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MARIANA CORDEIRO DA SILVA JAQUELINE BERNARDINO DE AMORIM CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM ABORTO PRINCESA ISABEL – PB 2013 MARIANA CORDEIRO DA SILVA JAQUELINE BERNARDINO DE AMORIM CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM ABORTO Trabalho apresentado a Faculdade Vera Cruz, da disciplina Português, para obtenção de nota. Professora: MARIA RAFAELLY FERREIRA DOS SANTOS PRINCESA ISABEL – PB 2013 RESUMO O tema aqui exposto é um tema bastante debatido em todas as esferas da sociedade, por ser algo ainda não definido completamente sobre o que pode ou não pode a respeito do aborto, não existe ainda uma lei universal, e talvez não existirá, pois as leis de cada país são bastante divergente entre sim, aqui apresentaremos um pouco do que se tem debatido, estudado, colocado como lei, e o que ainda se busca, para entendimento do assunto, as leis dizem o que pode e o que não pode, a lei está do lado do feto, viva a vida, ao mesmo tempo que se depara com situações, que juízes, promotores, advogados devem tomar decisões, por si próprios, pois muitas vezes as decisões são tomadas e não existem nada escrito em lugar nenhum que diga o contrário, que diga o que é certo fazer. Em algumas situações, a lei diz pode abortar, em outras não pode, é crime, quando se trata da igreja, especialmente a católica, a decisão é unanime, não pode abortar/matar em hipótese nenhuma, neste último caso, não observando a vida que será da mulher, e/ou da família caso a vida continue. Claro que aqui não estamos do algo A ou B, apenas estamos mostrando os fatos. Então, vamos seguir o estudo, depois das pesquisas realizadas, opiniões amostradas, então só assim poderemos dá uma opinião, se aborta ou não, mas que a opinião e a decisão sejam sempre sua. Palavras-chave: Aborto, lei, pesquisas. ABSTRACT The theme exposed here is a subject that is much debated in all spheres of society, as it is something that has not yet been completely defined about what can or cannot be done with regard to abortion, there is still no universal law, and perhaps it will not exist, because the laws of each country are quite divergent between yes, here we will present a little of what has been debated, studied, placed as law, and what is still sought, for understanding the subject, the laws say what can and what cannot, the law is on the side of the fetus, live life, at the same time you are faced with situations, that judges, prosecutors, lawyers must make decisions, by themselves, because many times decisions are made and there is nothing written anywhere that say the opposite, say what is right to do. In some situations, the law says you can abort, in others you cannot, it is a crime, when it comes to the church, especially the Catholic one, the decision is unanimous, you cannot abort/kill under any circumstances, in the latter case, not observing life what will become of the woman, and/or the family if life goes on. Of course, here we are not doing something A or B, we are just showing the facts. So, let's follow the study, after the research carried out, sampled opinions, so that's the only way we can give an opinion, whether to abort or not, but that the opinion and the decision are always yours. Keywords: Abortion, law, research. INTRODUÇÃO Todas as vezes que se fala em Aborto, vem a cabeça, principalmente da mulher, pois é ela que sofrerá as consequências de saúde causada por essa escolha. Depois, acredito que passa pela cabeça da mulher que essa decisão não é uma decisão de uma pessoa em sã consciência, pois estará interrompendo uma vida de nascer, seria o mesmo que matar? Nessa discussão vem ao encontro vários fatores, a ética, a moral, a religião, a sociedade que condena tal decisão, mas vamos levar em conta o feto que nascerá com problemas graves, que não possibilitará uma vida, mas apenas a existência daquele ser. Todas essas situações serão abordadas, debatidas nesse trabalho, será aqui mostrado. Apesar dos desafios redobrados, em contextos muito restritivos, a pesquisa sobre o tema é imprescindível por permitir estimativas de incidência do aborto, dos seus fatores associados e de suas complicações, e a identificação de demandas insatisfeitas e de grupos mais vulneráveis de modo a embasar ações e políticas de saúde. 