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ANA PAULA MOURA DA SILVA
RELATÓRIO DE
ESTÁGIO SUPERVISIONADO DE OBSERVAÇÃO E 
DIAGNÓSTICO DO CONTEXTO ESCOLAR
UNOPAR/ANHANGUERA/PÍTAGORAS 
SISTEMA DE ENSINO A DISTÂNCIA
LICENCIATURA EM PEDAGOGIA
Maceió
2025
Maceió
2025
RELATÓRIO DE
ESTÁGIO SUPERVISIONADO DE OBSERVAÇÃO E 
DIAGNÓSTICO DO CONTEXTO ESCOLAR
Relatório de Estágio apresentado para a 
disciplina de Estágio Supervisionado de 
Observação e Diagnóstico do Contexto Escolar 
do curso de Pedagogia – Licenciatura.
Tutor à Distância: Glaucia Lequize Matos 
Tutor Presencial: Antonio 
ANA PAULA MOURA DA SILVA
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO ………………………………………………………………….………….. 4
1 RELATO DA INTERAÇÃO COM ORIENTADOR ................................................ 5
2 RELATO DAS LEITURAS OBRIGATÓRIAS ....................................................... 6
3 RELATO DA ANÁLISE DO REGIMENTO ESCOLAR ......................................... 8
4 RELATO DAS ENTREVISTAS COM A EQUIPE DIRETIVA.............................. 10
5 RELATO DA ORGANIZAÇÃO E SUPERVISÃO DA ESCOLA .......................... 13
6 RELATO DA OBSERVAÇÃO DA ESTRUTURA ESCOLAR .............................. 17
7 RELATO DA OBSERVAÇÃO EM SALA DE AULA ............................................ 19
8 RELATO DA OBSERVAÇÃO DA ROTINA DA EQUIPE PEDAGÓGICA .......... 21
9 VALIDAÇÃO DO RELATÓRIO .......................................................................... 23
REFERÊNCIAS ....................................................................................................... 24
4
INTRODUÇÃO
O Estágio Supervisionado de Observação e Diagnóstico do Contexto Escolar 
do curso de Pedagogia, foi desenvolvido na Escola Municipal Desembargador José 
Fernando Lima Souza, no período de 31/03/2025 até 30/04/2025.
Acredita-se que o Estágio Curricular Obrigatório é o momento da formação 
profissional do licenciando, que deve se dar pelo exercício direto in loco ou pela 
participação do discente em ambientes próprios da área profissional objeto da sua 
formação. 
O estágio é, portanto, um momento caracterizado por uma relação 
ensino-aprendizagem entre alguém que já é um profissional e um aluno estagiário 
em unidades escolares dos sistemas de ensino. 
Ressaltando que nosso objetivo é articular teoria e prática a partir da análise e 
reflexão da realidade vivenciada, conhecendo e caracterizando os espaços de 
atuação do licenciado, bem como compreender a relação interpessoal que se 
estabelece entre os profissionais da instituição de ensino. 
Apesar das dificuldades e limitações que sabemos existirem, este estágio 
supervisionado nos possibilitou levantar os aspectos mais simples e concretos que 
constituem o cotidiano e a dinâmica das relações que se processam na gestão 
educacional. Por meio da observação e de um contato direto nosso com a 
instituição, tornou-se possível reconstruir os processos e as relações que configuram 
a experiência do ambiente escolar.
5
1 RELATO DA INTERAÇÃO COM ORIENTADOR
Incluímos aqui o questionário elaborado com base nas interações realizadas 
com o orientador de estágio, conforme estipulado Plano de Trabalho. 
Atividade Interação com o orientador
Sim Não
Entendimento das orientações disponíveis no AVA 
(vídeos, manual).
X
Preenchimento da edição do estágio. X
Preenchimento da carta de apresentação. X
Entendimento das atividades do plano de trabalho. X
Dúvidas sobre as leituras obrigatórias. X
Dúvidas sobre campo de estágio. X
Dúvidas sobre o perfil de supervisor de campo. X
Dúvidas sobre início das atividades na escola. X
Finalização dos documentos pedagógicos do 
estágio.
X
6
2 RELATO DAS LEITURAS OBRIGATÓRIAS
A importância da escola, aluno, estágio supervisionado e todo o processo 
educacional na formação inicial do professor, de Linhares et al. (2014)
O artigo aborda a importância da escola, do aluno, do estágio supervisionado 
e do processo educacional na formação inicial de professores. Destaca que o 
estágio supervisionado é o primeiro contato prático do futuro docente com o 
ambiente escolar, permitindo reflexões críticas sobre a realidade educacional e a 
integração entre teoria e prática. 
A escola é caracterizada como um espaço democrático e inclusivo, 
responsável por acolher diferentes camadas sociais e promover a difusão do 
conhecimento técnico-científico e cultural. Além de preparar os alunos para o 
mercado de trabalho, a instituição escolar tem o papel de formar cidadãos críticos, 
capazes de intervir na realidade social. 
No âmbito da sala de aula, o artigo enfatiza a complexidade das interações 
sociais e culturais que ocorrem nesse ambiente. A sala como um espaço de troca de 
saberes, onde professores e alunos negociam significados e enfrentam desafios 
coletivos. Porém, há a necessidade de combater preconceitos e promover relações 
baseadas no respeito mútuo, visando à construção de uma sociedade mais justa. 
Assim, a sala de aula deve ser um local seguro para ensaios e erros, onde os alunos 
desenvolvem competências por meio de projetos colaborativos.
A relação professor-aluno é enfatizada como dinâmica e fundamental para o 
processo educativo, baseada em confiança, afetividade e respeito. O papel do aluno 
evolui para uma postura mais ativa, reconhecendo-se como agente transformador de 
sua realidade, enquanto o professor assume a função de facilitador, incentivando a 
autonomia e o pensamento crítico.
