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Brazilian Journal of Development 
ISSN: 2525-8761 
15553 
 
 
Brazilian Journal of Development, Curitiba, v.8, n.3, p. 15553-15584, mar., 2022. 
 
Os diversos aspectos da imunessenescência: uma revisão sistemática 
 
The various aspects of immunosenescence: a systematic review 
 
DOI:10.34117/bjdv8n3-006 
 
Recebimento dos originais: 14/02/2022 
Aceitação para publicação: 02/03/2022 
 
Angélica Seixas Leal 
Ensino Superior Incompleto - Curso de Medicina 
Instituição: Universidade Vale do Rio Doce - UNIVALE 
Endereço: Av. Prof. Sinval Silva, 300, Esplanada, CEP: 35020450 
Governador Valadares - MG 
E-mail: angelica.leal@univale.br 
 
Bruno Lemos Paoliello 
Ensino Superior Incompleto - Curso de Medicina 
Instituição: Universidade Vale do Rio Doce - UNIVALE 
Endereço: Rua 9, 701, chácaras Braúnas, CEP: 35023040 
 Governador Valadares - MG 
E-mail: bruno.paoliello@univale.br 
 
Felipe Bouzas da Silva 
Ensino Superior Incompleto - Curso de Medicina 
Instituição: Universidade Vale do Rio Doce - UNIVALE 
Endereço: Rua Israel Pinheiros, 1455, São Pedro, CEP: 35020-220 
 Governador Valadares - MG 
E-mail: felipe.silva@univale.br 
 
Guilherme Martins Müller 
Ensino Superior Incompleto - Curso de Medicina 
Instituição: Universidade Vale do Rio Doce - UNIVALE 
Endereço: Endereço: Rua Israel Pinheiros, 1455, São Pedro, CEP: 35020-220 
 Governador Valadares - MG 
E-mail: guilherme.muller@univale.br 
 
Igor Costa Carvalho 
Ensino Superior Incompleto - Curso de Medicina 
Instituição: Universidade Vale do Rio Doce - UNIVALE 
Endereço: Av. Dr. Sérvulo Teixeira 192, Alto Esplanada, CEP: 35064-004 
Governador Valadares - MG 
E-mail: igor.carvalhol@univale.br 
 
José Walter Sampaio Neto 
Ensino Superior Incompleto - Curso de Medicina 
Instituição: Universidade Vale do Rio Doce - UNIVALE 
Endereço: Av. Dr. Sérvulo Teixeira, 321, Alto Esplanada, CEP: 35064-004 
Governador Valadares - MG 
E-mail: jose.sampaio@univale.br 
 
mailto:angelica.leal@univale.br
mailto:bruno.paoliello@univale.br
mailto:felipe.silva@univale.br
mailto:guilherme.muller@univale.br
mailto:igor.carvalhol@univale.br
mailto:jose.sampaio@univale.br
Brazilian Journal of Development 
ISSN: 2525-8761 
15554 
 
 
Brazilian Journal of Development, Curitiba, v.8, n.3, p. 15553-15584, mar., 2022. 
 
Leonardo Figueiredo Mendes Silva 
Ensino Superior Incompleto - Curso de Medicina 
Instituição: Universidade Vale do Rio Doce - UNIVALE 
Endereço: Rua Benjamin Constant, 786, Centro - CEP: 35010-060 
Governador Valadares - MG 
E-mail: leonardo.mendes@univale.br 
 
Michele Helena da Silva 
Ensino Superior Incompleto - Curso de Medicina 
Instituição: Universidade Vale do Rio Doce - UNIVALE 
Endereço: Av. Álvaro Reis, 293, Esplanada – CEP: 35020020 
Governador Valadares - MG 
E-mail: michele.silva@univale.br 
 
Sarah Kellen Pereira Prates 
Ensino Superior Incompleto - Curso de Medicina 
Instituição: Universidade Vale do Rio Doce - UNIVALE 
Endereço: Rua Américo Menezes, 23, São Pedro, CEP: 35020-030 
 Governador Valadares-MG 
E-mail: sarah.prates@univale.br 
 
Yasmin Luiza Peruzzo 
Ensino Superior Incompleto - Curso de Medicina 
Instituição: Universidade Vale do Rio Doce - UNIVALE 
Endereço: Rua Israel Pinheiro, 1545, St Dumont I, CEP: 35020-220 
E-mail. Yasmin.peruzzo@univale.br 
 
Pedro Henrique Ferreira Marçal 
Doutor em Imunologia e Genética 
Instituição: Universidade Vale do Rio Doce - Univale - Núcleo da Saúde 
Endereço: Rua Edgard Fernandes 78, Castanheiras, CEP: 35054753 
 Governador Valadares - MG 
E-mail: phfmarcal@gmail.com 
 
RESUMO 
O envelhecimento envolve diversos processos moleculares e celulares e a imunossenescência 
se evidencia no que concerne à redução generalizada das funções imunológicas. As razões para 
isso extrapolam a cronologia e apontam para a atuação da medicina preventiva, com o fito de 
promover qualidade de vida à população idosa que, segundo a tendência mundial, continua a 
crescer. Considerando aspectos imunológicos gerais, a senescência tem sido resumida à perda 
progressiva da homeostase, no que diz respeito à capacidade menor e mais lenta dos indivíduos 
senis quanto às respostas imunológicas, às alterações ambientais e à deterioração de seu 
funcionamento fisiológico, o que os tornariam mais vulneráveis a uma série de infecções e 
problemas crônicos. Mediante a isso, o presente estudo tem por objetivos centrais explorar o 
envelhecimento e discutir sobre suas alterações no organismo, evidenciando a influência de 
fatores como nutrição, estresse, sono, exercício físico e a Covid-19. Conclui-se, portanto, que 
tal sistema, atuante na proteção contra diversas doenças, mostra-se, um tanto, suprimido nessas 
idades, com vias de alta complexidade e ainda não completamente elucidadas. Nesse caso, 
traçar estratégias para compreender e amenizar a imunossenescência extrapola a perspectiva 
restrita ao rejuvenescimento e engloba o bem-estar, principalmente pelas doenças infecciosas e 
mailto:leonardo.mendes@univale.br
mailto:michele.silva@univale.br
mailto:sarah.prates@univale.br
mailto:Yasmin.peruzzo@univale.br
mailto:phfmarcal@gmail.com
Brazilian Journal of Development 
ISSN: 2525-8761 
15555 
 
 
Brazilian Journal of Development, Curitiba, v.8, n.3, p. 15553-15584, mar., 2022. 
 
inflamatórias às quais o público destacado mostra-se mais susceptível, o que torna o estudo de 
imensa relevância à sociedade civil e de interesse à comunidade científica, a fim de que os 
mecanismos envolvidos sejam consolidados e os objetivos mencionados, de fato, atingidos. 
 
Palavras-chave: imunossenescência, imunologia, covid-19. 
 
ABSTRACT 
Aging involves several molecular and cellular processes, the immunosenescence is evident in 
terms of the generalized reduction in immune functions. The reasons for this goes beyond the 
chronology, pointing to preventive medicine, with the aim of promoting quality of life for the 
elderly population, which, according to the world trend, continues to grow. Considering general 
immunological aspects, senescence has been summarized as the progressive loss of 
homeostasis, with regard to the smaller and slower capacity of senile individuals regarding 
immunological responses, environmental changes and the deterioration of their physiological 
functioning, which would make them more vulnerable to a range of infections and chronic 
problems. Therefore, the present study has as central objectives to explore aging and discuss its 
changes in the body, indicating the influence of factors such as nutrition, stress, sleep, physical 
exercise and Covid-19. It is concluded, therefore, that this system, which acts in the protection 
against several diseases, is suppressed at these ages, with highly complex pathways that have 
not yet been completely elucidated. In this case, draw strategies to understand and ease 
immunosenescence goes beyond the perspective restricted to rejuvenation and encompasses 
well-being, mainly due to infectious and inflammatory diseases to which the public in question 
is more susceptible, which makes the study of immense relevance to civil society and interesting 
to the scientific community, so that the mechanisms involved are consolidated and the 
objectives mentioned, in fact, achieved. 
 
Keywords: immunosenescence, immunology, covid-19. 
 
 
 
1 INTRODUÇÃO 
O envelhecimento de uma espécie depende de múltiplos aspectos que superam a simples 
cronologia. Nessa perspectiva, já afirmava Levet-Gautrat, “(...) Não existe uma entrada na 
velhice e sim entradas diferentes e sucessivas”, haja vista que cada indivíduo reage de forma 
singular ao processo de amadurecimento. Partindo desse pressuposto, o processo de 
envelhecimento é visto como um conjunto de variáveis sejam eles de origem genética, 
metabólica celular ou molecular. Desse modo, é importante salientar dois mecanismos que se 
destacam quando se trata do envelhecimento: o deAcesso: 03/05/2021. 
 
