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Tributos alcançados pelo simples De acordo com o Artigo 13 da Lei Complementar nº 123, de 14 de dezembro de 2006, o Simples é o sistema que possibilita o recolhimento de um documento único de arrecadação, que denota os seguintes impostos: a) Imposto sobre a Renda da Pessoa Jurídica (IRPJ); b) Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI); c) Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL); d) Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (COFINS); e) Programa de Integração Social (PIS); f) Contribuição Patronal Previdenciária (CPP); g) Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e Sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação (ICMS); h) Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISS). Enquadramento e desenquadramento As condições para que as microempresas ou empresas de pequeno porte se enquadrem no regime tributário do Simples dizem respeito à receita bruta anual, que deve ser de R$ 360.000,00 para as microempresas e estar compreendida entre R$ 360.000,01 e R$ 3.600.000,00 para as empresas de pequeno porte. Assim sendo, como já fora exposto anteriormente, atendendo a essas condições as empresas podem fazer a opção pelo Simples. Para o desenquadramento, de acordo com o Artigo 29 da Lei Complementar 123/2006, ocorrem algumas situações em que pode acontecer a exclusão da empresa do regime Simples, como qualquer alteração de dados no CNPJ realizado e informado pela empresa à Receita Federal do Brasil. Essas alterações podem ser de outras formas: I. lteração de natureza jurídica da microempresa ou empresa de pequeno porte para sociedade anônima, sociedade empresária em comandita por ações; file:///D:/Meus%20Negocios/Pensar%20Cursos/www.pensarcursos.com.br II. Inclusão de atividade econômica vedada à opção pelo Simples Nacional; III. Inclusão de sócio pessoa jurídica; IV. Inclusão de sócio domiciliado no exterior; V. Extinção da empresa. Cálculo do valor mensal devido O cálculo do imposto que as ME ou EPP estarão obrigadas a recolher é feito por meio de um sistema eletrônico específico para tal finalidade. O programa está disponível no Portal do Simples Nacional, que realiza o cálculo e faz a geração do Documento de Arrecadação do Simples Nacional (DAS). Dessa forma, o empresário optante do Simples, deverá acessar o portal do Simples. Será disponibilizado um código de acesso para que possa realizar os cálculos e obter a DAS. Para efeito de determinação da alíquota, o empresário deverá informar o valor de sua receita bruta acumulada nos 12 meses anteriores ao do período de apuração e o aplicativo irá fazer o cálculo e fornecer a DAS para fazer o pagamento dos tributos. Esse aplicativo baseia-se nas alíquotas e base de cálculo como são demonstrados nas Tabelas seguintes: TABELA - ALÍQUOTAS E PARTILHA DO SIMPLES NACIONAL – COMÉRCIO Receita Bruta em 12 meses (em R$) ALÍQUOTA IRPJ CSLL COFINS PIS/PASEP CPP ICMS Até 180.000,00 4,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 2,75% 1,25% De 180.000,01 a 