O estágio supervisionado é descrito como uma ferramenta essencial para a 
formação docente, permitindo a vivência de situações reais em sala de aula e a 
aplicação de conhecimentos teóricos. Contudo, o artigo aponta desafios, como a 
necessidade de atualização constante dos professores e a superação de práticas 
tradicionais. Conclui-se que, embora haja avanços na compreensão dos papéis do 
professor e do aluno, ainda persistem lacunas na preparação para as demandas 
contemporâneas da educação.
7
Construção de saberes mediante a observação em espaço escolar e não 
escolar, de Conde e Araújo (2022)
O artigo investiga a construção de saberes docentes por meio da observação 
em estágios supervisionados realizados em ambientes escolares (ensino 
fundamental e médio) e não escolares (como cursos de redação). O estudo, 
desenvolvido na disciplina Estágio Supervisionado II da Universidade Federal do 
Piauí (UFPI), busca responder à questão: Que saberes são construídos pelos alunos 
durante a observação nesses espaços? Os objetivos incluem analisar o papel do 
professor orientador, a percepção dos alunos sobre os ambientes observados e a 
identificação de saberes docentes construídos.
Os autores utilizam estudo de caso qualitativo, com análise de conteúdo de 
17 relatórios de experiência de alunos. Os estagiários observaram ambientes 
escolares (50h) e não escolares (30h), seguindo um roteiro estruturado que incluía 
planejamento, metodologia, recursos, relação professor-aluno e avaliação.
Os principais resultados revelaram contrastes marcantes entre os ambientes 
escolares e não escolares. Nas escolas, observaram-se aulas monótonas, com 
predominância de metodologias tradicionais e expositivas, falta de planejamento 
didático e avaliações restritas ao modelo somativo, além de uma relação 
professor-aluno marcada pelo desrespeito e desinteresse. Em contrapartida, nos 
ambientes não escolares, identificaram-se metodologias mais dinâmicas, uso de 
recursos diversificados como filmes e apostilas, avaliações formativas e uma relação 
professor-aluno pautada no respeito e no engajamento. De modo geral, os alunos 
participantes destacaram aspectos físicos, como a climatização das salas, mas 
deixaram de considerar elementos como a acústica e a organização espacial. 
A observação crítica, aliada à orientação pedagógica, permite a construção 
de saberesdocentes, como o saber-fazer (técnicas de ensino) e o saber-refletir 
(análise de contextos). O estágio supervisionado emerge como espaço formativo 
essencial para desenvolver competências analíticas e preparar futuros professores 
para intervir em situações reais. A pesquisa reforça a necessidade de integrar teoria, 
prática e reflexão na formação docente, além de valorizar a estruturação de roteiros 
de observação para guiar a coleta de dados e a elaboração de relatórios críticos. 
8
3 RELATO DA ANÁLISE DO REGIMENTO ESCOLAR
A Escola Municipal Desembargador José Fernando Lima Souza, 
popularmente conhecida como Escola Desembargador, está localizada na BR 101 
Sul, km 69, Bairro Hélio Jatobá II, no município de São Miguel dos Campos (AL), e 
foi criada pela lei nº 1.1982 de 30 de dezembro de 2004. Sua missão primordial é 
promover um ensino de qualidade atrelados à construção de saberes buscando 
cada vez mais meios eficazes que favoreçam a comunidade escolar, e autonomia e 
desenvolvimento das crianças. As finalidades educativas da escola estão centradas 
na formação de cidadãos críticos, autônomos e comprometidos com a sociedade. A 
escola busca promover o desenvolvimento cognitivo, social, emocional e físico das 
crianças, integrando o cuidado e a educação como aspectos fundamentais. 
O perfil da comunidade atendida pela escola é bastante diversificado, 
abrangendo famílias de diferentes contextos socioeconômicos, majoritariamente de 
classes populares. A maioria dos responsáveis pelos alunos trabalha em atividades 
formais e informais, com variações no nível de escolaridade. Os alunos, em sua 
maioria, são crianças de 6 a 10 anos, de diferentes origens culturais e sociais, o que 
enriquece o ambiente escolar. A identidade do aluno que a escola deseja formar é a 
de uma criança curiosa, participativa, respeitosa e capaz de conviver 
harmoniosamente em sociedade. O objetivo é que, ao concluir a Educação Infantil, o 
aluno seja capaz de se comunicar efetivamente, demonstrar empatia e respeito 
pelas diferenças, além de apresentar autonomia em suas atividades cotidianas.
A Escola Municipal Desembargador José Fernando Lima Souza funciona em 
dois turnos: matutino, das 7h30 às 11h30, e vespertino, das 13h00 às 17h00. A 
escola atende aos alunos dos anos iniciais do Ensino Fundamental (do 1º ao 5º 
ano), e a partir de julho de 2022 tornou-se uma escola de educação em tempo 
integral. Cada turma tem uma média de 30 alunos, sendo cada turma acompanhada 
por uma professora e uma auxiliar de sala.
A escola possui um conjunto de normas de convivência que é partilhado com 
os alunos e seus responsáveis no início do ano letivo. O tratamento de problemas 
disciplinares é baseado em uma abordagem preventiva e educativa, enfatizando o 
diálogo e a construção de valores como respeito, empatia e cooperação. Os pais 
são sempre comunicados e envolvidos em casos de conflitos mais complexos, 
sendo o foco sempre a orientação e a reflexão, evitando práticas punitivas.