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https://www.journalofinfection.com/article/S0163-4453(20)30165-1/fulltextnatureza genético desenvolvimentista e o de 
natureza estocástica. 
O envelhecimento de natureza genético desenvolvimentista é definido como um 
processo contínuo e controlado geneticamente, sendo resultado de um desequilíbrio 
neuroendócrino que atenua a integração funcional dos sistemas orgânicos. Em contrapartida, a 
teoria estocástica defende a ideia de que o processo de envelhecimento é fruto do acúmulo de 
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agressões ambientais que atingem níveis incompatíveis com a manutenção da homeostase do 
organismo e, consequentemente, da vida. 
O envelhecimento se trata de um evento natural da vida dos seres humanos, que ainda 
possui muito a se conceber sobre seus efeitos. Ao analisar os dados demográficos mundiais, 
constata-se que, até o ano de 2050, o número total de idosos com mais de 60 anos ultrapassará 
a marca de 2 bilhões, ultrapassando os 900 milhões de 2015. Segundo Bacha, Perez e Vianna 
(2006), o decréscimo da taxa de fecundidade e o aumento da expectativa de vida são as 
principais fontes de contribuição para o envelhecimento da população total. Isso se deve não 
somente a mecanismos de cuidado focados na saúde dos mais velhos, como também em razão 
da evolução dos conceitos e tratamentos da medicina profilática, estes, fundamentados na 
eficácia de medicamentos e diagnósticos para doenças crônico-degenerativas e infecto 
contagiosas, onde são ponderados como determinantes na manutenção da qualidade de vida dos 
indivíduos. (FRIES; PEREIRA, 2011). 
 O organismo humano com o avanço da idade sofre influências fisiológicas e patológicas 
como o câncer ou ainda por doenças autoimunes que podem promover interrupções no 
mecanismo de sinalização e, assim, influenciar na resposta imune do sistema. A imunidade 
adquirida possui como um de seus mecanismos de defesa as Células T, estas nas quais são 
ativadas por meio de eventos sequenciais de sinalização, fenômeno esse capaz de promover 
diferenciação, apoptose, energia e a evolução de funções efetoras ou de memória. Estas 
manifestações resultantes de ativação das Células T são determinadas por subpopulações onde 
cada uma possui receptores co-estimulatórios específicos, presentes na composição da 
membrana plasmática, para cada estímulo. Existem os receptores de células apresentadoras de 
antígenos (APC), na qual a sinalização ocorre por meio de células apresentadoras de antígenos 
(APC) que capturam os microrganismos invasores e levam até as células da imunidade 
adquirida que possuem competência em combater este invasor, como também há os receptores 
de equilíbrio entre as citocinas., citocinas essas que são produzidas por diversas células, mas 
principalmente por linfócitos e macrófagos ativados, com ação de modular a função de outras 
células ou da própria célula, de modo a promover o controle da resposta imune. Portanto, devido 
às alterações de características patológicas bem como transformações comuns à idade acomete 
em maior frequência indivíduos em idade avançada, as funções do sistema imunológico, acima 
descritas, acabam não sendo tão efetivas quanto em uma pessoa jovem. 
 Portanto, com o envelhecimento do ser humano o sistema imune também passa por 
transformações ao longo do processo é marcado por mudanças em todas as suas fases, sendo 
que o ápice da função do sistema imune ocorre na puberdade e há um declínio gradativo durante 
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o envelhecimento (EWERS AT, RIZZO LV e FILHO JK, 2008). A OMS - Organização 
Mundial de Saúde- declara como idoso os cidadãos com idade superior a 65 anos. Assim, é 
importante destacar que esses indivíduos, com mais de 60 anos, devem receber um cuidado 
especial em razão do seu sistema imunológico. Dessa forma, o profissional de saúde deve 
propor tratamentos que visam atender essa peculiaridade, optando por procedimentos que não 
comprometam ainda mais as funções efetoras do sistema imune. 
 A prevalência de uma população com idade avançada e acima do peso, baseados em 
dados demográficos, tende a ter um crescimento constante. Concomitante a isso, o desafio de 
alcançar uma boa saúde da população em geral se torna ainda maior, devido a essa tendência 
mundial, sendo necessário uma ação multifatorial, o que engloba, por exemplo, aspectos 
genéticos e bons hábitos de vida, como a alimentação saudável e a prática de atividades físicas 
corriqueiramente. Nesse sentido, se faz importante compreender as transformações fisiológicas 
vivenciadas pelos indivíduos com o passar da idade, a qual induz, simultaneamente, o 
enfraquecimento do sistema imunológico, a exemplo das doenças relacionadas à falha do 
mecanismo de apoptose, que causam degeneração. 
 
2 MATERIAIS E MÉTODOS 
A pesquisa foi desenvolvida a partir de revisão bibliográfica, de forma exploratória. Para 
a busca de materiais bibliográficos foram utilizadas as palavras-chave: imunossenescência, 
Covid-19. A partir de tais palavras-chave, artigos científicos foram analisados nas bases de 
dados do Scientific Electronic Library Online (Scielo), Biblioteca Virtual em Saúde, no sistema 
de busca do Google acadêmico, Medline e PubMed, além de busca complementar de notas 
técnicas e informativas e boletins epidemiológicos disponíveis nos websites da Organização 
Mundial de Saúde e do Ministério da Saúde. Foram incluídos textos publicados em português 
e inglês. 
 