2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA No Brasil, nos anos 1980, a ideia de um conjunto de direitos sexuais e reprodutivos também foi introduzida em reivindicações feministas. No campo da saúde, um dos aspectos marcantes da mobilização de feministas e sanitaristas foi a formulação do Programa de Atenção Integral à Saúde da Mulher (PAISM), aprovado pelo Governo Federal em 1983. Essa proposta rompia com a preocupação limitada da saúde materno-infantil sob a perspectiva do nascituro e da família, e agregava ações direcionadas para além do ciclo gravídico-puerperal, introduzindo assim, um plano de assistência integral à mulher em todas as fases de sua vida, abarcando, inclusive, as questões relacionadas ao exercício da sexualidade e da autonomia reprodutiva feminina (BRASIL, 2011). De acordo com Rocha e Barbosa (2009), no transcorrer dos anos, a visão restrita que se tinha sobre a mulher como um ser submisso foi se transformando. A mulher era predestinada a dar à luz, conceber, mesmo sem almejar, não encontrando alternativas para a contracepção, que era moralmente condenada, até certo tempo, mesmo quando esta era casada. Ao se referir à contracepção, particularmente entre as mulheres mais jovens, há déficit de informação sobre os métodos, que, em várias circunstâncias, são utilizados de maneira irregular ou incorreta, expondo-as ao risco de gravidez. 3 FATORES QUE LEVAM AO ABORTO ESPONTÂNEO O aborto espontâneo é uma situação comum, que ocorre em cerca de 20% das gestações – o que equivale 1 caso a cada 5 gestações. Aproximadamente 85% dos abortos acontecem até o 3º mês de gestação (aproximadamente 12 semanas). A maioria dos abortos espontâneos ocorre devido a um problema no feto (doença genética). Outras causas menos comuns envolvem a saúde da mulher, como anomalias no útero, infecções e alterações de coagulação do sangue (trombofilias). É importante ressaltar, entretanto, que o trauma psicológico ou choque emocional repentino – como após receber más notícias – e ferimentos leves, como escorregões e quedas, não estão relacionados ao aborto espontâneo. Os fatores de risco para aborto espontâneo incluem: • Idade materna avançada (acima de 35 anos); • Uso de substâncias (álcool, tabaco e cocaína); • Anomalias do útero (útero septado e incompetência istmocervical); • Infecções como rubéola ou toxoplasmose; • Doenças graves não tratadas: hipertensão, diabetes, lúpus e problemas na tireoide. 3.1 Sangramentos O sinal mais importante é a presença de sangramento vaginal, que pode ser vermelho vivo ou escuro. Porém, nem todos os sangramentos durante a gestação significam que a mulher está tendo um aborto espontâneo. Em aproximadamente 50% dos casos a gravidez prossegue sem problema nenhum. Se uma gestante tiver sangramento e cólicas durante as primeiras 20 semanas de gestação, ela deve procurar um médico que avaliará e determinará se há probabilidade de sofrer aborto espontâneo. O médico examina o colo do útero para avaliar se ele está dilatando. Se não estiver, talvez seja possível que a gravidez prossiga. Caso a dilatação esteja ocorrendo, é muito provável que esteja acontecendo o aborto espontâneo. Nesse momento, geralmente também se faz ultrassonografia. 3.2 Ultrassonografia A ultrassonografia pode ser usada para determinar se o feto ainda está vivo ou se o aborto espontâneo já ocorreu. A ultrassonografia também podemostrar se existem restos ovulares no útero, o que caracteriza um abortamento incompleto. 3.3 Tratamento Se um aborto espontâneo aconteceu e o feto e a placenta foram completamente expelidos, não é necessário nenhum tratamento. Se algum tecido do feto ou da placenta permanecer no útero, o médico pode aguardar até que ocorra a expulsão completa ou pode utilizar medicamentos que ajudem a expelir o conteúdo de dentro do útero. 