9
Os pais e responsáveis são tratados com respeito e abertura, sendo vistos 
como parceiros no processo educacional. A escola promove reuniões periódicas 
com os responsáveis, oferecendo um espaço de diálogo franco sobre o 
desenvolvimento dos alunos, e disponibiliza um atendimento individualizado para 
questões específicas.
A direção da escola é responsável pela gestão administrativa, financeira e 
organizacional da instituição. Cabe à direção garantir o bom funcionamento da 
escola, o cumprimento das normas e regulamentos e o gerenciamento dos recursos 
humanos e materiais. A gestão pedagógica, por sua vez, está focada na 
coordenação das práticas educativas, na formação continuada dos professores, no 
acompanhamento do planejamento pedagógico e na avaliação das estratégias de 
ensino-aprendizagem. A gestão pedagógica atua em estreita colaboração com a 
direção para garantir que os objetivos educacionais da escola sejam atingidos. O 
Conselho Escolar é um órgão colegiado que inclui representantes de todos os 
segmentos da comunidade escolar: direção, professores, funcionários, pais e 
responsáveis. Ele é responsável por deliberar o planejamento anual, o uso dos 
recursos financeiros e a definição de metas e prioridades para a escola.
A avaliação da instituição é realizada de forma contínua e participativa, 
envolvendo toda a comunidade escolar. São utilizados diferentes instrumentos, 
como reuniões de conselhos de classe, assembleias com pais e responsáveis, 
reuniões pedagógicas e avaliações institucionais periódicas. Os resultados dessas 
avaliações são utilizados para ajustar as práticas pedagógicas e administrativas, 
visando sempre a melhoria da qualidade do ensino e do ambiente escolar.
O plano de ação da escola para o ano vigente inclui metas como a redução 
da evasão escolar, o fortalecimento da parceria com as famílias, a promoção de um 
ambiente escolar acolhedor e seguro, e a melhoria contínua do processo de 
ensino-aprendizagem. Para alcançar essas metas, as ações incluem a realização de 
projetos pedagógicos integrados, a promoção de atividades culturais e esportivas, a 
formação continuada dos professores e o fortalecimento do Conselho Escolar.
A direção promove a participação da comunidade na gestão da escola 
através de diferentes estratégias, como reuniões periódicas, encontros temáticos 
com pais e responsáveis, eventos escolares abertos à comunidade, e a criação de 
grupos de trabalho para discutir temas relevantes, como meio ambiente e cultura, 
incentivando a colaboração e o envolvimento de todos no processo educacional.
10
4 RELATO DAS ENTREVISTAS COM A EQUIPE DIRETIVA
Entrevista com a diretora
Paula Cristina dos Santos da Silva atualmente exerce a função de diretora da 
Escola Municipal Desembargador José Fernando Lima Souza. É graduada em 
Pedagogia pela Universidade Federal de Alagoas (UFAL), com conclusão do curso 
no ano de 1998. Possui especialização em Gestão e Inspeção Escolar, pela Estácio, 
concluída em 2005, com foco em práticas de liderança escolar e mediação de 
conflitos.
Paula tem 25 anos de experiência na área escolar, atuando como professora, 
coordenadora pedagógica e gestora ao longo de sua trajetória. Na função de 
diretora, ela acumula 8 anos de experiência, sendo que está há 1 ano na direção da 
Escola Municipal Desembargador José Fernando Lima Souza. Participa ativamente 
de cursos de formação continuada. Os mais recentes incluem a Jornada Pedagógica 
2025 e Gestão Democrática e Avaliação Escolar, ambas promovida pela Secretaria 
Municipal de Educação.
Paula avalia o ambiente escolar como acolhedor e desafiador, destacando o 
esforço coletivo da equipe para garantir um espaço inclusivo, onde todos se sintam 
pertencentes e motivados ao aprendizado, mesmo diante das limitações estruturais. 
Sua rotina de trabalho é intensa e variada, envolvendo o acompanhamento 
pedagógico, reuniões com a equipe técnica e pedagógica, atendimento a pais e 
responsáveis, organização de documentos e articulação de projetos pedagógicos e 
administrativos.
O Projeto Político Pedagógico (PPP) da escola foi elaborado de forma 
participativa, com a contribuição ativa da equipe gestora, professores, funcionários, 
pais e representantes da comunidade. Houve encontros e discussões coletivas para 
garantir que o documento refletisse a realidade e as metas da escola. Além disso, a 
escola desenvolve diversos projetos voltados para o avanço da aprendizagem, 
sempre em parceria com os professores. Dentre eles, destaca-se o projeto 
“Semeando leitura, colhendo leitores!”, que incentiva práticas leitoras em todas as 
séries, além de ações voltadas à alfabetização e à recuperaçãoparalela de 
conteúdos.
Os conselhos de classe são organizados bimestralmente e funcionam como 
11
espaços de escuta, análise e tomada de decisões. Neles, os professores 
apresentam o desempenho dos alunos, compartilham dificuldades e propõem 
estratégias coletivas para melhorar os resultados pedagógicos. A escola adota uma 
postura comprometida com a gestão democrática, incentivando a participação ativa 
da comunidade escolar nas decisões, principalmente por meio de conselhos, 
assembleias e reuniões abertas com pais, alunos e profissionais da educação. Há 
uma participação crescente dos pais na escola, principalmente por meio de reuniões 
bimestrais, eventos pedagógicos e campanhas solidárias, o que contribui para o 
fortalecimento do vínculo entre família e escola. 
O Conselho Escolar ativo e atuante, que contribui na definição de prioridades, 
fiscalização do uso de recursos e acompanhamento das ações pedagógicas e 
administrativas. Ele é composto por representantes da equipe gestora, professores, 
funcionários, pais e alunos do Ensino Fundamental. Sua atuação é colaborativa e 
consultiva, reunindo-se em média uma vez por bimestre, ou de forma extraordinária 
quando necessário, para discutir assuntos relevantes à vida escolar e à gestão 
democrática da instituição.
