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ANA PAULA MOURA DA SILVA RELATÓRIO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO DE OBSERVAÇÃO E DIAGNÓSTICO DO CONTEXTO ESCOLAR UNOPAR/ANHANGUERA/PÍTAGORAS SISTEMA DE ENSINO A DISTÂNCIA LICENCIATURA EM PEDAGOGIA Maceió 2025 Maceió 2025 RELATÓRIO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO DE OBSERVAÇÃO E DIAGNÓSTICO DO CONTEXTO ESCOLAR Relatório de Estágio apresentado para a disciplina de Estágio Supervisionado de Observação e Diagnóstico do Contexto Escolar do curso de Pedagogia – Licenciatura. Tutor à Distância: Glaucia Lequize Matos Tutor Presencial: Antonio ANA PAULA MOURA DA SILVA SUMÁRIO INTRODUÇÃO ………………………………………………………………….………….. 4 1 RELATO DA INTERAÇÃO COM ORIENTADOR ................................................ 5 2 RELATO DAS LEITURAS OBRIGATÓRIAS ....................................................... 6 3 RELATO DA ANÁLISE DO REGIMENTO ESCOLAR ......................................... 8 4 RELATO DAS ENTREVISTAS COM A EQUIPE DIRETIVA.............................. 10 5 RELATO DA ORGANIZAÇÃO E SUPERVISÃO DA ESCOLA .......................... 13 6 RELATO DA OBSERVAÇÃO DA ESTRUTURA ESCOLAR .............................. 17 7 RELATO DA OBSERVAÇÃO EM SALA DE AULA ............................................ 19 8 RELATO DA OBSERVAÇÃO DA ROTINA DA EQUIPE PEDAGÓGICA .......... 21 9 VALIDAÇÃO DO RELATÓRIO .......................................................................... 23 REFERÊNCIAS ....................................................................................................... 24 4 INTRODUÇÃO O Estágio Supervisionado de Observação e Diagnóstico do Contexto Escolar do curso de Pedagogia, foi desenvolvido na Escola Municipal Desembargador José Fernando Lima Souza, no período de 31/03/2025 até 30/04/2025. Acredita-se que o Estágio Curricular Obrigatório é o momento da formação profissional do licenciando, que deve se dar pelo exercício direto in loco ou pela participação do discente em ambientes próprios da área profissional objeto da sua formação. O estágio é, portanto, um momento caracterizado por uma relação ensino-aprendizagem entre alguém que já é um profissional e um aluno estagiário em unidades escolares dos sistemas de ensino. Ressaltando que nosso objetivo é articular teoria e prática a partir da análise e reflexão da realidade vivenciada, conhecendo e caracterizando os espaços de atuação do licenciado, bem como compreender a relação interpessoal que se estabelece entre os profissionais da instituição de ensino. Apesar das dificuldades e limitações que sabemos existirem, este estágio supervisionado nos possibilitou levantar os aspectos mais simples e concretos que constituem o cotidiano e a dinâmica das relações que se processam na gestão educacional. Por meio da observação e de um contato direto nosso com a instituição, tornou-se possível reconstruir os processos e as relações que configuram a experiência do ambiente escolar. 5 1 RELATO DA INTERAÇÃO COM ORIENTADOR Incluímos aqui o questionário elaborado com base nas interações realizadas com o orientador de estágio, conforme estipulado Plano de Trabalho. Atividade Interação com o orientador Sim Não Entendimento das orientações disponíveis no AVA (vídeos, manual). X Preenchimento da edição do estágio. X Preenchimento da carta de apresentação. X Entendimento das atividades do plano de trabalho. X Dúvidas sobre as leituras obrigatórias. X Dúvidas sobre campo de estágio. X Dúvidas sobre o perfil de supervisor de campo. X Dúvidas sobre início das atividades na escola. X Finalização dos documentos pedagógicos do estágio. X 6 2 RELATO DAS LEITURAS OBRIGATÓRIAS A importância da escola, aluno, estágio supervisionado e todo o processo educacional na formação inicial do professor, de Linhares et al. (2014) O artigo aborda a importância da escola, do aluno, do estágio supervisionado e do processo educacional na formação inicial de professores. Destaca que o estágio supervisionado é o primeiro contato prático do futuro docente com o ambiente escolar, permitindo reflexões críticas sobre a realidade educacional e a integração entre teoria e prática. A escola é caracterizada como um espaço democrático e inclusivo, responsável por acolher diferentes camadas sociais e promover a difusão do conhecimento técnico-científico e cultural. Além de preparar os alunos para o mercado de trabalho, a instituição escolar tem o papel de formar cidadãos críticos, capazes de intervir na realidade social. No âmbito da sala de aula, o artigo enfatiza a complexidade das interações sociais e culturais que ocorrem nesse ambiente. A sala como um espaço de troca de saberes, onde professores e alunos negociam significados e enfrentam desafios coletivos. Porém, há a necessidade de combater preconceitos e promover relações baseadas no respeito mútuo, visando à construção de uma sociedade mais justa. Assim, a sala de aula deve ser um local seguro para ensaios e erros, onde os alunos desenvolvem competências por meio de projetos colaborativos. A relação professor-aluno é enfatizada como dinâmica e fundamental para o processo educativo, baseada em confiança, afetividade e respeito. O papel do aluno evolui para uma postura mais ativa, reconhecendo-se como agente transformador de sua realidade, enquanto o professor assume a função de facilitador, incentivando a autonomia e o pensamento crítico. O estágio supervisionado é descrito como uma ferramenta essencial para a formação docente, permitindo a vivência de situações reais em sala de aula e a aplicação de conhecimentos teóricos. Contudo, o artigo aponta desafios, como a necessidade de atualização constante dos professores e a superação de práticas tradicionais. Conclui-se que, embora haja avanços na compreensão dos papéis do professor e do aluno, ainda persistem lacunas na preparação para as demandas contemporâneas da educação. 