3 RESULTADOS E DISCUSSÃO 
Designa-se imunosenescência o envelhecimento imunológico associado ao declínio 
contínuo da função imune, levando à suscetibilidade para infecções dos indivíduos, assim como 
predisposição para doenças auto-imunes e câncer, geralmente e mais frequentemente, após os 
60 anos de idade. Essa diminuição da função imune está associada às alterações que podem 
ocorrer em qualquer etapa do desenvolvimento da mesma, uma vez que se trata de um processo 
complexo multifatorial envolvendo várias reorganizações e alterações no desenvolvimento 
regulatório, e, ainda, mudanças nas funções efetoras do sistema imune. (EWERS et al., 2008). 
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Durante o processo de envelhecimento ocorrem mudanças que são multifatoriais (social, 
comportamental, fisiológica, morfológica, celular e molecular), influenciando a longevidade 
humana e o perfil do envelhecimento, o qual está intrinsecamente ligado a genética, cuidados 
com saúde geral, estilo de vida, características psicológicas e comportamentais experimentadas 
ao longo da vida. Essas características definem a forma de envelhecimento desses indivíduos, 
podendo ser típico, patológico ou bem-sucedido. (RINALDI, 2019). 
Mais especificamente, a senescência simboliza um fenótipo complexo da biologia que 
se apresenta em todos os órgãos e tecidos. Ainda existem limitações no entendimento das causas 
do envelhecimento. Assume-se que o envelhecimento de células, dos órgãos e dos tecidos 
ocorre em diferentes ritmos, não apresentando um marco temporal único de início dessa 
senescência, impossibilitando a delimitação do processo no ser humano. (PARTRIDGE 
L;2002). Com esse efeito, há um declínio na qualidade de vida, a incapacidades funcionais e ao 
aparecimento de patologias, como por exemplo, as doenças infecciosas, autoimunes e 
neoplasias, assim como doenças cardíacas e pulmonares, diabetes e demência. Os adultos mais 
velhos que vivem em residências para idosos correm o maior risco devido ao fardo de doenças 
crônicas e ao impacto da habitação congregacional (JANKO et al. 2020). 
Estudos sugerem que o envelhecimento está associado ao aumento da produção de 
citocinas pró-inflamatórias por macrófagose fibroblastos. Acredita-se que os níveis elevados 
desses mediadores sejam responsáveis pela maioria das doenças associadas à idade, como 
diabetes, osteoporose e aterosclerose, porque todos compartilham uma patogênese inflamatória. 
(MARTINIS et al., 2005; LICASTRO et al.; 2005). O envelhecimento por inflamação está 
associado ao desafio antigênico constante, a produção contínua de mediadores inflamatórios 
poderia potencialmente desencadear o início de doenças inflamatórias associadas. De fato, 
evidências emergentes sugerem que o equilíbrio entre citocinas pró e anti-inflamatórias pode 
ser usado como um perfil para indicar fragilidade e mortalidade em indivíduos mais velhos. 
(VAN et al., 2004). 
A “hipótese inflamatória”, surgida no final do século XX, explica as diferenças 
existentes nas alterações do sistema imune que podem ser observadas nos idosos. Tal hipótese 
é baseada na origem de várias patologias associadas ao envelhecimento, após exposição 
precedente a agentes infecciosos, além de outras fontes originárias de respostas inflamatórias, 
incluindo as ambientais, em fases mais precoces da vida, assim como, a forma como o 
organismo de cada indivíduo reage a elas. Esse processo denominado como “inflammaging”, 
gera um acúmulo de lesões crônicas e vem sendo considerado como determinante de doenças 
neurodegenerativas, aterosclerose, diabetes tipo II e sarcopenia. Estudos afirmam que as 
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infecções subclínicas, o acúmulo de tecido adiposo e o tabagismo auxiliam para a manutenção 
do processo inflamatório crônico. (CAMPISI, 2013). 
Infecções com vírus da gripe e Streptococcus pneumoniae, que levam à pneumonia, são 
uma das principais causas de morbidade e mortalidade em idosos. Estudos anteriores sugeriram 
que as respostas das células T específicas do vírus da gripe diminuem nos idosos e que isso é 
em parte resultado de defeitos na apresentação do antígeno. (EFFROS; WALFORD, 1984) O 
aumento da incidência de infecções pneumocócicas é resultado de um defeito na produção de 
anticorpos para os antígenos polissacarídeos capsulares, que são críticos para matar a bactéria 
pelas células fagocíticas.(BUTLER et al. 1999) A resposta do anticorpo aos polissacarídeos é 
dependente de células B e macrófagos (M), e nossos estudos recentes sugerem que os defeitos 
nos idosos são em parte resultado de deficiências na função M. (CHELVARAJAN et al. 2005). 
A zona marginal M do baço e as células B, possuem um papel na resposta do anticorpo 
aos antígenos polissacarídeos. (KRUETZMANN, S. et all., 2003; KANG, Y-S. et all., 2004). 
Há pouco tempo, por meio da utilização de um estudo com camundongo, nota-se que somente 
M esplênicos de camundongos jovens são capazes de suportar células B e produzir anticorpos 
anti-polissacarídeos (MILLER, R. A. 1996). Dessa forma, podemos concluir que a principal 
função de M é a produção das citocinas interleucina (IL) -1 e IL-6, necessárias para a 
diferenciação das células B. De fato, na presença de células B de IL-1 e IL-6 B dos jovens e do 
envelhecidos apresentaram níveis equivalentes de respostas anti-polissacarídicas. A principal 
razão para a incapacidade de M dos idosos de suportar as respostas das células B aos antígenos 
polissacarídicos foi o resultado de um defeito na secreção de IL-1 e IL-6. No entanto, o defeito 
na secreção de citocinas não se limitou a IL-1 e IL-6, como outras citocinas pró-inflamatórias, 
como IL-12 e fator de necrose tumoral (TNF-) também foram produzidos em níveis mais baixos 
por M do idoso em comparação com camundongos jovens. É interessante que os M dos idosos 
não eram defeituosos na produção de IL-10, mas produziam mais dessa citocina do que os M 
dos jovens. Assim, a produção de citocinas foi desregulada em M dos idosos. Também foi 
demonstrado que M pode ser alternativamente ativado por IL-4, levando à supressão de 
citocinas pró-inflamatórias e expressão aumentada de genes de classe II do complexo principal 
de histocompatibilidade (MHC II), bem como IL-1RA (GORDON, S., 2003). Como os idosos 
mostraram ter uma incidência aumentada de células T Th2 (HSU et al., 2005), era concebível 
que os M nos idosos tivessem marcadores de ativação de IL-4. 
O aumento da idade e da longevidade propicia o aumento da prevalência de doenças da 
terceira idade, para os idosos com envelhecimento típico e/ou patológico há maior prevalência 
delas, como as demências e as alterações do sistema imunológico. Para a Doença de Alzheimer 
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(DA) algumas das primeiras manifestações observadas são o declínio cognitivo leve (DCL), 
sintomas depressivos, queixa subjetiva de memória e comprometimento da capacidade 
funcional. No envelhecimento fisiológico ocorre alteração no sistema imunológico, tanto no 
sistema adaptativo quanto no inato, causando alterações nos linfócitos T (CD4 e CD8), podendo 
acarretar inversão da razão CD4/CD8, com consequente perfil de risco imunológico. 
(RINALDI, 2019) 
Em síntese, o processo de imunossenescência da resposta imune adaptativa tem como 
consequências clínicas o aumento da suscetibilidade às infecções, havendo maior morbidade e 
mortalidade; redução da resposta às vacinas, maior suscetibilidade às doenças auto-imunes e 
desenvolvimento de resposta inflamatória crônica. (STERVBO et al., 2015). 
 
3.1 ASPECTOS MOLECULARES E AS CÉLULAS DO SISTEMA IMUNE 
A imunossenescência é um processo marcado pela presença de um estado inflamatório 
crônico, resultado de um decréscimo da eficiência da resposta imune em virtude do 
envelhecimento. Convém ressaltar que o envelhecimento possibilita a capacidade de alterações 
em todas as fases da resposta imune. Essas mudanças, são significativas e afetam desde a 
hematopoiese até a diferenciação das células produzidas por esse mecanismo fisiológico 
(WASTOWSKI; ZANINI, 2016). 
Evidencia-se que a maior parte das células do sistema imune possui a capacidade de 
serem influenciadas pela imunossenescência, a qual pode dar início a erosão geral das 
capacidades imunológicas. A preservação de aspectos da imunidade inata é normalmente 
aceito, no entanto, novas evidências demonstram que componentes celulares da imunidade inata 
(fagócitos, células assassinas naturais e células dendríticas) sofrem mudanças relevantes 
associadas à idade que contribuem com maior suscetibilidade de infecções graves em 
indivíduos idosos (LARBI et al., 2008). 
Com o aumento da faixa etária, verifica-se uma maior suscetibilidade em relação ao 
quadro de doenças infecciosas, O envelhecimento provoca efeitos negativos sobre a maioria 
das células imunes. Consequentemente, em virtude da redução das respostas corporais às 
vacinas e a presença de uma inflamação sistêmica, os idosos torna-se mais vulneráveis a 
possíveis infecções. Somado a isso, é notável a existência de um declínio da vigilância 
imunológica contra o câncer, o que favorece o aumento da incidência dessas doenças. 
(DUGGAL N.A. et al., SIMPSON, R.J. et al.) 
Para que ocorra o sucesso e a longevidade de um organismo, é necessário que exista um 
equilíbrio nos recursos essenciais para reparo de suas funções. A nível celular, a prevenção e 
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reparo dos danos é exercido por processos enzimáticos, os quais mantém a integridade 
genômica. Em relação ao sistema imune, essa manutenção demonstra ser de extrema 
importância nas células de memória. Convém ressaltar, que todas as células do sistema imune 
são provenientes de células tronco precursoras, as quais podem se diferenciar ao longo da vida 
no processo de hematopoiese.Somado a isso, é presente nessas células uma intensa atividade 
da telomerase, complexo enzimático o qual detém a capacidade de alongar DNA telomérico. O 
sistema imune, possivelmente, caracteriza-se como o melhor exemplo no qual a manutenção da 
atividade da telomerase é essencial. Células troncos e linfócitos ativados representam as 
principais células em que se observa a atividade dos telômeros devido a necessidade de auto-
renovação e replicação. A competência imunológica está relacionada com a expansão clonal, 
sobretudo, dos linfócitos B e T antígenos-específicos e a destruição dos telômeros pode 
ocasionar na diminuição da função imune. (RINALDI, 2019). 
O estresse oxidativo e o encurtamento dos telômeros são dois fatores que devem ser 
considerados na longevidade e no envelhecimento, sobretudo, pelo modo que reduzem a 
eficiência da resposta imunológica. (MACENA; HERMANO; COSTA, 2018). Segundo Ewers 
TA, Rizzo LV e Filho JK (2008) acredita-se que a erosão dos telômeros está relacionada com 
a frequência de infecções inoportunas e crônicas. A excessiva exposição aos agentes infecciosos 
favorece a degradação dos mesmos, os quais estão associados ao envelhecimento. No entanto, 
ressalta-se que os mecanismos pelos quais o encurtamento dos telômeros pode levar à 
autoimunidade em idosos ainda não estão totalmente elucidados. (DUARTE; GABRIEL DE 
MELO-ALMEIDA, 2010). Em relação ao estresse oxidativo, destaca-se que com o 
envelhecimento há um aumento de espécies reativas. Esses produtos derivados do metabolismo 
mitocondrial, possivelmente estão atrelados ao crescente acúmulo de lesões celulares. De 
acordo com a teoria de radicais livres, indivíduos mais velhos apresentam uma maior 
concentração de lipídeos, proteínas, carboidratos e DNA oxidados, quando comparado ao 
organismo de jovens. Esse fato, está relacionado com um declínio no metabolismo, 
principalmente, de idosos. Nesse sentido, é importante salientar a prática regular de exercícios 
físicos, bem como a presença de uma dieta rica em alimentos com substâncias antioxidantes, a 
fim de minimizar o estresse oxidativo (MARTINS DA SILVA; BUCALEN FERRARI, 2011). 
Assim, tendo em vista os fatos supracitados, conclui-se de maneira geral, que há uma 
queda na funcionalidade do sistema imunológico de idosos, afetando a proliferação celular do 
sistema imune inato e adquirido além da capacidade de proteção contra novos agentes 
infecciosos. (EDUARDA; MOREIRA ANDRETTA, 2020). 
 