Entrevista com a coordenadora
Eliudes Leandro de Lima é graduada em Letras-Espanhol pela Universidade 
Estadual de Alagoas (UNEAL), tendo concluído o curso no ano de 2012. Também 
graduou-se em Pedagogia pela Universidade Federal de Alagoas (UFAL) em 2012. 
Possui especialização em Práxis e Docência na Educação Infantil e no Ensino 
Fundamental, realizada pela Faculdade de Ensino Superior de Marechal Cândido 
Rondon, com término em 2016, e especialização em Educação Especial, realizada 
pela Faculdade Única de Ipatinga, com término em 2023, o que tem sido 
fundamental para sua atuação na mediação entre professores, alunos e equipe 
gestora.
Eliudes possui 12 anos de experiência na área escolar, tendo atuado como 
professora da Educação Infantil e dos Anos Iniciais do Ensino Fundamental, além de 
desenvolver projetos de reforço escolar e mediação de leitura. Como coordenadora 
pedagógica, atua há 13 anos, sendo que está há 2 anos na função dentro da atual 
escola, onde vem desenvolvendo ações voltadas ao acompanhamento do processo 
de ensino-aprendizagem.
12
Participa mensalmente de cursos de formação continuada realizada pela 
Secretaria Municipal de Educação (Semed). Os mais recentes incluem a Jornada 
Pedagógica 2025 e Avaliação Formativa e Intervenções Pedagógicas, ambas 
promovida pela Secretaria Municipal de Educação.
Eliudes considera o ambiente escolar da unidade em que trabalha como 
acolhedor e comprometido com a aprendizagem, ressaltando o esforço coletivo para 
manter um clima de respeito, escuta e valorização dos sujeitos escolares. Sua rotina 
na escola envolve a observação de aulas, orientação dos professores, análise de 
planejamentos, acompanhamento do rendimento dos alunos, organização de 
reuniões pedagógicas e apoio direto à equipe gestora em ações educativas.
O PPP da escola foi elaborado de forma coletiva, com a participação dos 
professores, da coordenação, direção, alunos e representantes das famílias, 
garantindo que o documento refletisse os princípios da escola e sua realidade local. 
Além disso, a escola promove projetos pedagógicos com os professores, buscando 
melhorar o desempenho dos alunos. Dentre os principais, destaca-se o “Semeando 
leitura, colhendo leitores!”, já citado na entrevista com a diretora.
Os conselhos de classe são organizados a cada bimestre e funcionam como 
momentos de reflexão coletiva, em que são discutidos o desempenho dos alunos, 
suas dificuldades e as estratégias pedagógicas mais adequadas para intervenção. A 
escola adota práticas que valorizam a gestão democrática, incentivando a 
participação ativa da comunidade escolar nas decisões, desde reuniões abertas com 
os pais até escutas pedagógicas com os estudantes. Os pais participam do 
ambiente escolar por meio de reuniões pedagógicas, eventos temáticos, projetos 
integradores e conselhos escolares, sendo estimulados a contribuir ativamente para 
o acompanhamento do desenvolvimento dos filhos.
A escola possui um Conselho Escolar ativo, que atua como instância 
deliberativa e consultiva, participando do planejamento e monitoramento das ações 
escolares. Ele é composto por representantes da equipe gestora, professores, 
funcionários, pais e alunos, onde se reúnem a cada dois meses, ou de forma 
extraordinária quando necessário, para debater questões pedagógicas, 
administrativas e financeiras, com atuação efetiva e colaborativa na vida da escola.
13
5 RELATO DA ORGANIZAÇÃO E SUPERVISÃO DA ESCOLA 
Dados gerais 
A Escola Municipal Desembargador José Fernando Lima Souza funciona em 
dois períodos: matutino e vespertino. No período matutino, as aulas começam às 
7h30 e se estendem até as 11h30. O período vespertino vai das 13h00 às 17h00. 
Atualmente, a escola possui cerca de 682 alunos distribuídos em turmas do 1º ao 5º 
Ano do Ensino Fundamental. Cada turma tem uma média de 30 alunos, sendo cada 
turma acompanhada por uma professora e auxiliares de sala, que varia de acordo 
com a quantidade de alunos com necessidades educacionais especiais.
O corpo administrativo e de serviços gerais da escola é composto por 30 
funcionários. Desses, 8 são responsáveis pela limpeza, 6 atuam no preparo da 
merenda escolar, e os demais desempenham funções administrativas, como 
secretaria, biblioteca, vigilância e apoio técnico.
A instituição conta com 26 professores, distribuídos entre os turnos matutino e 
vespertino, que atuam diretamente em sala de aula como professores e também no 
planejamento das atividades pedagógicas, colaborando com a equipe escolar para 
assegurar a qualidade do ensino.
A equipe gestora da escola é formada por duas diretoras (geral e vice) e três 
coordenadores pedagógicos (duas mulheres e um homem). As diretoras são 
responsáveis pela administração geral dos turnos, com uma divisão de 
responsabilidades entre os dois períodos, enquanto os coordenadores pedagógicos 
trabalham em tempo integral, assegurando uma supervisão mais próxima das 
atividades e garantindo que as necessidades de cada turno sejam atendidas de 
forma eficiente.
Organização da secretaria 
A secretaria da escola é composta por seis funcionários que atendem às 
diversas demandas administrativas e de atendimento ao público. A equipe é 
organizada para garantir que todas as tarefas sejam executadas com eficiência, 
assegurando um atendimento ágil e de qualidade para alunos, pais e professores. 