360.000,00 5,47% 0,00% 0,00% 0,86% 0,00% 2,75% 1,86% De 360.000,01 a 540.000,00 6,84% 0,27% 0,31% 0,95% 0,23% 2,75% 2,33% De 540.000,01 a 720.000,00 7,54% 0,35% 0,35% 1,04% 0,25% 2,99% 2,56% De 720.000,01 a 900.000,00 7,60% 0,35% 0,35% 1,05% 0,25% 3,02% 2,58% De 900.000,01 a 1.080.000,00 8,28% 0,38% 0,38% 1,15% 0,27% 3,28% 2,82% De 1.080.000,01 a 1.260.000,00 8,36% 0,39% 0,39% 1,16% 0,28% 3,30% 2,84% file:///D:/Meus%20Negocios/Pensar%20Cursos/www.pensarcursos.com.br De 1.260.000,01 a 1.440.000,00 8,45% 0,39% 0,39% 1,17% 0,28% 3,35% 2,87% De 1.440.000,01 a 1.620.000,00 9,03% 0,42% 0,42% 1,25% 0,30% 3,57% 3,07% De 1.620.000,01 a 1.800.000,00 9,12% 0,43% 0,43% 1,26% 0,30% 3,60% 3,10% De 1.800.000,01 a 1.980.000,00 9,95% 0,46% 0,46% 1,38% 0,33% 3,94% 3,38% De 1.980.000,01 a 2.160.000,00 10,04% 0,46% 0,46% 1,39% 0,33% 3,99% 3,41% De 2.160.000,01 a 2.340.000,00 10,13% 0,47% 0,47% 1,40% 0,33% 4,01% 3,45% De 2.340.000,01 a 2.520.000,00 10,23% 0,47% 0,47% 1,42% 0,34% 4,05% 3,48% De 2.520.000,01 a 2.700.000,00 10,32% 0,48% 0,48% 1,43% 0,34% 4,08% 3,51% De 2.700.000,01 a 2.880.000,00 11,23% 0,52% 0,52% 1,56% 0,37% 4,44% 3,82% De 2.880.000,01 a 3.060.000,00 11,32% 0,52% 0,52% 1,57% 0,37% 4,49% 3,85% De 3.060.000,01 a 3.240.000,00 11,42% 0,53% 0,53% 1,58% 0,38% 4,52% 3,88% De 3.240.000,01 a 3.420.000,00 11,51% 0,53% 0,53% 1,60% 0,38% 4,56% 3,91% De 3.420.000,01 a 3.600.000,00 11,61% 0,54% 0,54% 1,60% 0,38% 4,60% 3,95% FONTE: Lei Complementar 123/2006. Disponível em: .Acesso em: 13 jan. 2013. TABELA - ALÍQUOTAS E PARTILHA DO SIMPLES NACIONAL – INDÚSTRIA Receita Bruta em 12 meses (em R$) ALÍQUOTA IRPJ CSLL COFINS PIS/PASEP CPP ICMS IPI Até 180.000,00 4,50% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 2,75% 1,25% 0,50% De 180.000,01 a 360.000,00 5,97% 0,00% 0,00% 0,86% 0,00% 2,75% 1,86% 0,50% De 360.000,01 a 540.000,00 7,34% 0,27% 0,31% 0,95% 0,23% 2,75% 2,33% 0,50% De 540.000,01 a 720.000,00 8,04% 0,35% 0,35% 1,04% 0,25% 2,99% 2,56% 0,50% De 720.000,01 a 900.000,00 8,10% 0,35% 0,35% 1,05% 0,25% 3,02% 2,58% 0,50% De 900.000,01 a 1.080.000,00 8,78% 0,38% 0,38% 1,15% 0,27% 3,28% 2,82% 0,50% De 1.080.000,01 a 1.260.000,00 8,86% 0,39% 0,39% 1,16% 0,28% 3,30% 2,84% 0,50% De 1.260.000,01 a 1.440.000,00 8,95% 0,39% 0,39% 1,17% 0,28% 3,35% 2,87% 0,50% De 1.440.000,01 a 1.620.000,00 9,53% 0,42% 0,42% 1,25% 0,30% 3,57% 3,07% 0,50% De 1.620.000,01 a 1.800.000,00 9,62% 0,42% 0,42% 1,26% 0,30% 3,62% 3,10% 0,50% De 1.800.000,01 a 1.980.000,00 10,45% 0,46% 0,46% 1,38% 0,33% 3,94% 3,38% 0,50% De 1.980.000,01 a 2.160.000,00 10,54% 0,46% 0,46% 1,39% 0,33% 3,99% 3,41% 0,50% De 2.160.000,01 a 2.340.000,00 10,63% 0,47% 0,47% 1,40% 0,33% 4,01% 3,45% 0,50% De 2.340.000,01 a 2.520.000,00 10,73% 0,47% 0,47% 1,42% 0,34% 4,05% 3,48% 0,50% De 2.520.000,01 a 2.700.000,00 10,82% 0,48% 0,48% 1,43% 0,34% 4,08% 3,51% 0,50% De 2.700.000,01 a 2.880.000,00 11,73% 0,52% 0,52% 1,56% 0,37% 4,44% 3,82% 0,50% De 2.880.000,01 a 3.060.000,00 11,82% 0,52% 0,52% 1,57% 0,37% 4,49% 3,85% 0,50% De 3.060.000,01 a 3.240.000,00 11,92% 0,53% 0,53% 1,58% 0,38% 4,52% 