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3.2 LINFÓCITOS T 
O timo representa o principal local de desenvolvimento dos linfócitos T, sendo 
responsável por produzir células T imunocompetente auto-tolerantes e restritas ao complexo de 
histocompatibilidade principal. (AW; SILVA; PALMER, 2007). Convém ressaltar, a redução 
tímica como um dos acontecimentos fisiológicos mais proeminentes durante o envelhecimento. 
A redução gradual do córtex e da medula do timo tornam-se evidentes com o passar dos anos. 
(WEINBERGER et al., 2008). Esse processo é denominado de involução tímica e apresenta 
múltiplas causas, sendo seus mecanismos relacionados com repercussões negativas para as 
células T periféricas. (AW; SILVA; PALMER, 2007). 
Os linfócitos T maturados no timo começam a reduzir a partir da involução deste órgão. 
A presença de peptídeos tímicos decresce no sangue humano a partir dos 60 anos. 
Consequentemente, há uma redução na produção de linfócitos T ingênuos e aumento das células 
de memórias inertes. Em relação aos linfócitos T CD8, observa-se uma diminuição da 
capacidade de resposta citotóxica para conter uma infecção (EDUARDA; MOREIRA 
ANDRETTA, 2020). 
As células T efetoras caracterizam-se por marcadores de superfície, destacam-se entre 
eles C28, CD27, CD45RA, CCR7; telômeros longos, os quais indicam um histórico de poucas 
replicações; e por uma presença de receptores de células T diversificados. No entanto, o 
comprometimento numérico e funcional das células T funcionais em indivíduos idosos 
promovem entraves na indução de respostas imunes adaptativas diante da presença de antígenos 
apresentados. No que diz respeito a vacinação primária, evidencia-se uma redução das taxas de 
resposta (WEINBERGER et al., 2008). 
De acordo com um estudo realizado por Tummala, Taub e Ershler (2010), as células T 
ingênuas de idosos apresentam um declínio da resposta, além de uma redução na proliferação 
e origem de células efetoras. É importante salientar também, que a função auxiliar na produção 
de anticorpos sofre efeitos negativos, porém as células recém-formadas demonstram uma boa 
resposta aos antígenos. (EDUARDA; MOREIRA ANDRETTA, 2020) 
Atualmente, compreende-se que o envelhecimento está associado a uma redução na 
ativação e proliferação dos linfócitos T com um declínio na expressão de CD28. Essa redução, 
no entanto, não se mostra presente em relação ao TCR. Estudos demonstraram falhas nos 
processos de sinalização de linfócitos T de idosos, sobretudo, no primeiro sinal. Esses defeitos 
estão relacionados a diversas causas, destacam-se entre elas: fosforilação da tirosina; 
mobilização do cálcio; ativação dos caminhos; translocação no núcleo; produção de IL-2 e 
proliferação de células T. Ademais, evidencia-se uma queda nos valores percentuais de 
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linfócitos T CD8+ que são CD28+ e, em média o tamanho presente no telômero é menor em 
linfócitos CD28- indicando assim, que essas células passaram por diversas divisões celulares 
(EWERS; RIZZO; KALIL FILHO, 2008). 
Para ativação das células T, o contato físico sustentado com a APC é fundamental. Os 
contatos mais próximos são realizados no cluster de ativação supramolecular central (cSMAC), 
onde o processo de sinalização é facilitado por estruturas presentes na membrana das células. 
Outros receptores/ moléculas possuem localização periférica SMAC, e com isso migram para 
CSMAC a fim de regular a ativação. Apenas as moléculas / vias de sinalização conhecidas e 
que promovem alterações serão mostradas. Lck associado a CD4 ou CD8 reúne e ativa a 
proteína associada a Zeta de 70 kDa (ZAP-70) e fosfolipase C-1 (PLC-1) na exclusão de CD45. 
PLC-1 exerce seu papel no metabolismo do cálcio e ativação da proteína quinase C, enquanto 
ZAP-70 fosforila o ligante de células T ativadas (LAT). Este último, associa-se a várias 
moléculas, como o Vav e influencia os rearranjos do citoesqueleto. Essas alterações na 
expressão (E), fosforilação (P) ou recrutamento (R) são responsáveis por provocar uma ativação 
diferencial de proteínas quinases. Estas, são ativadas por mitógeno (MAPK) e realizam a 
translocação de fatores de transcrição, incluindo NF-B, NF-AT e AP-1 para o núcleo. Nas 
células T envelhecidas esse processo é diminuído,o que afeta diretamente a expansão clonal 
devido à baixa produção de IL-2.(LARBI et al., 2008). 
De acordo com DellaRosa et al. (2006), estudos indicam diferenças nos níveis de células 
T CD8+ presente em idosos, quando comparado a indivíduos jovens. Observa-se nos idosos 
uma redução dos níveis de CD8+ e CD4+. Um estudo analisou a expressão das células T CD28 
e CD8+ em três grupos etários (adultos, idosos e nonagenários). Os resultados permitiram 
concluir que há uma manutenção das funções das células T CD8+, a qual demonstra ser um dos 
mecanismos atrelados a longevidade dos nonagenários. (RINALDI, 2019). 
Em decorrência do envelhecimento, há uma linfopenia progressiva de linfócitos T, tanto 
CD4+ como CD8+, devido ao decréscimo de precursores na medula óssea, pelo declínio do 
potencial proliferativo e/ou aumento da apoptose, a qual pode estar relacionada com a maior 
expressão de CD95 e aumento na produção de TNF-α, ou também, pelo aumento da 
susceptibilidadede linfócitos CD4+ e CD8+ existentes em idosos sofrerem apoptose por essa 
citocina.(RINALDI, 2019). 
No geral, a maturação de linfócitos T é um processo complexo, uma vez que inclui a 
atividade tímica, a qual sofre uma redução progressiva em virtude do envelhecimento. Enfatiza-
se que esse processo ainda não está totalmente esclarecido. Nos timócitos existe uma elevada 
atividade da telômeros e o comprimento do telômero pode ser aumentado ou mantido, segundo 
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Veríssimo VMT (1999). O encurtamento do telômero tem sido associado a indivíduos 
portadores de patologias inflamatórias crônicas, como a artrite reumatoide, esclerodermia, 
lúpus eritematosos sistêmicos, a dermatite atópica, entre outras (DUARTE; GABRIEL DE 
MELO-ALMEIDA, 2010). 
 
3.3 LINFÓCITOS B 
Há comprometimento da imunidade humoral com o processo de envelhecimento, seja 
pelo declínio da produção de linfócitos B, que produzem imunoglobulinas de longo prazo, em 
virtude de defeitos intrínsecos e microambientais, seja pela perda da diversidade e da afinidade 
das imunoglobulinas pela interrupção da formação do centro germinativo. (HAN S. et al.; 2003) 
Nesse sentido, sabe-se que as células B sofrem mudanças relacionadas à idade 
semelhantes às observadas em células T, em que ocorre redução de linfócitos efetores, o que 
desencadeia redução na diversidade de respostas dos anticorpos (ALLMAN, MILLER, 2005). 
Fatores como comutação, mutação somática e defeitos no isótopo, fundamentais para que os 
anticorpos IgG de alta afinidade sejam produzidos, interferem nas respostas imunes, mediadas 
por anticorpos, de modo que sejam de baixa afinidade e consideradas fracas em pessoas idosas 
(FRASCA, RILEY, BLOMBERG;2005). Convém destacar, desse modo, que as células 
plasmáticas de longa duração na medula óssea também se mostram em déficit nesses 
indivíduos, o que se justifica, aparentemente, pelo fato de a medula óssea envelhecida ter sua 
capacidade reduzida quanto a tais células (HAN et al.; 2003). 
De fato, as interações entre células B e T recebem influência, visto que os defeitos na 
função auxiliar de células T, provenientes do próprio envelhecimento, implicam de forma 
significativa na imunidade humoral. Esse fato remete à formação do centro germinativo e a 
produção de diversos fatores solúveis (RINK L.; CAKMAN I.; KIRCHNER H.; 1998). É de 
extrema relevância a interação entre as células B e T para que diferentes classes de anticorpos 
sejam produzidas. Em idosos, com a probabilidade de serem defeituosas tais interações, 
ressalta-se que os linfócitos T CD4+ senescentes apresentam expressão reduzida do ligante de 
CD40, uma molécula fundamental para que os linfócitos B recebam estímulo para ativação por 
meio de células T (ESQUENAZI; 2008). 
Conclui-se, portanto, que diversas mudanças no funcionamento e na quantidade de 
células que envolvem linfócitos B, inclusive suas precursoras, acontecem. Consequentemente, 
ocorre redução da quantidade das células B, mudança no repertório de receptores de superfície 
(imunoglobulinas) e vazão dos precursores da medula óssea. A produção de anticorpos contra 
novos antígenos é prejudicada, mas em comparação a outros aspectos da imunologia, a 
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imunidade humoral acerca de antígenos de memória é conservada (WENG; AKBAR; 
GORONZY; 2009). 
 