As funções são distribuídas entre o lançamento de notas e frequência, gestão de 
14
documentação escolar, emissão de históricos e atendimento ao público. O horário 
de funcionamento é de segunda a sexta-feira, das 7h00 às 17h00. Em média, são 
realizados cerca de 12 atendimentos diários, com maior demanda no início e no final 
do ano letivo, durante os períodos de matrícula, rematrícula e emissão de históricos 
escolares.
A escola utiliza o sistema informatizado i-Educar para o lançamento de 
registros escolares, como notas, frequência e relatórios de desempenho. Esse 
sistema permite que os dados sejam atualizados em tempo real, facilitando o acesso 
às informações para professoras e a equipe administrativa, o que garante maior 
agilidade e precisão nos processos.
A documentação escolar, incluindo históricos, registros de matrícula e outros 
documentos arquivados, é mantida por um período de 10 anos, conforme a 
legislação vigente. O arquivo da escola está localizadoem uma sala específica, 
equipada com estantes metálicas e caixas organizadoras. Os documentos são 
armazenados em pastas devidamente identificadas por ano e tipo de documento.
O secretário da escola, que atua na instituição há cinco anos, foi selecionado 
por meio de concurso público. Suas principais responsabilidades incluem a 
coordenação da equipe da secretaria, organização dos processos de matrícula e 
rematrícula, controle da documentação escolar e atendimento ao público.
A secretaria desempenha um papel essencial no funcionamento da escola, 
servindo como apoio administrativo para professores, alunos, pais e a equipe 
gestora. É responsável pela organização e manutenção da documentação escolar, 
pelo suporte ao processo de ensino-aprendizagem através da gestão de 
informações acadêmicas, e por prestar serviços à comunidade escolar.
Organização dos serviços de limpeza e manutenção 
A equipe responsável pela limpeza e manutenção da escola é formada por 8 
funcionários, que desempenham suas funções de forma organizada para garantir a 
higienização e conservação de todos os espaços. O objetivo é promover um 
ambiente limpo, seguro e agradável para alunos, professores e demais funcionários. 
As tarefas são divididas de maneira a otimizar o tempo e a eficiência, com cada 
funcionário assumindo responsabilidades específicas. Dessa forma, um grupo cuida 
das salas de aula, outro é responsável pelos pátios e áreas externas, e o restante se 
15
dedica à limpeza dos banheiros e áreas comuns.
A rotina dos funcionários é cuidadosamente estruturada para atender às 
demandas diárias e manter a escola em bom estado de conservação. Com uma 
divisão clara de tarefas e um planejamento bem definido, a equipe consegue atender 
de forma eficiente às necessidades de limpeza e manutenção, proporcionando um 
ambiente acolhedor e seguro para todos.
Organização da alimentação escolar 
A escola conta com uma cozinha equipada e um refeitório destinado aos 
alunos, onde a merenda escolar é oferecida diariamente. A produção da merenda é 
realizada por 6 funcionárias, que têm funções específicas na preparação dos 
alimentos, garantindo a qualidade e segurança alimentar para os estudantes. As 
atividades na cozinha são organizadas de forma colaborativa, abrangendo o 
preparo, cozimento, finalização dos pratos, além da distribuição e limpeza.
Os alimentos utilizados na merenda escolar são fornecidos pela Semed, e a 
escola recebe regularmente itens como arroz, feijão, macarrão, carnes, legumes, 
frutas e leite, que são armazenados conforme as normas de segurança alimentar.
O cardápio é elaborado por uma equipe de nutricionistas da Semed, que 
monitora a qualidade e o valor nutricional dos alimentos servidos. Esses 
profissionais determinam as refeições de acordo com a faixa etária, as necessidades 
nutricionais e a cultura alimentar local. O cardápio é revisado periodicamente para 
assegurar uma alimentação balanceada e adequada.
A merenda escolar é servida em horários específicos, conforme o turno. No 
período matutino, as refeições são oferecidas às 7h30, 09h30 e 11h30, e no 
vespertino, às 14h00, 15h30 e 16h30. Os alunos recebem a merenda em pratos, 
copos e colheres de plástico. A organização cuidadosa da cozinha e do refeitório, 
juntamente com o acompanhamento nutricional, garante a qualidade da alimentação 
oferecida, atendendo plenamente às necessidades dos estudantes.
Organização dos recursos e ações pedagógicas 
A escola dispõe de uma ampla variedade de materiais pedagógicos e 
recursos que auxiliam no ensino e aprendizagem, incluindo livros didáticos, vídeos e 
16
CDs educativos, acervo bibliográfico, jogos e brinquedos diversos. Esses materiais 
são amplamente utilizados por professores e alunos para complementar o 
aprendizado em sala de aula. Os materiais esportivos são empregados nas aulas de 
Educação Física e em atividades de integração entre as turmas.
O acompanhamento das atividades pedagógicas pelos coordenadores da 
escola é realizado de forma sistemática e colaborativa. Elas participam da 
elaboração do planejamento escolar junto com os professores, oferecendo suporte 
na criação de estratégias pedagógicas, sugerindo materiais didáticos e propondo 
metodologias que atendam às necessidades dos alunos. Quinzenalmente, durante 
reuniões pedagógicas, ocorre uma rotina de acompanhamento dos professores, 
onde são discutidos o andamento das aulas, trocas de experiências e orientações 
sobre metodologias de ensino.
A escola mantém uma rotina de acompanhamento pedagógico dos alunos, 
analisando frequência, notas e comportamento. Alunos com baixa frequência, 
desempenho acadêmico insatisfatório, dificuldades de aprendizagem ou problemas 
de indisciplina são monitorados pelos professores e coordenadores. Esses casos 
são discutidos em reuniões com os professores, e estratégias de intervenção, como 
reforço escolar, encaminhamento para apoio psicopedagógico ou atividades de 
recuperação, são desenvolvidas conforme necessário.