3,88% 0,50% De 3.240.000,01 a 3.420.000,00 12,01% 0,53% 0,53% 1,60% 0,38% 4,56% 3,91% 0,50% file:///D:/Meus%20Negocios/Pensar%20Cursos/www.pensarcursos.com.br http://www.receita.fazenda.gov.br/Legislacao/LeisComplementares/2006/leicp123.htm De 3.420.000,01 a 3.600.000,00 12,11% 0,54% 0,54% 1,60% 0,38% 4,60% 3,95% 0,50% FONTE: Lei Complementar 123/2006. Disponível em: . TABELA - ALÍQUOTAS E PARTILHA DO SIMPLES NACIONAL - RECEITAS DE LOCAÇÃO DE BENS MÓVEIS E DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS Receita Bruta em 12 meses (em R$) ALÍQUOTA RPJ CSLL COFINS PIS/PASEP CPP ISS Até 180.000,00 6,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 4,00% 2,00% De 180.000,01 a 360.000,00 8,21% 0,00% 0,00% 1,42% 0,00% 4,00% 2,79% De 360.000,01 a 540.000,00 10,26% 0,48% 0,43% 1,43% 0,35% 4,07% 3,50% De 540.000,01 a 720.000,00 11,31% 0,53% 0,53% 1,56% 0,38% 4,47% 3,84% De 720.000,01 a 900.000,00 11,40% 0,53% 0,52% 1,58% 0,38% 4,52% 3,87% De 900.000,01 a 1.080.000,00 12,42% 0,57% 0,57% 1,73% 0,40% 4,92% 4,23% De 1.080.000,01 a 1.260.000,00 12,54% 0,59% 0,56% 1,74% 0,42% 4,97% 4,26% De 1.260.000,01 a 1.440.000,00 12,68% 0,59% 0,57% 1,76% 0,42% 5,03% 4,31% De 1.440.000,01 a 1.620.000,00 13,55% 0,63% 0,61% 1,88% 0,45% 5,37% 4,61% De 1.620.000,01 a 1.800.000,00 13,68% 0,63% 0,64% 1,89% 0,45% 5,42% 4,65% De 1.800.000,01 a 1.980.000,00 14,93% 0,69% 0,69% 2,07% 0,50% 5,98% 5,00% De 1.980.000,01 a 2.160.000,00 15,06% 0,69% 0,69% 2,09% 0,50% 6,09% 5,00% De 2.160.000,01 a 2.340.000,00 15,20% 0,71% 0,70% 2,10% 0,50% 6,19% 5,00% De 2.340.000,01 a 2.520.000,00 15,35% 0,71% 0,70% 2,13%0,51% 6,30% 5,00% De 2.520.000,01 a 2.700.000,00 15,48% 0,72% 0,70% 2,15% 0,51% 6,40% 5,00% De 2.700.000,01 a 2.880.000,00 16,85% 0,78% 0,76% 2,34% 0,56% 7,41% 5,00% De 2.880.000,01 a 3.060.000,00 16,98% 0,78% 0,78% 2,36% 0,56% 7,50% 5,00% De 3.060.000,01 a 3.240.000,00 17,13% 0,80% 0,79% 2,37% 0,57% 7,60% 5,00% De 3.240.000,01 a 3.420.000,00 17,27% 0,80% 0,79% 2,40% 0,57% 7,71% 5,00% De 3.420.000,01 a 3.600.000,00 17,42% 0,81% 0,79% 2,42% 0,57% 7,83% 5,00% FONTE: Lei Complementar 123/2006. Disponível em: . Opção e exclusão ao simples De acordo com o Artigo 25 da Lei Complementar nº 123, de 14 de file:///D:/Meus%20Negocios/Pensar%20Cursos/www.pensarcursos.com.br http://www.receita.fazenda.gov.br/Legislacao/LeisComplementares/2006/leicp123.htm http://www.receita.fazenda.gov.br/Legislacao/LeisComplementares/2006/leicp123.htm http://www.receita.fazenda.gov.br/Legislacao/LeisComplementares/2006/leicp123.htm http://www.receita.fazenda.gov.br/Legislacao/LeisComplementares/2006/leicp123.htm dezembro de 2006, as microempresas ou empresas de pequeno porte devem realizar a opção pelo regime do Simples Nacional, de acordo com as normas e regras que foram demonstradas nesse trabalho e pelas diversas leis que o regimentam, em especial a Lei Complementar nº 123, de 14 de dezembro de 2006, que define a estruturação do sistema Simples. A opção é, de acordo com o Artigo 7 da Lei Complementar nº 123, de 14 de dezembro de 2006, a realização por meio da