Prévia do material em texto
Síndrome de West
Prof.ª Natália Virgínia Gonzaga Cardoso
EPILEPSIA NA INFÂNCIA
CRISE EPILÉTICA X CONVULSÕES X EPILEPSIA
Crise Epilética: Descargas elétricas anormais ou excessivas, em alguma área do cérebro, com produção de eventos clínicos: QUE PODEM SER MOTORES (CONVULSÕES) E NÃO MOTORES.
EPILEPSIA NA INFÂNCIA
CRISE EPILÉTICA
GENERALIZADA
FOCAL
EPILEPSIA NA INFÂNCIA
EPILEPSIA:
Dois ou mais episódios de crise epilética com intervalo mínimo de 24 horas entre elas; Ou um episódio de crise associado ao risco >65% de uma segunda crise (EEG ou exame de imagem alterado)•
EPILEPSIA NA INFÂNCIA
Sintomática: Resultado de uma ou mais lesões estruturais cerebrais;
EX: Neoplasia cerebral;
Encefalopatia hipóxico-isquêmica;
Malformações cerebral.
Idiopáticas: Sem lesão estrutural associada; Condição possivelmente genética e idade dependente;
EX: Epilepsia ausência da infância;
Síndrome de West.
INTRODUÇÃO
• A Síndrome de West é uma encefalopatia epiléptica grave da infância.
Se caracteriza pela tríade clássica:
• Espasmos infantis (crises epilépticas)
• Retardo do desenvolvimento neuropsicomotor
• Padrão de hipsarritmia no EEG
EPIDEMIOLOGIA
• Incidência: 1 a cada 2.500 nascidos vivos.
• Início típico: entre 3 e 12 meses, pico aos 5 meses.
• Leve predomínio no sexo masculino.
FISIOPATOLOGIA
Múltiplas causas levam a uma disfunção cerebral difusa.
Anormalidades corticais → desorganização da atividade elétrica cerebral.
Hipsarritmia: padrão caótico e desorganizado no EEG.
ETIOLOGIAS
Divididas em:
• Sintomática (80-90%): causa identificável.
• Malformações corticais
• Esclerose tuberosa
• Infecções congênitas (TORCH)
• Lesão hipóxico-isquêmica
• Criptogênica/Idiopática: sem causa clara.
• Genética: mutações em genes como ARX, CDKL5, STXBP1.
ETIOLOGIAS
IDEOPÁTICOS:
Desenvolvimento motor normal até o início dos sintomas;
Apresenta involução – crises perceptíveis ou não.
SINTOMAS SECONDÁRIOS:
Processo patológico nítido ( encefalopatia hipóxico-isquêmica, malformações cerebrais, infecções no SNC, esclerose )
Retardo no desenvolvimento – 80% dos casos.
QUADRO CLÍNICO
Espasmos epilépticos:
• Rápidos, em flexão (mais comum), extensão ou mistos.
• Ocorrem em séries, frequentemente ao despertar.
Regressão do desenvolvimento:
• Perda de habilidades adquiridas (ex: controle cervical, sorriso social).
• Outros sinais neurológicos:
• Hipotonia, irritabilidade.
DIAGNÓSTICO
Clínico + EEG:
• EEG com hipsarritmia: ondas lentas e pontas de alto-voltagem, desorganizadas.
Exames complementares:
• RM de crânio: avalia malformações, lesões.
• Testes metabólicos/genéticos conforme suspeita clínica.
DIAGNÓSTICO
DIAGNÓSTICO
PROGNÓSTICO
• Variável, depende da etiologia e da resposta ao tratamento.
• Melhor prognóstico:
• Forma criptogênica, início precoce do tratamento.
Pior prognóstico:
• Etiologia estrutural/genética.
• Alto risco de evolução para outras epilepsias.
ABORDAGEM TERAPÊUTICA
Avaliação fisioterapêutica
• Anamnese detalhada: histórico de crises, regressão de marcos motores, uso de medicamentos.
• Escalas de desenvolvimento motor (ex: Escala de Alberta, GMFM).
• Avaliação do tônus, posturas anormais e reflexos primitivos persistentes.
ABORDAGEM TERAPÊUTICA
Intervenções principais
• Neurodesenvolvimento (Bobath):
• Facilitação de padrões motores normais
• Inibição de padrões anormais
• Estimulação precoce:
• Trabalhar marcos motores esperados (rolar, sentar, engatinhar)
• Estímulos sensoriais integrados: táteis, visuais, auditivos
• Controle postural e equilíbrio:
• Estímulos vestibulares com balanços, rotação e mudanças de decúbito
• Treino de reações de proteção e endireitamento
ABORDAGEM TERAPÊUTICA
Fortalecimento e alongamento:
• Em casos de hipotonia, trabalhar força funcional
• Prevenção de encurtamentos em pacientes com pouca mobilidade
Orientação familiar:
• Ensinar manuseio adequado da criança
• Criar rotina de exercícios em casa
CUIDADOS ESPECIAIS
• Monitorar respostas às crises epilépticas: evitar manobras que possam desencadear espasmos.
• Adaptar a sessão conforme o nível de alerta e controle medicamentoso.
• Estar atento a sinais de fadiga, irritabilidade ou piora clínica.