As diretoras da escola acompanham as atividades pedagógicas através de 
reuniões periódicas com a coordenação, onde são discutidos o planejamento, os 
resultados e as estratégias de ensino adotadas. Elas também desempenham um 
papel ativo nas ações pedagógicas, supervisionando o trabalho dos professores e 
promovendo a articulação entre os diferentes setores da escola, garantindo que o 
planejamento pedagógico esteja alinhado às práticas de ensino.
17
6 RELATO DA OBSERVAÇÃO DA ESTRUTURA ESCOLAR 
A avaliação da infraestrutura e organização da Escola Municipal 
Desembargador José Fernando Lima Souza teve como objetivo identificar os 
principais recursos, condições de uso, acessibilidade e estratégias utilizadas para 
promover a aprendizagem e a integração da comunidade escolar. 
A sala de aula conta com mesa e cadeira para todos os alunos, além de mesa 
do professor, quadro branco e ar-condicionado funcional. No aspecto tecnológico, há 
TV de 42” com entrada HDMI, Wi-Fi institucional, notebook da escola, projetor 
multimídia e scanner na sala de apoio pedagógico. Não há webcam, câmera 
fotográfica ou impressora em sala, mas esses equipamentos estão disponíveis na 
coordenação e secretaria. 
A sala apresenta disposição tradicional das carteiras em fileiras, o que 
favorece a organização, mas pode limitar a interação entre os alunos. No entanto, o 
espaço permite reorganizações pontuais para trabalhos em grupo. O ambiente é 
limpo, arejado e iluminado, com janela ampla e boa circulação de ar. A escola possui 
rampa de acesso externa, e há algumas carteiras adaptadas para alunos com 
deficiência, contribuindo para a inclusão.
A comunicação escolar é feita por murais nos corredores, que apresentam 
eventos, campanhas educativas, calendário escolar e produções dos alunos. Além 
disso, a escola mantém grupos de WhatsApp com os responsáveis, utiliza um 
aplicativo educacional para comunicados e divulga atividades no Instagram 
institucional, favorecendo a aproximação com as famílias.
Os recursos tecnológicos disponíveis aos alunos ainda são limitados. Não há 
tablets ou biblioteca digital, e o uso de notebooks e projetor depende da organização 
dos professores. A escola está em fase inicial de implementação de softwares 
educativos em atividades específicas. Há um potencial a ser explorado com maior 
investimento em formação docente e equipamentos individuais.
Observamos a presença de murais temáticos e paredes decoradas com 
conteúdos relacionados ao currículo, como painéis sobre meio ambiente, literatura 
infantil e matemática recreativa. Tais espaços funcionam como elementos 
motivadores e de reforço ao conteúdo trabalhadoem sala, com participação ativa 
dos alunos nas produções.
Os materiais didáticos (livros, cadernos, kits pedagógicos, jogos) estão bem 
18
organizados em armários pedagógicos e disponíveis aos professores mediante 
solicitação. Há também recursos impressos para reforço escolar e atividades lúdicas. 
A conservação geral dos materiais é boa, e os professores demonstram 
responsabilidade e zelo no uso.
A escola possui uma biblioteca estruturada e funcional, com acervo 
atualizado, espaço climatizado e mobiliário acolhedor. Há projetos como “Semeando 
leitura, colhendo leitores!”, que estimula o hábito de leitura. O espaço conta com 
livros para todas as faixas etárias e é utilizado tanto para pesquisa quanto para 
momentos de leitura prazerosa.
O ambiente escolar possui estrutura acessível, com rampas de acesso, 
banheiros adaptados, sinalização visual e algumas mesas ajustáveis. Contudo, 
faltam recursos específicos, como leitor de tela ou materiais em Braille, para atender 
alunos com deficiência visual. Há, no entanto, uma boa disposição da equipe em 
buscar alternativas e apoio externo quando necessário.
Além da sala de aula, a escola dispõe de quadra poliesportiva coberta, 
refeitório amplo, biblioteca, pátio interno e sala de apoio pedagógico. Esses espaços 
são frequentemente utilizados para projetos interdisciplinares, oficinas e atividades 
em grupo, promovendo a colaboração entre os alunos e incentivando o 
protagonismo estudantil.
A escola apresenta uma estrutura funcional e acolhedora, com recursos 
básicos bem mantidos e ações voltadas à promoção da aprendizagem e da inclusão. 
Ainda que existam desafios, como a ampliação do acesso às tecnologias e recursos 
especializados de acessibilidade, é evidente o comprometimento da equipe gestora 
e pedagógica em oferecer um ensino de qualidade, mantendo uma comunicação 
ativa com a comunidade e valorizando os espaços escolares como ambientes de 
crescimento intelectual e humano.
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7 RELATO DA OBSERVAÇÃO EM SALA DE AULA 
As observações realizadas em turmas do 1º ao 5º ano ao longo da semana 
permitiram uma análise rica e diversificada sobre as práticas pedagógicas 
desenvolvidas na Escola Municipal Desembargador José Fernando Lima Souza. 
Durante as aulas observadas, os professores utilizaram diferentes estratégias 
metodológicas, como exposição dialogada, resolução de problemas, atividades em 
dupla, jogos educativos e projetos interdisciplinares. Notamos um esforço em tornar 
o conteúdo mais significativo por meio de exemplos do cotidiano dos alunos. Em 
algumas aulas, especialmente nas disciplinas de Ciências e Matemática, os 
docentes fizeram uso de recursos tecnológicos, como projeção de vídeos, uso de 
slides e, em uma turma, atividades com quiz interativo. Contudo, nem todas as 
turmas tiveram acesso regular a recursos tecnológicos, o que ainda limita o uso 
sistemático dessas ferramentas.