3.4 MONÓCITOS, MACRÓFAGOS, NK, CÉLULAS DENDRÍTICAS E OUTROS 
COMPONENTES DA IMUNIDADE 
Macrófagos e neutrófilos sofrem uma redução na capacidade de realizar fagocitose, 
além de ter uma explosão oxidativa diminuída em pessoas idosas (GOMEZ; BOEHMER; 
KOVACS; 2005). A expressão do MHC de classe II, por regulação positiva, é prejudicada em 
macrófagos mais antigos (VAN, D. D.; SHAW A. C.; 2007). As células responsáveis pela 
fagocitose reconhecem as estruturas de patógenos via receptores Toll-like (TLRs). Defeitos na 
expressão de TLRs foram observados em macrófagos de pessoas idosas [25]. Com a idade, 
também ocorre uma redução no número de células de Langerhans na pele, além da expressão 
de MHC classe I e II e da capacidade de apresentar antígeno por parte das células dendríticas 
(GREWE; 2001). Essas deficiências no sistema inato relacionadas à idade e à resposta 
imunológica podem dificultar o sucesso da vacinação por conta da diminuição da captação de 
antígeno no local da injeção, que resulta em alterações fagocíticas negativas. Diversos defeitos 
no processamento e na apresentação de antígenos levam à diminuição da ativação e consequente 
estimulação de células imunes adaptativas (WEINBERGER et al.; 2008). 
As células dendríticas são responsáveis por relacionar a imunidade inata com a 
imunidade adaptativa. Com o processo de envelhecimento, observa-se que essas células 
apresentam menor eficiência na apresentação de antígenos, o que provoca uma redução no 
estímulo dos linfócitos T. Os monócitos/ macrófagos, numericamente, aumentam com avanço 
da idade, entretanto a sua função é diminuída. As células NK também apresentam um 
crescimento quantitativo, no entanto, tornam-se pouco eficientes na produção de citocinas, as 
quais são responsáveis pela emissão de sinal e regulação do sistema, e passam a ser 
denominadas células Killer de menor competência (WESSEL et al., 2010). O envelhecimento 
está associado ao aumento da produção de citocinas pró inflamatórias por parte dos macrófagos. 
Acredita-se que elevados níveis desses mediadores na circulação são responsáveis pela maioria 
das doenças relacionadas à idade. 
A expressão dos ‘’Toll-like receptors’’ diminui com a idade, ocasionando o aumento da 
produção de citocinas pró inflamatórias e quimocinas que interferem na regulação do sistema 
imune, como foi relatado acima. Um estudo realizado por Van Duin et al. (2007) apud 
MALHEIRO (2013) indicou que monócitos mais velhos expressam níveis reduzidos de TLR, 
o que pode acarretar em defeitos importantes na sinalização e na ativação do sistema imune 
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inato, além de comprometimento de uma resposta imunológica eficaz durante infecções ou por 
imunização vacinal. Ademais, os idosos apresentam mudanças na expressão de moléculas 
coestimulatórias, indicando uma redução na coestimulação dos linfócitos T com as células 
apresentadoras de antígeno. A expressão reduzida das moléculas de superfície diminui a 
eficácia da ativação no sistema imunológico, fazendo com que as respostas sejam tardias e de 
menor intensidade. (MACENA et al., 2018). 
Estudos recentes indicam um declínio da capacidade fagocítica e redução da produção 
de ânion superóxido em macrófagos e neutrófilos em indivíduos senescentes. Além disso, 
fagócitos envelhecidos incluem uma expressão reduzida de receptores ‘’Toll-like’’ nos 
macrófagos (GOMEZ, BOEHMER, KOVACS, 2005) (LORD et al., 2001). 
Levando em consideração o papel essencial que as células assassinas naturais (NK) 
desempenham na imunidade, é razoável supor que as manifestações clínicas relacionadas à 
imunossenescência possam também ser resultado de alterações dependentes da idade, em 
quantidade e qualidade de função das células NK. Nos dias atuais, considera-se que o número 
de células NK aumenta de forma significativa com a idade, porém as mudanças na função das 
células NK são menos esclarecidas e, em alguns casos, há relatos conflitantes (AW; SILVA; 
PALMER, 2007). 
Ocorre aumento na produção das citocinas pró-inflamatórias IL-1, IL-6 e TNF-α nos 
idosos, refletindo uma alteração no padrão regulatório destas citocinas, que podem estar 
relacionadas com os mecanismos que desencadeiam muitas dasdoenças típicas da idade, as 
quais é correto citar a aterosclerose, a demência e as doenças autoimunes. Também foi descrita 
uma perda do equilíbrio entre as citocinas do padrão Th1 e Th2. Essa perda pode ser responsável 
pelo aumento da suscetibilidade dos idosos a infecções causadas por vírus e por bactérias 
extracelulares. A regulação defeituosa da resposta imune também é um fator que pode levar a 
um aumento das doenças autoimunes (FRANCESCHI et al., 1996). 
Existem, ainda, as células dendríticas foliculares (FDC) que, durante o processo de 
envelhecimento, indicam uma perda da capacidade de estimular os linfócitos B. Além de 
possuírem menor capacidade de captar e de reter imunocomplexos, a redução quantitativa de 
receptores para a cadeia FC gama de anticorpos (FcγRII) resulta em menor capacidade de 
estimular a produção de novos centros germinativos e, consequentemente, em menor resposta 
humoral a antígenos recém-encontrados (AYDAR et al., 2004). 
As células que fazem parte da resposta imune inata são neutrófilas, eosinófilos, 
macrófagos, células dendríticas e células ‘’Natural Killer’’ (NK). Elas atuam por atividade 
fagocítica a patógenos, promovendo a lise de células infectadas e produzindo citocinas e 
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quimiocinas. Apesar da resposta imune inata sofrer menos alterações em decorrência da 
imunossenescência em comparação à imunidade adaptativa, existem evidências que células 
dessa resposta também são afetadas pelo envelhecimento. Entre as principais falhas celulares 
na resposta imune inata, é correto citar a redução da atividade microbicida, da quimiotaxia, da 
produção de citocinas e quimiocinas, da capacidade fagocítica, da transdução de sinais de 
ativação celular e do apoptose. Essas alterações são observadas, especialmente, em neutrófilos 
e monócitos/macrófagos. Essas células não sofrem redução quantitativa substancial na velhice. 
Entretanto, como já mencionado, em questão funcional há perda da eficiência da resposta imune 
promovida por elas. Essa perda de função resulta em maior suscetibilidade a infecções e 
resposta insatisfatória às vacinas. Ocorre, ainda, redução da eficiência em ativar a resposta 
imune adaptativa. Contrariando os neutrófilos e monócitos/macrófagos, as células dendríticas 
(DCs) sofrem redução quantitativa com o envelhecimento. Tais células são essenciais para 
ativação da resposta imune adaptativa. As DCs, com a senescência, apresentam redução na 
capacidade de produzir citocinas como IL-2 e expressar moléculas co-estimulatórias. Como 
consequência, os idosos apresentam declínio de respostas anti-tumorais e contra infecções, 
provocando maior morbimortalidade em decorrência dessas doenças (WASTOWSKI et al., 
2016). 
 Também foi observado que as células NK apresentam capacidade reduzida de secretar 
citocinas, como INF-γ por exemplo, e quimiocinas, além do declínio na transdução dos sinais 
de ativação e da eficiência de realizar citotoxicidade, ou seja, induzir a morte de células 
tumorais e/ou infectadas. Em razão de seu declínio de função, os idosos são mais suscetíveis ao 
desenvolvimento de cânceres, às infecções, e ainda apresentam resposta vacinal reduzida. O 
aumento da produção de citocinas inflamatórias é uma importante alteração da imunidade inata 
observada no processo de imunossenescência. Tal aumento auxilia na manutenção do constante 
estado inflamatório crônico característico da velhice. Esse estado tem sido associado ao 
desenvolvimento de várias doenças como as neurodegenerativas, cardiovasculares, sarcopenia 
e síndrome metabólica (WASTOWSKI et al., 2016). 
Como já foi mencionado anteriormente, durante a senescência as células do sistema 
imune inato apresentam perda significativa de função, como reduções importantes na resposta 
fagocítica, por exemplo. 
 
3.4.1 Neutrófilos 
Apesar de não haver redução quantitativa dessas células com o aumento da idade, suas 
funções ficam bastante comprometidas. Durante a imunossenescência, a capacidade 
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quimiotática desses neutrófilos é diminuída, o que indica um maior tempo necessário para que 
essas células cheguem ao sítio de resposta imune. Tal fato também pode aumentar o tempo de 
resolução da inflamação. Um outro fator que sofre alteração com a idade é a produção de 
espécies reativas de oxigênio e nitrogênio e a capacidade fagocítica. Essas duas funções são 
piores em idosos quando comparadas a adultos jovens (CECÍLIA et al., 2019). 
 
