
Empresa controlada é a sociedade cuja maioria do capital social com direito a voto pertença, direta ou indiretamente, a ente da Federação.
OBJETIVOS DA LRF:
- É a ação planejada e transparente na gestão fiscal. Não cabe à LRF o estabelecimento de normas gerais sobre balanços contábeis.
· O anexo de metas fiscais e o anexo de riscos fiscais integram a LDO.
ANEXO DE METAS FISCAIS:
- conterá, dentre outros, avaliação da situação financeira e atuarial dos RGPS e próprio dos servidores públicos e do Fundo de Amparo ao Trabalhador; bem como dos demais fundos públicos e programas estatais de natureza atuarial (art. 4º, § 2º, V, da LRF).
- anexo de metas fiscais da LDO (e não a LDO) lei de diretrizes orçamentárias conter o demonstrativo da estimativa e compensação da renúncia de receita e da margem de expansão das despesas obrigatórias de caráter continuado.
- São estabelecidas as metas anuais, em valores correntes e constantes, relativas a receitas, despesas, resultados nominal e primário e montante da dívida pública, para o exercício a que se referirem e para os dois seguintes (art. 4º, § 1º, da LRF).
- Contém a evolução do patrimônio líquido, também nos últimos três exercícios, destacando a origem e a aplicação dos recursos obtidos com a alienação de ativos (art. 4º, § 2º, III, da LRF).
ANEXO DE RISCOS FISCAIS:
- onde serão avaliados os passivos contingentes e outros riscos capazes de afetar as contas públicas, informando as providências a serem tomadas, caso se concretizem (art. 4º, § 3º, da LRF).
- Riscos Fiscais da LDO serão avaliados os passivos contingentes e outros riscos capazes de afetar as contas públicas, informando as providências a serem tomadas, caso se concretizem. Os passivos contingentes podem ser definidos como dívidas cuja existência dependa de fatores imprevisíveis, como os processos judiciais em curso e dívidas em processo de reconhecimento.
- Se dividem em riscos orçamentários e riscos da dívida!
Riscos orçamentários:
- Restituição de tributos superior aos valores previstos.
LEI DE RESPONSABILIDADE FISCAL – Parte II
DESPESA OBRIGATÓRIA DE CARÁTER CONTINUADO
- Despesas indenizatórias, como passagens e gastos com locomoção não se enquadram como despesas com pessoal.
- São as despesas correntes derivadas de lei, medida provisória ou ato administrativo normativo que fixem para o ente a obrigação legal de sua execução por um período superior a dois exercícios.
- Exigências para criar ou aumentar a DOCC:
-- Estimativas do impacto orçamentário-financeiro, no exercício que deva entrar em vigor e nos dois subsequentes;
-- Origem dos recursos para seu custeio;
-- Comprovação de que a criação ou o aumento da despesa não afetará as metas de resultados fiscais previstas no anexo de metas fiscais da LDO;
-- Compensação pelo AUMENTO PERMANENTE DA DESPESA ou REDUÇÃO PERMANENTE DA DESPESA.
** A compensação é dispensada em:
I - concessão de benefício a quem satisfaça as condições de habilitação prevista na legislação pertinente;
II - expansão quantitativa do atendimento e dos serviços prestados;
III - reajustamento de valor do benefício ou serviço, a fim de preservar o seu valor real.
Aplica-se a benefício ou serviço de saúde, previdência e assistência social, inclusive os destinados aos servidores públicos e militares, ativos e inativos, e aos pensionistas.
**A exigência da estimativa de impacto NÃO se aplica aqui: As destinadas ao serviço da dívida e ao reajustamento de remuneração de pessoal de que trata o inciso X do art. 37 da CF/1988 estão excluídas dessas regras.
- Acompanhada de:
-- Estimativa do impacto orçamentário-financeiro no exercício em que deva entrar em vigor e nos dois subsequentes;
-- declaraçãodo ordenador da despesa de que o aumento tem adequação orçamentária e financeira com a LOA e compatibilidade com o PPA e com a LDO.
*A estimativa e a declaração são condições prévias para licitação, fornecimento de bens e execução de obras.
- Despesa Adequada Com A Loa E Compatível Com PPA E LDO.
- Para LRF:
É adequada com a LOA a despesa objeto de dotação específica e suficiente, ou que esteja abrangida por crédito genérico, de forma que, somadas todas as despesas da mesma espécie, realizadas e a realizar, previstas no programa de trabalho, não sejam ultrapassados os limites estabelecidos para o exercício.
· É a LRF que define limites e condições para a expansão das despesas obrigatórias de caráter continuado. NÃO é a LDO, LOA, PPA...
(CESPE/Técnico de Controle Interno - MPU2010) Entre outras determinações, a LDO estabelece limites e condições para a expansão das despesas obrigatórias de caráter continuado. (Errada)
(CESPE Analista Administrativo-ANTAQ/2009) Além de estabelecer regras para a realização das chamadas despesas obrigatórias de caráter continuado, a LRF atribuiu às leis de diretrizes orçamentárias a competência para definir limites e condições para a expansão dessas despesas. (ERRADA)
(CESPE – STJ/TÉC 2018). Se determinada receita estiver vinculada a uma despesa específica, mas a ação correspondente não for executada até o final do exercício, os recursos deverão reverter ao Tesouro Nacional, e a vinculação perderá sua eficácia. (ERRADA)
 Os recursos legalmente vinculados a finalidade específica serão utilizados exclusivamente para atender ao objeto de sua vinculação, ainda que em exercício diverso daquele em que ocorrer o ingresso.
- Estão dispensadas da compensação de receita as renúncias referentes aos impostos sobre importação, exportação, IPI e IOF. 
RREO (relatório resumido da execução orçamentária)
receitas, por categoria econômica e fonte, especificando aprevisão inicial, a previsão atualizada para o exercício, a receita realizada no BIMESTRE, a realizada no exercício e a previsão a realizar...
RGF (relatório de gestão fiscal)
demonstrativos, no último QUADRIMESTRE
- Lei estadual ou municipal pode estabelecer limites INFERIORES aos previstos na LRF para as dívidas consolidada e mobiliária, operações de crédito e concessão de garantias.
TRANSFERÊNCIA VOLUNTÁRIA: entrega de recursos correntes ou de capital a outro ente da federação, a título de auxílio ou cooperação, que NÃO DECORRA de determinação constitucional, legal ou os destinados ao SUS.
- Segundo LRF: é a LDO que regulamenta o equilíbrio das receitas e despesas!
União – 50% RCL,
Estados e Municípios: 60% da RCL.
Art 20 da LRF: Repartição dos limites globais:
Na Esfera Federal: 2,5% para o Legislativo + TCU, 6% Judiciáro e 40,9% Executivo e 0,6% MPU
Na Esfera Estadual: 3% Legislativo + TCE, 6% Judiciário, 49% Executivo, 2% MP dos Estados
Na Esfera Municipal: 6% Legislativo + TCM (se houver), 54% Executivo
- O balanço orçamentário discriminará as RECEITAS por FONTES e as DESPESAS por GRUPO NATUREZA.

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