A gestão da sala foi, em geral, eficaz. Os professores estabeleceram rotinas 
claras desde o início da aula, como a organização do material, o acolhimento dos 
alunos e a explicação dos objetivos da aula. Houve também estratégias para manter 
o engajamento, como perguntas direcionadas, desafios rápidos e incentivo à 
participação voluntária. A interação entre os alunos foi estimulada por meio de 
dinâmicas e trabalhos em grupo, favorecendo a colaboração. Em algumas turmas, 
regras como “levantar a mão para falar” e “respeitar o tempo do colega” foram 
reforçadas com clareza. Quando necessário, o professor intervinha de forma serena, 
mantendo a autoridade e o respeito mútuo.
A relação entre professores e alunos demonstrou-se positiva e respeitosa. 
Houve diálogo constante, com abertura para dúvidas, sugestões e compartilhamento 
de experiências. Os professores se mostraram atentos ao comportamento e às 
necessidades individuais, promovendo um ambiente acolhedor. A participação dos 
alunos era constantemente estimulada, com valorização das respostas, mesmo 
quando incorretas, e incentivo à tentativa e ao esforço. Quando surgiram pequenos 
conflitos ou distrações, os docentes utilizaram intervenções empáticas e firmes, 
muitas vezes mediando a situação de forma coletiva e reflexiva, envolvendo os 
próprios alunos na construção de soluções.
As práticas avaliativas observadas incluíram atividades formativas, como 
exercícios em sala, correção coletiva e rodas de conversa, e avaliações somativas, 
20
como provas escritas e produções textuais. Alguns professores utilizavam critérios 
bem definidos de correção, apresentados previamente aos alunos, o que contribuía 
para a transparência e compreensão dos resultados. O feedback foi ofertado 
principalmente de forma oral e imediata, reforçando acertos e orientando quanto às 
falhas. Em algumas turmas, observou-se o uso de autoavaliação, proporcionando 
aos alunos a oportunidade de refletir sobre seu próprio aprendizado.
A presença da professora de Apoio Educacional Especializado (AEE) foi 
notada em turmas com alunos público-alvo da Educação Especial. Este profissional 
atuava em parceria com o(a) professor(a) regente, realizando intervenções pontuais, 
adaptações de atividades e apoio individualizado. Algumas salas contavam com 
materiais adaptados, como cartazes com pictogramas, letras ampliadas e 
organizadores visuais. Em casos observados, os professores adotaram abordagens 
diferenciadas, utilizando linguagem simplificada, recursos visuais e tempos 
estendidos para alunos com dificuldades específicas. A inclusão era tratada de 
forma natural e respeitosa, com valorização das potencialidades de cada aluno e 
incentivo à cooperação entre colegas.
A experiência de observação revelou um ambiente escolar comprometido 
com a aprendizagem, o respeito à diversidade e a valorização do estudante como 
sujeito ativo no processo educativo. Os professores observados demonstraram 
preparo, sensibilidade e criatividade para lidar com os desafios cotidianos da sala de 
aula. Ainda há espaço para ampliar o uso das tecnologias e sistematizar práticas 
inclusivas, mas a escola se mostra em constante movimento de aprimoramento. 
Essas observações reforçam a importância do trabalho colaborativo e da formação 
continuada como elementos essenciais para uma educação transformadora.
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8 RELATO DA OBSERVAÇÃO DA ROTINA DA EQUIPE PEDAGÓGICA 
No dia 25 de abril de 2025, acompanhamos a rotina da coordenadora 
pedagógica Eliudes Leandro de Lima, na Escola Municipal Desembargador José 
Fernando Lima Souza, com o objetivo de observar de que forma essa profissional 
atua no ambiente escolar, especialmente em relação ao atendimento a alunos, 
professores, pais e comunidade.
Logo no início da manhã, por volta das 7h, Eliudes chegou à escola e fez uma 
breve passagem pelas salas de aula, verificando o andamento da entrada dos 
alunos e conversando com alguns professores sobre a organização das atividades 
do dia. Demonstrou atenção aos detalhes e disponibilidade para apoiar a equipe 
docente.
Por volta das 8h, atendeu a uma professora que solicitou apoio em relação a 
um aluno com dificuldades de aprendizagem. Eliudes prontamente sugeriu 
estratégias de adaptação pedagógica e se comprometeu a observar a turma nos 
próximos dias para pensar em ações mais direcionadas. Esse atendimento 
evidenciou sua escuta ativa e postura colaborativa com os docentes.
Ainda durante a manhã, por volta das 9h, a coordenadora foi chamada para 
auxiliar na mediação de um conflito entre dois alunos do 5º ano. Com diálogo 
acolhedor, ela conduziu a conversa de forma equilibrada, ouvindo os dois lados e 
propondo uma reflexão sobre atitudes e respeito mútuo.Após a mediação, os alunos 
retornaram às suas turmas mais tranquilos, e Eliudes fez contato com os 
responsáveis por meio do aplicativo da escola, mantendo a família informada.
Às 10h30, a coordenadora recebeu duas mães que procuravam 
esclarecimentos sobre o rendimento escolar dos filhos. Eliudes demonstrou empatia, 
apresentou os registros de avaliação e explicou como a escola está acompanhando 
cada caso. As mães se mostraram satisfeitas e acolhidas, valorizando a escuta da 
profissional.