3.4.2 Células NK e NKT 
De modo interessante e contrário, o número de células NK aumenta com a idade. Apesar 
disso, a citotoxicidade e a produção de citocinas e quimiocinas como IL-8 estão reduzidas. Isso 
ocorre possivelmente por um déficit de zinco, já que foi observado que a suplementação com 
zinco pode melhorar o funcionamento dessas células. Além disso, observa-se também um 
aumento no número de células NKT. Uma maior produção de IL-17 está diretamente 
relacionada a esse aumento. Tal crescimento da resposta inflamatória, e principalmente da IL-
17, pode estar relacionado a um aumento de doenças autoimunes e de maior suscetibilidade a 
infecções em indivíduos com idade mais avançada (CECÍLIA et al., 2019). 
 
3.4.3 Monócitos e macrófagos 
 Sua função está diminuída, principalmente em razão da ativação por toll-like receptor 
(TLR). Além disso, a fagocitose por monócitos/macrófagos em idosos está diminuída em 
relação a adultos jovens. A apresentação de antígenos para o sistema imune é papel essencial 
na montagem de uma boa resposta imune, e dependente da fagocitose, portanto qualquer 
alteração neste compartimento celular ao longo do processo de envelhecimento afetará 
diretamente a capacidade de montagem de uma resposta eficaz (CECÍLIA et al., 2019). 
 
3.4.4 Células dendríticas 
A produção de citocinas induzida por TLR encontra-se reduzida também. De maneira 
interessante, é observado um aumento do nível basal de citocinas intracelulares em células 
dendríticas de idosos, e nessas mesmas células de jovens não. Entretanto, a produção de 
citocinas que não dependem de TLR, mas que dependem de lipopolissacarídeo (LPS) está 
aumentada em tipos de células dendríticas derivadas de monócitos (RIBIZZI G. et al.; 2010). 
Até o momento, considerando os dados disponíveis, sabe-se que ocorre um aumento 
na atividade apoptótica do sistema imune no idoso. Entretanto, ainda existem questões em 
aberto e a necessidade de determinação das reais consequências da senescência sobre o 
sistema imune (RINALDI, 2019). 
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4 VACINAÇÃO 
Sabe-se que, ao objetivar a proteção efetiva do indivíduo contra determinada infecção, 
a vacinação utiliza da especificidade e memória do sistema imunológico. A vacinação explora 
a especificidade e a memória do sistema imune para conseguir a proteção eficiente do indivíduo 
contra uma determinada moléstia infecciosa (BARUTO; WASTOWSKI; DONADI, 2008). 
A diminuição da eficácia da vacinação em idosos está diretamente associada à 
diminuição das funções do sistema imune. Sobre isso, entende-se que o sistema imunológico 
sofre diversas alterações, no que concerne a processos extremamente complexos, e diz respeito 
à imunossenescência propriamente dita, com impactos tanto na imunidade inata quanto na 
imunidade adquirida (WEINBERGER B. et al., 2008). 
A análise de estudos com idosos vacinados contra influenza permite perceber uma 
redução de até 50% na proteção contra a doença em comparação a jovens e adultos. O fato está 
relacionado ao menor número de anticorpos séricos e pela baixa proliferaçãode linfócitos T 
após a imunização. Nesse cenário, o declínio da eficácia da vacina em idosos tem sido atribuída 
a vários fatores, a exemplo da diminuição da capacidade fagocítica de neutrófilos e macrófagos 
e redução do número de células de Langerhans na epiderme. Ademais, o estímulo crônico 
persistente do processo de “inflammaging” é capaz de comprometer o organismo idoso no 
reconhecimento de patógenos e nas respostas às vacinas enquanto alerta (WEINBERGER, B. 
et al., 2008). 
Convém ressaltar que as vacinas polissacarídicas puras também são menos eficazes em 
indivíduos idosos em comparação com adultos jovens. Em idosos, considerando que as células 
B maduras são presentes e apenas marginalmente afetadas nas respostas à sinalização a partir 
do receptor de células B, o motivo e o mecanismo para a redução da capacidade de respostas 
imunológicas a tais vacinas a razão para a capacidade de resposta reduzida às vacinas de 
polissacarídeos não são bem compreendidos (BUTLER, SHAPIRO, CARLONE, 1999). 
 
4.1 ALTERAÇÕES HOMEOSTÁTICAS 
O processo de envelhecimento está diretamente relacionado a endocrinossenescência, 
isto é, envelhecimento do sistema endócrino, uma vez que nesse processo, são descritas, 
frequentemente, alterações hormonais e tireoidianas. Sendo necessário ressaltar que essa 
remodelação do sistema endócrino, por sua vez, reverbera consequência a homeostase do 
organismo (MARCENA; HERMANO; COSTA, 2018) 
A consequência da desregulação desse sistema, é desarranjo no andamento funcional do 
eixo hipotálamo-hipófise-adrenal (HPA) e do eixo simpático-adrenal-medular (SAM), que, por 
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sua vez, controlam as respostas fisiológicas ao estresse (BAUER et al. 2009). Os níveis 
elevados do hormônio cortisol revelam as mudanças oriundas dessa fase, uma vez que, indicam 
uma redução na contagem de células T. Se não bastasse, a diminuição na produção de 
hormônios neurotransmissores e neuropeptídeos pelo HPA pode induzir uma proliferação 
linfocitária muito baixa. (MARCENA; HERMANO; COSTA, 2018). 
Logo, em síntese, entende-se que quando o sistema neuroendócrino é afetado, há uma 
perda da homeostase fisiológica. Sendo vários os fatores, uma vez que, o envelhecimento 
cerebral está relacionado com a deterioração da matéria branca e cinza nos lobos frontal, parietal 
e temporal, afetando a função motora primária e o córtex visual. Assim, como consequência do 
envelhecimento há uma ausência recorrente das células nervosas, ocasionando certo tipo de 
atrofia cerebral (MARCENA; HERMANO; COSTA, 2018). 
Quando a homeostasia é perdida várias são as consequências. É sabido que a elevação 
de hormônios como cortisol, aumenta o estresse em idosos, assim há uma sobrecarga emocional 
associada ao aparecimento de fragilidade e limitações, podendo ocasionar nesses casos, quadros 
de instabilidade psicológica e isolamento, favorecendo o aparecimento de quadros depressivos 
e distúrbios psicossomáticos. Ademais, a alteração no ciclo circadiano, provoca modificações 
no sono e redução da reserva funcional, e do eixo neuroendócrino pela diminuição na produção 
de hormônios neurotransmissores e neuropeptídeos (ESQUENAZI, D. A, 2008). 
É sugerido então que a imunossenescência é secundária a declínio hormonal, estresse e 
estímulo antigênico persistente. Em contrapartida, sugere-se também que a diminuição de 
linfócitos T virgens e o aumento de células de memória, parece ser compensada por respostas 
potencialmente menos inflamatórias (MARCENA; HERMANO; COSTA, 2018). 
Logo, em síntese, a imunidade nos idosos, depende diretamente de dois fatores: 
equilíbrio entre os benefícios e malefícios das respostas inflamatórias e intensidade das 
inflamações ocorridas ao longo da vida (MARCENA; HERMANO; COSTA, 2018). 
 O envelhecimento é momento de perdas biológicas, e irá afetar funções do sistema 
nervoso central, do músculo esquelético e cardiovascular. Logo, com essas perdas de funções 
pode desencadear enfermidades e com piora se associado com as perdas psicológicas e sociais. 
Como sintomas fisiológicos, podem ser percebidos uma pulsação mais lenta, digestão e ritmo 
respiratório diminuído. O sistema nervoso central é o mais acometido na velhice, pois há uma 
diminuição dos neurônios e uma menor velocidade na condução nervosa. Outrossim, apresenta 
problemas de memória e dificuldade para realizar tarefas (RINALDI, 2019). 
 O sistema cardiovascular também sofre alterações devido ao avanço da idade, e pode 
acarretar um endurecimento dos vasos sanguíneos, uma elevação da pressão sistólica, pode 
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ocorrer também uma dilatação da aorta e do ventrículo esquerdo do coração relacionado com 
uma hipertensão arterial. Enquanto, no sistema músculo- esquelético acontecem modificações 
na formação óssea e acarreta alterações na postura nas pernas e intensifica a curvatura da coluna 
torácica. O idoso pode ter uma diminuição do tônus muscular e uma perda óssea. Ademais, as 
articulações ficam comprometidas e consequentemente, perdem parte de sua flexibilidade 
gerando uma diminuição nos movimentos e no equilíbrio (RINALDI, 2019). 
 