internet, sendo irretratável para todo o ano-calendário a que se refere. A opção deverá ser feita no mês de janeiro. Dessa maneira, além de realizar a opção, as microempresas, ou empresas de pequeno porte deverão enviar anualmente à Secretaria da Receita Federal do Brasil a declaração simplificada de informações socioeconômicas e fiscais relacionados à sua atividade empresarial, como expõe o Artigo 25 da Lei Complementar nº 123, de 14 de dezembro de 2006. Da mesma maneira o Artigo 26 da Lei Complementar nº 123, de 14 de dezembro de 2006, afirma que as microempresas e empresas de pequeno porte optantes pelo Simples Nacional ficam obrigadas a emitir documento fiscal de venda ou prestação de serviço, além de manter em boa ordem e guarda os documentos que fundamentaram a apuração dos impostos e contribuições devidos e o cumprimento das obrigações acessórias relacionados ao recolhimento dos tributos pelas empresas optantes do regime. Por outro lado, a exclusão das empresas optantes pelo Simples Nacional deste regime, de acordo com o Artigo 29 da Lei Complementar nº 123, de 14 de dezembro de 2006, acontecerá quando: a) A microempresa ou empresa de pequeno porte deixar de realizar a perfeita comunicação de exclusão obrigatória; b) A empresa dificultar a fiscalização, como a não exibição de livros e documentos a que estiverem obrigadas, bem como pelo não fornecimento de informações sobre bens, movimentação financeira, negócio ou atividade que estiverem intimadas a apresentar; c) A microempresa ou empresa de pequeno porte oferecer resistência à fiscalização, como a não permissão de acesso ao estabelecimento ou ao domicílio fiscal ou outro local onde desenvolvam suas atividades pelos fiscais correspondentes; file:///D:/Meus%20Negocios/Pensar%20Cursos/www.pensarcursos.com.br d) A microempresa ou empresa de pequeno porte comercializar mercadorias que sejam objeto de contrabando; e) A microempresa ou empresa de pequeno porte não realizar a devida escrituração do livro-caixa ou não permitir a identificação da movimentação financeira, inclusive bancária; f) A microempresa ou empresa de pequeno porte omitir a folha de pagamento da empresa ou de documento de informações previsto pela legislação previdenciária, trabalhista ou tributária. LUCRO PRESUMIDO No regime de lucro presumido, existe uma presunção do lucro que será obtido pela empresa, na qual o imposto devido é calculado com base nesse lucro, que é apurado de forma estimada de acordo com o faturamento da empresa. Definição fiscal de receita bruta para apuração do lucro presumido Ao considerar-se o regime de tributação pelo Lucro Presumido, deve-se utilizar como base de cálculo o valor total da receita bruta, ao qual serão aplicadas as devidas alíquotas, como já fora exposto. Assim sendo, a receita bruta auferida no Lucro Presumido compreende: a) O produto da venda de bens; b) O preço dos serviços prestados; c) O resultado auferido nas operações de conta alheia, de acordo com a Lei 8.541/1992, artigo 14, §3°. Momento da opção A opção pelo regime de lucro presumido