FISIOTERAPIA RESPIRATÓRIA
• Pode ser necessária em pacientes com comprometimento motor severo.
• Prevenção de complicações pulmonares (hipoventilação, acúmulo de secreções).
• Treino de expansão pulmonar, higiene brônquica, estímulo ao controle respiratório.
PROGNÓSTICO FUNCIONAL
• Depende da etiologia, da gravidade do acometimento neurológico e da precocidade da intervenção.
• Pacientes com controle precoce das crises e estimulação adequada têm mais chances de desenvolver funções motoras básicas.
INTERDISCIPLINARIDADE
Fonoaudiologia: para distúrbios de deglutição e comunicação.
Terapia ocupacional: desenvolvimento da coordenação motora fina e AVDs.
Psicologia e pedagogia: suporte emocional e estimulação cognitiva.
O fisioterapeuta atua em conjunto com a equipe, contribuindo para planos de cuidado individualizados.
ESPINHA BÍFIDA
• Espinha bífida é uma malformação congênita do tubo neural.
• Ocorre quando a coluna vertebral e a medula espinhal não se desenvolvem completamente.
• Está relacionada à falta de fechamento do tubo neural entre o 21º e 28º dia de gestação.
CLASSIFICAÇÃO
Espinha Bífida Oculta
• Forma mais leve.
• Falha no fechamento dos arcos vertebrais, sem herniação.
• Frequentemente assintomática.
• Pode apresentar sinais cutâneos (mancha, tufo de pelos).
Espinha Bífida Cística (ou aberta):
Meningocele
• Protrusão das meninges com LCR, sem medula.
• Pouca ou nenhuma sequela neurológica.
CLASSIFICAÇÃO
Mielomeningocele
• Forma mais grave e comum.
• Protrusão da medula + meninges.
• Associada a déficits motores, sensoriais e urinários.
DIAGNÓSTICO
Pré-natal:
• Ultrassonografia fetal
• Dosagem de alfafetoproteína no sangue materno.
• RM fetal em casos selecionados.
Pós-natal:
• Avaliação clínica do recém-nascido.
• Exames de imagem: RM de coluna e crânio (avalia hidrocefalia).
REABILITAÇÃO MULTIDISCIPLINAR
Fisioterapia
• Estimulação motora precoce.
• Fortalecimento de musculatura residual.
• Prevenção de deformidades.
• Treino de marcha com órteses, quando possível.
• Trabalho respiratório em casos de déficit torácico.
PREVENÇÃO
Suplementação de ácido fólico (400 mcg/dia)
Deve iniciar pelo menos 1 mês antes da concepção e continuar até a 12ª semana de gestação.
Doses maiores em mulheres com risco aumentado (ex: epilepsia, gestações anteriores com malformação).
PROGNÓSTICO
• Variável conforme nível da lesão e presença de complicações.
• Com acompanhamento adequado, muitas crianças têm vida ativa e inserção escolar/social.
• Necessidade de suporte contínuo ao longo da vida.
OBRIGADO
image1.png
image2.png
image3.png
image4.png
image5.png
image6.png
image7.svg
.MsftOfcThm_Accent1_Fill_v2 {
fill:#4472C4;
}
.MsftOfcThm_Accent1_Stroke_v2 {
stroke:#4472C4;
}
image8.png
image9.svg
.MsftOfcThm_Accent1_Fill_v2 {
fill:#4472C4;
}
.MsftOfcThm_Accent1_Stroke_v2 {
stroke:#4472C4;
}
image10.png
image11.svg
.MsftOfcThm_Accent1_Fill_v2 {
fill:#4472C4;
}
.MsftOfcThm_Accent1_Stroke_v2 {
stroke:#4472C4;
}
image12.png
image13.png
image14.png
image15.svg
.MsftOfcThm_Accent1_Fill_v2 {
fill:#4472C4;
}
.MsftOfcThm_Accent1_Stroke_v2 {
stroke:#4472C4;
}
image16.png
image17.svg
.MsftOfcResponsive_Fill_4472c4 {
fill:#4472C4;
}
.MsftOfcResponsive_Stroke_4472c4 {
stroke:#4472C4;
}
image18.png
image19.svg
.MsftOfcThm_Accent1_Fill_v2 {
fill:#4472C4;
}
.MsftOfcThm_Accent1_Stroke_v2 {
stroke:#4472C4;
}
image20.png
image21.svg
.MsftOfcThm_Accent1_Fill_v2 {
fill:#4472C4;
}
.MsftOfcThm_Accent1_Stroke_v2{
stroke:#4472C4;
}
image22.png
image23.svg
.MsftOfcThm_Accent1_Fill_v2 {
fill:#4472C4;
}
.MsftOfcThm_Accent1_Stroke_v2 {
stroke:#4472C4;
}
image24.png
image25.svg
.MsftOfcThm_Accent1_Fill_v2 {
fill:#4472C4;
}
.MsftOfcThm_Accent1_Stroke_v2 {
stroke:#4472C4;
}
image26.png
image27.svg
.MsftOfcThm_Accent1_Fill_v2 {
fill:#4472C4;
}
.MsftOfcThm_Accent1_Stroke_v2 {
stroke:#4472C4;
}
image28.png
image29.png
image30.png
image31.png