7 Construção de saberes mediante a observação em espaço escolar e não escolar, de Conde e Araújo (2022) O artigo investiga a construção de saberes docentes por meio da observação em estágios supervisionados realizados em ambientes escolares (ensino fundamental e médio) e não escolares (como cursos de redação). O estudo, desenvolvido na disciplina Estágio Supervisionado II da Universidade Federal do Piauí (UFPI), busca responder à questão: Que saberes são construídos pelos alunos durante a observação nesses espaços? Os objetivos incluem analisar o papel do professor orientador, a percepção dos alunos sobre os ambientes observados e a identificação de saberes docentes construídos. Os autores utilizam estudo de caso qualitativo, com análise de conteúdo de 17 relatórios de experiência de alunos. Os estagiários observaram ambientes escolares (50h) e não escolares (30h), seguindo um roteiro estruturado que incluía planejamento, metodologia, recursos, relação professor-aluno e avaliação. Os principais resultados revelaram contrastes marcantes entre os ambientes escolares e não escolares. Nas escolas, observaram-se aulas monótonas, com predominância de metodologias tradicionais e expositivas, falta de planejamento didático e avaliações restritas ao modelo somativo, além de uma relação professor-aluno marcada pelo desrespeito e desinteresse. Em contrapartida, nos ambientes não escolares, identificaram-se metodologias mais dinâmicas, uso de recursos diversificados como filmes e apostilas, avaliações formativas e uma relação professor-aluno pautada no respeito e no engajamento. De modo geral, os alunos participantes destacaram aspectos físicos, como a climatização das salas, mas deixaram de considerar elementos como a acústica e a organização espacial. A observação crítica, aliada à orientação pedagógica, permite a construção de saberesdocentes, como o saber-fazer (técnicas de ensino) e o saber-refletir (análise de contextos). O estágio supervisionado emerge como espaço formativo essencial para desenvolver competências analíticas e preparar futuros professores para intervir em situações reais. A pesquisa reforça a necessidade de integrar teoria, prática e reflexão na formação docente, além de valorizar a estruturação de roteiros de observação para guiar a coleta de dados e a elaboração de relatórios críticos. 8 3 RELATO DA ANÁLISE DO REGIMENTO ESCOLAR A Escola Municipal Desembargador José Fernando Lima Souza, popularmente conhecida como Escola Desembargador, está localizada na BR 101 Sul, km 69, Bairro Hélio Jatobá II, no município de São Miguel dos Campos (AL), e foi criada pela lei nº 1.1982 de 30 de dezembro de 2004. Sua missão primordial é promover um ensino de qualidade atrelados à construção de saberes buscando cada vez mais meios eficazes que favoreçam a comunidade escolar, e autonomia e desenvolvimento das crianças. As finalidades educativas da escola estão centradas na formação de cidadãos críticos, autônomos e comprometidos com a sociedade. A escola busca promover o desenvolvimento cognitivo, social, emocional e físico das crianças, integrando o cuidado e a educação como aspectos fundamentais. O perfil da comunidade atendida pela escola é bastante diversificado, abrangendo famílias de diferentes contextos socioeconômicos, majoritariamente de classes populares. A maioria dos responsáveis pelos alunos trabalha em atividades formais e informais, com variações no nível de escolaridade. Os alunos, em sua maioria, são crianças de 6 a 10 anos, de diferentes origens culturais e sociais, o que enriquece o ambiente escolar. A identidade do aluno que a escola deseja formar é a de uma criança curiosa, participativa, respeitosa e capaz de conviver harmoniosamente em sociedade. O objetivo é que, ao concluir a Educação Infantil, o aluno seja capaz de se comunicar efetivamente, demonstrar empatia e respeito pelas diferenças, além de apresentar autonomia em suas atividades cotidianas. A Escola Municipal Desembargador José Fernando Lima Souza funciona em dois turnos: matutino, das 7h30 às 11h30, e vespertino, das 13h00 às 17h00. A escola atende aos alunos dos anos iniciais do Ensino Fundamental (do 1º ao 5º ano), e a partir de julho de 2022 tornou-se uma escola de educação em tempo integral. Cada turma tem uma média de 30 alunos, sendo cada turma acompanhada por uma professora e uma auxiliar de sala. A escola possui um conjunto de normas de convivência que é partilhado com os alunos e seus responsáveis no início do ano letivo. O tratamento de problemas disciplinares é baseado em uma abordagem preventiva e educativa, enfatizando o diálogo e a construção de valores como respeito, empatia e cooperação. Os pais são sempre comunicados e envolvidos em casos de conflitos mais complexos, sendo o foco sempre a orientação e a reflexão, evitando práticas punitivas. 