deverá ser manifestada com o file:///D:/Meus%20Negocios/Pensar%20Cursos/www.pensarcursos.com.br pagamento da primeira quota ou quota única do imposto devido correspondente ao primeiro período de apuração, que se torna definitiva para todo aquele ano-calendário. As apurações e recolhimentos dos tributos são determinados por períodos de apuração trimestrais, sempre encerrados em 31 de março, 30 de junho, 30 de setembro e 31 de dezembro de cada ano calendário, baseados no faturamento da empresa, conforme expõe o Artigo 1º da Lei Nº 9.430, de 27 de Dezembro de 1996. Apuração do lucro presumido A base de cálculo do imposto decorrente da receita bruta em cada trimestre, será determinada mediante a aplicação do percentual de 8% (oito por cento) sobre a receita bruta auferida no período de apuração, como é exposto pelo Artigo 15 da Lei 9.249/1995. Em algumas outras atividades, como é demonstrado pela Tabela, o percentual aplicado, de acordo com Artigo 15, §1° da Lei 9.249/1995, será de: TABELA - PERCENTUAIS APLICÁVEIS AO LUCRO PRESUMIDO ESPÉCIES DE ATIVIDADES Percentuais Sobre a receita Revenda a varejo de combustíveis e gás natural 1,6% ➢ Venda de mercadorias ou produtos; ➢ Transporte de cargas; ➢ Atividades imobiliárias; ➢ Serviços hospitalares; ➢ Atividade Rural; ➢ Industrialização com materiais fornecidos pelo encomendante; ➢ Outras atividades não especificadas (exceto prestação de serviços). 8 % ➢ Serviços de transporte (exceto o de cargas); ➢ Serviços gerais com receita bruta até R$ 120.000/ano. 16% file:///D:/Meus%20Negocios/Pensar%20Cursos/www.pensarcursos.com.br ➢ Serviços profissionais (Sociedades Simples - SS, médicos, dentistas, advogados, contadores, auditores, engenheiros, consultores, economistas, etc.); ➢ Intermediação de negócios. ➢ Administração, locação ou cessão de bens móveis/imóveis ou direitos; ➢ Serviços de construção civil, quando a prestadora não empregar materiais de sua propriedade nem se responsabilizar pela execução da obra; ➢ Serviços em geral, para os quais não haja previsão de ➢ percentual específico. 32% ➢ No caso de exploração de atividades diversificadas, será aplicado sobre a receita bruta de cada atividade o respectivo percentual. 1,6 a 32% FONTE: Artigo 15, §1° da Lei 9.249/1995. Disponível em: . A pessoa jurídica que houver utilizado o percentual de 16% para apuração da base de cálculo do imposto trimestral, cuja receita bruta acumulada até determinado mês do ano-calendário exceder o limite de R$ 120.000,00 (cento e vinte mil reais), ficará sujeita ao pagamento da diferença do imposto postergado, apurado pelo percentual de 32% em relação a cada trimestre transcorrido. A diferença deverá ser paga até o último dia útil do mês subsequente ao do trimestre em que ocorreu o excesso, sem acréscimos legais (RIR/1999, art. 519, §§ 6º e 7º). De acordo com o ADN COSIT nº 22, de 31 outubro de 2000, para o exercício de profissões legalmente regulamentadas, como as escolas, inclusive as creches, mesmo com receita bruta anualde até R$ 120.000,00 (cento e vinte mil reais), não poderão aplicar