3.4 Prevenção Via de regra, não há nada que a mulher possa fazer para evitar um aborto espontâneo. Caso a mulher tenha tido um pouco de sangramento ou cólicas durante as primeiras 20 semanas de gestação, é possível que o médico recomende à mulher que evite praticar atividade física em excesso e fique em repouso. Porém, não há comprovação de que isso, de fato, ajude. 3.5 Recuperação É normal que mulher sinta tristeza, raiva e culpa após ter tido um aborto espontâneo. A mulher deve considerar conversar com alguém, preferencialmente um psicólogo, caso esteja sofrendo. A mulher precisa se lembrar de que é muito pouco provável que tenha feito algo que possa ter provocado o aborto espontâneo. Se a mulher estiver preocupada em ter outro aborto espontâneo, ela deve conversar com o médico, que explicará alguns tipos de exames que podem ser realizados. Deve saber que muitas mulheres que tiveram abortos espontâneos conseguiram engravidar novamente e ter bebês saudáveis. O tempo médio varia entre 30 e 90 dias após o aborto, a depender da orientação do médico que está acompanhando cada caso. 4 ABORTO INDUZIDO O aborto induzido é um dos principais temas da saúde pública. Quando falamos sobre saúde pública, um dos assuntos que mais causam discussões é a questão do aborto induzido. Suas condições de realização, as legislações que o regem em cada país, seus efeitos. Todas essas questões são pautadas constantemente na medicina e na sociedade. Dada a relevância do assunto, preparamos um texto que une algumas das principais informações sobre o assunto. O aborto induzido pode ser entendido como a interrupção da gravidez de maneira voluntária. Ele se diferencia do aborto espontâneo que, por sua vez, pode ser motivado por uma série de fatores relacionados à saúde da mulher. Normalmente, o aborto seguro acontece de duas formas: medicado ou por aspiração. No aborto por aspiração, também conhecido como aborto cirúrgico, há a aspiração do conteúdo do útero. O procedimento é breve e pode ter, como colateralidade, o surgimento de zumbidos, vertigens e dormência. Já no aborto medicado, existe a ingestão de pílulas por via oral ou pela inserção delas no colo do útero. 4.1 Legalidade do aborto Pensar a situação do direito ao aborto no mundo é pensar, sobretudo, nas particularidades e histórias de cada país. Nos últimos três anos, três países latino- americanos fizeram movimentações rumo à descriminalização do aborto: México, Argentina e Colômbia. A maior parte do continente permite o procedimento em alguns casos, como em gestações oriundas de estupro e risco de morte para a gestante. Segundo levantamentos da Gênero e Número, países como a Bolívia, Paraguai, Venezuela e Brasil se enquadram nessa categoria. Na Europa, o aborto é legal em qualquer condição na maior parte do continente. Mesmo assim, existem alguns países, como Monaco e Andorra, onde as leis são mais restritas. Andorra, Malta e San Marino não permitem a realização do aborto em nenhuma condição. Países como Austrália, China e Canadá também possuem legislações mais flexíveis em relação ao aborto, permitindo-o sob a solicitação da mulher. https://reproductiverights.org/wp-content/uploads/2020/12/European-abortion-law-a-comparative-review.pdf 4.2 Aborto nos Estados Unidos Desde 1973, a Suprema Corte estadunidense reconhece o aborto como parte da 14ª Emenda à Constituição, tornando-o um integrante da liberdade pessoal dos cidadãos do país. No começo de maio, o vazamento de alguns documentos da Suprema Corte dos EUA indicou uma possível mudança no entendimento do país sobre o aborto. Nos documentos vazados, o juíz Samuel Alito faz uma série de repúdios sobre a definição que entende o aborto como direito, dizendo que Com essa reversão do direito, cada estado do território estadunidense definiria suas políticas de acesso ao aborto. Isto não significa, portanto, que o aborto seria ilegal no país, mas sim que cada estado definiria as condições de sua legalidade. Esse vazamento, juntamente com os movimentos de alguns estados rumo à proibição do aborto em alguns casos, reacendeu discussões sobre o assunto no mundo inteiro. Um exemplo desse movimento pode ser observado no Texas, que, em maio de 2021, sancionou uma lei que proíbe o procedimento após seis semanas de gravidez. 