A estrutura dos Regimes Próprios de Previdência Social (RPPS) deve observar critérios técnicos e legais voltados à sustentabilidade e legalidade do regime. Entre esses critérios estão a realização periódica de avaliações atuariais, a separação de contas bancárias distintas do Tesouro e o uso exclusivo dos recursos previdenciários para pagamento de benefícios e despesas administrativas dentro dos limites legais. O equilíbrio financeiro e atuarial do RPPS é uma exigência constitucional, sendo viabilizado por meio de contribuições de servidores ativos, aposentados, pensionistas e do próprio ente público, bem como por aportes de bens e ativos que atendam aos critérios de liquidez e solvência. A eventual extinção do RPPS exige a manutenção das obrigações do ente federativo com os benefícios já concedidos ou com direito adquirido. Além disso, a gestão do regime deve cumprir requisitos de governança, transparência e prestação de contas, sendo submetida a auditorias e controles internos e externos. O Ministério da Previdência Social supervisiona o cumprimento desses critérios e condiciona a emissão do Certificado de Regularidade Previdenciária (CRP) à observância de exigências técnicas e normativas, entre elas a escrituração contábil adequada e o uso de contas segregadas. Essas práticas visam garantir que os recursos sejam aplicados de maneira segura, eficiente e conforme os parâmetros legais e atuariais, evitando déficits e assegurando o pagamento de aposentadorias e pensões futuras aos servidores. Isto posto, analise as afirmativas a seguir. I. Os RPPS devem manter contas bancárias específicas, distintas das contas do Tesouro, para a movimentação dos recursos previdenciários. II. O ente federativo pode utilizar os recursos do RPPS para pagar qualquer tipo de despesa pública, desde que preveja essa destinação em lei local. III. A extinção de um RPPS não exime o ente federativo da responsabilidade de pagar os benefícios concedidos durante sua vigência. IV. A certificação da regularidade previdenciária depende da comprova