9 Os pais e responsáveis são tratados com respeito e abertura, sendo vistos como parceiros no processo educacional. A escola promove reuniões periódicas com os responsáveis, oferecendo um espaço de diálogo franco sobre o desenvolvimento dos alunos, e disponibiliza um atendimento individualizado para questões específicas. A direção da escola é responsável pela gestão administrativa, financeira e organizacional da instituição. Cabe à direção garantir o bom funcionamento da escola, o cumprimento das normas e regulamentos e o gerenciamento dos recursos humanos e materiais. A gestão pedagógica, por sua vez, está focada na coordenação das práticas educativas, na formação continuada dos professores, no acompanhamento do planejamento pedagógico e na avaliação das estratégias de ensino-aprendizagem. A gestão pedagógica atua em estreita colaboração com a direção para garantir que os objetivos educacionais da escola sejam atingidos. O Conselho Escolar é um órgão colegiado que inclui representantes de todos os segmentos da comunidade escolar: direção, professores, funcionários, pais e responsáveis. Ele é responsável por deliberar o planejamento anual, o uso dos recursos financeiros e a definição de metas e prioridades para a escola. A avaliação da instituição é realizada de forma contínua e participativa, envolvendo toda a comunidade escolar. São utilizados diferentes instrumentos, como reuniões de conselhos de classe, assembleias com pais e responsáveis, reuniões pedagógicas e avaliações institucionais periódicas. Os resultados dessas avaliações são utilizados para ajustar as práticas pedagógicas e administrativas, visando sempre a melhoria da qualidade do ensino e do ambiente escolar. O plano de ação da escola para o ano vigente inclui metas como a redução da evasão escolar, o fortalecimento da parceria com as famílias, a promoção de um ambiente escolar acolhedor e seguro, e a melhoria contínua do processo de ensino-aprendizagem. Para alcançar essas metas, as ações incluem a realização de projetos pedagógicos integrados, a promoção de atividades culturais e esportivas, a formação continuada dos professores e o fortalecimento do Conselho Escolar. A direção promove a participação da comunidade na gestão da escola através de diferentes estratégias, como reuniões periódicas, encontros temáticos com pais e responsáveis, eventos escolares abertos à comunidade, e a criação de grupos de trabalho para discutir temas relevantes, como meio ambiente e cultura, incentivando a colaboração e o envolvimento de todos no processo educacional. 10 4 RELATO DAS ENTREVISTAS COM A EQUIPE DIRETIVA Entrevista com a diretora Paula Cristina dos Santos da Silva atualmente exerce a função de diretora da Escola Municipal Desembargador José Fernando Lima Souza. É graduada em Pedagogia pela Universidade Federal de Alagoas (UFAL), com conclusão do curso no ano de 1998. Possui especialização em Gestão e Inspeção Escolar, pela Estácio, concluída em 2005, com foco em práticas de liderança escolar e mediação de conflitos. Paula tem 25 anos de experiência na área escolar, atuando como professora, coordenadora pedagógica e gestora ao longo de sua trajetória. Na função de diretora, ela acumula 8 anos de experiência, sendo que está há 1 ano na direção da Escola Municipal Desembargador José Fernando Lima Souza. Participa ativamente de cursos de formação continuada. Os mais recentes incluem a Jornada Pedagógica 2025 e Gestão Democrática e Avaliação Escolar, ambas promovida pela Secretaria Municipal de Educação. Paula avalia o ambiente escolar como acolhedor e desafiador, destacando o esforço coletivo da equipe para garantir um espaço inclusivo, onde todos se sintam pertencentes e motivados ao aprendizado, mesmo diante das limitações estruturais. Sua rotina de trabalho é intensa e variada, envolvendo o acompanhamento pedagógico, reuniões com a equipe técnica e pedagógica, atendimento a pais e responsáveis, organização de documentos e articulação de projetos pedagógicos e administrativos. O Projeto Político Pedagógico (PPP) da escola foi elaborado de forma participativa, com a contribuição ativa da equipe gestora, professores, funcionários, pais e representantes da comunidade. Houve encontros e discussões coletivas para garantir que o documento refletisse a realidade e as metas da escola. Além disso, a escola desenvolve diversos projetos voltados para o avanço da aprendizagem, sempre em parceria com os professores. Dentre eles, destaca-se o projeto “Semeando leitura, colhendo leitores!”, que incentiva práticas leitoras em todas as séries, além de ações voltadas à alfabetização e à recuperaçãoparalela de conteúdos. Os conselhos de classe são organizados bimestralmente e funcionam como 11 espaços de escuta, análise e tomada de decisões. Neles, os professores apresentam o desempenho dos alunos, compartilham dificuldades e propõem estratégias coletivas para melhorar os resultados pedagógicos. A escola adota uma postura comprometida com a gestão democrática, incentivando a participação ativa da comunidade escolar nas decisões, principalmente por meio de conselhos, assembleias e reuniões abertas com pais, alunos e profissionais da educação. Há uma participação crescente dos pais na escola, principalmente por meio de reuniões bimestrais, eventos pedagógicos e campanhas solidárias, o que contribui para o fortalecimento do vínculo entre família e escola. O Conselho Escolar ativo e atuante, que contribui na definição de prioridades, fiscalização do uso de recursos e acompanhamento das ações pedagógicas e administrativas. Ele é composto por representantes da equipe gestora, professores, funcionários, pais