4.3 O aborto no Brasil As mulheres brasileiras podem abortar em três condições: • Quando há risco de vida para a mulher; • Se a gravidez é decorrente de um estupro; • Quando o feto é anencéfalo. De acordo com uma pesquisa feita pelo Datafolha em 2019, 41% dos brasileiros são contra a interrupção da gravidez em qualquer situação. No primeiro semestre de 2020, o DataSUS registrou mais de 80 mil atendimentos de mulheres após a realização de abortos malsucedidos. Os grupos sociais que praticam o aborto no Brasil são diversos entre si, atingindo diversas classes sociais, níveis educacionais e regiões do país. Segundo a Pesquisa Nacional de Aborto de 2016, o aborto é mais comum no Norte, Nordeste e Centro-Oeste. Ainda segundo a pesquisa, 1 em cada 5 mulheres, aos 40 anos, já tinha realizado um aborto. 4.4 Atualizações sobre o aborto no Brasil O país, ao contrário do que acontece com seus vizinhos latino-americanos, tem poucas movimentações recentes em relação ao aborto. Em 2012, o Supremo Tribunal Federal permitiu a interrupção da gravidez em caso de gravidez de feito anencéfalo. De lá pra cá, nenhuma outra determinação referente à prática foi tomada. Projetos de lei rumo à descriminalização e ao endurecimento das regras são recorrentes, enquanto isso. https://www.conjur.com.br/2012-abr-12/supremo-permite-interrupcao-gravidez-feto-anencefalo https://www.conjur.com.br/2012-abr-12/supremo-permite-interrupcao-gravidez-feto-anencefalo 5 A FALTA DE INFORMAÇÃO A clandestinidade e o estigma associados ao aborto tornam complexa a sua investigação, a começar pela sua própria admissão pelas mulheres. A interrupção voluntária de uma gravidez envolve conflitos morais, éticos e religiosos, que aliados à condenação social e reforçados pela ilegalidade, resultam em omissão do relato ou na sua declaração como espontâneo. Logo, excluir simplesmente os abortos espontâneos das análises pode levar à subestimação da incidência de abortos provocados. Distintas estratégias e técnicas têm sido usadas para obter informações que permitam estimativas da ocorrência de abortos provocados, mas nenhuma assegura completamente sua fidedignidade ou completude. As estratégias mais frequentes incluem o uso de estatísticas oficiais de abortos legais; inquéritos demográficos em saúde reprodutiva (tais como os Demographic and Health Survey realizados periodicamente em vários países), inquéritos populacionais com amostras representativas de mulheres, inquéritos de usuárias e outras populações selecionadas, estudos de registros hospitalares sobre internações por aborto e estudos de mortalidade por esta causa O Código Penal Brasileiro pune o aborto provocado na forma do auto-aborto ou com consentimento da gestante em seu artigo 124; o aborto praticado por terceiro sem o consentimento da gestante, no artigo 125; o aborto praticado com o consentimento da gestante no artigo 126; sendo que o artigo 127 descreve a forma qualificada do mencionado delito. No Brasil, admite-se duas espécies de aborto legal: o terapêutico ou necessário e o sentimental ou humanitário (JESUS, 1999). No ReinoUnido, leis promulgadas em 1967 e 1990 têm tentado elucidar quando um aborto pode ser considerado necessário, sem muito êxito. A mulher que reivindica autorização para o aborto precisa ser avaliada por dois médicos que devem chegar a um consenso e ratificar que há risco de vida para a mulher ou risco para a vida ou má formação do feto. O aborto deve ser realizado REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS https://www.scielo.br/j/csp/a/C5N3RmP8TySscVPpqx5B4Vf/ https://www.scielo.br/j/sdeb/a/yTbJpmr9CbpSvzVKggKsJdt/?format=pdf& lang=pt https://www.gndi.com.br/blog-da-saude/situacoes-que-podem-levar-ao- aborto#lkasu-0 https://www.sanarmed.com/aborto-induzido-o-que-e-legislacao-e- polemicas-redacao https://www.sanarmed.com/artigos-cientificos/aborto-e-saude-no-brasil- desafios-para-a-pesquisa-sobre-o-tema-em-um-contexto-de-ilegalidade.