o percentual de 16% (dezesseis por cento) sobre a receita bruta para fins de determinação do lucro presumido, devendo, portanto, aplicar o percentual de 32% (trinta e dois por cento). Recolhimento do IRPJ file:///D:/Meus%20Negocios/Pensar%20Cursos/www.pensarcursos.com.br Para se realizar os cálculos para a composição do Imposto de Renda da Pessoa Jurídica (IRPJ), deverá ser considerado que o IRPJ será cobrado das empresas à alíquota de 15% (quinze por cento), como é exposto pelo Artigo 3 da LEI 9249, de 26 dezembro 1995, ou seja, do resultado do lucro presumido que foi apurado pela empresa, baseado nas alíquotas de presunção sobre a receita bruta incide-se a alíquota de 15% a título de IRPJ. Além disso, sobre a parcela do lucro presumido que apurado anualmente, exceder a R$ 240.000,00 (duzentos e quarenta mil reais), sujeita-se a incidência de adicional de imposto de renda à alíquota de 10% (dez por cento), somando-se esses valores aos primeiros valores encontrados com a incidência da alíquota de 15%. O IRPJ apurado no regime de Lucro Presumido deverá ser pago até o último dia útil do mês subsequente ao do encerramento do período de apuração trimestral. Para exemplificar o exposto, vamos considerar uma empresa de prestação de serviços que tenha apurado a receita de R$ 980.000,00 em determinado trimestre do ano. Os cálculos são demonstrados na Tabela abaixo: TABELA - APURAÇÃO DA BASE DE CÁLCULO TRIMESTRAL PARA O IRPJ APURAÇÃO DA BASE DE CÁLCULO TRIMESTRAL PARA O IRPJ RECEITA BRUTA ALÍQUOTA DO LUCRO PRESUMIDO VALOR DA BASE DE CÁLCULO R$ 980.000,00 32% R$ 313.600,00 CÁLCULO DO IRPJ VALOR DA BASE DE CÁLCULO ALÍQUOTA DO IRPJ VALOR DO IMPOSTO R$ 313.600,00 15% R$ 47.040,00 VALOR DA BASE DE CÁLCULO DO ALIQUOTA DO ADICIONAL VALOR DO ADICIONAL file:///D:/Meus%20Negocios/Pensar%20Cursos/www.pensarcursos.com.br ADICIONAL IRPJ R$ 253.600,00 10% R$ 25.360,00 VALOR TOTAL DO IRPJ A PAGAR R$ 72.400,00 Para a obtenção da base de cálculo é necessária a multiplicação da receita bruta pelo percentual determinado na tabela do lucro presumido, como fora demonstrado pela Tabela anteriormente. No exemplo, a empresa é prestadora de serviços, o que implica a alíquota de 32% sobre a receita bruta. Assim sendo, a base de cálculo do imposto será de R$ 313.600,00. Para calcular o IRPJ utiliza-se essa base de cálculo encontrada e aplica- se a alíquota de 15%, o que resulta no IRPJ no valor de R$ 47.040,00 no trimestre. No entanto, de acordo com a legislação do IRPJ, para os valores da base de cálculo que excederem R$ 60.000,00 por trimestre, ou seja, R$ 20.000,00 mensais deve-se aplicar uma alíquota adicional de 10%, como já fora demonstrado nesse trabalho. Assim sendo, a base de cálculo para o cálculo do adicional é de R$ 253.600,00 (R$ 313.600,00 – 60.000,00). A essa nova base de cálculo aplica-se a alíquota de 10%, o que resulta em R$ 25.360,00. Dessa forma, ao somarem-se os dois valores do IRPJ encontrado, obtém-se que o IRPJ total no trimestre é de R$ 72.400,00. file:///D:/Meus%20Negocios/Pensar%20Cursos/www.pensarcursos.com.br