e alunos do Ensino Fundamental. Sua atuação é colaborativa e consultiva, reunindo-se em média uma vez por bimestre, ou de forma extraordinária quando necessário, para discutir assuntos relevantes à vida escolar e à gestão democrática da instituição. Entrevista com a coordenadora Eliudes Leandro de Lima é graduada em Letras-Espanhol pela Universidade Estadual de Alagoas (UNEAL), tendo concluído o curso no ano de 2012. Também graduou-se em Pedagogia pela Universidade Federal de Alagoas (UFAL) em 2012. Possui especialização em Práxis e Docência na Educação Infantil e no Ensino Fundamental, realizada pela Faculdade de Ensino Superior de Marechal Cândido Rondon, com término em 2016, e especialização em Educação Especial, realizada pela Faculdade Única de Ipatinga, com término em 2023, o que tem sido fundamental para sua atuação na mediação entre professores, alunos e equipe gestora. Eliudes possui 12 anos de experiência na área escolar, tendo atuado como professora da Educação Infantil e dos Anos Iniciais do Ensino Fundamental, além de desenvolver projetos de reforço escolar e mediação de leitura. Como coordenadora pedagógica, atua há 13 anos, sendo que está há 2 anos na função dentro da atual escola, onde vem desenvolvendo ações voltadas ao acompanhamento do processo de ensino-aprendizagem. 12 Participa mensalmente de cursos de formação continuada realizada pela Secretaria Municipal de Educação (Semed). Os mais recentes incluem a Jornada Pedagógica 2025 e Avaliação Formativa e Intervenções Pedagógicas, ambas promovida pela Secretaria Municipal de Educação. Eliudes considera o ambiente escolar da unidade em que trabalha como acolhedor e comprometido com a aprendizagem, ressaltando o esforço coletivo para manter um clima de respeito, escuta e valorização dos sujeitos escolares. Sua rotina na escola envolve a observação de aulas, orientação dos professores, análise de planejamentos, acompanhamento do rendimento dos alunos, organização de reuniões pedagógicas e apoio direto à equipe gestora em ações educativas. O PPP da escola foi elaborado de forma coletiva, com a participação dos professores, da coordenação, direção, alunos e representantes das famílias, garantindo que o documento refletisse os princípios da escola e sua realidade local. Além disso, a escola promove projetos pedagógicos com os professores, buscando melhorar o desempenho dos alunos. Dentre os principais, destaca-se o “Semeando leitura, colhendo leitores!”, já citado na entrevista com a diretora. Os conselhos de classe são organizados a cada bimestre e funcionam como momentos de reflexão coletiva, em que são discutidos o desempenho dos alunos, suas dificuldades e as estratégias pedagógicas mais adequadas para intervenção. A escola adota práticas que valorizam a gestão democrática, incentivando a participação ativa da comunidade escolar nas decisões, desde reuniões abertas com os pais até escutas pedagógicas com os estudantes. Os pais participam do ambiente escolar por meio de reuniões pedagógicas, eventos temáticos, projetos integradores e conselhos escolares, sendo estimulados a contribuir ativamente para o acompanhamento do desenvolvimento dos filhos. A escola possui um Conselho Escolar ativo, que atua como instância deliberativa e consultiva, participando do planejamento e monitoramento das ações escolares. Ele é composto por representantes da equipe gestora, professores, funcionários, pais e alunos, onde se reúnem a cada dois meses, ou de forma extraordinária quando necessário, para debater questões pedagógicas, administrativas e financeiras, com atuação efetiva e colaborativa na vida da escola. 13 5 RELATO DA ORGANIZAÇÃO E SUPERVISÃO DA ESCOLA Dados gerais A Escola Municipal Desembargador José Fernando Lima Souza funciona em dois períodos: matutino e vespertino. No período matutino, as aulas começam às 7h30 e se estendem até as 11h30. O período vespertino vai das 13h00 às 17h00. Atualmente, a escola possui cerca de 682 alunos distribuídos em turmas do 1º ao 5º Ano do Ensino Fundamental. Cada turma tem uma média de 30 alunos, sendo cada turma acompanhada por uma professora e auxiliares de sala, que varia de acordo com a quantidade de alunos com necessidades educacionais especiais. O corpo administrativo e de serviços gerais da escola é composto por 30 funcionários. Desses, 8 são responsáveis pela limpeza, 6 atuam no preparo da merenda escolar, e os demais desempenham funções administrativas, como secretaria, biblioteca, vigilância e apoio técnico. A instituição conta com 26 professores, distribuídos entre os turnos matutino e vespertino, que atuam diretamente em sala de aula como professores e também no planejamento das atividades pedagógicas, colaborando com a equipe escolar para assegurar a qualidade do ensino. A equipe gestora da escola é formada por duas diretoras (geral e vice) e três coordenadores pedagógicos (duas mulheres e um homem). As diretoras são responsáveis pela administração geral dos turnos, com uma divisão de responsabilidades entre os dois períodos, enquanto os coordenadores pedagógicos trabalham em tempo integral, assegurando uma supervisão mais próxima das atividades e garantindo que as necessidades de cada turno sejam atendidas de forma eficiente. Organização da secretaria A secretaria da escola é composta por seis funcionários que atendem às diversas demandas administrativas e de atendimento ao público. A equipe é organizada para garantir que todas as tarefas