Ela ainda retornou às salas para acompanhar o desenvolvimento das aulas e 
conversar com alguns professores sobre algumas ações que serão realizadas na 
escola. Também apoiou uma professora iniciante na adaptação de uma atividade 
avaliativa para alunos com necessidades específicas, destacando seu papel 
formador dentro da equipe.
Durante o horário de almoço, Eliudes continuou envolvida em atividades 
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administrativas, como a organização de documentos e o planejamento de uma 
reunião pedagógica prevista para a semana seguinte. Demonstrou foco e 
organização mesmo nos momentos sem atendimento direto.
A rotina da coordenadora Eliudes Leandro de Lima é intensa, dinâmica e 
marcada por múltiplas frentes de atuação. Sua postura é sempre ética, empática e 
centrada no desenvolvimento integral dos alunos. Atua como elo entre os diferentes 
segmentos da escola, promovendo o diálogo e o acolhimento. Sua capacidade de 
mediação e organização contribui para um ambiente escolar mais harmônico e 
eficiente.
A presença ativa nos corredores, o contato constante com professores, 
alunos e famílias, e sua dedicação às questões pedagógicas revelam uma 
profissional comprometida com a qualidade da educação e com o bem-estar da 
comunidade escolar.
Além disso, a atuação de Eliudes revela um perfil proativo e inspirador, que 
vai além das obrigações administrativas. Sua escuta sensível, aliada à firmeza nas 
decisões, fortalece os vínculos afetivos e institucionais da escola. Sua liderança 
contribui significativamente para um clima escolar mais colaborativo, no qual todos 
os envolvidos se sentem valorizados e parte de um projeto comum de educação. 
23
9 VALIDAÇÃO DO RELATÓRIO
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
O estágio supervisionado de Observação e Diagnóstico do Contexto Escolar, 
realizado na Escola Municipal Desembargador José Fernando Lima Souza, foi uma 
experiência marcante e profundamente enriquecedora para nossa formação 
enquanto futura pedagoga. Durante o período de observação, que se estendeu entre 
os dias 31 de março e 30 de abril de 2025, tivemos a oportunidade de vivenciar o 
cotidiano escolar sob diversas perspectivas: da gestão, da coordenação pedagógica, 
do corpo docente, dos alunos e da comunidade escolar como um todo.
A convivência com a equipe gestora, especialmente com a coordenadora 
pedagógica Eliudes Leandro de Lima, foi essencial para compreender a 
complexidade e a riqueza do trabalho educacional. As ações observadas revelaram 
um ambiente escolar acolhedor, onde o trabalho colaborativo, a escuta ativa e o 
compromisso com a aprendizagem são priorizados. Pudemos perceber, na prática, 
como a mediação pedagógica é essencial para construir um clima escolar positivo e 
para garantir que as necessidades dos alunos sejam respeitadas e atendidas.
A partir das atividades realizadas, compreendemos que o papel do pedagogo 
vai além do planejamento e da execução de aulas. Ele envolve análise crítica, 
escuta sensível, diálogo constante, capacidade de intervenção e atuação articulada 
com diferentes setores da escola. O estágio proporcionou também um olhar mais 
atento à importância da inclusão, à gestão democrática e ao uso de metodologias 
diversificadas para atender à heterogeneidade da sala de aula.
Do ponto de vista pessoal, o estágio nos fortaleceu emocionalmente e 
ampliou nossa visão sobre o papel social da educação. Do ponto de vista 
profissional, contribuiu para o desenvolvimento de competências como observação 
pedagógica, análise institucional, reflexão crítica e empatia – elementos 
indispensáveis à atuação docente ética e comprometida.
Concluímos este estágio convictos da relevância dessa etapa na formação 
docente. Mais do que um requisito acadêmico, ele se configurou como um espaço 
de aprendizagem real, onde teoria e prática puderam dialogar, promovendo a 
construção de saberes significativos para minha trajetória como educadora. Saímos 
dessa experiência ainda mais motivados e conscientes dos desafios e 
responsabilidades que nos aguardam na missão de educar.
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REFERÊNCIAS
CONDE, E. P.; ARAÚJO, R. S. Construção de saberes mediante a observação em 
espaço escolar e não escolar. Revista Educação, Cultura e Sociedade, v. 12, n. 1, 
25ª ed., p. 43-51. Disponível em: . 
Acesso em: 25 abr. 2025. 
LINHARES, P. C. A. et al. A importância da escola, aluno, estágio supervisionado e 
todo o processo educacional na formação inicial do professor. Revista Terceiro 
Incluído, Goiânia, v. 4, n. 2, p. 115–127, 2014. Disponível em: 
. Acesso em: 25 abr. 2025. 
PROJETO Político Pedagógico. Escola Municipal Desembargador José Fernando 
Lima Souza. São Miguel dos Campos, 2024.
REGIMENTO Interno. Escola Municipal Desembargador José Fernando Lima Souza. 
São Miguel dos Campos, 2024.
	SUMÁRIO
	1 RELATO DA INTERAÇÃO COM ORIENTADOR
	2 RELATO DAS LEITURAS OBRIGATÓRIAS
	3 RELATO DA ANÁLISE DO REGIMENTO ESCOLAR
	4 RELATO DAS ENTREVISTAS COM A EQUIPE DIRETIVA
	5 RELATO DA ORGANIZAÇÃO E SUPERVISÃO DA ESCOLA
	6 RELATO DA OBSERVAÇÃO DA ESTRUTURA ESCOLAR
	7 RELATO DA OBSERVAÇÃO EM SALA DE AULA
	8 RELATO DA OBSERVAÇÃO DA ROTINA DA EQUIPE PEDAGÓGICA
	9 VALIDAÇÃO DO RELATÓRIO
	CONSIDERAÇÕES FINAIS
	REFERÊNCIAS

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