 4.2 EXERCÍCIO FÍSICO REGULAR 
Sob a perspectiva de Tomasini (2007) o envelhecimento bem-sucedido (EBS) consiste 
em um conjunto de atividades exercidas pelo idoso com a finalidade de melhorar sua 
expectativa e qualidade de vida, adotando um estilo de vida considerado saudável, com a prática 
de exercícios físicos, alimentação adequada, ausência de hábito tabagista, entre outros. De 
acordo com o modelo de EBS estabelecido pelo médico Rowe e o psicólogo Kahn, o 
envelhecimento condizente pode ser definido pela baixa probabilidade de doenças e das 
incapacidades que elas geram, alta funcionalidade tanto no âmbito físico quanto cognitivo e um 
engajamento ativo com a vida (MOTA et al., 2009) (Rowe et al., 1987). A prática frequente de 
exercícios demonstra uma regulação mais adequada do sistema imunológico da população 
idosa, bem como, favorece o início mais tardio da imunosenescência pelo fato exercício físico 
proporcionar redução nos linfócitos T senescentes, um aumento de neutrófilos, células NK, e 
função dos linfócitos T, além uma redução na inflamação sistêmica. A atividade física também 
se mostrou eficaz ao melhorar o resultado de vacinas para uma variedade de doenças, incluindo 
influenza (DUGGAL, N.A et. al, KOHUT M. L. et al.). 
O exercício físico está ligado a mudanças do comportamento fisiológico, psicológico e 
do sistema neuroendócrino. A prática regular de esportes não competitivos produz diversos 
benefícios para a saúde. O estresse gerado pelas atividades físicas de alta intensidade, 
desencadeia um aumento da descarga de catecolaminas (adrenalina e noradrenalina), que 
influenciam uma variedade de processos fisiológicos, o que representa um determinante na 
modulação da imunidade. Diversos estudos constataram que em decorrência da prática de 
atividades físicas, ocorrem variações dos leucócitos, assim como da forma como as populações 
linfocitárias são distribuídas e da função imunológica (neutrófilos, células acessórias, células 
citotóxicas espontâneas ou Natural Killer, linfócitos T e B). A modulação da qualidade e a 
intensidade dessas alterações dependem da intensidade e da duração da atividade, que podem 
modificar a liberação de neurotransmissores e hormônios (MARTINEZ et al.,1999). 
 
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Dentre os métodos utilizados para melhorar a imunidade em adultos idosos, a atividade 
física de intensidade moderada se mostra uma opção viávelpara o envelhecimento bem-
sucedido. Os efeitos moduladores da imunidade que as atividades físicas proporcionam incluem 
o aumento da atividade de células NK, linfócitos T, aumento da produção de anticorpos e 
reequilíbrio da relação entre linfócitos de memória e linfócitos maduros que nunca entraram em 
contato com um antígeno, associado a diminuição do processo inflamatório. A atividade física 
também tem influência sobre a imunidade de forma indireta, ao estimular a liberação de fatores 
neuroendócrinos e ter efeitos sobre variáveis psicológicas e sociais do indivíduo, como a 
ansiedade e depressão (WASTOWSKI et al., 2016). 
 
5 ESTRESSE 
Sabe-se que há uma grande interação entre o sistema imune e o sistema nervoso e essa 
interação desempenha papel na exacerbação de infecções de cunho imunológico e na depressão 
das funções normais do sistema imune (BS McEwen, 2007). Ao que tudo indica, indivíduos 
idosos estão ainda mais sujeitos a esses efeitos. (JE Graham, 2006). Em idosos submetidos a 
quadros de estresse emocional e/ou depressão observa-se maior incidência de infecções, de 
doenças autoimunes e de neoplasias. (GUIDI, 1998). 
Esse aumento do estresse psicológico no envelhecimento ocorre em paralelo com 
ativação significativa do eixo HPA (M. Deuschle et al. 1997; E Van Cauter et al., 2000; C Luz 
et al, 2003). A ativação persistente do eixo SAM em respostas de estresse crônico e na depressão 
prejudica a resposta imunológica e contribui para o desenvolvimento e progressão de alguns 
tipos de câncer (EM. Reiche et al., 2005). Estresse e a depressão estão associados à diminuição 
do T- citotóxico células e atividades NK, que podem afetar os eventos que modulam o 
desenvolvimento e o acúmulo de mutações somáticas e instabilidade genômica influenciando 
na longevidade (VITETTA et al., 2005). 
 
6 NUTRIÇÃO 
Fatores nutricionais desempenham um papel importante no sistema imunológico e nas 
respostas de indivíduos saudáveis, bem como imunocomprometidos. A desnutrição protéica 
energética é comum entre os idosos e pode ser um fator importante de influência das respostas 
imunes diminuídas (HEUSER, 1997; LESOURD, 1997; MAZARI, 1998). 
Em pessoas idosas, a desnutrição é comum, frequente e influencia a perda de eficiência 
dessa resposta imune. (ASSMMAN, et al., 2015). Desse modo, grande parte das disfunções 
associadas ao envelhecimento podem ser simplesmente um reflexo da má nutrição. A utilização 
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de alimentos funcionais tende a influenciar diretamente o funcionamento celular e minimizar 
os efeitos deletérios do envelhecimento. Com isso, as dietas ricas em fibras, macronutrientes 
antioxidantes, ácidos graxos poliinsaturados (PUFA), como o ômega-3, bem como, 
micronutrientes - tais quais vitaminas, zinco, ferro e selênio - têm despertado interesse em 
estudos de estratégias anti-envelhecimento. Tais estratégias de suplementação têm sido usadas 
para restabelecer o sistema imune durante o envelhecimento (GUPTA; PRAKASH, 2015). 
 
7 SONO 
A imunossenescência não somente contribui para a diminuição da defesa contra doenças 
infecciosas no envelhecimento, como também ela mesma pode ser substancialmente causada 
por agentes infecciosos. Fatores comumente observados em idosos como alterações do ciclo 
circadiano, levando a modificações no sono e redução da reserva funcional, e do eixo 
neuroendócrino pela diminuição na produção de hormônios neurotransmissores e 
neuropeptídeos (AL GRUVER, et al., 2007). 
Tal desregulação do sono associada à idade é um fenômeno comum (Avidan AY, 2005). 
Em experimentos, ratos cobaias de laboratórios que foram privados de sono exibem uma série 
de anormalidades fisiológicas que, eventualmente, levam à morte destes. Mudanças associadas 
à privação de sono incluem hiperfagia, aumento dos níveis de glicose no sangue em jejum, e 
resistência à insulina (VAN et al., 2000). 
Dessa forma, os métodos a serem adotados visando minimizar esses efeitos dos 
processos associados ao envelhecimento não devem abranger questões meramente fisiológicas, 
e sim todos os fatores que possam interferir na qualidade de vida. Essa visão integral possibilita 
o desenvolvimento de estratégias “anti-aging” não restritas à alopatia. Dentre essas possíveis 
alternativas para o aumento da qualidade de vida ao envelhecer, temos a melhoria na qualidade 
da nutrição, prática de exercícios físicos e atividades que equilibrem corpo e mente. 
 