sejam executadas com eficiência, assegurando um atendimento ágil e de qualidade para alunos, pais e professores. As funções são distribuídas entre o lançamento de notas e frequência, gestão de 14 documentação escolar, emissão de históricos e atendimento ao público. O horário de funcionamento é de segunda a sexta-feira, das 7h00 às 17h00. Em média, são realizados cerca de 12 atendimentos diários, com maior demanda no início e no final do ano letivo, durante os períodos de matrícula, rematrícula e emissão de históricos escolares. A escola utiliza o sistema informatizado i-Educar para o lançamento de registros escolares, como notas, frequência e relatórios de desempenho. Esse sistema permite que os dados sejam atualizados em tempo real, facilitando o acesso às informações para professoras e a equipe administrativa, o que garante maior agilidade e precisão nos processos. A documentação escolar, incluindo históricos, registros de matrícula e outros documentos arquivados, é mantida por um período de 10 anos, conforme a legislação vigente. O arquivo da escola está localizadoem uma sala específica, equipada com estantes metálicas e caixas organizadoras. Os documentos são armazenados em pastas devidamente identificadas por ano e tipo de documento. O secretário da escola, que atua na instituição há cinco anos, foi selecionado por meio de concurso público. Suas principais responsabilidades incluem a coordenação da equipe da secretaria, organização dos processos de matrícula e rematrícula, controle da documentação escolar e atendimento ao público. A secretaria desempenha um papel essencial no funcionamento da escola, servindo como apoio administrativo para professores, alunos, pais e a equipe gestora. É responsável pela organização e manutenção da documentação escolar, pelo suporte ao processo de ensino-aprendizagem através da gestão de informações acadêmicas, e por prestar serviços à comunidade escolar. Organização dos serviços de limpeza e manutenção A equipe responsável pela limpeza e manutenção da escola é formada por 8 funcionários, que desempenham suas funções de forma organizada para garantir a higienização e conservação de todos os espaços. O objetivo é promover um ambiente limpo, seguro e agradável para alunos, professores e demais funcionários. As tarefas são divididas de maneira a otimizar o tempo e a eficiência, com cada funcionário assumindo responsabilidades específicas. Dessa forma, um grupo cuida das salas de aula, outro é responsável pelos pátios e áreas externas, e o restante se 15 dedica à limpeza dos banheiros e áreas comuns. A rotina dos funcionários é cuidadosamente estruturada para atender às demandas diárias e manter a escola em bom estado de conservação. Com uma divisão clara de tarefas e um planejamento bem definido, a equipe consegue atender de forma eficiente às necessidades de limpeza e manutenção, proporcionando um ambiente acolhedor e seguro para todos. Organização da alimentação escolar A escola conta com uma cozinha equipada e um refeitório destinado aos alunos, onde a merenda escolar é oferecida diariamente. A produção da merenda é realizada por 6 funcionárias, que têm funções específicas na preparação dos alimentos, garantindo a qualidade e segurança alimentar para os estudantes. As atividades na cozinha são organizadas de forma colaborativa, abrangendo o preparo, cozimento, finalização dos pratos, além da distribuição e limpeza. Os alimentos utilizados na merenda escolar são fornecidos pela Semed, e a escola recebe regularmente itens como arroz, feijão, macarrão, carnes, legumes, frutas e leite, que são armazenados conforme as normas de segurança alimentar. O cardápio é elaborado por uma equipe de nutricionistas da Semed, que monitora a qualidade e o valor nutricional dos alimentos servidos. Esses profissionais determinam as refeições de acordo com a faixa etária, as necessidades nutricionais e a cultura alimentar local. O cardápio é revisado periodicamente para assegurar uma alimentação balanceada e adequada. A merenda escolar é servida em horários específicos, conforme o turno. No período matutino, as refeições são oferecidas às 7h30, 09h30 e 11h30, e no vespertino, às 14h00, 15h30 e 16h30. Os alunos recebem a merenda em pratos, copos e colheres de plástico. A organização cuidadosa da cozinha e do refeitório, juntamente com o acompanhamento nutricional, garante a qualidade da alimentação oferecida, atendendo plenamente às necessidades dos estudantes. Organização dos recursos e ações pedagógicas A escola dispõe de uma ampla variedade de materiais pedagógicos e recursos que auxiliam no ensino e aprendizagem, incluindo livros didáticos, vídeos e 16 CDs educativos, acervo bibliográfico, jogos e brinquedos diversos. Esses materiais são amplamente utilizados por professores e alunos para complementar o aprendizado em sala de aula. Os materiais esportivos são empregados nas aulas de Educação Física e em atividades de integração entre as turmas. O acompanhamento das atividades pedagógicas pelos coordenadores da escola é realizado de forma sistemática e colaborativa. Elas participam da elaboração do planejamento escolar junto com os professores, oferecendo suporte na criação de estratégias pedagógicas, sugerindo materiais didáticos e propondo metodologias que atendam às necessidades dos alunos. Quinzenalmente, durante reuniões pedagógicas, ocorre uma rotina de acompanhamento dos professores, onde são discutidos o andamento das aulas, trocas de experiências e orientações sobre metodologias de ensino. A escola mantém uma rotina de acompanhamento pedagógico dos alunos, analisando frequência, notas e comportamento. Alunos com baixa frequência, desempenho acadêmico insatisfatório, dificuldades de aprendizagem ou problemas de indisciplina são monitorados pelos professores e coordenadores. Esses casos são discutidos em reuniões com os professores, e estratégias de intervenção, como reforço escolar, encaminhamento para apoio psicopedagógico ou atividades de recuperação, são desenvolvidas conforme necessário. As diretoras da escola acompanham as atividades pedagógicas através de reuniões periódicas com a coordenação, onde são discutidos o planejamento, os resultados e as estratégias de ensino adotadas. Elas também desempenham um papel ativo nas ações pedagógicas, supervisionando o trabalho dos professores e promovendo a articulação entre os diferentes setores da escola, garantindo que o planejamento pedagógico esteja alinhado às práticas de ensino. 17 6 RELATO DA OBSERVAÇÃO DA ESTRUTURA ESCOLAR A avaliação da infraestrutura e organização da Escola Municipal Desembargador José Fernando Lima Souza teve como objetivo identificar os principais recursos, condições de uso, acessibilidade e estratégias utilizadas para promover a aprendizagem e a integração da comunidade escolar. A sala de aula conta com mesa e cadeira para todos os alunos, além de mesa do professor, quadro branco e ar-condicionado funcional. No aspecto tecnológico, há TV de 42” com entrada HDMI, Wi-Fi institucional, notebook da escola, projetor multimídia e scanner na sala de apoio pedagógico. Não há webcam, câmera fotográfica ou impressora em sala, mas esses equipamentos estão disponíveis na coordenação e secretaria. A sala apresenta disposição tradicional das carteiras em fileiras, o que favorece a organização, mas pode limitar a interação entre os alunos. No entanto, o espaço permite reorganizações pontuais para trabalhos em grupo. O ambiente é limpo, arejado e iluminado, com janela ampla e boa circulação de ar. A escola possui rampa de acesso externa, e há algumas carteiras adaptadas para alunos com deficiência, contribuindo para a inclusão. A comunicação escolar é feita por murais nos corredores, que apresentam eventos, campanhas educativas, calendário escolar e produções dos alunos. Além disso, a escola mantém grupos de WhatsApp com os responsáveis, utiliza um aplicativo educacional para comunicados e divulga atividades no Instagram institucional, favorecendo a aproximação com as famílias. Os recursos tecnológicos disponíveis aos alunos ainda são limitados. Não há tablets ou biblioteca digital, e o uso de notebooks e projetor depende da organização dos professores. A escola está em fase inicial de implementação de softwares educativos em atividades específicas. Há um potencial a ser explorado com maior investimento em formação docente e equipamentos individuais. Observamos a presença de murais temáticos e paredes decoradas com conteúdos relacionados ao currículo, como painéis sobre meio ambiente, literatura infantil e matemática recreativa. Tais espaços funcionam como elementos motivadores e de reforço ao conteúdo trabalhadoem sala, com participação ativa dos alunos nas produções. Os materiais didáticos (livros, cadernos, kits pedagógicos, jogos) estão bem 18 organizados em armários pedagógicos e disponíveis aos professores mediante solicitação. Há também recursos impressos para reforço escolar e atividades lúdicas. A conservação geral dos materiais é boa, e os professores demonstram responsabilidade e zelo no uso. A escola possui uma biblioteca estruturada e funcional, com acervo atualizado, espaço climatizado e mobiliário acolhedor. Há projetos como “Semeando leitura, colhendo leitores!”, que estimula o hábito de leitura. O espaço conta com livros para todas as faixas etárias e é utilizado tanto para pesquisa quanto para momentos de leitura prazerosa. O ambiente escolar possui estrutura acessível, com rampas de acesso, banheiros adaptados, sinalização visual e algumas mesas ajustáveis. Contudo, faltam recursos específicos, como leitor de tela ou materiais em Braille, para atender alunos com deficiência visual. Há, no entanto, uma boa disposição da equipe em buscar alternativas e apoio externo quando necessário. Além da sala de aula, a escola dispõe de quadra poliesportiva coberta, refeitório amplo, biblioteca, pátio interno e sala de apoio pedagógico. Esses espaços são frequentemente utilizados para projetos interdisciplinares, oficinas e atividades em grupo, promovendo a colaboração entre os alunos e incentivando o protagonismo estudantil. A escola apresenta uma estrutura funcional e acolhedora, com recursos básicos bem mantidos e ações voltadas à promoção da aprendizagem e da inclusão. Ainda que existam desafios, como a ampliação do acesso às tecnologias e recursos especializados de acessibilidade, é evidente o comprometimento da equipe gestora e pedagógica em oferecer um ensino de qualidade, mantendo uma comunicação ativa com a comunidade e valorizando os espaços escolares como ambientes de crescimento intelectual e humano. 