8 ENVELHECIMENTO E COVID-19 
Em 26 de janeiro de 2020, no hospital Wuhan Jin Yin-tan, 710 pacientes foram 
internados com SARS-CoV-2 confirmada, dos quais 93% foram considerados inelegíveis, 
incluindo três pacientes que tiveram parada cardíaca imediatamente após a admissão e 7% eram 
pacientes gravemente enfermos. A média de idade foi 59,7 anos (DP 13,3) e 52% dos pacientes 
tinham mais de 60 anos. Tornou-se evidente que pacientes mais velhos (> 65 anos) com 
comorbidades e SDRA apresentam risco aumentado de morte. (YANG et al., 2020). 
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A manifestação da patologia mencionada pode ocorrer de forma leve, moderada ou 
grave, a depender do sistema imunológico do hospedeiro, sendo assim, idosos, indivíduos com 
doenças crônicas e, principalmente, idosos com doenças crônicas, como hipertensão e diabetes, 
estão muito mais suscetíveis a desenvolver a forma grave, podendo ir a óbito com maior rapidez 
e facilidade. A suscetibilidade enfrentada pelos idosos, está diretamente relacionada à 
deterioração do sistema imunológico inato e adquirido, o que provoca uma maior probabilidade 
de desenvolver doenças autoimunes e inflamatórias, além de maior vulnerabilidade a doenças 
infecciosas, processo conhecido como imunossenescência, naturalmente provocado pelo 
envelhecimento (ANDRETTA; MOREIRA, 2020). A imunossenescência é um processo 
natural do envelhecimento que torna crescente a incidência de doenças infectocontagiosas, 
nesse sentido, quando os idosos evidenciam comorbidades, o risco de infecção e complicações 
aumenta (NUNES et al., 2020). O corpo, ao entrar em contato com um novo patógeno, começa 
a contrução das defesas necessárias, sendo que esse mecanismo pode ser mais lento que a 
velocidade de replicação e infecção do patógeno. Assim, fica evidente que o sistema 
imunológico desempenha papel importante para definir a recuperação ou gravidade dos casos 
dessa doença, visto que os idosos são mais infectados por apresentarem sistema imunológico 
mais enfraquecido e seus pulmões e mucosas costumam ser debilitados, o que os torna mais 
vulneráveis em casos de doenças virais. Por fim, as estatísticas pioram à medida que os 
pacientes envelhecem, pessoas na faixa dos 60 anos têm 0,4% de chance de morrer, pessoas no 
intervalo de 70 anos têm 1,3% de mortalidade e pessoas acima de 80 anos têm 3,6% de chance 
de morrer. (NÓBREGA et al., 2020). 
Após a infecção pelo SARS-CoV-2, o patógeno é imediatamente detectado pelas células 
da resposta imune inata e os receptores de reconhecimento de padrões (PRRs), presentes na 
superfície de fagócitos, principalmente macrófagos e neutrófilos, agem reconhecendo os 
PAMPs presentes na superfície viral. Essa sinalização desencadeia diversas respostas celulares 
inflamatórias, como a liberação de citocinas e quimiocinas, principalmente, o Interferon tipo I 
que age limitando a replicação e disseminação viral no início da infecção (ROKNI et al., 2020; 
LI et al., 2020). No entanto, quando essa resposta demora a acontecer, ocorre uma liberação 
maciça, sem relevante impacto no controle da replicação e causando uma “tempestade de 
citocinas”, podendo lesar o epitélio e levar a uma resposta inflamatória letal. Na Covid-19, a 
tempestade inflamatóriaestá ligada ao desenvolvimento e à progressão da síndrome do 
desconforto respiratório agudo (SDRA), estando diretamente relacionada à taxa de mortalidade 
(YE et al., 2020). A ativação do sistema imune adaptativo é dependente da apresentação de 
antígenos pelas APCs aos Linfócitos, as células mais encontradas no interstício pulmonar de 
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pacientes infectados, são os Linfócitos T CD8, os quais possuem ação citotóxica que, 
conjuntamente com as células Natural Killers, é capaz de induzir a morte de células infectadas. 
e as células T CD4 auxiliares, produzem fatores que contribuem na produção das 
imunoglobulinas pelos Linfócitos B e outros que melhoram a resposta citotóxica dos Linfócitos 
CD8 (ANDRETTA; MOREIRA, 2020). 
Além dos idosos, os adultos mais velhos são mais suscetíveis ao COVID-19 e 
apresentam risco aumentado de morbidade e mortalidade (Wang et al. 2020b), assim, os fatores 
que contribuem para resultados ruins de saúde incluem as mudanças fisiológicas do 
envelhecimento e as comorbidades relacionadas à idade, como doenças cardíacas e pulmonares, 
diabetes e demência. Os adultos mais velhos que vivem em residências para idosos correm o 
maior risco devido ao fardo de doenças crônicas e ao impacto da habitação congregacional. 
Para aqueles que vivem sozinhos ou isolados, o acréscimo do distanciamento social total deve 
ser particularmente difícil e deve ser reconhecido e administrado. Para todos os adultos mais 
velhos, no entanto, a prevenção é fundamental (NIKOLICH-ZUGICH et al., 2020). 
Uma resposta imune inata rápida e bem coordenada representa a primeira linha de defesa 
contra a infecção viral. Porém, respostas imunológicas, caso ocorram de modo desregulado e 
excessivo, podem causar danos imunológicos ao corpo humano. A produção de IFN-I ou IFN- 
α / β é a principal resposta de defesa imunológica natural contra infecções virais, e o IFN-I é a 
molécula-chave, desempenhando um papel antiviral nos estágios iniciais da infecção viral. 
Desse modo, a liberação de forma retardada de IFNs nos estágios iniciais da infecção por 
SARS-CoV e MERS-CoV dificulta a resposta antiviral do corpo. Além disso, o rápido aumento 
de citocinas e quimiocinas atraem muitas células inflamatórias, resultando em uma infiltração 
excessiva das células inflamatórias no tecido pulmonar e em lesão pulmonar. (YE; WANG; 
MAO, 2020). Descobriu-se que várias citocinas pró-inflamatórias e quimiocinas, como CCL2, 
CCL-5, IFN γ - proteína induzida 10 (IP-10) e CCL3) contribuem para a ocorrência de 
Síndrome de Aflição Respiratória (ARDS), mostrando que após a infecção por SARS-CoV, 
altos títulos de vírus e desregulação da resposta de citocinas / quimiocinas causam uma 
tempestade inflamatória de citocinas. A tempestade de citocinas inflamatórias é acompanhada 
por alterações imunopatológicas nos pulmões. (YE; WANG; MAO, 2020). 
Em resumo, a infecção pelo novo tipo de coronavírus gera uma tempestade inflamatória 
de citocinas nos pacientes infectados, levando à ARDS ou à insuficiência extrapulmonar de 
múltiplos órgãos. Além disso, evidencia-se que a inflamação é uma parte essencial de uma 
resposta imune eficaz, uma vez que é difícil eliminar infecções com sucesso sem inflamação. 
Assim, a resposta inflamatória começa com o reconhecimento inicial dos patógenos, os quais 
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medeiam o recrutamento de células imunes, o que elimina os patógenos e, em última análise, 
leva ao reparo do tecido e à restauração da homeostase. Conclui-se que o controle oportuno da 
tempestade de citocinas em seu estágio inicial por meio de imunomoduladores e antagonistas 
de citocinas, bem como a redução da infiltração de células inflamatórias do pulmão, é a chave 
para melhorar a taxa de sucesso do tratamento e reduzir a taxa de mortalidade de pacientes com 
COVID-19. (YE; WANG; MAO,2020) 
 
9 CONCLUSÃO 
O envelhecimento mostra-se como processo natural fisiológico, em que há declínio 
gradativo de alguns de seus sistemas que geram limitações e, em caso de sobrecarga em virtude 
de patologias, por exemplo, o comprometimento mostra-se mais acentuado. Nesse contexto, a 
dinamicidade do sistema imunológico é evidenciada, visto que ele depende da regeneração de 
células precursoras hematopoiéticas e a homeostase é constantemente ameaçada. As complexas 
alterações celulares e moleculares decorrentes do avanço da idade, ao atingirem especialmente 
a imunidade adquirida, forçam o sistema imune na busca da manutenção do equilíbrio e 
adaptação às agressões externas. Nesse sentido, tal estudo abrange os processos que envolvem 
o reconhecimento de diversos antígenos, bem como o armazenamento, o funcionamento das 
células das imunidades inata e adquirida e de todos os aspectos que relacionam as células de 
memória. Sabe-se que o a imunologia do envelhecimento aponta para o aumento da 
susceptibilidade dos indivíduos idosos às infecções e inflamações crônicas e latentes, o que é 
agravado por condições de morbidade pré-existentes. Isso, relacionado diretamente ao declínio 
da função imunológica, remete à incidência de doenças autoimunes, o desenvolvimento do 
câncer e a análise das reações desencadeadas pelas vacinas nesse público. Conclui-se que tal 
abordagem é multifatorial, dependendo dos mecanismos de regulação e das funções efetoras de 
todo o sistema. A imunossenescência, dessa maneira, afeta diversos tipos celulares na medula 
óssea, o timo, os linfócitos maduros no sangue e nos órgãos linfóides secundários e elementos 
da imunidade inata, destacando-se monócitos, células ‘’natural killer’’ (NK), e células 
dendríticas (DCs), bem como a imunidade adquirida, evidenciada pelo comportamento de 
linfócitos B e T. Nesse caso, as alterações da imunidade adaptativa são as que demonstram 
maior gravidade. 
Frente a isso e, adotando-se a tendência de envelhecimento populacional no mundo, 
percebe-se a necessidade de adotar estratégias efetivas que melhorem a qualidade de vida, o 
que envolve hábitos de vida como dieta, sono, controle do estresse, exercício físico regular e 
bem-estar emocional, na tentativa de reestabelecer o desequilíbrio do sistema e promover saúde 
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efetivamente ao público senil, considerando suas particularidades que envolvem, inclusive, sua 
imunologia. 
 
CONTRIBUIÇÕES DOS AUTORES 
Leal, A. S.; Paoliello, B. L.; Silva, F. B.; Muller, G. M.; Carvalho I. C.; Silva L. F. M.; 
Silva, M. H.; Prates, S. K. P.; Peruzzo Y. L. foram responsáveis pela revisão da literatura e 
elaboração do manuscrito. Marçal, P. H. F. participou na revisão crítica do conteúdo 
intelectual. 
 
CONFLITOS DE INTERESSE 
 Os autores declaram que não há conflitos de interesses que possam interferir na 
imparcialidade deste trabalho. 
 
 
 
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REFERÊNCIAS 
 
ALLMAN, D.; MILLER J. P. B cell development and receptor diversity during aging. Curr 
Opin Immunol 2005; 17:463–7. Disponível em: 
. Acesso: 04/05/2021. 
 
ANDRETTA, M. E.; MOREIRA, A. C. O risco da imunossenescência na pandemia da COVID-
19 e os cuidados com os idosos. Disponível em: 
. 
Acesso: 03/05/2021. 
 
ARTZ, A. S., ERSHLER, W. B., LONGO, D. L. (2003) Pneumococcal vaccination and 
revaccination of older adults. Clin. Microbiol. Rev. 16, 308–318. Disponível em: 
.

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