19 7 RELATO DA OBSERVAÇÃO EM SALA DE AULA As observações realizadas em turmas do 1º ao 5º ano ao longo da semana permitiram uma análise rica e diversificada sobre as práticas pedagógicas desenvolvidas na Escola Municipal Desembargador José Fernando Lima Souza. Durante as aulas observadas, os professores utilizaram diferentes estratégias metodológicas, como exposição dialogada, resolução de problemas, atividades em dupla, jogos educativos e projetos interdisciplinares. Notamos um esforço em tornar o conteúdo mais significativo por meio de exemplos do cotidiano dos alunos. Em algumas aulas, especialmente nas disciplinas de Ciências e Matemática, os docentes fizeram uso de recursos tecnológicos, como projeção de vídeos, uso de slides e, em uma turma, atividades com quiz interativo. Contudo, nem todas as turmas tiveram acesso regular a recursos tecnológicos, o que ainda limita o uso sistemático dessas ferramentas. A gestão da sala foi, em geral, eficaz. Os professores estabeleceram rotinas claras desde o início da aula, como a organização do material, o acolhimento dos alunos e a explicação dos objetivos da aula. Houve também estratégias para manter o engajamento, como perguntas direcionadas, desafios rápidos e incentivo à participação voluntária. A interação entre os alunos foi estimulada por meio de dinâmicas e trabalhos em grupo, favorecendo a colaboração. Em algumas turmas, regras como “levantar a mão para falar” e “respeitar o tempo do colega” foram reforçadas com clareza. Quando necessário, o professor intervinha de forma serena, mantendo a autoridade e o respeito mútuo. A relação entre professores e alunos demonstrou-se positiva e respeitosa. Houve diálogo constante, com abertura para dúvidas, sugestões e compartilhamento de experiências. Os professores se mostraram atentos ao comportamento e às necessidades individuais, promovendo um ambiente acolhedor. A participação dos alunos era constantemente estimulada, com valorização das respostas, mesmo quando incorretas, e incentivo à tentativa e ao esforço. Quando surgiram pequenos conflitos ou distrações, os docentes utilizaram intervenções empáticas e firmes, muitas vezes mediando a situação de forma coletiva e reflexiva, envolvendo os próprios alunos na construção de soluções. As práticas avaliativas observadas incluíram atividades formativas, como exercícios em sala, correção coletiva e rodas de conversa, e avaliações somativas, 20 como provas escritas e produções textuais. Alguns professores utilizavam critérios bem definidos de correção, apresentados previamente aos alunos, o que contribuía para a transparência e compreensão dos resultados. O feedback foi ofertado principalmente de forma oral e imediata, reforçando acertos e orientando quanto às falhas. Em algumas turmas, observou-se o uso de autoavaliação, proporcionando aos alunos a oportunidade de refletir sobre seu próprio aprendizado. A presença da professora de Apoio Educacional Especializado (AEE) foi notada em turmas com alunos público-alvo da Educação Especial. Este profissional atuava em parceria com o(a) professor(a) regente, realizando intervenções pontuais, adaptações de atividades e apoio individualizado. Algumas salas contavam com materiais adaptados, como cartazes com pictogramas, letras ampliadas e organizadores visuais. Em casos observados, os professores adotaram abordagens diferenciadas, utilizando linguagem simplificada, recursos visuais e tempos estendidos para alunos com dificuldades específicas. A inclusão era tratada de forma natural e respeitosa, com valorização das potencialidades de cada aluno e incentivo à cooperação entre colegas. A experiência de observação revelou um ambiente escolar comprometido com a aprendizagem, o respeito à diversidade e a valorização do estudante como sujeito ativo no processo educativo. Os professores observados demonstraram preparo, sensibilidade e criatividade para lidar com os desafios cotidianos da sala de aula. Ainda há espaço para ampliar o uso das tecnologias e sistematizar práticas inclusivas, mas a escola se mostra em constante movimento de aprimoramento. Essas observações reforçam a importância do trabalho colaborativo e da formação continuada como elementos essenciais para uma educação transformadora. 21 8 RELATO DA OBSERVAÇÃO DA ROTINA DA EQUIPE PEDAGÓGICA No dia 25 de abril de 2025, acompanhamos a rotina da coordenadora pedagógica Eliudes Leandro de Lima, na Escola Municipal Desembargador José Fernando Lima Souza, com o objetivo de observar de que forma essa profissional atua no ambiente escolar, especialmente em relação ao atendimento a alunos, professores, pais e comunidade. Logo no início da manhã, por volta das 7h, Eliudes chegou à escola e fez uma breve passagem pelas salas de aula, verificando o andamento da entrada dos alunos e conversando com alguns professores sobre a organização das atividades do dia. Demonstrou atenção aos detalhes e disponibilidade para apoiar a equipe docente. Por volta das 8h, atendeu a uma professora que solicitou apoio em relação a um aluno com dificuldades de aprendizagem. Eliudes prontamente sugeriu estratégias de adaptação pedagógica e se comprometeu a observar a turma nos próximos dias para pensar em ações mais direcionadas. Esse atendimento evidenciou sua escuta ativa e postura colaborativa com os docentes. Ainda durante a manhã, por volta das 9h, a coordenadora foi chamada para auxiliar na mediação de um conflito entre dois alunos do 5º ano. Com diálogo acolhedor, ela conduziu a conversa de forma equilibrada, ouvindo os dois lados e propondo uma reflexão sobre atitudes e respeito mútuo.Após a mediação, os alunos retornaram às suas turmas mais tranquilos, e Eliudes fez contato com os responsáveis por meio do aplicativo da escola, mantendo a família informada. Às 10h30, a coordenadora recebeu duas mães que procuravam esclarecimentos sobre o rendimento escolar dos filhos. Eliudes demonstrou empatia, apresentou os registros de avaliação e explicou como a escola está acompanhando cada caso. As mães se mostraram satisfeitas e acolhidas, valorizando a escuta da profissional. Ela ainda retornou às salas para acompanhar o desenvolvimento das aulas e conversar com alguns professores sobre algumas ações que serão realizadas na escola. Também apoiou uma professora iniciante na adaptação de uma atividade avaliativa para alunos com necessidades específicas, destacando seu papel formador dentro da equipe. Durante o horário de almoço, Eliudes continuou envolvida em atividades 22 administrativas, como a organização de documentos e o planejamento de uma reunião pedagógica prevista para a semana seguinte. Demonstrou foco e organização mesmo nos momentos sem atendimento direto. A rotina da coordenadora Eliudes Leandro de Lima é intensa, dinâmica e marcada por múltiplas frentes de atuação. Sua postura é sempre ética, empática e centrada no desenvolvimento integral dos alunos. Atua como elo entre os diferentes segmentos da escola, promovendo o diálogo e o acolhimento. Sua capacidade de mediação e organização contribui para um ambiente escolar mais harmônico e eficiente. A presença ativa nos corredores, o contato constante com professores, alunos e famílias, e sua dedicação às questões pedagógicas revelam uma profissional comprometida com a qualidade da educação e com o bem-estar da comunidade escolar. Além disso, a atuação de Eliudes revela um perfil proativo e inspirador, que vai além das obrigações administrativas. Sua escuta sensível, aliada à firmeza nas decisões, fortalece os vínculos afetivos e institucionais da escola. Sua liderança contribui significativamente para um clima escolar mais colaborativo, no qual todos os envolvidos se sentem valorizados e parte de um projeto comum de educação. 23 9 VALIDAÇÃO DO RELATÓRIO 24 CONSIDERAÇÕES FINAIS O estágio supervisionado de Observação e Diagnóstico do Contexto Escolar, realizado na Escola Municipal Desembargador José Fernando Lima Souza, foi uma experiência marcante e profundamente enriquecedora para nossa formação enquanto futura pedagoga. Durante o período de observação, que se estendeu entre os dias 31 de março e 30 de abril de 2025, tivemos a oportunidade de vivenciar o cotidiano escolar sob diversas perspectivas: da gestão, da coordenação pedagógica, do corpo docente, dos alunos e da comunidade escolar como um todo. A convivência com a equipe gestora, especialmente com a coordenadora pedagógica Eliudes Leandro de Lima, foi essencial para compreender a complexidade e a riqueza do trabalho educacional. As ações observadas revelaram um ambiente escolar acolhedor, onde o trabalho colaborativo, a escuta ativa e o compromisso com a aprendizagem são priorizados. Pudemos perceber, na prática, como a mediação pedagógica é essencial para construir um clima escolar positivo e para garantir que as necessidades dos alunos sejam respeitadas e atendidas. A partir das atividades realizadas, compreendemos que o papel do pedagogo vai além do planejamento e da execução de aulas. Ele envolve análise crítica, escuta sensível, diálogo constante, capacidade de intervenção e atuação articulada com diferentes setores da escola. O estágio proporcionou também um olhar mais atento à importância da inclusão, à gestão democrática e ao uso de metodologias diversificadas para atender à heterogeneidade da sala de aula. Do ponto de vista pessoal, o estágio nos fortaleceu emocionalmente e ampliou nossa visão sobre o papel social da educação. Do ponto de vista profissional, contribuiu para o desenvolvimento de competências como observação pedagógica, análise institucional, reflexão crítica e empatia – elementos indispensáveis à atuação docente ética e comprometida. Concluímos este estágio convictos da relevância dessa etapa na formação docente. Mais do que um requisito acadêmico, ele se configurou como um espaço de aprendizagem real, onde teoria e prática puderam dialogar, promovendo a construção de saberes significativos para minha trajetória como educadora. Saímos dessa experiência ainda mais motivados e conscientes dos desafios e responsabilidades que nos aguardam na missão de educar. 25 REFERÊNCIAS CONDE, E. P.; ARAÚJO, R. S. Construção de saberes mediante a observação em espaço escolar e não escolar. Revista Educação, Cultura e Sociedade, v. 12, n. 1, 25ª ed., p. 43-51. Disponível em: . Acesso em: 25 abr. 2025. LINHARES, P. C. A. et al. A importância da escola, aluno, estágio supervisionado e todo o processo educacional na formação inicial do professor. Revista Terceiro Incluído, Goiânia, v. 4, n. 2, p. 115–127, 2014. Disponível em: . Acesso em: 25 abr. 2025. PROJETO Político Pedagógico. Escola Municipal Desembargador José Fernando Lima Souza. São Miguel dos Campos, 2024. REGIMENTO Interno. Escola Municipal Desembargador José Fernando Lima Souza. São Miguel dos Campos, 2024. SUMÁRIO 1 RELATO DA INTERAÇÃO COM ORIENTADOR 2 RELATO DAS LEITURAS OBRIGATÓRIAS 3 RELATO DA ANÁLISE DO REGIMENTO ESCOLAR 4 RELATO DAS ENTREVISTAS COM A EQUIPE DIRETIVA 5 RELATO DA ORGANIZAÇÃO E SUPERVISÃO DA ESCOLA 6 RELATO DA OBSERVAÇÃO DA ESTRUTURA ESCOLAR 7 RELATO DA OBSERVAÇÃO EM SALA DE AULA 8 RELATO DA OBSERVAÇÃO DA ROTINA DA EQUIPE PEDAGÓGICA 9 VALIDAÇÃO DO RELATÓRIO CONSIDERAÇÕES FINAIS REFERÊNCIAS